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Enzimas

Mirian Machado Mendes


Enzimas
Açúcar + O2 à ATP + CO2 + H2O
Como as enzimas atuam

A B C
Catalizador ou enzima
Características Gerais das Enzimas
•  São proteínas globulares (sofrem desnaturação),

• Presentes em seres Autótrofos como Heterótrofos,

•  Podem atuar a nível intracelular ou extracelular,

•  São solúveis em água e tem grande difusibilidade nos líquidos orgânicos,


•  São ativas em concentrações pequenas,

•  São catalisadores orgânicos verdadeiros, pois não são afetadas pela reação que
catalisam,

•  Possuem massa molecular elevada,

Se localizam em organelas específicas e no citosol, o que favorece que


coexistam milhares de enzimas dentro de uma célula.
Características Gerais das Enzimas

Sustrato. Substrato é a molécula(s) sobre a qual a enzima irá


exercer sua atividade catalítica.

Especificidade de ação. Geralmente cada reação é


catalisada por uma enzima específica

As enzimas são catalisadores altamente eficientes


•  Modificam a velocidade das reações que catalisam
Possuem elevada especificidade ao Substrato.
Glicose è Glicose-6-P Hexoquinase
Especificidade de enzimas

Em geral, há quatro tipos distintos de especificidade:

§  Especificidade absoluta: - a enzima catalisa somente uma reação.

§  Especificidade de grupos: a enzima agirá somente sobre moléculas


que tiverem grupos funcionais específicos, tais como amino, fosfato,
metil, etc.

§  Especificidade de ligação – a enzima agirá somente em um tipo


de ligação química independente do resto da estrutura molecular.
§  Ligação glicosídica β(1à4)

§  Especificidade estereoquímica- a enzima agirá somente em um


tipo particular de isômero óptico.
§  Somente sobre molécula X na configuração L ou D
ENZIMAS - HISTÓRICO
— Históriada Enzimologia à História da Bioquímica
— 1700 - Catálise biológica
◦  digestão da carne: secreções do estômago
—  1800 – novos estudos
◦  digestão do amido: saliva
–  Amilase salivar
— 1850 – açúcar - álcool
◦  Louis Pasteur - concluiu que a fermentação do açúcar em álcool pela levedura era
catalisada por “fermentos” = enzimas
◦  “fermentos presos à levedura”
— 1897 - Eduard Buchner
◦  extratos de levedo podiam fermentar o açúcar até álcool
◦  enzimas funcionavam mesmo quando removidas da célula viva
◦  Nobel de 1907

—  Nome de Enzimas


–  1878, Wilhelm Kuhne

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ENZIMAS - HISTÓRICO
— Históriada Enzimologia à História da Bioquímica
— 1700 - Catálise biológica
◦  digestão da carne: secreções do estômago

— James Sumner (1926)


◦  Isolou e cristalizou a urease
◦  Cristais eram de proteínas
◦  Postulou que “todas as enzimas são proteínas”

— John Northrop (década 30)


◦  Cristalizou a pepsina e a tripsina bovinas
◦  Proteases

— Década de 50
◦  75 enzimas → isoladas
◦  Ficou evidenciado caráter protéico

— Atualmente + 2000 enzimas são conhecidas.

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—  Toda enzima é proteína?
◦  Ribozinas
–  moléculas de RNA que possuem a capacidade de atuar
como catalisadores

—  Moléculas protéicas de massa molecular variável


◦  12 kDa a 1.000 KDa

Hexoquinase
Estrutura de enzimas
—  Sítio ativo: cavidade da enzima
onde ocorre a catálise.
◦  Região pequena da molécula

◦  Local onde as interações E e S


Acontecem
◦  Interações
–  FORÇAS DE VAN DER WAALS;
–  INTERAÇÕES
ELETROSTÁTICAS;
A enzima quimotripsina e seu substrato (em –  LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO
vermelho) ligado. –  INTERAÇÕES HIDROFÓBICAS
Enzimas - estrutura
—  Algumas enzimas são compostas apenas de aas
—  Outras possuem outros grupos químicos

—  Cofatores – íons inorgânicos


—  Coenzimas – moléculas orgânicas

—  Atuam dentro do sítio ativo.

—  Como?

—  Derivados da alimentação


◦  Vitaminas
◦  Sais minerais
–  Zinco, cobre, ferro, cálcio, potássio, níquel,
selênio
Cofatores enzimáticos
Coenzimas
—  Moléculas orgânicas derivadas geralmente de vitaminas.
—  Atuam como transportadores transitórios de grupos químicos.

—  Coenzima: Piridoxal fosfato


—  Transporta: Grupo amino
—  Derivado da Vit. B6 - piridoxina
B6
—  Coenzima: Tiamina pirofosfato
—  Transporta: Grupo aldeído
—  Derivado da Vit. B1- tiamina

B1
Coenzimas
—  Vitaminas
–  Originam coenzimas
–  Complexo B

—  Produtores
–  Fungos
–  Plantas
–  Microorganismos

—  Animais não são capazes de produzir


–  Ingestão de alimentos
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ENZIMAS – ESTRUTURA

Estrutura Holoenzima
Enzimática

Proteína Cofator

Apoenzima •  íon inorgânico

•  molécula orgânica

Coenzima
Se covalente
Grupo Prostético
Vitaminas são precursoras de coenzimas
—  Composta de carbono, hidrogênio e oxigênio
–  Lipossolúveis
–  Hidrossolúveis.

—  Lipossolúveis
◦  A (Retinol),
◦  D (Calciferol),
◦  E (Tocoferol) e
◦  K (Menaquinona)

—  Hidrossolúveis
◦  B1(Tiamina),
◦  B2 (Riboflavina), Por serem hidrossolúveis são perdidas na urina.
◦  B6 (Piridoxina), Ingestão diária.
◦  B12 (Cianocobalamina) e
◦  Vitamina C (Ácido Ascórbico)
◦  B3 (Niacina),
◦  B9 (Ácido Fólico),
◦  B7 (Biotina),
◦  B 5 (Ácido Pantotênico),
◦  Colina.
A Tiamina origina a TPP (tiamina pirofosfato)

—  vitamina B1

—  Descarboxilação oxidativa – CO2


◦  Ciclo de Krebs,
Riboflavina precursora de FAD e FMN

—  vitamina B2

—  Corante alimentar


◦  amarelo-vivo

cadeia transportadora de elétrons


Niacina
—  Vitamina B3
◦  Coenzimas Niacina

–  NAD+ (nicotinamida adenina dinucleotídeo)


–  NADP+ (nicotinamida adenina dinucleótido fosfato )

–  Conzimas da
–  Glicólise
–  Ciclo do Ac. Cítrico
–  Cadeia transportadora
de elétrons
Ácido Pantotênico faz parte da Coenzima A

—  Vitamina B5

—  parte da Coenzima A Ác. Pantotênico


◦  Ciclo de Krebs
◦  Metabolismo de lipídeos

Coenzima A
Identificação de enzimas
—  Classificação numérica
—  Nomenclatura
◦  4 números da Comissão de
◦  Sufixo –ase Enzimas
–  Urease ◦  E. C. 2.7.1.1
–  Hidrolase de uréia

ATP + glicose à ADP + glicose-6-fosfato


—  2 – transferase
◦  Nomes independentes —  7 – fosfotransferase
–  Pepsina —  1 – hidroxila recebe o fosfato
–  Trombina —  1 – glicose recebe o fosfato

◦  Repetição de nomes —  Hexoquinase


ð Cada enzima → código com 4 dígitos que caracteriza o tipo de reação
catalisada.
1º Dígito: Classe da enzima. 2 – transferase
7 – fosfotransferase
2º Dígito: Reação catalisada. 1 – hidroxila recebe
3º Dígito: Grupo funcional que reage. o fosfato
1 – glicose recebe o
4º Dígito: Molécula reagente. fosfato

Ex: ATP Glicose Fosfotransferase EC: 2.7.1.1 (Hexoquinase)

ATP -adenosina trifosfato


Classificação de enzimas
TIPO DE REAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO EXEMPLOS MODO DE ATUAÇÃO
QUE CATALISA

Remove átomos de
Reações de óxido- Desidrogenase hidrogênio
1-Oxirredutases
redução

Transferências de Transfere grupos


2- Transferases Metiltransferase
grupos funcionais metil (-CH3)

Hidrólise de
Reações de Glicosidases
3 - Hidrolases carbiodratos e
hidrólise e proteases
proteínas

Rompimento de
4 – Liases descarboxilase Remove CO2 CO2
ligações duplas
CO2

cis-trans Converte formas cis e


5 - Isomerases Isomerizações
isomerase trans

Formação de Combina dois grupos


6 - Ligases Sintetase
ligações
ENZIMAS

—  Definição:
◦  Catalisadores biológicos;
◦  Aumentam a velocidade de reação, mas não são consumidos
◦  Longas cadeias de pequenas moléculas (aminoácidos).

—  Função:
◦  Viabilizar a atividade das células, quebrando ou juntando moléculas para formar
novos compostos e fazendo transferência de grupos químicos.

—  Reações são espontâneas; MAS não acontecem...


—  Para uma reação ocorrer é preciso energia para iniciar o processo
◦  Galão de gasolina
—  Seres vivos precisam de Enzimas
◦  Aconteceriam lentamente dentro das células
–  pH próximo da neutralidade
–  Temperatura moderada

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Estrutura de enzimas
—  Sítio ativo: cavidade da enzima
onde ocorre a catálise.
◦  Aas da enzima interagem com o
substrato
◦  Região pequena da molécula
–  Aminoácidos “chave”

◦  Interações fracas
–  FORÇAS DE VAN DER WAALS;
–  INTERAÇÕES ELETROSTÁTICAS;
–  LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO
–  INTERAÇÕES HIDROFÓBICAS

◦  Mudanças conformacionais
A enzima quimotripsina e seu substrato (em
vermelho) ligado. –  Transferências de grupos
–  Rompimento de ligações
Proteínas
—  A seqüência de aas do sítio
ativo é muito importante

Enzima Fosfolipase A2

Presentes em suco pancreático e veneno de


artrópodes e serpentes

Clivam fosfolipídios de membrana

Enzimas estruturalmente rígidas


5-8 pontes dissulfeto
Dependente de Ca++

Sítio ativo
α-hélices hidrofóbicas
Asp 49 - Resíduos de aas altamente conservados
Especificidade ao substrato

Um complexo enzima – substrato devem ser


complementares física e geometricamente.

GRUPOS HIDROFÓBICOS SÃO REPRESENTADOS POR h EM


CÍRCULOS MARRONS
E AS LINHAS PONTILHADAS REPRESENTAM LIGAÇÕES DE
HIDROGÊNIO.
Algumas características importantes dos sítios ativos.

§  O sítio ativo ocupa uma parte relativamente pequena do volume total de uma enzima.
§  O sítio catalítico é tridimensional, e consiste em um sulco na superfície da enzima.
§  Os substratos ligam – se as enzimas por múltiplas interações fracas.
§  A complementaridade entre as enzimas e seus substratos é a base do modelo chave –
fechadura, proposto por Emil Fisher em 1894 ( a).
§  Os sítios ativos das enzimas são pré-formados, mas sofrem mudanças conformacionais no
momento de se ligar ao substrato (fenômeno designado ajuste induzido). (B).

A B
ð Emil Fischer (1894) propôs a teoria “Chave-Fechadura”

As enzimas eram estruturalmente complementares a seus substratos.

ð Daniel Koshland (1958) propôs a teoria do “Ajuste Induzido”- O sítio


ativo da enzima e o substrato se moldam para atingir o estado de
transição.
• Aproximação do substrato
• Mudanças conformacionais na enzima
Hexoquinase
—  Enzimas aceleram a velocidade da reação.
—  Reação acontece no interior da enzima
—  Grupos químicos dos aas se ligam ao substrato.
Entendendo o ΔG
—  2° lei da Termodinâmica
–  Em todos os processos naturais a entropia (grau de
desorganização do sistema) aumenta
–  Tudo tende ao Caos

◦  Cada molécula tem em si uma quantidade de energia.


Essa energia que a mantem organizada.

◦  Energia livre de Gibbs àG


–  ΔG= Variação da energia livre de Gibbs
–  ΔG = energia P – energia S
–  Molécula se organiza = ΔG +
–  Molécula se desorganiza = ΔG -
–  Processo espontâneo
Enzimas aumentam a velocidade de reação
Não afetam o equilíbrio da reação
— 
S ßà P
Enzimas fazem a reação chegar ao equilíbrio mais
rapidamente

—  Energeticamente favorável


–  ΔG = negativo

Glicose àATP+ CO 2 + H2O


Sólido Gás Líquido
A energia de ativação
Existe uma barreira de energética entre S e P.

•  Estado de transição
•  S ßà P

Energia de
ativação

•  Estado fundamental S para


estado fundamental P
•  fornecer energia ao
Substrato

Energia de ativação= quantidade de energia necessária


para levar o substrato até o estado de transição, quando ele
pode ser transformado em produto.
Passos da reação enzimática
E + S ßà ES ßà EP ßà E + P

ΔG = negativo
Necessidade de menos energia
Velocidade maior de reação
E + S ßà ES ßà EP ßà E + P
—  Intermediários
◦  ES e EP
◦  Não são espécies químicas
–  Momento molecular
–  Quebra de ligações
–  Formação de novas ligações
–  Desenvolvimento de cargas
Importância da energia de ativação
—  Estabilidade das moléculas
—  Se não existisse a barreira da energia de
ativação as moléculas se desorganizariam
◦  Moléculas complexas nunca seriam estáveis
–  A vida não existiria

Quanto maior a energia de ativação ...


Mais lenta será a reação.
Catálise
—  Velocidade de reação
–  105 a 1017 vezes

—  Como as enzimas diminuem a energia de ativação?


◦  Interações que ocorrem no sítio ativo
–  Ligações covalentes transitórias
–  Transferências de grupos do S para a E Pequenas quantidades
de Energia liberada
–  Formação de interações fracas
Enzimas diminuem a energia de ativação

—  A cada interação fraca que se forma e se desfaz


◦  Um pouco de energia é liberada
—  Soma dessa energia liberada durante a catálise é a Energia
de Ligação

—  Para haver energia de ligação suficiente são necessárias


muitas interações
◦  Enzima é uma molécula grande

—  Enzima direciona a colisão das moléculas


—  Enzimas “desolvatam" o substrato
◦  Possuem interior hidrofóbico
—  Enzimas “torcem” o substrato
Cinética
Recapitulando...
—  Enzimas são proteínas
◦  Exceção: ribosinas

—  Catalizadores biológicos

—  Sítio ativo

—  Ajuste induzido

—  Aumentam a velocidade de reação


◦  Diminuem a energia de ativação
–  Energia de ligação
–  Interações fracas E – S
–  Lig. covalentes transitórias
Cinética enzimática
—  É a parte da enzimologia que estuda a velocidade das reações
enzimáticas, e os fatores que influenciam nesta velocidade
◦  Principal fator à [ ] de S
Influência da concentração do substrato na velocidade da reação com
mesma concentração de enzima

Altas [S] (saturante):


[E]~ 0%
[ES]~ 100%,
a reação ocorre na maior velocidade possível (Vmax). Atingiu estado estacionário.
A relação entre a [ S ] e a velocidade da reação pode ser
expressa quantitativamente
—  A curva que expressa essa relação [ S ] e Vo tem a formula geral para a
equação da maioria das enzimas que pode ser expressa algebricamente
pela equação de Michaelis-Menten
O modelo de Michaelis e Menten explica as propriedades cinéticas
de muitas enzimas.
§  Em 1913 Michaelis-Menten propuseram um modelo simples para explicar as
características cinéticas da maioria das enzimas. Foi assumido por eles que:

§  O sistema envolve somente um substrato.

§  O sistema está no estado estacionário, isto é, [ES] é uma constante.

§  O sistema é estabelecido de tal modo que [E] << [S].

§  A análise adota que no início de reação [S] >> [P],


§  Portanto [P] é negligenciável.
k1 k3
E + S ES E + P
k2

v  A relação k2 + k3/k1 foi definida por Michaelis – Menten como uma nova
constante de velocidade: Km.

Km = k2 + k3 V0 = Vmax . [S]
k1 Km + [S]
Km é numericamente igual a [ S ]
onde ½ da Vmax é atingida
Quando a Km=[S]

Km então equivale ao valor da [ S ]


onde a reação atingiu metade de sua
velocidade máxima
—  Equação de Michaelis – Menten

Como se constrói essa hipérbole?

Km então equivale ao valor da [ S ]


onde a reação atingiu metade de sua
velocidade máxima
A TRANSFORMAÇÃO DE LINEWEAVER-BURK FACILITA A
DETERMINAÇÃO DO Km.

A transformação algébrica da equação de Michaelis – Menten por Lineweaver – Burk permitiu a


determinação precisa de Km e Vmax, pois transformou a equação da hipérbole em equação da
reta.

Y = ax + b

.Esta  reta  tem  um  declive  Km/Vmáx      (a)  


.A  intersecção  da  reta  no  eixo  1/V0    
corresponde  ao  valor  1/Vmáx    (b)  
.A  intersecção  com  o  eixo  1/[S]   a
 corresponde  a  -­‐1/Km    (x)  
b

x
Aprendendo a calcular KM e Vmax
A velocidade de uma reação enzimática foi determinada em várias
concentrações de substrato. Calcule o Km e Vmax da reação.
Cálculo de concentração do
[S]  uM    V0  uM/S  
substrato e da velocidade.
0,25   0,75  
0,5   1,20  
1,0   1,71  
2   2,18  
4   2,53  

1/[S]      uM    1/V0      uM/S  


1,5 Eixo  X   Eixo  Y  
1,4 1/[S]    1/V0  
1,3 4   1,33  
1,2 2   0,83  
1,1 1   0,58  
1 0,5   0,46  
0,9 0,25   0,4  
1/ Vo 0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
-2,5 -2 -1,5 -1 -0,5
-0,1 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
-0,2 1/[S]

Intercepto no eixo 1/[S] = -1/km aproximadamente -1.33


Então:
−1
!" = ! − = 0,75!"!
1,33
Intercepto no eixo 1/V0 = 1/Vmax aproximadamente 0,33
Então:
Número de renovação
—  Número de moléculas de S que foram convertidas em
produto, por 1 molécula de enzima, por unidade de
tempo (seg.)
INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
Agentes moleculares que diminuem ou bloqueiam as reações enzimáticas

A)  INIBIDORES IRREVERSÍVEIS


B)  INIBIDORES REVERSÍVEIS: B1) COMPETITIVOS
B2) NÃO – COMPETITIVOS.
A)  INIBIÇÃO IRREVERSÍVEL
Os inibidores irreversíveis reagem com as enzimas, levando a uma inativação
definitiva. Exemplos:
1) compostos organofosforados formam ligações covalentes com o grupo OH de
resíduos de serina.

diisopropilfluorofosfato inseticidas
Aspirina
A ácido acetil salicílico é outro exemplo de inibidor irreversível.
Transfere irreversivelmente seu grupo acetil para o grupo OH de um resíduo de
serina da molécula de cicloxigenase (enzima regulatória da síntese de
prostaglandinas – substâncias reguladoras de processos inflamatórios).
B1) Inibição Reversível Competitiva.
O inibidor compete com o substrato pela ligação no sítio ativo da enzima; mas uma
vez ligado, não pode ser transformado por ela.

Valor de Km é alterado
§ A inibição competitiva pode ser revertida ou diminuída quando se aumenta a [s].
§ Os inibidores competitivos, em geral, apresentam estrutura tridimensional semelhante à do
substrato.
Inibidores competitivos
Inibição Reversível Não-competitiva.
O inibidor não competitivo se liga à enzima em um domínio diferente do sítio ativo, alterando a
conformação da enzima e causando uma inativação reversível do sítio catalítico. A ligação do
inibidor não bloqueia a ligação do substrato, e vice – versa.

Os inibidores reversíveis não-competitivos sempre diminuem a Vmax obtida com uma dada
quantidade de enzima, mas não afetam o km.
Fatores que afetam a
atividade enzimática
Temperatura

Em baixas temperaturas, as reações são mais lentas devido à queda da energia cinética do
sistema.
Porém, como as enzimas são proteínas, o aumento da temperatura não causa apenas o
aumento da velocidade de reação mas, sim, dois efeitos opostos:

até determinada temperatura, ocorre um AUMENTO da velocidade de reação;


a partir de determinada temperatura, há uma DIMINUIÇÃO na velocidade de reação.

Isso acontece porque as enzimas são proteínas e como tal, podem ser desnaturadas. Ou seja,
a partir de uma determinada temperatura, as enzimas perdem sua estrutura nativa, o que leva
à perda de função.
EFEITOS DO pH
Δ no pH muda as cargas dos
grupos R dos aas

Muitas enzimas apresentam


um pH ótimo, determinado
a partir de uma curva do
efeito do pH na atividade
enzimática:

Porém, muitas enzimas não


apresentam uma curva na forma de
sino, indicando que não existe um
único valor de pH ótimo, mas uma
faixa de pH ótimo (6,0 a 8,5),
como mostra a figura ao lado.
ENZIMAS REGULATÓRIAS

Enzimas que aumentam ou diminuem a atividade em resposta a sinais da célula.


Sua cinética não atende aos padrões de Michaelis Menten.

A)  ENZIMAS ALOSTÉRICAS

B)  ENZIMAS MODIFICADAS POR LIGAÇÃO COVALENTE

C)  ZIMOGÊNIOS OU PRÓ - ENZIMAS

Enzimas grandes – complexos enzimáticos com 2 ou + cadeias polipeptídicas (A e B).


A)  Enzimas Alostéricas

Participam de cadeias de reações


multienzimáticas
Complexos enzimáticos – 2 ou mais
cadeias polipeptídicas

Atuam por meio de ligações


reversíveis e não covalentes
a um metabólito chamado
modulador.
A interação com o modulador induz
uma mudança conformacional na
enzima alostérica
Bloqueando
Ativando Controle por retroalimentação.
sua afinidade pelo substrato. •  Produto final da via acumulado
desacelera todo processo
A) ENZIMAS ALOSTÉRICAS

Enzimas alostéricas geralmente são oligoméricas, e apresentam sítios


regulador ou alostérico e sítio catalítico,
localizados em sub-unidades distintas.
O comportamento cinético das enzimas alostéricas é diferente daquele
apresentado pelas enzimas que seguem a cinética de Michaelis-Menten.
Ao invés de apresentar uma curva hiperbólica, as enzimas alostéricas
apresentam uma curva sigmoidal que mostra o comportamento
cooperativo destas enzimas.
b) ENZIMAS MODIFICADAS POR LIGAÇÃO COVALENTE.

A adição de grupos é feita por uma enzima e retirada por outra

Fosforilação
Grupo fosfato muito negativo
Causa mudanças drásticas na enzima
ativando
inativando
b) ENZIMAS MODIFICADAS POR LIGAÇÃO COVALENTE.
Uma variedade de grupos químicos são usados na modificação covalente, reversível de
enzimas regulatórias para causar mudança de atividade.
Em geral, a ligação do modulador à enzima regulatória é catalisada por uma enzima e sua
retirada por outra.
c) ZIMOGÊNIOS OU PRÓ – ENZIMAS.
Algumas enzimas são sintetizadas numa forma inativa, designada proenzima ou
zimogênio, que depois é ativada por clivagem de uma ou mais ligações peptídicas
específicas.

Proteases

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