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Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS

SISTEMAS DE ESGOTAMENTO HÍDRICO:


SANITÁRIO E PLUVIAL

Prof. Dr. Rodrigo Garcia Brunini


Engenheiro Agrônomo
Dr. em Ciência do Solo - http://lattes.cnpq.br/5563163385225730
rgbrunini@gmail.com

Alfenas, MG
http://www.michael-horbach-stiftung.de/daten/bilder/kuenstler/salgado/salgado_wasserstelle.jpg
SISTEMAS DE ESGOTAMENTO HÍDRICO:
SANITÁRIO E PLUVIAL

PLANO DIRETOR E SISTEMAS DE


DRENAGEM

http://obviousmag.org/narrativas_visuais/AAEAAQAAAAAAAAPcAAAAJDdmNTA3NWEzLTgzNDUtNGIxMy05ZDdmLTU5MTIyZjYyNGUyYQ.jpg
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Plano diretor de drenagem urbana
• Referência técnica para a execução da gestão da drenagem.

Deve ser considerado estratégico pois:

• Conjunto de documentos que apresentam os programas de ações


envolvendo medidas estruturais e estruturantes, visando ao controle
do escoamento superficial, além do cronograma de implantação e o
monitoramento do plano.

• Baseia-se em informações suficientes e confiáveis e nas melhores


tecnologias disponíveis para enfrentar os problemas que se
apresentam.

• Depende da consideração de muitos fatores, como os que se referem


a aspectos institucionais, legais, culturais, gerenciais, econômicos,
políticos, fiscais, entre outros.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Planejamento do sistema de drenagem urbana

• Devem ser adotados critérios básicos de planejamento para o sistema


de microdrenagem, para o sistema de macrodrenagem e para o
programa de desenvolvimento de medidas estruturais e não
estruturais.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Plano diretor de drenagem urbana
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Plano diretor de drenagem urbana
https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-alfenas-mg
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Plano diretor de drenagem urbana
O plano deve contemplar:

• Estudo da bacia hidrográfica urbana como um todo.

• Zoneamento dos fundos de vale e das várzeas de inundação.

• O escalonamento da implantação das medidas necessárias de forma


tecnicamente correta e de acordo com os recursos disponíveis.

• Desenvolvimento urbano pela articulação do plano de drenagem


com os demais planos.

• Esclarecimento da comunidade a respeito da natureza e magnitude


dos problemas e formas de solução propostas;

• Privilegiar a adoção de medidas preventivas em vez de corretivas, as


quais são de menor custo e maior alcance.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Medidas de controle: estruturais e estruturantes (não estruturais)
As medidas estruturais:

• Representam interferências nas características do escoamento.

• Responsáveis pelo direcionamento e controle do fluxo das águas


pluviais, por meio de novas estruturas.

• Implantação de obras que modificam o sistema natural, reservatórios,


diques e canalizações abertas e fechadas.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Medidas de controle: estruturais e estruturantes (não estruturais)
As medidas estruturantes (não estruturais):

• Tem caráter legal e institucional e procuram disciplinar a urbanização


de forma a minimizar os seus efeitos no regime hídrico das bacias.

• Conscientização popular, legislação apropriada, fiscalização do uso e


ocupação do meio urbano, manutenção de pátios, jardins e afins.

• Ações que integram a gestão das águas pluviais nas sub-bacias


hidrográficas que compõem o território urbano de uma cidade.

• Uso racional do espaço urbano, otimizando o bem-estar, a qualidade


de vida, estética e atividades de utilização do meio ambiente urbano.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Medidas de controle: Redução do efeito das áreas impermeáveis
• Uso de dispositivos de detenção e armazenamento na bacia,
amortecendo o pico de vazão e reduzindo escoamento na rede.

• Adoção de soluções como pavimentos permeáveis (estacionamentos)


ou valas de infiltração nas áreas adjacentes as vias;
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Medidas de controle: Redução do efeito das áreas impermeáveis
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Medidas de controle: Telhado verde
• É um dispositivo de controle do escoamento na fonte que ajuda a
mitigar o impacto da urbanização.

• Projetado especialmente em áreas com nível de adensamento elevado.


Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Medidas de controle: Telhado verde
• Eficiente na redução do escoamento, pelo aumento de área verde e
pela evapotranspiração.

• Cria condições de vida natural, sendo considerado uma opção


economicamente excelente aos sistemas estruturais de grande porte.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Sistemas de drenagem
Tradicionalmente, o sistema de drenagem é entendido como sendo
composto por dois sistemas distintos denominados de microdrenagem e
macrodrenagem.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Sistemas de drenagem
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Sistema de microdrenagem
Ou sistema de drenagem inicial:

• Composto pelos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo,


poços de visita e galerias de águas pluviais e também canais de
pequenas dimensões.

• Este sistema é dimensionado para o escoamento de águas pluviais,


cuja ocorrência tem um período de retorno entre dois e cinco anos.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Sistema de microdrenagem
Ou sistema de drenagem inicial:

• Minimiza consideravelmente os alagamentos na área urbana, evita


interferências no tráfego e danos às propriedades públicas e privadas.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Sistema de macrodrenagem
• Corresponde à rede de drenagem natural preexistente nos terrenos
antes da ocupação

• Obras que visam melhorar as condições de escoamento, atenuando


problemas como erosões, assoreamento e inundações.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Sistema de macrodrenagem
• Estruturas de maiores dimensões projetadas para cheias cujo período
de retorno está compreendido entre 10 e 100 anos.

• Pode-se obter diminuição considerável do custo da microdrenagem,


reduzindo-se, por exemplo, a extensão das tubulações enterradas.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Sistema de macrodrenagem
• Vantagens: custo, capacidade de vazão, possibilidades recreativas,
condições estéticas e capacidade de armazenamento no próprio canal.

• Desvantagens citam-se a necessidade de extensas áreas de


implantação e custos de operação e manutenção.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Canais
• São condutos abertos ou fechados que transportam a água com
superfície livre.

• Fechados devem ter ao menos um ponto da sua seção escoamento


sujeita à pressão atmosférica, caso contrário, são condutos forçados.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Canais: Tipos de conformação
• Podem ser naturais, como os rios, ou artificiais quando apresentam
forma geométrica conhecida, podendo ser revestidos ou não.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Canais: Tipos de conformação
• Exemplo de canais artificiais: coletores de esgotos sanitários, as
galerias de águas pluviais, túneis-canais, calhas, as canaletas, etc.

Canal
Pluvial Esgoto
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Canais: Tipos de conformação
A intervenção em um determinado tipo de canal depende principalmente
dos seguintes fatores.

• Hidráulicos: declividade longitudinal, faixa disponível para


implantação, vazão de projeto, transporte de sedimentos, topografia e
capacidade de drenar terrenos adjacentes;

• Construtivos: disponibilidade de materiais, áreas de bota fora e


custos;

• Ambientais: características da vizinhança, necessidade de novas


áreas verdes, forma das ruas e tráfego e planos municipais;

• Sociais: padrões sociais da vizinhança, população infantil da


vizinhança, tráfego de pedestres e necessidades recreativas.
Sistemas de esgotamento hídrico: sanitário e pluvial
Canais: Tipos de conformação
Quanto ao regime de escoamento em canais abertos, podem ocorrer das
seguintes formas.

• Permanente: vazão permanece constante em uma seção transversal;

• Não permanente: vazão é variável em uma seção transversal


(escoamentos intermitentes nas saídas de terraços, canais de desvios,
vertedores de reservatórios, entre outros);

• Uniforme: o escoamento é permanente e a velocidade média é a


mesma nas sucessivas seções transversais;

• Variado: o escoamento é permanente e a velocidade média é variável


de uma seção para outra.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
TUCCI, C. E. M.; PORTO, R. L. BARROS, M. T. Drenagem urbana. Porto Alegre:ed.
ABRH, 1995. v5.

NUVOLARI, A. Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reuso agrícola. 2.


ed. São Paulo: Edgar Blucher, 2011.

CANHOLI, A. P. Drenagem urbana e controle de enchentes. 2.ed. São Paulo: Oficina de


Textos, 2015.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de Hidráulica. 9.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2015.

BOTELHO, M. H. Águas de chuva: engenharia das águas pluviais nas cidades. 3.ed. São
Paulo:Edgard Blutcher, 2012.

TUCCI, C. E. M. Inundações urbanas. Porto Alegre:ABRH,

TUCCI, C. E. M.; NASCIMENTO, N. O.; PORTO, R. L. VIEIRA, V. P. P. B. Hidráulica aplicada.


Porto Alegre. 2014.

COLLISCHONN, W. Hidrologia para engenharias e ciências ambientais. Coleção ABRH. V1. São
Paulo: ABRH 12, 2013.

BRASIL. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Manual de saneamento. 2014. 600p.

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