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REDAÇÃO OFICIAL
REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIAS
OFICIAIS
1 – PANORAMA DA COMUNCAÇÃO OFICIAL
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para
que haja comunicação, são necessários:
CLAREZA E PRECISÃO
I – CLAREZA:
01 – DATAS:
a) A localidade deve ser grafada por extenso e deve ser isolada por vírgula,
obrigatoriamente.
b) O número indicativo do dia do mês – de 1 a 9 – não pode ser precedido de
zero.
c) O primeiro dia do mês deve ser grafado por numeral arábico, seguido do
símbolo ordinal (º).
Obs.: Antes do número indicativo do dia do mês, PODE-SE utilizar a preposição
“em”.
d) O mês deve ser grafado por extenso e com inicial minúscula.
e) O ano deve ser representado por todas as casas e, entre a casa do milhar e da
centena, não pode haver ponto nem espaço.
f) Após a indicação do ano, o ponto final é obrigatório.
Ex.: Brasília, 31 de março de 2018.
Ex.: Guará, em 1º de julho de 2018.
Exemplos:
Senhora Beneficiária,
Senhor Contribuinte,
Exemplos:
Senhora [Nome],
Prezado Senhor,
16 – RELAÇÕES VERBAIS E PRONOMINAIS COM AS
EXPRESSÕES DE TRATAMENTO: são todas flexionadas na
terceira pessoa do singular ou na terceira pessoa do plural.
Ex.: Vossas Excelências esqueceram os seus documentos.
Ex.: Vossa Senhoria procedeu indevidamente.
17 – O EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTOS E SEUS RESPECTIVOS
VOCATIVOS.
c) do Poder Judiciário
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
Procurador-Geral da União
Observação:
Grafia por extenso ou abreviada das formas de tratamento: por
questão de respeito, não se deve abreviar a forma de tratamento
em correspondência dirigida aos Chefes de Poder.
Em relação aos demais destinatários (autoridades e particulares
em geral), não há normas rígidas sobre o assunto. O que existem
são apenas normas e recomendações internas de certos órgãos. A
forma por extenso demonstra maior respeito e deferência, sendo,
pois, recomendável em correspondência externa mais formal ou
cerimoniosa. Como diz Odacir Beltrão (Correspondência, p. 65),
“... qualquer pronome ou expressão de tratamento pode ser
grafado por extenso em sinal de consideração, distinção ou
respeito, seja ou não o destinatário pessoa altamente situada na
política, religião, sociedade ou no mundo dos negócios”. E conclui:
“É uma questão pessoal, de bom-tom”.
O vocativo a ser empregado em comunicações aos Chefes de
Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Exemplo:
OFÍCIO N º 652/2018/SAA/SE/MT
3 – Local e data: na grafia de datas em um documento, o conteúdo deve
constar da seguinte forma.
a) Composição: local e data do documento.
b) Informação de local: nome da cidade onde foi expedido o documento,
seguido de vírgula.
Obs.: Não se deve utilizar a sigla da unidade da federação depois do
nome da cidade.
c) Dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês e em
numeração cardinal para os demais dias do mês. Não se deve utilizar
zero à esquerda do número que indica o dia do mês.
d) Nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula.
e) Pontuação: coloca-se ponto-final depois da data.
f) Alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem direita da
página.
Exemplo:
Exemplo:
A Sua Excelência o Senhor
[Nome]
Ministro de Estado da Justiça
Esplanada dos Ministérios Bloco T SAUS Q. 3 Lote 5/6 Ed Sede
70064-900 Brasília/DF
5 – Assunto: o assunto deve dar uma ideia geral do que trata o
documento, de forma sucinta. Ele deve ser grafado da maneira
que segue.
a) Título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o
conteúdo do documento, seguida de dois-pontos.
b) Descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do
documento deve ser escrita com inicial maiúscula, não se devem
utilizar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras.
c) Destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o título,
deve ser destacado em negrito.
d) Pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto.
e) Alinhamento: à margem esquerda da página.
Exemplos:
Assunto: Encaminhamento do Relatório de Gestão julho/2018.
Assunto: Aquisição de computadores.
6 – Vocativo: segue o critério do pronome de tratamento
(hierarquia), com alinhamento na alínea paragrafal.
NOME DO SIGNATÁRIO
Ministro de Estado da Fazenda
(Endereço, telefone(s), fax, correio eletrônico, sítio)
IMPORTANTÍSSIMO!!!
Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais
(Sidof)
O Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais
(Sidof) é a ferramenta eletrônica utilizada para a elaboração,
a redação, a alteração, o controle, a tramitação, a
administração e a gerência das exposições de motivos com
as propostas de atos a serem encaminhadas pelos
Ministérios à Presidência da República.
Ao se utilizar o Sidof, a assinatura, o nome e o cargo do
signatário são substituídos pela assinatura eletrônica que
informa o nome do ministro que assinou a exposição de
motivos e do consultor jurídico que assinou o parecer
jurídico da Pasta.
3 – MENSAGEM: é o instrumento de comunicação oficial entre os
Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens
enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para
informar sobre fato da Administração Pública; expor o plano de
governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter
ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de
suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer
comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes
públicos e da Nação.
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso
Nacional têm as seguintes finalidades:
a) Encaminhamento de projeto de lei ordinária, complementar ou
financeira.
b) Encaminhamento de medida provisória.
c) Indicação de autoridades.
As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação
de pessoas para ocuparem determinados cargos
(magistrados dos Tribunais Superiores, Ministros do TCU,
Presidentes e Diretores do Banco Central, Procurador-Geral
da República, Chefes de Missão Diplomática, etc.) têm em
vista que a Constituição, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui
àquela Casa do Congresso Nacional competência privativa
para aprovar a indicação.
O curriculum vitae do indicado, devidamente assinado,
acompanha a mensagem.
d) Pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da
República se ausentarem do país por mais de 15 dias.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da
República, não traz identificação de seu signatário.
Forma e estrutura
As mensagens contêm:
a) Brasão: timbre em relevo branco.
b) Identificação do expediente: MENSAGEM Nº, alinhada à margem
esquerda, no início do texto.
c) Vocativo: alinhado à margem esquerda, de acordo com o pronome de
tratamento e o cargo do destinatário, com o recuo de parágrafo dado ao
texto.
d) Texto: iniciado a 2 cm do vocativo.
e) Local e data: posicionados a 2 cm do final do texto, alinhados à
margem direita.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da
República, não traz identificação de seu signatário.
BRASÃO (EM RELEVO BRANCO)
Mensagem nº 118
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das Mensagens SM nº 106
a 110, de 2018, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos
nº 93 a 97, de 2018, relativos à exploração de serviços de radiodifusão.
Brasília, 4 de janeiro de 2018.
Respeitosamente,
MARIA JOSÉ DA SILVA
Analista Legislativo
(Endereço, telefone(s), fax, correio eletrônico, sítio)
5 – ATA: é o relato circunstanciado do que ocorre numa reunião de qualquer
tipo; é um registro de descrições ou comunicados.
Forma e estrutura:
a) Não há divisão em parágrafos e nenhum espaço em branco.
b) Deve ser redigida no pretérito perfeito.
c) Dia, mês, ano e horário da reunião, tudo deve ser escrito por extenso. (Vale
ressaltar que os dados relevantes devem ser escritos por extenso; alguns itens
podem ser escritos em número, quando não são relevantes ou quando não
causam prejuízo final).
d) Registro nominal ou, pelo menos, declaração sobre o número de presentes.
e) Objetivo da reunião.
f) Narração da reunião;
g) Fecho: “Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente declarou encerrada a
sessão...”; (fecho mais utilizado, o que não quer dizer que não possam ocorrer
alterações, sem exageros).
h) Assinaturas.
i) Não podem ocorrer rasuras. As correções podem ser feitas em duas situações:
o erro identificado no momento, usa-se “digo”, antes da forma correta; o erro
identificado depois da ata lavrada, usa-se “em tempo”, antes da forma correta.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
DEPARTAMENTO DE COMISSÕES
Comissão Permanente de Assuntos Estratégicos
ATA DA 5ª REUNIÃO ORDINÁRIA DE 2015 DA
COMISSÃO PERMANENTE DE ASSUNTOS
ESTRATÉGICOS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Aos treze dias do mês de dezembro de dois mil e quinze, às nove horas e quarenta e cinco
minutos, no Plenário 2 da Câmara dos Deputados, Brasília, Distrito Federal, reuniram-se a Sra.
Presidente Ana Maria da Silva, os Membros José Aroldo, Plínio da Silva, o Suplente João
Pereira e o Membro Caio dos Santos. Após lida e aprovada a ata da sessão anterior, foi
apresentada a pauta. 1. Coube à Presidente proceder à leitura do estudo realizado pelos
Membros da Comissão. Em votação, o estudo foi aprovado. 2. A Presidente concedeu a palavra
aos Srs. José Aroldo e Plínio da silva, que discorreram sobre o agendamento dos trabalhos para
o próximo semestre, a curto, médio e longo prazo, o qual foi aprovado por unanimidade. 3.
Ainda fazendo uso da palavra, o Sr. José Aroldo discorreu sobre os estudos orçamentários para a
implantação do programa de inclusão digital, a ser iniciado no próximo trimestre. 4. Outros
assuntos. O Sr. Plínio da Silva comunicou que, na próxima semana, estará acompanhando, por
dez dias, uma comitiva, em missão oficial ao Japão. Às onze horas e vinte e cinco minutos, a
Srª. Presidente encerrou os trabalhos, antes convocando sessão para o próximo dia vinte e oito
de abril, no mesmo horário e local.XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
ASSINATURAS (verticais ou horizontais), sempre por extenso, a começar pelo(a) presidente(a),
secretário(a) e demais participantes.
6– REQUERIMENTO: é o instrumento pelo qual o requerente se dirige a uma
autoridade pública para solicitar o reconhecimento de um direito ou concessão
de algo sob o amparo da lei.
Forma e estrutura:
a) Vocativo: nome e/ou cargo da pessoa a quem é dirigido.
b) Texto: consta do nome do requerente, sua qualificação (nacionalidade, estado
civil, idade, residência, profissão etc.), a especificação do objeto do
requerimento com a indicação dos respectivos fundamentos legais.
c) O texto é redigido, obrigatoriamente, em terceira pessoa.
d) Apresenta dois parágrafos: o primeiro com os dados pessoais, o objetivo do
requerimento; o segundo é o fecho.
e) Fecho: pode apresentar-se em uma ou duas linhas e a fórmula terminal mais
usada é: “Nesses termos, pede deferimento”, ou
“Nesses termos,
Pede deferimento.”
OBS.: É TAMBÉM CORRETO E MUITO FREQUENTE O USO DE NESTES TERMOS.
f) Local e data (com alinhamento na margem direita).
g) Assinatura (centralizada).
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E
APERFEIÇOAMENTO
Coordenação Técnico-Pedagógica
Senhor Carlos Augusto da Silva,
MARIA JOSÉ DE SOUZA, servidora da Câmara dos Deputados, ponto
XXXX, lotada na Cotep, requer a V. Srª licença para participar do XVI
Congresso da Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação
(ANPED), a realizar-se no período de 20 a 23 de setembro de 2018, na
cidade Caxambu, Minas Gerais. Conforme programação em anexo, o
Congresso abordará os processos educativos em ambientes não escolares,
como os que se desenvolvem no Cefor. Por essa razão, julga-se de grande
importância a participação de um membro da equipe da Cotep nas
discussões com especialistas da área.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Brasília, 14 de agosto de 2018.
MARIA JOSÉ DE SOUZA
7 – ATESTADO: é o documento firmado por uma ou mais pessoas,
a favor de outra, declarando a verdade de qualquer fato de que
tenha conhecimento.
Forma e estrutura:
a) Título: ATESTADO (em letras maiúsculas e centralizado sobre o
texto).
b) Texto: exposição do fato.
c) Local e data: por extenso (com alinhamento na margem
direita).
d) Assinatura(s): nome e cargo/função da autoridade que atesta
(centralizados).
Obs.: O atestado é dado, geralmente, a favor de alguém e só
tem valor, quando emitido em papel timbrado.
Deve ser emitido para situações momentâneas.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
Coordenação de Registro Funcional
ATESTADO
Atesto, para os devidos fins, que o Senhor Paulo César Diniz,
servidor deste órgão, sob matrícula 32.673-9, necessita ausentar-se
das atividades profissionais no período de 2 a 6 de fevereiro, para
cursar o projeto de atualização destinados a profissionais da área de
informática.
Brasília, 10 de janeiro de 2018.
JOSÉ CARLOS SILVEIRA
Coordenador do Núcleo de Cargos
8 – DECLARAÇÃO: sua estrutura é semelhante à estrutura
do atestado, sendo diferenciada pelo fato de, em caso de
pessoa física, o papel não ter que ser timbrado, porém,
exigindo-se a autenticação da assinatura em cartório.
Observação: Enquanto o atestado é dado a favor de
alguém, a declaração pode ser ou não favorável a alguém.
Deve ser emitido para situações permanentes.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
DEPARTAMENTO DE PESSOAL
Coordenação de Registro Funcional
DECLARAÇÃO
Declaro, para fins de prova junto ao Supremo Tribunal Federal, que
JOSÉ DA SILVA, ex-servidor da Câmara dos Deputados, teve declarada a
vacância do cargo de Analista Legislativo – atribuição Assistente Técnico, a
partir de 2/1/2004 (DCD de 3/1/2004). O referido ex-servidor não usufruiu as
férias relativas ao exercício de 2003 e, em seus assentos funcionais, consta
a concessão de 30 (trinta) dias de licença para capacitação, referente ao
qüinqüênio 13/1/1995 a 26/1/2000 (Processo n. 5.777/2003, publicado no
Boletim Administrativo n. 15, de 7/1/2004).
Brasília, 10 de janeiro de 2016.
MARIA JOSÉ DA SILVA
DIiretora
9 – PARECER: é a opinião fundamentada, emitida em nome
pessoal ou de órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido
submetido para análise e competente pronunciamento. Visa a
fornecer subsídios para tomada de decisão.
Forma e estrutura:
a) Número de ordem (quando necessário).
b) Número do processo de origem.
c) Ementa (resumo do assunto).
d) Texto, compreendendo:
- Histórico ou relatório (introdução).
- Parecer (desenvolvimento com razões e justificativas).
- Fecho opinativo (conclusão).
e) Local e data.
f) Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
DIRETORIA-GERAL
Assessoria Técnica
Parecer nº............
Processo nº .............
Revisão de Pensão
Pagamento de pensionistas do Instituto de Previdência dos Congressistas.
Trata o presente processo de consulta formulada pela Coordenação de Seguridade
Parlamentar, do Departamento de Pessoal, acerca dos procedimentos a serem adotados pela
administração da Casa para o cumprimento da Decisão da Mesa Diretora da Câmara dos
Deputados no processo nº ........, relativa ao pagamento de pensionistas do extinto Instituto de
Previdência dos Congressistas, em face da orientação do Tribunal de Contas da União. .
Conforme levantamento feito pela Coordenação de Seguridade Parlamentar, há .........
segurados do extinto IPC alcançados por tais medidas, havendo divergência, porém, naquele órgão
técnico, quanto à data de início da aplicação do desconto citado na decisão do Colegiado.
Diante de todo o exposto, entendemos que o que se deve levar em consideração, acima de
tudo, é a farta jurisprudência, que demonstra o posicionamento firmado pelos tribunais no sentido
de não permitir efeito retroativo a [...]. Assim, os procedimentos a serem adotados pela
Coordenação de Benefícios não podem ser outros senão os já descritos na própria Decisão da
Mesa, a partir de cuja data deverão vigorar os efeitos financeiros em favor dos pensionistas do
referido Instituto.
É o parecer, sub censura.
Brasília, 13 de janeiro de 2018.
JOSÉ DA SILVA
Técnico Legislativo
10 - MEIOS DE TRANSMISSÃO:
O telegrama, o fax e o e-mail (correio eletrônico) são meios de
transmissão de mensagens, não se constituindo em
documentos propriamente ditos.
a) TELEGRAMA:
É o nome dado a toda comunicação expedida por meio de telegrafia,
telex, etc. Por seu alto custo, vem sendo substituído, progressivamente,
pelo fax e pelo correio-eletrônico (e-mail), que são meios mais
modernos e eficientes de transmissão, devendo-se, por isso, restringir o
seu uso a mensagens urgentes que não possam ser enviadas de outro
modo ou quando se precisa da confirmação identificada de
recebimento.
Não há estrutura rígida para o telegrama, que, contudo, deve pautar-se
pela concisão e adequar-se aos formulários disponíveis nas agências dos
Correios e em sua página na Internet. Modernamente, vem caindo em
desuso a linguagem abreviada (apropriadamente qualificada de
“telegráfica”), dando ela lugar ao texto corrido comum, devendo este,
portanto, ser redigido com pontuação e acentuação normais.
b) FAX:
Forma abreviada e já consagrada de fac-símile, é o meio de
transmissão a ser utilizado, preferencialmente, em situações
de urgência ou necessidade de envio de cópias de
documentos. Para o arquivamento, quando necessário,
deve-se atentar quanto à qualidade do papel, que, em certos
modelos, se deteriora rapidamente.
Os documentos são enviados por fax em sua estrutura
original, mas é conveniente que sejam acompanhados de
uma folha de rosto, com dados de identificação do
remetente, do destinatário e da mensagem (quantidade de
páginas e, conforme o caso, assunto).
c) CORREIO-ELETRÔNICO (E-MAIL):
A utilização do correio eletrônico para a comunicação tornou-se
prática comum, não só em âmbito privado, mas também na
administração pública. O termo e-mail pode ser empregado com
três sentidos. Dependendo do contexto, pode significar gênero
textual, endereço eletrônico ou sistema de transmissão de
mensagem eletrônica.
Como gênero textual, o e-mail pode ser considerado um
documento oficial, assim como o ofício. Portanto, deve-se evitar o
uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
Como endereço eletrônico utilizado pelos servidores públicos, o e-
mail deve ser oficial, utilizando-se a extensão “.gov.br”, por
exemplo.
Como sistema de transmissão de mensagens eletrônicas, por seu
baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de
envio e recebimento de documentos na administração pública.
I - Valor documental
Nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de
2001, para que o e-mail tenha valor documental, isto é, para que
possa ser aceito como documento original, é necessário existir
certificação digital que ateste a identidade do remetente,
segundo os parâmetros de integridade, autenticidade e validade
jurídica da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira –
ICPBrasil.
O destinatário poderá reconhecer como válido o e-mail sem
certificação digital ou com certificação digital fora ICP-Brasil;
contudo, caso haja questionamento, será obrigatório a repetição
do ato por meio documento físico assinado ou por meio
eletrônico reconhecido pela ICP-Brasil.
Salvo lei específica, não é dado ao ente público impor a aceitação
de documento eletrônico que não atenda os parâmetros da ICP-
Brasil.
II - Forma e estrutura
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua
flexibilidade. Assim, não interessa definir padronização da
mensagem comunicada. No entanto, devem-se observar algumas
orientações quanto à sua estrutura.
a) Campo “Assunto”
O assunto deve ser o mais claro e específico possível, relacionado
ao conteúdo global da mensagem. Assim, quem irá receber a
mensagem identificará rapidamente do que se trata; quem a
envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem na caixa do
correio eletrônico.
Deve-se assegurar que o assunto reflita claramente o conteúdo
completo da mensagem para que não pareça, ao receptor, que se
trata de mensagem não solicitada/lixo eletrônico. Em vez de
“Reunião”, um assunto mais preciso seria “Agendamento de
reunião sobre a Reforma da Previdência”.
b) Local e data
São desnecessários no corpo da mensagem, uma vez que o próprio
sistema apresenta essa informação.
c) Saudação inicial/vocativo
O texto dos correios eletrônicos deve ser iniciado por uma saudação.
Quando endereçado para outras instituições, para receptores
desconhecidos ou para particulares, deve-se utilizar o vocativo conforme
os demais documentos oficiais, ou seja, “Senhor” ou “Senhora”, seguido
do cargo respectivo, ou “Prezado Senhor”, “Prezada Senhora”.
d) Fecho
Atenciosamente é o fecho padrão em comunicações oficiais. Com o uso
do e-mail, popularizou-se o uso de abreviações como “Att.”, e de outros
fechos, como “Abraços”, “Saudações”, que, apesar de amplamente
usados, não são fechos oficiais e, portanto, não devem ser utilizados
em e-mails profissionais.
O correio eletrônico, em algumas situações, aceita uma saudação inicial
e um fecho menos formais. No entanto, a linguagem do texto dos
correios eletrônicos deve ser formal, como a que se usaria em qualquer
outro documento oficial.
e) Bloco de texto da assinatura
Sugere-se que todas as instituições da administração pública adotem um
padrão de texto de assinatura. A assinatura do e-mail deve conter o
nome completo, o cargo, a unidade, o órgão e o telefone do remetente.
f) Anexos
A possibilidade de anexar documentos, planilhas e imagens de diversos
formatos é uma das vantagens do e-mail. A mensagem que encaminha
algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre o conteúdo do
anexo.
Antes de enviar um anexo, é preciso avaliar se ele é realmente
indispensável e se seria possível colocá-lo no corpo do correio
eletrônico.
Deve-se evitar o tamanho excessivo e o reencaminhamento de anexos
nas mensagens de resposta.
Os arquivos anexados devem estar em formatos usuais e que
apresentem poucos riscos de segurança. Quando se tratar de
documento ainda em discussão, os arquivos devem, necessariamente,
ser enviados, em formato que possa ser editado.
EXERCÍCIOS
Leia:
xxx n. 524/2018/RH – FUNPRESP
Brasília, 7 de janeiro de 2016.
A Sua Excelência a Senhora
Maria da Silva
Coordenadora de Cerimonial
[endereço completo]
Assunto: Utilização de Auditório.
Senhora Coordenadora,
1. Solicito a Vossa Excelência autorização para a utilização do auditório
localizado no edifício sede dessa instituição, conforme
especificado a seguir.
2. A FUNPRESP pretende promover um seminário direcionado aos novos
servidores, com intuito de explicar-lhes as vantagens e os benefícios da adesão ao
plano de previdência complementar.
3. O evento está previsto para acontecer no dia 23 de março, das 9h às 12h,
com público estimado de 200 pessoas.
Atenciosamente,
Ana Maria
Coordenadora-Geral
Tendo como referência o documento hipotético xxx n.
524/2016/RH – FUNPRESP, julgue o item com base no que
dispõe o MRPR.
01 - O emprego do fecho Atenciosamente sugere que o
documento em questão será enviado para autoridade de
hierarquia igual ou inferior à do signatário.
02 - Caso o ministro titular do MDIC queira informar o
Presidente da República acerca de assunto relacionado ao
comércio exterior, deverá fazê-lo por meio da exposição de
motivos, e é emitida obrigatoriamente com formulário de
anexo.
03 - O ofício é a forma de comunicação indicada para a
comunicação entre ministérios.
04 - Os termos técnicos, as siglas, as abreviações e os
conceitos específicos empregados em correspondências
oficiais prescindem de explicação.
05 - Caso deseje encaminhar uma comunicação oficial aos
funcionários do TCDF, o presidente desse órgão deve utilizar
a modalidade textual do comunicado.
06 - Deve-se empregar o fecho Atenciosamente em
comunicação oficial enviada a ministro de Estado pelo
presidente da República.
07 - Em uma comunicação oficial destinada a administrador
regional, cujo signatário seja o presidente do TCDF, é
obrigatório o emprego não só da expressão Excelentíssimo
Senhor administrador antes do nome do destinatário, mas
também do fecho Atenciosamente.
08 - A regra da formalidade exigida nas comunicações
oficiais está preservada no trecho a seguir: “Nos termos do
plano geral de flexibilização da carga horária funcional,
solicito à Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que
sejam alocados três novos funcionários neste
Departamento”.
09 - A concisão, que consiste no respeito ao princípio da
economia linguística, é uma característica fundamental em
telegramas, modalidade dispendiosa de comunicação.
10 - Admite-se o registro de impressões pessoais na redação
oficial, desde que o assunto seja de interesse público e
expresso em linguagem formal.
11 - Redigir um documento oficial com a norma padrão da
língua portuguesa não significa utilizar linguagem rebuscada
ou termos técnicos restritos a um determinado grupo social.
O uso da norma padrão visa conferir impessoalidade às
comunicações oficiais e informar com o máximo de clareza e
concisão.
12 - Exposição de motivos que tenha por finalidade
apresentar ao presidente da República projeto de ato
normativo deve ser redigida conforme o padrão ofício, sendo
facultativa a apensação do formulário de anexo ao
expediente.
13 - A formalidade das comunicações oficiais não se limita ao
emprego adequado dos pronomes de tratamento, devendo-
se observar, também, a polidez, a civilidade e a obediência às
regras de impessoalidade e ao padrão culto da linguagem.
14 - Comunicações oficiais emitidas pelo chefe do Poder
Judiciário e pelo chefe do Poder Legislativo devem conter, ao
final, no espaço reservado à identificação do signatário, o
nome e o cargo da autoridade que as expede.
15 - Em regra, as comunicações assinadas pelo presidente da
República dispensam a identificação do signatário, à exceção
da mensagem, cuja redação deve seguir a recomendação do
padrão ofício, segundo a qual, em todas as comunicações
oficiais, devem constar o nome e o cargo da autoridade
remetente abaixo do local de sua assinatura.
16 - A linguagem clara e inteligível deve pautar a
comunicação oficial. Desse modo, o uso de jargão técnico
colabora para a clareza na comunicação.
17 - Em ofício destinado ao envio de documentos, deve-se
iniciar o texto com referência ao expediente que os tenha
solicitado; ou, no caso de a remessa de documento não ter
sido solicitada, o texto deve iniciar-se com a informação do
motivo da comunicação, seguida dos dados completos do
documento encaminhado e da razão pela qual ele está sendo
remetido.
18 - O seguinte trecho introdutório de comunicação oficial
atende ao objetivo de mero encaminhamento de documento
e ao requisito de uso do padrão culto da linguagem:
Encaminho, em anexo, para exame e pronunciamento, cópia
do projeto de modernização de técnicas agrícolas no estado
do Espírito Santo.
19 - Para comunicação entre unidades de um mesmo órgão,
emprega-se o memorando, expediente cuja tramitação
apresenta como principais características a rapidez e a
simplicidade.
20 - Considere que o diretor de normas e habilitação das
operadoras da ANS precise comunicar-se com o ministro de
Estado da Saúde. Nessa situação, o diretor deverá utilizar o
aviso como forma de correspondência oficial, dado o fato de
o ministro ser autoridade de hierarquia superior e dada a
vinculação da ANS ao Ministério da Saúde.
21 - Por estar de acordo com as regras de concordância do
padrão culto da linguagem, a frase Vossa Excelência
indicareis a vossa nova secretária seria adequada para
compor a redação de documento oficial.
22 - A forma de tratamento Digníssimo deve ser empregada
caso o destinatário da comunicação oficial ocupe cargo
hierarquicamente superior ao do remetente.
23 - Com relação ao uso dos pronomes de tratamento na redação
oficial, é INCORRETO afirmar que:
a) Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta)
apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal,
nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical
(à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam
a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o
substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa
Senhoria nomeará o substituto".
b) Os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são
sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto"
(e não “Vossa ... vosso...").
c) O pronome de tratamento vossa excelência é empregado para
autoridades do poder executivo, legislativo e judiciário. Vossa senhoria é
empregado para as demais autoridades e para particulares.
d) Vossa magnificência é empregada por força da tradição, em
comunicações a religiosos como papas, cardeais, arcebispos e bispos.
24 - Em documentos oficiais destinados à Secretária
Executiva do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, deve-se empregar a forma de tratamento Vossa
Senhoria.
25 - A forma de tratamento empregada no vocativo Senhora
Presidenta da República está adequada ao gênero de
correspondência oficial expedida e à autoridade a que está
dirigida.
26 - Acerca das formas de tratamento empregadas nas comunicações
oficiais, assinale a opção correta.
a) O vocativo “Excelentíssimo Senhor” é usado exclusivamente em
comunicações dirigidas Chefes de Poder da União.
b) A forma de tratamento “Digníssimo”, por denotar respeito à pessoa a
quem se dirige a comunicação, deve ser empregada a critério do
remetente da comunicação oficial.
c) O emprego da segunda pessoa do plural, “vós”, está presente em
formas como Vossa Senhoria e Vossa Excelência, as quais indicam
respeito à pessoa a quem se dirige uma comunicação oficial.
d) Os pronomes de tratamento empregados em textos oficiais devem
seguir as normas gerais de concordância. Assim, se for empregado o
pronome de tratamento Vossa Excelência, o pronome possessivo que a
ele se refira deve estar na 2.ª pessoa do plural, como em “Vossa
Excelência gostaria de revisar o vosso discurso?”.
e) A forma de tratamento “Vossa Excelência” é empregada em
comunicações a membros do Poder Executivo e do Poder Legislativo,
mas não, a membros do Poder Judiciário.
27 - Considerando-se que o signatário de um expediente
oficial seja o procurador-geral da República, o
fecho Respeitosamente é apropriado no caso de esse
expediente ter como destinatário o presidente da República.
28 - Segundo o Manual de Redação da Presidência da
República, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
a) Embaixadores.
b) Conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
c) Prefeitos Municipais.
d) Presidentes das Câmaras de Vereadores.
e) Vereadores.
29 - No documento, deve ser empregado o pronome de
tratamento Vossa Excelência, forma correta para
correspondência dirigida a Secretários de Estado.
30 - O uso de forma de tratamento específica em
determinado documento é definido por critérios ligados a
questões de ordem hierárquica e à área de atuação do
destinatário.
31 - Os tratamentos Digníssimo Senhor e Ilustríssimo Senhor,
atualmente, não fazem parte do rol de vocativos
recomendados ou em uso.
32 - Suponha que o general José da Rocha seja assessor do
ministro da Defesa. Com relação à forma de endereçamento
que deve constar no envelope de ofício enviado ao general,
assinale a opção correta.
a) Excelentíssimo Assessor José da Rocha
b) Ilustríssimo Senhor
General José da Rocha
c) A sua Excelência o Senhor
General José da Rocha
d) Eminente Senhor
General José da Rocha
e) Senhor General José da Rocha
33 - Em um documento encaminhado por ministro a um
bispo brasileiro, deve ser empregada a forma de tratamento
Vossa Excelência Reverendíssima.
34 - O pronome de tratamento empregado no
segmento Encaminho a Vossa Excelência o Relatório de
Atividades referente a 2017 atenderia às normas de redação
oficial para um expediente dirigido ao presidente do Senado
Federal.
35 - Em ofício dirigido a uma senadora e cujo signatário seja
um diretor de um órgão público, deverão ser empregados o
vocativo "Senhora Senadora," e o pronome de tratamento
"Vossa Excelência", devendo estar flexionados no feminino
os adjetivos que se refiram à destinatária, como se verifica
no seguinte enunciado: "Vossa Excelência ficará satisfeita ao
saber que foi indicada para presidir a sessão."
36 - Atende à prescrição gramatical o emprego do pronome
possessivo "vosso" no corpo do texto, dado que o
tratamento empregado foi Vossa Excelência.
37 - Nas comunicações oficiais dirigidas a um ministro de
Estado, deve-se empregar o vocativo "Senhor Ministro".
38 - A impessoalidade exigida pelos documentos oficiais
requer que a primeira pessoa do plural em "Informamos"
seja trocada pela forma indeterminada correspondente:
Informa-se.
39 - Em uma correspondência encaminhada ao ministro dos
Transportes, o destinatário deve ser chamado pelo vocativo
Senhor Ministro e, no envelope de endereçamento, deve ser
referido pela forma de tratamento A Sua Excelência o
Senhor.
40 - Julgue os itens a seguir, conforme a adequação da linguagem
dos excertos a um texto de correspondência oficial, o qual,
segundo o Manual de Redação da Presidência da República, deve
caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão culto de
linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.