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Escrever sobre a CIHDOTT na perspectiva da inovação tecno-assistencial.

O modelo tecno-assistencial atual tem uma perspectiva racionalizadora, que visa


garantir a maior eficiência na utilização dos recursos, a universalização do acesso e a
equidade. Ele pressupõe uma "hierarquia tecnológica" e, desta forma, coloca o
hospital no seu vértice. Isso tem gerado um aumento crescente dos gastos com a
saúde e do tempo de internação, muitas vezes seguidos de complicações repetidas, o
que ocasiona a redução da confiança do usuário no sistema de saúde, acarreta danos
psicológicos e, muitas vezes, encargos jurídicos.
Observamos que esse modelo não acompanha o progresso tecnológico, e fica clara a
necessidade do sistema de saúde se reorganizar, no sentido de oferecer a tecnologia
certa, no espaço certo e na ocasião mais adequada.
As CIHDOTTs foram criadas nesta perspectiva racionalizadora e são responsáveis por
organizar o processo para detecção de possíveis doadores de órgãos e tecidos no
hospital, viabilizar o diagnóstico de morte encefálica e articular-se com a Central de
Transplante do estado, além de criar rotinas para oferecer aos familiares de pacientes
internados no hospital a possibilidade da doação de órgãos e tecidos, acolhendo essas
famílias (Portaria 1.752, 22 setembro 2005).
Outra função da CIHDOTT é promover campanhas de esclarecimento sobre o assunto,
bem como educação continuada dos colaboradores da instituição, sensibilizando sobre
a importância da doação de órgãos.
Neste contexto, a atividade da CIHDOTT vem auxiliar no sentido de minimizar gastos,
reduzindo o tempo de internação, esclarecer às famílias sobre a real situação dos
pacientes, diminuindo o tempo de espera por um desfecho fatal e consequentemente
abreviando o sofrimento dos usuários e suas famílias. Além disso, essa atividade
favorece outros pacientes que estão em filas de espera, aguardando um órgão para
poder retornar à sua vida normal.
Visando aprimorar ainda mais estas funções em 2018 a CIHDOTT do hospital passou
por um processo de reestruturação, após o hospital atingir o funcionamento pleno, e
já no final deste ano o HMDCC teve sua representatividade em notificações, no 2°
lugar no ranking do Estado de Minas Gerais.
Acreditamos que ainda há muito trabalho a ser feito e muito a ser aprimorado. Temos
muito potencial, resta-nos trabalhar à altura do que o hospital tem pra nos oferecer.

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