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NÚCLEO DE

PÓS GRADUAÇÃO

Ética
Profissional
Curso de Pós- Graduação
Coordenação Pedagógica - IBRA
Sumário

1 Introdução 04
2.1 Origens 06

2 O que é ética? 06
2.2 Definições 08
2.3 O pensamento dos filósofos 09
2.4 Valores éticos 12

3 Ética e Responsabilidade Social 16


3.1 Responsabilidade Social e as Organizações 17

4 Referência Bibliográficas 21

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A PO ST I L A D E E T ÍCA PR OFISSIO NAL

1 Introdução

É tica é a ciência da verdade; não


existe uma ética da mentira, nem
a meia ética e ambas, ética e verdade
no meio social e nosso interesse é justa-
mente levá-los a refletir que o compromis-
so com a sociedade, o respeito à dignidade
são a essência da consciência huma- humana passam necessariamente pela
na. Ninguém lhes pode ser indiferen- ética, onde quer que esteja o profissional,
te. na educação, nos serviços de saúde, na ad-
A omissão da consciência é tão ministração pública, no meio empresarial,
dolorosa que o homem, quando não con- ele deve permear seu viver na ética.
segue seguir seus ditamos, inventa simu- Para que sejam cumpridas as fun-
lacros de ética e de verdade. Cria carica- ções básicas da sociedade, são imprescin-
turas da ética, sacrificando a verdade por díveis desenvolverem-se, igualmente, três
meio de retóricas ideológicas, assim, pre- capacidades, eminentemente éticas:
valecem as exteriorizações que nada mais
são do que a relativização da ética, que • Liderança integrada - não bas-
corresponde à elasticidade da consciência. ta que haja líderes, eles devem estar in-
A ética e a verdade, por habitarem a tegrados por verdades comuns;
consciência, vêm de dentro, têm a ver com
o ser: ou é ou não se é! (MATOS, 2008). • Organização flexível - que as
A ética é o fundamento da sociedade! estruturas estimulem a participação, a
Não há possibilidade de vida social criatividade, a descentralização e a de-
sem que haja observância de princípios legação de autoridade;
éticos.
A sociedade apoia-se em três concei- • Visão e ação estratégicas - que
tos, seus pilares éticos: se desenvolva simultaneamente a per-
cepção diagnóstica (saber o que está
É essenWcial que ela seja justa – que acontecendo) e o pensamento estratégi-
haja oportunidade para todos; co (saber definir cenários do porvir e to-
mar decisões eficazes) (MATOS, 2008).
É essencial que ela seja livre – que a
vontade educada torne a liberdade res-
ponsável;

É vital que ela seja solidária – que haja


compromisso com o bem pessoal e o
bem comum.

Ética da simulação ou meia-ética são


mentiras inteiras que não resistem à ver-
dade, no tempo, mas estão ai camufladas Fonte: https://unsplash.com/photos/jxUuXxUFfp4

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A PO ST I L A D E E T ÍCA PR OFISSIO NAL

2 O que é ética?

D esde suas origens entre os filóso-


fos da antiga Grécia, a Ética é um
tipo de saber normativo, isto é, um saber
a utilização atual que damos a palavra Éti-
ca (GOLDIM, 2000).
Ética é a investigação geral sobre
que pretende orientar as ações dos seres aquilo que é bom.
humanos. A moral também é um saber Ética significa modo de ser, caráter,
que oferece orientações para a ação, mas comportamento. É o ramo da filosofia que
enquanto ela propõe ações concretas em busca estudar e indicar o melhor modo
casos concretos, a Ética – como Filosofia de viver no cotidiano e na sociedade. Di-
moral – remonta à reflexão sobre as dife- ferencia-se da moral, pois enquanto esta
rentes morais e as diferentes maneiras de se fundamenta na obediência a normas,
justificar racionalmente a vida moral, de tabus, costumes ou mandamentos cultu-
modo que sua maneira de orientar a ação rais, hierárquicos ou religiosos recebidos,
é indireta: no máximo, pode indicar qual a ética, ao contrário, busca fundamentar
concepção moral é mais razoável para o bom modo de viver pelo pensamento
que, a partir dela, possamos orientar nos- humano.
sos comportamentos (CORTINA; MAR- Na filosofia clássica, a ética não se
TÍNEZ, 2009). resume ao estudo da moral (entendida
Portanto, em princípio, a Filosofia como “costume”, do latim mos, mores),
moral ou Ética não tem motivos para ter mas a todo o campo do conhecimento que
uma incidência imediata na vida cotidia- não é abrangido na física, metafísica, esté-
na, pois seu objetivo último é esclarecer tica, na lógica e nem na retórica.
reflexivamente o campo da moral. No Assim, a ética abrangia os campos
entanto, esse esclarecimento, certamente que atualmente são denominados antro-
pode servir de modo indireto como orien- pologia, psicologia, sociologia, economia,
tação moral para os que pretendam agir pedagogia, educação física e até mesmo
racionalmente no conjunto da sua vida. política, em suma, campos direta ou indi-
retamente ligados a maneiras de viver.
Porém, com a crescente profissiona-
2.1 Origens lização e especialização do conhecimen-
to que se seguiu à revolução industrial, a
Ética é uma palavra de origem grega, maioria dos campos que eram objeto de
com duas origens possíveis. A primeira estudo da filosofia, particularmente da éti-
é a palavra grega éthos, com e curto, que ca, foram estabelecidos como disciplinas
pode ser traduzida por costume, a segun- científicas independentes. Deste modo, é
da também se escreve éthos, porém com e comum que atualmente a ética seja defini-
longo, que significa propriedade do cará- da como “a área da filosofia que se ocupa
ter. A primeira é a que serviu de base para do estudo das normas morais nas socieda-
a tradução latina Moral, enquanto que a des humanas” e busca explicar e justificar
segunda é a que, de alguma forma, orienta os costumes de um determinado agru-

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A PO ST I L A D E E T ÍCA PR OFISSIO NAL

2 O que é ética?

pamento humano, bem como fornecer pretende a perfeição do ser humano.


subsídios para a solução de seus dilemas Ética existe em todas as sociedades
mais comuns. Neste sentido, ética pode humanas, e, talvez, mesmo entre nossos
ser definida como a ciência que estuda a parentes não humanos mais próximos.
conduta humana e a moral é a qualidade Podemos abandonar o pressuposto de
desta conduta, quando julga- se do ponto que a Ética é unicamente humana.
de vista do Bem e do Mal. A Ética pode ser um conjunto de re-
A ética também não deve ser con- gras, princípios ou maneiras de pensar
fundida com a lei, embora com certa fre- que guiam, ou chamam a si a autoridade
quência a lei tenha como base princípios de guiar, as ações de um grupo em par-
éticos. Ao contrário do que ocorre com a ticular (moralidade), ou é o estudo siste-
lei, nenhum indivíduo pode ser compeli- mático da argumentação sobre como nós
do, pelo Estado ou por outros indivíduos, devemos agir (filosofia moral).
a cumprir as normas éticas, nem sofrer É extremamente importante saber
qualquer sanção pela desobediência a es- diferenciar a Ética da Moral e do Direito.
tas; por outro lado, a lei pode ser omissa Estas três áreas de conhecimento se dis-
quanto a questões abrangidas no escopo tinguem, porém têm grandes vínculos
da ética. e até mesmo sobreposições (GOLDIM,
Modernamente, a maioria das pro- 2003).
fissões tem o seu próprio código de ética Tanto a Moral como o Direito ba-
profissional, que é um conjunto de normas seiam-se em regras que visam estabelecer
de cumprimento obrigatório, derivadas da uma certa previsibilidade para as ações
ética, frequentemente incorporados à lei humanas. Ambas, porém, se diferenciam.
pública. Nesses casos, os princípios éticos A Moral estabelece regras que são
passam a ter força de lei; note-se que, mes- assumidas pela pessoa, como uma forma
mo nos casos em que esses códigos não de garantir o seu bem-viver. A Moral inde-
estão incorporados à lei, seu estudo tem pende das fronteiras geográficas e garante
alta probabilidade de exercer influência, uma identidade entre pessoas que sequer
por exemplo, em julgamentos nos quais se se conhecem, mas utilizam este mesmo
discutam fatos relativos à conduta profis- referencial moral comum.
sional. Ademais, o seu não cumprimento O Direito busca estabelecer o regra-
pode resultar em sanções executadas pela mento de uma sociedade delimitada pelas
sociedade profissional, como censura pú- fronteiras do Estado. As leis tem uma base
blica e suspensão temporária ou definitiva territorial, elas valem apenas para aquela
do direito de exercer a profissão. área geográfica onde uma determinada
A Ética tem por objetivo facilitar a re- população ou seus delegados vivem. O
alização das pessoas. Que o ser humano Direito Civil, que é referencial utilizado no
chegue a realizar-se a si mesmo como tal, Brasil, baseia-se na lei escrita. A Common
isto é, como pessoa. (...) A Ética se ocupa e Law, dos países anglo-saxões, baseia-se

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2 O que é ética?

na jurisprudência. As sentenças dadas 2.2 Definições


para cada caso em particular podem ser-
vir de base para a argumentação de novos
Ético (ethos): disciplina filosófica
casos. O Direito Civil é mais estático e a
que estuda o valor das condutas humanas,
Common Law mais dinâmica. seus motivos e finalidades. Reflexão sobre
Alguns autores afirmam que o Di- os valores e justificativas morais, aquilo
reito é um sub-conjunto da Moral. Esta que se considera o bem.
perspectiva pode gerar a conclusão de que Análise da capacidade humana de
toda a lei é moralmente aceitável. Inúme- escolher, ser livre e responsável por sua
ras situações demonstram a existência de conduta entre os demais. Para alguns au-
conflitos entre a Moral e o Direito. A deso- tores, o mesmo que moral (MARTINS,
bediência civil ocorre quando argumentos 2002).
morais impedem que uma pessoa acate Anti-ético: contra uma ética es-
uma determinada lei. Este é um exemplo tabelecida ou contra a ideia (da ética) de
de que a Moral e o Direito, apesar de refe- estabelecer o que devemos fazer ou quem
rirem-se a uma mesma sociedade, podem queremos ser levando os outros em con-
ter perspectivas discordantes. sideração. Muitas vezes, o antiético têm
Sintetizando: A Ética é o estudo geral ideias éticas próprias.
do que é bom ou mau. Um dos objetivos Aético: sem ética, mas não contra
da Ética é a busca de justificativas para as uma ou outra ética.
regras propostas pela Moral e pelo Direito. Para o Professor de Filosofia Alfredo
Ela é diferente de ambos - Moral e Direito de Oliveira Moraes (2000) o termo ética
- pois não estabelece regras. Esta reflexão provém de outro, mais especificamente de
sobre a ação humana é que a caracteriza ethos, o qual por sua vez corresponde, em
(GOLDIM, 2003). nosso idioma, a uma transliteração dos
dois vocábulos gregos, sejam: ethos com
eta inicial cuja raiz semântica remete ao
significado de morada do homem, sendo
o ethos designativo da casa do homem, re-
sumido na bela expressão – o homem ha-
bita sobre a terra acolhendo-se ao recesso
seguro do ethos.
Na visão do teólogo Leonardo Boff
(2000) “O centro do ethos é o bem (Pla-
tão), pois somente ele permite que alcan-
cemos nosso fim, que consiste em sentir-
Fonte: https://direitodiario.com.br/o-efeito-backlash-
mo-nos em casa. E nos sentirmos bem em
-reacao-decisoes-judiciais/ casa (temos um ethos, realizamos o fim

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2 O que é ética?

almejado) quando criarmos mediações prática.


adequadas, como hábitos, certas normas A ética e a moral não devem ser con-
e maneiras constantes de agir. Por elas, fundidas. Segundo os estudiosos do as-
habitamos o mundo, que pode ser a casa sunto, a ética não cria a moral (MARTINS,
concreta, ou o nosso nicho ecológico local, 2002).
regional ou nossa casa maior, o planeta O Professor de ética Mário Alencas-
Terra”. tro (2000) assevera que toda moral su-
Ética é a ciência da moral (SILVA, põe determinados princípios, normas ou
1999). regras de comportamento, não é a ética
Dalai Lama (2000), de maneira sim- que os estabelece numa determinada co-
ples nos diz que ético “é aquele que não munidade. A ética depara com uma ex-
prejudica a experiência ou a expectativa periência histórico-social no terreno da
de felicidade de outras pessoas”. moral, ou seja, com uma série de práticas
Robert Henry Srour (2000) ensina morais já em vigor e, partindo delas, pro-
que a moral vem a ser um conjunto de cura determinar a essência da moral, sua
valores e de regras de comportamento, origem, as condições objetivas e subjetivas
um código de conduta que coletividades do ato moral, as fontes da avaliação moral,
adotam, quer sejam uma nação, uma ca- a natureza e a função dos juízos morais, os
tegoria social, uma comunidade religiosa critérios de justificação destes juízos e o
ou uma organização. Enquanto a ética diz princípio que rege a mudança e a sucessão
respeito à disciplina teórica, ao estudo sis- de diferentes sistemas morais.
temático, a moral correspondente às re- “Os problemas éticos, ao contrário
presentações imaginárias que dizem aos dos prático-morais são caracterizados pela
agentes sociais o que se espera deles, quais sua generalidade. Por exemplo, se um in-
comportamentos são bem-vindos e quais divíduo está diante de uma determinada
não. Em resumo, as pautas de ação ensi- situação, deverá resolvê-la por si mesmo,
nam o “o bem fazer” ou o “fazer virtuoso”, com a ajuda de uma norma que reconhece
a melhor maneira de agir coletivamente; e aceita intimamente, pois o problema do
qualificam o bem e o mal, o permitido e que fazer numa dada situação é um pro-
o proibido, o certo e o errado, a virtude e blema prático-moral e não teórico-ético.
o vício. Mas, quando estamos diante de uma situ-
Para José Renato Nalini (1999) a éti- ação, como, por exemplo, definir o concei-
ca é uma ciência, pois tem objeto próprio, to de Bem, já ultrapassamos os limites dos
leis próprias e método próprio. O objeto problemas morais e estamos num proble-
da ética é a moral. A moral é dos aspectos ma geral de caráter teórico, no campo de
do comportamento humano. A expressão investigação da ética. Tanto assim, que
deriva da palavra romana mores, com o diversas teorias éticas organizaram-se em
sentido de costumes, conjunto de normas torno da definição do que é Bem. Muitos
adquiridas pelo hábito reiterado de sua filósofos acreditaram que, uma vez enten-

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2 O que é ética?

dido o que é Bem, descobriríamos o que Demócrito de Abdera afirmava que,


fazer diante das situações apresentadas ao buscarmos ser felizes, devemos fazer
pela vida. As respostas encontradas não poucas coisas afim de que o que fizermos
são unânimes e as definições de Bem va- não ultrapasse nossas forças e não nos leve
riam muito de um filósofo para outro. à inquietação. Dizia que “é sábio quem
Para uns, Bem é o prazer, para outros é o não se aflige com o que lhe falta e se alegra
útil e assim por diante” (ALENCASTRO, com o que possui” e que “a moderação au-
2000). menta o gozo e acresce o prazer”. Afirma-
va que a agressividade é insensata porque
2.3 O pensamento dos filóso- “enquanto se busca prejudicar o inimigo,
esquecemos o nosso próprio interesse”.
fos
Aristóteles, em sua obra Ética a Ni-
cômaco, afirma que a felicidade (eudemo-
Na antiguidade, todos os filósofos en-
nia) não consiste nem nos prazeres, nem
tendiam a ética como o estudo dos meios
nas riquezas, nem nas honras, mas numa
de se alcançar a eudaimonia¹ e investigar o vida virtuosa. A virtude (areté), por sua
que significa felicidade. Porém, durante a vez, se encontra num justo meio entre os
Idade Média, a filosofia foi dominada pelo extremos, que será encontrada por aquele
cristianismo e pelo islamismo, e a ética se dotado de prudência (phronesis) e educa-
centralizou na moral (interpretação dos do pelo hábito no seu exercício.
mandamentos e preceitos religiosos). Aristóteles faz uma distinção entre
No renascimento e no século XVII, os saberes teóricos, poiéticos e práticos
os filósofos redescobriram os temas éticos que nos levam a entender melhor que tipo
da antiguidade, e a ética foi entendida no- de saber constitui a ética.
vamente como o estudo dos meios de se Os saberes teóricos (do grego theo-
alcançar o bem estar e a felicidade. rein: ver, contemplar) ocupam-se de ave-
A seguir são descritas brevemente as riguar o que são as coisas, o que ocorre de
teorias éticas de alguns filósofos clássicos: fato no mundo e quais são as causas ob-
Para a escola cirenaica², a felicidade jetivas dos acontecimentos. São saberes
consistia no gozo de todo prazer imedia- descritivos, mostram-nos o que existe, o
to. Defendia, porém, um controle racional que é, o que acontece. As diferentes ciên-
sobre o prazer para que não se desenvol- cias da natureza (Física, Química, Biolo-
vesse uma dependência dos prazeres. gia, Astronomia, etc.) são saberes teóricos

¹ O fenômeno da felicidade.
² Escola de pensamento fundada em Atenas, por Aristipo de Cirene. Foi a partir do nome desta cidade que os cire-
naicos receberam sua denominação. É considerada pela tradição uma das chamadas escolas socráticas, juntamente
com os cínicos e os megáricos. Tais escolas recebem esta denominação por se configurar, cada uma delas, como uma
determinada interpretação dos ensinamentos de Sócrates, especialmente no que concerne à correlação entre conhe-
cimento e virtude.

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2 O que é ética?

na medida em que o que buscam é, sim- Os saberes poiéticos, diferentemente


plesmente, mostrar-nos como é o mundo. dos saberes teóricos, não descrevem o que
Aristóteles dizia que os saberes teó- existe, mas procuram estabelecer normas,
ricos versam sobre “o que não pode ser de padrões e orientações sobre como se deve
outra maneira”, ou seja, o que é assim por- agir para atingir o fim desejado (ou seja,
que assim o encontramos no mundo, não uma roda ou uma manta bem feitas, uma
porque assim o dispôs a nossa vontade: escultura, uma pintura ou um poema be-
o sol aquece, os animais respiram a água los). Os saberes poiéticos são normativos,
se evapora, as plantas crescem... tudo isso porém não pretendem servir de referência
é assim e não podemos mudá-lo a nosso para toda a nossa vida, mas unicamente
bel-prazer. Podemos tentar impedir que para a obtenção de certos resultados que
uma coisa concreta seja aquecida pelo sol, supostamente buscamos.
utilizando para tanto quaisquer meios que Por sua vez, os saberes práticos (do
tenhamos a nosso alcance, mas que o sol grego práxis: atividade, tarefa, negócio),
aqueça ou não aqueça não depende de que também são normativos, são aqueles
nossa vontade: pertence ao tipo de coisas que procuram orientar-nos sobre o que
que “não podem ser de outra maneira”. devemos fazer para conduzir nossa vida
Em contrapartida, os saberes poi- de uma maneira boa e justa, como deve-
éticos e práticos versam, segundo Aris- mos agir, qual decisão é a mais correta em
tóteles, sobre “o que pode ser de outra cada caso concreto para que a própria vida
maneira”, ou seja, sobre o que podemos seja boa em seu conjunto. Tratam do que
controlar à vontade. Os saberes poiéticos deve existir, do que deveria ser (embo-
(do grego poiein: fazer, fabricar, produzir) ra ainda não seja), do que seria bom que
são aqueles que nos servem de guia para a acontecesse (segundo alguma concepção
elaboração de algum produto, de alguma do bem humano). Tentam nos mostrar
obra, quer seja algum tipo de artefato útil como agir bem, como nos conduzir ade-
(como construir uma roda ou tecer uma quadamente no conjunto de nossa vida
manta) ou simplesmente um objeto belo (CORTINA; MARTÍNEZ, 2009).
(como uma escultura, uma pintura ou um Na classificação aristotélica, os sabe-
poema) (CORTINA; MARTÍNEZ, 2009). res práticos eram agrupados sob o rótulo
As técnicas e as artes são saberes des- “filosofia prática”, rótulo que abarcava
se tipo. O que hoje chamamos de “tecnolo- não só a Ética (saber prático destinado a
gias” são igualmente saberes que abarcam orientar a tomada de decisões prudentes
tanto a simples técnica - baseada em co- que nos levam a conseguir uma vida boa),
nhecimentos teóricos - como a produção mas também a Economia (saber prático
artística. encarregado da boa administração dos

³ Um filósofo grego do período helenístico. Seu pensamento foi muito difundido e numerosos centros epicuristas se
desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador.

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2 O que é ética?

bens da casa e da cidade) e a Política (sa- dicas, religiosas e sociais.


ber prático que tem por objeto o bom go- Para os estóicos, a felicidade consiste
verno da pólis). em viver de acordo com a lei racional da
Para Epicuro³ a felicidade consiste natureza e aconselha a indiferença (apa-
na busca do prazer, que ele definia como thea) em relação a tudo que é externo. O
um estado de tranquilidade e de libertação homem sábio obedece à lei natural reco-
da superstição e do medo (ataraxia), as- nhecendo-se como uma peça na grande
sim como a ausência de sofrimento (apo- ordem e propósito do universo, devendo
nia). Para ele, a felicidade não é a busca assim manter a serenidade e indiferença
desenfreada de bens e prazeres corporais, perante as tragédias e alegrias.
mas o prazer obtido pelo conhecimento, Espinoza, em sua obra Ética, afirma
amizade e uma vida simples. Por exem- que a felicidade é encontrada através da
plo, ele argumentava que ao comermos, alegria ativa, que nos possibilita ultrapas-
obtemos prazer não pelo excesso ou pelo sar as paixões (tristeza e alegria passivas).
luxo culinário (que leva a um prazer for- A alegria ativa consiste em compreender
tuito, seguido pela insatisfação), mas pela e ativamente criar as condições/oportuni-
moderação, que torna o prazer um estado dades exteriores que levam à alegria e ao
de espírito constante, mesmo se nos ali- amor (o amor é definido por ele como a
mentarmos simplesmente de pão e água. alegria que associamos a uma causa exte-
Para os filósofos cínicos, a felicida- rior a nós), contra a tristeza e o ódio (o ódio
de era identificada com o poder sobre si é definido por ele como a tristeza que as-
mesmo ou autossuficiência (em grego, sociamos a uma causa exterior a nós). Ele
autárkeia) e é alcançada eliminando-se criticava severamente os filósofos cristãos
da vontade todo o supérfluo, tudo aquilo medievais que afirmavam que a tristeza e
que fosse exterior. Defendiam um retor- o sofrimento são bons (como em Cristo).
no à vida da natureza, errante e instintiva, Para Espinoza, unicamente a alegria
como a dos cães. Desacreditavam as con- nos leva ao amor no cotidiano e na convi-
quistas da civilização, suas estruturas jurí- vência com os outros, enquanto a tristeza
nunca é boa, intrinsecamente relaciona-
da ao ódio, à tristeza sempre é destrutiva
para nós e para os outros.

2.4 Valores éticos

A ética aristotélica afirma que existe


moral porque os seres humanos buscam
inevitavelmente a felicidade, a ventura, e
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Baruch_Espinoza para alcançar plenamente esse objetivo

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2 O que é ética?

necessitam das orientações morais. • Veracidade (aletheía)


Mas, além disso, ela nos proporciona • Bom humor (eutrapelía)
critérios racionais para averiguar que tipo • Afabilidade ou doçura (praotes)
de comportamentos, quais virtudes, em • Magnificência (megaloprepéia)
suma, que tipo de caráter moral é o ade- • Magnanimidade (megalofijía)
quado para essa finalidade. (CORTINA; MARTÍNEZ, 2009).
Desse modo, Aristóteles entende a
vida moral como um modo de “auto- re- Para Scheler4, existe uma ciência
alização” e por isso dizemos que a ética pura dos valores, uma axiologia pura, que
aristotélica pertence ao grupo de éticas eu- se sustenta em três princípios:
demonistas, porque assim se aprecia me-
lhor a diferença em relação a outras éticas. 1. Todos os valores são negativos ou po-
Para ele os valores seriam: sitivos;

1. Próprias do intelecto teórico 2. Valor e dever estão relacionados, pois


• Inteligência (nous) a captação de um valor não realizado é
• Ciência (episteme) acompanhada pelo dever de realizá-lo;
• Sabedoria (Sofia)
3. Nossa preferência por um valor e
2. Próprias do intelecto prático não por outro verifica-se porque nossa
• Prudência (frónesis) intuição emocional capta os valores já
• Arte ou técnica (tekne) hierarquizados. A vontade de realizar
• Discrição (gnome) um valor moral superior em vez de um
• Perspicácia (euboulía) inferior constitui o bem moral, e seu
contrário é o mal. Não existem, portan-
3. Próprias do autodomínio to, valores especificamente morais.
• Fortaleza ou coragem (andreía)
• Temperança ou moderação (sofro- Esse modelo ético foi seguido e am-
sine) pliado por pensadores como Nicolai Hart-
• Pudor (aidos) mann, Hans Reiner, Dietrich Von Hilde-
brand e José Ortega y Gasset, que chamou
4. Próprias das relações humanas: a intuição emocional de “estimativa” e in-
• Justiça (dikaiosine) cluiu os valores morais na hierarquia ob-
• Generosidade ou liberdade (eleu- jetiva, diferentemente de Scheler, como
theríotes) mostra no quadro 1.
• Amabilidade (filia) Surgida na década de 1970 a ética

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Max Scheller (1874-1928) foi um filósofo fenomenologista, preocupado especialmente com a filosofia dos valores.

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2 O que é ética?

do discurso propõe encarnar na socie- humanizam.


dade os valores e liberdade, justiça e so- Obviamente, não é qualquer forma
lidariedade por meio do diálogo, como de diálogo que nos levará a distinguir o so-
único procedimento capaz de respeitar a cialmente vigente do moralmente válido,
individualidade das pessoas e, ao mesmo por isso a ética discursiva tentará apresen-
tempo, sua inegável dimensão solidária, tar o procedimento dialógico adequado
porque em um diálogo precisamos contar para alcançar essa meta, e mostrar como
com pessoas, mas também com a relação ele deveria funcionar nos diferentes âmbi-
que existe entre elas, a qual, para ser hu- tos da vida social. Por isso, divide sua ta-
mana, deve ser justa. refa em duas partes: uma dedicada à fun-
Esse diálogo nos permitirá questio- damentação – à descoberta do princípio
nar as normas vigentes em uma socieda- ético – e outra à aplicação deste à vida co-
de e distinguir quais são moralmente vá- tidiana (CORTINA; MARTÍNEZ, 2009).
lidas, porque acreditamos realmente que
Quadro 1
Valores positivos e negativos
Capaz
Incapaz Caro
Úteis
Barato Abundante
Escasso
Saudável
Doente Selecionado
Vitais Vulgar Cheio de energia
Inerte Forte
Fraco
Conhecimento
Erro Exato
Intelectuais
Aproximado Evidente
Provável
Bom
Mau Bondoso
Maldoso Justo
Morais Injusto
Espirituais Escrupuloso
Negligente Leal
Desleal
Bonito
Feio Gracioso
Tosco
Estéticos
Elegante
Deselegante Harmonioso
Desamôrnico
Santo ou sagrado
Profano Divino
Religiosos Demoníaco Supremo
Derivado Milagroso
Mecânico

Fonte: ORTEGA y GASSET (1993, p. 334)

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3 Ética e Responsabilidade Social

A s empresas de “organismos vivos”


que ao longo do tempo acabam in-
corporando mudanças e procedimentos
que podem causar impactos na sociedade,
no meio ambiente e no futuro dos próprios
negócios. Reforçando esse conceito, pode-
para se adaptarem às novas realidades mos utilizar Ponchirolli (2010), respon-
e garantirem a sobrevivência. De alguns sabilidade social da empresa está estrita-
anos para cá, tem-se notado, em ritmo mente ligada ao tipo de relacionamento
promissor, uma crescente consciência de que esta terá com seus interlocutores.
que a empresa pode e deve assumir den- A natureza da relação entre a empre-
tro da sociedade um papel mais amplo, sa e seus interlocutores vai depender mui-
que vai além da sua vocação básica de ge- to das políticas, valores, cultura e, sobretu-
radora de riquezas, ou seja, a empresa na do, da visão estratégica que prevalece no
busca tremenda da lucratividade. centro da organização e no atendimento
Segundo Ponchirolli (2010), essa a essas expectativas. De um modo mais
crescente demanda da sociedade ofere- simples, podemos dizer que a ética nos
cem se várias respostas e vários entendi- negócios ocorre quando as decisões de in-
mentos, pois este novo papel pode estar teresse de determinada empresa também
associado não só a motivos de obrigação respeitam o direito, os valores e os interes-
social, mas também, a sugestões de natu- ses de todos aqueles que, de uma forma
reza estratégica ou ainda, a uma postura ou de outra, são por elas afetados. Assim,
verdadeiramente ética e cidadã da empre- uma empresa pode oferecer o melhor pro-
sa. O exercício da cidadania empresarial duto ou serviço imaginável para seus con-
pressupõe uma atuação eficaz da empresa sumidores e clientes, mas não estará sen-
com todos aqueles que são afetados por do ética em suas relações com a sociedade
sua atividade, sejam diretos, sejam indi- se, por exemplo, no desenvolvimento de
retos, possuindo um alto grau de compro- suas atividades não se preocupar com a
metimento com seus colaboradores inter- poluição que gera no meio ambiente.
nos e externos. A responsabilidade social tem como
No Brasil, o movimento da Respon- base que a atividade de negócios e a socie-
sabilidade Social ganha força a partir dos dade estejam interligadas. Isso cria certas
anos 1990. Junto com ele, o mercado expectativas na sociedade em relação ao
também vem evoluindo, com a exigên- modo como a organização se comporta e
cia de ética e transparência nos negócios. no modo como ela gerencia seus negócios.
A maneira como as empresas realizam Assim, a responsabilidade social passa a
seus negócios define sua maior ou menor ser uma estratégia importante das empre-
Responsabilidade Social. O conceito da sas que buscam um retorno institucional
Responsabilidade Social está relacionado a partir das suas práticas sociais. Respon-
com a ética e a transparência na gestão sabilidade Social, portanto, diz respeito à
dos negócios, como dito anteriormente, maneira como as empresas realizam seus
e deve refletir-se nas decisões cotidianas negócios: os critérios que utilizam para a

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3 Ética e Responsabilidade Social

tomada de decisões, os valores que defi- degradem o meio ambiente, promover a


nem suas prioridades e os relacionamen- inclusão social e participar do desenvolvi-
tos com todos os públicos, com os quais mento da comunidade de que fazem par-
interagem, não custa repetir. te, entre outras iniciativas, são diferenciais
Quando observamos a questão da cada vez mais importantes para as empre-
Responsabilidade Social na ótica das em- sas na conquista de novos consumidores
presas, é preciso entender que as inicia- ou clientes.
tivas que fazem a diferença são aquelas
que realmente tenham algum impacto e
tragam, de fato, consequências positivas,
visíveis a toda a sociedade ou comunida-
de. Avaliar o grau de Responsabilidade
dos indivíduos que compõem uma orga-
nização é complexo, uma vez que estes
exercem vários papéis e relações na em-
presa, na família. Responsabilidade im-
plica compromisso com a humanidade, Fonte: http://www.dllclegal.com/7-costly-legal-mis-
respeitando os direitos humanos, justiça, takes-startups-make-when-issuing-equity/action-
-brainstorming-cheerful-1282166-770x513/
dignidade; e com o planeta, comportan-
do-se de forma responsável e comprome-
O negócio baseado em princípios
tida com a sustentabilidade de toda a rede
socialmente responsáveis não só cumpre
da vida (Passos, 2012).
suas obrigações legais como vai além. Tem
por premissa relações éticas e transparen-
3.1 Responsabilidade Social e tes, e assim, ganha condições de manter o
as Organizações melhor relacionamento com parceiros e
fornecedores, clientes e funcionários, go-
A responsabilidade Social tornou-se verno e sociedade. Ou seja, quem posta
um fator de competitividade para os ne- em responsabilidade e diálogo vem con-
gócios. Hoje, as empresas devem investir quistando mais clientes e o respeito da so-
no permanente aperfeiçoamento de suas ciedade. É verdade que muitas das micro
relações com todos os públicos dos quais e pequenas empresas já contribuem para
dependem e com os quais se relacionam: a melhoria das comunidades nas quais
clientes, fornecedores, empregados, par- estão presentes. Mas esta deve ser uma
ceiros e colaboradores. Isso inclui tam- postura sistemática, para enraizar valores
bém a comunidade na qual atua, o gover- como a solidariedade em nosso meio so-
no, sem perder de vista a sociedade em cial.
geral, que construímos a cada dia. Fabri- A pequena empresa que adota a
car produtos ou prestar serviços que não filosofia e práticas da Responsabilidade

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Fonte: https://unsplash.com/photos/Oalh2MojUuk

Social tende a ter uma gestão mais cons- cada vez maior de pessoas que frequen-
ciente e maior clareza quanto à própria tam escolas e querem mais informações;
missão. Consegue um melhor ambiente A revolução cívica, que é representada por
de trabalho, com maior comprometimen- milhões de pessoas organizadas de todo
to de seus funcionários, relações mais con- o mundo reunidas em associações e or-
sistentes com seus fornecedores e clientes ganizações não governamentais (ONGs),
e melhor imagem na comunidade. Tudo defendendo seus direitos e seus interes-
isso contribui para sua permanência e seu ses, como a promoção social e a proteção
crescimento. ambiental.
Ao assumirem uma postura compro- Segundo Chiavenato (2008), o con-
metida com Responsabilidade Social, mi- ceito de responsabilidade social da or-
cro e pequenos empreendedores tornam- ganização está condicionado pelo meio
-se agentes de uma profunda mudança ambiente social, político, econômico, os
cultural, contribuindo para a construção grupos e organizações afetados e o tem-
de uma sociedade mais justa e solidária. po. Uma mesma atividade organizacio-
Segundo Instituto Ethos (2003), o nal pode ser socialmente responsável em
movimento da Responsabilidade Social dado momento dentro de um conjunto
nas organizações decorre de três fatores de circunstâncias culturais, sociais etc., e
que marcam a época atual: A revolução socialmente irresponsável em outro mo-
tecnológica (satélites, telecomunicações), mento, lugar e circunstâncias.
que eliminou distâncias e multiplicou a O instrumento utilizado para delimi-
troca de informações via televisão, jornais, tar e definir a responsabilidade social da
rádio, telefone e internet; A revolução edu- organização é o balanço social. Este do-
cacional, que é consequência do número cumento busca recapitular em um docu-

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Fonte: https://unsplash.com/photos/hCb3lIB8L8E

mento único os principais dados que per- da organização. A nova concepção da or-
mitam apreciar a situação da organização ganização carregada da convicção de sua
no domínio social, registrar as realizações responsabilidade social impõe uma pro-
efetuadas e medir as mudanças ocorridas funda mudança quanto à informação a
no curso do ano de referência e dos anos oferecer ao público interno e externo.
anteriores.
Assim, balanço social precisa com-
portar informações sobre o emprego, re-
muneração, encargos sociais, condições
de higiene e segurança, produtividade do
pessoal, disfunções (como rotatividade, o
absenteísmo, os conflitos trabalhistas), re-
lações trabalhistas etc.
Segundo Chiavenato (2008), o ba-
lanço social passa a ser um sistema de in- Fonte: https://startupi.com.br/2019/07/as-12-estrate-
gias-para-combater-os-vieses-inconscientes-machis-
formação dirigido ao público a respeito do tas-no-mundo-corporativo/colleagues-company-coo-
comportamento socialmente responsável peration-1081228/

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21
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