de 1693 e receberam como campo para suas atividades, parte do norte do Rio Amazonas, do Xingu e do Nhamundá. Era uma região ainda não toda atingida pelos Jesuítas. Em 1694, marca o início dos trabalhos missionários entre os índios Barés, destacando-se nesta atividade o missionário Frei Francisco Villar. O processo adotado pelos missionários obedecia aos critérios de “aldeamento de índios”. Iam buscar os índios nas malocas e os condicionavam a uma “missão”, onde o missionário dispunha do poder espiritual e temporal. Em 1729, devido às condições geográficas da localização da Missão e a falta de transporte, durante o período da seca, os missionários decidiram transferir a Missão Baré para o lugar Surubiú ou Surubiju, onde fundaram a Missão Surubiú, segundo alguns autores, e tem como Patrono Santo Antônio. Em 1758, acontece a expulsão dos religiosos da Amazônia, neste mesmo período as Missões foram elevadas à categoria de Vila e economicamente transformadas em Paróquias. Em 20 de março de 1758, Mendonça Furtado, passando por essa Missão, extinguiu-a e deu ao lugar o nome atual de Alenquer. Mas deixou de erigi-la em Vila, por não saber o número exato de seus habitantes, só mais tarde recebeu esse título. Coube ao Bispo Dom Frei Miguel de Bulhões dar o título de Paróquia de Santo Antônio de Lisboa à Matriz da Vila de Alenquer. Em 1762, foi feita a primeira visita pastoral realizada na Paróquia de Alenquer foi feita pelo Bispo Dom Frei João se São José e Queiroz, em data de 13 a 17 de fevereiro de 1762. A saída dos religiosos deixou a Paróquia sem Pároco, pois os padres diocesanos eram em número insuficiente para prover as Paróquias recém-criadas. Muitos religiosos, cheios de ardor apostólico e até mesmo sob a pressão do Bispo, optaram pelo clero diocesano, para permanecerem à frente de algumas poucas Paróquias. Em 1881, um lamentável acontecimento registrou-se em 1881, a 19 de junho, quando depois da celebração da Missa, na Igreja Matriz, o altar-mor e todo o retábulo pegou fogo, queimando algumas imagens, inclusive a imagem de Santo Antônio. Em 1905, a Paróquia de Alenquer recebeu pela primeira vez a visita de um Núncio Apostólico, Dom Júlio Conti, que foi recebido festivamente, graças à influência do Pároco. Em 1905, em Alenquer foi saliente a poderosa Irmandade de Santo Antônio, que foi desativada pelo Monsenhor Frederico Costa, em 1905, era a entidade que promovia a festa do santo padroeiro e tomava conta da Matriz. Em 1903, foi criada a Prelazia de Santarém, entretanto a Paróquia de Alenquer passou a pertencer à nova circunscrição eclesiástica, mas seu Pároco continuou à frente da Paróquia. Em 1908, feito o novo cemitério de Alenquer, Dom Amando Bahlmann, Bispo Prelado de Santarém, “condicionou a Bênção do cemitério, sob a condição de nesse campo santo, só terem sepulturas, os católicos”. O zeloso Pároco conseguiu junto ao autoritário Bispo, a Bênção sem que se cumprisse a exigência querida por Dom Amando. Em 1916, durante a festividade de Santo Antônio, a Matriz foi iluminada com gás acetileno. Em 1917 a 1918, anos difíceis atravessou a Paróquia com enchentes e muita febre de paludismo, causando a morte de muitas pessoas. Na cidade, em 1918, faleceram 99 pessoas, número bastante elevado. No dia 04 de fevereiro de 1924, o zeloso Cônego Secunda Bruzzo adoeceu gravemente, indo tratar-se em Santarém, e em seguida teve de ser conduzido para Belém, juntamente com o seu empregado Sr. Barbeirinho, internando-se na Beneficiente Portuguesa. Não tendo melhoras, os médicos aconselharam o velho padre, com 65 anos, a regressar para sua terra natal, o que aconteceu em 05 de junho do referido ano. Em 1929, Frei Eustáquio Burllermann e Frei Leonardo Forstemberg foram nomeados padres da Paróquia, porém, por pouco tempo, já que foram transferidos para Salvador. Em 1930, a Paróquia recebeu o Pároco Frei Luiz Wandt, vindo da Missão Mundurucus, que permaneceu por 8 anos em Alenquer, quando voltou para a sua província no sul do Brasil. A partir de 1997, chegaram a Alenquer, para colaborarem na Pastoral, os Padres do Verbo Divino (Verbitas): Padre Roberto ManceraEbisa, Padre Patrício Ruane, Padre Francisco Kom, Padre Kevin Keenan, Padre João Belarmino da Costa, Padre Cristóvão Kopec, Padre Estêvão RexSimangi, Padre Antony SamySiluvai, Padre José Boeing, Padre José Leandro Moreira, Pe. Manuel L. Rodrigues, Padre Jaime Alejandro Hernandes Murillo, Padre Paulo Balaz, Padre AdventinoNandus, Padre Lucas Prugar, Irmão Luis Kaut. E colaborando com a nossa Paróquia, ajudando os Padres Verbitas, temos o padre diocesano Emmanuel Pereira de Almeida, natural de Óbidos. Em 2000, com a saída dos padres franciscanos da Paróquia de Alenquer a Paróquia foi entregue à responsabilidade dos Padres do Verbo Divino, sendo nomeado primeiro Pároco Verbita, em Alenquer, o Padre Kevin Keenan. Com a transferência de Padre Kevin, assumiu a Paróquia o Padre Roberto Mancera Ebisa, seguido do Padre João Belarmino da Costa, que foi sucedido pelo Padre Cristóvão Kopec. Com a saída do Padre Cristóvão, de férias para a Polônia, Padre Estêvão Rex Simangi assumiu a Paróquia de Alenquer até à chegada do Padre Manuel Lopes Rodrigues que é o atual Pároco da nossa Paróquia. Em 2004, Temos ainda a destacar a realização das Santas Missões Populares, ocorridas sob a coordenação do Padre Roberto Ebisa e animação do Padre colombiano verbita Jaime Romero. Por ser o ano da copa do mundo, o aniversário das Santas Missões foi adiando para 2015. Agora é a vez de continuar e contribuir com essa história da Paróquia de Alenquer. A Paróquia Santo Antônio de Alenquer é formada por 143 Comunidades, localizadas nas regiões da cidade, da Várzea e da Terra Firma (Colônia). Para facilitar o trabalho dos padres, a nossa Paróquia foi dividida em quatro regiões, a saber: Região I e Região II são formadas pelas comunidades da cidade; A Região III formada pelas comunidades da Várzea e a Região IV, pelas Comunidades da Terra Firme (Colônia), que por sua vez, foi subdividida em duas minis-regiões, denominadas A e B e em Áreas de Missões. Muitas dessas Comunidades foram fechadas, outras ativadas foram criadas.