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ESTATÍSTICA/BIOESTATÍSTICA
“O valor dum indicador reside no
valor da acção que provoca”
Por SARMENTO
Professor : ELSARRODOR 2
Capitulo I
Estatística
O seu nome, deriva do facto de ter sido aplicado primeiramente na recolha de dados
que permitiram a administração dos estados, pois com propósitos militares e
outros, o qual constituía a primeira preocupação administrativa dos antigos
impérios. Os governantes necessitavam de conhecer certa informação referente
ao n.º de soldados e riquezas de seus súbditos.
Aplicações da estatística
A estatística tem grande utilidade na planificação e programação de diversas actividades
do nosso dia a dia e é um meio auxiliar nas investigações.
As técnicas da estatística tem cada vez maior aplicação no campo das ciências medicas
de tal modo que já se consideram um instrumento de trabalho indispensável na
investigação, na epidemiologia, na saúde publica e no geral, em todo o
processo relacionado com o conhecimento dos fenómenos da saúde e de
enfermidade (doença) do ser humano.
- Estatísticas Vitais – É aquela que estuda o quê vai acontecer na vida do homem,
desde que nasce até que more (nascimentos, óbitos, casamentos, divórcios, etc.).
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PRINCÍPIOS DE OBSERVAÇÃO E ANÁLISE ESTATÍSTICO
Observação
A observação é um método científico de pesquisa e estudo. Ela consiste em perceber,
ver e não interpretar. Ou seja, a observação é relatada como foi visualizada, sem que as
ideias interpretativas dos observadores sejam tomadas.
Analise
análysis=[aná="de cada um, relativo a um todo"] +
[lysis="liberação duma parte em relação ao todo que a possui"]), lato sensu, vem a ser:
Possíveis Conceitos:
1. Acto ou efeito de analisar; ou
2. Exame de cada parte de um todo, tendo em vista conhecer sua natureza, suas
proporções, suas funções, suas relações, etc.: análise de um mecanismo; análise de
dados referentes a um grupo social; ou
3. Separação ou desagregação das diversas partes constituintes de um todo;
decomposição: análise de uma amostra de minério; análise de um organograma.
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MÉTODOS E PROCEDIMENTO ESTATÍSTICOS
O Trabalhador de Saúde publica necessita conhecer a comunidade em que actua e
avalia os programas desenvolvidos pelos organismos que dirige com o objectivo de
corrigir certas anomalias e medir a eficiência de tais programas, a sua experiência nos
diferentes serviços de Saúde, lhe fizeram ver como se empreendem acções sem
sistematizar os objectivos, nem avaliar os resultados com poupança de dinheiro e
esforços.
Se uma parte do conhecimento humano foi adquirido pelo homem, seja por acaso ou
por outros procedimentos, o grande avanço da ciência é o resultado de um plano e não
do acaso:
Método cientifico
É a cadeia de passos ou acções, baseadas num aparelho conceptual determinado e em
regras que permitam avançar no processo do conhecimento do conhecido ao
desconhecido.
Hipótese – quer dizer, a enunciação de uma explicação possível dos factos observados
de acordo com o melhor conhecimento científico.
Método estatístico
É um poderoso instrumento ou procedimento de trabalho do método científico em
numerosas ciências e para nossa ciência em particular.
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A observação cientifica deve encher uma serie de requisitos ao igual que a verificação,
que exige uma particular rigorosidade toda vez que devemos demostrar o que
propusemos como hipótese. Isto somente se consegue com uma correcta planificação
do trabalho e uma metodologia ordenada, que inclua desde os objectivos que nos
propomos, até a conclusão final a que cheguemos.
Planificação
- Natureza e importância do problema a estudar
- Conhecimentos actuais sobre o problema
- Determinação dos objectivos do estudo
- Determinação do universo a estudar
- Dados necessários
- Formas de obter dados
- Desenho de formulários
- Definição de términos usados no estudo
- Metodologia a usar no estudo
- Recursos necessários
- Formas de elaborar dados
- Tempo de estudo
Elaboração de informação
- Revisão
- Codificação
- Classificação
- Desenvolvimento
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Capitulo II
População e Amostra
População ou universo
- É a totalidade de indivíduos ou elementos nos quais podem se apresentar
determinadas características a estudar.
Amostra
- É uma parte ou grupo do universo, conjunto de elementos da população que tenha
sido obtida de tal forma que as suas características possam ser generalizadas a um
universo donde provêm.
Desvantagens
- Erro de amostragem
- Erro do investigador
- Erro do entrevistador
- Erro do método de observação
Amostras representativas
- São aquelas que são certas, isto quer dizer que representa todo o universo e que se
assemelham às amostras probabilisticas.
Amostras seleccionadas
- São aquelas que não dizem o certo ou seja não representa todo o seu universo, já
que se assemelham as amostras não probabilisticas.
Amostras probabilisticas
- São aquelas em que todos os seus elementos têm a mesma oportunidade ou
probabilidade de ser escolhido e infere ao universo.
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Amostras não probabilisticas
- São aquelas em que seus elementos são escolhidos a conveniência, pela opinião de
um indivíduo ou especialista e não podem inferir ao universo.
Amostra por conglomerado – Utiliza-se quando existe uma lista dos indivíduos ou
elementos do universo e se escolhem grupos de elementos aleatoriamente.
Capitulo III
Variáveis (escalas) de classificação
É o critério que mediante o qual são classificadas as pessoas estudadas. Um grupo de
pessoas pode ser classificado de muitas maneiras diferentes, segundo a finalidade que
se persiga. De acordo com o sexo, raça, idade, etc. As Variáveis de classificação podem
ser qualitativas e quantitativas.
Hospitais Altas
HCMaputo 96
HCBeira 80
HCNampula 38
Total 214
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- Ordinal – São aquelas unidades de observação que se investigam segundo o
seu tamanho e importância (obedecem uma ordem).
Ex:
Distribuição de 100 doentes segundo seu estado
39 40 41
40 anos 40 anos
10 meses 11 meses
(Roberto) (Pedro)
Capitulo IV
Descrição de dados amostrais
Organização dos dados
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- Apresentação gráfica.
Apresentação tabular
- Denomina-se tabela estatística a forma de apresentar os dados em filas e colunas,
com as correspondentes especificações acerca dos mesmos. É a forma mais
adequada de apresentar a informação numérica quando o seu volume o requer.
Ex:
Grupo de idades População total
-1 ano 161.169
1-4 anos 587.688
5-14 anos 2.149.662
15+ 6.415.595
Total 9.814.114
Fonte: INE- Moçambique
Tabela
- É um quadro que contem filas e colunas
Utilidade da tabela
- Serve para apresentar informações numéricas quando o seu volume o requer.
Partes da tabela
- Titulo: todo o quadro deve levar um título, o qual deve reunir os seguintes
requisitos:
O quê? o quê se estuda? Ou seja qual é o universo que se investiga.
Como? Como se estuda? De acordo com que tipo de características se
classificam os indivíduos estudados.
Onde? Aonde? Ou a que lugar se referem os dados.
Quando? A quê época refere-se o estudo.
- Quadro propriamente dito: é o corpo da tabela, que consta de um conjunto de
casinhas dispostas em colunas e em filas.
//////
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Tipos de Tabelas
Tabela de Distribuição de Frequências.
Tabela de Dados de Associação.
Tabela de Series Cronológicas.
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Óbitos por acidentes, país X.
1978 – 1982
Taxa X
Número de 100.000
Anos óbitos habitantes
1978 2.872 43,3
1979 3.255 47,3
1980 3.390 47,6
1981 3.217 43,7
1982 3.223 42,4
Partes de um gráfico
- Titulo;
- Gráfico propriamente dito
- Notas explicativas;
- A legenda;
- Fontes de informação.
Tipos de gráficos
Gráfico linear - usa-se para apresentar a serie cronológica (dados em relação ao
tempo. Tem como variável o tempo.
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Gráfico de barras ou colunas simples - Utiliza-se para distribuições de frequências
em variáveis qualitativas e quantitativas discretas, assim também para series
cronológicas quando os dados são poucos. Este gráfico apresenta o fenómeno através
de rectângulos ou barras.
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Nele, podem representar-se números absolutos ou percentagens. Como o círculo tem
360°, a maneira mais fácil de o elaborar é expressar os dados que se estudam em
forma de percentagens, pois em tal caso, cada 1% corresponde a 3,6° do círculo.
Outros gráficos
- Polígono
- Gráfico de controle (Organigrama) – Usa-se para questões organizacionais.
- Pictograma – São gráficos vistosos porem pouco precisos do ponto de vista do
rigor estatístico
- Cartograma – Utiliza-se cartas ou mapas geográficas nos quais as frequências são
assinaladas nos locais em que se verificam.
Capitulo V
Distribuição de frequências
Intervalo de Classe
Quando o atributo é contínuo, a cada grupo (classe), compreendem valores dentro de
certos limites, que se denominam intervalo de classe.
Ex: 15 – 20; 15 – 20 e 15 – 20.
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- Na prática, os limites reais de classe são obtidos adicionando-se o limite superior de
um intervalo de classe ao inferior da classe seguinte e dividindo-se a soma por 2.
Outra forma para calcular o limite real, é achando o grau de precisão (GP)
GP = (21-20)/2 = ½ = 0,5
Este valor obtido de 0,5, subtrai-se ao limite inferior e adiciona-se ao limite superior.
*Aconselha-se que o numero de uma distribuição não seja maior que 20 e nem menor
que 5.
*Um intervalo de classe que ao menos teoricamente não tenha nem limite de classe
inferior, nem superior, denomina-se intervalo de classe aberto.
Ex: 15 – 20
21 e +
Distribuição de frequências
- É quando se agrupam os indivíduos de acordo com uma única escala de classificação
Altas hospitalares
Unidades Sanitárias N.º de
alunos
CS. Ponta Geia 80
CS. Munhava 96
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CS. Manga 30
TOTAL 214
I) Distribuições de frequências
- Para formar uma distribuição de frequência, calcula-se a amplitude total ou range
(R):
R=Vmax-Vmin
Onde:
R = amplitude ou Range; Vmax = valor máximo; Vmin = valor mínimo
*Se o valor obtido é menor que 15, é uma distribuição de frequência, sou nos resta
ordená-la em ordem ascendente ou descendente, e tabular os dados. Por ex: 7,6, 3, 12,
4, 3, 12, 7, 10, 9, 5, 11, 9, 11, 11, 4, 10, 2, 4, 9, 5, 7, 5, 2, 9, 6, 6
Vmax = 12; Vmin = 2 R = 12 - 2 = 10
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11 anos 3
12 anos 2
TOTAL 27
II) Séries de classe e frequências
Não existe uma fórmula exacta para determinar o número de classes a se formar, mas a
continuação lhe daremos três fórmulas possíveis:
A fórmula é:
h = R/K
(Aproximar h para maior inteiro)
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172 – 180 2
TOTAL 40
Capitulo VI
Elementos de Estatística de saúde
Considerações gerais
Em estudos demográficos, epidemiologicos e para planeamento de um programa em
saúde pública, há necessidade de se conhecer a população alvo; para tal, lança-se mão
de dados obtidos em levantamentos periódicos ou ocasionais.
Estimativa – Como se viu, o censo é uma operação de alto custo e que ocorre a cada
dez anos dependendo por vezes do período estabelecido em cada país. Entretanto, em
anos anteriores ou posteriores (intermediários) ao censo, há necessidade de se
conhecer o total de habitantes de uma determinada área, para qualquer planeamento
ou avaliação de programa de saúde pública ou cálculo de coeficientes
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óbitos, casamentos, divórcios, adopções, legitimações, reconhecimento, anulações,
separações, etc.).
Nascidos vivos
- É a expulsão ou extracção completa do corpo da mãe, independentemente da
duração da gestação de um produto de concepção que, depois dessa separação,
respire ou manifesta outro qualquer sinal de vida, tais como batimento cardíaco,
pulsação do cordão umbilical ou contracção efectiva de algum músculo de
contracção voluntária, haja ou não sido cortado o cordão umbilical e esteja ou não
desprendida a placenta.
Óbito
- Morte, é o desaparecimento permanente de todo o sinal de vida em um momento
qualquer depois do nascimento vivo ou desaparecimento dos sinais vitais sem
possibilidade de ressuscitar.
Todos os países têm uma lista de doenças notificáveis. A nível nacional, temos os BES –
Boletins Epidemiológicos Semanais que contemplam as seguintes doenças: Sarampo
(055), Tétano (037), Tosse Convulsa (033), Paralisia flácida aguda (045), Malária (084),
Raiva (071), Diarreia (009), Cólera (001), Peste (020), Disenteria (009.2), Meningite
(036)
2. Estatísticas hospitalares
- Embora apresentem a restrição de serem selectivas e especiais (selectiva, porque
somente fornecem informações a respeito das doenças que exigiram hospitalização;
e parciais porque mesmo as pessoas portadoras de doenças que exigiram
Professor : ELSARRODOR 19
hospitalização podem, por varias razoes, não ter sido hospitalizadas), constituem-se
em uma das poucas fontes com que se pode contar, por terem o registro sistemático
de doenças. É preciso deixar claro, entretanto que as estatísticas hospitalares não
apresentam a morbilidade global de uma comunidade.
População
Sadios Doentes
Não vistos Vistos por medico
Não procuraram Procuram hospital
hospital
Ambulatório Hospitalização
3. Registros de óbitos
- Embora tenham como finalidade principal o estudo mortalidade, os atestados de óbitos
podem se constituir em importante fonte de dados de morbilidade de uma área
Classificação
- É ordenar por classes atendendo a categorias
Nomenclatura
- É formar listas ou catálogos que respondam a uma classificação.
Estes dois conceitos, nomenclatura e classificação, estão estreitamente relacionados e
poderíamos dizer que a classificação é o geral e a nomenclatura é o particular.
EX: Técnicos; Enfermeiros = Classificação
Nomenclatura
Técnico: RX; Laboratório; Instrumentação
Enfermeiro/a: Obstétrico; pediátrico; SMI
Ex: Classificação
I Enfermidades Infecciosas e parasitarias
Nomenclatura
001 – Cólera
001.9 – Sem especificação
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002 – Febre tifoideia
003 – Outras infecções
Ex: Classificação
Sífilis e Outras Enfermidades Venéreas
Nomenclatura
090 – Sífilis congénita
091 – Sífilis precoce sintomática
092 – Sífilis precoce lenta
Capitulo VII
Tipos de Analises Estatísticas
- De acordo com o seu propósito, os estudos se classificam em descritivos e
comparativos ou inferências.
Estudos Descritivos
- Os estudos descritivos interessam sobre tudo, resumir adequadamente a informação
e ao mesmo tempo destacar as características importantes do grupo que se estuda.
Interessa saber se há diferenças entre dois ou mais grupos que se estudam e se tais
diferenças existem, achar razoes que possam as explicar. Neste tipo de estudo faz-
se uma descrição de todas as propriedades do problema.
Ex: se estudamos a mortalidade, descreve-se por sexo, causa, idade, sistema sócio-
económico, região, nível de saúde.
É dizer, faz-se uma análise de todos os factos que possam alterar dita mortalidade.
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Indicador
É um tipo de informação que toma a forma duma razão, duma proporção ou duma taxa.
Por outras palavras são variáveis que ajudam a medir directa ou indirectamente as
modificações na situação sanitária e a avaliar até que ponto os objectivos e as metas de
um programa estão a ser atingidos. Um indicador permite fazer comparações e medir
mudanças dum certo fenómeno num certo período de tempo.
Antes de falarmos dos indicadores relativos aos programas de Saúde, pensamos útil e
necessário esclarecer os conceitos de grupo alvo, meta e realizado.
Grupo Alvo - É uma parte duma população que necessita dum certo tipo de cuidado.
Para estimar, em diferentes áreas do país quantas pessoas fazem parte de cada grupo-
alvo é necessário conhecer qual é a população total e a percentagem representada por
cada grupo alvo.
Meta - é o número de indivíduos, dentro de cada grupo alvo aos quais foi programado
dar assistência durante um certo período.
Não sendo possível assistir na totalidade os indivíduos que constituem cada grupo alvo,
é útil fixar metas porque assim resultam claro para os diferentes níveis qual é o volume
de trabalho a realizar durante um certo período numa certa área de Saúde:
As metas são fixados com base nas actividades realizadas nos anos precedentes, nas
mudanças na disponibilidade de recursos e na capacidade prevista de organizar os
serviços de Saúde e de mobilizar a população.
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Actividade realizada (ou o realizado) - corresponde ao número de indivíduos que,
dentro de cada grupo alvo, foram de facto vacinados ou assistidos pela primeira vez.
Razão
- É um cociente que expressa a relação em tamanho, de um número com respeito ao
outro e se aceita que o indicador (numerador) e o denominador refiram-se a factos
diferentes; desta maneira relaciona-se o nº de indivíduos de uma categoria com o nº
de indivíduos de outra categoria.
R = a/b
Onde: R= Razão; a=Um facto qualquer diferente de b; b= Um facto qualquer
diferente de a.
Ex: supomos que temos uma determinada população composta por 400 indivíduos, que
se dividem em 100 homens e 300 mulheres; a razão de masculinidade será:
R=300/100=3 Querendo dizer, por cada homem há 3 mulheres na população estudada.
Proporção
- Chamamos proporção a relação que existe entre o número de casos observados
num grupo particular de indivíduos com uma característica com respeito ao total de
indivíduos que possuem a característica.
P = a/(a +b)
Onde: P=Proporção; a=nº de unidade que possui o atributo a; b=nº de unidade que
possui o atributo b; a+b=N=total da população.
N=37.152 total de nados vivos
a=19.189 nados vivos sexo masculino
b=17.963 nados vivos sexo feminino
A proporção de nados vivos que possuem o atributo “a”, que designaremos por “p”
será: P = 19.189/37.152 = 0,52
Percentagem
- É uma proporção multiplicada 100. Sua fórmula geral será:
P= a X 100
(a +b)
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Taxa
- É a relação que sucede um facto vital sobre a população que deu origem a estes
factos ou população exposta ao risco e multiplica-se por uma constante de 10n.
Taxas gerais
- São aquelas que se calculam com respeito a população total sem atender a
nenhuma característica particular e medem em termos de probabilidade, o risco de
que o facto considerado ocorra na população total.
Taxas Especificas
- Estas taxas definem-se em função de uma ou mais características da população
(sexo, idade, ocupação, ordem de nascimento, estado civil, etc.)
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Importância dos indicadores
- Os indicadores têm como importância a prevenção, gestão e controle dos problemas
de saúde da população.
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Indicadores sobre eficácia
- Mostra até que ponto o resultado desejado duma actividade foi alcançado
Vacinas administradas com boa qualidade produzem uma redução da morbi-
mortalidade das doenças – alvo que será mais ou menos próxima do desejado.
Taxa de incidência das doenças alvos do PAV
Taxa de mortalidade materna intrahospitalar
Taxa de natimortalidade com foco positivo a entrada intrahospitalar
Taxa de cura do tratamento contra tuberculose
Capitulo VIII
Estatística Demográfica
Taxa de Natalidade
- É a relação por cociente existente entre o número de nascidos vivos ocorridos em
certos períodos de tempo e a população media por 10n
Número total de nados vivos num período de tempo determinado entre a população
estimada multiplicada por 10n.
Taxa de Natalidade
TN = Total de nados vivos x 10n
População total
Causa de Morte
- são todas aquelas enfermidades, estado moribundo ou lesões que produziram a
morte ou que coisas contribuíram a ela e a circunstância do acidente ou da violência
que produziu dita lesão.
Taxa de Mortalidade
- É a relação por cociente existente entre o número de óbitos corridos em certo
período de tempo e a população média por 10n.
Número total de óbitos num determinado período de tempo entre a população estimada
multiplicado por 10n.
Taxa de Mortalidade
TN = Total de óbitos x 10n
População total
Ex: Total de óbitos = 67.352
População estimada = 10.506.900
TM = (67.352/10.506.900) x1000 = 6,4
Por cada 1000 habitante ocorrem 6 óbitos
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Taxa de mortalidade especifica
Taxa de Fecundidade
TF = Total de Nados vivos x 1000
Pop. Feminina (15-49 anos)
Capitulo IX
Analise estatístico descritivo de dados quantitativos
A análise descritiva das distribuições quantitativas alcança-se mediante a determinação
de certos parâmetros que ao serem universais permitem a descrição e
comparação da serie. Os parâmetros que se utilizam geralmente são:
- Medidas de posição ou de tendência central
- Medidas de dispersão ou de variabilidade
- Medidas de assimetria
Alguns tipos de medidas de posição podem ser definidos e é o mais comum a media
aritmética ou media, a mediana, a moda, a media geométrica e a media harmónica.
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Cada uma tem suas vantagens e desvantagens e dependem dos dados e dos propósitos
a que estão dirigidas.
Propriedade
Qualquer que seja uma boa medida de tendência central, deve reunir as seguintes
propriedades:
- Deve definir-se rigorosamente.
- Deve basear-se em todas as observações.
- Deve ser simples e fácil de compreender.
- Deve ser fácil de calcular.
- Deve prestar-se facilmente ao cálculo algébrico.
- Não deve estar demasiado influído pelas flutuações da variável.
X = x1 + x2 + x3 + xn = ∑x Formula
n n
Onde:
X = A média aritmético
x1, x2 …= Os valores individuais dos elementos (n em número)
∑x = O somatório de todos os valores individuais de x1 até xn
exemplo: Se nos sete dias de uma certa semana, faleceram 44, 61, 56, 38, 42, 50 e 45
pessoas, a média aritmética da mortalidade por dia nela resulta:
X = x1 + x2 + x3 + xn = ∑x
n n
X = 44 + 61 + 56 + 38 + 42 + 50 + 45 = 336
7 7
X = 48 falecidos
Média ponderada
Se nos fossem conhecidas as frequências ou intensidade com que cada um dos valores
da variável operou e se repetiu, e desejaríamos ter em conta o seu diferente peso e
importância no volume total do fenómeno em estudo, então a formula apropriada seria:
Símbolos
fi = frequência absoluta
Fi = frequência absoluta acumulada
hi = frequência relativa
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Hi = frequência relativa acumulada
C = intervalo de classe
n = total de dados de uma amostra
N = total de dados da população
Xi = ponto médio ou marca da classe
X = variável em estudo
Exemplo: Se tivéssemos atendido duas crianças de 3 Kgs; três de 4Kgs; quatro de 5Kgs
e cinco de 7Kgs, a média seria:
X = (3 x 2) + (4 x 3) + (5 x 4) + (7 x 5) = 73 = 5,2 Kgs
2+3+4+5 14
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n 80
Mediana
- É uma medida de tendência central que algumas vezes se utiliza em lugar da média
para descrever o centro “meio” de um grupo de dados. Define-se simplesmente como o
valor do término central quando os mesmos tenham sido formados em forma crescente
ou decrescente.
1º. No caso em que a variável seja discreta y N impar a mediana será o valor da
variável na posição: N +1 onde: N = Tamanho da amostra
2
Ex: Suponhamos que uma área da saúde, existem cinco casos de sarampo de acordo
com a idade, calcule a idade média: 15; 21; 16; 10 e 19.
2º. No caso em que a variável seja discreta e N par, não existe um valor que ocupa o
centro, por ele a mediana é indeterminada, pois qualquer valor que se encontra entre os
pontos N e N + 1, pode ser considerado o centro da variável.
2 2
Neste caso, convém que se considere como mediana de uma variável discreta de
número par de términos, à media aritmética dos valores que se encontram entre
NeN+1
2 2
Ex: Se tomamos as frequências das quatro primeiras idades do caso anterior: 15; 21; 16
e 10
Ordenamos as idades nesta forma: 10; 15; 16 e 21. A mediana será dada pela média
aritmética dos valores que ocupam os postos N e N + 1 ou seja:
2 2
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Calculo em distribuição de frequências
Para calcular a mediana numa serie de frequência, primeiramente determinamos o valor
central da serie (N). A seguir se coloca (ou posiciona) N na classe que lhe corresponde.
2
N = 32 = 16
2 2
(∑Fi) = N, neste caso a mediana é 10, não há que aplicar formulas
2
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Formula:
N – (∑Fi)1
Me = Li + 2 .C
fi
Onde:
Li = limite de classe real inferior da classe mediana (quer dizer, da classe que
contem a mediana)
N = número de dados observados (quer dizer, frequência total)
(∑Fi)1 = soma das frequências de todas as classes inferiores a classe mediana
(frequência acumulada da classe anterior).
fi = frequência da classe mediana (frequência absoluta)
C = Tamanho do intervalo da classe mediana
Peso fi Fi
118 – 126 3 3
127 –135 5 8
136 – 144 9 17 (∑Fi)1
145 – 153 12 29 (∑Fi)
154 – 162 5 34
163 – 171 4 38
172 – 180 2 40
Total 40 /////////////////
N – (∑Fi)1
Me = Li + 2 .C
fi
40 - 17
Me = 144,5 + 2 .9
12
Me = 144,5 + 20 – 17 . 9
12
Me = 144,5 + 3 . 9
12
Me = 144,5+0,25 . 9 Me = 144,5 +2.3 Me = 146,8
A moda
É o valor mais frequente numa serie. Trata-se do valor mais comum. Apesar do seu
significado simples, a sua obtenção apresenta algumas dificuldades. A moda pode não
existir ou incluso se existe, pode não ser única.
Professor : ELSARRODOR 32
Calculo em distribuição de frequências
Ex1: 22; 24; 25; 22; 23; 28; 22 A moda é “22” e é unimodal
Ex2: 36; 34; 37; 36; 35; 39; 42; 37; 36; 37 A moda é “36” e “37” e é
bimodal
Ex3: 42; 41; 48; 45; 41; 46; 48; 42 A moda é “42”, “41” e “48” e é
multimodal
Idade Doentes
15 – 19 10
20 – 24 14
25 – 29 24
30 – 34 20
35 – 39 12
Total 80
Formula :
Mo = Li + ∆1 . C
∆1 + ∆2
Onde:
Li = limite de classe real inferior da classe modal (quer dizer, da classe que
contem a moda)
∆1 = Subtrair a frequência maior a anterior
∆2 = Subtrair a frequência maior a seguinte
C = Intervalo da classe onde aparece a Moda
Mo = 24,5 + 24 – 14 .5
(24 – 14) + (24 – 20)
Mo = 24,5 + 10 .5
10 + 4
Mo = 24,5 + 0,7 . 5
Mo = 24,5 + 3,5
Mo = 28
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Bibliografia
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