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Universidade do Oeste de Santa Catarina

Campus Xanxerê
Departamento de Engenharia Civil

14875 – Estradas II – 7ª fase


Aula 01: Rodovia, Estudo de Traçado e Elementos
Planimétricos

Prof. Eng. Rafael José Rorato


Me. Engenharia de Transportes
Estradas II
Apresentação da Disciplina
Apresentação da Disciplina
Esta disciplina tem como objetivo de ementa
programática curricular apresentar ao aluno conceitos
sistêmicos e elementares para o projeto geométrico de
rodovias, segundo as técnicas e normatizações
existentes
Plano de Ensino – 15 encontros
• Aula 1 21/Fev: Rodovia, Estudos de Traçado e Elementos
Planimétricos
• Aula 2 7/Mar: Estudo de Tráfego
• Aula 3 14/Mar: Curvas de Transição
• Aula 4 21/Mar: Superelevação, Superlargura e Distância
de Visibilidade
• Aula 5 28/Mar: Elementos Altimétricos
• Aula 6 4/Abr: Projeto de Seções Transversais e Projeto de
Tarraplanagem
• Aula 7 11/Abr: Exercícios e revisão para avaliação A1
• Aula 8 18/Abr: Avaliação A1
Plano de Ensino – 15 encontros
• Aula 9 25/Abr: Projeto de Drenagem
• Aula 10 2/Mai: Projeto de Sinalização
• Aula 11 9/Mai: Integração de Projetos e Ciclovia
• Aula 12 16/Mai: Custos
• Aula 13 23/Mai: Exercícios e revisão para avaliação
• Aula 14 30/Mai: Avaliação Final A1
• Aula 15 6/Jun: Telemetria, Moderadores de Tráfego e
Passarelas
Avaliação A1
Em relação à composição de A1, devem ser feitas as
seguintes avaliações:
1. Prova parcial A1, 40% da nota final

2. Realização de trabalho escrito ou seminário,


correspondente a 20% da nota final
– Média dos trabalhos corresponderá 20% da nota final

3. Prova parcial A1, 40% da nota final


Presença
1. Chamada realizada no início e término da aula

2. Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) o


acadêmico estará reprovado na disciplina
Bibliografia Básica
• ANTAS, Paulo Mendes et al. Estradas: projeto
geométrico e de terraplenagem. Rio de Janeiro:
Interciência, 2010. xviii, 264 p. ISBN 9788571932340.
• BAPTISTA, Cyro de Freitas Nogueira. Pavimentação. 2. ed.
Porto Alegre: Globo, 1976. 5 v.
• LEE, Shu Han. Introdução ao projeto geométrico de
rodovias. 4. ed., rev. e ampl. Florianópolis: UFSC, 2015.
440 p. ISBN 9788532806512
Rodovia
Rodovia
• Classificação FUNCIONAL de rodovias
– A nomenclatura das rodovias fornece uma lógica
de disposição espacial/geográfica
– É interessante saber qual é o tipo de serviço que a
via oferece
– A classificação funcional é determinada a partir de
funções de mobilidade e acessibilidade
Rodovia
• Classificação FUNCIONAL de rodovias
– O início e o término de uma viagem geralmente
ocorrem em rodovia/via de pequeno porte
– Essa proporciona o acesso a uma via de maior
capacidade e mobilidade
– Hierarquicamente as rodovias pode ser
classificadas em
• Sistema Local
• Sistema Coletor
• Sistema Arterial
Rodovia
• Classificação FUNCIONAL de rodovias
– Sistema Local: função principal é oferecer acesso
– Sistema Coletor: proporcionam misto de
mobilidade e acesso
– Sistema Arterial: função principal é proporcionar
mobilidade
• Essa hierarquia também é associada a outros
dois conceitos
– Extensão de viagem
– Rendimentos decrescentes
Rodovia
• Classificação FUNCIONAL de rodovias
– Extensão de viagem: viagens longas em geral
associadas a níveis crescentes de mobilidade e
menores possibilidades de acesso
• Assim: viagens longas Sistema Arterial
– Rendimentos decrescentes: “em uma rede, os
maiores fluxos ocorrem em uma parcela pequena
da extensão da rede, ao passo que grande parte
da extensão física da rede atende a fluxos muito
pequenos”
Fonte: FERREIRA & RAFFO (2013)
Rodovia
• Classificação FUNCIONAL de rodovias
– Onde encontramos perda de função em relação a
geometria da via
BR-470 (SC), travessia da área
urbana de Pouso Redondo

BR-470 (SC), travessia da área


urbana de Rio do Sul
Rodovia Confluência da BR-282 e BR-
101 (SC), Palhoça

• Classificação FUNCIONAL de rodovias


– Onde encontramos perda de função em relação a
geometria da via
Rodovia
• Classificação FUNCIONAL de rodovias
– Onde encontramos perda de função em relação a
geometria da via
MG-290, Pouso Alegre

BR-242 (BA), Muquém de São Francisco


SC-283, Seara
• Classificação
FUNCIONAL
de rodovias
Rodovia
• Classificação TÉCNICA de rodovias
“Para fins de balizamento do projeto geométrico de
uma rodovia, no entanto, é conveniente outra forma
de classificação, denominada classificação técnica,
que permite a definição das dimensões e da
configuração espacial com que a rodovia deverá ser
projetada para poder atender satisfatoriamente à
demanda que a solicitará, e consequentemente, às
funções a que se destina”
[LEE, Shu Han. Introdução ao projeto geométrico de rodovias, página 42]
Rodovia
• Classificação TÉCNICA de rodovias
– Rodovia: estrutura de predominância longitudinal,
sendo fluente e contínua
– Decomposição dos elementos geométricos nas
três dimensões
• Planta: PLANO HORIZONTAL
• Perfil: PROJEÇÃO VERTICAL
• ELEMENTOS DE SEÇÃO TRANSVERSAL
Projeto em planta, dimensionando-se em escala os elementos geométricos
da rodovia. Objetivo principal é definir a linha que representa a rodovia
Planta: PLANO HORIZONTAL

denominado EIXO DA RODOVIA

Eixo

Greide
Perfil: PROJEÇÃO VERTICAL

Pergunta:
Eixo é igual ao
greide?

Rebatimento da superfície cilíndrica gerada por uma reta que se desloca ao longo
do eixo da rodovia, perpendicular ao plano horizontal.
Objetivo principal é definir a linha correspondente ao eixo da rodovia, denominada
nessa projeção como GREIDE DA RODOVIA (ou EIXO DE PROJETO)
Rodovia

Elementos da Seção Transversal:


Caracterização da geometria dos
componentes da rodovia
segundo planos verticais
perpendiculares ao eixo
Rodovia
Rodovia

Eixo da Rodovia: linha que representa geometricamente a rodovia projetada no plano


horizontal. Lembre-se: linha sobre o leito natural
Greide ou Eixo de Projeto: linha que representa o eixo da pista construída
Faixa de Rolamento (ou de trânsito): espaço destinado à passagem de um veículo por vez
Pista de rolamento: espaço do conjunto das faixas de rolamento
Rodovia

Acostamento: espaço destinado à parada emergencial de veículos.


• Nas seções em aterro os acostamentos poderão apresentar largura adicional destinada a
instalação de sinalização ou defensas
• Em pistas duplas, ocorrem os acostamentos externos (a direita do sentido de fluxo) e os
acostamentos internos (a esquerda do sentido de fluxo)
Rodovia
Distintas rodovias “pista dupla”:
• Com Canteiro Central e Sem
Acostamento Interno
• Sem Canteiro Central (defensa) e
Sem Acostamento Interno

SP-334, Franca

SP-225, Santa Cruz do Rio Pardo


Rodovia
Distintas rodovias “pista dupla”:
• Sem separador físico dos fluxos
• Com múltiplas faixas de rolamento
por sentido (rodovias de alta
capacidade

PR-444, Arapongas

SP-160, São Bernardo do Campo


Rodovia

Sarjeta: dispositivo de drenagem superficial


Abaulamento (ou declividade transversal): inclinação transversal das faixas de trânsito
Plataforma: porção da estrutura compreendida entre a borda dos acostamentos externos mais
a sarjeta
Rodovia

Talude: forma de caracterizar a inclinação da saia do aterro ou rampa de corte, sendo expresso
por V:H ou V/H entre os catetos vertical (V) e horizontal (H) e hipotenusa concidente com a
superfície inclinada. O talude é a tangente do ângulo da superfície inclinada.
Offset: estacas de referência das posições das cristas de corte e pés de aterro
Rodovia
• Classificação TÉCNICA de rodovias
– Segundo as normas vigentes do DNIT os
parâmetros técnicos principais para classificação
técnica de rodovias baseia-se em:
• Volume de Tráfego da rodovia
• Relevo da área da rodovia
Rodovia
• Classificação TÉCNICA de rodovias
– Volume de Tráfego da rodovia
• Número de veículos que passa ou passará por uma seção ou
segmento de via em um intervalo de tempo
• Volumes de Tráfego Misto
• Expresso em:
– Veiculo/dia (v/d ou vpd)
– Veiculo/hora (v/h ou vph)
• Esse tráfego terá a via projetada para a VELOCIDADE
DIRETRIZ:
“Maior velocidade com que um trecho de rodovia pode ser percorrido, com
segurança, considerando apenas as limitações impostas pelas características
geométricas da rodovia; a velocidade diretriz é a velocidade selecionada
para fins de projeto” [LEE, Shu Han. Introdução ao projeto geométrico de rodovias, página 49]
Rodovia
• Classificação TÉCNICA de rodovias
– Em uma rodovia, a Velocidade Diretriz é igual a
Velocidade de Regulamentação?
Rodovia
• Classificação TÉCNICA de rodovias
– Relevo da área da rodovia
• Não é intrínseca a rodovia, mas é considerada na
classificação
• Relação cognitiva do usuário em: relevo íngreme,
trafegar mais lentamente ou relevo plano, desempenho
de maiores velocidades
• Relevos / orografias mais complexas, custo de
implantação maior que regiões mais planas
• AASHTO sugere três tipos de relevo
– Plano
– Ondulado
AASHTO: American Association of State
– Montanhoso Highway and Transportation Officials
Rodovia
• Classificação TÉCNICA de rodovias
– Relevo da área da rodovia
• Plano: condições em que as distâncias de visibilidade
permitidas pela geometria podem resultar
suficientemente longas
• Ondulado: declividades do terreno natural passam a
exigir constantes cortes e aterros para conformação do
perfil da rodovia
• Montanhoso: caracterizado por mudanças abruptas de
elevações entre o terreno natural e a plataforma da
rodovia. Frequentes cortes e aterros
Rodovia
• Classificação TÉCNICA de rodovias
– A orografia crítica e acidentada é motivo para
restringir rodovias com melhor condição
geométrica?

SP-160, Rodovia dos Imigrantes BR-116(SP), Serra do Cafezal


Rodovia
• Classificação TÉCNICA de rodovias
– A orografia crítica e acidentada é motivo para
restringir rodovias com melhor condição
geométrica?

China

Fonte: http://www.aiainews.com/trip/2017/02/20/43995.html
Rodovia
• Classificação TÉCNICA de rodovias
– Contendo Tráfego, Relevo e Velocidade Diretriz estabelece a
Classe de Projeto da Via
– Com as classes, encontram-se disponibilizados os limites
máximos ou mínimos para itens do projeto geométrico da via:
• Distância de Visibilidade de Parada (m) [interseções e curvas H e V]
• Distância de Visibilidade de Ultrapassagem (m) [curvas verticais]
• Superelevação (%) [curvas horizontais]
• Raio de Curva Horizontal (m) [curvas horizontais]
• Rampa (%) [curvas verticais]
• Parâmetro K (m/%) [curvas verticais]
• Largura da faixa de trânsito (m) [plataforma]
• Largura do acostamento (m) [plataforma]
• Gabarito vertical (m) [pontes, viadutos e túneis]
• Afastamento lateral da borda [plataforma]
• Largura do canteiro central [plataforma]
Rodovia
• Classes de Projeto: Classe 0 ou Classe Especial
– Corresponde ao melhor padrão técnico, adotada
por critérios de ordem administrativa; trata-se de
projeto de rodovia em pista dupla, com separação
física entre as pistas, interseções em níveis
distintos e controle total de acessos
Rodovia
• Classes de Projeto: Classe I
– Classe IA: pista dupla, admitindo interseções em
nível e controle parcial de acessos
– Classe IB: pista simples, com tráfego superior a
200vph ou superior a 1400vpd
Rodovia
• Classes de Projeto: Classe II
– Rodovia em pista simples, projetado para demanda
entre 700 a 1400 vpd;
• Classes de Projeto: Classe III
– Rodovia em pista simples, projetado para demanda
entre 300 a 1400 vpd;
• Classes de Projeto: Classe IV
– Classe IVA: Rodovia em pista simples, pavimentada
– Classe IVB: Rodovia em pista simples, não
pavimentada
Rodovia
• Classes de Projeto
Rodovia
• Classes de Projeto
Rodovia
• Classes de Projeto
• Classes de Projeto
Rodovia

Fonte: http://www.ebanataw.com.br/trafegando/classes.htm
Rodovia
• Critérios para a definição da classe de projeto
– Respeitar a posição hierárquica da rodovia dentro
da classe funcional
– Atender adequadamente os volumes de tráfego
– Verificar os Níveis de Serviço que a demanda será
atendida
– Observar outras condicionantes, tais como fatores
de ordem econômica, decisões de
desenvolvimento regional
Rodovia
• Classe funcional x Classe técnica

Funcional Técnica
Sistema Arterial Principal Classe 0 e I
Sistema Arterial Primário Classe I
Sistema Arterial Secundário Classe I e II
Sistema Coletor Primário Classe II e III
Sistema Coletor Secundário Classe III e IV
Estudos de Traçado
Estudos de Traçado
• Define, segundo as condicionantes
geomorfológicas, geológicas, hidrológicas,
topográficas e econômicas, o traçado do eixo
e greide da rodovia
• Segmentado em duas etapas
– Reconhecimento
– Exploração
Estudos de Traçado
• Reconhecimento
– Estudo que tem por objetivo a escolha da diretriz
que permita o lançamento do melhor traçado, que
resulte viável, tecnicamente e economicamente
Nessa etapa define-se por onde a Estrada deve passar
e não passar, segundo parâmetros técnicos e
econômicos sob julgamento subjetivo e de
experiência: DADOS SECUNDÁRIOS e DADOS
PRIMAÁRIOS MACRO
Traçado de uma rodovia
Diretriz de um traçado/rodovia
É a linha que constitui o projeto
É um itinerário, compreendendo uma
geométrico da rodovia em planta e em
ampla faixa de terreno, ao longo da qual
perfil; sem o rigor acadêmico, pode-se
se presume que possa ser lançado o
imaginar o traçado como sendo uma linha
traçado da rodovia
que representa espacialmente a rodovia
Estudos de Traçado
• Estudos realizados no Reconhecimento
Estudos de Traçado
• Estudos realizados no Reconhecimento
– Classificação orográfica da região
– Uso do solo, ocupação urbana, instalações e
toponímia
– Áreas de restrição ambiental
– Acidentes geográficos, rios, lagoas, quedas d’água
– Tipos de solo, ocorrência de materiais, cobertura
vegetal
Estudos de Traçado
• Processos de Reconhecimento
– Exames de mapas e cartas da região
– Inspeção in loco
– Sobrevôo da região
– Sensoriamento Remoto: Aerolevantamento,
Imagens Landsat/Spot, VANT/Drone
– SIG / Cartografia Digital / MDT
Estudos de Traçado

Desenvolvimento do traçado Desenvolvimento do traçado


em zigue-zague acompanhando o talvegue

Diretriz cruzando espigão pela garganta (váu) Desenvolvimento do traçado


acompanhando curvas de nível
Estudos de Traçado
Estudos de Traçado
Estudos de Traçado
Estudos de Traçado
Estudos de Traçado
A BR-070 e BR-040, nos
estados de Goiás e
Minas Gerais
respecitvamente
transpõe áreas de
cerrado basicamente
planas. Com o sentido
Leste-Oeste, o
posicionamento do sol é
crítico para os
motoristas ao dirigir no
fim da tarde

Quando possível, observar posicionamento do sol para melhorar o


conforto e a segurança dos motoristas ao dirigir no período de
amanhecer e anoitecer
Estudos de Traçado
• Reconhecimento

LEITURA DAS PLANTAS TOPOGRÁFICAS


Estudos de Traçado
• Exploração
– Estudo que tem como objetivo o levantamento
detalhado da diretriz, visando à obtenção de uma
planta plani-altimétrica da faixa do terreno que
constitui essa diretriz, em escala adequada, com
precisão topográfica

Levantamento plani-altimétrico clássico Poligonal Básica


Utilização de teodolito, estação total, Determinação da poligonal com precisão
miras, estacas, trenas topográfica
Estudos de Traçado
• Estudos realizados na Exploração
– Levantamento plani-altimétrico clássico com
técnicas de topografia
– Desenho de uma poligonal básica como base do
levantamento da faixa de terreno
– Estaqueamento da poligonal básica distanciados
em 10 ou 20m e definido as cotas das mesmas em
relação a uma RN
– Medição das distâncias e diferença de nível entre
as seções transversais geradas entre as estacas
Estudos de Traçado
• Estudos realizados na Exploração
– Realização dos desenhos em planta e perfil
• Escalas mais adequadas:
– Seções transversais: 1:100 ou 1:200
– Planimetria: 1:2000 / Altimetria: 1:200
– Para áreas urbanas: 1:1000 (planimetria) e 1:100 (altimetria)
– Projetos de interseções, rotatórias, pontes: 1:500 ou 1:250
• Sistema de Coordenada: UTM (Universal Transversa de
Mercartor) [cuidado com áreas de mudança de zona]
Qualquer que seja o recurso utilizado para a obtenção da representação do terreno,
imagine-se, apenas para fim de aprendizado, que se conte com uma planta plani-altimétrica
da diretriz do projeto, que servirá como elemento técnico sobre o qual poderão ser
definidos, gráfica e analiticamente, os parâmetros do projeto geométrico de uma rodovia
Estudos de Traçado
• Cálculo da Poligonal: Poligonal e Vértice
– Cálculo dos Azimutes
Regra geral: “numa poligonal orientada, o azimute (Az) de um
alinhamento é sempre igual ao azimute do alinhamento
anterior, mais ou menos a deflexão (I): mais [+] quando se trata
de uma deflexão à direita, e menos [-] quando se trada de uma
deflexão à esquerda”
Vi: vértices
t1: ângulo topográfico direto de V1
t’2: ângulo topográfico retrógrado de V2 t’2

t1
Estudos de Traçado
• Cálculo da Poligonal: Poligonal e Vértice
– Coordenadas dos Vértices da Poligonal
Regra geral: “numa poligonal orientada, as coordenadas
absolutas de um vértice são iguais às coordenadas absolutas do
vértice anterior mais ou menos as respectivas coordenadas
relativas”
𝑋𝐵 = 𝑋𝐴 + 𝐿𝐴𝐵 × sin(𝐴𝑧𝐴−𝐵 )
𝑌𝐵 = 𝑌𝐴 + 𝐿𝐴𝐵 × cos(𝐴𝑧𝐴−𝐵 )

Quando temos as coordenadas dos dois pontos e


necessitamos saber o comprimento de LAB,
utilizar da Geometria Analítica [plana]:
𝐿𝐴𝐵 = 𝑋𝐴 − 𝑋𝐵 2 + 𝑌𝐴 − 𝑌𝐵 2
Estudos de Traçado
• Definição dos Traçados
– As rodovias são elementos tridimensionais
– Necessário buscar a continuidade espacial dos
traçados, garantindo controle da fluência ótica e
das condições de dinâmica do movimento
Estudos de Traçado
• Recomendações do traçado em planta
– Traçados em planta devem ser constituídos por arcos de
raios e desenvolvimentos tão amplos quanto a topografia
o permitir, concordados por pequenas tangentes, que
aparentem ser integradas as curvas
– Tangentes longas devem ser evitadas
– Nas extremidades das tangentes longas, não deve ser
projetadas curvas de raios pequenos
Estudos de Traçado
• Recomendações do traçado em planta
– Tangente não deve ser maior que 3km.
– Tangente deve ser 2,5 vezes o comprimento das
curvas adjacentes
– Tangente não deve ter extensão maior que o
percurso percorrido em 1,5min, na velocidade
diretriz da via (ex.: V=60km/h logo, LAB= 1,5km;
V=80km/h logo, LAB= 2km; V=120km/h logo, LAB=
3km)
Estudos de Traçado
• Recomendações do traçado em planta
– Os ângulos de deflexão do traçado deve ser entre
10° e 35°
– Deflexões (I) inferiores a 5°, a concordância do
comprimento do percurso em curva
(Desenvolvimento), em metros deve ser:
𝐷 = 30 × (10 − 𝐼°)
– Deflexões inferiores a 15’ dispensam concordância
Estudos de Traçado
• Recomendações do traçado em planta
– Raios de curvas devem ser inferiores a 5000m
– Raios de curvas consecutivas não devem sofrer
grandes variações. Deve ser gradativa
– Relação entre os raios de curvas consecutivas
deve ser estabelecida conforme gráfico no
próximo slide
Estudos de Traçado
Estudos de Traçado
• Recomendações do traçado em planta
– Curvas horizontais em sentido oposto devem ser
concordadas, com tangente mínima
– Curvas horizontais em mesmo sentido, não devem
ser concordadas com tangente. Deve ser usada
curva composta 𝑅1
𝑅2 < 100𝑚: 𝑅2 < 1,3
𝑅1
100𝑚 < 𝑅2 < 500𝑚 ∶ 𝑅2 < 1,5
𝑅1
500𝑚 < 𝑅2 < 1000𝑚 ∶ 𝑅2 < 1,7
𝑅1
1000𝑚 < 𝑅2 ∶ 𝑅2 < 2
Estudos de Traçado
• Recomendações do traçado em perfil
– Greide deve resultar suave e uniforme
– Em trechos de corte ou seção mista, as
declividades deve ser iguais ou maiores a 1%
– Regiões planas, o greide deve ser elevado
Defeitos de Traçado
Defeitos de Traçado
Bibliografia
Bibliografia
BOULOS, P & CAMARGO, I. Geometria analítica: um tratamento vetorial. Mc Graw-Hill, São
Paulo, 1987.

CARCIENTE, J. Carreteras: estudio y proyeto. Ediciones Vega, Caracas, 1985.

FERREIRA, R.V. & RAFFO, J.G.R (2013). Visualização cartográfica da acessibilidade geográfica aos
postos de saúde da região rural de Registro (SP). In. Revista Franco-Brasileira de Geografia. N.
18, 2013. Disponíovel em: <https://confins.revues.org/8425?lang=fr>. Acessado em Fev 2017.

LEE, S. H. Introdução ao projeto geométrico de rodovias. 4. ed., rev. e ampl. Florianópolis: UFSC,
2015. 440 p. ISBN 9788532806512

PONTES FILHO, G. Estradas de rodagem: projeto geométrico. São Carlos, 1998. 432p. CDD-
625.725.
Universidade do Oeste de Santa Catarina
Campus Xanxerê
Departamento de Engenharia Civil

14875 – Estradas II – 7ª fase


Aula 01: Rodovia, Estudo de Traçado e Elementos
Planimétricos

Prof. Eng. Rafael José Rorato


Me. Engenharia de Transportes

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