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1 Simpósio Sudeste
da ABHR
o
1 Simpósio Internacional
da ABHR
Diversidades e
(in)tolerâncias religiosas
Programação e
Resumos
1. 1º Simpósio Sudeste da
ABHR / 1º Simpósio
Internacional da ABHR.
2. Diversidades e
(in)tolerâncias religiosas.
I. Maranhão Fº, Eduardo
Meinberg de Albuquerque;
Sene, Talita (orgs.). Título.
Associação Brasileira de História
das Religiões – ABHR
Comissões
Comissão Organizadora Comissão Editorial
Fazendo Arte
Patrocínio
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES
Apoio
• Universidade de São Paulo – USP • PLURA, Revista de Estudos de
• Faculdade de Filosofia, Letras e Religião da ABHR
Ciências Humanas – FFLCH
• Casa de Cultura Japonesa – • Fonte Editorial
CCJ/FFLCH/USP • Editora do Mackenzie
• Departamento de Antropologia – • Editora Arché
DA/FFLCH/USP • Korin
• Departamento de Geografia –
DG/FFLCH/USP • Centro de Estudos de Religiosidades
• Departamento de História – Contemporâneas e das Culturas
DH/FFLCH/USP Negras – CERNe
• Grupo de Estudos em Gênero,
• Faculdade de Teologia Umbandista – Religião e Política – GREPO –
FTU PUC/SP
• Faculdade Messiânica • Grupo de Estudos de Gênero e
• Programa de Pós-graduação em Religião Mandrágora – UMESP
Ciëncias da Religiáo – UMESP • Núcleo de Antropologia Urbana da
USP – NAU
Créditos
Caderno de Programação e Webdesign
Resumos Carlos Gutierrez, UNICAMP
Talita Sene, UFSC
Organização
Eduardo Meinberg de Albuquerque
Design do material do evento
Maranhão Fo, USP
Neon Cunha
Talita Sene, UFSC
Arte do evento
Diagramação Alexandra Abdala, Arché Editora
Eduardo Meinberg de Albuquerque
Maranhão Fo, USP
Talita Sene, UFSC Financiamentos
Secretário Bolsas
Cleto Junior Pinto de Abreu, USP Faculdade de Teologia Umbandista
Coquetel de abertura
Korin
Apoio financeiro
GREPO
Sumário
Apresentação . . . . . . . 15
Credenciamento . . . . . . 17
Programação geral . . . . . . 19
Sessão de abertura . . . . . . 25
Mesa de abertura . . . . . . 25
Nas encruzilhadas das religiões . . . . . 25
Sessão de encerramento . . . . . . 26
Conferência de encerramento . . . . . 26
Premiação de pôsteres e mesa de encerramento . . . 26
Reunião da ABHR . . . . . . 27
Lançamento de publicações . . . . . 29
Homenagens . . . . . . . 43
Mesas . . . . . . . . 45
29/10
M1 – A Paz na Terra: os 60 anos da encíclica Pacem in Terris . 47
M2 – Teoria e metodologia dos estudos de religião . . 49
M3 – “Religiosidades” ameríndias . . . . 53
M4 – Políticas e religiosidades . . . . . 57
M5 – Festas, artes e religiosidades . . . . 61
30/10
M6 – Itinerários, percursos e narrativas do sagrado. . . 63
M7 – O que é História das Religiões? . . . . 67
M8 – Convivência inter-religiosa . . . . 69
M9 – Religiosidades, gênero e política . . . . 71
M10 – Religião, patrimônio e tradição . . . . 75
M11 – Islamismos . . . . . . 81
31/10
M12 – Judaísmos . . . . . . 83
M13 – Religiosidades no (do) ciberespaço . . . 85
M14 – Violência e religião . . . . . 89
M15 – Religião e espaço público: novas vozes e conflitualidades . 93
M16 – Religiosidades e espiritualidades “orientais” . . 97
Minicursos . . . . . . . 101
MC1 – Catolicismo brasileiro: neocristandade e práticas religiosas
associativas (1889-1964)
................. ....... . . . . . 103
MC2 – Direito e liberdade religiosa: teoria, litígios e perspectivas . 105
MC3 – Direito, Estado laico e religião no Brasil: limites,
conflitos e convergências . . . . . 107
MC4 – Fundamentos da arquitetura islâmica . . . 109
MC5 – Fundamentos da filosofia-teológica de Mokiti Okada para
o Despertar da Cidadania Universal . . . . 111
MC6 – História e religiões: teoria e metodologia . . . 113
MC7 – Religiosidade indiana: diversidades e (in)tolerâncias
sociais, animais sagrados e a mulher no hinduísmo e budismo . 115
MC8 – Santos patronos e a política católica: sécs. XVI-XVIII . 117
MC9 – Iconografia budista . . . . . 119
MC10 – A Fé Bahá’í: incompreendida e perseguida . . 121
MC11 – Práticas nativas ancestrais – Xamanismo: a religião do
culto à natureza . . . . . . 123
MC12 – Asé: A musicalidade corpórea poética do tambor e da
Dança . . . . . . . 125
Grupos de Trabalho . . . . . . 127
GT1 – Bruxaria à brasileira: a presença da Wicca no Brasil . . 129
GT2 – Catolicismo brasileiro: neocristandade e práticas
religiosas associativas (1889-1964) . . . . 135
GT3 – Corpo, cultura e religião . . . . . 145
GT4 – Dietrich Bonhoeffer: ética e teologia a serviço da vida . 159
GT5 – “Edificando para Deus”: a arquitetura do sagrado nas
suas diferentes manifestações . . . . . 165
GT6 – Escolas das religiões afro-brasileiras e diálogos . . 175
GT7 – Escolas públicas e (in)tolerância religiosa . . .` 192
GT 8 – Estados Unidos: religião e sociedade . . . 202
GT9 – Fundamentalismos religiosos . . . . 212
GT10 – Gênero e religião . . . . . 225
GT11 – Hereges, judeus e infiéis e a intolerância religiosa no decorrer
.
15
sediar a primeira edição do Simpósio Sudeste. Percebeu-se a possibilidade de
ampliação do evento através do diálogo com pesquisadores/as de outros países,
estimulando o evento a se tornar concomitantemente regional sudeste e
internacional.O tema escolhido foi Diversidades e (In)Tolerâncias Religiosas,
dada a urgência em se aprofundar os estudos sobre as diferentes (im)possibilidades
e obstáculos à livre manifestação religiosa de sujeitos na sociedade do tempo
presente.
16
Credenciamento
O credenciamento será feito nos seguintes dias, horário e local:
Credenciamento de pagantes
• Participantes de GTs,
• Participantes de Minicursos e
• Ouvintes com direito a certificado.
OBS: O credenciamento só será feito mediante apresentação do comprovante de
pagamento e de documento oficial com foto.
17
18
Programação geral
29/10 30/10 31/10
Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira
Minicursos
09h às 10h
Manhã
Grupos de Trabalho Grupos de Trabalho Grupos de Trabalho
10h às 13h 10h às 13h 10h às 13h
Performances
20
Aqualtune: a Princesa do Luana Tavares da Silva 30 de outubro, 19h30
Quilombo dos Palmares
Grupo Subverso
Dança com Poesia / Duração:
10 minutos
Duração: 60 minutos
21
Exposições
Através dos Olhos Julius Mack, Wagner Cria e 29 de outubro, das 14h às
Marco Antonio de Oliveira 22h
30 fotos Felippe (Org.)
30 a 31 de outubro, das 09h
Universidade Comunidade de às 22h
Terreiro
22
Paraíso Terrestre em Andrea Tomita e Juliana Idem
Perspectiva Graciani
23
Vivência Ikebana
Filme
24
Sessão de abertura
Terça-feira, 29 de outubro, das 18h às 19h30
Auditório da Casa de Cultura Japonesa, FFLCH
Mesa de abertura
Wellington Teodoro da Silva Eduardo Meinberg de Albuquerque
Presidente da ABHR Maranhão F0
Organizador Geral do Evento
Andréa Gomes Santiago Tomita
Coordenadora do Fazendo Arte Vagner Gonçalves da Silva
Coordenador do evento
Arnaldo Érico Huff Júnior
Editor-chefe da PLURA
Nicola Gasbarro
26
Reunião da ABHR
Quarta-feira, 30 de outubro, das 9h às 10h
Anfiteatro de História, FFLCH
27
28
Lançamento de publicações
Quarta-feira, 30 de outubro, a partir das 18h
Casa de Cultura Japonesa, FFLCH
Jaquelini de Souza
São Paulo: Editora Mackenzie, 2013.
Nilza Menezes
João Pessoa: UFPB, 2012.
Michelle E. Soares
São Paulo: Arché Editora, 2013.
Marina Correa
São Paulo: Fonte Editorial, 2013.
31
Budismo e filosofia
Adone Agnolin
São Paulo: Paulinas, 2013.
Islã e Antropologia
Revista de Estudos da Religião (REVER), v. 13, n. 1
(2013)
34
Marketing Religioso
Revista de Estudos da Religião (REVER), v. 12, n.2 (2012)
35
Missa, Culto e Tambor: os espaços das religiões no Brasil
37
Oporai Guata Porã: Awaju Poty
O conjunto de ensaios reunidos neste volume pretende oferecer aos seus leitores e
leitoras uma visão do campo religioso protestante/evangélico no Brasil, numa
perspectiva ampla e por meio de uma abordagem crítico-interpretativa de caráter
multidisciplinar. A iniciativa desta publicação partiu da constatação de que ainda
persiste uma grande carência de divulgação de estudos mais abrangentes sobre o
mundo protestante/evangélico. Ao lado da literatura apologética produzida pelos
diferentes grupos religiosos, que são na sua maioria autolaudatórias, existe um
conjunto de estudos e pesquisas realizados nas últimas décadas que infelizmente se
ocupam de aspectos parciais do mundo protestante/evangélico.
39
(Re)conhecendo o sagrado: reflexões teórico-
metodológicas dos estudos de religiões e religiosidades
40
Repensando o sincretismo
U m b a n d a e Te o l o g i a d a F e l i c i d a d e
F e r n a n d a L . R i b e i ro
São Paulo: Arché, 2013.
42
Homenagens
30 de outubro, quarta-feira, 19h30
Auditório da Casa de Cultura Japonesa, FFLCH
43
Leituras de história de vida
religiosa
29 a 31 de outubro, das 14h às 14h15
Auditórios e anfiteatros da FFLCH
44
Mesas
45
46
M1 – A Paz na Terra: os 60 anos
da encíclica Pacem in Terris
29 de outubro, Anfiteatro de Geografia, FFLCH
Coordenação
Wellington Teodoro da Silva, PUC/MG
No dia 11 de abril de 1963 foi publicada a carta encíclica Pacem in Terris pelo
papa João XXIII. Essa publicação aconteceu meses após a crise dos mísseis em
Cuba, um dos momentos de maior tensão da guerra fria. Seu impacto no Brasil
aconteceu de maneira forte. Foi um dos documentos que criaram condições de
diálogo entre católicos e marxistas. Ajudou a dar legitimidade para a organização
do setor do catolicismo conhecido como Esquerda Católica e, em larga medida, da
Teologia da Libertação. Essa mesa discutirá as repercussões desse documento e sua
defesa do diálogo quando foi publicada e sua influência na Igreja nos últimos 60
anos.
Participantes
Frei Carlos Josaphat
Professor emérito na Universidade de Friburgo, Suiça. Autor do
livro Ética Mundial. Frei dominicano.
47
Wellington Teodoro da Silva
Presidente da ABHR. Professor do PPGCR da PUC/MG. Doutor
em Ciência da Religião pelo PPCIR da UFJF.
48
M2 – Teoria e metodologia nos
estudos de religião
29 de outubro, Anfiteatro de História, FFLCH
Coordenação
Adone Agnolin, USP
Participantes
Nicola Gasbarro
Professor da Universitá degli Studi di Udine.
Adone Agnolin
Professor no Departamento de História da USP. Doutor em
Sociologia pela USP. Especialização em História das Religiões na
Università degli Studi di Padova.
50
Paula Montero
Professora no departamento de Antropologia da USP. Doutora em
Antropologia Social pela USP. Mestre em Antropologia Social
pela Universite de Paris VII. Presidente do Centro Brasileiro de
Análise e Planejamento.
Elton Nunes
Professor na Faculdade Messiânica. Pós-doutor em História pela
PUC/SP, doutor e Mestre em Ciencias da religião pela UMESP
51
outros conceitos, distinguimos outra civilização. Dessa maneira, o processo
comparativo busca a diferença e a singularidade, não o igual ou o supostamente
mesmo entre culturas e civilizações diferentes.
52
M3 – “Religiosidades”
ameríndias
29 de outubro, Auditório sala 24 do prédio de Ciências Sociais, FFLCH
Coordenação
Talita Sene, UFSC
Esta mesa tem como propósito discutir o que disciplinas como a antropologia e a
história entendem pelo termo “religiosidades” ameríndias, com especial interesse
nos segmentos católicos e evangélicos no que tange às questões de conversão
indígena.
Participantes
Maria Cristina Pompa
Professora do curso de Ciências Sociais da Unifesp. Doutora em
Ciências Sociais pela UNICAMP. Mestre em Antropologia Social
pela UNICAMP.
53
o rito se tornou, dos dois lados, o lugar de incorporação da mudança, constituindo o
espaço privilegiado da compreensão da alteridade e da construção da história.
História de vida
55
os outros que me dizem respeito são a espiritualidade Guarani e a música. A
espiritualidade teve um aspecto conflitante até a minha maturidade, devido a outras
influências, minha decisão religiosa foi tardia e casual. Deu-se no ano de 1991
quando morava em Itanhaém, por ocasião da minha pesquisa de mestrado em
Comunicação e Semiótica na PUC/SP. Nas imediações dessa cidade do litoral
paulista há diversas comunidades Guarani. Passei a frequentar essas comunidades e
rezar no Opy (casa de reza), devido a facilidade de relacionamento por falar a
língua, gostar de tomar Ka’ayu (chimarrão), fumar petym e praticar o Jeroky
(dança) assim como de cantar os mborai. Por questões afetivas tomei naquela
ocasião a determinação de me dedicar ao resgate e à pesquisa da música e da
espiritualidade do meu povo paterno, já que minha mãe é de origem italiana. Hoje
já somam 22 anos de dedicação exclusiva ao povo Guarani.
56
M4 – Políticas e religiosidades
29 de outubro, no Auditório sala 14 do prédio de Ciências Sociais, FFLCH
Coordenação
Jacqueline Moraes Teixeira, USP
Participantes
Ricardo Mariano
Professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da
PUC – RS. Doutor em Sociologia pela USP.
57
Arnaldo Érico Huff Júnior
Professor no Departamento de Ciência da Religião da UFJF.
Doutor em Ciência da Religião pela UFJF e em História Social
pela UFRJ.
Proponho acercar, nesta breve análise, tendo como referência o Brasil, três modos
de ação política de protestantes e pentecostais, a partir de um esforço comparativo
principalmente interessado nas ideias religiosas em circulação. O primeiro,
cronologicamente, é aquele comumente chamado de conservador, percebido em
diversas denominações, cuja característica mais marcante é a de uma retirada do
mundo político ante o horizonte do celeste porvir. O segundo, geralmente
caracterizado como progressista, é aquele que captura a esperança escatológica
para a história e aparece de modo especial em movimentos e organizações
paraeclesiásticas e ecumênicas. Por fim, e mais recentemente, tem-se a atividade de
setores evangélicos na esfera política através das bancadas evangélicas, recebendo
em alguma medida a influência de ideias religiosas advindas da teologia da
prosperidade.
Daniel Rocha
Doutorando em História pela UFMG.
Eduardo Dullo
Doutor e mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional –
UFRJ. Pesquisador associado ao CEBRAP.
O texto parte da denúncia pública feita pela Igreja Católica, por meio do
Arcebispo de São Paulo, envolvendo o coordenador da campanha de Celso
Russomanno para prefeito de São Paulo. A partir da acusação de “intolerância
religiosa” feita contra o pastor licenciado da IURD, analiso como os agentes se
apresentam na esfera pública e como disputam as delimitações de “religião” e
“política”. Esse caso empírico é particularmente instrutivo na medida em que
facilita nossa compreensão sobre as polêmicas recentes a respeito de religião,
política e laicidade. Tal análise permite explicitar a posição bifronte da Igreja
Católica: por um lado ela se apresenta como o paradigma de religião liberal
moderna retirada da política e, por outro lado, como agente constituinte dessa
democracia secular. A conclusão é a de
que, embora a predominância histórica da Igreja Católica tenha se
reatualizado, um novo paradigma (cristão, não-católico) de articulação entre
religião e política vem ganhando força.
59
60
M5 – Festas, artes e
religiosidades
29 de outubro, no Auditório da Casa de Cultura Japonesa, FFLCH
Coordenação
Geslline Giovana Braga, USP
Esta mesa visa promover uma reflexão sobre a importância das religiões afro-
brasileiras na construção da identidade nacional por meio da produção artística.
Como se sabe, essa religiosidade influenciou fortemente a música popular
brasileira (com gêneros musicais como o samba), as manifestações festivas
nacionais (como o carnaval, maracatus, afoxés, festas de largo), a literatura (sendo
Jorge Amado seu grande divulgador), o cinema e as artes visuais, entre outros
campos.
Participantes
62
M6 – Itinerários, percursos e
narrativas do sagrado
30 de outubro, no Anfiteatro de Geografia, FFLCH
Coordenação
Artur Cesar Isaia ,UFSC
Participantes
64
Ronaldo Almeida
Professor no PPGCSO da UNICAMP. Doutor em Antropologia
Social pela USP e mestre em Antropologia Social pela UNICAMP.
65
66
M7 – O que é História das
Religiões?
29 de outubro, Anfiteatro de História, FFLCH
Coordenação
Eliane Moura da Silva, UNICAMP
68
M8 – Convivência inter-religiosa
30 de outubro, no Auditório sala 24 do prédio de Ciências Sociais, FFLCH
Coordenação
Milton Bortoleto, USP
Esta mesa visa promover uma reflexão sobre o crescente processo de intolerância
religiosa verificado em todo o Brasil e promovido, sobretudo, pelas denominações
neopentecostais contra as religiões afro-brasileiras. Também falaremos das
transformações positivas que esse processo acarretou entre os quais a maior
aproximação das instituições religiosas entre si, rompendo muitas vezes rivalidades
históricas (entre a umbanda e o candomblé, por exemplo), a formação de
movimentos de conscientização e articulação entre religiosos e setores do poder
público, bem como aspectos da atuação social de religiosos.
Participantes
Jocélio Teles dos Santos
Professor e chefe do Departamento de Antropologia da UFBA.
Doutor e mestre em Antropologia Social pela USP.
69
Eva Lenita Scheliga
Professora na UFPR. Doutora em Antropologia Social pela USP.
Mestre em Antropologia Social pela UFSC.
70
M9 – Religiosidades, gênero e
política
30 de outubro, no Auditório Sala 14 do prédio de Ciências Sociais, FFLCH
Coordenação
Sandra Duarte de Souza, UMESP
Participantes
Nos últimos anos, tem se colocado em pauta na sociedade brasileira discussões que
retomam a questão da legitimidade de intervenção das religiões na esfera pública.
Essa questão ganha relevância particular quando estão em jogo direitos
recentemente conquistados no campo da sexualidade e da reprodução humana.
Embates no Congresso Nacional e episódios de violência contra homossexuais,
amplamente divulgados pela mídia, evidenciam a atualidade do debate e sua
71
complexidade. A retomada da cena política pela religião atinge muito
particularmente a agenda feminista e dos movimentos de diversidade sexual que,
no contexto de Estados democráticos e laicos, encontrou um campo favorável ao
seu desenvolvimento. Daí a atualidade da discussão em torno dessa
“inevitabilidade” da ação política de grupos religiosos e de seus efeitos sobre as
mudanças culturais e legais conquistadas pela ação dos movimentos de mulheres e
dos grupos LGBTT.
72
Marcelo Tavares Natividade
Professor de Antropologia na UFC. Doutor em Antropologia
Social pela UFRJ. Mestre em Ciências Sociais pela UERJ.
73
74
M10 – Religião, patrimônio e
tradição
30 de outubro, no Auditório sala 8 do prédio de Ciências Sociais, FFLCH
Coordenação
Rosenilton Silva de Oliveira, USP
Esta mesa visa promover uma reflexão sobre as relações entre as comunidades de
terreiro e a sociedade mais ampla. Como se sabe, entre as várias políticas públicas
adotadas pelos governos, sobretudo dos últimos 20 anos, estão o atendimento às
demandas das comunidades negras em torno de melhoria das condições de vida
relacionadas à saúde, à visibilidade social, ao combate à discriminação sócio racial
etc. Com isso, as comunidades de terreiro têm sido fortemente chamadas a atuar
como agentes políticos por ser importantes centros de construção de identidade
voltados à memória e pratica de valores cognitivos de origem africana.
Tombamentos de terreiro e de manifestações culturais de influência religiosa têm
mostrado a presença e importância destas comunidades neste processo.
Participantes
75
John F. Collins
Professor e diretor do Latin American Studies. Queens College
& the Graduate Center/CUNY.
76
estos y los integrantes de los poderes coloniales español, inglés, francés,
portugués y holandés. Se subrayan los diferentes momentos de ese quehacer, y el
avance particular de la readecuación de la religiosidad yoruba, conocida en Cuba
como santería, y como candomblé en Brasil. Se puntualizan las peculiaridades de
esa práctica desde el siglo xix hasta el presente. Se llama la atención acerca
de la evolución del papel desempeñado por la iyalocha, el babalocha y el
babalao, como una forma para comprender las diferentes tendencias que se
observan en su ejercicio, y la relevancia cada vez mayor de los babalaos. Se
ofrece una valoración analítica de las fuentes orales escritas manuscritas,
grabadas, impresas, o filmadas, para patentizar la importancia de la Regla de
Ifá en nuestro país y su expansión actual como consecuencia de la diáspora
cubana de los creyentes en la religiosidad Yoruba, así como su aceptación por
su espiritualidad y pragmatismo. Se emiten conclusiones y pronósticos a partir
del estudio efectuado.
Ilé Tuntún es una organización que tiene como objetivo la custodia de la cultura
yoruba, fue creada bajo el liderazgo del doctor Wande Abimbola, babalawo y
Awise (vocero de la cultura yoruba en el mundo). Surge con la realización de los
Congresos de las Tradiciones Yoruba y la Cultura celebrado por primera vez en
Lagos, Nigeria, en 1981. Como movimiento religioso se constituyó en Cuba en
1997, con el apoyo de Frank Cabrera Suárez (Okambí), con el propósito de
rescatar, perfeccionar y enriquecer el corpus de Ifá.
El trabajo se centra en algunas de las particularidades manifiestas en la
organización religiosa cubana, a partir de las observaciones participante realizadas
en el local que funciona como su casa-templo, lugar que se ha convertido en
escenario de encuentros para la celebración de reuniones, festividades y rituales,
transmitidos por líderes nigerianos, como muestra de las “auténticas” tradiciones
yorubas; momento utilizado para la enseñanza, aprendizaje y debate de
concepciones de la cultura religiosa yoruba.
77
78
M11 – Islamismos
30 de outubro, no Auditório LISA do prédio de Ciências Sociais, FFLCH
Coordenadora
Francirosy Ferreira, USP/RP
A mesa Islã e (in)tolerâncias tem por objetivo apresentar algumas temáticas que
vem tomando espaço na mídia e nas redes sociais, quando o tema é islam. Em abril
deste ano, ativistas do Femen Brasil e Internacional encabeçaram o que chamaram
de “jihad do topless” em apoio a ativista tunisiana, Amina. No Brasil, mulheres
tiraram suas peças de roupa frente à mesquita xiita, no bairro do Brás, em São
Paulo, rapidamente esta manifestação ganhou a rede social, principalmente levada
por mulheres muçulmanas brasileiras, que se autodenominam feministas e contra
este tipo de abordagem. Segundo elas, o Femen não as representa, e muito menos a
“salvam” de qualquer estigma ou subjugação social e religiosa, como é comum nos
discursos proferidos por essas ativistas. No dia 20 de abril, mulheres muçulmanas
brasileiras fizeram uma pequena manifestação no vão Livre Masp, palco frequente
de manifestações na capital paulista contra a forma de atuação do Femen no Brasil.
O fato ocorrido trouxe à luz a existência do movimento feminista islâmico e a voz
das mulheres muçulmanas que se apresenta destoante em relação ao estereótipo
largamente divulgado pela mídia em geral em relação a elas, além de mostrar uma
disparidade entre a realidade do Islam enquanto religião e a imagem desta religião
propagada pelos meios de comunicação até hoje no Brasil, que alimentam a
islamofobia no país.
Participantes
79
A proposta desta comunicação é desenvolver os significados de preconceito e
racismo, tendo em vista a minha reversão ao Islã há 6 anos. Minha experiência
religiosa contribuiu para a reflexão do que seriam esses termos e como os mesmos
são disseminados quando se trata da religião islâmica.
Kelen Pessuto
Doutoranda em Antropologia Social pela USP. Mestre em Artes
pela UNICAMP.
Religião e intolerância
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M12 – Judaísmos
31 de outubro, no Anfiteatro de Geografia, FFLCH
Coordenação
Carlos Gutierrez, UNICAMP
Participantes
Edgard Leite
Professor de História da UERJ e UNIRIO. É Doutor e mestre em
História pela UFF. É membro titular da Academia Brasileira de
Filosofia.
82
afirmam que são descendentes dos cristãos-novos que povoaram a região,
sobretudo durante o período da ocupação holandesa na Capitania de Pernambuco.
Atualmente em diversos Estados nordestinos com base na prerrogativa do passado
judaico da região, aumenta consideravelmente o número de indivíduos e
organizações que adotaram o judaísmo como prática religiosa, e pleiteiam ser
reconhecidos e incorporados nas fileiras do judaísmo normativo.Esta comunicação
tentara ensejar a partir da abordagem sobre a emergência de identidades judaicas
no Estado da Paraíba uma reflexão sobre uma nova percepção dos judeus e do
judaísmo no Nordeste Brasileiro. Observando como ocorreu a criação de uma
imagem positiva da figura judaica que difere da visão medieval e estigmatizada do
judaísmo, ainda recorrente na região. E como esta positivação da imagem judaica
além de ser um fator preponderante na busca pelo passado judaico nordestino,
muitas vezes se expressa através da utilização de símbolos e rituais judaicos por
outros segmentos religiosos, como os grupos neo-pentecostais. Ou ainda,
acarretando uma mudança na condição do judaísmo enquanto uma religião étnica,
para mais uma opção de credo no plural cenário religioso brasileiro.
Carlos Gutierrez
Doutorando em Antropologia Social pela UNICAMP.
83
estabelecidos no campo judaico, o que leva a uma série de controvérsias e disputas
em torno da identidade judaica.
84
M13 – Religiosidades no (do)
ciberespaço
31 de outubro, no Auditório sala 8 do prédio de Ciências Sociais, FFLCH
Coordenação
Leonildo Silveira Campos, UMESP
Participantes
Stewart M. Hoover
Professor e diretor do Center for Media, Religion, and Culture, da
Universidade do Colorado, EUA.
M.A e Ph.D na Annenberg School of Communications da
University of Pennsylvania.
Digital media are changing everything. They have had major effects on the state,
the economy, education, and healthcare. Their effects on religion are less known.
Many Religious institutions and movements have begun to use digital media
extensively, while others have held back. New networks and movements have
emerged as individuals have begun to use the digital and social media for spiritual
and religious purposes. These religious and spiritual uses of digital media have
drawn the attention of journalists and various publics. While discussions about
85
digital religion have drawn much attention, there remain many questions. These
new forms are, first, new forms of text and image and of the practices that produce
and consume texts and images. They are also new forms of “audiences” or of
reception, consumption, and circulation, with whole new “publics” emerging as
new ways of thinking about and practicing religion and spirituality are made
possible by these media. In contexts such as Brazil, these new media emerge as a
layer in a media landscape that already contains extensively mediatic expressions
of religion. These expressions are both historical—as in the publicity efforts of the
traditional religions—and diverse in their sources and contexts. They are also
layered in relation to their cultural exchange values, with things such as the
television programs of the Pentecostal churches and popularized mediations of
Afro-Brazilian traditions each having identity in the media landscape. Perhaps the
least-understood, but most important effect of the emergence of digital media is in
the area of religious authority. The layered mediatic religious marketplace contains
many significant “players” whose roles are in many ways settled. The digital media
and digital practice have powerful capacities to break up these settled relations of
cultural and institutional power. This paper will explore the extents and limits of
such potential impacts on religious authority in the digital age.
Heidi Campbell
PhD, Professora do Departamento de Comunicação da Texas
University.
Rather than simply transforming religion the Internet highlights shifts occurring
within broader Western culture. The concept of “networked religion” is introduced
as a way to encapsulate how religion functions online and suggests that online
religion exemplifies several key social and cultural changes at work in religion in
general society. Networked religion is defined by five key traits—networked
community, storied identities, shifting authority, convergent practice, and a
multisite reality—that highlight central research topics and questions explored
within the study of religion and the internet. Studying religion on the internet
provides insights not only into the common attributes of religious practice online,
but helps explain current trends within the practice of religion and even social
interactions in networked society.
86
Jorge Miklos
Professor no PPG em Comunicação da UNIP. Doutor em
Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Mestre em Ciência da
Religião pela PUC/SP.
87
Majoritariamente refratárias à mudança, algumas igrejas são mais radicais quanto a
adesão aos valores modernos, algumas, no entanto, extremamente suscetíveis.
Todas aderiram a algum tipo de tecnologia hitech, mas não necessariamente aos
seus valores. A Igreja Pentecostal Deus é Amor proíbe – dentre muitas coisas – sua
membresia de possuir ou assistir TV, mas tem um portal na internet. Aderiu à
modernidade tecnológica exercendo um controle absoluto sobre a vida dos
membros em total isolamento de qualquer manifestação cultural moderna. É uma
das igrejas mais fechadas do universo pentecostal, mas está na web.
88
M14 – Violência e religião
31 de outubro, no Auditório Sala 24 do Prédio de Ciências Sociais, FFLCH
Coordenação
Edin Abumanssur, PUC/SP
Participantes
Vagner A. Marques
Professor na Faculdade de Teologia IBATEL. Mestre em Ciência
da Religião pela PUC/SP.
90
respeito dos efeitos dessas conversões, bem como papeis definidos por uma
religião masculinizada, torna-se pertinente já que até então a conversão fora
considerada diretamente ligada à opressão econômica. Todavia, entre as mulheres
seria esta a principal motivação? A pesquisa traz novas contribuições dando voz a
essas mulheres. A partir da perspectiva de gênero, vamos compreender um pouco
mais por que a violência doméstica está sendo enfrentada, muitas vezes, pelo
‘poder’ da oração.
91
92
M15 – Religião e espaço público:
novas vozes e conflitualidades
31 de outubro, no Auditório Sala 14 do prédio de Ciências Sociais, FFLCH
Coordenação
Christina Vital Cunha, UFF
Participantes
93
Vozes e discursos religiosos no Espaço Público: tensões, dissonâncias e busca
da autenticidade
94
Fabrício Roberto da Costa Oliveira
Professor na UFV. Doutor em Ciências Sociais e em
Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela UFRRJ. Mestre em
Extensão Rural pela UFV.
95
96
M16 – Religiosidades e
espiritualidades “orientais”
31 de outubro no Auditório da Casa de Cultura Japonesa, FFLCH
Coordenação
Andrea Tomita, Messiânica
Participantes
Dilip Loundo
Professor da PPCIR da UFJF. Doutor em Filosofia Indiana pela
Universidade Mumbai, Índia. Mestre em Filosofia da Ciência e da
Técnica pela UFRJ.
Silas Guerriero
Professor de Ciências da Religião na PUC – SP. Doutor e Mestre
em Ciências Sociais pela PUC/SP.
98
própria do Japão que inclui, dentre outros pontos, a noção de Caminho (em
japonês, Do道) que é mais ampla que a religião tal qual conhecemos no ocidente.
99
100
Minicursos
101
102
MC1 – Catolicismo brasileiro:
neocristandade e práticas religiosas
associativas (1889-1964)
Coordenador/a
Resumo
Da última década do século XIX aos anos que antecederam o Concílio Vaticano II,
a Igreja Católica no Brasil passou por importantes transformações, que, de uma
forma geral, dialogaram com as oscilações políticas, econômicas e culturais que se
processavam na sociedade brasileira. De modo especial,mudaram as relações entre
a Igreja e o Estado,assim como mudaram as formas organizativas e associativas
pela qual a Igreja promoveu sua afirmação institucional. O presente minicurso visa
apresentar um panorama dessas questões,bem como de suas principais abordagens
historiográficas. As aulas tratarão, respectivamente, da separação oficial entre
Igreja e Estado e suas consequências, da reaproximação entre os dois poderes e do
regime de Neocristandade a partir de dom Leme e de Getúlio Vargas e, por fim, do
estreitamento de laços entre o governo e a elite eclesiástica que culminou em
projetos comuns nos anos 1950 e 1960.
Metodologia
Aulas expositivas.
103
Conteúdo programático
29/10
Igreja Católica e República: reação ao rompimento oficial e as etapas de
aproximação entre os dois poderes.
30/10
Neocristandade: dom Leme e Getúlio Vargas, os anos 1930 e 1940.
31/10
Relacionamento entre a Igreja e o Estado e os projetos comuns, do final da década
de 1940 a 1964.
104
MC2 – Direito e liberdade
religiosa: teoria, litígios e
perspectivas
Coordenador
Resumo
Metodologia
105
Conteúdo programático
29/10
Fundamentos da ciência da religião – introdução e desenvolvimento de conceitos;
Experiência Religiosa; Tipos de conhecimento; A teoria da construção social da
realidade.
30/10
Identidades na pós-modernidade e Estado; Pluralidade e campo religioso brasileiro
Evolução histórica do pensamento religioso e a formação das identidades coletivas
e individuais. Manifestações religiosas no Brasil e sincretismo. Conflitos de
legitimidade. Comportamento.
31/10
Crise do Direito positivo e a reintrodução da moral no sistema; Direito e liberdade
religiosa. Neste dia será abordada a religião sob a perspectiva do direito, o modo
como a moral religiosa dialoga com a legislação e com as decisões judiciais. Será
analisada a liberdade ao exercício das religiosidades sob a perspectiva da garantia
constitucional ao lado do estudo de casos contemporâneos de litígios inter-
religiosos. Temas polêmicos: aborto, exercício da sexualidade, atuação política de
instituições religiosas; Temas de direito público e privado.
106
MC3 – Direito, Estado laico e
religião no Brasil: limites, conflitos
e convergências
Coordenadores
Resumo
Metodologia
Conteúdo programático
29/10
Da Caverna de Platão ao Emílio de Rousseau: Uma abordagem epistemológica da
Religião a partir da concepção kantiana de Aufklärung
30/10
Perspectivas de Laicidade no Brasil e no Mundo, Estudos de Casos
31/10
A Religião e os Tribunais: Um diálogo possível?, Direitos e Garantias
Constitucionais acerca da Liberdade de Expressão e da Manifestação do
Pensamento Religioso
108
MC4 – Fundamentos da
arquitetura islâmica
Coordenador
Resumo
Metodologia
109
Conteúdo programático
29/10
Religiões e Religiosidades. Conhecimento histórico e produção arquitetônica.
A topia, a utopia e a eutopia na arquitetura religiosa.
O surgimento do Islã; sua teologia e suas prescrições quanto à espacialidade.
Em busca das origens das formas: a Casa do Profeta como protótipo das
Mesquitas.
30/10
Do Profeta aos Califas: a expansão do Islã ao Magreb e à Península Ibérica.
O esplendor de Damasco e de al-Andalus.
A expansão ao Oriente: da Anatólia à Índia.
A peculiaridade da Arquitetura Islâmica do Irã.
O apogeu do Cairo.
31/10
O Império Otomano e a arte da “Sublime Porta”: a expansão do Islã sob os
“Senhores dos Horizontes”.
O Islã no Extremo Oriente e na África.
O Islã nos séculos XX e XXI.Metodologia do curso: aulas expositivas, com
leituras de textos e debates.
110
MC5 – Fundamentos da filosofia-
teológica de Mokiti Okada para o
Despertar da Cidadania Universal
Coordenadora
Resumo
Metodologia
111
Conteúdo programático
29/10
Exposição dialogada sobre os três conceitos que fundamentam Filosofia-Teológica
de Mokiti Okada (Método Izunome, Daijo e Shojo) e vivência da Circunferência da
Vida.
30/10
Fundamentos da tolerância ultrareligiosa, a partir da construção da Cultura Su e
desenvolvimento do Ser Universal, Pragmático e do Presente.
31/10
Transversalidade da cultura de paz intrapessoal, interpessoalmente e na
humanidade, realizada através da vivificação da Flor de Luz, com o objetivo de
desenvolver a apreciação da arte estética e ética Divina e humana.
112
MC6 – História e religiões: teoria
e metodologia
Coordenador
Resumo
Metodologia
Aula expositiva
113
Conteúdo programático
29/10
Introdução: História e Religiões – revisitando os clássicos.
30/10
As Escolas de estudos teóricos-metodológicos:
A Escola Francesa
A Escola Inglesa
A Escola Italiana
31/10
Metodologias de Abordagem:
http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf2/texto%204.pdf - CONFLITO E
EXCLUSÃO: O CONCEITO DE PÓS MODERNIDADE E SUA RECEPÇÃO
NO MEIO PROTESTANTE BRASILEIRO.
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/historia/article/view/26527 - TEORIA E
METODOLOGIA EM HISTÓRIA DAS RELIGIÕES NO BRASIL: O ESTADO
DA ARTE.
114
MC7 – Religiosidade indiana:
diversidades e (in)tolerâncias
sociais, animais sagrados e a
mulher no hinduísmo e budismo
Coordenador/a
Resumo
Metodologia
115
Conteúdo Programático
29/10
A divisão tradicional das castas indianas e seu legado religioso.
As castas no hinduísmo e budismo: origens míticas, desenvolvimento e
diversidades.
30/10
A posição e tolerância mítico-religiosa dos animais no hinduísmo e budismo
31/10
As diversidades da mulher no hinduísmo e budismo.
116
MC8 – Santos patronos e a política
católica: sécs. XVI-XVIII
Coordenador
Resumo
Apesar de ser tema bastante discutido no exterior, o problema dos usos político-
religiosos de santos patronos instituídos por poderes e corporações citadinas ou
monárquicas ainda não foi objeto de análise sistemática pela historiografia luso-
brasileira. Este mini-curso propõe uma incursão introdutória pela temática,
enfocando os impérios ibéricos entre os sécs. XVI e XVIII, sugerindo fontes,
problemas, conceitos e abordagens que visem à desnaturalização da história dos
cultos a santos patronos na América portuguesa.
Metodologia
117
Conteúdo Programático
29/10
Santos patronos e o pensamento teológico-político moderno.
30/10
Santos patronos, rituais e a gestão sacro-política da Res publica.
31/10
Possibilidades de investigação para a América portuguesa.
RAGON, Pierre. Los santos patronos de las ciudades del México central (siglos
XVI y XVII). In: Historia Mexicana, v. 52, n. 2, pp.361-389, 2002. Disponível em
http://codex.colmex.mx:8991/exlibris/aleph/a18_1/apache_media/3N9ALPC6F8VI
RADPMIRD7X8E44FP97.pdf; acesso em: 29 abr. 2013.
RAWLINGS, Helen. Saint and Nation: Santiago, Teresa of Avila, and Plural
Identities in Early Modern Spain (book review). In: The American Historical
Review, v.118, n.1, p.264, Feb.2013.
SOUZA, George Evergton Sales. Entre vênias e velas: disputa política e construção
da memória do padroeiro de Salvador (1686-1760). In: História. São Paulo, n.162,
jun.2010. Disponível em
http://revhistoria.usp.br/images/stories/revistas/162/Rh_162_-_05_-
_Evergton_Sales_Souza.pdf ; acesso em: 29 abr. 2013.
Resumo
Metodologia
Aula expositiva.
119
Conteúdo programático
29/10
Exemplos de obras artísticas que mostram a inter-relação do Budismo com o
Bramanismo, o Taoísmo e o Xintoísmo e a perspectiva crescente do estilo “zen”.
30/10
31/10
Conceito de Vazio; Soteriologia e Escatologia budista.
120
MC10 – A Fé Bahá’í:
incompreendida e perseguida
Coordenadora
Resumo
Metodologia
Aulas expositivas.
121
Conteúdo programático
29/10
Abordagem histórica da Fé Bahá’í e a origem islâmica xiita de seus fundadores.
30/10
Análise comparativa entre as doutrinas do Islã e da Fé Bahá’í, bem como os
conceitos simbólicos introduzidos por Bahá’ú’lláh, inclusive do Jesus cristão, que
determinam suas orientações doutrinárias e prática.
31/10
No terceiro dia, chegaremos aos motivos pelos quais os bahá’ís são perseguidos no
Irã, sua estratégia de disseminação da doutrina pelo mundo, a ausência de clero e o
funcionamento da Casa Universal de Justiça.
122
MC11 – Práticas nativas
ancestrais – Xamanismo: a religião
do culto à natureza
Coordenadora
Resumo
Metodologia
123
Conteúdo Programático
29/10
Entendimento da vida através das manifestações naturais
Roda sagrada da vida - Práticas de relacionamento com objetos da natureza
30/10
Roda das idades
31/10
Práticas de limpeza: defumação, práticas de cura com instrumentos – maracá,
tambor, pau de chuva.
124
MC12 – Asé: A musicalidade
corpórea poética do tambor e da
dança
Coordenadora
Kiusam de Oliveira
Doutora em Educação e Mestre em Psicologia/USP. Pedagoga e pesquisadora,
especialista na temática das relações étnico-raciais, de gênero, candomblé de ketu e
educação e em Educação Inclusiva (Deficiência Intelectual). Bailarina, coreógrafa
e contadora de histórias. Orientadora espiritual e ialorixá.
Resumo
Metodologia
Aula prática a partir do trabalho com a Corporeidade Ancestral, Dança Mítica dos
Orixás e a Intencionalidade do Empoderamento Feminino. Aos interessados, a
roupa, própria para o movimento, será fundamental nestes dias, assim como uma
toalha e uma garrafa de água. O conhecimento que visa ser de corpo inteiro é ato
de convivência. É revolucionário porque se afirma no encontro poético com a sua e
a minha natureza. Venha preparado para doar seu corpo e sua energia.
125
Conteúdo Programático
29/10
Introdução teórica e prática sobre a Dança Mítica dos Orixás e contexto geral das
danças afro-brasileiras e mitologia iorubana.
30/10
Corpos dançantes a partir da Dança Mítica dos Orixás Masculinos, energias Terra e
Fogo e mitos referentes a elas.
31/10
Corpos dançantes a partir da Dança Mítica dos Orixás Femininos, energias Ar,
Água, Terra e Fogo e mitos referentes a elas.
126
Grupos de Trabalho
127
128
GT1 – Bruxaria à brasileira: a
presença da Wicca no Brasil
Coordenadores
Resumo
Desde sua formação na Inglaterra na década de 40 até hoje a Wicca, religião mais
conhecida dentro da miríade de religiosidades e espiritualidades presentes no
moderno (neo) Paganismo, vem cada vez mais se fazendo presente em solo
brasileiro. Uma religião legitimamente britânica que se espalhou por muitos países
em um pouco mais de meio século, como afirma o historiador Ronald Hutton. A
Wicca é uma religião em constante mudança, que dialoga de uma forma geral não
só com a modernidade do qual é fruto, mas com a sociedade específica que a
acolheu. Nos Estados Unidos ganhou seus contornos de maior ênfase: a
valorização do feminino e o culto a natureza, tendo sido descrita como “Religião
da Natureza”. No Brasil, atualmente, a Wicca passa a ser mais estudada, tanto em
seus aspectos históricos, de permanência e dissidência dos adeptos, quanto em
relação aos aspectos de diálogo com a sociedade brasileira. Neste sentido este GT
propõe reunir trabalhos que tratem sobre a Wicca, sua história e seu
desenvolvimento.
129
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
O papel da recepção
literária e da invenção de
tradições na criação da
bruxaria moderna Pamella
Louise Camargo
UEPG
A Construção da
Identidade Masculina na
Wicca
Welington Pinheiro
UERJ
O queijo e as bruxas
Janluis Duarte
UNB
O Coven – Múltiplas
pertenças e legitimação de
um discurso histórico
130
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
O papel da recepção literária e da invenção de tradições na criação da
bruxaria moderna
***
A Construção da Identidade Masculina na Wicca
Welington Pinheiro3
***
3
Mestrando em Ciências Sociais pela UERJ. Orientada pela Profa. Dra. Cecília Mariz. Contato:
welpinsil@yahoo.com.br.
132
O queijo e as bruxas
Janluis Duarte4
***
O Coven: múltiplas pertenças e legitimação de um discurso histórico
4
Doutorando em História Cultural pela UnB e mestre em História Social. Professor de História
Contemporânea da Faculdade JK/DF. Contato: jan@janduarte.com.br.
5
Doutorando e mestre em Ciências da Religião pela PUC/SP. Membro do Centro de Estudos de
Religiões Alternativas (CERAL). Contato: clterzetti@gmail.com.
133
134
GT2 – Catolicismo brasileiro:
neocristandade e práticas
religiosas associativas (1889-
1964)
Coordenador/a
Resumo
135
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
136
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
Educadores católicos e as reformas educacionais em São Paulo na década de
1920
***
Uma abordagem comparativa entre quatro autores cariocas da década de
1920: Jackson de Figueiredo, Jônathas Serrano, Hamilton Nogueira e Leonel
Franca
***
Alceu e Corção: dois intelectuais chestertonianos
***
Notas sobre a atuação da Vice-Província Redentorista de Aparecida na
Revolução Constitucionalista de 1932
4
Mestre em Ciências da Religião pela UFJF. Contato: sueliufop@yahoo.com.br.
5
Doutorando em História Econômica pela USP. Membro da Academia Marial de Aparecida.
Contato: josetadeu_almeida@yahoo.com.br.
139
Paraíba, recorrendo a documentos de época e fontes primárias em geral. A seguir,
analisar-se-á com mais detalhe a posição da Igreja em Aparecida neste contexto, no
que diz respeito ao papel desempenhado pelos sacerdotes redentoristas ao longo
dos acontecimentos. Verificar-se-á, neste sentido, que sua atuação junto à
Revolução, ainda que pontuada por uma equidistância pragmática em relação aos
grupos conflitantes, denota a importância que o Santuário de Aparecida possuía
durante o período, dentro do modelo de ‘Igreja da Neocristandade’ que se verifica
no meio católico brasileiro até a década de 1960.
Palavras-chave: Igreja Católica; Revolução Constitucionalista; padres
redentoristas; neocristandade.
***
Pôsteres
São José Operário: história e memórias de uma comunidade católica
6
Graduando em História pela UFOP. Contato: julioita2010@yahoo.com.br.
140
31 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
A Igreja Católica e os mecanismos de atuação no meio rural brasileiro (1955-
1964)
7
Doutorando em História e Cultura Política pela UFMG. Professor no Centro de Estudos
Superiores de Parintis da UEA. Contato: diegomarhistoria@yahoo.com.br.
8
Mestranda em História pela UFRRJ. Contato: brunaclio@uol.com.br.
141
brasileiro, entre 1955-1964. Além disso, iremos demonstrar como a Igreja Católica
se inseriu nos debates sobre a reforma agrária, no período em que setores da
sociedade brasileira se radicalizavam e o problema agrário encontrava-se no âmago
das disputas de então. Destarte, analisaremos os discursos produzidos por
intelectuais católicos brasileiros referentes às suas preocupações com o campo.
Assim, examinaremos a Revista Eclesiástica Brasileira como principal fonte de
compreensão dos discursos supracitados.
Palavras-chave: Igreja Católica; reforma agrária; estratégia de hegemonia; Revista
Eclesiástica Brasileira.
***
Aggiornamento x continuidade: o choque entre a modernidade e a tradição
nas representações e visões de mundo de três padres conciliares
***
9
Doutorando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Professor na UEMP/CJ. Membro do Núcleo
de Pesquisa em História das Religiões NPHR/UENP. Contato: professor.alfredo@ibest.com.br.
142
Os museus de arte sacra da Arquidiocese de Mariana:
projetos eclesiásticos (1926-1964)
Nos últimos anos a sede do catolicismo romano, a Santa Sé, foi exposta pela mídia
e posta no banco dos réus. Isso impôs o tabu da pedofilia, e consigo a do celibato
sacerdotal, de volta aos debates e análises. O ato pedofílico no âmbito clerical se
alastrou para diversas localidades, em diferentes períodos, envolvendo milhares de
pessoas: acusados, vitimados, denunciantes e silenciados. A cultura do silêncio
envolto do fenômeno pedofílico permaneceu arraigada às estruturas da Igreja
Católica há séculos, assim como os círculos de confidência e confissão estão
presentes desde os momentos precedentes ao fim do Império Romano. Perante os
casos de pedofilia, o Vaticano conciliar de João XXIII emite uma estratégica e
confidencial legislação embasada no Código de Direito Canônico, denominado De
10
Mestrando em História pela UFOP. Membro do GP em Historiografia Religiosa. Contato:
riler.scarpati@hotmail.com.
11
Graduando em História pela UEPG. Contato: lfgenaro@hotmail.com.
143
Modo Procedendi in Causis Solicitationis, jamais publicado nos anais apostólicos.
Ornamentado juridicamente e redigido pelo Santo Ofício em 1962, o documento
foi enviado para todos os bispados do mundo, ordenando a possível transferência
de clérigos acusados e o total sigilo eclesiástico.
Palavras-chave: Santa Sé; Código Direito Canônico; Causis Solicitationis;
pedofilia.
144
GT3 – Corpo, cultura e religião
Coordenador/a
Comentadores
Ronaldo Almeida
Pós-doutor pela École des Hautes Amurabi Pereira de Oliveira
Études en Sciences Sociales de Paris. Doutor em Sociologia pela UFPE.
Doutor em Ciências Social pela Professor permanente do Programa
USP. Professor do PPGAS de Pós-Graduação em Educação da
UNICAMP. UFAL.
Resumo
145
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
146
Corporeidade: entre os O grito da Cruz ou o grito
conhecimentos da educação da Cultura?
física e os ensinamentos
religiosos Marcos Teixeira de Souza
IUPERJ
Ana Carolina Rigoni
UFSJ
Anaxsuell Fernando
UEM
147
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
Corpo e religiosidade: binômio indissociável na construção da história da
enfermagem
1
Mestranda em Antropologia pela UFPI. Contato: jay_feijao@hotmail.com.
2
Doutora em Antropologia pela UFPI. Contato: fv.cavalcante@uol.com.br.
3
Mestre em Educação pela PUC/PR. Professora nos Cursos de Enfermagem e Medicina da
PUC/PR. Membro do Grupo de Pesquisa Processos de Educação, Cuidado e Gerenciamento de
Enfermagem (GESEG). Contato: mlenna.leviski@gmail.com.
4
Mestranda em Bioética pela PUC/PR. Contato: taniamasilva@ibest.com.br.
148
Estudo bibliográfico que tem como tema o corpo e a religiosidade, delimitado na
história da enfermagem e tem como objetivo identificar a importância e a
influência do binômio corpo e religiosidade na construção da enfermagem
enquanto profissão. Os locais institucionais onde o cuidado era desenvolvido se
transformaram em campo fértil para o desenvolvimento dos dogmas cristãos e
estes ideais também marcaram profundamente os espaços de ensino desta nova
profissão, que exigia das pessoas que por ela optassem comportamento, perfil e
moralidade, muito semelhante aos das ordens religiosas, mesmo quando a
enfermagem já era considerada uma atividade laica (GUSSI; DYST, 2008).
Resultados preliminares desta pesquisa apontam para a importância e
expressividade do corpo e da religião na organização da enfermagem como
profissão, visto que até hoje, mesmo com um crescer para a autonomia e
cientificidade a enfermagem ainda é vista por muitos e vivenciada por alguns dos
seus profissionais com marcas profundas de religiosidade, subserviência e
empirismo.
Palavras- chave: enfermagem; História; corpo; religiosidade.
***
“Vadeia dois dois, vadeia no mar, a casa é sua dois dois, quero ver dois dois
vadear”
5
Mestranda em Antropologia Social pela UFG. Contato: francyeide@hotmail.com.
149
de socialização. No ato de celebrarem seus Guias espirituais e santos protetores
essa comunidade negra se recria e se reafirma em suas relações intercomunitárias.
Palavras-chave: quilombo; religiosidade; batuque.
***
A renovação do sacrifício de Cristo: ritual, práticas corporais e experiências
afetivas na Santa Missa do Opus Dei
Proponho uma interface entre práticas corporais e ritual por meio do estudo da
Santa Missa e do seu significado para os indivíduos do Opus Dei. O objetivo é
demonstrar como esse ritual – que representa a atualização diária da crucifixão de
Cristo e, portanto, a Redenção do mundo – é capaz de provocar experiências
afetivas por meio da relação entre os indivíduos e Deus. A Santa Missa, de fato, é
um ritual extremamente performático e composto por padronizações corporais
específicas, onde cada gesto é um símbolo que metaforiza pedidos de perdão a
Deus e a vida (e morte) de Cristo. Portanto, para compor esse trabalho, parto da
seguinte hipótese: as práticas corporais padronizadas que compõem a Santa Missa
(tanto as do padre como as da assembleia) tornam os indivíduos sensíveis a
experiências afetivas e, desse modo, criam sujeitos e subjetividades.
Palavras-chave: Opus Dei; práticas corporais; rito.
***
Corporeidade: entre os conhecimentos da educação física e os ensinamentos
religiosos
6
Doutorando em Ciências Sociais pela UNICAMP. Contato: asherbrum@gmail.com.
7
Doutora em Educação Física pela UNICAMP. Professora na UFSJ. Contato:
anacarolinarigoni@yahoo.com.br.
150
religiosos e suas práticas cotidianas, a intenção desta pesquisa foi compreender
como este movimento acontece, transformando as experiências religiosas e
principalmente as experiências escolares relacionadas às aulas de EF. Meu
interesse foi compreender como e em que medida os conteúdos da EF tensionam
ou podem tensionar estes movimentos de acomodação. Neste sentido, o objetivo
foi analisar a trajetória das meninas pesquisadas para compreender como cada uma
constrói suas ações partindo da relação entre a educação religiosa que recebem e
outras formas de educação relacionadas ao corpo, neste caso, especificamente o
conhecimento produzido na e pela EF. Mais do que isso, busquei entender como
cada uma relacionava um tipo de “conhecimento religioso” com aqueles
produzidos e veiculado nas aulas de EF. Para tanto, a etnografia foi realizada com
cinco meninas pertencentes a Congregação Cristã no Brasil e a igreja evangélica
Assembleia de Deus e que estavam cursando os anos finais do Ensino Médio. As
acompanhei durante o ano letivo de 2011, particularmente durante as aulas de
Educação Física.
Palavras-chave: educação física escolar; corpo; religião; igrejas evangélicas.
151
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
An tô n io Ma sp o l i d e A ra ú jo Go me s 8
***
Linguagem e gestos na glossolália: observações em uma comunidade da
Renovação Carismática Católica
***
Êxtase religioso e sua manifestação: o corpo como um instrumento divino
Ao falar de êxtase religioso, logo vem à mente a idéia de uma experiência religiosa
vivenciada por aqueles que se entregam a um ritual e crença religiosa. A partir de
observações de celebrações religiosas e entrevistas com membros de igrejas
evangélicas pentecostais e movimento carismático, algumas indagações surgiram:
qual é o significado do êxtase religioso para estes membros? Por que ele ocorre?
Para os líderes religiosos, documentos e discursos não são considerados
importantes na relação daquele que crê em Deus, porque ele e seu filho Jesus
Cristo se tornaram presentes de forma real e ativa na vida do novo crente mediante
o Espírito Santo, dando-se destaque assim, à emoção individual e coletiva, que se
revelaria no corpo de cada pessoa. Uma espiritualidade reelaborada por meio do
sentimento de que a sociedade, e nela as relações sociais, comerciais e de trabalho,
não poderia ser transformada, mas reconstruída a partir de alternativas variadas de
viver e pensar, as quais possibilitariam ao indivíduo compreender qual o seu lugar
nesta sociedade.
Palavras-chave: êxtase religioso; movimento pentecostal; corpo.
10
Doutora em História pela UNESP. Professora na UEL. Contato:
claudianeves@sercomtel.com.br.
11
Doutor em Ciências Sociais pela PUC/SP . Professor no Departamento de Ciências Sociais da
UEL. Contato: lanza1975@gmail.com.
153
***
Um “ballet do Espírito”: breve reflexão sobre corporeidade e pentecostalismo
12
Mestrando em Ciências da Religião pela UFJF. Contato: jr.albuquerque@gmail.com.
154
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
***
13
Doutorando em Ciências Sociais pela PUC/SP. Contato: patricionisoji@hotmail.com.
14
Doutoranda em Ciências Sociais pela PUC/SP. Professora na UFPA e UEPA. Contato:
celiaabpv@bol.com.br
155
A influência do Corpo na religião católica
Este artigo tem por objetivo a análise da ligação de exercícios espirituais típicos do
universo da religião católica que estão atrelados a penitências do corpo como
forma de desapego do carnal e aproximação do que do Espírito Santo. O foco do
estudo é no catolicismo francês do século XIX. Esse século que ficou conhecido
por ser um período de desencantamento no mundo, quando a prática religiosa
masculina da Igreja Católica torna-se bastante minoritária. O corpo como
“tabernáculo” do cristão é centro de vários ritos sacramentais das quais o artigo se
propõe a trabalhar evidenciando sua crucial importância no processo de
permanência e resistência da Igreja Católica em uma época de declínio. O estudo
mostra como o corpo está atrelado a vida do católico dando significação à sua
crença no processo de adoração de Deus, inclusive pelas definições do Bispo de
Mans que diz que o corpo está ligado à igreja justamente pela necessidade de sua
abstinência.
Palavras-chave: Corpo; catolicismo; adoração.
***
Renascimento iniciatório revelado nos adornos e pinturas da muzenza
15
Graduando em História pela UFPE. Contato: claudihc.mattos@gmail.com.
16
Doutora em Antropologia pela PUC/SP. Contato: ogunilori@hotmail.com.
156
“mundo dos vivos”, tal qual a encontramos na cosmologia bakongo. Para
podermos entender “essa magia”, devemos ter em mente a ideia do duplo que se
processa na imagem.
Palavras-chave: candomblé angola; corpo; iniciação; festa;bakongo.
***
Corpo, cultura e religião nas obras com o tema “as tentações de Santo Antão”
das produções pictóricas de Bosch, Cézanne e Dalí
***
O grito da Cruz ou o grito da Cultura?
157
Principal evento da cidade, a Festa Pomerana torna-se epicentro desta
problemática, de encontros entre o sagrado e o profano, em que pomeranos
luteranos caminham para a experiência de reviver, no corpo, a land perdida, a
Pomerânia, como locus de memória coletiva, em que valores de ancestralidade e
religiosidade se fazem presentes como ritual, mas que contracenam no presente
com o Cristo das igrejas luteranas da localidade, irmanadas Fé e Cultura. Neste
sentido, compreender fenômenos religiosos na festa supracitada contribui para
refletir o sincretismo religioso.
Palavras-chave: pomeranos; luteranos; corpo; Santa Maria de Jetibá.
***
O corpo como locus da espiritualidade: a erotização na busca do divino
Nesta comunicação será apresentada uma discussão acerca dos termos Erotismo e
Religião presentes na obra do filósofo francês Georges Bataille – autor que expõe a
dimensão epistemológica da experiência erótica e seu fundamento religioso
estabelecidos sobre as interdições e transgressões – e do teólogo brasileiro Rubem
Alves, para quem o corpo e a experiência erótica são pré-condições para a
comunhão. A abordagem utilizada é problematizadora e aproximativa, na qual a
finalidade é descobrir o sentido da erótica batailliana, produzindo-lhe uma
compreensão da categoria “Religião” e a possível apropriação que Rubem Alves
faz dessa concepção associando-a a possibilidade de liberdade (e a experiência de
poder). Assim, num segundo momento, a partir deste diálogo entre os autores
discutimos o encontro entre espiritualidade e sexualidade, evidenciando o ato da
continuidade e descontinuidade humana, que supera e condena o ser. Com este
cenário teórico configurado, advogaremos que a experiência religiosa se encontra
no desvendar do erotismo, sendo este para ambos os autores a substância da vida
interior do homem.
Palavras-chave: religião; erotismo; Rubem Alves; Bataille.
19
Doutorando em Antropologia pela UNICAMP. Professor na UEM. Contato:
anaxsfernando@uol.com.br.
158
GT4 – Dietrich Bonhoeffer: ética e
teologia a serviço da vida
Coordenador Comentador
Resumo
159
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Nadando contra a
correnteza - ação a favor
Comunic.
da vida na prática pastoral Não haverá atividades
de Dietrich Bonhoeffer
Experiência de fé e o
seguimento de Cristo em
Dietrich Bonhoeffer
Anderson Lima
PUC/RS
Interfaces entre o
pensamento do humano em
Zygmunt Bauman e
Dietrich Bonhoeffer
Secularização no
pensamento de Dietrich
Bonhoeffer
Renato Kirchner
PUC/Camp
A questão da verdade na
ética de Dietrich
Bonhoeffer
160
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
Nadando contra a correnteza - ação a favor da vida na prática pastoral de
Dietrich Bonhoeffer
***
Experiência de fé e seguimento de Cristo em Dietrich Bonhoeffer
Anderson Lima2
1
Bacharelando em Teologia pelo IBAD. Contato: siva.martins@hotmail.com.
2
Mestrando em Teologia pela PUC/RS. Contato: anderson@ctfnovohamburgo.com.
161
uma genuína experiência de Fé para um correto seguimento das verdades pregadas
por Cristo. Como objetivos específicos busca-se delimitar o que é Experiência;
reforçar a necessidade de um real encontro com Cristo para um genuíno
seguimento de seus ensinamentos; analisar na experiência de fé de Bonhoeffer e
em sua produção teológica.
Palavras-chave: experiência; fé; Cristo; seguimento; Bonhoeffer.
***
Interfaces entre o pensamento do humano em Zygmunt Bauman e Dietrich
Bonhoeffer
***
Diálogo entre Bonhoeffer e Nietsche
Na pré-modernidade a teologia era rainha das ciências: Deus estava acima de tudo.
Na modernidade a teologia perde o seu trono e Deus é colocado em questão. O
homem moderno coloca o mundo e a história sobre o razão da autodeterminação
3
Graduando em Teologia pelo IBAD. Contato: nilbertojr@gmail.com.
4
Graduando em Teologia pelo IBAD. Contato: alexandre-ferreira88@hotmail.com.
162
sem Deus. Nietsche propõe para o homem moderno que Deus está morto, e quem o
matou? Nós. As ciências tomaram o trono da rainha, colocando em cheque o
absoluto. Nietsche apresenta a teoria do ubermensch, o super-homem, o que
significa aceitar a possibilidade de viver de maneira radical a finitude e a morte
sem precisar de consolo metafísico. Foi neste cenário que surgiu Hitler. Ele nunca
condenou Deus em público, pois sabia que havia um pensamento em muitos
cristãos de que a autoridade real só poderia vir de Deus. Hitler utilizou uma base
filosófica nietscheana para embasar seus conceitos totalitários. Neste mesmo
cenário se vê um teólogo que foi capaz de fazer uma teologia para o seu contexto:
Dietrich Bonhoeffer, um contraponto ao ambiente intelectual influenciado pela
filosofia nietscheana. A presente comunicação pretende apresentar diálogo entre a
filosofia de Nietsche e a teologia de Bonhoeffer.
Palavras-chave: Dietrich Bonhoeffer; Nietsch; ubermensch.
***
Secularização no pensamento de Bonhoeffer
Renato Kirchner5
Procurar-se-á por meio desta comunicação expor direções para uma análise da
questão da verdade na Ética de Dietrich Bonhoeffer. Num excerto de Ética
intitulado “Que significa dizer a verdade?”, Bonhoeffer ressalta que o ser humano,
desde o momento em que passa a dominar a linguagem, é ensinado que suas
palavras devem corresponder à verdade. Mas o que é “falar a verdade”? Ora, ao
perguntar-se pela natureza do “falar a verdade”, Bonhoeffer se dá conta de que
significa algo diferente, dependendo da realidade situacional em que a verdade é
proferida. Sendo assim, sob essa perspectiva bonhoefferiana, é imprescindível
ponderar os respectivos contextos situacionais, pois há relação intrínseca entre o
“falar a verdade” e o mundo real. Nesse aspecto, dizer a verdade denota expressar a
realidade em palavras. Contudo, consoante Bonhoeffer, toda manifestação obedece
a certas condições, por conseguinte, o “falar a verdade” possui os seus limites, pois
tem seu lugar, sua hora e sua tarefa. Portanto, esta comunicação terá como objetivo
analisar o sentido atribuído por Dietrich Bonhoeffer à verdade, bem como expor as
condições pelas quais a palavra expressa se torna verdadeira.
Palavras-chave: ética; Dietrich Bonhoefer; realidade; verdade.
6
Mestrando em Filosofia pela UNIFESP. Contato: josadaquemartins@hotmail.com.
164
GT5 – “Edificando para Deus”: a
arquitetura do sagrado nas suas
diferentes manifestações
Coordenador
Resumo
Ao longo de sua história, o homem construiu muito mais para Deus do que para si
próprio. As construções religiosas, desde os menires sagrados aos grandes templos
contemporâneos, para muito além do testemunho da fé, são marcos arquitetônicos
referenciais sobre o modo de perceber a maneira pela qual se deveria edificar a
Casa do Senhor sobre a terra, muitas vezes, espelho da morada que o homem
deseja para si próprio na eternidade. Desta forma, a presente proposta de GT visa
aprofundar a troca de experiências e percepções sobre essa importante temática na
História das Religiões, buscando acolher todas as propostas de comunicações sobre
a temática da arte e arquitetura religiosas, que abranjam todas as manifestações
religiosas, da Antiguidade à contemporaneidade, de qualquer matriz religiosa.
Valorizar-se-ão, de modo especial, as comunicações sobre a Arquitetura Religiosa
no Brasil.
165
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
166
Arquitetura e religião: o A religião como engano: a
caso da Igreja da visão da religiosidade
Irmandade do Santíssimo japonesa a partir da
Sacramento percepção dos jesuítas
Francisco Xavier, Cosme
Claudia Barbosa Teixeira de Torres e João
UERJ Fernandes nos primeiros
anos das missões no
Japão
167
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
Fernanda Santos7
Uma das primeiras tentativas de criar redes globais de ensino está associada aos
colégios dependentes de congregações religiosas. Neste sentido, é pioneira e
emblemática a rede de colégios intercontinental dos Jesuítas, com um conceito
arquitetural mimeticamente reproduzido nas diferentes paragens do globo onde
implantavam os edifícios colegiais, embora com as devidas adaptações à cultura
das regiões onde se instalavam. O objetivo da pesquisa é mostrar as semelhanças
entre os seus colégios e igrejas, na América Portuguesa, através de uma escolha
cuidada dos espaços de construção, bem como dos arquitetos, escolha que
geralmente assentava no currículo e na experiência de construção na Europa.
Tratando-se de uma ordem nova, no século XVI, detinha uma situação
particularmente favorável para se deixar impregnar, logo de início, do espírito
moderno, pós-renascentista e barroco.
Palavras-chave: globalização; arquitetura religiosa; jesuítas.
***
A presença dos anjos na Capela de Nossa Senhora das Necessidades
7
Doutoranda em História pela UFSC. Bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia de
Portugal. Contato: fercris77@gmail.com.
8
Mestre em Artes Visuais pela UDESC. Professora de Artes na FURB. Membro do GP História
da arte: imagem e acontecimento, da UDESC. Contato: fetrentini@gmal.com.
168
destes anjos com obras da história da arte, especialmente a influência da arte
barroca, que caracterizou um ponto forte da Igreja Católica na representação de
imagens divinas, como referência e importante fator na construção do repertório
visual e artístico. A comparação sugere a significativa aparição do anjo, bem como
a valorização destas pinturas como memória artística local.
Palavras-chave: anjo; pintura; memória; arquitetura religiosa.
***
Mística e devoção carmelita: a arquitetura religiosa dos terceiros em Minas
Gerais
***
A Catedral Metropolitana no Rio de Janeiro: uma Via Crucis de 300 anos
9
Mestranda em História pela UFJF. Contato: niveajf@hotmail.com.
10
Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ. Orientada pela Profa. Dra. Maria Cristina
Cabral e coorientada pelo Prof. Dr. João Henrique dos Santos. Bolsista da CAPES. Contato:
emaris711@gmail.com.
169
O tema em questão aborda um assunto pouco discutido e mesmo esquecido pela
cidade do Rio de Janeiro. Como uma cidade que já foi Sede do Governo Geral
passou 300 anos com sua catedral itinerante? A Catedral de São Sebastião levou
300 anos para se estabelecer num espaço sagrado próprio, sendo abrigada por
várias igrejas de irmandades da cidade após o desmonte do Morro do Castelo onde
teve sua primeira fundação. O trabalho em questão remonta essa itinerância da
Catedral desde o Morro do Castelo até sua construção em definitivo na Esplanada
de Santo Antônio. São 300 anos de tipologias que vão desde o período colonial até
a expressão modernista da atual Catedral. As cidades em suas origens sempre
tiveram a representação do sagrado. Sejam elas ermidas, capelas, igrejas, templos,
sinagogas, catedrais, etc. No princípio a expressão do sagrado acontecia dentro das
casas em frente aos altares individuais. Conforme os núcleos sociais foram
crescendo, fez-se necessário a construção de espaços que congregassem pessoas no
entorno de uma mesma representação religiosa.
Palavras-chave: Rio de Janeiro; história urbana; Catedral Metropolitana;
Esplanada de Santo Antônio; catedral.
***
Arquitetura e religião: o caso da igreja Irmandade do Santíssimo Sacramento
11
Doutoranda em História pela UERJ. Contato: claudiabarbosa@ibest.com.br.
170
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
12
Graduando em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ. Contato: pasher_alfredo27@hotmail.com.
13
Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ. Contato: camilaszczerbacki.gmail.com.
14
Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ. Contato: marianacamposlr@gmail.com.
171
Patrimônio religioso, arquitetura e preservação cultural na região de Nova
Iguaçu (RJ)
***
O significado da luz na Catedral de Brasília (Oscar Niemeyer) , na Capela de
Santo Ignácio (Steven Holl) e Igreja da Luz (Tadao Ando)
15
Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ. Bolsista do PIBEX-UFRJ. Contato:
luiza.gviana@gmail.com.
16
Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ. Bolsista do PIBEX-UFRJ. Contato:
nathaliabtmartins@gmail.com.
17
Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ. Contato: muratori.ana@gmail.com.
172
nenhuma hipótese, ser descartada, até pelo fato de que estamos nos referindo a
espaços que têm como principal questão a reflexão e/ou contato, seja ele em
qualquer grau, com algum tipo de ser sagrado. Essa experiência é tão sublime e
intensa que acaba por nos privar de uma análise mais aprofundada sobre outros
aspectos importantes que a iluminação pode proporcionar; intencionalmente ou
não.
Palavras-chave: Igreja da Luz; Capela de Santo Ignácio; Catedral de Brasília;
arquitetura religiosa; luz.
***
A arquitetura religiosa: entre paradoxos e possibilidades
***
18
Doutor em Ciência da Religião pela UFJF. Professor no Departamento de História e Teoria da
FAU/UFRJ. Contato: santosjh@uol.com.br.
173
A religião como engano: a visão da religiosidade japonesa a partir da
percepção dos jesuítas Francisco Xavier, Cosme de Torres e João Fernandes
nos primeiros anos das missões no Japão
19
Doutorando em História pela UFF. Membro do GEHJA/UFF e NEJAP/UFSC. Bolsista
CAPES. Contato: jorgehcleao@msn.com.
174
GT6 – Escolas das religiões afro-
brasileiras e diálogos
Coordenador/a
Comentadora
Resumo
175
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
176
Símbolos e sinais sagrados Tem arruda? Tem guiné e A dinâmica religiosa do
da umbanda: o ponto espada? Tem magia e candomblé em Goiânia a
riscado poder! partir da hermenêutica da
Abordagem etnobotânica de ação humana
Osvaldo Olavo Ortiz três espécies vegetais na rito
PUC/RS liturgia das religiões afro Rodolfo Ferreira Alves Pena
brasileiras UFPR
177
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
Entre dois mundos:
entre o pragmatismo da umbanda e o Salvacionismo Espírita –
um estudo de caso
1
Mestrando em Antropologia Sócio-cultural pela UFGD. Licenciado em História pela UFMS.
Bolsista CNPq. Contato: saulo_microphonia@yahoo.com.br.
2
Mestranda em Antropologia pela UFGD. Contato: ana_vallias@hotmail.com.
178
resignificações para sobreviver dentro de um mercado de bens. Pretende-se analisar
duas casas religiosas, as quais estão localizadas em bairros periféricos do
município de Dourados, no Estado de Mato Grosso do Sul. Uma das casas se
aproxima mais do modelo Umbandista e a outra mais do modelo Espírita. Se por
um lado estes espaços se posicionam de formas diferentes, nas práticas, é possível
detectar similaridades, considerando o diálogo existente entre elas. Observar-se-á
um conflito existente entre aproximação e afastamento, mudanças e continuidades.
Assim, através de um trabalho etnográfico pretende-se contribuir com um
entendimento do dinamismo que representa o campo religioso, correspondente a
um continuum o qual, estes espaços religiosos serão contemplados.
Palavras–chave: diálogo; continuum religioso; dinamismo; sincretismo; mercado
simbólico.
***
O conceito de “Escolas” como garantidor da diversidade sem prejuízo do
“fundamento”: esoterismo e exoterismos nas tradições espirituais afro-
brasileiras
3
Graduado em direito pela UFPR. Contato: tsabbagneto@yahoo.com.br.
4
Graduado em Engenharia Civil pela UFPR. Contato: rgapskim@gmail.com.
179
***
A diversidade das religiões afro-brasileiras em Curitiba/PR:
o "mito do embranquecimento" revisitado
Camila B. C. Martins5
Renata Issa Gomes6
Ana Paula Farias7
***
5
Doutora em Entomologia pela UFPR. Contato: camilabcmartins@gmail.
6
Pós-graduada em Design pela PUC/RJ. Contato: issarenata@gmail.com.
7
Graduada em Publicidade e Propaganda pela PUC/R. Contato: anafarias@anafarias.com.
8
Mestrando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Contato: olavosolera@uol.com.br.
180
Umbanda Esotérica e a Umbanda Mista ou Traçada e que são denominados de
Sinais de Pemba. O estudo comparativo destes sinais demonstrou a existência de
símbolos comuns às três matrizes formadoras do povo brasileiro: o europeu, o
indígena e o africano. E foi na Umbanda por meio do Sinal de Pemba, que esta
realidade multicultural se fez mais explícita.
Palavras-chave: inconsciente coletivo; ponto riscado; símbolos sagrados; Sinal de
Pemba; umbanda.
***
Novo som do ensino superior brasileiro: a Faculdade de Teologia Umbandista
no campo teológico e no universo sacerdotal
***
9
Mestranda em Ciências da Religião pela PUC/SP. Contato: maria.eliserivas@gmail.com.
181
Pôster
10
Graduando em Teologia Umbandista pela FTU. Contato: silvinops2@gmail.com.
182
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
Aprendendo yorubá no Ilè Aşé Omi Laare Ìyá Sagbá
12
Marta Ferreira
13
Stela Caputo
11
Mestranda em Antropologia pela USP. Contato: sociologiaemcena@hotmail.com.
12
Mestranda em Educação pela UERJ/PROPED. Contato: ferreira-martasilva@hotmail.com.
13
PhD em Educação pela UERJ. Docente na UERJ/PROPED. Contato: stelauerj@gmail.com.
183
difere dos modelos epistemológicos dominantes. Pesquisamos possíveis redes
educativas estabelecidas neste espaço. Redes tecidas por danças, cantos, comidas,
rezas, folhas, mitos, artefatos, gestos, segredos. O yorubá perpassa todos esses
saberes, como um fio de linguagem que acende, organiza a comunicação dos
praticantes do culto. Neste ensaio apresentaremos reflexões iniciais sobre o Ilè Aşé
Omi Laare Ìyá Sagbá, Duque de Caxias - RJ. Nesse terreiro, todos possuem um
caderno/diário que começa a ser construído a partir da sua iniciação, onde
registram rituais, mitos, vocabulário, rezas, sonhos. Simultaneamente, a oralidade
continua sendo praticada em yorubá. Como se aprende e se ensina a língua; como
se vivencia e se recria a tradição nesse terreiro?
Palavras-chave: cultura; candomblé; Yorubá; educação.
***
Corpo e saúde: uma perspectiva comparada entre religiões afro-brasileiras e
neopentecostais
14
Doutora em Ciências Sociais pela USP. Professora adjunta IV da UFABC. Coordenadora do
PPGCHS – UFABC. Contato: ana.pinezi@ufabc.edu.br.
15
Mestre em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC: Contato: ericafcj@gmail.com.
184
***
Inclassificáveis: arcaísmos nos estudos das religiões afro-brasileiras
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre alguns aspectos da
cultura africana iorubá (África ocidental) como noção de terra e de propriedade,
incluindo o que consistia o processo de “tornar pessoas cativas” que se difere do
processo escravagista empreendido pelos europeus. Alguns valores e modos de
viver dos iorubás podem ser encontrados na cultura brasileira, em especial, nas
religiões afro-brasileiras, devido ao grande número de iorubás que vieram para o
Brasil e devido ao fato de que a vida social e a vida religiosa na África não se
separam. Só recentemente os estudos têm mostrado o que de fato eram as
estruturas sociais africanas e aspectos éticos destas sociedades. Isto porque, por
muito tempo a produção de conhecimento sobre a África era tendenciosa. Esta
discussão será realizada a partir de uma análise histórica e a partir de estudos
antropológicos sobre oralidade.
Palavras-chave: África; iorubás; estruturas sociais; propriedade; religiões afro-
brasileiras.
***
Tem arruda? Tem guiné e espada? Tem magia e poder!
Abordagem etnobotânica de três espécies vegetais na rito liturgia das religiões
afro brasileiras
16
Especialista em Ciências da Religião pela PUC/SP. Contato: aratish@uol.com.br.
17
Pós-graduada em Ciências da Religião pela PUC/SP. Contato: wavileal@yahoo.com.br.
185
religioso e no social no que se refere à presença destas plantas em alguns espaços
públicos, realizamos pesquisa visando a obtenção de resultados de ordem
qualitativa e quantitativa. Com a anuência de algumas lideranças espirituais da
Umbanda e do Candomblé, por nós solicitadas, levantamos importantes
informações a respeito das referidas plantas. A partir dos depoimentos colhidos,
prosseguimos para uma análise anatomofisiológica das referidas espécies vegetais,
o que nos possibilitou estabelecer o diálogo entre os saberes teológicos e conceitos
da biologia vegetal.
Palavras-chave: etnobotânica; religiões afro-brasileiras; diagrama flora.
***
Transe, possessão e êxtase religioso nas religiões afro-brasileiras
No Brasil dos séculos XIX e XX, o transe foi considerado patológico, merecedor
de intervenção medicamentosa, internação e repressão policial. Após inúmeros
embates, a Medicina e a Antropologia já concordam que transe e possessão não
estão relacionados à doença mental. O objetivo deste artigo é compreender a
importância do transe, possessão e êxtase religiosos nas religiões afro-brasileiras, e
promover uma reflexão sobre a maneira como se deu a interação entre as diferentes
culturas.
Palavras-chave: medicina; preconceito; religiões afro-brasileiras; transe.
***
18
Graduanda em Teologia Umbandista pela FTU. Contato: jn.negrao@uol.com.br.
186
Pôster
19
Graduanda em Teologia Umbandista pela FTU. Contato: lalaverderame@gmail.com.
187
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
Janaina de Figueiredo20
***
A moeda dos orixás
Reflexão sobre o ensaio “A moeda dos orixás”, de Arno Vogel, Marco Antonio da
Silva Mello e José Flávio Pessoa de Barros. Fazendo uma analogia entre a
categoria dos “Fatos Sociais Totais” do “Ensaio sobre a Dádiva” de Marcel Mauss
e as despesas ocorridas com as Iniciações e coroações que ocorrem com o “Povo
de Santo” nas Tradições Religiosas Afro-brasileiras, relacionando esses fatos com
20
Doutoranda em Antropologia pela PUC – SP. Contato: janaacubalin@gmail.com.
21
Graduando em Antropologia pela UFF. Contato: antoniocarlosviana@yahoo.com.br.
188
as teorias de Georg Simmel sobre a importância e a centralidade do dinheiro nos
grandes centros urbanos e como ele afeta as relações sociais nessas cidades
influenciando nas decisões de seus habitantes.
Palavras-chave: moeda; orixás; dádiva; dinheiro; cidades.
***
Tambor de mina: uma abordagem a partir de seus elementos visuais
***
22
Graduanda em Artes Visuais pela UFMA. Bolsista PIBID/UFMA. Contato:
wgercilene@hotmail.com.
189
Ciclo do marabaixo: uma das expressões da religiosidade afrodescendente no
Amapá
O presente artigo versa sobre uma das mais expressivas manifestações culturais e
religiosas do Amapá: o ciclo do Marabaixo. Com o objetivo de analisar a
religiosidade de matriz africana em Macapá, a partir dessa manifestação, buscando
compreender a gênese, a expansão e a ressignificação desse fenômeno, optou-se
conceituar religião enquanto sistema simbólico (GEERTZ, 1978) e movimentos
religiosos de matriz africana enquanto formas de manifestações afrodescendentes
que comunica, perpetua e desenvolve as tradições herdadas de nossos
antepassados. A partir das leituras de Pereira (1989), Canto (1998) e Videira
(2009) será feita uma revisão bibliográfica das pesquisas já realizadas sobre o
Marabaixo. A elaboração de estudos a cerca dessa expressão religiosa, representará
um passo a mais em direção ao respeito à diversidade religiosa no Amapá.
Palavras-chave: Marabaixo; religiosidade; afrodescendentes.
***
A dinâmica religiosa do candomblé em Goiânia a partir da hermenêutica da
ação humana
23
Mestrando em Ciências da Religião pela UEPA. Membro do GP Religiões de Matriz Africana
na Amazônia/GERMAA. Contato: alysson.edu@gmail.com.
24
Mestrando em Geografia da Religião pela UFPR. Graduado em Geografia pela UEG. Contato:
pena.geografia@gmail.com.
190
hermenêutica da ação humana. Essa se conforma como uma expressão religiosa,
trazendo consigo suas dinâmicas e sensações, que permeiam o imaginário e os
sentidos. Tal hermenêutica configurar-se-á a partir das ações, que se promulgam
enquanto linguagem e por intermédio dos símbolos, dos signos e dos textos.
Palavras-chave: candomblé; Goiânia; hermenêutica.
***
O catimbó de ontem não é apenas a Jurema de hoje:
(in)visibilidade da tradição em um culto das religiões afro-brasileiras
Catimbó vem sendo pesquisado desde meados do século XX como uma tradição
afro-brasileira marcadamente nordestina. Inicialmente, sua prática ritual
influenciou a Jurema e, com o passar do tempo, a segunda praticamente incorporou
a primeira. A presente pesquisa busca apresentar outras manifestações do catimbó
em práticas religiosas afastadas da região nordeste do país, e que não
necessariamente estão ligados à Jurema; levando em consideração os elementos
rituais e sociais que o catimbó enseja nestes cultos hodiernos sob a perspectiva da
umbandização e do conceito teológico de escolas.
Palavras-chave: catimbó; religiões afro-brasileiras; Escolas.
***
Pôster
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre alguns aspectos da
cultura africana iorubá (África ocidental) como noção de terra e de propriedade,
incluindo o que consistia o processo de “tornar pessoas cativas” que se difere do
processo escravagista empreendido pelos europeus. Alguns valores e modos de
25
Doutorando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Contato: joao.carneiro@ftu.edu.br.
26
Mestranda em Ciências da Religião pela PUC/SP. Contato: fernandal_10@yahoo.com.br.
191
viver dos iorubás podem ser encontrados na cultura brasileira, em especial, nas
religiões afro-brasileiras, devido ao grande número de iorubás que vieram para o
Brasil e devido ao fato de que a vida social e a vida religiosa na África não se
separam. Só recentemente os estudos têm mostrado o que de fato eram as
estruturas sociais africanas e aspectos éticos destas sociedades. Isto porque, por
muito tempo a produção de conhecimento sobre a África era tendenciosa. Esta
discussão será realizada a partir de uma análise histórica e a partir de estudos
antropológicos sobre oralidade.
Palavras-chave: África; iorubás; estruturas sociais; propriedade; religiões afro-
brasileiras.
192
GT7 – Escolas públicas e
(in)tolerância religiosa
Coordenador/a
Resumo
As relações entre escolas públicas e religiões podem ser entendidas a partir de dois
modelos. Primeiro, a laicidade é entendida como a prática da ausência de símbolos
e rituais religiosos na administração pública. Segundo, pela prática dos grupos
religiosos se expressarem livremente no espaço público. A escola pública tornou-
se uma importante arena de disputa entre os diferentes atores sociais, resultando
em tensões que evidenciam diferentes visões de mundo, na qual estão mobilizadas
as agendas pedagógicas, dos Movimentos Sociais e dos grupos religiosos. Nossa
proposta é reunir trabalhos que tenham como objetivo analisar as relações entre as
religiões e escolas públicas buscando investigar se estas relações interferem no
processo de ensino-aprendizado e metodológico, na construção ou desconstrução
da tolerância e intolerância religiosa e na possibilidade ou impedimento de novos
desenhos tanto da estrutura pedagógica como das relações de
tolerância/intolerância religiosa.
193
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5a feira)
Patrícia Marys
UFF
Vilmar Malacarne
UNIOESTE
194
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
Sueli Martins1
***
Uma história de combate ao racismo no Marajó
1
Mestranda em Ciência da Religião pela UFJF. Bolsista da CAPES. Orientada pelo Prof. Dr.
Marcelo Ayres Camurça. Contato: suelimartins2009@gmail.com.
2
Co-autora. Professora responsável na EMEIF Tito Leão de Paula e professora de Ensino
Religoso na EMEF Prof. Oscarina Santos em Salvaterra, ilha de Marajó. Contato:
carminhaprofessoa@yahoo.com.
3
Autor. Mestrando em Educação pela UFPA (PPGED/ICED/UFPA) na Linha de Pesquisa
Educação: Currículo, Epistemologia e História. Líder do GP em Educação e Religião na
Amazônia (GPERA). Membro do GP em Filosofia, Ética e Educação (GPFEE/UFPA) e
Hermenêutica, Antropologia e Educação (GPHAE/UFPA). Bolsista da CAPES.Contato:
naumamos@yahoo.com.br.
195
Após a promulgação da Lei nº 10.639/2003, seguida pela Lei nº 11.645/2008,
muitas ações na educação e na escola brasileira passam a acontecer de forma mais
significa no que consiste a abordagem dos conteúdos de história e cultura africana,
afro-brasileira e indígena. Essas ações são monitoradas por diversos educadores
que nem sempre podem contar com poder público como deveria, já que este não
poderia demonstrar preferência ou vinculação, mas sim em assegurar os direitos e
deveres de todo e qualquer cidadão, de forma igualitária, prezando pelas diferenças
étnico-culturais. Nesse sentido, o presente trabalho busca traçar a história de
combate ao racismo numa cidade do Marajó, iniciada em 2008 e desenvolvida em
várias escolas públicas, sendo marcada por injúrias e perseguições, mas exaltada
por seus protagonistas, que não sua maioria é formada por alunos do ensino
fundamental, médio e técnico.
Palavras -chave: racismo; escola pública; cultura afro-brasileira; cultura indígena.
***
Identidades religiosas na escola pública: uma análise etnográfica do cotidiano
escolar
Bóris Maia4
Patrícia Marys5
4
Mestrando em Antropologia pela UFF. Membro do Instituto de Estudos Comparados em
Administração Institucional de Conflitos e do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas.
Bolsista CNPq. Contato: boris.maia@globo.com.
5
Graduanda em Ciências Sociais pela UFF. Membro do Instituto de Estudos Comparados em
Administração Institucional de Conflitos e do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas.
Bolsista PIBITI/UFF. Contato: patriciamaarys@gmail.com.
196
identificados no ambiente escolar relacionados às formas de expressão de uma
identidade religiosa, tendo em vista que tais momentos evidenciam a vinculação
dos atores a determinadas grupos e crenças religiosas.
Palavras-chave: identidade; escola pública; religião.
***
A escola e suas devoções
***
Em travessia de [des]lugares: o corpo que dança “o diferente”, incorpora-si e
faz poesia
6
Doutor em Antropologia pela UFRJ. Professor da Rede CNEC e da Fundação CECIERJ.
Contato: niltonjunior@globo.com.
7
Mestre em Ciências da Arte pela UFF. Professor no Curso de Dança da UFRJ e de Artes
Cênicas da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Contato:
pedraoufrj@yahoo.com.br.
197
Em travessia nos enfrentamos, em travessia nos aproximamos. Perdemo-nos,
reencontramo-nos uns com os outros, dos outros. Em travessia nos deparamos com
abismos que criamos para nos mantermos afastados daquilo que somos e
[des]conhecemos. O [des]lugar, assim, é como uma ponte entre dois mundos, que
precisa ser instaurada na procura pelo diálogo, pelas aproximações, pelas
inquietações. O [des]lugar é onde o diferente habita, onde falam o Si mesmo de
Merleau-Ponty e o Para não esquecer, de Lispector. Este artigo é parte do projeto
artístico-pedagógico Cia Arte in Cena – Núcleo de Artes, cujas produções e
articulações se estendem desde 2007, em diferentes Cidades do Rio de Janeiro.
Através deste, podemos articular problemáticas enraizadas nos processos culturais
e de formação, aos processos criativos, na escola, tendo em vista a apropriação do
espaço cênico, a própria arte, como lugar de mediação de conflitos (aspectos
sóciopolíticos, étnicos e, sobretudo, religiosos).
Palavras-chave: arte-educação; [des]lugar; mediação de conflitos; cultura;
religião.
198
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
O sagrado como objeto de estudo no ensino religioso
8
Doutoranda em Teologia na PUC/RJ. Orientada pelo Prof. Dr. Joel Portella Amado. Contato:
jacirema@igeo.ufrj.br.
9
Doutorando em Ciências da Religião pela UMESP. Mestre em História pela UNESP. Orientado
pelo Prof. Dr. Lauri Emílio Wirth. Contato: professorlages@gmail.com.
199
teórico-metodológicos podem ou não justificar sua inclusão como componente
curricular. A pesquisa busca investigar em que medida o Sagrado pode ter relação
com teorias e práticas de dominação, seja com possibilidades concretas de
construção de uma sociedade solidária e humanizadora. Desta maneira, é
imprescindível que no “Ensino do religioso”, na concepção de Régis Debray, os
desdobramentos do Sagrado sejam tratados de modo a serem percebidos pelos
educandos não apenas como conteúdos, mas, sobretudo, relações de poder dentro
de um campo religioso, na concepção de Bourdieu. Somente assim ficaria
garantido um papel fundamental desta disciplina para o reconhecimento da
aceitação do outro numa sociedade plural e diversa.
Palavras-chave: sagrado; dominação; solidariedade; alteridade.
***
Crença, adesão, aliança divina: percepções sobre “religião” entre alunos de
escolas públicas paulistas
***
10
Doutorando em Antropologia Social pela UNICAMP. Bolsista CNPq. Contato:
miltonrpc@gmail.com.
200
Ensino religioso: ciência e religião na atuação de professores
***
Interfaces entre educação escolar e saberes religiosos na Amazônia
O texto faz um mapeamento dos saberes que perpassam a vida religiosa na ilha de
Colares, no Pará, e das formas como tais saberes são vivenciados em uma escola
formal de ensino. Tem como objetivo analisar como a escola dialoga com a
diversidade de saberes religiosos que entrecortam o cotidiano dessa ilha conhecida
como lugar sagrado, mágico ou portal da Amazônia. Pesquisa de campo de
natureza qualitativa, baseada em narrativas orais e na análise documental.
11
Graduanda em Pedagogia pela UNIOESTE. Membro do GP em Formação de Professores de
Ciências e Matemática. Bolsista CAPES. Contato: gildone@hotmail.it.
12
Professor no Programa de Pós-Graduação em Educação/Mestrado/CECA e da Área de Ciências
Humanas/CECA da UNIOESTE. Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Formação de Professores
de Ciências e Matemática. Contato: vilmar.malacarne@unioeste.br.
13
Professora no Programa de Pós-Graduação em Educação da UEPA. Contato:
mbetaniaalbuquerque@uol.com.br.
201
Teoricamente, inspira-se nos estudos sobre o catolicismo popular (BRANDÃO,
2007); religiosidade Amazônica (MAUÉS,1995) e as práticas xamânicas de
Colares (VILLACORTA, 2000). Com base nos pressupostos de uma educação
intercultural, indaga sobre como a educação escolar, nomeadamente, a disciplina
Ensino Religioso, configura-se, ou não, como espaço de construção de
subjetividades em consonância com a cultura local marcada pela diversidade
religiosa e pelo hibridismo cultural.
Palavras-Chave: religião; saberes; cultura; educação escolar, Amazônia.
202
GT 8 – Estados Unidos: religião e
sociedade
Coordenador
Daniel Rocha
Doutorando em História pela UFMG. Bolsista CAPES.
Resumo
203
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Daniel Rocha
UFMG
As representações dos
missionários norte-
americanos na implantação
do projeto educacional
batista em Minas Gerais
(1897-1920)
204
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
Pretendo apresentar a forma como os autores do livro Brazil and The Brazilians -
portrayed in historical and descriptive sketches, publicado em 1857 nos Estados
Unidos, que tinha como tema principal a condição brasileira da época,
contemplaram o tema da religião nesse material. Embora os autores do livro
fossem pastores, esse tema acabou sendo secundário à narrativa, que tratava com
mais abrangência da política, da economia e da sociedade em geral. Todavia,
pretendo trazer a presença da religião na fala a fim de não apenas expor o modo
como entendiam e apresentavam as comparações entre catolicismo e
protestantismo a seus leitores, mas, sobretudo, observar como que, para os autores,
os temas da política e da religião se articulavam (e como essas articulações tinham
seus pontos de tensão), além do fato de também carregarem, consigo, traços de um
excepcionalismo e de uma cultura imperial norte-americana que já se desenvolvia
no período em questão.
Palavras-chave: livro; representações; Cultura Imperial; religião;
protestantismo.
***
14
Mestra em História Social pela USP. Membro do GE “Trânsito nas Américas: Viagens e
Viajantes”. Orientado pela Prof. Dra. Mary Anne Junqueira. Contato:
deboravilleladeoliveira@yahoo.com.br.
205
O legado fundamentalista do Seminário Teológico de Westminster:
reformistas x reconstrucionistas
A presente comunicação tem o intuito de apresentar um dos estudos que vem sendo
desenvolvido no grupo de pesquisas em fundamentalismo evangélico norte-
americano no Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião da Universidade
Federal de Juiz de Fora. Destacamos que a pesquisa encontra-se em andamento,
portanto, apresentamos aqui apontamentos que não se pretendem conclusivos, são
resultados parciais e, sobretudo, hipóteses de uma pesquisa em curso. Observamos
que no contexto cultural norte-americano existem atualmente duas tendências
fundamentalistas opostas que também contribuem para delinear o conflito cultural,
religioso e político nos Estados Unidos, a saber, a reformista e a reconstrucionista.
O objetivo de nossa pesquisa é o estudo destas correntes, resultantes do legado de
um dos importantes expoentes no cenário religioso evangélico dos Estados Unidos,
o Seminário Teológico de Westminster, assim como do pensamento de um dos
seus fundados e um dos grandes nomes da teologia evangélica norte-americana, o
holandês radicado nos Estados Unidos, Cornelius Van Til. Nosso objetivo nesta
comunicação é apresentar apontamentos sobre este complexo cenário de conflito
cultural.
Palavras-chave: fundamentalismo evangélico norte-americano; reformistas;
reconstrucionistas; Seminário Teológico de Westminster; conflito cultural.
***
Teologia da libertação na terra do dólar
A Teologia da Libertação (TL), tendência que une religião e luta por justiça social,
surgiu na América Latina, a partir da década de 1960, no âmbito do catolicismo,
15
Doutoranda em Ciências da Religião pela UFJF. Mestre em Filosofia pela UFG e graduada em
Filosofia pela UFU. Bolsista da CAPES. Orienta pelo Prof. Dr. Wilmar do Valle Barbosa.
Contato: andrea_silveira@yahoo.com.
16
Professor titular e livre-docente em Ciências da Religião na PUC/SP. Doutor em Ciências
Sociais: Antropologia pela PUC/SP. Professor-pesquisador visitante na Columbia University em
Nova York pela Capes/Fulbright. Bolsista de Produtividade em Pesquisa Nível 2 pelo CNPq.
Contato: jorgeclaudio@pucsp.br.
206
mas tem inspirado inúmeros movimentos, ações e reflexão e nos Estados Unidos.
O estudo da Teologia da Libertação (TL) nos EUA atende a dois objetivos
principais. O primeiro é conhecer uma face mais madura e solidária da religião
naquela sociedade. A vertente mainstream é mais conhecida por seu estilo
midiático, emocional e fundamentalista e contribuiu diretamente para as
manifestações mais ruidosas do pentecostalismo brasileiro. Segundo objetivo é
apontar confluências e diferenças na teologia da libertação na AL e nos EUA. Por
exemplo, nesse país, a TL se enraíza principalmente em solo protestante, que é
descentralizado e confere uma liberdade desconhecida no campo católico.
Palavras-chave: teologia; libertação; Estados Unidos.
***
A religiosidade e o direito norte-americano à luz das contribuições de Ronald
Dworkin
***
17
Especialista em Direito Penal e Processual Penal pelo Centro Universitário de Ribeirão Preto.
Graduado e mestrando em Ciências da Religião pela UEPA. Contato:
prof.carloscampos@gmail.com.
207
As representações dos missionários norte-americanos na implantação do
projeto educacional batista em Minas Gerais (1897-1920)
18
Mestrando em História da Educação pela UFMG. Contato: ederaguiar@gmail.com.
208
31 de outubro, quinta-feira
Fundamentalismo x Neo-Ateísmo:
eixos da guerra de culturas nos Estados Unidos
Nos estudos que temos realizado, sobre os atuais debates acerca das relações entre
religião e política no âmbito da sociedade norte-americana, uma importante chave
de leitura para uma efetiva aproximação dessas análises é a que decorre do
conceito de “guerras de cultura” apresentado pelo sociólogo da cultura James D.
Hunter, em seu livro Culture War: the struggle to define America, publicado em
1991. Com base nas considerações delineadas por James D. Hunter, nos propomos
a verificar o atual movimento neo-ateísta como um dos atores desta guerra de
culturas em curso. Nesta perspectiva, somos da opinião de que a perspectiva
cultural neo-ateísta, com suas próprias concepções de autoridade moral, de
apreensão da realidade e do ordenamento das experiências, opõe-se justamente a
uma moralidade de extração religiosa, em especial aquela fundada em uma
perspectiva fundamentalista, a qual tem comprovadamente influenciado o espaço
público norte-americano em seus aspectos culturais e políticos.
Palavras-chave: religião; política; Estados Unidos; fundamentalismo; neo-
ateísmo.
***
Religião, política e a ‘guerra cultural’ pelos jovens e entre os jovens nos EUA
Ariel Finguerut21
O trabalho percorre a trajetória dos três principais pastores do evangelismo
estadunidense contemporâneo (Billy Graham, Jerry Falwell e Pat Robertson).
19
Doutorando e Mestre em Ciência da Religião pela UFJF. Bolsista da CAPES. Contato:
roneyseixas@yahoo.com.br.
20
Doutorando e Mestre em Ciência da Religião pela UFJF. Bolsista da CAPES. Contato:
privandias@hotmail.com.
21
Doutorando em Ciência Política pela UNICAMP. Bolsista Fapesp. Contato:
arielfing@gmail.com.
209
Destacando o “despertar religioso” que eles suscitaram e sobretudo, o fato de que,
a partir de diferentes agendas e estratégias, eles se envolveram com a política e
demostraram interesse em mobilizar os jovens para suas causas tanto religiosas
como políticas. Nesse sentido, enfatizaremos o envolvimento de Billy Graham com
as “cruzadas” de evangelização (buscavam “salvar” os jovens de um modo de vida
“liberal” e “secular”), a criação da Liberty University em 1971 por Jerry Falwell e
da Regent University, um desdobramento da Christian Broadcast Network (CBN) -
criada em 1978 por Pat Robertson. Nosso objetivo concentra-se em entender suas
trajetórias que nasceram em um discurso religioso, se envolveram com a política
eleitoral e culminaram se voltando aos jovens discutindo as semelhanças e
diferenças entre cada um desses projetos.
Palavras-chave: evangelismo; guerra cultural; EUA; juventude.
***
A Jeremiad fundamentalista: política, identidade nacional e escatologia no
fundamentalismo norte-americano (1970-1989)
Daniel Rocha22
A presente comunicação busca fazer uma breve análise das relações que se
estabeleceram entre identidade nacional e perspectivas escatológicas na construção
do discurso do fundamentalismo protestante norte-americano durante as décadas de
1970 e 1980. Inicialmente, trataremos da permanência, ao longo da história norte-
americana, da “herança” dos Pais Peregrinos na construção de um imaginário
político marcado pela ideia de que os Estados Unidos seriam um povo eleito por
Deus, uma nação excepcional, fundada em determinados valores e virtudes, que
possui uma missão a desempenhar no mundo e um compromisso com seus valores
“fundacionais”. Em seguida, abordaremos como tal discurso foi apropriado pelo
conservadorismo protestante norte-americano, especialmente a partir da década de
1970, e traduzido numa espécie de Jeremiad: condenação da degradação moral e
da apostasia da Nation Under God com o anúncio do castigo iminente e, de outro
lado, o chamado para um retorno aos valores “fundacionais” e à “fé de nossos
pais”, retomando o caminho rumo a seu destino luminoso. Por fim, analisaremos o
impacto de tal discurso e do contexto da Guerra Fria nas formulações escatológicas
22
Doutorando em História pela UFMG. Bolsista da CAPES. Orientado pela Prof. Dra. Kátia
Gerab Baggio. Contato: danielrochabh@yahoo.com.br.
210
dispensacionalistas de autores fundamentalistas que fizeram muito sucesso nas
décadas de 1970 e 1980, como Hal Lindsey e Tim LaHaye, enfocando,
especialmente, qual seria o papel destinado aos EUA nas profecias relativas ao
final dos tempos.
Palavras-chave: Estados Unidos; fundamentalismo; milenarismo; puritanismo.
***
Relações entre a ciência e a religião depois do onze de setembro
23
Ph.D em Church History pela The Southern Baptis Theological Seminary. Professor no
Departamento de História da UFRPE. Contato: siepierski@dlch.ufrpe.br.
211
212
GT9 – Fundamentalismos
religiosos
Coordenadores
Cleber A. S. Baleeiro
Doutorando em Ciências da Religião Emerson Roberto da Costa
pela UMESP. Professor no curso de Doutorando em Ciências da Religião
Teologia (EaD) da UMESP pela UMESP. Bolsista CAPES.
Resumo
213
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Fundamentalismo Fundamentalismo e
protestante e pluralismo religioso
Sem Atividades
Comunic. pentecostalismo –
distanciamento e Lilian Araújo Baleeiro
proximidade UMESP
Usos do passado na
Fundamentalismo ou legitimação da intolerância
fundamentalismos? Uma religiosa:
análise da problemática tradições a serviço da
conceitual e sociocultural violência simbólica
que transcendeu o seu
sentido e razão social Luciano José de Lima
UMESP
José Honório das Flores Filho
UMESP
Fundamentalismos Fundamentalismos
religiosos e a política religiosos e violência
brasileira
Cleber Baleeiro
Emerson Roberto da Costa UMESP
UMESP
214
Solus Christus: O Belo como proposta de
exclusivismo cristão e Evangelização para os
tolerância religiosa Arautos do Evangelho
Claudilene Christina de
Oliveira
UFJF
215
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
1
Doutorando em Ciências da Religião pela UMESP. Mestre em Teologia pela UMESP. Membro
do GP Teologia no Plural . Bolsista CAPES. Contato: osiel_carvalho@yahoo.com.br.
216
Fundamentalismo ou fundamentalismos? Uma análise da problemática
conceitual e sociocultural que transcendeu o seu sentido e razão social
***
Intolerância religiosa no espaço público: estudos de casos
2
Doutorando em Ciências da Religião pela UMESP, mestre em Ciências das Religiões pela
UFPB. Pesquisador do GP Religião e Periferia na América Latina – REPAL. Bolsista CNPq.
Contato: honoriomagister.floresfilho@yahoo.com.br.
3
Graduanda em Ciências Sociais pela PUC – RJ. Bolsista PIBIC/CNPq no Projeto Mapeamento
de Casas de Religiões de Matriz Africana no Rio de Janeiro: Visibilidade e Intolerância
Religiosa. Contato: isabellamenezes14@hotmail.com.
217
vêm sendo noticiados nos meios de comunicação, muitos deles ocorridos em
espaços públicos. Esse trabalho tem como objetivo analisar alguns destes eventos,
procurando identificar o discurso dos agressores e o embasamento teórico - a
teologia da batalha espiritual - a que esses recorrem para legitimarem suas ações.
Palavras-chave: intolerância religiosa; espaço público; teologia da batalha
espiritual.
***
Fundamentalismos religiosos e a política brasileira
***
4
Doutorando e mestre em Ciências da Religião pela UMESP. Membro do GP Mandrágora.
Bolsista CAPES. Contato: emerson_roberto_costa@yahoo.com.br.
218
Fundamentalismo religioso nas Testemunhas de Jeová: observação
participante em uma congregação
***
Solus Christus: exclusivismo cristão e tolerância religiosa
5
Graduando em Ciências Sociais pela UFRN. Contato: daniells16@hotmail.com.
6
Mestrando em Ciências da Religião pelo Mackenzie. Bacharel em Teologia pela EST, UPM.
Contato: alceujmc@hotmail.com.
219
***
Pôster
7
Mestranda em Ciência da Religião pela UFJF. Contato: claudilene_christina@yahoo.com.br.
8
Mestranda em Ciência da Religião pela UFJF. Contato: rosacalure10@yahoo.com.br.
220
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
Usos do passado na legitimação da intolerância religiosa:
tradições a serviço da violência simbólica
9
Mestranda em Ciências da Religião pela UMESP. Membro do GP Teologia no Plural. Bolsista
CAPES. Contato: lilianbaleeiro@gmail.com.
10
Mestre em História Comparada pela UFRJ. Bacharel em Teologia pela UMESP. Membro do
GP Expressões Religiosas Minoritárias de Cristianismo na Galiléia e Egito – UMESP e Grupo
Arqueologia História – UNICAMP. Contato: lvcivs@hotmail.com.
221
discursos de grupos religiosos para legitimarem a depreciação, quando não a
demonização de determinados grupos sociais. Tomando como pressuposto de
pesquisa que a história tem seu lugar de produção do passado no presente do
historiador, ou seja, que a investigação produz um discurso sobre o passado
representativo da visão de mundo no qual foi concebido, problematizamos as
apropriações de um passado cristão primevo e de um mundo bíblico mítico como
instrumento legitimador ou mesmo fabricador de construções identitárias que
excluem determinados grupos e sujeitos, alimentando assim a intolerância
religiosa, entendida como uma forma de violência simbólica sobre os mesmos.
Palavras-chave: apropriação; cristianismo; passado bíblico; identidade; usos
do passado.
***
O uso do Corão como justificativa para ações de violência urbana
***
11
Mestrando em Ciências da Religião pelo Mackenzie. Bacharel em Teologia pela Unida de
Vitória – ES, com especialização em Novo Testamento. Membro do GE do Pentecostalismo –
Mackenzie. Bolsista CAPES. Contato: paganelli.magno@gmail.com.
222
Fundamentalismos religiosos e violência
Cleber Baleeiro12
***
Nova tolerância intolerante: mudanças de relações de gênero nas Assembleias
de Deus
12
Doutorando e mestre em Ciências da Religião pela UMESP. Professor no curso de Teologia
(EaD) da UMESP. Membro da Sociedade Paul Tillich do Brasil e do GP Paul Tillich de Teologia
e Cultura. Contato: cleber.baleeiro@metodista.br.
13
Antropólogo, jurista, doutorando em Ciências da Religião pela UMESP. Professor da
UNESP/FAAC – Bauru. Contato: adv.otavio@ymail.com.
223
gênero, tais como ordenação de pastoras, mudanças no sentido familiar do papel da
mulher, mudança nos sentido midiático, mudanças no discurso, na valorização da
mesma dentre outros apontamentos de gênero do que era há 15 anos atrás e de
como é agora. O objetivo é apontar as diversas mudanças que esse grupo tem
passado e mostrar as causas e influencias tais como a mídia e a teologia da
prosperidade tem se infiltrado em organizações religiosas que antes não aceitavam
tais influencias. Ocorre que tais influencias tiveram um impacto grande nas
relações de gênero que pretendem ser apontadas, mas não esgotadas. A
metodologia usada foi a da observação participante visto que o autor tem transito
sobre tais denominações religiosas visto ser presbítero da AD alem de antropólogo.
Palavras-chave: pentecostalismo; tolerância; gênero
***
O belo como proposta de evangelização para os Arautos do Evangelho
14
Mestrando em Ciências da Religião pela PUC – SP. Contato: muriale@bol.com.br.
224
GT10 – Gênero e religião
Coordenadoras
Resumo
225
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (3ª feira) 31/10 (3ª feira)
226
Levanta a mão e dá glória – Evangélicas e feministas: A “estragada” Raquel:
abuso sexual e violência sentidos da experiência gênero e (in)tolerância
doméstica na ADUD Sarah de Roure religiosa entre os Baré do
UnB Alto Rio Negro
Marcio de Carvalho Sampaio
UFRRJ Talita Sene
UFSC
227
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
Morte, sexo e o não sabido: o que se revela na intolerância por femininos
“subversivos” do sagrado
228
estes lugares de ataque, já que para a população umbandista a pombagira assume
posição reverenciada no sagrado. Pretendo, assim, apresentar os dados de trabalho
de campo realizado com mulheres médiuns de umbanda que contam com a
“presença” de suas pombagiras em suas vidas e, em contraponto ao discurso
neopentecostal, apresentam imagens de feminino que transcendem o prostituído e
demoníaco - que se revela tão e somente caricato destas entidades a depender do
interlocutor. A hipótese de análise contará, ainda, com uma perspectiva
psicanalítica que aborda como o aquilo que não se conhece, como costuma ser o
lugar do feminino, assume interpretações da ordem do “horror”, que se relacionam,
ainda, com o sexo e a morte, significantes emblemáticos destas figuras.
Palavras-chave: intolerância; feminino; umbanda; psicanálise; gênero.
***
Erotismo e religião numa perspectiva feminista
***
3
Doutoranda em Ciências da Religião pela UMESP. Contato:maryumora20@hotmail.com.
229
Homossexualidade e vocações em discernimento
Renan Rossi 4
***
A roda das donas: a mulher negra do candomblé
4
Mestrando em Sociologia pela UFSCar. Contato: rossi.cso@gmail.com.
5
Mestre em Políticas Públicas e Formação Humana pela UERJ. Contato:
nessadamatta4@gmail.com.
230
contextualizando as condições políticas, sociais e educacionais desta mulher na
construção de uma rede de sociabilidades.
Palavras-chave: mulheres negras; candomblé; gênero; cotidiano.
***
Levanta a mão e dá glória: abuso sexual e violência doméstica na ADUD
6
Mestrando em Ciências Sociais pela UFRRJ. Contato: mvale@centroin.com.br.
231
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
Representações de gênero permeadas por violência simbólico-religiosa no
discurso midiático paraibano
Silvia Silveira8
Fernanda Lemos9
***
Festejo de Nossa Senhora Mãe dos Homens: identidades, sincretismo, religião
e poder na Comunidade Remanescente Quilombola de Jaçatuba
***
O patriarcalismo e a categoria de gênero ao longo da história dos estudos de
religião
***
Representações de gênero no espiritismo: como se dá a distribuição dos
papéis, ali?
Roger Bradbury12
***
Evangélicas e feministas: sentidos da experiência
Sarah de Roure13
12
Mestrando em Ciências da Religião pela UMESP. Contato: seararoger@gmail.com.
13
Mestre em Desenvolvimento e Cooperação Internacional pela Universidad del Pais Vasco.
Contato: sarah.roure@gmail.com.
234
A experiência de mulheres evangélicas que se engajaram no movimento de
mulheres é o objeto desse artigo. Feministas têm afirmado que as mulheres em sua
diversidade constroem práticas de liberdade e emancipação, mesmo em contextos
adversos. Ao observar grupos do movimento de mulheres por todo o país, é
possível encontrar mulheres de diversas origens sociais e religiosas e entre elas
muitas cristãs evangélicas. Na maioria das vezes essa relação não é simples, seja na
igreja, no movimento, ou mesmo na vida dessas mulheres. O texto é, portanto, uma
primeira aproximação acerca dos sentidos e sínteses geradas a partir do cruzamento
do religioso e do político na vivência de indivíduos que transitam entre os dois
campos a partir do seu lugar de gênero. Para isso se utilizaram duas histórias de
vida como ponto de partida da análise desses dois campos que, em suas esferas
macro parecem cindidos, mas que, ao se materializarem no indivíduo ganha novos
contornos e explicações.
Palavras-chave: protestantismo; gênero; feminismo; movimento social.
***
Pôster
As mulheres protestantes também fazem gênero
14
Graduada em História pela UNINOVE. Contato: elianacerqueira@yahoo.com.br.
235
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
***
Novas configurações das famílias contemporâneas: rupturas e/ou
continuidades nos discursos e práticas de metodistas e luteranos
acerca do divórcio e novos casamentos
236
laços de parentesco de natureza biológica e civil, mas principalmente, o da
afetividade. Nessa comunicação pretende-se analisar as rupturas e/ou
continuidades dos discursos institucionais religiosos no protestantismo histórico
mais especificamente nas Igrejas Metodista e Luterana acerca dos divórcios e
novos casamentos. Através da análise documental e da pesquisa de campo
pretende-se identificar qual o impacto que as novas configurações familiares
causam sobre o discurso institucional e sobre a prática eclesial. Nosso objetivo é
observar de que forma o posicionamento institucional religioso e a prática das
comunidades de fé são coerentes ou dissonantes diante das transformações
experimentadas pela instituição família na contemporaneidade.
Palavras chave: religião; família; divórcio; novos casamentos.
***
Participação de lideranças femininas na construção de políticas públicas para
afrorreligiosos em Belém, Pará
Daniela Cordovil17
***
17
Doutora em Antropologia Social pela UnB. Contato: daniela.cordovil@gmail.com.
237
Representações de gênero nos interstícios do religioso e do secular
***
Violência de gênero nas religiões afro-brasileiras
Nilza Menezes19
18
Doutora em Ciências da Religião pela UMESP. Contato: nairapinheiro@gmail.com.
19
Doutora em Ciências da Religião pela UMESP. Contato: nilzamenezes@hotmail.com.
238
Palavras-chave: gênero; violência; religiões afro-brasileiras.
***
A “estragada” Raquel: gênero e (in)tolerância religiosa entre os Baré do Alto
Rio Negro
Talita Sene20
***
Pôsteres
Roseli Araujo21
A comunicação terá por objetivo expor reflexões das articulações de sacerdotisas e
adeptos do Candomblé para manter e propagar a religião dita afro-brasileira na
capital Argentina, reconhecida e idealizada nos últimos séculos como a mais
20
Mestranda em Antropologia Social pela UFSC. Contato: talitasene@gmail.com.
21
Granduanda em História pela UEFS. Contato: roseliaraujolima@gmail.com.
239
"europeia e branca" da América Latina. Quais as formas de resistência encontradas,
de que modo os ritos tornaram-se elementos propagadores para manutenção e
visibilidade, e/ou re/construção da identidade negra na capital argentina. O enfoque
será para as relações de gênero, hierarquia e papéis sociais vinculantes entre o
grupo de devotos. Utilizo para aporte teórico-metodológico das formulações de
Bourdieu para campo religioso, Chartier em representações sociais e Certeau para
compreender as re-significações dadas ao novo contexto territorial. Pensando do
lugar inicial de ter havido a "expansão do Candomblé" aos demais países latino
americanos, acredito que esta pesquisa auxiliará para redução dos processos de
xenofobias e ignorâncias hora produzidas e veiculadas na sociedade brasileira e
argentina, na medida que fomenta respeito às práticas e ritos religiosos da cultura
negra.
Palavras-chave: religião afro-brasileira; resistência; sacerdotisas; identidade.
240
GT11 – Hereges, judeus e infiéis e
a intolerância religiosa no
decorrer da Idade Média
Coordenadores
Resumo
241
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
242
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
Eusébio de Cesaréia e a Nova História Eclesiástica
Daniel Sleder2
1
Doutor em História pela UFMT.Contato: emarcuscruz@uol.com.br.
2
Graduando em História pela UFMT. Contato: danielsleder@hotmail.com.
243
livre juízo dos autores pagãos, escreve uma história da nação cristã, suas lutas
contra as perseguições e heresias, antiguidade e autoridade através da sucessão
apostólica, municiando os cristãos na luta contra o paganismo.
Palavras-chave: cristianismo; História; Eusébio de Cesaréia.
***
O Venerável Beda e o combate ao paganismo na Grã-Bretanha do século VIII
***
Status Quaestionis sobre o movimento donatista: heresia, cisma ou resistência
à romanização?
Esta pesquisa tem como objeto treze sermões da obra Tractatus In Iohannes
Evangelium de Agostinho de Hipona (354-430), que permitem ter acesso à sua
polêmica com o donatismo, movimento que floresce no início do século IV após a
3
Graduanda em História pela UFMT. Contato: itajara1@hotmail.com.
4
Mestrando em Filologia, Língua Portuguesa pela USP. Contato: emilson@usp.br.
244
liberdade de religião concedida pelo Imperador Constantino. Esta polêmica
acompanha praticamente todos os quase quarenta anos do ministério eclesiástico de
Agostinho. Nas últimas décadas, se procurou investiga-la não só como fenômeno
religioso ou querela teológica, mas principalmente como reflexo de condições
culturais, econômicas e políticas da Província Africana (cf. diversos autores),
objetivo desta comunicação, portanto, é apresentar os resultados alcançados na
busca do status quaestionis destas mais recentes hipóteses de investigação,
resultados estes que contribuirão para a análise dos sermões que constituem o
corpus que se buscou construir para esta pesquisa. Em um segundo momento, será
apresentada uma análise da construção da imagem dos donatistas, feita por
Agostinho, em dois de seus sermões.
Palavras-chave: Status Quaestionis; movimento donatista; Tractatus In Iohannes
Evangeliun; Agostinho de Hipona.
245
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
O Conceito de Jihad à luz do Corão e da tradição muçulmana
5
Doutor em História pela UNIFAL Contato: aj.rui@terra.com.br.
6
Graduanda em História pela UFOP. Contato: michelerosado1@hotmail.com.
246
como a tradução sugere. Ademais, é comum que o termo apareça associado à
justificativa do terrorismo e, por conseguinte, associado a atos de violência conta
outros estados. Assim, além de ser uma tradução que resulta de uma análise
bastante superficial, ainda é uma explicação que diz muito mais sobre os
desentendimentos entre Ocidente e Oriente ao longo do tempo do que
propriamente soluciona a dúvida do que vem a ser o Jihad. Dessa forma, o objetivo
desse trabalho é fazer uma profunda análise nos escritos base da jusrisprudência
Islâmica, o Corão, os hadith e a sunnah, a fim de buscar compreender e caracterizar
o conceito de Jihad.
Palavras-chave: Jihad; Corão; hadith; sunnah.
***
Conflitos entre monarquia e o clero no processo de aceitação do rito romano
na Igreja Compostelana
Jordano Viçose7
***
7
Graduando em História pela UNIFAL. Contato: jordanovicose@gmail.com.
8
Mestrando em História pela UFOP. Contato: fabrício.moreirahis@gmail.com.
247
Este trabalho tem como objetivo mapear o ambiente de trocas culturais no contexto
que precedeu a cristianização do principado Rus´ de Kiev, no final do século X,
com o príncipe Vladimir. Às vésperas de sua escolha pelo cristianismo, o príncipe
foi abordado por representantes de diversas religiões do período, cada um deles
recomendando que ele adotasse sua religião. Nesse sentido, investigaremos a partir
da sociologia e da história da religião, alguns aspectos da percepção cultural dos
Rus´ sobre o que era a experiência religiosa e qual seu papel na sociedade e na
política. Nossas principais fontes são a Crônica dos tempos passados, compilação
dos Rus´ elaborada no começo do século XII d.C.; o Sermão sobre a Lei e a Graça,
do metropolita Hilário de Kiev, de meados do século XI d.C.; além de outros
relatos contemporâneos que perceberam o batismo do príncipe sob outros pontos
de vista.
Palavras-chave: diversidade religiosa; trocas culturais; Rus’de Kiev; século X.
***
A representação simbólica do Inferno na Divina Comédia
Escrita no início do século XIV e dividida em três partes, a Divina Comédia narra a
jornada do personagem Dante pelos três ambientes do pós-morte cristão. Sua
temática e história nos permitem pensar por meio de imagens devido a erudição de
Dante e sua visão de mundo. Na primeira parte da obra, intitulada Inferno, são
descritos os nove círculos infernais, caracterizados por monstros mitológicos e
ambientes construídos e sonhados por Dante. O modo como Dante apropriou-se
das ideias que circulavam em seu contexto histórico permitiu que ele imaginasse os
aspectos característicos do Inferno, representando-o em sua obra. Entenderemos o
conceito de maravilhoso enquanto gênero literário (TODOROV, 1981) e como
uma categoria de estudo para compreendermos o cotidiano do homem medieval.
Nesse sentido compreenderemos o Inferno dantesco como um ambiente
representado coletivamente e entendido pela sociedade medieval enquanto uma
realidade possível (CHARTIER, 2002).
Palavras-chave: representação; símbolo; inferno.
9
Mestre em História pela UEM. Contato: daniellcosta23@yahoo.com.br.
248
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
Saul Kirschbaum10
O antissemitismo religioso, que em São Paulo e nos padres da Igreja tinha caráter
“defensivo”, buscando diferenciar o cristianismo do judaísmo e permitir-lhe
sobreviver à animosidade do Império Romano, a partir da Alta Idade Média passa a
servir aos interesses do estado, na construção de uma identidade nacional.
Esta construção foi instrumentalizada por meio de uma ampla literatura, conhecida
genericamente como Adversus Iudaeos.
Neste sentido, a obra de Isidoro, arcebispo de Sevilha, recentemente traduzida para
o espanhol com o título Sobre la fe católica contra los judíos, marcará o ponto de
virada e irá exercer forte influência sobre os pensadores cristãos da Idade Média,
chegando até Tomás de Aquino.
Esta comunicação examinará os principais argumentos utilizados para a construção
do judeu como o outro, visando a consolidação, por exclusão, da cristandade.
Palavras-chave: antissemitismo religioso; literatura Adversus Iudaeos; Isidoro de
Sevilha.
***
O paradigma de Iudas-Iudei: Judas Iscariotes como uma representação do
judeu no Juízo Final e a Missa de São Gregório (MASP 428P)
10
Doutor em Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaica pela USP. Contato:
saul.kirschbaum@gmail.com.
11
Mestrando em História pela USP. Contato: dmlubarino@yahoo.com.br.
249
resultou no sacrifício de Cristo. Trata-se de uma representação negativa do povo
judaico como culpado e herdeiro desse deicídio. Propomos neste trabalho um
estudo sobre essa iconografia no final do século XV. Para tanto, analisaremos a
representação de Judas enforcado na Obra O Juízo Final e a Missa de São
Gregório, uma pintura tardo-medieval atualmente conservada no acervo do MASP.
Palavras-chave: Iudas-Iudei; Judas Iscariotes; juízo final; missa de São Gregório.
***
A doutrina do pecado, fé, obras e o paradoxo do antissemitismo em Lutero
Lutero foi uma das principais mentes do movimento que ficou conhecido como
Reforma Protestante. Seu pensamento continua influenciando o meio teológico até
os dias de hoje. A principal doutrina enfatizada por ele foi a da “justificação pela
fé” que, em um primeiro momento, parece ser uma negação da importância das
obras. Porém, uma breve leitura de alguns de seus escritos dão a entender que a
doutrina das obras ocupava um lugar relevante em seu pensamento. Mas a grande
questão é: como poderia um homem falar de fé, obras e graça e se tornar uma dos
mentores do nazismo? Apesar da importância de Lutero para a teologia no fim da
idade média, a ironia, ou paradoxo, é que este escritor que defende a prática de
boas ações para com os inimigos, como se lê no Catecismo Menor, é autor de
textos anti-semitas que nos faz pensar que, para ele, posicionar judeus como
inimigos seria atribuir um título honroso demais para este povo. O objetivo geral
deste trabalho é compreender o pensamento de Lutero em relação a temática do
pecado, fé e obras. Os objetivos específicos são: analisar alguns posicionamentos
de fé de Lutero frente ao seu incentivo à práticas anti-semitas e entender os
desdobramentos de suas reflexões, contra os judeus, na história moderna.
Palavras-chaves: Lutero; pecado; fé; obras; antissemitismo.
***
12
Doutorando em Ciências da Religião pela UMESP. Contato: filipeoligui@gmail.com.
250
Sobre a controvérsia entre Martim Lutero e os judeus na reforma do século
XVI
***
A carta de Conrad Grebel (1498-1526) para Thomas Müntzer (1490-1525)
13
Bacharelado em Teologia pela UMESP. Contato: marcos.ebeling@luteranos.com.br.
14
Doutorando em História pela UFG. Bolsista da CAPES. Orientado pela Prof. Dr. Dulce
Oliveira Amarante dos Santos. Contato: joaooliveiraramosneto@gmail.com.
251
***
Duas Baleias na rede de pesca: a terceira via hussita de Petr Chelčický
15
Doutor em História da Educação e Historiografia pela USP. Professor na Universidade
Metodista de Piracicaba. Contato: tbaguiar@unimep.br.
252
GT12 – História cultural das
religiões
Coordenador/a
Resumo
253
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
254
Desencantamento do As representações do O Anticatolicismo norte-
mundo e imaginação bispado brasileiro nos americano como bandeira
transcendental no mundo debates sobre a Lei da protestante na luta pelo
moderno separação do Estado das Estado laico no Brasil
Igrejas em Portugal (1910 –
Lauri Emilio Wirth 1911) Paulo Julião da Silva
UMESP UNICAMP
Carlos André Silva de Moura
UNICAMP
255
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
O cristianismo na África agostiniana em Peter Brown
***
Disseminação de idéias no Milieu Esotérico: comentário sobre a influência de
Gurdjieff no Movimento Gnóstico de Samael Aun Weor
***
3
Graduando em História pela PUC/Camp. Contato: mlcampos_2005@hotmail.com.
257
A produção conflituosa e controversa do aspecto religioso do espiritismo nos
tempos de Allan Kardec (1857-1869)
***
Desencantamento do mundo e imaginação transcendental no Mundo Moderno
4
Mestre em Educação pela UERJ. Contato: somaralex@gmail.com.
5
Docente no PPG em Ciências da Religião da UMESP. Líder do GP Religião e Vida Cotidiana.
Contato: lauri.wirth@metodista.br.
258
mas secularizadas. Caso a hipótese se sustente, a História das Religiões estaria
diante da tarefa de discernir as divindades que disputam os sentidos dos humanos
modernos.
Palavras-chave: religião; secularização; cotidiano.
***
Rumos da Historiografia das Religiões no Brasil
6
Professor Pesquisador na PUC/Camp. Contato: joaomigueltgo@yahoo.com.br.
259
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
A emperia católica como parte de uma filosofia ultramontana: as missões
capuchinhas no nordeste mineiro (1873-1889)
7
Doutorando em História Cultural pela UNICAMP. Contato: gso_vicosa@yahoo.com.br.
8
Licenciada em História pela UFV. Contato: tatiana.oliveira@ufv.br.
260
conhecimento e método para se inserir nas comunidades e levar a cabo o processo
de evangelização. À exemplo das ações jesuítas, os missionários capuchinhos Frei
Serafim de Gorízia e Ângelo de Sassoferrato fundaram em 1873 e deram
seguimento ao Aldeamento de Itambacuri no nordeste mineiro. Autores da
CEHILA como Eduardo Hoornaert apostavam nos aldeamentos como o rincão da
preservação de uma “consciência católica” preservada ao veneno do padroado.
Nosso objetivo, porém, é pensar nesses missionários como agentes de uma Igreja
reformista, que buscavam, na prática, formar as bases dos fundamentos católicos
tão apregoados pelos ultramontanos em níveis intelectuais.
Palavras-chave: missões; capuchinhos; Minas Gerais; Segundo Reinado;
ultramontanismo.
***
Comer o tatu antes ou depois da comunhão? As manifestações religiosas dos
brasileiros e o conhecimento das normas católicas (segunda metade do Séc.
XIX)
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma análise de alguns relatos dos
padres da Congregação do Santíssimo Redentor sobre as manifestações religiosas
dos brasileiros. Procuro, através da leitura desses documentos, perceber o
conhecimento e a aplicação das regras religiosas pelos indivíduos observados pelos
padres redentoristas nessas cartas. Enquanto os redentoristas compreendem as
manifestações desse catolicismo popular como o resultado de um desconhecimento
das regras da Igreja Católico, procuro observar o outro lado, ou seja, compreendo
que o comportamento desses devotos deixa transparecer um significativo
conhecimento das normas do catolicismo.
Palavras-chave: religiosidade popular; cartas redentoristas; normas religiosas.
***
Entre a modernidade e a barbárie: o discurso redentorista acerca do
progresso em Goiás (1894-1930)
9
Doutorando em História pela UF JF. Contato: joseleandropeters@yahoo.com.br.
261
Embora comumente despercebido, a presença de religiosos europeus alemães em
Goiás (como o caso dos Redentoristas a partir de 1894), em boa parte do tempo
transitando entre as casas goiana e paulista, acentuou – seja na imprensa escrita,
seja no próprio discurso religioso – as disparidades entre uma Europa industrial,
um estado de São Paulo em marcha de industrialização e “progresso”, e um estado
de Goiás ainda ruralizado e comumente vinculado às imagens de “atraso” e
“decadência”. Em face disso, o presente trabalho tem como proposta uma análise
dos elementos relacionados às ideias de “progresso”, “modernidade”, “atraso” e
“barbárie”, no discurso dos religiosos redentoristas, especialmente através da
imprensa escrita em Goiás, tomando como ponto de partida a alteridade de tempo e
espaço possivelmente experienciada por tais religiosos através de seu trânsito
cronoespacial.
Palavras-chave: redentoristas; progresso; civilização; Goiás.
***
As representações do bispado brasileiro nos debates sobre a Lei da Separação
do Estado das Igrejas em Portugal (1910 – 1911)
10
Mestre em História pela UFOP. Professor efetivo no curso de História da UEG e UnU
Morrinhos. Contato: robson.educacao@yahoo.com.br.
11
Doutorando em História pela UNICAMP. Bolsista FAPESP. Contato:
casmcarlos@yahoo.com.br.
262
Palavras-chave: Lei de Separação entre o Estado e a Igreja; Brasil / Portugal;
Restauração Católica.
***
Vida urbana e morte católica: cemitérios, serviços póstumos e projetos
civilizatórios - Uberlândia (1810-1980)
12
Doutora em História pela UFRS. Professora na UFU. Contato: mara.regina10@gmail.com.
263
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
***
Protestantismo e culturas populares tradicionais: arranjos, rearranjos e
interações
13
Bacharel em Teologia pela ULBRA. Contato: renatofarofa@yahoo.com.br.
14
Mestre em Ciências da Religião pela UMESP. Contato: lauana_correa@yahoo.com.br.
264
polêmicas, ao mesmo tempo em que se concentra em registrar grandes eventos e
personagens ilustres de seu segmento. Mas como vasculhar e fazer uma leitura
longe deste contexto que privilegia os agentes e os emissores religiosos? Tendo
como foco o presbiterianismo, este artigo busca desvencilhar-se desta abordagem
e privilegiar personagens esquecidos na história institucional, usando todo o rico
debate da história cultural para sustentar tal proposta, tendo por base o pensamento
de Michel de Certeau e Roger Chartier.
Palavras-chave: presbiterianismo; culturas populares tradicionais; história
cultural.
***
Cândidas palavras: literatura e missões protestantes no romance “Candida”
de Mary Hoge Wardlaw
***
15
Doutorando em História pela UNICAMP. Contato: sergiowfilho@ig.com.br.
265
A África lusófona no período de descolonização: Missões e alteridades na
Revista O Campo é o Mundo
16
Harley Abrantes Moreira
Esse trabalho tenta realizar algumas reflexões preliminares de pesquisa acerca das
missões protestantes brasileiras na África Lusófona. Nessa investigação, importa
discutir a percepção dessas igrejas e suas agências missionárias sobre as regiões
africanas de colonização portuguesa, seus contextos socioculturais e suas religiões
tradicionais. Para isso, será analisada a possibilidade de trabalho com a revista O
Campo é o Mundo, durante o período de descolonização, com ênfase em duas
colônias: Moçambique e Angola.
***
O anticatolicismo norte-americano como bandeira protestante na luta pelo
Estado laico no Brasil (1930 – 1945)
Durante os anos de 1930 a 1945, foi intensa a luta protestante contra a participação
católica no Governo de Getúlio Vargas. Os evangélicos cobravam a manutenção do
Estado Laico, constitucionalmente reconhecido desde 1891. Para isso, citavam o
exemplo dos Estados Unidos, no qual a Carta Magna garantia liberdade de culto a
todas as religiões. Apesar de a luta contra a Igreja Católica ter tido outro sentido na
América do Norte, esta foi usada como bandeira, na tentativa de mostrar para a
população que o projeto de recristianização do Brasil era sinônimo de atraso.
Analisar-se-á as construções das representações anticatólicas no país por parte dos
protestantes no período proposto, as quais possuíam base no que era feito pelas
igrejas nos Estados Unidos. Para isso, serão usados documentos e bibliografias
coletadas em arquivos norte-americanos e brasileiros. Espera-se, portanto,
contribuir com as discussões em torno da temática no campo da História Cultural
das Religiões.
Palavras-Chave: protestantismo; Brasil; Estados Unidos; Era Vargas.
***
16
Mestre em História pela UFRN. Professor de História na UFPE, unidade Petrolina. Contato:
Harleyabrantes@hotmail.com.
17
Doutorando em História pela UNICAMP. Bolsista FAPESP. Contato: pauloemac@gmail.com.
266
A lavagem de Santana: disputas e expressões de fé
18
Mestrando em História pela UEFS. Contato: rennanoliveira5@gmail.com.
267
268
GT13 – História e historiografia
do protestantismo no Brasil
Coordenadora
Resumo
269
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
O protestantismo e
historografia no Brasil:
crise conceitual
270
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
Educação protestante em perspectiva na imprensa batista
***
Erasmo Braga: um ator polivalente
***
21
Mestranda em Ciências da Religião pela UFJF. Contato: juliamjunqueira@gmail.com.
272
História e historiografia da imprensa presbiteriana no segundo reinado
22
Mestrando em História pelo pela UFRRJ. Licenciado em História pela UFRRJ.
Orientado pelo Prof. Dr. Marcello Otávio Néri de Campos Basile. Contato:
phcmedeiros@yahoo.com.br.
273
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
A “saga” de Eurico Nelson em Belém do Pará: retratos de outra história
Ezilene Ribeiro25
23
Graduando em Serviço Social pela FVS. Contato: edsoncl.lc@hotmail.com.
24
Graduando em Serviço Social pela FVS. Contato: wagnerumierd@gmail.com.
25
Mestre em Ciências da Religião pela UMESP. Professora da Faculdade Teológica Batista
Equatorial de Belém do Pará. Contato: grutabel@yahoo.com.br.
274
apontando alguns fatores que possibilitaram a imigração de Eurico Nelson, um
sueco batista que veio “viver pela fé” numa cidade visivelmente adensada pelo
processo de exploração da borracha e que permitia em seu cenário a movimentação
de várias pessoas de diferentes nacionalidades. Far-se-á um recorte dos seis
primeiros anos da atuação de Eurico Nelson na cidade, analisando suas atividades
religiosas nesse contexto cultural tão diferente do seu, pois se suspeita que os
batistas de Belém do Pará na história da implantação desta igreja possuem
características pouco contempladas por sua historiografia tradicional, que
provavelmente decorrem da dinâmica de inserção neste contexto urbano.
Palavras-chave: Eurico Nelson; batistas; Pará.
***
Émile-G. Léonard e seu lugar na Historiografia Protestante Brasileira
***
Religião no mundo do trabalho: notas de uma pesquisa histórica
Lyndon de Araújo27
26
Mestre em Ciências da Religião pelo Mackenzie. Contato: rev.mbc@gmail.com.
27
Doutor em Históripa pela UMESP. Professor do Departamento de História e Diretor do Centro
de Ciências Humanas da UFMA. Contato: lyndon@terra.com.br.
275
A comunicação apresentará apontamentos teóricos e metodológicos da pesquisa de
pós-doutorado em andamento sobre religião no mundo da produção. O Objetivo é
verificar a presença do protestantismo nas relações sociais e étnicas, de trabalho e
de gênero numa fábrica de chapéus no Rio de Janeiro (1868 – 1965). Os seus
proprietários, a partir da ética e da visão de mundo protestante, acionaram códigos,
gestos, discursos, práticas, estratégias e representações religiosas no mundo da
produção. A fábrica teve importante participação na configuração do
protestantismo nas primeiras décadas da república, sendo orgânica no seu processo
de institucionalização. A pesquisa levanta algumas questões de fundo a serem
contempladas para a História das Religiões e para a História do protestantismo: as
relações entre religião e mundo do trabalho; a abordagem da presença da religião
fora dos espaços oficiais e tradicionais do religioso na modernidade; como a
religião atuou nas relações e nos conflitos entre capital e trabalho no universo fabril
específico.
Palavras-chave: religião; mundo do trabalho; História das Religiões;
protestantismo.
***
O protestantismo e historiografia no Brasil: crise conceitual
A partir da segunda metade dos anos 80 sob influência de autores, hoje clássicos, o
tratamento da historiografia no Brasil foi submetida a um processo revisionista.
Ganhou lugar a tese de “protestantismos”, para realçar a pretensa pluralidade
irreconciliável da presença histórica do protestantismo no Brasil. Nesta
comunicação o autor se propõe a mapear fragilidades nas teses hegemônicas,
sugerindo que os estudos em geral se recentem de precisão conceitual, o que
permite que o heterogêneo, o diverso, seja elevado a condição de ícone, em
detrimento de outras possibilidades explicativas para o fenômeno protestante
brasileiro, que preterem elementos propriamente históricos em favor de análise de
fundamento sociológico. A noção de conceito, permeia a discussão, como pauta p
ossibilitadora de ampliação das categorias analíticas para a historiografia
protestante no Brasil.
Palavras-chave: protestantismo; historiografia; crise conceitual.
28
Doutor em História Social pela USP. Professor Adjunto II na UFCG. Contato:
tmejph@bol.com.br.
276
GT14 – Igrejas inclusivas
LGBTT e a luta contra a
intolerância religiosa
Coordenadores
Resumo
277
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Espaços religiosos de
inclusão e diversidade
sexual: um estudo sobre
uma igreja inclusiva
paulistana e os elementos
sagrados e profanos em
torno da noção de
sexualidade
278
Evangélicos e as relações de
gênero na implantação de
uma Igreja Inclusiva em
Campinas
A pomba-gira sou eu –
aspectos de identidade da
religiosidade Afro com a
transexualidade
279
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
Este artigo pretende analisar os temas debatidos nos grupos de discussão realizados
no ambiente da Igreja Missionária Inclusiva, localizada em Maceió, Alagoas. Faz-
se necessário entender a construção do ser social a partir do ambiente religioso em
que se está inserido. Nesse sentido, analisar-se-á os temas escolhidos e os debates
levantados acerca. A temática se mostra importante por se tratar de uma questão
objetiva: os diálogos são na sede da I.M.I. levantados para ajudar na autoaceitação
e retirada de dúvidas dos jovens gays cristãos, que ainda vivem em um ambiente
duplamente hostil: o preconceito religioso, por ser a Igreja Missionária Inclusiva
atacada por cristãos conservadores, e a homofobia.
Palavras-chave: religião; igreja inclusiva; homofobia; preconceito.
***
Espaços religiosos de inclusão e diversidade sexual: um estudo sobre uma
igreja inclusiva paulistana e os elementos sagrados e profanos em torno da
noção de sexualidade
1
Graduanda em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo pela UFAL. Contato:
niaraaureliano@hotmail.com.
2
Graduanda em Ciências e Humanidades pela UFABC. Bolsista JTC/CAPES. Orientada pela
Profa. Dra. Ana Keila Mosca Pinezi. Contato: marina.santilopesgarcia@gmail.com.
280
teologia que rompe com o estigma atribuído ao grupo LGBTT. Esta pesquisa
investigou a inserção de indivíduos nessa esfera religiosa, como são pensados
sagrado e profano em relação à sexualidade e qual o arsenal simbólico da doutrina
dessa igreja. A pesquisa foi realizada em uma igreja inclusiva, a Comunidade
Cristã Nova Esperança, em Santo André. Foram feitas entrevistas com membros
desse grupo e observação participante nos cultos dessa igreja. A análise se centrará
na questão da identidade de gênero e da homossexualidade em relação ao
pertencimento a esse grupo religioso autodenominado cristão.
Palavras-chave: religião; homossexualidade; Igreja.
***
ICM-SP, o perfil de uma comunidade inclusiva
***
3
Doutor e mestre em Antropologia pela USP. Colaborador do Cebrap, membro do GE sobre
Mediação e Alteridade (GEMA) e do Grupo Religião e Esfera Pública. Contato:
aramisluis@uol.com.br.
281
Igreja Cidade de Refúgio: movimento LGBTTIS ou pentecostal?
***
Igrejas inclusivas: novo movimento religioso ou mais uma igreja cristã
emergente?
A luta pelos direitos do público LGBT tem gerado calorosos debates nas
instituições educacionais, na política, nas mídias sociais e na imprensa falada e
escrita. União civil entre pessoas do mesmo sexo, “casamento gay”, Estatuto da
Diversidade Sexual, PL 122/06, adoção de crianças por casais homossexuais,
dentre outros assuntos ligados ao universo homossexual tem sido exaustivamente
trabalhados por diversos setores sociais, o religioso não poderia ser excluído
desse processo social. A criação de comunidades religiosas cristãs inclusivas é
uma realidade na maior metrópole do Brasil. Como classificar essa nova
conformação religiosa, que transcende aos moldes postos e impostos social e
religiosamente? Novo Movimento Religioso ou mais uma igreja evangélica que
emerge nesse mar de denominações que povoam o espaço religioso brasileiro?
4
Graduanda em Ciências Sociais pela UEL. Membro do PROIC/UEL. Contato:
tuti34@bol.com.br.
5
Mestrando em Ciências da Religião pela UMESP. Membro do GE de Gênero e Religião
Mandrágora/NETMAL/UMESP. Graduado em Ciências Jurídicas pela UNICID, especialista em
Direito Penal pela ESMP, graduado em Teologia pela UMESP. Bolsista CAPES/CNPQ,
modalidade Bolsa Flexibilizada. Contato: arquivocosme@gmail.com.
282
Esse trabalho fará uma análise sócio-político-religiosa a respeito do assunto,
buscando subsídios que permitam ao menos, uma visão mais ampla a respeito do
que seja essa nova conformação religiosa que ganha força no cenário político e
religioso brasileiro na atualidade.
Palavras-chave: homoafetividade; homossexuais; seitas; igrejas; religiões.
***
Evangélicos e as relações de gênero na implantação de uma Igreja Inclusiva
em Campinas
6
Mestrando em Ciências da Religião pela UMESP. Graduado em Comunicação Social pela
UNIP e bacharel em Teologia pela FTBC, graduando em Ciências Sociais pela UNICAMP.
Filiado ao GIPESP - Grupo Interdisciplinar de pesquisa da Sociologia do Protestantismo. Bolsista
CNPQ. Contato: livanveiga@gmail.com.
283
A pomba-gira sou eu – aspectos de identidade da religiosidade Afro com a
transexualidade
7
Cursando especializações em Ética, Valores e Cidadania na Escola, pela USP, e
em Patrimônio Histórico, Memória e Preservação pela Universidade Santa Cecília,
graduado em História pela Universidade Católica de Santos. Contato:
tassiocosta@gmail.com.
284
GT15 – (In)tolerância, gênero e
religião
Coordenadoras
Comentador/a
Resumo
285
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Comunidades de Terreiro:
relatos da intolerância
Da Ortodoxia ao
Clericalismo: Igreja, Estado
e as tentativas de influência
eclesiástica no poder
público
Andrew Feitosa do
Nascimento
FMS
Sabrina Alves
PUC/SP
286
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
Comunidades de Terreiro: relatos da intolerância
***
Da Ortodoxia ao Clericalismo: Igreja, Estado e as tentativas de influência
eclesiástica no poder público
***
3
Mestrando em Sociologia pela USP. Graduado em Ciências Sociais pela USP. Orientado pela
Profa. Dra. Maria Helena Oliva Augusto. Bolsista CAPES. Contato: guibc@uol.com.br.
288
Eu amo os homossexuais como eu amo os bandidos”: o pensamento religioso
de Silas Malafaia
***
Discurso, poder e mulheres na cibercultura: uma análise das consequências
sócio-políticas do conceito de corporeidade difundido no ciberespaço por
adeptas das novas espiritualidades femininas e formação de capital simbólico
e social
Sabrina Alves5
4
Graduado em Educação Física pela UCDB. Graduando em Turismo pela UFMS. Membro do
diretório de pesquisa “Universo Dialógico, do GP em Cultura, Política & Diversidade” (UFMS) e
da equipe do projeto de pesquisa “Homossexualidade & Homofobia, Representações & Mídia no
Brasil Contemporâneo”. Orientado pelo Prof. Dr. Miguel Rodrigues de Sousa Neto. Contato:
andrew_ufms.ucdb@hotmail.com.
5
Doutoranda em Comunicação e Semiótica pela PUC – SP. Mestre em Ciências da Religião e
graduada em Comunicação. Contato: alves.sabrina@gmail.com.
289
disponibilizadas pela comunicação em rede, como computadores e sinal de internet
em casa sempre à disposição, para fomentar e reproduzir suas concepções e
expressões espiritualizadas sobre seus corpos com relação à natureza.
Tal pesquisa se dará em torno das consequências sócio-políticas da incomunicação
dos grupos “círculos de mulheres” para outros grupos de mulheres que não se
reconhecem nos discursos sobre o corpo produzidas em ambiente web por esses
grupos. Será trabalhada a suposição preliminar de que, tais membras dos grupos
“círculos de mulheres” ao viabilizarem seus conceitos espiritualizados sobre seus
corpos ora abririam espaços para novas formas de espiritualidade e capital
simbólico na rede, ora, ao não reconhecerem seus privilégios, reforçariam
estereótipos de gênero, sexistas, morais e conservadores, incorrendo na
incomunicação e estruturas biopolíticas, para alguns, e tendo um grande potencial
de adesão, por outros.
Palavras-chave: cibercultura; corpo; gênero; novas-religiões.
290
GT16 – Marketing, espetáculo e
ciberespaço: entre diversidades e
(in)tolerâncias religiosas
Coordenador/a
Eduardo Meinberg de
Albuquerque Maranhão Filho Jacqueline Ziroldo Dolghie
Doutorando em História Social pela Doutora em Ciências da Religião
USP. Mestre em História pela pela UMESP.
UDESC.
Comentadores
Resumo
291
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
“Juntos outra vez”: canção, Lápides, flores e velas E quando Deus vira
espetáculo e marketing virtuais: os cemitérios on- Google? O adolescente e
religioso no Louvor Norte line (1990-2013) sua percepção sobre Deus
no Facebook
Giovana dos Anjos Ferreira Julia Massucheti Tomasi
UEPA UFSC Kate Fabiani Rigo
EST
292
A grande onda vai te pegar: Mborai: o canto sagrado A Internet e seus
marketing, espetáculo e guarani perigos: individualismo e
ciberespaço na Bola de Neve poder
Church João José de Felix Pereira entre as Testemunhas de
UMESP Jeová
Eduardo Meinberg de
Albuquerque Maranhão Fº Suzana Ramos Coutinho
USP Mackenzie
293
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
A mão de Deus está aqui e na televisão: análise etnográfica dos cultos da
Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), na Sede Regional, em São Luís -
MA
1
Professor associado III na UFAL. Pós-doutor pela Universidade do Minho (Braga), Doutor pela
UFRJ e Mestre pela USP. Coordenador do NEPEC, Vice Coordenador do Intermídia. Contato:
josewagnerribeiro@bol.com.br .
2
Graduada em História pela UFMA. Membro do GP História e Religião. Orientada pela Prof. Dr.
Lyndon de Araújo Santos. Contato: jaciara_jc@hotmail.com.
294
estabelecida e maior representante do neopentecostalismo no Brasil, a Igreja
Universal do Reino de Deus, da qual o líder e fundador da IMPD, o autointitulado
Apóstolo Valdemiro Santiago foi bispo. A IMPD em São Luís e o papel por ela
exercido na configuração religiosa brasileira serão analisados através da articulação
de categorias de análise como o carisma, discurso, dentre outros, e do ritual- o
culto enquanto espaço de atuação, como também da utilização da mídia enquanto
instrumento de proselitismo e propaganda. Utilizamos como metodologia de
pesquisa abordagens etnográficas por meio da observação participante dos rituais,
dos discursos, das posturas, da estética e dos usos simbólicos de artefatos sagrados
em cultos da Igreja Mundial do Poder de Deus, em São Luís – MA.
Palavras-chave: IMPD; São Luís-MA; televisão.
***
Anjos, demônios sociais e canções de amor
***
3
Doutorando em História pela UFPE. Professor do DHI – UFS. Membro do GPCIR (GP Cultura,
Identidades e Religiosidades), da Academia Sergipana de Letras, Academia Lagartense de Letras
(ALL) e Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE). Contato:
franklinmonteiro@oi.com.br.
295
“Juntos outra vez”: canção, espetáculo e marketing religioso no Louvor Norte
***
Análise de discurso da marca da igreja Bola de Neve
***
A grande onda vai te pegar: marketing, espetáculo e ciberespaço na Bola de
Neve Church
***
Pôster
6
Doutorando em História pela USP. Mestre em História pela UDESC e especialista em Marketing
e Comunicação Social pela Cásper Líbero. Contato: edumeinberg@gmail.com.
7
Mestre em Ciências da Religião pela UNICAP. Contato: avellar@unicap.br.
297
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
8
Mestrando em Ciência da Religião pela UFJF. Bacharel em Ciências Humanas pela UFJF e em
Teologia pela Fac. Unida de Vitória – ES. Bolsista CAPES. Orientado pelo Prof. Dr. Emerson
Sena da Silveira. Contato: dnney@ibest.com.br.
9
Pós-doutoranda na University of Cambridge. Doutora em Sociologia pela UFPE, Professora
Adjunta 2 de Publicidade e Propaganda na UFPE e no PPGCOM – UFPE. Coordenadora do GP
Publicidade nas Novas Mídias. Contato: k.patriota@gmail.com.
298
O artigo propõe, como objetivo, analisar usos e discursos atribuídos ao Padre Fábio
de Melo, personalidade midiática do catolicismo, numa perspectiva mercadológica
e espetacular, classificando-o como um popstar da fé. Como base teórica que
fundamentou a pesquisa, contamos com referências como Debord (1997), Campos
(1997), Guerra (2003) e Souza (2005). Na construção do percurso teórico,
conceitual e analítico, descrevemos as relações e investidas da Igreja Católica na
mídia, principalmente nas últimas décadas, e o perfil profissional, artístico e
midiático do personagem principal desta análise, o Padre Fábio de Melo. Para a
efetivação da análise discursiva coletamos conteúdos dos seus perfis nas redes
sociais Twitter e Facebook. Tais observações nos levaram a ponderar que a
dimensão espetacular e mercadológica das ações do Padre Fábio se constituem
como respostas ao contínuo imperativo que as diversas organizações religiosas –
incluída a Igreja Católica – tem para responder às demandas dos fiéis-
consumidores, o que solicita, por conseguinte, a modelagem no conteúdo
discursivo, a oferta de produtos atrativos (muitos de cunho espetacular) e a
instauração de um novo tipo de diálogo.
Palavras-chave: Padre Fábio de Melo; mídias sociais digitais; análise do discurso;
marketing; espetáculo.
***
No Brasil, a partir dos anos 2000, a Internet cresceu rapidamente. Esse novo
mundo cibernético afetou as religiões e as relações sociais que os adeptos de
grupos e movimentos religiosos travam entre si e entre outros não adeptos.
Espalhando-se a partir das religiosidades evangélicas, o catolicismo aprofundou
sua presença nesse espaço, principalmente a partir do movimento carismático
10
Doutoranda pelo PPGCOM /UFPE, mestra em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela
UFRPE, especialista em Administração com Ênfase em Marketing. Bolsista Capes. Contato:
adfreire2@hotmail.com.
11
Este texto foi desenvolvido a partir dos dados contidos no relatório de pós-doutoramento em
Antropologia, desenvolvido no PPCIR – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião
(PPCIR), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), entre 2008 e 2009, com bolsa
financiada pelo CNPQ.
12
Antropólogo. Doutor em Ciência da Religião pela UFJF. Professor Adjunto no Departamento
de Ciência da Religião e do PPCIR da UFJF. Contato: emerson.silveira@ufjf.edu.br.
299
católico, que passou a investir intensivamente nos novos meios de comunicação.
Para exemplificar essa nova dinâmica identitária, escolheram-se, como “campo
etnográfico virtual”, as salas de bate-papo on-line de uma das mais importantes
comunidades católico-carismáticas: a Canção Nova. Essas salas, conhecidas
como chats ou sistemas de comunicação eletrônica, simulam um ambiente em que
pessoas conversam entre si. A pesquisa estendeu-se por quatro meses entre 2008 e
2009, em horários alternados, e permitiu identificar alguns padrões de interação.
Foram pesquisados dois tipos de chats: o dirigido, com a presença de uma
personalidade convidada e conduzido por um chat-master(“supervisor” da sala); e
o livre, em que se conversa de forma espontânea. Constatou-se que a conversação é
dinâmica, mas seu desenho mantém algumas configurações básicas, como a intensa
troca de frases, simulação e mimese de identidades e símbolos linguísticos. Essa
atividade, apesar da força da tradição religiosa, torna-se “um enorme jogo sem
fim” ou uma “festa linguística” para onde se leva a “língua”, ao invés de “bebida”,
e onde a identidade religiosa torna-se um processo linguístico-religioso, ao invés
reificar-se como pureza dogmática.
Palavras-chave: identidade religiosa; espaço cibernético; chats católico-
carismáticos.
***
Lápides, flores e velas virtuais: os cemitérios on-line (1990-2013)
13
Doutoranda em História pela UFSC. Contato: juliamtomasi@hotmail.com.
300
***
Mercado, música e espetáculo: novos espaços e legitimações religiosas
***
Mborai: o canto sagrado guarani
Mborai: O Canto Sagrado Guarani, forma com Mimby: A Arte de Fazer e Tocar
Flautas de Bambu e Mborayu: Um Conceito da Espiritualidade Guarani, uma
trilogia sobre a música e a espiritualidade Guarani. Entre 1991 e 1995 escrevi a
dissertação de mestrado Mimby: A Arte de Fazer e Tocar Flautas de Bambu. Essa
dissertação foi defendida em 1995 no programa de Comunicação e Semiótica da
PUC/SP. Entre 2008 e 2010 escrevi a tese de doutorado Mborayu: Um Conceito
Da Espiritualidade Guarani, essa tese foi defendido em 2010, no programa de
Ciências da Religião da UMESP. O estudo que apresento, agora, faz parte da
minha pesquisa de pós-doutorado, nela me detive especificamente na poética do
Mborai, Canto Guarani, cujo conteúdo tem cunho religioso, linguagem afetiva que
14
Doutora e mestre em Ciências Sociais e Religião pela UMESP. Líder do GP “Cultura,
Sociedade e Representações”. Contato: jzdolghie@terra.com.br.
15
Doutor em Ciências da Religião pela UMESP. Professor de Composição Musical na
Universidade do Estado do Paraná/UNESPAR. Membro do grupo de pesquisa NETMAL da
UMESP. Orientado pela Profa. Dra. Sandra Duarte de Souza. Contato: awajupoty@ig.com.br.
301
é compartilhada reciprocamente por todos que tem em si o sentimento de pertença
a esse liame social.
***
Pôster
16
Bacharelando em Teologia pelo Mackenzie. Membro do GP Espetacularização do Sagrado,
Orientado pela Profa. Dra. Lídice Meyer Pinto Ribeiro. Contato: gabriel_jmp@hotmail.com.
302
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
Religião e Ciberespaço: cultura do imaterial e elementos da estética classicista
no portal dos Arautos do Evangelho
***
Comunidades religiosas nas redes sociais virtuais: conexão técnica ou vínculo
comunitário?
Jorge Miklos18
17
Mestre em Comunicação pela UNIP. Membro do GP Mídia e Estudos do Imaginário (UNIP).
Orientada pela Profa. Dra. Malena Contrera. Contato: jornalista.gabriela@gmail.com.
18
Doutor em Comunicação e Semiótica e Mestre em Ciências da Religião pela PUC/SP.
Professor titular no PPG em Comunicação e Cultura Midiática da UNIP. Pesquisador do GP
Mídia e Estudos do Imaginário (UNIP). Diretor Presidente do Centro Interdisciplinar de
Semiótica da Cultura e da Mídia da PUC – SP. Contato: jorgemiklos@gmail.com.
303
Atualmente grupos religiosos engendram o associativismo religioso por meio da
conexão midiática nas redes cibernéticas. Grupos religiosos celebram as “redes”
com um novo ambiente de comunicação reticular capaz de promover laços sociais
entre os indivíduos que envolvem-se nesse nova ambiência de pertencimento. Que
implicações essa midiatização do campo religioso sinaliza? Esta comunicação tem
por objetivo desmistificar o discurso ufanista acerca da cultura digital. A despeito
do clima otimista que assenta na tecnologia de comunicação digital a esperança de
uma interação livre, a cibercultura é um cenário mais avançado da cultura de
massas e da indústria cultural. O que há nas redes é conexão técnica, fluxo
informacional, espetacularização do ritual, transformação do sagrado em
mercadoria, transformação dos líderes religiosos em celebridades, reprodução do
individualismo e intolerância.
Palavras-chave: cibercultura; comunidades religiosas; redes sociais virtuais;
espetáculo; intolerância.
***
O Testemunho Religioso no ciberespaço: uma forma (cri)ativa de interpelar o
outro
***
19
Mestrando em Ciências das Religiões pela Faculdade Unida de Vitória. Contato:
Kawai150@hotmail.com.
304
E quando Deus vira Google? O adolescente e sua percepção sobre Deus no
Facebook
***
Narrativas digitais nas diversas redes educativas que atravessam as
aprendizagens em terreiros de Candomblé no Brasil
Este trabalho tem o objetivo de analisar as narrativas digitais construídas por meio
de imagens, vídeos, textos e interações em redes sociais digitais compartilhados
por praticantes dos terreiros de Candomblé. O eixo da análise recai sobre as
diversas redes educativas que se entrelaçam cotidianamente nesses terreiros,
alcançando o ciberespaço, e inspira-se em Caputo (2012), cuja pesquisa de vinte
anos com crianças de Candomblé revela que elas escondem sua fé na escola por se
sentirem discriminadas, tanto religiosa quanto racialmente. O papel das narrativas
digitais será analisado em sua potência criadora de novos significados para os
praticantes do Candomblé, conferindo mais visibilidade para a religião e
contribuindo para a superação do preconceito, viabilizando novas aprendizagens e
fortalecendo identidades de forma alinhada com a concepção de que as redes se
inserem em todas as fibras do cotidiano.
Palavras-chave: candomblé; narrativas digitais; redes educativas; redes sociais.
***
20
Doutoranda em Religião pela EST. Contato: kate@novaformacultural.com.
21
Mestre em Administração Pública e Empresarial pela FGV/RJ. Professora de Psicologia do
Centro Universitário IBMR. Pesquisadora nível I CAPES. Participante do GP Ilè Obà Òyó do
PPGE/UERJ. Contato: mairapereira@uol.com.br.
305
A Internet e seus perigos: individualismo e poder entre as Testemunhas de
Jeová
***
Pôster
22
Ph.D. em Estudos da Religião (Lancaster, Inglaterra). Contato: sucoutinho@gmail.com.
23
Mestrando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Contato: prof_rfernandes@yahoo.com.br.
306
GT17 – “No templo, no quartel e
no porão”: os protestantes e a
ditadura militar brasileira
Coordenadores/a
Resumo
307
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Helmut Renders
UMESP
308
“
“No Brasil vivemos numa
democracia”: os batistas e
os direitos humanos nos
anos derradeiros da
ditadura militar e início da
redemocratização brasileira
(1978-1988)
309
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
O protestantismo histórico de missão brasileiro e o processo de secularização
no período da ditadura militar
1
Mestranda em História pela UFRRJ. Contato: cristiane.historia@yahoo.com.br.
2
Doutorando e mestre em Ciências da Religião pela UMESP. Contato: daniel34@uol.com.br.
310
aconteceu? Nossa hipótese é de que ele foi fruto de uma busca de relevância da
Religião num ambiente secularizado. No Brasil da época, a fé havia sido
colocada em segundo plano, num processo que já vinha desde os tempos
coloniais. A ele se acrescia agora um desafio : a urbanização e o refluxo do
desenvolvimentismo que levou a uma crise social. Para os protestantes
progressistas, ser relevante era exercer uma fé engajada por vezes flertando com
Marx. Para os conservadores era manter sua teologia e apoiar o governo.
Palavras chaves: protestantes e ditadura; secularização; protestantismo.
***
“Nadando contra a corrente”: a atuação da juventude protestante através da
juventude batista baiana (1960-1970)
***
O cristão frente às autoridades civis: a mentalidade dos protestantes
pernambucanos no Golpe Militar de 1964
***
“No Brasil vivemos numa democracia”: os batistas e os direitos humanos nos
anos derradeiros da ditadura militar brasileira (1978-1988)
4
Graduanda em Historia pela UFPE. Contato: zilma_adelia@yahoo.com.
5
Doutorando em História pela PUC/SP. Contato: bozo.rqop@gmail.com.
312
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
Helmut Renders6
Como entrou a Igreja Metodista do Brasil na ditadura militar? Qual era a sua
atitude quanto à questão da tolerância religiosa e cultural? Como ela relaciona a
pergunta da tolerância com a garantia do direito? Para responder estas perguntas,
investigamos como é que os temas “cultura” e “cidadania” aparecem nas
publicações da Igreja Metodista do Brasil dos anos 1960-1964. Consideramos seus
Credos Sociais (1930 e 1960), seu jornal mensal, o Expositor Cristão, e a revista
da juventude, a Cruz de Malta. Concentrar-nos-emos nos anos antes da ditadura
militar e investigamos como se discutiu na Igreja Metodista do Brasil os temas
Igrejas, cultura brasileira e cidadania. Propomos esta dupla abordagem por quatro
razões: Primeiro, consideremos estes dois temas chaves da presença pública
protestante no Brasil; segundo, propomos contribuir para a tese dupla da ausência
cultural e da presença cidadã do protestantismo no Brasil; terceiro, acreditamos que
se precisa ainda explorar mais esta relação entre cultura e cidadania em si.
Palavras- chave: ditadura militar brasileira; Igreja Metodista; tolerância;
cidadania; cultura.
***
Presbiterianos e apoio governo militar: reação e intolerância internas
A Igreja Presbiteriana do Brasil apoiou o governo militar. Isso era parte da disputa
no campo religioso. Pensava-se em participar das transformações do país para o
6
Doutor em Ciências da Religião, Professor no PPG em Ciências da Religião da UMESP.
Contato: helmut.renders@metodista.br.
7
Doutor em História, Professor no Mackenzie e Seminário Presbiteriano de Campinas. Contato:
silasluizdesouza@gmail.com.
313
progresso. Nesse sentido, a aprovação aos militares é resultado de sua herança
fundamentalista e liberal. A sustentação e o aplauso estiveram presentes nas
páginas do jornal oficial, o Brasil Presbiteriano, e em decisões conciliares. Houve,
porém, um grupo de oposição ao governo eclesiástico cuja linha teológica e
ideológica teria outra conduta. Suas ideias aparecem nas críticas que o jornal
oficial fazia ao trabalho deles, nas decisões conciliares e, principalmente, no jornal
criado para debate e oposição, o Jornal Presbiteriano. Ecumenismo,
responsabilidade social da igreja e missão integral eram conceitos correntes do
grupo. Assim, recebiam a acusação de esquerdismo e comunismo, sujeitos a
processos eclesiásticos e expulsões.
Palavras-chave: presbiterianismo no Brasil; governo militar; religião e política
***
A retórica protestante durante o período da ditadura militar (1964-1985): o
caso da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
O golpe militar de 1964 foi um divisor de águas na sociedade brasileira, pois, ele
marcou o início de uma retomada conservadora dos mecanismos de Estado e do
estabelecimento de um regime de intolerância e discriminatório. Diante dele, os
religiosos brasileiros, neste caso os presbiterianos independentes (uma Igreja
organizada em 1903), elaboraram uma retórica que superava a simples omissão
diante da violência do regime para ser tornar um apoio explícito de uma maioria de
seus integrantes, em especial de seu jornal oficial (O Estandarte). Por outro lado,
esse grupo de evangélicos agiu exatamente como outros protestantes brasileiros no
esforço de legitimação e de apoio a ditadura cívico-militar. Sustentamos que esses
atos retóricos devem ser interpretados à luz de um contexto histórico, cultural,
econômico e sociológico, que levou grupos protestantes e católicos a agirem de
formas diferenciadas quanto a ditadura instaurada no País com o Golpe e mantida
ao longo dos 21 anos seguintes. O material usado na investigação vem do jornal
oficial da IPI, livros de atas, e relatórios que estão se tornando públicos nos
arquivos dos antigos órgãos de repressão do País, decorrente das atuais iniciativas
de se buscar a verdade histórica sobre esse importante período da história do
Brasil.
8
Doutor em Ciências da Religião e Docente na UMESP. Contato: leocamps@uol.com.br.
314
Palavras-chave: evangélicos e ditadura; retórica religiosa e ditadura; ditadura
militar e igrejas cristãs.
***
“Caminhos diferentes”: delação na Igreja Presbiteriana do Brasil
9
Doutorando em História Social pela USP. Mestre em Ciências da Religião pela UMESP.
Contato: leandroneho@usp.br.
315
316
GT18 – O Oriente e suas
diversidades religiosas
Coordenadores
Resumo
317
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Arilson Oliveira
UFCG
A prática do Dzochen e a
tradição Vajrayana no
budismo tibetano
Lugares e dimensões do
sagrado: Religiosidade, culto
aos ancestrais e cultura
material entre Nikkeis em
Londrina (1929 – 2013)
Diversidade étnica e
dificuldades de integração no
catolicismo contemporâneo
Japonês
Antonio Genivaldo C. de
Oliveira
PUC/SP
318
Divulgação do taoísmo no
Brasil: apontamentos a partir
da tradução do Daodejing por
Wu Jyh Chering
319
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
Arilson Oliveira1
Em relação ao budismo, Max Weber explica que, apesar de não ter uma
importância definitiva na Índia atual, seu grande êxito na Índia antiga, radicado em
seu desenvolvimento – hoje, bem mais ampliado – na China, Tibete, Coréia, Japão
etc., o qualifica como religião universal, sendo ela uma das maiores religiões
missionárias da terra. Segundo Weber, o budismo não se vincula a um mero
conhecimento especulativo, senão a um estado de paz e tranquilidade que se
alcança renunciando ao mundo mediante a autorrealização; o que se busca não é a
libertação para a vida eterna, mas uma tranquilidade para a morte. Não obstante, o
nosso objetivo, aqui, é apresentar o quão Weber estava envolto dessa indologia
para concretizar seus parâmetros metodológicos, tendo o budismo como divisor de
águas na história da Índia.
Palavras-chave: Max Weber; budismo; indologia; antiguidade.
***
A dor que não cala e a fugaz felicidade: Duhka e Sukha no hinduimo, no
budismo e para Cecília Meireles
1
Pós-doutorando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Doutor em História Social pela USP.
Professor Adjunto no Departamento de Ciências Sociais da UFCG. Pesquisador do GE em
Sociologia da Religião GESR (UFCG) e do Laboratório de Estudos da Ásia (LEA/USP).
Contato: arilsonpaganus@yahoo.com.br.
2
Doutoranda em Literatura pela UNESP/Assis. Contato: gisele_usp@yahoo.com.br.
320
sujeitos ao estar no mundo. O ponto axial entre estes opostos correlatos é o desejo,
enquanto a meta do transcendentalista seria libertar-se do desejo, mas apenas
daquele pelo fruto das ações, e buscar a equanimidade perante a dualidade através
do conhecimento. Estas noções sobre o maior fardo humano e seu maior bem, ou
seja, a dor e a felicidade, foram captadas, a partir dos pressupostos filosófico-
religiosos do hinduísmo e do budismo e tecidas magistralmente na poesia de
Cecília Meireles. O objetivo deste trabalho é apresentar a teoria de sukha e duhkha
conforme as duas vertentes religiosas e na lírica ceciliana, considerando essa
literatura como afetuoso instrumento de exercício e autorrealização e aprendizado.
Palavras-chave: Duhkha; Sukha; hinduísmo; budismo; Cecília Meireles.
***
A prática do Dzochen e a tradição Vajrayana no Budismo Tibetano
***
3
Discente em Ciências das Religiões pela UFPB. Participante do GP Padma. Contato:
igohr_brennand@hotmail.com.
4
Pós-doutora em Ciências das Religiões pela UFJF. Doutora e mestre em História pela
UNICAMP. Líder do GP Padma. Contato: marialucia.ufpb@gmail.com.
321
A Arte Sacra indiana na Era Gupta
***
Lugares e dimensões do sagrado: religiosidade, culto aos ancestrais e cultura
material entre Nikkeis em Londrina (1929 – 2013)
5
Bacharelando em Ciências das Religiões pela UFPB. Membro do GP Padma. Bolsista Probex
UFPB. Contato: paulocavalcantecrufpb@gmail.com.
6
Doutor em História pela UNESP. Pprofessor na UEL . Membro do Laboratório de Estudos das
Religiões e Religiosidades (LERR) da UEL.
322
em níveis não necessariamente institucionais, remetendo a manifestações religiosas
que foram reconstruídas na sociedade receptora.
Palavras-chave: religiosidade; nikkeis; butsudan; culto aos ancestrais; cultura
material.
***
Diversidade étnica e dificuldades de integração no Catolicismo
Contemporâneo Japonês
***
Divulgação do Taoísmo no Brasil: apontamentos a partir da tradução do
Daodejing por Wu Jyh Cherng
7
Doutorando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Mestre em Pensamento Cristão pela
Universidade Nanzan em Nagoya, Japão. Contato: genomijp@hotmail.com.
8
Mestrando pela PUC/SP. Orientado pelo Prof. Dr. Frank Usarski. Contato:
matheusskt@hotmail.com.
323
Houve um desejo explícito de divulgação da tradição taoísta (Robinet, 1997) no
Brasil pelo sacerdote taoísta Wu Jyh Cherng (1958-2004). Observamos que este
desejo se materializou, entre outras formas, na tradução e comentários em
português de uma das mais importantes obras sagradas da tradição taoísta: o
daodejing (Tao Te Ching). Dessa forma, a tradução de um clássico taoísta
diretamente do chinês por um sacerdote taoísta pode ser visto como uma estratégia
de divulgação dessa tradição religiosa no Brasil. Assim, o objetivo desse ensaio é
tecer alguns apontamentos sobre o processo de divulgação do taoísmo no Brasil a
partir da tradução do daodejing pelo sacerdote Wu Jyh Cherng. Para tanto,
utilizamos informações do site da Sociedade Taoísta do Brasil (fundada por esse
sacerdote) e uma análise da tradução do daodejing sob a luz de Peter Burke (2003)
e da teoria da transplantação religiosa.
Palavras-chave: daojiao; textos sagrados; transplantação.
***
A Mesquita da Luz: uma abordagem do Islã Sunita no Rio de Janeiro
9
Mestrando em Ciências da Religião pelo Mackenzie. Membro do GP Núcleo de Estudos das
Manifestações Religiosas no Brasil (NEMAR). Orientado pela Prof. Dra. Lídice Meyer Pinto
Ribeiro. Contato: revjanoi@hotmail.com.
324
GT19 – Pentecostalismos
brasileiros: novas perspectivas
Coordenadores
Resumo
Em 2010, o fenômeno pentecostal fez cem anos no Brasil. Em 1910, eram apenas
40 pessoas, atualmente são mais de 25 milhões de brasileiros. Surgiu na região
sudeste a partir de uma igreja étnica e calvinista a Congregação Cristã no Brasil,
mas também na região norte com um grupo miscigenado e arminianista
as Assembleias de Deus, ambas fundadas por migrantes europeus vindos dos EUA,
mas sem vínculos institucionais com os pentecostalismos norteamericanos. Os
grupos se fracionaram acompanhando os processos migratórios internos e externos
do país, estando atualmente pulverizados em milhares de grupos diversos e
divergentes numa polissemia religiosa nas mais diferentes configurações. Qual
conceito, taxonomia ou hipótese é capaz de dar conta de tão imensa complexidade?
Esse GT pretende promover o diálogo com pesquisas em desenvolvimento sobre o
fenômeno dentro de uma problematização ampla que evita leituras exclusivistas a
partir de um único marco teórico e hipótese generalizante e se abre para novas
etnografias e abordagens. Os pentecostalismos (sim, no plural), em diálogo com a
cultura brasileira, ainda estão se inventando e sendo reinventados em suas práticas.
325
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
326
Atuação dos evangélicos na Os protestantes da
Pôsteres cidade templária de Romaria- Amazônia: Uma análise
MG da onda evangélica na
cidade de Juína no
Anna Carolina Alves Cruz Noroeste do Estado do
UFU Mato Grosso
327
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
Adriano Lima1
***
1
Mestrando em Teologia pela PUC/RS. Bacharel em Teologia pela FAECAD. Orientado pelo
Prof. Dr. Luis Carlos Susin. Contato: adriano.lima.66@hotmail.com.
328
Estevam Angelo de Souza: Pastor, escritor e liderança carismática no
Maranhão (1957-1996)
A problemática central desta pesquisa consiste na análise das obras e dos artigos
escritos por Estevam Ângelo de Souza, pastor da Igreja Assembleia de Deus, no
Estado do Maranhão. O recorte temporal data do ano de 1957 ao ano de 1996,
período em que o mesmo esteve à frente da Convenção Geral desta denominação,
ocupando o cargo de pastor presidente por 39 anos. Por ser um sujeito histórico
com grande participação na estrutura interna e externa assembleiana maranhense,
Estevam é considerado o mais importante líder da igreja durante o século XX. O
que contribuiu para isto foi a sua marcante atuação religiosa, carismática e política,
resultando em uma liderança centralizadora. Todas estas características
articularam-se á sua vivência como estudioso, principalmente, escritor, tendo em
vista a publicação de doze obras ao longo de sua vida. Partindo-se destas fontes,
temos como objetivo analisar o território maranhense enquanto espaço de
implantação e expansão do pentecostalismo assembleiano, na
perspectiva de uma análise das ações e discursos de Estevam Ângelo de Souza.
Entendemos a construção deste enquanto estratégia social, com a produção do
discurso religioso e moral a ser seguido pelos fiéis e que contribuiu para sua
legitimação como principal liderança da igreja ao longo do período republicano no
estado do Maranhão.
Palavras- chaves: Estevam Ângelo de Souza; Assembleia de Deus; obra; discurso.
***
A crença pentecostal na iminente volta de Jesus Cristo à terra a fim de resgatar seu
povo para estar consigo nos céus (parusia) pode ser facilmente identificada através
da literatura teológica pentecostal (livros e periódicos) e ainda em algumas
2
Mestra em História Social pela UERJ. Contato: lbamota22@yahoo.com.br.
3
Mestrando em Ciência da Religião pela UFJF. Membro do NE em Protestantismos e Teologias
(NEPROTES). Orientado pelo Prof. Dr. Arnaldo Érico Huff Junior. E-mail:
ismaelvasconcelos@yahoo.com.br.
329
prédicas comumente feitas nos templos que abrigam a denominação mais
proeminente do pentecostalismo clássico brasileiro: as Assembleias de Deus. Faz-
se questão de ressaltar o termo “algumas”, pois tais prédicas vêm sendo
paulatinamente substituídas por discursos de afirmação do tempo presente e de
identificação com o mundo. A breve descrição e problematização dessas mudanças
é a proposta desta comunicação que, a partir de um embasamento teórico acerca da
relação entre oralidade e escrita, irá comparar o que é dito nos púlpitos da referida
denominação com o que está registrado em seus códigos teológico-doutrinários. A
partir dessa comparação, será possível constatar a dinâmica do processo de
neopentecostalização que as Assembleias de Deus vêm passando atualmente.
Palavras-chave: Assembleias de Deus; pentecostalismo; neopentecostalismo;
escatologia.
***
Samuel Valério4
***
4
Mestrando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Membro do Grupo de Estudo de
Protestantismos e Pentecostalismos da PUC/SP (GEPP). Contato: samuelpv@ig.com.br.
330
Um diálogo católico-pentecostal sobre “Tornar-se cristão”
***
Pôster
5
Doutora em Teologia pela PUC/Rio. Contato: mteresacardoso@wnetrj.com.br.
6
Graduanda em Ciências Sociais pela UFU. Orientada pelo Prof. Dr. João Marcos Alem.
Contato: a.alvescruz@gmail.com
331
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
7
Doutorando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Orientado pelo Prof. Dr. João Décio Passos.
Contato: emmanuel.junior@gmail.com.
8
Mestranda pela UEL. Orientada pelo Prof. Dr. Fábio Lanza. Contato: nanda-
gallo@hotmail.com.
332
mais significativos no Brasil. O estudo foi realizado na cidade de Londrina
mediante análise dos dados coletados em campo, uso de material bibliográfico e
entrevista com o Bispo da Universal desta cidade. Sob o pressuposto que as
diversas modificações no campo religioso brasileiro, como a desmonopolitização
da Igreja Católica, a conquista da liberdade religiosa e sua acentuada pluralidade,
permitiram a outras organizações religiosas se expandirem e buscarem legitimidade
social e estabelecimento de uma presença institucional. A pesquisa buscou
entender, por meio de analises e interpretações sobre a construção do discurso
iurdiano e a Teologia da Prosperidade, a atuação desta instituição religiosa que ao
se adequar a sociedade de consumo conquista mais fiéis e torna-se mais atraente
dentro do quadro da diversidade religiosa brasileira.
Palavras-chave: Sociologia das Religiões; Igreja Universal do Reino de Deus;
teologia da Prosperidade.
***
O presente trabalho tem por objetivo, à luz de Michel Foucault, analisar de que
maneira as subjetividades dos fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus são
construídas. Diante da multiplicidade da Igreja Universal, optei por explorar uma
de suas campanhas, denominada “Jejum de Daniel”. A campanha faz alusão ao
Daniel bíblico, que jejuou por 21 dias se sacrificando em nome de Deus, dessa
forma, a campanha também propõe aos fiéis da Igreja que jejuem por 21 dias. No
entanto, o “sacrifício” proposto não é alimentício e sim, midiático, ou seja,
abstinência de qualquer tipo de mídia com o objetivo de ser batizado com o
Espírito Santo. O que mais chama atenção são os resultados, que são amplamente
divulgados por meio de testemunhos dos fiéis. São esses discursos, o institucional e
do fiel, que pretendo abordar com base em conceitos do filósofo francês: discurso,
poder e em especial, o cuidado de si explorado nos seus últimos cursos no Collège
de France.
Palavras-chave: História Cultural; Michel Foucault; neopentecostalismo;
Igreja Universal do Reino de Deus.
***
9
Mestranda em História Social pela UEL. Contato: marinamanduchi@hotmail.com.
333
A Igreja Presbiteriana Renovada e a sua inserção no campo religioso
brasileiro
***
Maxwell Fajardo11
10
Doutorando em Ciências Sociais pela UFRN. Contato: jrmf.pro@gmail.com.
11
Doutorando em História pela UNESP/Assis. Mestre em Ciências da Religião pela UMESP.
Contato: max.fajardo@yahoo.com.br.
334
denominações, se fazem presentes no processo de acolhida e adaptação do
migrante em sua chegada ao bairro e em que medida a filiação religiosa ganha
importância neste processo de movimento e circulação populacional no espaço
urbano.
Palavras-chave: Redes religiosas pentecostais; migração; pentecostais na
periferia.
***
12
Mestre em Ciências da Religião pela PUC/SP. Profa. de Antropologia e História do Direito na
AJES. Contato: marinaslopes@terra.com.br.
335
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
***
13
Doutorando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Orientado pelo Prof. Dr. Edin Sued
Abumanssur. Contato: pastorcarlosantonio@terra.com.br.
336
Pentecostalismo e questão social: Novas formas de enfrentamento?
***
14
Mestrando em Ciências Sociais pela UEL. Membro do LE sobre as Religiões e as
Religiosidades (LERR). Contato: edson_londrina@hotmail.com.
15
Mestre em Ciências Sociais pela UEL. Membro do LERR. Contato: pr.ernesto@gmail.com.
16
Mestranda em Antropologia pela UFGD. Contato: gabbi_ks@yahoo.com.br.
337
de maneira peculiar, sem a presença de pastores, já que o mesmo é realizado na
varanda das casas e presidido pelos próprios participantes. Portanto, através dos
elementos obtidos pelo trabalho etnográfico, o que se objetiva aqui é mostrar a
forma singular de realização desse culto e como essa prática surte efeito para
coesão e união não só deste grupo familiar, mas que também perpassa toda a
comunidade.
Palavras-chave: quilombolas; religiosidade; pentecostalismo.
338
GT20 – Religião e ciência:
tensão, diálogo e
experimentações
Coordenadores
Comentadora
Paula Rondinelli
Doutora em Ciências pelo PPG em Integração da América Latina da USP. Técnica
Desportiva pela UFABC.
Resumo
339
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Michelle Veronese
PUC/SP
Clarissa De Franco
UFABC
340
Teísmo, ateísmo e
cenários de evolução no A ciência espiritual da Bhakti-
multiverso yoga: epistemologia e revelação
341
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
Reflexões sobre a noção de eficácia simbólica em Levi-Strauss no contexto da
Etnofarmacobotânica
1
Ecólogo Paisagista. Licenciado em Ciências y Artes Ambientais. Mestre em Ciências. Professor da FTU.
Contato: jose-vuscovich@ftu.edu.br.
2
Pesquisadora associada da Sociedade Latinoamerica de Farmacobotânica. Pesquisadora e
membro diretor do Centro de Estudos da Religião “Duglas Teixeira Monteiro” USP, PUC/SP.
Contato: mariatherezac@terra.com.br.
342
considerando seu vínculo com diferentes sistemas de crença, os quais emprestam
aos rituais de cura um caráter nitidamente mágico-religioso. O presente trabalho
propõe uma reflexão sobre a eficácia simbólica atribuída a certas práticas mágicas,
proposta por Lévi-Strauss, ao tratar de cura xamânica, admitindo que a eficácia
assenta-se na crença da magia, sem, contudo, considerar o valor de todos os
elementos de que compõem os procedimentos de caráter mágico envolvidos com o
resultado final, responsável pela eficácia.. Em contraposição, a eficácia das terapias
médico-populares contemporâneas, de cunho mágico-religioso, a qual busca, para
sua interpretação, incorporar a ritualística e a crença à materialidade da
farmacobotânica, esta, através da interatividade dos papeis: sacral e funcional das
plantas, no conjunto ritual de cura, resultando em sua eficácia perante o doente e
seu grupo familiar, social e religioso.
Palavras chave: etnofarmacobotânica; medicina popular; medicina mágico-
religiosa; plantas rituais.
***
In Partibus Fidelium: os artigos do Pe. João Alfredo Rohr, S.J., na Revista
Eclesiástica e na Revista de Cultura Vozes (1967 – 1979)
João Alfredo Rohr (1908-1984), além de padre jesuíta, foi estudioso da pré-história
do Estado de Santa Catarina e reconhecido pioneiro das iniciativas de defesa de
seus sítios arqueológicos. Em seu envolvimento com tais questões influiu sua
posição no campo religioso, já que ele se deu em um quadro social onde as
agências governamentais responsáveis pela proteção do patrimônio nacional
mantinham relações de apoio mútuo com o clero católico. O presente trabalho
considera esta circunstância como uma chave para interpretar os artigos sobre
arqueologia pré-histórica e preservação do patrimônio arqueológico publicados por
Pe. Rohr na Revista Eclesiástica Brasileira e na Revista de Cultura Vozes nas
décadas de 1960 e 1970. Na leitura destes textos, produzidos para publicações não
acadêmicas, voltadas para diferentes tipos de fiéis católicos, busca-se cartografar
possíveis pontos de contato entre a pesquisa científica e a trajetória religiosa de Pe.
Rohr.
Palavras-chave: Pe. João Alfredo Rohr, S. J.; história da arqueologia; patrimônio
arqueológico; Igreja e Estado; ciência e religião.
3
Mestre em História pela UNIRIO. Bacharel e Licenciado em História pela PUC/Rio. Bolsista no
Programa de Capacitação Institucional da Coordenação de História da Ciência do Museu de
Astronomia e Ciências Afins (PCI/CHC-MAST/MCTI). Contato: bccruz.alfredo@gmail.com.
343
***
Umberto Eco, Carlo Maria Martini, Jacques Derrida: saber e Fé no Deserto
do Deserto
Oito cartas trocadas entre Umberto Eco e Carlo Maria Martini serão analisadas,
utilizando-nos da desconstrução de Jacques Derrida, principalmente, suas reflexões
em “Fé e Saber: As duas fontes da “religião’ nos limites da simples razão”.
Publicadas no livro “Em que creem os que não creem?”, as missivas do filósofo
italiano e do cardeal de Roma, fornecem material para refletir acerca de princípios
morais, tanto laicos como transcendentes que envolvem a questão do Saber e da Fé
– o aborto, a presença das mulheres na Igreja, a sacralidade, a liberdade da ciência,
o Outro, a Ética –, demonstrando-nos que para além do pensamento dicotômico e
hierárquico, fé e ciência, religiosidade e saber, estão presentes em domínios
diversos não devendo ser compreendidos separadamente. Este estudo nos lança ao
deserto do deserto, numa aporia da alteridade, caminho penoso e complexo,
marcado por questões de violência, injustiça, dor e fundamentalismos, mas também
de amor, sacralidade e fé.
Palavras – Chave: fé; saber; alteridade.
***
Verdade, Realidade e Conhecimento no Contexto do Ateísmo
Contemporâneo: diálogo entre as ciências da Natureza e as Ciências Humanas
Clarissa De Franco5
***
Teísmo, ateísmo e cenários de evolução no multiverso
Osame Kinouchi6
6
Doutor em Física pelo IF/USP. Professor associado no Departamento de Física da FFCLRP-
USP. Coordenador do Laboratório de Física Estatística e Biologia Computacional e do
Laboratório de Divulgação Científica e Cientometria. Membro do Center for Natural and
Artificial Information Proccessing Systems (CNAIPS/USP). Contato:okinouchi@gmail.com.
345
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
A religiosidade como fator estruturante do novo espírito do capitalismo
7
Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Professor no Departamento de História da
UNESP – Assis. Contato:bortho@uol.com.br.
8
Doutoranda e mestre em Antropologia pela PUC/SP. Membro do Núcleo de Pesquisa Religião e
Sociedade da PUC/ SP. Bolsista da Capes, Orientado pela Profa. Dra. Eliane Hojaij Gouveia.
Contato: textocon@textocon.com.
346
são parte da mesma moeda, ou seja, o lucro. Tal abordagem se caracteriza como o
“novo espírito” que se apresenta para fortalecer e diversificar as relações
capitalistas contemporâneas. Meu objetivo é desvendar o papel da crença e da fé,
principalmente religiosas, conectados a suas ações sociais voltadas para a
construção do “Jeito Luiza de Ser”. Para tanto, as semelhanças entre os estudos
sobre autoajuda, teologia da prosperidade e práticas cristãs serão examinados para
auxiliar na análise da função da religiosidade.
Palavras-chaves: cultura; religiosidade; crença; gestão.
***
A contracultura e a emergência da idéia de saúde como integração corpo e
mente
***
Novo pensamento e cura
9
Doutoranda em Sociologia pela USP. Contato: reginacariello@uol.com.br.
10
Pós-doutoranda em Sociologia pela USP. Contato: monicaschettini@uol.com.br.
347
Este paper se insere em uma pesquisa mais ampla que se detém em dois
fenômenos de origem estadunidense, bastante expressivos no Brasil
contemporâneo - a teologia da prosperidade, pregada pelos neopentecostais, e a
literatura de autoajuda, centrada no “poder da mente” ou no “poder do pensamento
positivo”. Os dois fenômenos em questão deitam raízes no Novo Pensamento,
movimento norte-americano significativo entre a segunda metade do século XIX e
as primeiras décadas do século XX, que combinava uma vasta gama de ideias e
práticas, incluindo-se influências oriundas do mesmerismo, do cristianismo e do
idealismo filosófico. Ao longo da comunicação, procuraremos apresentar as
principais características do movimento, destacando, especialmente, o projeto de
cura de doenças através do “poder da mente”, perseguido por seus expoentes, numa
relação com as ciências de seu tempo que parece ter sido de tensão, como também
de valoração.
Palavras-chave: novo pensamento; cura; literatura de autoajuda, teologia da
prosperidade.
***
Crenças e experiências religiosas dos “sem religião” nas comunidades virtuais
11
Doutor em Ciências Sociais com ênfase em Antropologia pela PUC/SP. Mestre em Ciências da
Religião pela PUC/SP. Contato: rafamx@uol.com.br.
348
Palavras Chaves: secularismo; sem religião; comunidades virtuais; postagens;
Orkut.
***
A ciência espiritual da Bakti-yoga: epistemologia e revelação
***
Vivência das religiosidades através da ioga
12
Mestrando em Educação pela UEPA. Educador, pedagogo, especialista em Movimentos
Sociais, Membro do NE Educação Popular Paulo Freire e do GP História da Educação na
Amazônia. Contato: grigorioreis@yahoo.com.br.
13
Mestra em Pedagogia da Motricidade Humana pela UNESP - Rio Claro. Membro do NE
Corpo e Sociedade UNESP/CNPQ. Professora da Secretaria Estadual da Educação do Estado de
São Paulo. Contato: eticiarochaduarte@gmail.com.
349
religiosidades. O objetivo é descrever, a partir do discurso de Hermógenes, a
experiência com o divino através da ioga. Seria uma nova maneira de vivenciar a
religiosidade ancorada na valorização do encontro entre Oriente e Ocidente. Sugere
uma pluralidade de caminhos como o sincretismo, mas também uma aproximação
com o campo da saúde, num movimento que se propõe a conquistar a plenitude do
ser em busca da divindade, mas que não descarta o corpo. Enfim, a manutenção
dos signos tradicionais cristãos, aliada à introdução dos elementos da cultura
oriental traz uma nova forma de vivenciar a religiosidade. Ao mesmo tempo em
que a religião legitima a experiência da ioga.
Palavras-chave: religião; ioga; Pluralidade.
350
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
Michelle Veronese14
Quando o físico alemão Anton Mesmer, em fins do século XVIII, defendeu que o
universo e todos os seres vivos eram perpassados por um fluido invisível, que
animava os corpos e poderia ser controlado por indivíduos treinados, não imaginou
que suas ideias iriam repercutir tão longe e por tanto tempo. No Brasil, por volta de
1850, a crença no magnetismo animal continuava a atrair curiosos, inspirando
praticantes e levando multidões para os grandes teatros. Nos palcos de cidades
como Rio de Janeiro e Salvador, os seguidores de Mesmer, chamados de
magnetizadores, exibiam seus talentos ao lado das sonâmbulas, mulheres que se
acreditava serem dotadas de dons especiais. As apresentações tinham um tom
científico, mas o conteúdo sobrenatural também estava presente e ecoava nas
profecias e adivinhações realizadas pelas sonâmbulas. Neste trabalho, apresento
essas figuras ainda pouco conhecidas da história das religiões no Brasil, discutindo
como estes homens e mulheres encantaram plateias ao combinar elementos da
ciência e da religião e, ao mesmo tempo, despertaram a ira daqueles que não
aceitavam ver borrada essa fronteira.
Palavras-chave: ciência; religião; magnetismo; mesmerismo.
***
Estados alterados de consciência na fronteira entre ciência e religião
Diogo F. Tenório15
14
Doutoranda em Ciências Sociais pela PUC – SP. Membro do GP Religião e Sociedade.
Bolsista do CNPQ. Orientado pela Profa. Dr.a Eliane Hojaij Gouveia.
Contato:mverone@gmail.com.
15
Graduado em Ciências Sociais pelo IFCS/UFRJ. Contato: diogotenorio@uol.com.br.
351
Pretendo neste trabalho debater as fronteiras, controvérsias e diálogos entre ciência
e religião que envolvem os chamados “estados alterados de consciência” (EACs),
ou estados de transe, em particular as experiências religiosas ocorridas em terreiros
de umbanda e centros espíritas. Irei analisar o contexto onde se desdobram tais
vivências e em que medida contribuem para a formação da pessoa do “sensitivo”,
ao expressarem símbolos, valores e crenças compartilhados pelo grupo. Gostaria
também de fazer uma (re)leitura da teoria antropológica brasileira, na qual foi de
certo modo dominante, a princípio, uma visão dos EACs como um certo tipo de
“distúrbio mental”. Esta visão presente na fundação da disciplina será debatida,
assim como a própria definição de “estados alterados”, ainda muito influenciada
pelo paradigma dualista da ciência biomédica (normalidade vs. patologia), e como
podemos articulá-la com os debates recentes da antropologia sobre as relações
entre natureza e cultura.
Palavras-chave: experiência religiosa; estados de transe; paradigma biomédico;
ciência; espiritualidade.
***
Espiritismo e medicina: interfaces entre ciência, saúde e espiritualidade
Neste trabalho pretendo refletir sobre a ideia de uma “medicina espírita” e suas
controvérsias. Trata-se de um modelo médico e científico? Se sim, qual o lugar que
ele pode ocupar frente aos demais modelos estabelecidos? Seria uma prática
terapêutica alternativa ou complementar, uma superação da biomedicina, ou uma
nova especialidade médica? Tais questões surgem no interior do próprio
movimento espírita que desde a sua origem tem apresentado interessantes reflexões
sobre as práticas e epistemologias médicas, propondo modos diferenciados de
pensar certas dicotomias caras à medicina e à ciência ocidental, tais como, espírito
e matéria, mente e corpo, saúde e doença, vida e morte. Apoiados nas investigações
da ciência contemporânea ou recuperando concepções médicas derrotadas pelo
atual modelo hegemônico, os médicos e cientistas espíritas afirmam que a
medicina espírita ou espiritual é a “medicina do futuro” precisamente porque
consegue perceber e tratar o ser humano em sua totalidade.
16
Doutorando em Antropologia pelo PPGSA/UFRJ, Mestre em Sociologia (com concentração
em Antropologia) pela mesma instituição. Pesquisador do Laboratório de Etnografia e Interfaces
de Conhecimento (LEIC/UFRJ). Orientado pelo Prof. Dr. Octavio Bonet. Contato:
gustavorchiesa@gmail.com.
352
Palavras-chave: medicina; ciência; espiritualidade; saúde.
***
Religião e ciência entre kardecistas e messiânicos
Este estudo visa a discutir a dinâmica entre religião e ciência nos procedimentos de
cura de duas expressões religiosas: o Espiritismo kardecista e a Igreja Messiânica.
Ambas se valem da imposição das mãos e de concepções vitalistas, mas
apresentam posições próprias quanto ao conhecimento científico derivadas das suas
trajetórias históricas: num caso, em harmonia com uma ciência progressista e, no
outro, em oposição a uma ciência ameaçadora, que precisa ser reinventada. Os
dados foram coletados em fontes escritas, orais e observação participante.
Palavras-chave: passe; johrei; energia.
***
Médicos e kardecistas: disputas simbólicas e jurídicas acerca da doença no
início do século XX
17
Doutora em Ciências Sociais pela PUC/SP. Professora da UNESP/Rio Claro. Líder do NE
Corpo e Sociedade (UNESP/CNPq). Contato: leilamarrach@uol.com.br.
18
Doutor em História Social pela UNESP/Assis. Professor do Centro Universitário Toledo de
Araçatuba e da Faculdade Metodista de Birigui. Contato: marottapeters@yahoo.com.br.
353
354
GT21 – Religião e hierofania:
história, espaços e símbolos
Coordenador
Resumo
A hierofania, por ser produção humana e coletiva, necessita de suportes que lhe dê
materialidade, daí sua proximidade com a palavra, a arquitetura, a cidade e o
ambiente, compondo um espaço simbólico, físico e imaginário, e promovendo, ao
longo de um percurso histórico específico, mitos, ritos, literaturas e músicas
sagradas, templos, santuários naturais, e outros suportes sujeitos à manifestação do
divino, como o corpo humano, plantas, animais. Mesmo o processo de
secularização promove “seus deuses”, seja na forma de um Leviatã, ou no fetiche
da mercadoria, que no contexto da cidade fomenta uma determinada cidadania,
indicando o “lugar da fé” em um correlato sistema político. Este GT pretende
reunir pesquisas que se relacionem às complexas temáticas que envolvem as
relações entre religião e hierofania. A história da materialidade religiosa, e de seus
significados no contexto de outras materialidades, permite compreender o “lugar da
religião” em uma dada sociedade.
355
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
356
Pôsteres A “religião” de Borges: o Santos pagãos: o
labirinto e o tigre como sincretismo e a
metáforas-mitos religiosidade cristã nos
anos da antiguidade
Rogério Gonçalves de Carvalho tardia
PUC/SP
Valquíria Velasco
UVA
357
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
Entre a história, o mito e o símbolo: Dom Manoel é o rei do mundo
***
O tempo e o espaço “sagrados” na Umbanda
***
Pôsteres
3
Doutorando em Ciências da Religião pela UMESP. membro do GP Religião e Periferia na
América Latina (REPAL/UMESP). Bolsista CAPES. Contato: clpnoronha@yahoo.com.br.
4
Doutorando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Professor da Faculdade de Teologia
Metodista. Contato: rogeriogcarvalho@gmail.com.
359
delas, que confortavelmente se põe no campo do símbolo, do mito e da metáfora,
que sempre gozaram de privilégios na linguagem religiosa. Diante disso, tomamos
Gilbert Durand, antropólogo do imaginário e mitólogo, como um dos pensadores
que tentaram devolver à metáfora o seu poder imaginário pelo viés do símbolo e do
mito. Mais especificamente aplicadas nos contos de Jorge Luis Borges, um mestre
na perseguição de metáforas narrativas, que não negam sua ancestralidade
simbólica e mítica. Nesse caso, duas metáforas, dentre várias, são recorrentes em
seus contos e nos dão a dimensão hierofânica e quase religiosa que permeiam toda
a obra borgeana: o labirinto e o tigre.
Palavras-chave: religião; literatura; antropologia do imaginário; Jorge Luis
Borges.
***
Daime de Guarda: o santo de casa da Doutrina do Santo Daime
5
Mestre em Ciências da Religião pela PUC/SP. Contato: caf250771@yahoo.com.br.
360
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
Nos muros, os secretos: iconografia nos muros dos terreiros de Candomblé,
Mina e Umbanda em Santarém (PA)
Carla Ramos7
6
Doutorando em Teologia e História pela Faculdades EST. Bolsista CNPq. Contato:
thiago@novaformacultural.com.
7
Mestre em Sociologia e Antropologia pela UFRJ. Professora no Programa de Antropologia e
Arqueologia da OFOPA. Membro do NP e Documentação das Expressões Afro-religiosas no
oeste do Pará e Caribe da UFOPA (NPDAFRO). Contato: carlotarramos@gmail.com.
361
relações raciais em seu aspecto mais amplo. Como foi colocado por Abdias
Nascimento, historicamente as práticas religiosas afro-brasileiras sofrem um
processo de genocídio físico e epistemológico por parte de vastos segmentos e
instituições no mundo pós-colonial. Diante disso, são muito variadas as estratégias
de resistência e de afirmação empreendidas a partir desses espaços. Em meio à
dinâmica de silenciamentos e publicização desses espaços, estamos interessados
em apresentar um debate sobre as expressões da identidade religiosa que podem ser
vistas nos muros dos terreiros de casas de Mina, Candomblé e Umbanda na cidade
de Santarém, a partir de uma abordagem ligada à antropologia visual. Para tanto,
faremos uma análise dos registros fotográficos.
Palavras-chave: iconografia; candomblé; mina; umbanda; Santarém (PA).
***
Epistemologia da controvérsia e seu diálogo com o inefável da hierofania
José Altran8
***
8
Mestrando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Bolsista CNPq. Contato: altran@gmail.com.
362
Barroco: arte e educação no universo colonial luso-brasileiro
***
Espaço sagrado: a construção da memória de migrantes em Ouro Preto do
Oeste (RO)
9
Mestranda em Ciências da Religião pela PUC/SP. Bolsista CAPES. Contato:
andribedin@yahoo.com.br.
10
Mestranda em História e Estudos Culturais pela UNIR. Contato:
amanda_rayery_@hotmail.com.
11
Mestrando em História e Estudos Culturais pela UNIR. Contato: edu_ardo1010@hotmail.com.
363
***
Pôsteres
Educação religiosa: tensão ética em sala de aula
Este artigo tem como objetivo discutir a Educação Religiosa desde a colonização
até o presente. Educação que tinha como ênfase na doutrina da religião oficial do
Império, a religião Cristã. Proclamada a República em 1889, há à separação entre
Igreja e Estado. A partir da constituição de 1988, a Educação Religiosa se constitui
como disciplina escolar. Com a Lei de Diretrizes e Bases nº. 9.475 de 1997, o
Ensino Religioso torna-se parte integrante da formação básica do cidadão,
assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, sendo vedadas
quaisquer formas de proselitismo, tornando assim, o Estado laico. Como método de
pesquisa, utilizamos revisão bibliográfica, tendo como base Edgar Morin e
pesquisa de campo na Escola Estadual Professora Dulce Sarmento. Concluímos
que a prática da Educação Religiosa perpassa por uma questão ética, desde sua
inserção no Brasil, a forma de ser aplicada em sala de aula, até as questões que
dizem respeito à diversidade religiosa existente.
Palavras-chave: LDB; educação religiosa; ética; diversidade religiosa.
***
Religião e educação no ensino fundamental e médio a partir Lei 10639/03
365
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
***
Sob o signo do sagrado: fragmentos do pensamento católico nos dizeres sobre
o urbano no Maranhão nas décadas de 30 e 40 do século passado
Resumo: Segundo Daniele Hervieu Leger (2005), os estudos voltados hoje, para o
que é considerada uma sociologia da vida religiosa, na sua maioria tem como pano
de fundo o que se considera como sendo a teoria da secularização, segundo o qual
um dos traços mais característicos da modernidade seria o progressivo
enfraquecimento da religião como um referencial produtor de sentido para o
14
Mestrando em Ciências das Religiões pela UFPB. Contato: pedronetojp@gmail.com.
15
Mestranda em História Social pela UFMA. Bolsista Capes. Contato: mirian.reis@hotmail.com.
366
homem. Objetivo deste trabalho é traçar uma análise sobre como o imaginário
religioso é capaz de informar uma concepção de cidade, de sujeitos e práticas. Ou
seja, como elementos da simbologia e das práticas católicas podem influenciar e
até mesmo formar uma postura citadina, onde os valores morais, as regras de
sociabilidades, e até mesmo as concepções de espaço são pensados a partir de um
referencial religioso. O recorte espaço-temporal é a pequena cidade de Caxias no
Estado do Maranhão nas décadas de 30 e 40 do século passado.
Palavras-chave: religião; cidade; simbologia católica; modernidade.
***
Todo ano tem: o levantamento do mastro na cultura campesina maranhense
***
A oração como cultura: observando o papel da hierofania entre os membros
da comunidade de vida da Comunidade Católica Shalom
16
Graduanda em Ciências Humanas pela UFMA. Contato: kelianepib@hotmail.com.
17
Graduando em Ciências Humanas pela UFMA. Contato: ronilsonos@hotmail.com.
367
Este trabalho é fruto de uma pesquisa etnográfica entre os membros da
Comunidade de Vida (missionários em tempo integral) da Comunidade Católica
Shalom de Natal (RN). Foi utilizado o método de observação participante com o
objetivo de compreender mais sobre o papel da hierofania na vivência desse grupo,
como eles se enxergam nesse grupo e como sentido da realidade pode ser
construído, mantido e transformado nesse meio. Vendo que no olhar do nativo, a
experiência e intimidade com o Divino através da oração é a força mantenedora da
cultura, na verdade, a oração é a própria cultura, tendo em vista que, para eles, a
união com Deus é o sustento e fator compreensor de sua realidade.
Palavras-chave: etnografia; Sociologia da Religião; hierofania; cultura;
Comunidade Católica Shalom.
***
Pôster
Valquíria Velasco19
Este trabalho abordará o sincretismo presente nas mais variadas formas de culto
Cristão. Santos, datas sagradas e as relíquias santas, algumas das formas
encontradas por essa Igreja de tornar suas doutrinas mais atraentes, esta que visava
o poder consolidado através da conversão verdadeira de toda a população. No ano
392 o Cristianismo viria a ser oficialmente a religião do Império. Uma conversão
forçada não garantia uma fé verdadeiramente popular. Se apenas uma pequena
parcela da aristocracia enfrentava os cristãos para manter viva sua tradição. Foi, no
entanto através das superstições, e da vivência religiosa dos mais humildes, que se
perpetuaram características marcantes de seus variados deuses. A forte
religiosidade desse povo obriga a instituição Católica a adotar sinais, símbolos e
festejos que, anteriormente, pertenceram aos inúmeros deuses do panteão Greco-
romano, sendo ainda mais evidente após as invasões bárbaras a Roma.
Palavras-chave: sincretismo; cristianismo; paganismo; religiosidade.
18
Graduando em Ciências Sociais pela UFRN. Contato: josegermano@outlook.com.
19
Graduanda em História pela Universidade Veiga de Almeida. Contato:
valvelasco@terra.com.br.
368
GT22 – Religião e política
Coordenadores
Comentador
Resumo
369
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Durval S. D. Paula
UFU
370
Louvar e protestar: eventos Igreja e religião na A política religiosa
políticos e culturais do “povo Constituinte de 1823 “evangélica”: o
de santo” comportamento das
Joelma Santos da Silva lideranças protestantes e seu
Jaqueline V. B. Talga IFMA engajamento no processo
UFU político eleitoral nas eleições
de 2010
Rogério da Costa
UEL
371
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
A Igreja foi desde o século XVI e efetivamente no XIX perdendo para a sociedade
civil o espaço hegemônico, e ficou cada vez mais reduzida à sacristia, sem poder de
influência e comando da sociedade e na sociedade civil. Ao fazer referência ao
“hegemônico”, a faz ao posicionamento de Raymund William, que supõe o
“hegemônico” e não a “hegemonia”, que propõe o dominante, e não a dominação.
Para compreender o processo é necessário levar em consideração o espaço
hegemônico que a Igreja ocupou por longos séculos, durante toda a Idade Média,
período em que possuía o poder hegemônico, o discurso hegemônico. No entanto,
as mudanças, a partir do século XVI e o acirramento dessas mudanças no XIX, no
qual podemos destacar o liberalismo e a laicização da sociedade, vista pelos Papas
daquele século como um dos grandes males da modernidade – acompanhados por
outros, como o evolucionismo e o socialismo, para citar alguns –, demarcaram um
posicionamento de fechamento e não aceitação da Igreja em relação à sociedade
que se constituiu ao longo do século XIX. A discussão teórica acerca da hegemonia
é um fundamento teórico essencial para as discussões do tema, pois o alicerça de
forma a fazer compreender o posicionamento da instituição Igreja Católica. Para
esse “alicerce”, vamos nos apoiar em Gramsci e em suas considerações acerca da
Igreja em relação ao poder hegemônico.
Palavras Chave: Igreja Católica; séculos XIX e XX; política; hegemonia.
***
A disputa pela coroa de rei do candomblé em Alagoas no período de 1970 a
1990
1
Doutoranda em História e Cultura Social pela UNESP. Contato: elzasoffiatti@gmail.com.
2
Graduanda em História pela UFAL. Membro do Laboratório de História Afro Brasileira
(LAHAFRO). Contato: aliciapoliana@hotmail.com.
372
O objetivo deste artigo é analisar as motivações geradoras da disputa pela coroa de
rei do candomblé em Alagoas que teve como um de seus principais elementos de
combustão a visita de João Ribeiro sucessor do lendário Babalorixá Joãozinho da
Goméia. No entanto, concentraremos nosso estudo noutro sujeito o alagoano José
Mendes Ferreira intitulado rei do candomblé que com suas interações sociais,
políticas e religiosas provocou a ira dos Babalorixás alagoanos ao se declarar
conhecedor do “legitimo” candomblé ao passo que os demais sacerdotes locais não
passavam de “vigaristas” sem o conhecimento “verdadeiro”.
Palavras-chave: José Mendes; candomblé alagoano; João Ribeiro; Rei do
candomblé.
***
Interações entre Estado e religião na regulação da ayahuasca no Brasil
3
Doutoranda em Ciências Sociais Pela UFRN. Professora Assitente do curso de Ciências Sociais
da UFT. Contato: janacapis@yahoo.es
373
***
Intelectuais católicos em diálogo com o facismo no Brasil do início dos anos
1930
***
O ideal católico progressista na ditadura militar (1964 – 1985) nas cartas de
Dom Fragoso de Cratéus5
4
Doutor em História Social do Trabalho Pela UNICAMP. Professor no CFET/BH.
5
O trabalho a seguir foi elaborado de forma coletiva, a partir dos estudos e pesquisas de autoria
do Prof. Fabio Lanza e do Laboratório de Estudos sobre Religiões e Religiosidades da UEL.
6
Graduando em Ciências Sociais pela UEL. Contato: Anderson_salto@hotmail.com.
7
Graduando em Ciências Sociais pela UEL. Vinculado ao projeto 07868 – Estudo sobre
religiosidades e mídia religiosa, bolsista pelo CNPq. Membro do Laboratório de Estudos sobre as
Religiões e as Religiosidades (LERR). Contatol: zehf_66@hotmail.com.
374
que foram interceptadas quando o mesmo estava na Europa, e as matérias vetadas
do jornal O São Paulo, meio de comunicação oficial da Arquidiocese de São Paulo,
que permitiu demonstrar parcialmente o papel da Igreja Católica de Crateús CE
durante a ditadura e a repercussão das cartas de dom Fragoso. Como resultado
parcial, foi possível perceber como os membros progressistas da corrente ligada a
Teologia da Libertação atuou por meio das cartas e d’O São Paulo frente ao grupo
católico conservador que apoiava o catolicismo mais ligado às tradições e à moral
cristã aliada dos militares no poder executivo. Sendo assim o ideal católico
progressista, é um item importante, que deve ser considerado, ao abordar atores
político da Igreja Católica dentro de um cenário nebuloso que foi o período da
ditadura militar.
Palavras-chave: sociologia das religiões; religião e modernidade; política e ideal
católico progressista.
***
Louvar e protestar: eventos políticos e culturais do “povo de santo”
8
Mestre em Ciência Sociais pela UFU. Contato: jtalga@yahoo.com.br.
375
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
Direito natural e moralidade cristã no Império Brasileiro
Patrícia Martins10
9
Mestranda em História pela UFRRJ. Contato: cinthiarural@yahoo.com.br.
10
Doutora em Ciências da Religião pela PUC/SP. Doutoranda em História pela UNESP/Franca.
Membro do NE Memória e Cultura (NEMEC). Contato: martins.pesquisa@gmail.com.
376
No caso específico do Brasil, os manuais de Direito Natural utilizados nas
Faculdades de Ciências Jurídicas e Sociais de São Paulo e Pernambuco, indicam
que a constante presença da moralidade cristã como elemento constitutivo da
unidade da Nação promovida pela construção do Estado Monárquico
constitucional. O objetivo desta comunicação é fazer uma breve exposição
estrutura das matrizes teológicas que vigoraram no processo de construção, auge e
declínio do Império. Fator que coloca o cristianismo dentre entre os elementos que
constituem uma cultura política de longa duração no Brasil.
Palavras-chave: Direito Natural; moralidade cristã; teologia; império.
***
Religião, política e memória nos escritos de D. Luciano Mendes de Almeida
Virgínia Buarque11
***
Doutrina social da igreja católica como fundamentos históricos do serviço
social no Brasil
11
Doutora em História Social pela UFRJ. Professora na UFOP. Contato:
virginiacastrobuarque@gmail.com.
377
Um diálogo a partir da perspectiva social de mudança fazendo um resgate histórico
da formação do Assistente Social brasileiro a partir da influência da igreja católica
nos fundamentos históricos do serviço social. Vamos compreender como como
constituíram um paradigma na formação do Assistente Social, estudando fatores
históricos dessa formação baseados na Doutrina Social da Igreja Católica. A
referência teórica que interliga a religião e o Serviço Social no Brasil está
vinculada diretamente a estes fatos a partir do final do século XIX. Através da
“Rerum novarum”, uma encíclica escrita pelo Papa Leão XIII, a igreja católica
demonstrou o pensar no social debatendo as condições das classes trabalhadoras.
Em 1920 o Papa Pio XI, buscando com a missão da Igreja frente à questão social,
estimulou a "Ação Católica", às mudanças acarretadas pelo processo de
urbanização e industrialização no período entre-guerras.
Palavras chave: doutrina social da igreja; fundamentos; serviço social.
***
Ensinai o respeito à ordem! O papel da igreja católica na consolidação do
Império Brasileiro
12
Mestrando em Ciências da Religião pela PUC/MG. Membro do GP Cristianismo, Política e
Educação no Brasil Republicano. Assistente Social de Base da Comissão de Orientação e
Fiscalização do CRESS 6ª Região - MG. Contato:jefim100@hotmail.com.
13
Pós-doutorando em História pela UFRRJ. Contato: italosantirocchi@hotmail.com.
378
nomear os bispos ultramontanos, a partir da década de 1840, e quais as suas
expectativas em relação a eles, ou em relação à função ordenadora de uma diocese.
Palavras-chave: Estado; Império; Igreja.
***
Igreja e religião na Constituinte de 1823
14
Mestra em Ciências Sociais pela UFMA. Contato: joelmasantos@gmail.com
379
31de outubro, quinta-feira
Comunicações
***
Poder e Religião: possibilidades de análise historiográfica das constituições
eclesiásticas do Império Português (século XVI)
15
Professor no Curso de Graduação em Relações Internacionais da UNIFAP. Contato:
marcosvinicius5@yahoo.com.br.
16
Mestrando e bacharel em História pela UFU. Pesquisador do NE sobre Escravidão em Minas
Gerais (NEEMG) e do Centro de Estudos da Religião Pierre Sanchis/UFMG. Contato:
Durvalsaturnino@hotmail.com.
380
historiográfica das constituições eclesiásticas do império português no século XVI,
bem como, estimular reflexão sobre o contexto histórico em que se inserem, em
especial, sobre algumas das relações complexas e dinâmicas existentes entre essas
constituições e as diretrizes tridentinas. A pesquisa que origina esta comunicação
possui por objetivo principal compreender, analisar e interpretar por meio da
análise comparativa das Constituições de Bispados e Arcebispados das sedes dos
tribunais eclesiásticos do Império Português (séculos XVI) as imagens de uma
sociedade, que no plano da disciplina, da ordem e dos sacramentos se almejava ter
e possuir. Vale ressaltar que tal pesquisa recebe financiamento do Programa de
Bolsas de Pós-graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES).
Palavras-chave: catolicismo; poder; controle.
***
Republicanismo e cristianismo: intersecções e ruptura
***
17
Doutor em Ciência Política pela UFMG. Professor na UNIFAL. Contato:
sandroamadeu@yahoo.com.br.
381
“Ai de quem tiver a audácia de falar de injustiça”: espionagem militar
Igreja Católica no Maranhão
***
A Bancada Religiosa e o “Kit Gay”: elementos de um fazer-político cristão
18
Mestranda em História pela UFMA. Bolsista CAPES. Membro do GP História e Religião.
Contato: camilaportela6@yahoo.com.br.
19
Graduando em Ciências Social pela UEL. Contato: yurigsabino@gmail.com.
382
formação discursiva baseada em preceitos morais, onde a posição política deste
grupo se apresenta sob a forma de um dever moral-cristão.
Palavras-chave: kit gay; bancada religiosa; política.
***
A política religiosa “evangélica”: o comportamento das lideranças
protestantes e seu engajamento no processo político eleitoral nas eleições de
2010
Rogério da Costa20
20
Mestrando em Ciêncis Sociais pela UEL. Contato: ipbrogerio@yahoo.com.br.
383
384
GT23 – Religião e violência
Coordenadores
Resumo
385
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
386
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
Yorubás e Malês: conflito e aliança no Brasil Escravocrata
1
Mestranda em Ciências da Religião pela PUC/GO. Contato: celiamvaz@uol.com.br.
2
Pós-doutoranda em Antropologia pela USP. Contato: lidicemeyer@gmail.com.
387
***
A superação da violência angolana nos tiros culturais de morte
***
Missa dos Quilombos: encruzilhada diaspórica
3
Doutorando em Ciências Sociais pela PUC/SP. franciscojose_04barbosa@hotmail.com
4
Mestrando em Educação pela UFBA. Professor na UESC. Contato:
augustofagundeso@yahoo.com.br
388
fidelidade ao texto original e sua contextualização. Indago como esta missa se põe
e se desloca ao descortinar vozes subalternas como expressão estética e política,
através de cicatrizes da colonização, confrontos de tradições, como reconhecimento
de conflitos e agência. Objetivo relacionar memória da escravidão e os processos
de ressemantização do quilombo; e analisar esta encruzilhada de expressão estética
e política.
Palavras-chave: diáspora; dogma; subalternidade; resistência.
***
O universo religioso do povo indígena como forma de superação da
violência sofrida ao longo da história
5
Doutorando em Ciências da Religião pela PUC/SP. Professor Adjunto 03 do Curso de Teologia
da PUC/PR. Vice Líder do GP Educação e Religião (GPER). Contato: salves@gmail.com.
389
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
O artigo se insere no âmbito das pesquisas sobre igrejas em relação com contextos
de violência. Neste sentido, pouco tem-se estudado sistematicamente sobre as
dinâmicas de igrejas tradicionais que se localizam em ambientes estigmatizados
pela violência como favelas. Para tanto, acompanho os cultos da Congregação
Cristã no Brasil em uma favela da cidade de São Vicente/SP desde outubro de
2012 estudando as formas de como o mundo, categoria utilizada pelos membros da
Congregação designam os componentes que não fazem parte da Congregação,
interferi nas dinâmicas e nas significação dos irmãos da igreja. São estudados
especificamente 1) Como as dinâmicas da CCB criam uma relação de
cristianização das coisas do mundo CCB 2) como a violência urbana é utilizada
como exemplo de reafirmação do poder da palavra de deus
Palavras- chave: pentecostalismo tradicional, violencia urbana, ressignificação,
***
Sobre armas e orações: religião e crime a partir de uma pesquisa
etnográfica
A cidade do Rio Janeiro passou por significativas mudanças nas duas últimas
décadas, as quais explicitam que o conflito social tem sido cada vez mais entendido
pela chave da violência. Tendo em vista este cenário, o objetivo deste artigo é
refletir, a partir de uma pesquisa etnográfica realizada na Cidade de Deus - Rio de
Janeiro (uma das primeiras favelas a receber o projeto Unidade de Polícia
6
Graduando em Ciências Sociais pela UFSCar. Contato: evandro.nash@gmail.com.
7
Graduanda em Ciências Sociais pela UFSCar. Contato: evelyn.cso.ufscar@gmail.com.
390
Pacificadora - UPP), como a religião, mais especificamente as igrejas Assembleias
de Deus, atuam, negociam e assumem um papel central na regulação do conflito
dentro deste contexto. Antes de discutir diretamente religião ou crime, o objetivo é
explicitar como estas instâncias são experienciadas cotidianamente. Argumenta-se
que, se no âmbito do discurso, religião e crime podem estar em conflito, no nível
das relações capilares, as fronteiras entre estas instâncias são borradas, sendo
vivenciadas de forma fluída. Tensionam-se, mas não são excludentes entre si.
Palavras-chave: violência; crime; religião; Assembleia de Deus; tráfico de
drogas.
***
Cosmologia, crime e violência: uma perspectiva teológica dos Racionais
MC’S
Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise estético-musical das músicas
dos Racionais MC’s, grupo de rap de São Paulo. De modo que as músicas seriam
cosmovisões a respeito do cotidiano das periferias urbanas. O enfoque analítico
será realizado em dois álbuns: Sobrevivendo no inferno (1997) e Nada como um
dia após o outro dia (2002). Período de expansão do rap na mídia, e,
simultaneamente, um período de expansão e gestão do “mundo do crime”. Assim,
os enunciados produzidos pelos Racionais MC’s além de serem descrições (ficções
reais) do cotidiano nas periferias, seriam, narrativas de perspectiva cosmológica
que abordariam temas como: violência, crime, opressão policial, racismo, pobreza,
religiosidade, entre outros. Esse conjunto de álbuns seriam reatualizações bíblicas
nas periferias,e que a partir de três matrizes discursivas: “crime”, “crente” e
“negro”, comporiam uma “escritura cosmológica dos Racionais MC’s”.
***
“Se o irmão falou, meu irmão é melhor não duvidar”: políticas estatais e
políticas criminais referentes a homicódios na cidade de Luzia (2001-2013)
8
Mestrando em Sociologia pela UFSCar. Contato: henrique.takahashi@hotmail.com.
9
Graduando em Ciências Sociais pela UFSCar. Contato: douglascaos@yahoo.com.br.
391
No período entre 2001 e 2011 ocorreu uma significativa redução das taxas de
homicídios no Estado de São Paulo. Há uma polêmica no campo das Ciências
Sociais em torno das causalidades múltiplas e dos pressupostos analíticos que
explicariam esse fenômeno, uma especificidade paulista no quadro nacional. Em
2001 a cidade a ser aqui estudada, localizada na Região Metropolitana de São
Paulo (RMSP), apresentou taxa de homicídio de 51,57/100 mil habitantes; em
2010 chegou a 5,53/ 100 mil habitantes, um décimo do valor inicial. Contudo, no
ano de 2011, houve um novo aumento significativo, para 18,11/100 mil habitantes
no município. O objetivo deste projeto é estudar as causalidades que condicionam a
variação nas taxas de homicídios, entre 2001 e 2011. Estudar os fatores que,
combinados, entre dinâmicas estatais e criminais, condicionam a queda das taxas
de homicídios entre 2001 e 2010 e analisar as causalidades que, também
combinadas entre dinâmicas estatais e criminais, condicionam a elevação recente
(2011). Os dados têm sido coletados pela atuação profissional do pesquisador em
diversas organizações locais. Cabe ressaltar o dialogo do pesquisador em uma
Igreja “evangélica” com um ex-traficante e atual pastor desta Igreja. Ainda assim,
será realizada nova pesquisa documental em 2013, além de pesquisa qualitativa no
território.
Palavras-chave: criminalidade; etnografia; PCC; periferia; políticas; São Paulo.
***
A violência de Lars Von Trier em Anticristo
10
Graduada em História pela UEL. Contato: flarielo@yahoo.com.br.
392
brutal da natureza com o homem e da natureza do homem. Estes são apenas alguns
de muitos fatores que podem ser debatidos a partir desse filme, que, analisado sob
a ótica da religião, especificamente do gnosticismo, leva a caminhos tortuosos e
pouco conhecidos. Essa comunicação abordará, portanto, o universo criado pelo
cinema de Lars von Trier, um Éden particular, com seu Adão e Eva tão singulares
quanto o lugar, e, inseridos no contexto gnóstico de um mundo criado por Satã,
tentar esmiuçar as relações de violência presentes nesse mundo paralelo.
Palavras-chaves: cinema; gnosticismo; mal; violência.
393
394
GT24 – Religiosidade, identidade
e intolerância: (novas) re-
configurações da religião
Coordenadores
Comentador
Resumo
395
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
396
Diversidade religiosa e ação Uso religioso da "Não Sacrificarás" -
social - práticas de uma Ayahuasca Esfera pública e conflito
comunidade no bairro do como patrimônio religioso entre
Coque na cidade do Recife nacional: repercussões pentecostais e afro-
e análises brasileiros
Bruna Albuquerque de Souza
UFRPE Maíra de Oliveira Dias Milton Bortoleto
UFPB USP
Cássio Raniere Ribeiro da Silva
UFRPE
A construção da
Pôsteres identidade em grupos
pentecostais e
neopentecostais
397
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
***
Uma análise da religiosidade dos sem religião no Brasil: uma nova forma de
crer?
318
Graduando em Ciências Sociais pela UNESP. Bolsista FAPESP. Contato:
evanways@yahoo.com.br.
319
Doutorando e mestre em Ciências Sociais pela UFRN. Contato: ronaldo_rrl@hotmail.com.
320
Mestre em Ciências da Religião pela UNICAP. Pesquisador do GP Religiões, identidade e
diálogos.
398
de ser religioso. Para além dessa dinâmica do trânsito religioso no Brasil e do
surgimento de novas identidades religiosas, encontramos no Brasil, através dos
dados do Censo do IBGE – 2010 , a existência de 12 milhões de pessoas religiosas
que não fazem parte das religiões instituídas e tradicionalmente conhecidas. Sãos
os sem religião do Brasil. As informações do Censo também sinalizam para o
crescente quantitativo desse grupo específico que é contabilizado em cerca de 7,4%
da população brasileira. Estes, de acordo com Pierucci (2004) podem ser definidos
como os que estão desencaixados de qualquer religião, desfiliados de toda e
qualquer autoridade religiosamente constituída. O objetivo desse artigo é analisar
a(s) religiosidade(s) dos sem religião a partir das contribuições teóricas de Peter
Sloterdijk (2009; 2012) e Simmel (2010; 2011), este último, de uma forma
específica, sobre sua obra Religião: ensaios, publicada em dois volumes. O
presente texto se constitui como fruto de um esforço teórico e metodológico que
teve seu início no âmbito do grupo de pesquisa Religiões, Identidades e
diálogos,ligado ao programa de pós-graduação em Ciências da Religião da
UNICAP e que está em desenvolvimentocomo parte integrante de uma pesquisa de
doutorado no âmbito das Ciências Sociais da UFRN.
Palavras-chave: novas religiosidades; censo IBGE; identidade religiosa.
***
Louvoresa Jah/Jesus: Reggae e espaços de fronteira religiosa
321
Mestrando em Ciência da Religião pela UFJF. Contato: thiago.machado16@hotmail.com.
399
Palavras-chave: reggae; espetáculo; rastafarianismo; cristianismo.
***
Cruzadas Satânicas: concepções sobre o Satanismo e a Quimbanda entre os
adeptos do Black Metal
***
Diversidade religiosa e ação social: práticas de uma comunidade no bairro do
Coque na cidade do Recife
322
Mestrando em Antropologia Social pela USP. Membro do Laboratório de Antropologia
Urbana (LabNAU/USP). Contato: lucasmakhno@yahoo.com.br.
323
Graduando em Ciências Sociais pela UFRPE. Pesquisador do projeto Diversidade e tolerância
religiosa nas práticas de uma comunidade no bairro do Coque na cidade de Recife (PE). Contato:
cassiorani@hotmail.com.
324
Graduanda em Ciências Sociais pela UFRPE. Membro do GE Sobre a Diversidade Religiosa e
Intolerância (GEDRI). Contato: bruna_ciranda@yahoo.com.br.
400
A presente pesquisa percebe as reorientações da fé junto à construção das
identidades promovidas pela experiência sócio religiosa no cenário contemporâneo
brasileiro. Neste sentido, identificam-se nas práticas religiosas experimentadas
pelos integrantes do NEIMFA (Núcleo Educacional Irmãos Menores de São
Francisco de Assis) apontamentos sobre as transformações da fé vinculados a
projetos de caráter social. Através de entrevistas semiestruturadas feitas com os
envolvidos e a observação participante das atividades religiosas, percebe-se o
universo particular do NEIMFA, localizado na comunidade do Coque no bairro de
Joana Bezerra – PE. Na esfera do sagrado, encontram-se tendências religiosas
como Jurema, Catolicismo, Budismo, Hinduísmo e Espiritismo associados às
práticas de ação social comunitária. Fora proposto a análise das diversas práticas
religiosas do NEIMFA como o mote principal de ação social da instituição,
permitindo e reforçando laços com a comunidade do Coque.
Palavras-chave: diversidade; religião; identidade; sagrado; comunidade.
***
Paz e Comunhão: uma leitura cristã para o futuro do pluralismo religioso
Esta pesquisa busca refletir as categorias de paz e comunhão como leitura cristã
para o futuro do pluralismo religioso. A leitura cristã é a partir da perspectiva de
Hans Küng “não haverá paz entre as nações sem paz nas religiões e não haverá paz
nas religiões sem diálogo inter-religioso”. Essa leitura não é exclusiva nem
excludente, mas permite compor um novo horizonte para a vivência do pluralismo
religioso. O foco é a paz e o conhecimento mútuo, resultado de um diálogo inter-
religioso. O novo cenário religioso brasileiro é marcado por uma multiplicidade de
expressões religiosas. É um valor que precisa ser melhor explorado. Para isso, não
basta permanecer nas afirmações em torno de declínios e elevações de religiões,
mas permitir um profundo encontro entre todas as religiões. sociedade é religiosa.
Isso pode ser constatado nos censos realizados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística a cada década, pois a maioria dos brasileiros professam uma
fé ou crença. Desta forma, as religiões assumem um compromisso privilegiado na
promoção da paz, mesmo sendo constatado que inúmeras vezes elas promoveram
ou promovem violências em âmbitos internos e externos. Isso não deverá ser
empecilho para um futuro diferente e compromissado com a promoção da paz,
325
Mestrando em Teologia pela PUC/RS. Contato: jeferson.ferreira@acad.pucrs.br.
401
justiça e fraternidade. Diante desse paradoxo original de paz e de violência pode
surgir uma interrogação: a origem da violência e da paz está nas religiões
(instituições) ou no ser humano religioso? A experiência com o sagrado humaniza
ou desumaniza? Qual é o real sentido da religião para o ser humano?
Palavras-chave: paz; comunhão; pluralismo religioso.
402
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
Religião tradicional africana e filosofia bantu entre os nyungwe e dema de
Moçambique
326
Graduanda em História pela UFAL. Membro do LAHAFRO. Contato:
gabitorres_dias@hotmail.com.
327
Doutorando em Antropologia Social pela USP. Contato: domaia05@yahoo.co.uk.
328
Doutoranda em Psicologia pela USP. Membro do GP El@dis- USP, Ribeirão Preto. Contato:
mluisachicote@gmail.com.
403
pretendemos trazer à tona o que é específico das Religiões Tradicionais Africanas.
O objetivo principal é tratar sobre tais as religiões no universo Bantu e
especificamente, na filosofia Bantu dos povos Dema e Nyungwe de Moçambique.
A experiência humana mostra que diante de situaões existenciais tais como a falta
de saúde, insônias, mortes, acidentes, esterilidade ou infertilidade, emerge uma
questão filosófica intrínseca sobre: por quê eu e não outro? Nesse dilema, qual tem
sido o papel da Religião Tradicional entre os Dema e Nyungwe de Moçambique
para dar resposta a estas questões de fundo? Este trabalho resulta de um estudo de
caso entre os Dema e Nyungwe, onde estivemos como observador participante
num ritual específico. Os resultados deste estudo revelam que a Religião
Tradicional Africana, entre os Dema e Nyungwe, se configura como sendo, a
priori, uma Religião de Família e que tem o ancestral como mediador entre a
comunidade e o Ser Supremo.
Palavras-chave: religião tradicional; família; médico tradicional; profeta; ser
supremo.
***
Identidade, política e ritual: algumas notas sobre a configuração do campo
afro-religioso em Santarém-PA
329
Graduanda em Antropologia pela UFOPA. Membro do NP e documentação das religiões afro-
brasileiras do oeste do Pará e Caribe (NPD-AFRO). Orientada pelo Prof. Msc. Carla Ramos.
Contato: telminha_bemerguy@hotmail.com.
404
regulação do campo?Através de análise de entrevistas e de revisão bibliográfica,
buscarei refletir sobre essas questões.
Palavras-chave: religiões afro-brasileiras; identidade; regulação social.
***
Religião e Modernidade: Uma análise da presença religiosa no meio estudantil
da Universidade Estadual de Londrina (2011-2012)
***
Uso religioso da Ayahuasca como patrimônio nacional: repercussões e análises
***
Identidade étnico-racial e religião: o vai-e-vem das categorias
332
Doutorando em Antropologia Social pela USP. Pesquisador do Centro de Estudos das
Religiosidades e Culturas Negras da USP (NERNe/USP) e membro do Laboratório de
Antropologia Urbana (LabNAU/USP). Bolsista FAPESP. Contato:
roseniltonoliveira@yahoo.com.br.
406
católicos apropriam-se dessa produção e a utilizam, a partir de suas orientações
dogmáticas, na promoção de atividades sociais e religiosas.
Palavras-chave: identidade étnico-racial; catolicismo; inculturação; religiões afro-
brasileiras.
***
Pôsteres
333
Mestranda em Ciências Sociais, na Linha Cultura, Identidade e Memória pela UNESP Marília.
Contato: flaviacesarino@yahoo.com.br.
407
31 de outubro, quinta-feira
Comunicações
***
Distintos e invisíveis: perspectivas sobre a Umbanda no espaço público de
Teresina
***
Intolerância religiosa na percepção dos adeptos das religiões afro-brasileiras
***
"Não Sacrificarás": Esfera pública e conflito religioso entre pentecostais e
afro-brasileiros
Milton Bortoleto340
338
Especialista em Direito Penal e Processual Penal pelo Centro Universitário de Ribeirão Preto.
Mestranda em Ciênciass da Religião pela UEPA. Contato: marinalimacampos@gmail.com.
339
Mestrando e graduando em Ciências da Religião pela UEPA. Especialista em Ciências da
Religião pela Universidade Cândido Mendes/RJ. Contato: davidsarges.sarges@gmail.com.
340
Mestrando em Antropologia Social pela USP. Pesquisador do CEBRAP e membro do Centro
de Estudos das Religiosidades e Culturas Negras da USP (CERNe-USP). Contato:
miltonbortoleto@hotmail.com.
410
afro-brasileiras na esfera pública política brasileira. Especificamente, detenho-me
em dois casos de intolerância religiosa, um na cidade de São Paulo e outro na
cidade do Rio de Janeiro, problematizando-os a luz da noção de esfera pública e
esfera privada presente no pensamento de Jürgen Habermas. Dois casos que
envolvem uma polifonia de discursos sobre liberdade religiosa/intolerância
religiosa e até mesmo direitos animais, assim como uma caminhada na orla de
Copacabana (RJ) que reuniu cerca de 200 mil pessoas pedindo liberdade religiosa
no ano de 2011.
Palavras-chave: esfera pública; sistema religioso afro-brasileiro; sistema religioso
pentecostal; intolerância religiosa; controvérsia pública.
411
412
GT25 – Representações,
(re)leituras e relações entre
religiões e (in)tolerâncias
religiosas no cinema
Coordenador
Resumo
413
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Albert Drummond
PUC/MG
Representações da fé em
Dexter: entre a ação doentia
e a doação ao totalmente
outro
Transcendência,
transitoriedade e
transgressão:
o indivíduo entre tradição e
modernidade na
cinematografia brasileira
Anahy Sobenes
UFSC
414
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
Albert Drummond1
Tratar dos pecados capitais significa, com efeito, sustentar uma discussão sobre a
boa ordem da sociedade. O sucesso da lista dos sete pecados capitais na
historiografia é explicado por sua notável eficácia e por sua capacidade de adaptar-
se às realidades sociais em permanente transformação. O pecado e o seu papel
como instrumento de reorientação social permite indicar os processos e caminhos
percorridos pelos diversos setores dentro da sociedade medieval e pós-moderna.
Em 1995 David Fincher dirigiu o filme Seven, que trata dos reflexos de uma
doutrina moral católica em decadência, dentro de uma sociedade que inverte a
condição dos pecados e os elevam à categoria de virtude. O antagonista do filme
revela, através de seus crimes, a necessidade da retomada do discurso dos sete (...)
capitais em um mundo auto-destrutivo consolidado em seu imaginário.
Trabalhando com autores como São Tomás de Aquino, Jacques Le Goff, Jerome
Baschet, Eric Hobsbawm, Jean Delumeau e Perry Anderson pretendo compreender
a dicotomia entre a moral católica medieval e pós-moderna no filme de Fincher.
Palavras-chave: sete pecados capitais; Seven; moral católica medieval; moral
católica pós-moderna; inversão de valores.
***
Representações da Fé em Dexter: entre a ação doentia e a doação ao
totalmente outro
1
Mestrando em Ciências da Religião pela PUC/MG. Bolsista PROSUP. Contato:
a_drummond@hotmail.com.
2
Pós-graduanda em Ciências da Religião pela UEPA. Contato: lucilavilar@yahoo.com.
415
Tomando como pré-suposto que a linguagem cinematográfica está para além das
telas do cinema e que as narrativas seriais ficcionais televisivas podem ser
consideradas como produtos com características de películas, o presente artigo
analisa como é representado o ato de ter Fé na sexta temporada da série televisiva
norte americana Dexter. Tendo como pano de fundo interpretações sociológicas e
teológicas para a ação em uma sociedade dita ‘pós-moderna’ e ‘secularizada’. Para
tal análise destacamos dois personagens da temporada: Brother Sam e o Assassino
do Apocalipse, utilizando-os como possíveis representações distintas de um mesmo
processo. Para desenvolver o estudo tomou-se como referencial teórico as
discussões feitas por Paul Tillich em sua obra Dinâmica da Fé e por Jürgen
Moltmann em Teologia da esperança: estudos sobre os fundamentos e as
conseqüências de uma escatologia cristã.
Palavras-chave: Dexter; fé; pós-modernidade; secularização.
***
Transcendência, transitoriedade e transgressão:
o indivíduo entre tradição e modernidade na cinematografia brasileira
***
3
Pós-doutorando em Antropologia Social pela UFRGS. Contato: jmgsantos@yahoo.com.br.
416
Martinho Lutero no Brasil na década de 1950: entrada permitida ou não?
***
S(C)em Sertões: Canudos e Conselheiro nas telas do cinema
418
GT 26 – Saúde, religião e
cultura: um diálogo a partir das
práticas terapêuticas culturais e
religiosas
Coordenador/a
Resumo
419
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Cultura, Religiosidade e
Saúde no Brasil
420
Pôsteres As influências da religião cristã Memória do Santo Daime
na promoção da saúde integral: na Paraíba: História, ritos
uma abordagem cognitivo e cura
comportamental
Dávila Maria da Cruz
Paula Bianchi Romer UFPB
Mackenzie
421
29 de outubro, terça-feira
Comunicações
A cura espiritual kardecista: um fenômeno cultural na pós-modernidade
***
Cura na Umbanda: caminhos complementares entre saúde e religião
1
Mestranda em Ciências da Religião pela PUC/SP. Professora no curso de Ciências da Religião
da Unimontes. Contato: cristiane.unimontes@yahoo.com.br.
2
Mestranda em Antropologia e Arqueologia pela UFPI. Contato: amparo_ribeiro@ymail.com.
422
O estudo se dará por meio de observação participante e entrevistas semi-
estruturadas. Espera-se analisar as representações que os participantes (adeptos e
não-adeptos) dos rituais observados conferem às suas experiências, os sentidos e
quais discursos advêm destas práticas.
Palavras-chave: religião; umbanda; processo; saúde-doença.
***
A cultura como paciente e como promotora da saúde: a vivência em grupo do
rito e do sagrado nas grandes cidades brasileiras por meio das danças
tradicionais e contemporâneas em círculo
Quando pensamos em saúde na atualidade das grandes cidades não podemos mais
nos ater à visão que problematiza e responsabiliza apenas os indivíduos em seus
comportamentos e hábitos. A psicologia tem sido considerada como uma ciência
que cuida de indivíduos, nascida a partir do modelo médico. A partir das
contribuições da psicologia analítica de Carl Gustav Jung, em parceria com os
estudos antropológicos, sociológicos e das ciências da religião, a psicologia pode
voltar o olhar para seu mais novo paciente: a civilização urbana. A cultura produz
símbolos destinados a restaurar seu equilíbrio, tais como as danças circulares dos
povos e sagradas que chegaram ao Brasil e vem se expandindo por parques, praças
e eventos, mais rapidamente e intensamente que em outros países. Pesquisa em
andamento mostra que seu rito, formato, foco na vivência do sagrado e sua prática
promovem a saúde bio psíquico social, a qual engloba a religiosidade. Experiências
significativas são relatadas.
Palavras-chave: cultura; religiosidade; saúde; dança; vivência em grupo.
***
A cultura e as práticas terapêuticas alternativas na busca pela cura
Adrielle M. Fernandes4
3
Doutoranda em Ciências da Religião pela PUC/SP, Mestre em Educação pela USP. Psicóloga
no Instituto de Psicologia da USP. Membro do GP Traços Religiosos na Atividade Científica
Contemporânea. Contato: taniapl@usp.br.
4
Egressa do Programa de Vocação Científica/EPJV Fiocruz. Graduanda em enfermagem pela
UERJ. Contato: adrielle-1995@hotmail.com.
423
A cultura influência em diversos aspectos, no modo de viver, de se relacionar e
além disso direciona também nas terapêuticas utilizadas para a obtenção da cura.
A cada ano que passa, o modelo biomédico se torna cada vez mais tecnológico e
cheio de novidades, porém muitas pessoas ainda encontram na religião e na fé, o
principal conforto para tratar suas enfermidades.
Nesta pesquisa foi possível conhecer rituais e aspectos das religiões
afrodescendentes, Umbanda e Candomblé,procuradas por muitos com o objetivo
curativo. Realizou-se através de fichamentos e leitura de artigos e transcrições de
entrevistas feitas com líderes religiosos.Os principais objetivos são:conhecer sobre
as formas que os indivíduos relacionam o processo saúde/doença e como buscam a
cura e relacionar os aspectos psicológicos, culturais e sociais com as terapêuticas
utilizadas. A partir dos conhecimentos obtidos, foi possível entender mais sobre o
valor da religiosidade e da cultura no processo saúde/doença.
Palavras-chave: cura; práticas terapêuticas alterinativas; religiosidade.
***
Pôsteres
5
Graduanda em Ciências da Religião pelo Mackenzie. Contato: paulab.romer@uol.com.br.
424
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
Reflexões sobre práticas de cura em um Terno de Moçambique de Itapecerica
– MG
Talita Viana7
Clarissa Ulhoa8
***
Práticas terapêuticas populares na Amazônia: curandeirismo e plantas
poderosas
As plantas são usadas para diversas finalidades, entre elas estão as práticas
terapêuticas populares que envolvem um conjunto de crenças, costumes, métodos e
usos dos recursos vegetais. Embora a medicina oficial tenha avançado no combate
das doenças, os seres humanos ainda buscam nos recursos da natureza os auxílios
para suas necessidades cotidianas, entre as quais podemos destacar, por exemplo, a
proteção do indivíduo e do meio em que vive. Para tanto, esta pesquisa realizou um
estudo com uma curandeira amazônica, suas práticas de cura e saberes acerca das
plantas poderosas, ou seja, plantas que possuem o poder de proteger, atrair sorte,
felicidade, dinheiro, afastar inveja e curar doenças espirituais. Tem como objetivo
analisar as práticas terapêuticas que solucionam problemas de doenças
sobrenaturais, contextualizando a doença na sua dimensão mágico-religiosa e
identificar as formas elementares de preparações das receitas usadas para
demandas variadas (proteção, amor, negócios, afastar os males espirituais).
Palavras-chave: curandeirismo; plantas poderosas; Amazônia.
***
9
Graduanda em Ciências da Religião pela UEPA. Contato: darc.dayana@yahoo.com.br.
426
Ayahuasca: o transe multidimensional da floresta presente na
contemporaneidade
***
Cultura, Religiosidade e Saúde no Brasil
10
Graduando em Psicologia pela PUC/SP. Contato: tarik.jimenez@gmail.com.
11
Doutor em Ciências pela ENSP/FIOCRUZ. Pesquisador e Professor na Fundação Oswaldo
Cruz/ Instituto Oswaldo Cruz. Membro do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e
Bioprodutos, do GP Ciência, Arte e Cultura na Saúde e do Pesquisa e Intervenção em Atividade
de Trabalho, Saúde e Relações de Gênero (PISTAS). Contato: mello@fiocruz.br.
12
Doutora em Ciências pela ENSP/FIOCRUZ. Pesquisadora e professora na Fundação Oswaldo
Cruz e ENSP. Membro do PISTAS. Contato: não informado.
427
doenças, sobretudo no Brasil, que possui uma ampla variedade de crenças e
orientações religiosas, disseminadas na sua população.
Palavras-chave: saúde e doença; cultura; religião; Brasil; integralidade.
***
Pôsteres
Memória do Santo Daime na Paraíba: história, ritos e cura
Conhecida como a Religião da Floresta, o Santo Daime que faz uso da Ayahuasca,
bebida que há séculos é usada pra fins de cura pelos povos nativos das Américas,
em seus rituais, nasceu por volta de 1930, no Acre. Foi fundada pelo maranhense
Raimundo Irineu Serra, que como outros tantos nordestinos foram em busca do
sonho seringueiro durante o ciclo da borracha. Aqui refletiremos como o Santo
Daime de raízes e costumes fortemente influenciados pela cultura nordestina,
somada a cultura vegetalista da floresta amazônica, que hoje leva pessoas de várias
partes do Brasil e do Mundo a migrarem para a floresta por motivos religiosos, está
presente onde tem tão claras raízes: no Nordeste. O Santo Daime chega a região
Sudeste a 30 anos e ao Nordeste a 20 anos, através do Encontro da Nova
Consciência que acontece no período do carnaval na cidade de Campina Grande na
Paraíba e depois se estendeu aos demais estados nordestinos. Buscamos mapiar o
campo das religiões ayahuasqueiras na Paraíba, sua história e memória, relatos de
curas e como vem se formando o povo daimista paraibano, suas particularidades e
tendências.
Palavras-chave: campo religioso; Santo Daime; Paraíba.
13
UFPB. Contato: davilamariaandrade@hotmail.com.
428
GT27 – Universos simbólicos de
religiosidades no Japão
Coordenadoras
Comentador
Resumo
429
Dia 29/10 (3ª feira) 30/10 (4ª feira) 31/10 (5ª feira)
Letícia Nagao
USP
A interação de múltiplas
tendências religiosas: a
religião messiânica no Japão
e no Brasil
Andréa Tomita
UMESP, Messiânica
A procura do sagrado: a
metáfora nas expressões
linguísticas dos textos do
Fundador da Igreja
Messiânica Mundial
Ricardo Monezi
UNIFESP/ Faculdade
Messiânica
430
O ato purificador do Johrei
e as diferentes concepções
de Cura e Doença
Lilia Dineli
Messiânica
431
30 de outubro, quarta-feira
Comunicações
***
Felicidade, amor, empatia no Instituto de Moralogia do Brasil: sentimentos
envolvidos na manutenção da identidade e da cultura japonesa
Letícia Nagao2
1
Mestre em Ciências da Religião pela UMESP. Professora na Faculdade Messiânica. Contato:
edileiadiniz@gmail.com.
2
Mestranda em Letras pela USP. Contato: leticianagao@uol.com.br.
432
descendentes de japoneses entre si e permitem que cada um continue vivendo da
maneira que sempre desejou - admirando e experimentando modos de empatia e
sensibilidade que nem sempre são compreendidos (por brasileiros). De muitas
maneiras, o tema desta comunição pertimite que a análise do papel de religiões e
instituições na manutenção da identidade japonesa seja feita sob um ponto de vista
diferente. Por conseguinte, esta comunicação é um convite para que nós, que
vivemos e estudamos cultura japonesa, possamos por alguns momentos olhar e
sentir vínculos, sobre os quais pesquisamos e escrevemos, de modos diferentes. No
caso em questão, o modo diferente é constituído por diversos sentimentos e pelas
“empatias” que foram observadas e vividas no Instituto de Moralogia.
Palavras-chave: Instituto de Moralogia; felicidade; identidade cultural; japoneses
no Brasil.
***
Interação de múltiplas tendências religiosas: a religião messiânica no Japão e
no Brasil
***
A procura do sagrado: a metáfora nas expressões linguísticas dos textos do
Fundador da Igreja Messiânica Mundial
3
Doutora em Ciências da Religião pela UMESP. Professora na Faculdade Messiânica. Contato:
atomita@fmo.org.br.
433
Este artigo aborda questões relacionadas às transladações de textos de
MokitiOkada, Fundador da Igreja Messiânica Mundial (IMM), como expressões
metafóricas, vistas e analisadas a partir de seu alcance e limites no campo
religioso.Na minha hipótese, a IMM do Brasil não sofre alteração na sua doutrina e
nem sempre nas traduções. Pelo contrário, há um esforço na tradução literal ou em
metáforas para manter o sentido pregado pelo que foi ensinado pelo Fundador.É
possível que na falta desses elementos, as pessoas não sintam atraídas para lerem
nas entrelinhas a beleza da linguagem propriamente dita à mensagem original do
fundador.Portanto, na IMM e na IMMB há divergências na linguagem, e a tradução
para o idioma português utilizando metáforas é uma possibilidade de garantir o
crescimento da Igreja no país. A compreensão dos aspectos metafóricos translada
por intermédio da leitura dos textos acima estudados, cujas palavras singulares
substituem as palavras literais por razões poéticas. Nesse sentido, as metáforas vão
além (deslocamento), substituição e suas filosofias.
Palavras-chave: Mokiti Okada; Igreja Messiânica Mundial; metáforas.
***
Johrei e Reiki: o universo simbólico de técnicas de imposição de mãos de
origem japonesa na promoção de saúde e espiritualidade
Ricardo Monezi5
4
Doutorando em Ciências da Religião pela PUC – SP. Professora na Faculdade Messiânica.
Contato: emilson.anjos@messianica.org.br.
5
Doutor em Psicobiologia pela UNIFESP. Pesquisador na Faculdade Messiânica. Contato:
ricardomonezi@gmail.com.
434
do mental-emocional, já que entram em conexão e tocam o mais alto senso
espiritual do self, da alma e do espírito.
Palavras-chave: Johrei; Reiki; imposição de mãos; Japão; saúde.
***
O ato purificador do Johrei e as diferentes concepções de Cura e Doença
***
Pôsteres
Solo Sagrado de Guarapiranga e suas possíveis relações com espiritualidade e
qualidade de vida
6
Graduando em Ciências Sociais pela UNIFESP . Contato: renato.muller@unifesp.br.
7
Graduando em Teologia pela Faculdade Messiânica. Contato: sampaio.johrei@hotmail.com.
8
Professor no curso de Teologia na Faculdade Messiânica. Contato: não informado.
435
avaliou frequentadores do Solo Sagrado de Guarapiranga (SSG), o maior templo da
Igreja Messiânica Mundial do Ocidente, onde fiéis de todas as partes do mundo se
reúnem para orar a Deus e a seus antepassados que se encontram assentados no
sagrado altar. Através dessa pesquisa, pode-se deduzir que o SSG é
predominantemente frequentado por pessoas que buscam vivenciar ou praticar a
espiritualidade, ou, ainda, por pessoas, que em contato com o local, acabam
desenvolvendo de alguma forma o que se entende por espiritualidade.
Palavras-chave: espiritualidade; qualidade de vida; Solo Sagrado de
Guarapiranga; Igreja Messiânica Mundial.
436