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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE


INSTITUTO DE QUÍMICA
LICENCIATURA EM QUÍMICA

PRISCILLA SANTOS LASSANCE

COMUNICAÇÃO QUÍMICA NO ENSINO DE FUNÇÕES ORGÂNICAS

NITERÓI, RJ
2014
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PRISCILLA SANTOS LASSANCE

COMUNICAÇÃO QUÍMICA NO ENSINO DE FUNÇÕES ORGÂNICAS

Monografia apresentada ao Curso de


Licenciatura em Química da Universidade
Federal Fluminense como requisito parcial
para obtenção do título Licenciado em
Química.

Orientadora: Profª Drª Márcia Narcizo Borges

NITERÓI, RJ
2014
iii

PRISCILLA SANTOS LASSANCE

COMUNICAÇÃO QUÍMICA NO ENSINO DE FUNÇÕES ORGÂNICAS

Monografia apresentada ao Curso de


Licenciatura em Química da Universidade
Federal Fluminense como requisito parcial
para a obtenção do título Licenciado em
Química.

Aprovada em:

BANCA EXAMINADORA

Profª Drª Márcia Narcizo Borges – UFF


Orientadora

Profª Dra Eluzir Pedrazzi Chacon – UFF

Profª Dra Maura Ventura Chinelli – UFF

NITERÓI, RJ
2014
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AGADECIMENTOS

Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Deus, por estar sempre ao meu


lado, me guiando, protegendo e por ter me ajudado a realizar o sonho de concluir a
graduação em uma Universidade Federal.
Aos meus pais, mas em especial a minha mãe Tânia Mara, por todo o
suporte, dedicação ao longo desses anos, que não mediu esforços e fez do
impossível o possível para que eu realizasse este sonho, que colocou a minha
formação como prioridade acima de qualquer coisa, mesmo com muitas cobranças e
broncas para que eu não desistisse nos momentos mais difíceis.
As minhas avós Daisy e Eva que contribuíram cada uma a sua maneira e a
minha família por todo o apoio dado ao longo desses anos.
A Hugo Calixto Monteiro de Barros, por todo carinho e dedicação, que nesse
ano final da graduação soube lidar com meus momentos de medo e stress com toda
paciência, por estar ao meu lado, me apoiando, por todo amor e sempre me fazer ir
em frente.
Aos presentes que UFF me deu, meus amigos, que tenho certeza que levarei
para vida toda, sem vocês essa jornada teria sido muito mais difícil. Alessandra Sor,
Lilian Botelho, Raphael Lopes, que estiveram juntos comigo desde o início da
graduação.
A Flavia Borges e Katharina Malafaia por todas as festas, conversas, broncas,
risadas, que se tornaram amigas irmãs ao longo desses anos.
As meninas do Gossip Chemistry, Amaríllis Marriel, Paula Paulo, Natália
Couto e Ízylla Oliveira, que nesse final de faculdade foram mais do que essenciais,
fizeram todos momentos se tornarem mais divertidos e menos estressantes.
Ao grupo PIBID/ Química UFF, que participaram comigo ao longo desses dois
anos desse projeto que me abriuportas e influenciou positivamente na minha
escolha profissional, mas em especial a Caroline Mattos e Erika Ribeiro, pela
companhia às 7h da manhã nos colégios, pelas risadas e parceria em todos os
trabalhos apresentados em congressos.
As minhas professoras e orientadoras da UFF, Prof.ª Drª Márcia Narcizo
Borges e Prof.ª Drª Eluzi Pedrazzi Chacon, por toda a paciência, ensinamento,
dedicação, a Prof.ª Drª Maura Ventura Chinelli, ao Prof. Jackson Resende, pois sem
v

sua compreensão e ajuda este sonho talvez não tivesse se tornado realidade,
também aos professores Denise Rodrigues e Anderson Duarte respectivamente do
Colégio Estadual Manuel de Abreu e da Escola Técnica Estadual Henrique Lage por
onde passei com projeto PIBID, por todo o ensinamento dentro e fora da sala de
aula, se hoje consigo enxergar mais longe é graça a todos vocês.
E por fim a todos que contribuíram para a minha formação, que me ajudaram
a realizar esse sonho.
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“A educação é a arma mais poderosa que


você pode usar para mudar o mundo.”

Nelson Mandela
vii

RESUMO

Os Semioquímicos são substâncias naturais responsáveis pela Comunicação


Química, entre seres de mesma espécie e de espécies diferentes. Esse tipo de
comunicação ocorre de forma muitas vezes imperceptível para nós, porém, está
mais presente em nosso cotidiano do que podemos imaginar. Por ser uma temática
do cotidiano, com forte caráter interdisciplinar, surgiu como uma proposta alternativa
ao ensino de Química Orgânica. Desta forma, este trabalho descreve a aplicação e
avaliação dessa temática, através do uso do áudio “A química entre nós:
Comunicação Química” e da elaboração e aplicação de um jogo de Bingo, além de
uma aula de exercícios voltados para o ENEM, visando àaprendizagem significativa
de Química Orgânica. Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios, pois
desenvolveram nos alunos um maior senso crítico a respeito da utilização de
agrotóxicos, e a utilização de tecnologias mais limpas como os semioquímicos, além
de proporcionar um melhor aprendizado sobre o conteúdo de Química Orgânica.

Palavras – chaves: Química orgânica, comunicação química, jogo didático, bingo,


áudio.
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ABSTRACT

The Semiochemicals are natural chemical substances responsible for communication


between lives beings from different species or from same species, this type of
communication happens imperceptible for many times, in spite ofit is present in our
daily lives more than we can imagine. For being a topic of our daily life, with a strong
interdisciplinary character, it appears as an alternative to teaching Organic
Chemistry. Therefore, this work describes the implementation and evaluation of this
theme usingan audio "The chemistry between us: Chemical Communication" and a
game of Bingoand exercises for ENEM exam, seekingmeaningful learningOrganic
Chemistry. The resultswere very satisfactory, because the students have developed
a greater critical thinking regarding the use of pesticides, and the use of cleaner
technologies as semiochemicals, besides providing a better learning about the
content of Organic Chemistry.

Keywords: Organic chemistry, chemistry communication; didactic game, bingo; audio


ix

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Exemplo de Feromônios Encontrados em Insetos com várias


Funções Orgânicas ........................................................................ 4
Figura 2 Exemplo de Cartelas e Carta de Perguntas e Respostas .............. 16
Figura 3 Bingo da Comunicação Química .................................................... 17
Figura 4 Gráfico Questão 1, Questionário Diagnóstico ................................ 17
Figura 5 Gráfico Questão 2, Questionário Diagnóstico ................................ 18
Figura 6 Gráfico Questão 3, Questionário Diagnóstico ................................ 19
Figura 7 Gráfico Questão 4, Questionário Diagnóstico ................................ 19
Figura 8 Gráfico Questão 1, Questionário Avaliativo .................................... 21
Figura 9 Gráfico Questão 2, Questionário Avaliativo .................................... 22
Figura 10 Gráfico Questão 3, Questionário Avaliativo .................................... 23
Figura 11 Exemplo de Resposta dos Alunos ao Questionário Avaliativo ....... 24
Figura 12 Fotos da Aplicação do Jogo ........................................................... 24
Figura 13 Fotos Aplicação do Jogo ................................................................ 24
Figura 14 Gráfico Questão 1, Questionário Diagnóstico ................................ 26
Figura 15 Gráfico Questão 2, Questionário Diagnóstico ................................ 27
Figura 16 Gráfico Questão 3, Questionário Diagnóstico ................................ 28
Figura 17 Fotos da Aula sobre Semioquímicos na Agricultura ....................... 30
Figura 18 Fotos da Aplicação da Aula sobre Semioquímicos na Agricultura. 30
Figura 19 Exemplo de Slides da Aula ............................................................. 31
Figura 20 Exemplo de Exercícios Resolvidos em Aula .................................. 31
x

LISTA DE ABREVIATURAS

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


CTSA Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente
LDB Lei de Diretrizes e Bases
PCN Parâmetros Curriculares Nacionais
PIBID Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
TIC’s Tecnologias de Informação e Comunicação
CEMA Colégio Estadual Manuel de Abreu
ETEHL Escola Técnica Estadual Henrique Lage
MID Mostra de Iniciação à Docência
ENEM Exame Nacional do Ensino Médio
SAERJ Sistema de Avaliação do Rio de Janeiro
LEQUAL Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas
BIOE Banco Internacional de Objetos Educacionais
xi

SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................... vii
ABSTRACT.............................................................................................................. viii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ........................................................................................ ix
LISTA DE ABREVIATURAS ....................................................................................... x
SUMÁRIO .................................................................................................................. xi
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
1.1 O ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO ..................................................... 2
1.2 A TEMÁTICA DA COMUNICAÇÃO QUÍMICA NO ENSINO DE QUÍMICA
ORGÂNICA ................................................................................................................. 3
1.3 ECOLOGIA E A QUÍMICA .................................................................................... 5
1.4 FERRAMENTAS LÚDICASPARA O ENSINO DE QUÍMICA ............................... 6
1.5PROJETO PIBID .................................................................................................... 8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 9
3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 11
3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 11
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 11
4 METODOLOGIA ................................................................................................. 12
 Pesquisa bibliográfica ...................................................................................... 12
 Escolha de recursos didáticos e elaboração do jogo “bingo da
comunicação química”. .......................................................................................... 12
 Avaliação do jogo por alunos licenciandos do PIBID Química – UFF ......... 13
 Elaboração de um questionário diagnóstico aos alunos do Ensino Médio 13
 Analise de dados .............................................................................................. 13
5 RESULTADO E DISCUSSÃO ............................................................................ 14
 Elaboração do jogo didático ............................................................................ 14
 Elaboração e aplicação da sequência didática para a aula com aplicação do
áudio e jogo de bingo ............................................................................................. 15
 Etapa 1: Aplicação do questionário diagnóstico ........................................... 16
xii

 Etapa 2: Apresentação da temática Comunicação Química através da


aplicação do áudio “A química entre nós: comunicação química” (CHACON et
al, 2010) .................................................................................................................... 20
 Etapa 3: Aplicação do jogo de Bingo .............................................................. 20
 Etapa 4: Aplicação do Questionário avaliativo .............................................. 21
 Elaboração e aplicação da sequência didática para a aula de
Semioquímicos na agricultura. .............................................................................. 25
 Etapa 1: Aplicação do questionário diagnóstico ........................................... 25
 Etapa 2: Aplicação da Aula .............................................................................. 28
 Etapa 3: Discussão sobre o tema .................................................................... 29
 Etapa 4: Aplicação da aula de exercícios ....................................................... 29
 Etapa 5: Aplicação do questionário avaliativo ............................................... 29
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 31
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 32
8 APÊNCIDES ....................................................................................................... 35
8.1 QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO ...................................................................... 35
8.2 QUESTIONÁRIO AVALIATIVO ......................................................................... 35
1

1. INTRODUÇÃO

No processo que visa à aprendizagem, atualmente, percebe-se à


necessidade do professor tornar significativos os conteúdos curriculares, a fim de
que, para o aluno, mesmo que o conhecimento seja abstratoe complexo, o mesmo
não seja totalmente afastado e desvinculado de seu cotidiano.
Para Queiroz (2003), contextualizar é dar sentido ao que se ensina, é inserir
os alunos num universo amplo, o que instiga o educando, a encontrar no caso do
ensino de Química, um novo olhar para observar o mundo. Esta contextualização
muitas vezes passa pela utilização em sala de aula de temas ligados a Ciência,
Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA), ou no desenvolvimento de novos
recursos como, por exemplo, o tema Comunicação Química, que foi testado como
agente instigador e motivador para à aprendizagem. (CHACONet al, 2013)
O trabalho com o lúdico também tem esse papel motivador, pois essas
atividades vêm sendo usadas no Brasil e no exterior. Diversos autores como têm
mostrado como essa forma de ensinar tem aumentado o interesse e a motivação,
bem como, tem sido um facilitador do processo de ensino e aprendizagem de
conceitos científicos (Giordan e Kishimoto,1993). Essa questão vai ao encontro do
que muitos teóricos da educação discutem sobre a importância do lúdico no
processo ensino-aprendizagem (SANTANA, 2008).
Já a tecnologia, está cada vez mais inserida em nosso cotidiano, o uso de
smartphones, tablets e computadores, não são mais novidades nas escolas e
mostra que incluir esses elementos na educação pode ajudar a aprimorar o
conhecimento. Diversos autores como Moran (1993), Masetto e Behrens (2000) e Porto
(1998; 2003), destacam as potencialidades das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs), para o ensino/aprendizagem que estimula uma forma de
ensino ativa, sendo o professor um mediador entre a informação e os alunos,
visando que o alunado aflore sua criatividade e autonomia, tornando-o um próprio
agente da (re)construção de seu saber, porém de forma prazerosa e desafiadora
(CASTRO et. al., 2011).
2

1.1 O ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO

A Química desempenha um papel fundamental no entendimento do mundo


que nos cerca, pois está presente em nossas vidas desde o simples fato de respirar
até na mais nova tecnologia já desenvolvida pelo homem e com isso, sendo assim
uma Ciência central pra a vida.
Entretanto, as atividades no Ensino de Química, ao longo do tempo, têm
permitido identificar problemas de diferentes ordens como, por exemplo, alunos
pouco motivados ao estudo de Química, dificuldade dos professores em selecionar
conteúdos de acordo com o desenvolvimento cognitivo dos alunos e, também, de
acordo com o contexto social, inadequações metodológicas do trabalho docente, o
que dificulta o alcance de um desejável desenvolvimento intelectual do aprendiz
(DEL PINO et al., 1993). Estas e outras questões como aulas baseadas na simples
transmissão-recepção de conhecimentos são, muitas vezes, causas para os altos
índices de reprovação na disciplina. Para Chassot (2004), a transmissão do
conhecimento químico através de metodologias não interativas, baseado na
memorização de fórmulas, sem ao menos relacioná-los com o contexto diário em
que o aluno está inserido, acaba significando muito pouco para ele.
Para estimular e resgatar o interesse dos discentes pelas aulas de Química é
fundamental que o professor busque metodologias diferenciadas que o auxiliem no
processo de ensino/aprendizagem. O desenvolvimento de estratégias modernas e
simples, utilizando experimentos, jogos e outros recursos didáticos, é recomendado
para dinamizar o processo de aprendizagem em Química (SOARES, et al. 2003).
Segundo Chassot (2004), é indiscutível, nos dias de hoje, não perceber a
relevância da Química para a sociedade e, por isso, o ensino dessa Ciência deve
ser não apenas para que a população entenda essa intervenção, mas, e
especialmente, para que interfiram nessa ação e ajudem a modificar, com
(cons)ciência, a sociedade.
3

1.2 A TEMÁTICA DA COMUNICAÇÃO QUÍMICA NO ENSINO DE QUÍMICA


ORGÂNICA

Os semioquímicos são substâncias naturais responsáveis pela comunicação


química, e são divididos em dois grandes grupos: os aleloquímicos e os feromônios.
Os aleloquímicos (do grego allelon, de um a outro), são aqueles que fazem
interações interespecíficas, isto é, entre indivíduos de espécies diferentes e podem
ser classificados em: cairomônios (do grego kairos, oportunistas), aqueles que
beneficiam a espécie receptora do estímulo; alomônios (do grego allos, outro), os
que beneficiam a espécie emissora do estímulo e sinomônios (do grego syn, com ou
juntamente), que são produzidos por uma espécie e recebidos por outra, onde
ambas são beneficiadas (LIMA, et al, 2013). Já os feromônios (do grego pherin,
transmitir e hormon, excitar) são substâncias naturais que atuam através de
interações moleculares intraespecíficas, isto é, aquelas que influenciam nas
respostas comportamentais de indivíduos de uma mesma espécie. As mensagens
enviadas usando-se os feromônios possuem diversos objetivos, como por exemplo,
alarme, agregação, colaboração na produção de alimentos, organização da colônia,
defesa e atração sexual (MIRANDA, 2010).
Desde a identificação do primeiro feromônio, em 1959, até os dias atuais,
novas substâncias biologicamente ativas têm sido isoladas e sintetizadas, sendo que
suas estruturas químicas vão das mais simples às mais complexas, podendo
apresentar os grupos funcionais epóxidos, cetonas, ácidos carboxílicos, amidas,
dentre outros, como mostra a Figura1.
4

Figura 1: Exemplos de Ferômonios Encontrados em Insetos com Várias Funções Orgânicas (FERREIRA, 1998)

A temática Semioquímicos possibilita o trabalho interdisciplinar como previsto


pela nova LDB Nº 9.394/96 os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s). Segundo
os PCN’s,

A interdisciplinaridade supõe um eixo integrador, que pode ser o objeto de


conhecimento, um projeto de investigação, um plano de intervenção. Nesse
sentido, ela deve partir da necessidade sentida pelas escolas, professores e
alunos de explicar, compreender, intervir, mudar, prever, algo que desafia
uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar, talvez vários
(BRASIL, 2002, p. 88-89).
5

Portanto a comunicação química serve como é um excelente tema motivador


parra o Ensino de Química, pois abrange a maioria das funções orgânicas, e serve
de analogia para a comunicação entre professor-aluno além de ser um tema
agregador de conhecimento e cultura.

1.3 ECOLOGIA E A QUÍMICA

A Ecologia é uma área das ciências biológicas que estuda as interações entre
organismos de uma mesma espécie ou de espécies diferentes e entre esses
organismos e seu ambiente. Dentre os ramos da ecologia existe a Ecologia Química
que investiga as relações quimicamente mediadas entre organismos, que podem
incluir plantas e animais, animais e animais, plantas e plantas, plantas e
microorganismos (MAN,1990) onde as substâncias envolvidas nestas interações são
os semioquímicos.
O tema semioquímicos tem um caráter interdisciplinar bastante abrangente,
pois podemos relacionar a Química com a Biologia, a História, e outras disciplinas.
Relacionar a Química com a Biologia utilizando essa temática é possível
através do estudo da ecologia, da taxonomia dos insetos, que são osanimais que
mais utilizam esse tipo de comunicação, e relacionar com conteúdos de Química,
como acidez e basicidade, nomenclatura entre outros assuntos abordando estas
substâncias usadas na comunicação química.
Já com a História, podemos relacionar a história dos agrotóxicos, mostrando
que aos poucos os semioquímicos vêm substituindo esse antigo método de combate
às pragas, que é bastante agressivo ao meio ambiente por uma tecnologia mais
ecologicamente correta.
É de extrema importância o estudo sobre o meio ambiente, pois a
preocupação com o mesmo vem aumentando cada vez mais. Nas escolas temas
ligados ao meio ambiente são extremamente bem vindos e a Educação Ambiental
tem seu lugar proposto no PCN como um tema transversal.

Ocorre que, em suas práxis pedagógicas, a Educação Ambiental envolve o


entendimento de uma educação cidadã, responsável, crítica, participativa,
onde cada sujeito aprende com conhecimentos científicos e com o
reconhecimento dos saberes tradicionais, possibilitando a tomada de
decisões transformadoras a partir do meio ambiente natural ou construído
6

no qual as pessoas se inserem. A Educação Ambiental avança na


construção de uma cidadania responsável, estimulando interações mais
justas entre os seres humanos e os demais seres que habitam o Planeta,
para a construção de um presente e um futuro sustentável, sadio e
socialmente justo. (BRASIL, 1997, p. 2)

O trabalho com temas ambientais vai além da conscientização. Segundo Bomfim e


Piccolo (2009, p.6),

A Educação Ambiental apresenta a possibilidade de ir além de uma simples


conscientização, mas poderá alcançar patamares mais avançados,
questionando tanto a maneira como os homens estão reproduzindo suas
vidas, como a forma metabólica da relação com a natureza sob o sistema
social capitalista. Desse modo é preciso perceber que se marcará uma
posição, pois não se fará eficaz com um discurso conciliatório
(consequentemente conservador), visto que existe um conflito entre aqueles
que desejam manter a atual forma de reprodução da vida de um lado
(baseada na propriedade privada, na expropriação trabalho e na
mercantilização de tudo e estímulo ao consumo) e, do outro lado aqueles
que querem (e precisam de) sua transformação. Cabe salientar, que o
conflito é inerente à vida social e a partir dele é que se abre a possibilidade
da mudança social.

E trabalhar Semioquímicos na agricultura se enquadra a todo esse contexto


exposto por Bomfim e Piccolo, pois gera nos alunos este senso crítico político e
ambiental.

1.4 FERRAMENTAS LÚDICASPARA O ENSINO DE QUÍMICA

As atividades lúdicas podem desenvolver e estimular o aprendiz, de uma


forma mais prazerosa e significativa. Piaget mostra claramente em suas obras que
os jogos não são apenas uma forma de entretenimento, mas que contribuem para o
enriquecimento do desenvolvimento intelectual do aprendiz (PIAGET, 1973).
Os jogos proporcionam ao aluno uma forma prazerosa e divertida de estudar,
além de oferecer ao professor uma maneira diferente de avaliar a assimilação do
alunado em relação aos conteúdos estudados, de revisar conteúdos ou como um
meio mais dinâmico de fixar o conhecimento, permitindo a identificação de erros de
aprendizagem. (ZANON et al., 2008). Além disso, o professor pode auxiliar o aluno
na tarefa de formulação e reformulação de conceitos, ativando seus conhecimentos
prévios e articulando-os a uma nova informação que está sendo apresentada.
(POZO, 1998).
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No momento em que ele encara o jogo como uma brincadeira, aprende o


conteúdo sem perceber. No entanto, o jogo não deve ser utilizado ao acaso, mas
visto como uma das atividades dentro de uma sequência definida de aprendizagens
e um meio aser usado para se alcançar determinados objetivos educacionais.
(SOUZA e SILVA, 2012)
Os jogos ajudam não só os alunos como também estimulam os professores a
conduzir a aula de forma mais estimulante. Borin (2012) em um artigo de revisão,
relata que a utilização de jogos no ensino de Química é pequena frente a utilização
em outras disciplinas como Biologia e Matemática, porém esse cenário vem sendo
alterado. Hoje eventos como o ENEQ (Encontro Nacional em Ensino de Química)
publica um grande número de trabalhos relacionados ao uso de jogos didáticos no
Ensino de Química e já há um encontro criado exclusivamente para a discussão e
apresentação desses novos/velhos recursos que vem tomando um espaço cada vez
maior em sala de aula, que é o Jalequim (Encontro Nacional de Jogos e Atividades
Lúdicas no Ensino de Química), organizado pelo grupo Laboratório de Educação
Química e Atividades Lúdicas o LEQUAL.
Em sala de aula, os jogos podem ser usados como recursos didáticos para a
aprendizagem, revisão, motivação e avaliação de aprendizagem. A assimilação de
novos conceitos pode ser mais acentuada, pois este recurso é capaz de
esquematizar modelos tidos como bastante abstratos pelos alunos.
Atualmente, a utilização de materiais didáticos que facilitem o ensino, também
tem como base a utilização de recursos audiovisuais, pois a sociedade
contemporânea é caracterizada pela multiplicidade de linguagens e por uma forte
influência dos meios de comunicação.
O áudio, é um recurso de baixo custo e com alto poder de comunicação, visto
pelo rádio que ainda é bastante utilizado.
Segundo Baumworcel (2002, p. 7),
[...] não é mais possível subestimar a potencialidade do áudio em pleno
século XXI, quando o rádio já comprovou sua eficiência sobrevivendo às
mídias que o sucederam. O som “humaniza” o computador, que passa a
falar. A voz traduz emoções e a audição provoca sensações no receptor
envolvendo-o.

Além disso, o áudio possibilita a educação inclusiva, pois segundo Santarosa


(2002), as tecnologias de interação e comunicação (TICs) devem ser utilizadas para
amenizar a discriminação social existente em nossa sociedade com relação às
8

pessoas portadoras de alguma necessidade especial. Neste sentido, quaisquer


recursos computacionais podem contribuir para a melhoria do aprendizado de
indivíduos que não seguem os padrões de aprendizagem típicos e tradicionais. É
importante mencionar que pessoas limitadas por alguma deficiência não são menos
capacitadas, mas se desenvolvem de forma diferente. Portanto, é possível dizer, que
por meio da utilização das TICs, as mais diversas diferençaspodem ser superadas.

1.5PROJETO PIBID

Hoje, o futuro professor de Química, conta de uma maneira geral com


currículos mais flexíveis e criativos, que enfatizam a formação do professor crítico e
reflexivo (ZANON e MALDANER, 2007), porém o licenciando ou o recém-formado,
quase sempre se depara com uma realidade escolar, pautada num modelo
tradicional de ensino que usa recursos didáticos limitados aliados a aulas
meramente transmissivas. Uma maneira de alterar essa realidade é a inserção
planejada de licenciandos ao cotidiano das escolas de rede pública. Essa estratégia
proposta pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID),
desenvolvido pelo Ministério da Educação/CAPES busca através de uma
socialização de conhecimentos e experiênciaselevar a qualidade das ações
acadêmicas voltadas para formação inicial de professores dos cursos de licenciatura
das instituições públicas de educação superiordentro do ambiente escolar. (CAPES,
2009).
As ações que envolvem os bolsistas do subprojeto PIBID Química na UFF
são, entre outras, analisar as dificuldades apresentadas pelos alunos e assim
realizar aulas ministradas pelos próprios bolsistas, que planejam e aplicamatividades
de ensino, sob a supervisão de um professor da escola e orientação do professor
coordenador. Com isso, a formação de professores nesse projeto está em
conformidadecom o desenvolvimento de métodos de docência que ajudem tanto na
motivação quanto na (re)construção do conhecimento. Segundo García (1999, p26):

A Formação de Professores é a área de conhecimentos, investigação e de


propostas teóricas e práticas que, no âmbito da Didática e da Organização
Escolar, estuda os processos através dos quais os professores – em
formação ou em exercício – se envolvem, individualmente ou em grupo, em
experiências de aprendizagem através das quais adquirem ou melhoram os
9

seus conhecimentos, competências e disposições, e que lhes permitem


intervir profissionalmente no desenvolvimento do seu ensino, do currículo e
da escola, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação que os
alunos recebem.

Pode-se com isso dizer que a formação de professores, se caracteriza pela


continuidade, pois é um processo que está em constante desenvolvimento, e que o
PIBID possibilita ao professor (licencenciando ou atuante) o contato com novas
didáticas, contribuindo na (re)construção do conhecimento necessário a cada
situação docente, como por exemplo, napreparaçãode aulas mais dinâmicas e que
desenvolva no aluno uma capacidade crítica perante o conteúdo relacionando-o com
seu cotidiano e ao mundo que o cerca.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ensino da Química é tido pela maioria dos alunos como monótono e


abstrato e muitos alunos se questionam porque devem aprendê-la e criticam
também a forma como é ensinada. Para modificar essa realidade, uma das
propostas de Paulo Freire é a utilização de Temas Geradores, que são extraídos da
realidade dos alunos. Para Freire, a educação não deve ser transmitida, e sim deve
ser vista como uma reconstrução e construção do conhecimento de forma
continuada.
O Método de Paulo Freire é dividido em três momentos, o primeiro momento
para a escolha do tema gerador, que nos diz sobre a investigação temática, onde o
tema deve estar inserido no universo do aluno, pois em nossos cotidianos
observamos diversas demonstrações desse tipo de comunicação, como por
exemplo, as formigas andando em trilha.
O segundo momento trata da tematização através do tema gerador geral,
buscando ir além do nível de conhecimento dos alunos, que deve ter um cunho
social, cultural, político e educacional. O terceiro momento é o da Problematização,
que ocorre quando o aluno busca superar sua primeira impressão sobre o tema e
consegue ter uma visão mais crítica, daí então surge à capacidade do aluno em
criticar e ter consciência. Nesta proposta de trabalho, a temática de Comunicação
Química se enquadra com o pensamento de Freire, pois ao favorecer um novo olhar
10

sobre como as substâncias interferem no comportamento de seres vivos, permite


discutir como a falta da “comunicação química” pode afetar o equilíbrio ecológico,
que é fundamental para todas as espécies. O tema também instiga os educandos a
refletirem sobre como nossas ações individuais e coletivas tem impacto no ambiente
como um todo.
VYGOTSKY (1987), assim como Freire, afirma quea forma tradicional de
ensino não estimula a verdadeira aprendizagem. “A experiência prática mostra
também que é impossível e estéril ensinar os conceitos de uma forma direta. Um
professor que tenta conseguir isto habitualmente, mas não consegue da criança do
que um verbalismo oco, um psitacismo que simula um conhecimento dos conceitos
correspondentes, mas na realidade só encobre um vácuo”. (VYGOSTSKY, 1987,
p.84)
Vygotsky acredita que a aprendizagem se dá através de estruturas cognitivas
que vão sendo construídas à medida que novos conceitos vão sendo ensinados.
Para ele, não é o desenvolvimento cognitivo que possibilita a aprendizagem, mas
sim o processo de ensinar e o esforço de aprender que promovem o
desenvolvimento cognitivo.
Esse desenvolvimento cognitivo utiliza concepções prévias do aluno, e assim
desenvolve o que Vygotsky chama de zona de desenvolvimento proximal, onde
existem dois níveis de desenvolvimento: um nível de desenvolvimento efetivo, que
indica o que o sujeito pode realizar sozinho e um nível de desenvolvimento
potencial, indicado pelo que o indivíduo pode realizar com ajuda de outra pessoa
mais velha ou mais experiente (OLIVEIRA, 1995), e seria o papel do professor visto
pelo lado educacional.
O trabalho com o lúdico, em especial os jogos, também é uma proposta
defendida por Vygotsky que acredita que “É através do jogo que a criança aprende a
agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o
desenvolvimento da linguagem, pensamento, interação e da concentração”
(VYGOTSKY, 1984, p.39), e assim irá construir novos significados.
Além de Vygotsky, outro teórico da educação construtivista David Ausubel
acredita, que uma aprendizagem seja bem sucedida, ela deve ocorrer de forma
significativa e segundo David Ausubel “o fator isolado mais importante influenciando
a aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe”. (MOREIRA e MASINI, 2011, p.4)
11

Segundo Ausubel, o processo de aprendizagem significativa ocorre através


da interação da nova informação com uma estrutura especifica, é como se a nova
informação ancorasse em conceitos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva
do aprendiz. É um processo de assimilação, onde a nova informação modifica os
conceitos subsunçores, transformando-os em conceitos gerais e abrangentes.
(GUIMARÃES, 2009)
Outro defensor do uso das atividades lúdicas é Jean Piaget, que acredita que
as atividades lúdicas têm o poder de desenvolver e estimular o aprendiz, de uma
forma mais prazerosa e ao contrário do esperado e de forma bastante significativa.
Piaget mostra claramente em suas obras que os jogos não são apenas uma forma
de entretenimento, mas que contribuem para o enriquecimento do desenvolvimento
intelectual do aprendiz. (PIAGET, 1973)
A teoria piagetiana adota a brincadeira como conduta livre, espontânea, que a
criança expressa por sua vontade e pelo prazer que lhe dá, a criança se desenvolve
de forma integral nos aspectos cognitivos, afetivos, físico-motores, morais,
linguísticos e sociais. (COLUNISTA PORTAL EDUCAÇÃO, 2013)

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem como objetivo, mostrar a utilização Comunicação Química


como tema motivador para o ensino de funções orgânicas e suas propriedades,
através do desenvolvimento de um jogo didático intitulado “Bingo da Comunicação
Química” e da utilização de um recurso de áudio “A química entre nós: Comunicação
Química”.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Como objetivos específicos temos:


12

a) Apresentar aos alunos o tema Comunicação Química usando uma abordagem


contextualizada e interdisciplinar, ressaltando aspectos tecnológicos, social e
ambiental.

b) Desenvolvimento de um jogo didático de Bingo para motivar os alunos, tornar


significativa, prazerosa o conteúdo abordado.

c) Abordar o tema utilizando materiais lúdicos, o jogo Bingo da Comunicação


Química.

d) Contextualizar o ensino de funções orgânicas e propriedades de compostos


orgânicos através do tema Comunicação Química

4 METODOLOGIA

O presente trabalho foi desenvolvido seguindo-se as seguintes etapas:

 Pesquisa bibliográfica

Primeiramente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, sobre a temática


Comunicação Química.Também realizou-se uma pesquisa sobre o ensino de
Química Orgânica em particular o ensino de funções orgânicas e suas propriedades
físico e químicas e finalmente sobre novas propostas de metodologias e recursos
didáticos inovadores para o Ensino de Química. As pesquisas ocorreram em sites
de busca e artigos científicos.

 Escolha de recursos didáticos e elaboração do jogo “bingo da


comunicação química”.

Após a pesquisa, escolheu-se usar um recurso multimídia no formato de


áudio, chamado “A química entre nós: Comunicação Química” disponível no BIOE
(Banco Internacional de Objetos Educacionais, disponível em
<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/15881>) e com base no áudio e
13

na literatura encontrada elaborou-se o jogo, cujo processo de criação e execução


será explicado no próximo capítulo.

 Avaliação do jogo por alunos licenciandos do PIBID Química – UFF

Antes do jogo ser aplicado aos alunos do 3° ano do Colégio Estadual Manuel
de Abreu (CEMA), ele foi testado com os alunos do Projeto PIBID Química - UFF,
onde foi possível corrigir pequenos erros e testar seu potencial como recurso
didático. Essa etapa foi de fundamental importância.

 Elaboração de uma sequência didática para o desenvolvimento das


aulas

Foi elaborada uma sequência didática para o desenvolvimento das aulas, que
contava com o número de aulas necessárias para colégio, os conteúdos que
deveriam ser abordados, a escolha dos recursos didáticos e o tempo estimado de
duração para cada aula.

 Elaboração de um questionário diagnóstico aos alunos do Ensino Médio

Foi elaborado um questionário diagnóstico contendo quatro perguntas com o


intuito de saber o conhecimento prévio dos alunos a respeito do tema Comunicação
Química.

 Analise de dados

Após a aplicação da sequência didática, elaborou-se um questionário


avaliativo e os resultados foram tratados quantitativamente e discutidos.
14

5 RESULTADO E DISCUSSÃO

Antes da organização e aplicação da sequência didática, criou-se o jogo de


bingo relacionado ao tema semioquímicos. O processo de construção do jogo será
apresentado no tópico seguinte.

 Elaboração do jogo didático

O jogo de Bingo criado (Figura 2) contém 40 cartelas, dispostas em 5 colunas


e 5 linhas contendo 10 respostas em cada cartela além de 40 fichas de perguntas
com respostas, 1 globo contendo bola numeradas de 1 a 40 e feijões para a
marcação das respostas.

Figura 2: Exemplo de Cartas de Perguntas e Respostas


15

As regras do jogo consistem em:

De forma aleatória os alunos devem escolher suas cartelas onde serão


marcadas as respostas corretas das perguntas sobre o tema comunicação química.
A temática comunicação química está relacionada com o conteúdo de química
orgânica, por meio de perguntas sobre funções orgânicas, nomenclatura, isomeria
(optica e geométrica) e propriedades físicas.
Os alunos devem estar divididos em duplas e cada dupla poderá escolher
uma cartela para jogar além de receber uma folha de papel A4 em branco para
poder desenvolver seu raciocínio e um punhado de feijões. O jogo tem início ao
girar-se o globo, o número presente na bola sorteada, é referente a uma pergunta
que deve ser lida. Os alunos devem responder de forma correta a pergunta e
procurar a resposta em sua cartela, caso a encontre, deve marca-la com um feijão.
O jogo segue da forma descrita acima até alguma dupla completar a cartela,
quem primeiro completar, deve gritar “BINGO!” e é o vencedor.

Figura 3: Bingo da Comunicação Química

 Elaboração e aplicação da sequência didática para a aula com aplicação


do áudio e jogo de bingo

A sequência didática foi planejada para ser executada em duas aulas de 50


minutos dividida nas seguintes etapas:
Etapa 1: Aplicação de questionário diagnóstico (15 min)
16

Etapa 2: Aplicação do áudio (15 min)


Etapa 3: Aplicação do Jogo de bingo (50 min)
Etapa 4: Aplicação do questionário avaliativo. (20 min)

Cada uma dessas etapas será discutida a seguir.

 Etapa 1: Aplicação do questionário diagnóstico

Foi elaborado e aplicado um questionário diagnóstico com o objetivo de


verificar o conhecimento prévio dos alunos respeito do tema Comunicação Química.
O questionário contava com quatro perguntas, o qual temos os resultados obtidos
por meio de uma análise estatística de cada questão.

Questão 1: Organismos vivos (plantas e animais) se comunicam entre si e


com outros de diferentes espécies usando substâncias químicas. Exemplifique uma
situação do dia a dia que use esse tipo de comunicação.
Analisando as respostas, temos de acordo com o gráfico mostrado abaixo que
70% dos alunos responderam a questão, porém dentre estes 49% responderam
“não sei”. Apenas 32% dos alunos apresentaram respostas adequadas, onde
podemos citar:
“Quando somos picados por um marimbondo e depois vêm outros
marimbondos e atacam a mesma vítima”.
“Abelhas e formigas usam para se localizar”
“As formigas, elas andam em linha reta por causa do feromônio”.
Assim, 19% dos alunos, apresentaram um conhecimento confuso dentre as
respostas dadas pelos alunos, podemos citar:
“Animais emitem gases ou líquidos que mostram quando se sentem
ameaçados (gambás ou cobras)”.
“Plantas, na fotossíntese produzem oxigênio”.
“Quando um consome o outro”, “quando um cachorro late para outro”.
Assim podemos observar que existe pouco conhecimento a respeito do tema,
já que a grande maioria dos alunos não soube responder ou responderam “não sei”,
e outros apresentam um raciocínio um tanto quanto confuso, pois apresentaram
respostas inadequadas.
17

Figura 4: Gráfico Questão 1, Questionário Diagnóstico

Questão 2: O que são feromônios? Exemplifique uma situação em que um


animal ou planta pode usá-lo.
Os resultados de acordo com o gráfico abaixo mostraram que 72% dos alunos
responderam à pergunta, sendo que 42% destes responderam “não sei”.
Assim, cerca os 45% dos alunos que responderam, apresentaram respostas
coerentes, como por exemplo:
“Os odores soltados por eles, para a luta e acasalamento”,
“Pode ser um odor usado para atrair outro ser para o cruzamento”,
“É uma substância que as formigas soltam para andarem em fila e para
não se perderem no caminho”,
“São odores que certos tipos de animais ou insetos que usam para se
localizar e se defender”.
Porém, também pode-se observar conhecimento um tanto quanto confuso por
cerca de 13% dos alunos, podendo-se destacar:
“São substâncias naturais que algumas plantas e animais possuem, o
gambá usa um tipo de feromônio para que predadores não a peguem”,
“Feromônio é uma substância que os animais ou plantas soltam, em
defesa. Ex: abelhas soltam um rastro meio coloridinho”.
18

Figura 5: Gráfico Questão 2, Questionário Diagnóstico

Desse modo observa-se que existe também pouco conhecimento sobre o


tema, uma vez que a grande maioria não respondeu ou responderam “não sei”, e
outros apresentam um raciocínio inadequado.

Questão 3: Você saberia explicar porque que as formigas andam em trilha?


Em caso afirmativo, justifique sua resposta.
Da análise das respostas e de acordo com o gráfico abaixo viu-se que 94%
responderam a questão. Dos que responderam 35% disseram saber o motivo,
enquanto 65% já afirmam desconhecer o assunto. Porém, dos que responderam
sim, a maioria diz de forma geral que “é para não perderem o caminho”,
demonstrando assim um certo conhecimento do tema, mas não sabem dizer o faz
com que elas não errem o caminho.
19

Figura 6: Gráfico Questão 3, Questionário Diagnóstico

Questão 4: Você sabe por que após um marimbondo ferroar sua vítima vários
outros marimbondos aparecem “enfurecidos” e prontos para atacar?
Nesta questão de acordo com o gráfico abaixo, observamos que 89% dos
alunos responderam destes 60% responderam “não sei”.

Figura 7: Gráfico Questão 4, Questionário Diagnóstico

Entretanto, observa-se que apenas 20% tiveram uma resposta adequada.


“Porque quando um marimbondo ataca uma pessoa ele libera um feromônio e
20

ao fazer isso ele emite um alerta para os demais que sabem que isso é uma
ameaça para eles também. É uma forma de comunicação entre eles.”

Sendo assim, a análise das respostas obtidas no questionário diagnóstico,


revelou que apesar da temática Comunicação Química estar presente em nosso
cotidiano, ela ainda não é muito conhecida pela maioria dos alunos.

 Etapa 2: Apresentação da temática Comunicação Química através da


aplicação do áudio “A química entre nós: comunicação química”.
(CHACON et al, 2010)

A aplicação do áudio “A química entre nós: comunicação química” foi utilizado


com o caráter introdutório ao tema, além de mostrar a potencialidade do áudio como
recurso didático e proporcionar uma discussão na sala de aula sobre o tema
abordado.
No áudio, 3 jovens se encontram para falar a respeito de um trabalho de
escola sobre Comunicação Química, ele apresenta uma linguagem bastante juvenil,
o que ajuda a atrair a atenção dos alunos, fazendo com que eles se interessem mais
pelo assunto abordado e pela química.
Para a aplicação do áudio que dura 9 min e 03 segs. usou-se um smartphone
acoplado a um amplificador de som da escola.
A aplicação do trabalho foi realizada com um total de 53 alunos do 3° ano do
ensino médio do CEMA.
Pode-se perceber que o áudio despertou nos os alunos uma curiosidade a
respeito do tema, pois alguns alunos questionaram sobre as aplicações dos
semioquímicos além da comunicação química.

 Etapa 3: Aplicação do jogo de Bingo

O Jogo de bingo despertou um grande interesse dos alunos pelo conteúdo de


Química Orgânica e pelo tema Comunicação química além de também ter gerado
uma competição saudável entre os alunos que queriam continuar jogando além do
horário da aula para que alguém pudesse fazer bingo.
21

 Etapa 4: Aplicação do Questionário avaliativo

Um questionário avaliativo contendo em seu total 3 perguntas, das quais 2


perguntas tinham o objetivo de saber o que os alunos acharam da temática
Comunicação Química, da forma como foi abordada usando os recursos didáticos
apresentados e 1 pergunta sobre funções orgânicas relacionada ao tema, foi
aplicado aos alunos.
As respostas podem ser mostradas a seguir.

Questão 1: Comente o que você achou sobre o áudio sobre Comunicação


Química.
Em relação a essa questão, podemos observar pelo gráfico abaixo que 100%
dos alunos responderam. Dos que responderam apenas 3,5% (2 alunos) não
gostaram do áudio, porém de uma forma geral dos que responderam positivamente
foram: “bom”, “legal”, “muito educativo”, “interessante”, tendo como destaque o
seguinte comentário:
“Muito interessante, pois aprendi coisas à qual não sabia”.

Figura 8: Gráfico Questão 1, Questionário Avaliativo

Questão 2: Comente o que você achou sobre o jogo do Bingo “Comunicação


Química”.
22

De acordo com o gráfico abaixo, 96% dos alunos responderam a questão,


sendo 99% destes, acharam o jogo bom ou ótimo. Alguns comentários refletem bem
essa opinião como podemos ver: “bom”, “maravilhoso”, “uma forma de aprender
descontraído”, “ótimo, bem educativo e criativo”, “gostei muito, um novo
método adorável”, “uma maneira prática de revisar e aprender a matéria”.

Figura 9: Gráfico Questão 2, Questionário Avaliativo

Questão 3: Segundo o áudio da comunicação química quais os tipos de


funções orgânicas possíveis que os feromônios podem assumir?
Nesta questão, através do gráfico abaixo podemos observar que 53% dos
alunos responderam. Porém apenas 18% (13% do total de alunos) deram respostas
adequadas, indicando álcool, amida enquanto o restante respondeu não lembrar ou
não saber.
23

Figura 10: Gráfico Questão 3, Questionário Avaliativo

Avaliando as respostas obtidas no questionário, podemos concluir que os


alunos gostaram tanto do áudio quanto do jogo de bingo.
Observou-se durante as etapas do processo de ensino/aprendizagem um
aumento no interesse pela sala de aula, e também pela matéria dada. Já ao se
confrontar com a questão 3, que abordou conhecimento da Química Orgânica,
observa-se que apenas 13% do total teve alguma resposta positiva, lembrando-se
das funções orgânicas.
Esse baixo percentual de acertos pode ser explicado pela falta de tempo
obtido pelos alunos para responder o questionário avaliativo. Todo o trabalho foi
realizado dentro de 1h, tempo estimado para a duração da aula de Química no
CEMA e como os alunos queriam continuar a jogar o Bingo da Comunicação
Química e já estava próximo da aula do próximo professor, muitos alunos alegaram
na hora de responder à questão que não houve tempo ou não se lembravam da
resposta, pois já havia passado muito tempo da aplicação do áudio.
A Figura 04 mostra um recorte de alguns comentários dos alunos e a Figura
05 fotos da aplicação do jogo e do áudio.
24

Figura 11: Exemplo de Respostas dos Alunos ao Questionário Avaliativo.

Figura 12: Fotos da Aplicação do Jogo

Figura 13: Fotos da Aplicação do Jogo

Algumas dificuldades foram enfrentadas para a realização desta aula, desde a


preparação até sua finalização. Quanto à preparação, era necessário ter recursos
didáticos que prendessem a atenção do aluno, com relação ao áudio, ele deveria
apresentar uma linguagem jovial, mas ao mesmo tempo em que fosse educativo e
deveria ser de curta duração, para que não se tornasse cansativo. O mesmo se
25

enquadra para jogo que deveria ser um jogo que pudesse ser realizado dentro do
tempo da aula, com regras fáceis de serem compreendidas e ao mesmo tempo em
que fosse educativo. Após a escolha do áudio e o desenvolvimento do jogo, a
dificuldade maior se deu em separar uma aula para que esta pudesse ser aplicada.
O conteúdo de Química Orgânica no CEMA é um conteúdo que só é abordado no
último bimestre do ano letivo, e com isso perto das provas de vestibular e do
Sistema de Avaliação do Rio de Janeiro (SAERJ), pois a escola segue o currículo
mínimo, sendo assim a aula foi realizada como uma revisão sobre os conteúdos de
química orgânica abordados.
Como a temática abordada é bastante ampla, foi possível desenvolver um
novo trabalho posterior a esse, sobre Semioquímicos na agricultura.
Este segundo trabalho foi desenvolvido também dentro do projeto PIBID,
porém com um total de 37 alunos de duas turmas de 3°ano do Ensino Médio da
ETEHL. Foi aplicada uma aula sobre identificação de funções orgânicas, que
abordava a temática em exercícios com enfoque para o ENEM e assim nova
sequência didática foi planejada para ser executada em 2 aulas de 50 minutos
dividida nas seguintes etapas:

 Elaboração e aplicação da sequência didática para a aula de


Semioquímicos na agricultura.

Etapa 1: Aplicação de questionário diagnóstico (15 min)


Etapa 2: Aplicação da aula (40 min)
Etapa 3: Discussão sobre o tema (15 mim)
Etapa 4: Aplicação dos exercícios (20 min)
Etapa 5: Aplicação do questionário avaliativo. (10 min)

 Etapa 1: Aplicação do questionário diagnóstico

Aplicou-se inicialmente um questionário diagnóstico com o intuito de saber o


conhecimento prévio dos alunos a respeito do tema. O questionário apresentava 3
perguntas e foi realizado um tratamento estatístico em cima das respostas dos
alunos. A seguir mostra-se os resultados obtidos.
26

Questão 1: Você já ouviu falar sobre semioquímicos?


(...) SIM (...) NÃO
Dos 37 alunos que participaram da aula, 100% destes responderam a
questão. Sendo que 97% dos alunos responderam NÃO, e apenas 3% o que
corresponde a 1 aluno, respondeu Sim a questão, esses dados podem ser
observados no gráfico abaixo.

Figura 14: Gráfico Questão 1, Questionário Diagnóstico

Questão 2: Organismos vivos (plantas e animais) se comunicam entre si e


com outros de diferentes espécies usando substâncias químicas. Exemplifique uma
situação do dia a dia que use esse tipo de comunicação.

Observa-se de acordo com o gráfico abaixo que 97% dos alunos


responderam a questão, porém dentre destes apenas 17% apresentaram respostas
coerentes das quais pode-se destacar:
“Os feromônios sendo liberados para traçar trilhas de formigas”;
“Período de acasalamento de animais”
27

Figura 15: Gráfico Questão 2, Questionário Diagnóstico

Entretanto, na maioria dos casos, 83% dos alunos demonstraram um


conhecimento confuso a respeito do tema onde pode-se destacar:
“Troca de oxigênio dos seres vivos e plantas”;
“A troca de gases. Os animais mandam CO2 para o ambiente, as plantas
em seguida através da fotossíntese, transformam o Co2 em O2 que serve para
respiração celular (aeróbica) dos animais.”

Questão 3: O que são agrotóxicos e como o agrotóxico afeta o meio


ambiente.
A análise dos resultados, de acordo com o gráfico abaixo mostrou que 100%
dos alunos responderam a questão e que destes, 82% apresentaram respostas
coerentes onde pode-se destacar:
“Agrotóxicos são compostos quimicamente desenvolvidos para
proteger plantações contra pragas e beneficiar em seu crescimento.”;
“Produtos que visa evitar a proliferação de pragas e ameaçar o
“desenvolver” da plantação. Muitos são compostos de substancias que
poluem o solo, o ambiente e quando seu uso é excessivo fazem mal para a
população.”;
“São substancias para controlar a praga e pestes em plantações. O uso
inadequado desses agrotóxicos pode contaminar rios, lagos. Além de fazer
mal para os seres humanos.”
28

Figura 16: Gráfico Questão 3, Questionário Diagnóstico

No entanto, 19% dos alunos, apresentaram respostas um tanto inadequadas


onde pode-se destacar:
“São microrganismos geneticamente modificados, para controlar
pragas, eles aceleram as propriedades da terra e dos alimentos.”
“São químicas utilizadas para fortalecer plantas do ambiente e seres
vivos”

 Etapa 2: Aplicação da Aula

Após a aplicação do questionário diagnóstico, teve-se início a aula onde foi


apresentado aos alunos um breve histórico da utilização dos agrotóxicos desde o
seu surgimento com Gregos e Romanos há mais de 3.000 anos até os dias atuais,
passando pela 1° Guerra Mundial com a utilização do gás mostarda e a 2° Guerra
Mundial com a criação do DDT.
A aula teve continuidade com a apresentação de novas tecnologias mais
ecologicamente corretas, com enfoque para a utilização dos Semioquímicos. A
Química foi relacionada com o tema através das diversas funções orgânicas que
tanto os agrotóxicos como os semioquímicos podem assumir.
A aula aplicada na ETEHL foi bem dinâmica com a participação efetiva dos
alunos
29

 Etapa 3: Discussão sobre o tema

Após a realização da aula foi aberto um tempo para o debate com os alunos a
sobre novas tecnologias mais ecologicamente corretas frente a utilização dos
agrotóxicos e como isso afetava nossa vida cotidiana.
Foi possível perceber o alto interesse dos alunos pelo tema, pois devido ao
alto entusiasmo demonstrando pela participação efetiva dos alunos nas discussões.

 Etapa 4: Aplicação da aula de exercícios

Após a aplicação da aula, foi realizado junto os alunos exercícios que continham
essa temática, presentes em edições anteriores do ENEM.
Com a realização dos exercícios os alunos tiraram suas dúvidas sobre
identificação de funções orgânicas,

 Etapa 5: Aplicação do questionário avaliativo

Um questionário avaliativo foi aplicado aos alunos com o objetivo de saber o que
eles acharam da aula de funções orgânicas ter sido abordada de uma forma
diferente

Questão 4: O que vocês acharam sobre abordar o conteúdo de funções


orgânicas usando o tema motivador Semioquímicos na agricultura?

Nesta questão, 100% dos alunos responderam e todas as respostas foram


muito positivas, tanto em relação à temática quando aos exercícios realizados em
aula onde pode-se destacar:
“Achei algo importante, pois conhecemos como se trata a agricultura e
vimos que existe um meio mais saudável e inteligente de matar pragas sem
afetar e contaminar o solo, a agua e os alimentos.”
“Foi bem dinâmica a aula com isso conseguimos interagir e tirar o
máximo de conhecimento. Muito obrigada. Seria bom se tivéssemos mais.”
30

“TOP! Interessante, pois a aula foi com soluções dos exercícios do


ENEM e sanou muitas dúvidas. Muito importante para o nosso ano de
vestibular. Realmente very top!”

Figura17: Fotos da Aplicação da Aula sobre Semioquímicos na Agricultura

Figura 18: Fotos Aplicação da Aula sobre Semioquímicos na Agricultura


31

Figura 19: Exemplo de Slides da Aula

Figura 20: Exemplo de Exercícios Resolvidos em Aula

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após todo o desenvolvimento do estudo pode-se concluir que o trabalho foi


realizado com êxito, visto pelos resultados alcançados.
A temática Comunicação Química, como tema gerador de conhecimento foi
muito bem aceita pelos alunos visto pelas respostas obtidas no questionário
avaliativo. Podemos concluir também que apesar de ser um tema presente no
cotidiano dos alunos ainda não é muito conhecido pelos mesmos.
32

Em relação ao jogo Bingo da Comunicação Química e ao áudio “Química


entre nós: Comunicação Química”, essas ferramentas se mostraram bastante
importantes, pois favoreceram uma aprendizagem significativa de uma forma mais
prazerosa e descontraída, fortalecendo o trabalho em equipe, a contextualização
com o cotidiano e agregando conhecimento não só de química orgânica como de
novos assuntos de forma interdisciplinar.
Com o jogo de bingo desenvolvido e o áudio, realizou-se um trabalho
denominado “Comunicação química no ensino de Química Orgânica: uso de um
áudio e um jogo de bingo”, que foi apresentado no IV Encontro Nacional de Ensino
de Ciências da Saúde e do Ambiente, na UFF localizada em Niterói, Rio de Janeiro
onde foi selecionado entre os melhores trabalhos apresentados no congresso
estando disponível no seguinte endereço eletrônico
<http://www.ivenecienciassubmissao.uff.br/index.php/ivenecienciassubmissao/enecie
ncias/paper/viewFile/133/40>.
Essa temática por ser bastante ampla e apresentar um caráter interdisciplinar
elevado, possibilitou o desenvolvimento de um segundo trabalho denominado
“Semioquímicos na Agricultura: Conhecimento Químico num enfoque CTSA”, esse
novo trabalho foi apresentado na XII Mostra de Iniciação à Docência na Educação
Básica (MID), alcançando a 1° lugar dentre os trabalhos da área de Ciências da
Terra I.

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33

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ZARBIN, P. H.G. Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná.
Curitiba, PR.
35

8 APÊNCIDES

8.1 QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO

Questão 1: Organismos vivos (plantas e animais) se comunicam entre si e com


outros de diferentes espécies usando substâncias químicas. Exemplifique uma
situação do dia a dia que use esse tipo de comunicação.

Questão 2: O que são feromônios? Exemplifique uma situação em que um animal


ou planta pode usá-lo.

Questão 3: Você saberia explicar porque que as formigas andam em trilha? Em


caso afirmativo, justifique sua resposta.

Questão 4: Você sabe por que após um marimbondo ferroar sua vítima vários outros
marimbondos aparecem “enfurecidos” e prontos para atacar?

8.2 QUESTIONÁRIO AVALIATIVO

Questão 1: Comente o que você achou sobre o áudio sobre Comunicação Química.

Questão 2: Comente o que você achou sobre o jogo do Bingo “Comunicação


Química”.
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Questão 3: Segundo o áudio da comunicação química quais os tipos de funções


orgânicas possíveis que os feromônios podem assumir?

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