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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUATUBA/MG

AUTOS Nº 0100222-69.2014.8.20.0125

ASSUNTO:

Indenização por danos MORAIS, ESTÉTICOS E RESPONSABILIDADE CÍVIL. Bruno Da Silva,


impúbere, brasileiro, solteiro, representado pelo seu genitor Carlos Da Silva ,casado, autônomo,
inscrito no CPF: 456.987.560.12 domiciliado á Rua Januária, n.º76, Bairro Itália, Cidade de
Juatuba, CEP: 310010-003, Minas Gerais, por intermédio de seus (sua) advogados (a) e
bastante procuradores Lázaro Marinho Júnior OAB n°148.260 e Gabrielle Ferreira OAB n°
74.589 (procuração em anexo nos autos), com escritório profissional situado à Rua Dos
Milagres, nº200, Bairro dos Poderes, Cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, onde recebe
notificações e intimações, vem mui respeitosamente, nos autos da ação de indenização por
MORAIS, ESTÉTICOS E RESPONSABILIDADE CÍVIL que contendem em face da pessoa de
Geraldo De Oliveira, casado, empresário, inscrito no CPF: 209.983.874-34, domiciliado á Rua
Jequeri, n° 98, Bairro Londres, CEP: 31098-009, Juatuba/Minas Gerais, à presença de Vossa
Excelência apresentar.

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

DOS FATOS;

Sustenta o Requerido, em preliminar de contestação, a inépcia da inicial sob o entendimento de


que o pedido formulado pelos Autores é genérico, não tendo a parte autora anexado aos autos
lavrados documentação que fundamente o pedido e os alegados valores descritos na exordial,
referentes aos gastos com medicação, tratamento de urgência, laudo atestando possíveis
sequelas, em decorrência do fato e o valor da indenização postulada, ultrapassa os custos
hospitalares e transferência à unidade particular.

No mérito repisa as mesmas alegações de generalidade do pedido, requerendo a parte ré, o


julgamento pela improcedência da ação, com os ônus da decorrência .

Os argumentos improcedem, senão vejamos:

Nada mais equivocado que entender pela inépcia da inicial, eis que foi expressamente descritos
os fatos do ocorrido, uma vez que a parte autora, reclama por danos morais, estéticos e
responsabilidade civil da parte ré, por negligência uma vez que sabia do possível risco de
acidente, tratando-se de animal indomável, sendo conhecido por seu proprietário Geraldo de
Oliveira, já que o ato ilícito resultou em lesões graves e hospitalização da vítima, como indicado
na exordial. Basta conferir!

Ademais, o Requerido sequer ousou infirmar a alegação de que em razão do animal estar em
terreno de grande circulação por transeuntes, o qual restou bem discriminado na inicial, inclusive
com a juntada de receituário médico …. Assim é perfeitamente possível, o reconhecimento da
responsabilidade civil do proprietário, uma vez que se tornam incabíveis as dúvidas levantadas
pelo requerido.

Percebe-se que o mesmo limitou-se apenas a levantar argumento infundado, na tentativa de


desviar o foco da questão - a inépcia da inicial - exatamente porque sabedor deste ilícito. Desta
sorte, não há como negar a procedência do pedido inicial, pois o fundamento da ação não
restou impugnado.
É a presente para requerer que seja repelida a preliminar suscitada.

No mérito, repisa o Requerido, refere-se as mesmas considerações, razão pela qual os Autores
ratificam in totum as razões expendidas quanto à preliminar acima.

DO DIREITO:

Da responsabilidade civil objetiva: “ Responsabilidade pela guarda da coisa, responsabilidade


pela guarda das coisas inanimadas, e ainda responsabilidade pelo fato das coisas. Para esses
casos, a legislação prevê a responsabilidade civil do proprietário ou detentor do animal, previsto
no artigo ARTG.936, do código civil, vejamos: “ O dono ou o detentor do animal ressarcirá o
dano por este causado, (semovente) se não provar culpa da vítima, como alegado, na
contestação ou motivo de força maior”.

DOS PEDIDOS

Isto posto e por tudo mais que dos autos constam, é a presente para requerer que seja julgada
procedente a pretensão total na inicial, não sem antes a produção da prova técnica destinada à
elucidação da extensão dos danos sofridos pela vítima, sequelas permanentes e danos
estéticos irreversíveis.

A verdade, EXCELÊNCIA é que o requerido, consciente de sua responsabilidade civil, procura


eximir-se da indenização devida aos autores, lançando mão de argumentos desprovidos de
substrato legal. Caso realmente deseja-se, poderia ter impugnado a pretensão inicial alegando
fatos mais relevantes, atestando o desconhecimento do risco perfeitamente discriminado e
documentado.

Nesses Termos,

Pede Deferimento.

Juatuba, 23 de Outubro de 2018.

Lázaro Marinho Júnior OAB- MG 148.260 e Gabrielle Ferreira OAB-MG 74.589

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