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Lucas Monteiro – Turma 81B

Vigilância sanitária
Introdução:
O termo Vigilância Sanitária vem do latim e quer dizer “ato de velar pela saúde”.
Desde os povos antigos, houve preocupação com a conservação de alimentos e
medicamentos. No Brasil, o relato mais antigo de Vigilância sanitária foi no Século XVII,
em Recife, com medidas para controle da epidemia de Febre Amarela. A vinda da Família
Real foi vital para o desenvolvimento da Vigilância Sanitária, que adaptou o Brasil às
normas sanitárias do comércio global da época.
Com a Constituição Federal de 1988 e o surgimento do SUS, a Vigilância
Sanitária passou a ter um papel mais relevante, com seis das oito atribuições dos SUS se
referindo a ela.
Sociedade de consumo X Ideologia de consumo:
O crescimento poder industrial e o consumo desenfreado de mercadorias
impulsionou o uso da propaganda para estabelecer fenômenos como o consumo
compulsivo e a produção anárquica de mercadorias, tudo isso visando o lucro máximo.
Conceitos:
A vigilância sanitária está presente em todos os lugares, do xampu que você usa
no banho ou do alimento que você come, até os remédios para dor de cabeça que você
usa.
Segundo a lei 8080, de 1990, a Vigilância Sanitária é o conjunto de ações capaz
de eliminar ou diminuir os riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários da
população, seja de causa ambiental ou da produção de bens. Basicamente, ela quer evitar
que as pessoas adoeçam, através de:
1. Proteção da saúde individual e coletiva;
2. Evitar a comercialização de produtos que possam causar danos a saúde do povo;
3. Construção do acesso à saúde.
Funções da Vigilância Sanitária:
 Normatização e controle de bens, produção, circulação, transporte e consumo
de substâncias de interesse à saúde, bem como suas matérias-primas, processos
e equipamentos.
 Normatização e controle das tecnologias médicas, procedimentos e aspectos da
pesquisa em saúde.
 Normatização e controle dos serviços direta ou indiretamente ligados à
saúde;
 Normatização e controle de portos, aeroportos e fronteiras;
 Normatização de aspectos do ambiente e saúde do trabalhador.
Ações da ANVISA:
 Educativas: envolve incorporação de novos hábitos de vida
Lucas Monteiro – Turma 81B

 Normativas: envolve criação de normas para proteger o povo


 Fiscalizadoras: “Poder de polícia”
Em última instância, são realizadas ações Punitivas.
Risco sanitário:
É a probabilidade de um produto ou serviço causar danos à saúde de uma pessoa
ou da população. Uma pessoa está exposta uma série de riscos, como:
 Contaminação de alimentos
 Produção de medicamentos
 Acidentes com radiação (Goiânia, Césio-137)
Inspeção sanitária:
Ela é realizada de acordo com a Legislação Sanitária vigente, focando na verificação
das boas práticas de Fabricação, produção e consumo de produtos de interesse à saúde.
Aspectos observados:
 Estrutura física;
 Recursos humanos;
 Procedimentos;
 Processos de produção;
Ferramentas do fiscal:
1. Legislação
2. Roteiro de inspeção;
3. Termos;
4. Equipamentos.
Classificação das ações da ANVISA:
 Baixa densidade tecnológica:
o Mapeamento de estabelecimentos
o Cadastramento, licenciamento e fiscalização de locais como creches e
escolas;
 Média densidade tecnológica:
o Investigação de surtos de infecção alimentar;
o Mapeamento de estabelecimentos;
o Cadastramento, licenciamento e fiscalização de consultórios, laboratórios
e locais que comercializam medicamentos;
 Alta densidade tecnológica:
o Aprovação de projeto;
o Cadastramento, licenciamento e fiscalização de indústrias produtoras de
drogas; hospitais e serviços de radiação ionizante.
Procedimentos de inspeção da vigilância sanitária:
Poder da polícia: forma de controle, avaliação e fiscalização. Métodos de
apuração do risco à saúde da população:
Lucas Monteiro – Turma 81B

 Denúncia
 Busca ativa;
 Articulação entre órgãos
Processo administrativo sanitário:
CONCEITO:
Uma série ordenada de atos praticados pela Administração Pública que antecedem
e preparam o ato administrativo, a fim de que a decisão executória proferida atinja a sua
finalidade.
CRITÉRIOS: Todos os princípios aplicáveis à C.F.
 Legalidade – base de todo ordenamento jurídico brasileiro.
 Qualidade – Observância aos trâmites oficiais de instauração, instrução (ampla
defesa e contraditório) e julgamento.
Conclusão:
Embora a VISA não atue só com base no seu Poder de Polícia Administrativa é
quem assegura a efetiva capacidade de intervenção da vigilância sobre os problemas
sanitários, e possibilita uma atuação mais ampla sobre os interesses privados em
benefícios do público.
UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
FAMED - FACULDADE DE MEDICINA DE ALAGOAS 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE - INTEGRADA II

 
VIGILÂNCIA AMBIENTAL 
 

CONCEITO:  ​conjunto  de  ​ações  que  proporciona  o  ​conhecimento  e  a  detecçã​o  de  qualquer  ​mudança  nos 
fatores ​determinantes e condicionantes do ​meio ambiente ​que interferem na ​saúde humana​. 

 
FINALIDADE:  Recomendar  e  ​adotar  medidas  de  ​prevenção  e  controle  dos  ​fatores  de  riscos  relacionados  às 
doenças​ relacionadas a ​variável ambiental​. 

 
FATORES AMBIENTAIS QUE AGRAVAM A SAÚDE 
● SANEAMENTO BÁSICO INADEQUADO 
● POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 
● SUBSTÂNCIAS QUÍMICA E FÍSICA 
● DESASTRES NATURAIS 
● FATORES BIOLÓGICOS 
 
ANTECEDENTES HISTÓRICOS: acidente de Minamata; acidente com Césio 137 
A  implementação  da  Vigilância  Ambiental  entra  num  contexto  onde  já  existiam  instrumentos  legais 
responsáveis pela atuação na área de saúde ambiental, como o SUS.  

Art.  225:  T​ odos  têm  direito  ao  ​meio  ecologicamente  equilibrado​,  bem  de  uso  comum  do  povo, impondo-se ao 
poder público e a coletividade o dever de ​defendê-lo e preservá-lo​ para o presente e ​futuras gerações​. 
 
 
COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS 
1. coordenar  e  executar  as  ​ações  de  monitoramento  dos  ​fatores  não  biológicos  que  ocasionem  ​riscos  à 
saúde humana​; 
2. propor normas relativas às ​ações de prevenção e controle de fatores do meio ambiente​; 
3. propor normas e ​mecanismos de controle a outras instituições​, com atuação no meio ambiente; 
4. Retroalimentação dos dados​. 
5. analisar e​ divulgar informações epidemiológicas​ sobre fatores ambientais de risco à saúde;  

 
● produzir, integrar, processar e interpretar informaçõe​s, visando a ​disponibilizar ao SUS​; 
● identificar  os  riscos  e  divulgar  as  informações  referentes  aos  fatores  ambientais  condicionantes  e 
determinantes das doenças e outros agravos à saúde; 
● A  construção  de  um  ​sistema  de  informação  para  a  vigilância  em  saúde ambiental que ​integre aspectos 
de saúde e de meio ambiente​. 
● conhecer  e  estimular  a  interação  entre  saúde,  meio  ambiente  e  desenvolvimento,  visando  ao 
fortalecimento da ​participação da população na promoção da saúde e qualidade de vida. 
 
UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
FAMED - FACULDADE DE MEDICINA DE ALAGOAS 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE - INTEGRADA II
 

COORDENAÇÃO 

 
 
SERVIÇOS COMPETENTES AO ​SANEAMENTO BÁSICO 
★ drenagem urbana​ (galeria de água fluvial); 
★ recolhimento e ​destinação de resíduos sólidos​; 
★ tratamento de água​; 
★ coleta e ​tratamento de esgoto sanitário​. 
SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL 
Norte:​ 7,1% 
Nordeste:​ 42,9% 
Sudeste:​ 92,9% 
Sul:​ 38,9% 
Centro-Oeste:​ 17,9% 
VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DE ÁGUA PARA O CONSUMO HUMANO 
Visa  garantir  à  população  o  ​acesso  à  água  com qualidade compatível com o padrão de potabilidade estabelecido 
na legislação vigente, para a promoção da saúde.  
 
 
UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
FAMED - FACULDADE DE MEDICINA DE ALAGOAS 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE - INTEGRADA II
 
IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA 
Para  a  garantia  da  saúde  das populações. Desse modo, tanto as ações de controle e de vigilância da qualidade da 
água para consumo humano são instrumentos essenciais para a produção e prevenção da saúde. 
 
O QUE É VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DE ÁGUA PARA O CONSUMO HUMANO - VIGIÁGUA? 
É  o  ​conjunto  de  ações  adotadas  pela  ​autoridade  de  saúde  pública​,  para  verificar  se  a  água  consumida  pela 
população  atende  a  norma  vigente  e  para  verificar  os  ​riscos  que  os  sistemas  e  as  soluções  alternativas  de 
abastecimento de água​ representam para a saúde humana​. 
INDICADORES DA VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DE ÁGUA PARA O CONSUMO HUMANO: 

 
 
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) 
O  SAA  é  uma  ​instalação  destinada à produção e à distribuição canalizada de água potável para populações​, sob a 
responsabilidade do poder público​, mesmo que administra em regime de concessão ou permissão. 
 
EXIGÊNCIAS PARA AS SOLUÇÕES ALTERNATIVAS COLETIVAS Portaria 518/2004 MS  
Art. 21. ​O sistema de abastecimento de água deve contar com responsável técnico, profissionalmente habilitado. 
Art.  22.  Toda  água  fornecida  coletivamente deve ser submetida a processo de desinfecção, concebido e operado 
de forma a garantir o atendimento ao padrão microbiológico desta Norma.  
 
PENALIDADES 
Art.  26.  Serão  aplicadas  as  sanções  administrativas  cabíveis,  aos  responsáveis  pela  operação  dos  sistemas  ou 
soluções  alternativas  de  abastecimento  de  água,  que  não  observarem  as  determinações  constantes  desta 
Portaria. 

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