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Kuhn tenta pensar em uma teoria universal. Algo que não fosse tão internalista como as
teorias de Koyré, nem tampouco externalista como as teorias de Weber. O ponto-chave para
entender a abordagem dele é observar a ênfase dado ao caráter revolucionário do progresso
científico, em que a revolução implica o abandono de uma estrutura teórica e sua substituição
por outra, incompatível.
Kuhn afirma que para se ter um novo paradigma é necessário uma Revolução Científica.
Revolução no seu sentido mais amplo: algo que mude completamente o que era antes vigente.
Para isso, sua teoria prende-se na seguinte sequência:
O paradigma seria o método vigente de se fazer ciência. Logo, essa ciência normal seria feita
e justificada com esse paradigma. A anomalia surgiria quando os cientistas, ao fazerem
experimentações, encontrassem dificuldades que fugissem do controle. Surgiria a crise por o
paradigma não mais conseguir responder aos estudos realizados. Surgiria uma necessidade de
outro paradigma para justificar esses novos estudos, daí acontece a Revolução Científica, na
qual o paradigma novo irá se sobrepor ao antigo. Com o surgimento de um novo paradigma,
nasce também uma nova ciência que será incomensurável, por não ser, de forma alguma,
comparável e compatível ao anterior.
Para um paradigma ser rejeitado é necessário que a anomalia se desenvolva de uma maneira a
solapar a confiança nesse paradigma. Não basta a anomalia ser um mero enigma. Ela será
realmente séria se atacar os fundamentos de um paradigma e resista às tentativas de membros
da comunidade científica normal de exterminá-la
A decisão de um cientista em mudar de paradigma seria, antes de tudo, uma questão de
prioridade do próprio cientista: simplicidade, ligação com alguma necessidade social urgente,
habilidade de resolver algum tipo de problema específico e assim por diante.