Você está na página 1de 150

SELMA FRASÃO

REDAÇÃO OFICIAL
REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIAS
OFICIAIS
1 – PANORAMA DA COMUNCAÇÃO OFICIAL

A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para
que haja comunicação, são necessários:

a) alguém que comunique;


b) algo a ser comunicado;
c) alguém que receba essa comunicação.

No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o serviço público


(este/esta ou aquele/aquela Ministério, Secretaria, Departamento,
Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto
relativo às atribuições do órgão que comunica; e o destinatário dessa
comunicação é o público, uma instituição privada ou outro órgão ou
entidade pública, do Poder Executivo ou dos outros Poderes. Além disso,
deve-se considerar a intenção do emissor e a finalidade do documento,
para que o texto esteja adequado à situação comunicativa.
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem
nos atos e nos expedientes oficiais decorre, de um lado, do
próprio caráter público desses atos e comunicações; de
outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos
como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para
a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos
órgãos e entidades públicos, o que só é alcançado se, em sua
elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo
se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é
a de informar com clareza e objetividade.
2 - O QUE É A REDAÇÃO OFICIAL
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira
pela qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos
normativos. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista da
administração pública federal.
A redação oficial não é necessariamente árida e contrária à
evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar
com objetividade e máxima clareza – impõe certos
parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa
daquele da literatura, do texto jornalístico, da
correspondência particular etc.
Apresentadas essas características fundamentais da redação
oficial, passemos à análise pormenorizada de cada um de
seus atributos.
3 – ATRIBUTOS DA REDAÇÃO OFICIAL
A redação oficial deve caracterizar-se por:
• clareza e precisão;
• objetividade;
• concisão;
• coesão e coerência;
• impessoalidade;
• formalidade e padronização;
• uso da norma padrão da língua portuguesa.
Fundamentalmente, esses atributos decorrem da
Constituição, que dispõe, no art. 37: “A administração
pública direta, indireta, de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade, a
impessoalidade e a eficiência princípios fundamentais de
toda a administração pública, devem igualmente nortear a
elaboração dos atos e das comunicações oficiais.
AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS

A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir


os preceitos explicitados anteriormente. Além disso, há
características específicas de cada tipo de expediente, que serão
tratadas em detalhe durante as aulas. Antes de passarmos à sua
análise, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as
modalidades de comunicação oficial: o emprego dos pronomes de
tratamento, a forma dos fechos e a identificação do signatário.

REDAÇÃO OFICIAL: é o meio pelo qual o Poder Público redige


suas comunicações e seus atos normativos.
Tramita entre o Poder Público e do Poder Público para
particulares.
CRITÉRIOS BÁSICOS

I – CORREÇÃO: domínio da norma culta do nosso idioma – pontuação, concordância,


regência, crase, acentuação gráfica, ortografia, topologia pronominal, acentuação
gráfica, ortografia, pontuação etc.

II – SIMPLICIDADE: uso de vocabulário acessível, de fácil entendimento e de


construções frasais, preferencialmente, na ordem direta. Deve-se ressaltar que tais
indicações não podem ser representação de empobrecimento vocabular e
fragilidade de estrutura linguística.

III – CLAREZA: é a apresentação direta do teor principal do documento – perífrases


(informações desnecessárias ao objeto principal do documento) não podem fazer
parte de textos oficiais.

IV – CONCISÃO: é o uso de economia de palavras, mas não de ideias – ser conciso é


ser objetivo. Deve-se informar tudo o que é necessário, entretanto com poucas
palavras.
Não pode haver omissão de informações para se alcançar a concisão.

V – PADRONIZAÇÃO: adequação das normas determinadas relativas à formatação,


linguagem, pronomes de tratamento e afins na construção do texto oficial.
DO MANUAL DE REDAÇÃO OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA (3ª EDIÇÃO)

CLAREZA E PRECISÃO
I – CLAREZA:

A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-


se definir como claro aquele texto que possibilita imediata
compreensão pelo leitor. Não se concebe que um documento
oficial ou um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de
forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A
transparência é requisito do próprio Estado de Direito: é
inaceitável que um texto oficial ou um ato normativo não seja
entendido pelos cidadãos. O princípio constitucional da
publicidade não se esgota na mera publicação do texto,
estendendo-se, ainda, à necessidade de que o texto seja claro.
Para a obtenção de clareza, sugere-se:
a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum,
salvo quando o texto versar sobre assunto técnico, hipótese em
que se utilizará nomenclatura própria da área;
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na
ordem direta e evitar intercalações excessivas. Em certas ocasiões,
para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da ordem inversa da
oração;
c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto;
d) não utilizar regionalismos e neologismos;
e) pontuar adequadamente o texto;
f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e
g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando
indispensáveis, em razão de serem designações ou expressões de
uso já consagrado ou de não terem exata tradução. Nesse caso,
grafe-as em itálico.
II – PRECISÃO:

O atributo da precisão complementa a clareza e caracteriza-


se por:
a) articulação da linguagem comum ou técnica para a
perfeita compreensão da ideia veiculada no texto;
b) manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas
palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito
meramente estilístico; e
c) escolha de expressão ou palavra que não confira duplo
sentido ao texto.
É indispensável, também, a releitura de todo o texto redigido. A
ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros provém
principalmente da falta da releitura, o que tornaria possível sua
correção. Na revisão de um expediente, deve-se avaliar se ele será de
fácil compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode
ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos
assuntos, em decorrência de nossa experiência profissional, muitas
vezes, faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que
nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os
termos técnicos, o significado das siglas e das abreviações e os conceitos
específicos que não possam ser dispensados.
A revisão atenta exige tempo. A pressa com que são elaboradas certas
comunicações quase sempre compromete sua clareza. “Não há assuntos
urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso,
com sua indesejável repercussão no texto redigido.
A clareza e a precisão não são atributos que se atinjam por si sós: elas
dependem estritamente das demais características da redação oficial,
apresentadas a seguir.
OBJETIVIDADE
Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar,
sem voltas e sem redundâncias. Para conseguir isso, é
fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia
principal e quais são as secundárias.
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo
texto de alguma complexidade: as fundamentais e as
secundárias. Essas últimas podem esclarecer o sentido daquelas,
detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também ideias
secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto,
nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso,
ser dispensadas, o que também proporcionará mais objetividade
ao texto.
A objetividade conduz o leitor ao contato mais direto com o
assunto e com as informações, sem subterfúgios, sem excessos de
palavras e de ideias. É errado supor que a objetividade suprime a
delicadeza de expressão ou torna o texto rude e grosseiro.
CONCISÃO
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica
do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir o
máximo de informações com o mínimo de palavras. Não se
deve de forma alguma entendê-la como economia de
pensamento, isto é, não se deve eliminar passagens
substanciais do texto com o único objetivo de reduzi-lo em
tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras
inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem ao
que já foi dito.
Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto deve evitar
caracterizações e comentários supérfluos, adjetivos e
advérbios inúteis, subordinação excessiva.
COESÃO E COERÊNCIA
É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais
atributos favorecem a conexão, a ligação, a harmonia entre os
elementos de um texto. Percebe-se que o texto tem coesão e
coerência quando se lê um texto e se verifica que as palavras, as
frases e os parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade
uns aos outros.
Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de
um texto são: referência, substituição, elipse e uso de conjunção.
A referência diz respeito aos termos que se relacionam a outros
necessários à sua interpretação. Esse mecanismo pode dar-se por
retomada de um termo, relação com o que é precedente no texto,
ou por antecipação de um termo cuja interpretação dependa do
que se segue.
FORMALIDADE E PADRONIZAÇÃO
As comunicações administrativas devem ser sempre formais, isto
é, obedecer a certas regras de forma (BRASIL, 2015a). Isso é válido
tanto para as comunicações feitas em meio eletrônico (por
exemplo, o e-mail , o documento gerado no SEI!, o documento em
html etc.), quanto para os eventuais documentos impressos.
É imperativa, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata
somente do correto emprego deste ou daquele pronome de
tratamento para uma autoridade de certo nível, mais do que isso:
a formalidade diz respeito à civilidade no próprio enfoque dado
ao assunto do qual cuida a comunicação.
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária
uniformidade das comunicações. Ora, se a administração pública
federal é una, é natural que as comunicações que expeça sigam o
mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão, uma das metas
do MRPR, exige que se atente para todas as características da
redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos.
A digitação sem erros, o uso de papéis uniformes para o
texto definitivo, nas exceções em que se fizer necessária a
impressão, e a correta diagramação do texto são
indispensáveis para a padronização.
Em razão de seu caráter público e de sua finalidade, os atos
normativos e os expedientes oficiais requerem o uso do
padrão culto do idioma, que acata os preceitos da gramática
formal e emprega um léxico compartilhado pelo conjunto
dos usuários da língua. O uso do padrão culto é, portanto,
imprescindível na redação oficial por estar acima das
diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas, regionais; dos
modismos vocabulares e das particularidades linguísticas.
Recomendações:
• a língua culta é contra a pobreza de expressão e não
contra a sua simplicidade;
• o uso do padrão culto não significa empregar a língua
de modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem
próprias do estilo literário;
• a consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na
redação de um bom texto.
Pode-se concluir que não existe propriamente um padrão
oficial de linguagem, o que há é o uso da norma padrão nos
atos e nas comunicações oficiais. É claro que haverá
preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será
obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas,
mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a
utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão
burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá
sempre sua compreensão limitada.
VI – IMPESSOALIDADE: o tratamento impessoal que deve ser dado aos
assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se
trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de
determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a
comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que
permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da
Administração guardem entre si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas
possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido
como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um
destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo
temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem
respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom
particular ou pessoal.
ESTRUTURA BÁSICA

01 – DATAS:
a) A localidade deve ser grafada por extenso e deve ser isolada por vírgula,
obrigatoriamente.
b) O número indicativo do dia do mês – de 1 a 9 – não pode ser precedido de
zero.
c) O primeiro dia do mês deve ser grafado por numeral arábico, seguido do
símbolo ordinal (º).
Obs.: Antes do número indicativo do dia do mês, PODE-SE utilizar a preposição
“em”.
d) O mês deve ser grafado por extenso e com inicial minúscula.
e) O ano deve ser representado por todas as casas e, entre a casa do milhar e da
centena, não pode haver ponto nem espaço.
f) Após a indicação do ano, o ponto final é obrigatório.
Ex.: Brasília, 31 de março de 2018.
Ex.: Guará, em 1º de julho de 2018.

Obs.: Não se indica a Unidade Federativa.


02 - NÚMEROS:
a) Se forem constituídos por apenas uma palavra: grafa-se o
número por extenso, sem a representação numérica entre
parênteses.
Ex.: vinte, trezentos, dez.

b) Se forem constituídos por mais de uma palavra: grafa-se o


numeral arábico, sem a representação por extenso entre
parênteses.
Ex.: 43, 392, 107.
03 – NÚMEROS PERCENTUAIS: seguem os critérios dos
números citados no item 2.
a) Se forem constituídos por apenas uma palavra: grafam-se
o número e a expressão por cento ou percento por extenso,
sem a representação numérica entre parênteses.
Ex.: dez por cento, treze por cento.

b) Se forem constituídos por mais de uma palavra: grafa-se o


número seguido do símbolo percentual (%), sem a grafia por
extenso entre parênteses.
Ex.: 78%, 341%.
04 – VALORES MONETÁRIOS: grafa-se o cifrão seguido do
valor numérico e da grafia por extenso, entre parênteses,
com inicial minúscula.
Ex.: R$ 405,00 (quatrocentos e cinco reais).

Obs.: Se um número, qualquer que seja ele, iniciar uma


oração, ele dever ser grafado por extenso,
independentemente de ter uma ou mais de uma palavra.
05 – SIGLAS: não possuem ponto nem espaço entre as letras.
A primeira referência ao nome de um órgão deve ser feita pela
grafia do nome por extenso, seguida da respectiva sigla, que pode
ser separada do nome por hífen, barra ou parênteses.
Se houver outras referências ao nome do órgão, subsequentes à
primeira, estas podem ser feitas somente pela sigla.

Grafam-se as siglas seguindo regras.


a) Siglas com até três letras: grafam-se todas as letras maiúsculas.
Ex.: MEC, CEF, CEB.
Obs.: Existem siglas com até três letras que possuem ícones
de palavras abreviadas e estes devem se grafados com letra
minúscula.
Ex.: UnB, MinC, CNPq.

b) Siglas com mais de três letras:


- Se não formarem palavra: todas as letras são grafadas com
letra maiúscula.
Ex.: INSS, TJDFT, SEEDF.

- Se formarem palavras: somente a primeira letra é grafada


com letra maiúscula.
Ex.: Detran, Embrapa, Petrobras.
06 – INDICAÇÃO DE HORA:
Devem-se conhecer os símbolos da hora. Entre os símbolos e os números não há ponto nem
indicação de plural.
- Hora: (h).
- Minuto: (min).
- Segundo: (s).

Grafamos a hora com regras.


a) Grafamos, apenas, a hora inteira, apenas minuto ou apenas segundo: grafa-se a palavra hora
por extenso ou usa-se o símbolo.
Ex.: Tudo ocorreu às quatorze horas.
Ex.: Tudo ocorreu às 14 horas.
Ex.: Tudo ocorreu às 14h.

Ex.: Chegaremos daqui a vinte minutos.


Ex.: Chegaremos a 20 minutos.
Ex.: Chegaremos a 20 min.

Ex.: Faltam apenas quatro segundos.


Ex.: Faltam apenas 4 segundos.
Ex.: Faltam apenas 4s.
b) Grafamos a hora e o minuto: usa-se apenas o símbolo da
hora.
Ex.: Ele saiu às 22h45.

b) Grafamos a hora, o minuto e o segundo: grafam-se os


símbolos da hora e do minuto.
Ex.: O atleta terminou a competição em 2h45min3.
07 – IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO: é o nome e o cargo da pessoa
que assina o documento.
Todos os textos oficiais apresentam identificação do signatário, exceto
os assinados pelo Presidente de República.

a) Cargos interino e substituto.


Na identificação do signatário, depois do nome do cargo, é possível
utilizar os termos interino e substituto, conforme situações a seguir:
interino é aquele nomeado para ocupar transitoriamente cargo público
durante a vacância; substituto é aquele designado para exercer as
atribuições de cargo público vago ou no caso de afastamento e
impedimentos legais ou regulamentares do titular. Esses termos devem
ser utilizados depois do nome do cargo, sem hífen, sem vírgula e em
minúsculo.
Exemplos:
Diretor-Geral interino
Secretário-Executivo substituto
b) Signatárias do sexo feminino.
Na identificação do signatário, o cargo ocupado por pessoa
do sexo feminino deve ser flexionado no gênero feminino.
Exemplos:
Ministra de Estado
Secretária-Executiva interina
Técnica Administrativa
Coordenadora Administrativa
c) Grafia de cargos compostos
Escrevem-se com hífen:
• cargos formados pelo adjetivo “geral”: diretor-geral,
relator-geral, ouvidor-geral;
• postos e gradações da diplomacia: primeiro-secretário,
segundo-secretário;
• postos da hierarquia militar: tenente-coronel, capitão-
tenente;
ATENÇÃO!!!
Nomes compostos com elemento de ligação preposicionado
ficam sem hífen.

Ex.: general de exército, general de brigada, tenente-brigadeiro


do ar, capitão de mar e guerra.

• cargos que denotam hierarquia dentro de uma empresa:


diretor-presidente, diretor-adjunto, editor-chefe, editor-
assistente, sócio-gerente, diretor-executivo;
• cargos formados por numerais: primeiro-ministro, primeira-
dama;
• cargos formados com os prefixos “ex” ou “vice”: ex-diretor,
vice-coordenador.
O novo Acordo Ortográfico tornou opcional o uso de iniciais
maiúsculas em palavras usadas reverencialmente, por
exemplo para cargos e títulos (exemplo: o Presidente
francês ou o presidente francês). Porém, em palavras com
hífen, após se optar pelo uso da maiúscula ou da
minúscula, deve-se manter a escolha para a grafia de todos
os elementos hifenizados. Pode-se escrever “Vice-
Presidente” ou “vice-presidente”, mas não “Vice-
presidente”.
08 – PALAVRAS ESTRANGEIRAS: não devem ser utilizadas em
textos oficiais, a não ser quando necessárias ao contexto e se
não tiverem tradução adequada para o nosso idioma.
Quando utilizadas, devem ser destacadas – itálico.
09 – TÍTULOS DIPLOMÁTICOS: nunca podem preceder o
nome pessoal.
Ex.: O Sr. César Coimbra, Embaixador de Portugal, chegou
ontem ao Brasil.
10 – A EXPRESSÃO “DIGNÍSSIMO(A)”: foi abolida de textos
oficiais, pois parte-se do pressuposto de que a pessoa que
assume um cargo público já possui o pressuposto da
dignidade.
11 – A EXPRESSÃO “ILUSTRÍSSIMO(A)”: está em desuso em
textos oficiais por ser considerada obsoleta.
12 - A EXPRESSÃO “DOUTOR(A)”: não pode ser utilizada
indiscriminadamente.
É um título pessoal e só pode ser dado a quem tem
concluído um curso acadêmico de doutorado em qualquer
área.

Obs.: A lei Orgânica de Magistratura concedeu aos juízes o


título de “Doutor”. Por isso, os juízes podem ser chamados
de:
- Senhor Juiz;
- Doutor Juiz:
- Meritíssimo Juiz.
13 – FECHO: é a forma cordial de finalizarmos um texto oficial.

Existem dois tipos:


a) Atenciosamente: é utilizado para pessoa de mesma hierarquia
ou de hierarquia inferior à de quem assina o documento.

b) Respeitosamente: é utilizado para pessoa de hierarquia


superior à de quem assina o documento, inclusive para os Chefes
de Poder.

Obs.: O fecho é considerado um parágrafo, o último parágrafo do


texto.
14 – PRONOME DE TRATAMENTO: é a forma que utilizamos
para nos referirmos ou para nos dirigirmos a alguém.
Estrutura:
Vossa ...: quando nos dirigimos.
Sua...: quando nos referimos.
Obs.: Cada pronome de tratamento possui um vocativo
específico.
15 – VOCATIVO: é a forma que utilizamos para chamar alguém.
Em textos oficiais, deve ser isolado por vírgula.

Obs.: Na hipótese de comunicação com particular, pode-se utilizar o vocativo


Senhor ou Senhora e a forma utilizada pela instituição para referir-se ao
interlocutor: beneficiário, usuário, contribuinte, eleitor etc.

Exemplos:
Senhora Beneficiária,
Senhor Contribuinte,

Ainda, quando o destinatário for um particular, no vocativo, pode-se utilizar


Senhor ou Senhora seguido do nome do particular ou pode-se utilizar o vocativo
“Prezado Senhor” ou “Prezada Senhora”.

Exemplos:
Senhora [Nome],
Prezado Senhor,
16 – RELAÇÕES VERBAIS E PRONOMINAIS COM AS
EXPRESSÕES DE TRATAMENTO: são todas flexionadas na
terceira pessoa do singular ou na terceira pessoa do plural.
Ex.: Vossas Excelências esqueceram os seus documentos.
Ex.: Vossa Senhoria procedeu indevidamente.
17 – O EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTOS E SEUS RESPECTIVOS
VOCATIVOS.

EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO


A - Vossa ou Sua Excelência (não pode ser abreviado quando utilizado para os
Chefes de Poder) – Manual de Redação Oficial – Teoria, modelos e exercícios – A.
Oliveira Lima (p. 10) e Redação Oficial – Normas e Modelos – Adalberto J. Kaspary
(p.40) e é utilizado para autoridades:
a) do Poder Executivo
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza
especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais;
Presidente do Banco Central.
b) do Poder Legislativo
Deputados Federais e Senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

c) do Poder Judiciário
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
Procurador-Geral da União
Observação:
Grafia por extenso ou abreviada das formas de tratamento: por
questão de respeito, não se deve abreviar a forma de tratamento
em correspondência dirigida aos Chefes de Poder.
Em relação aos demais destinatários (autoridades e particulares
em geral), não há normas rígidas sobre o assunto. O que existem
são apenas normas e recomendações internas de certos órgãos. A
forma por extenso demonstra maior respeito e deferência, sendo,
pois, recomendável em correspondência externa mais formal ou
cerimoniosa. Como diz Odacir Beltrão (Correspondência, p. 65),
“... qualquer pronome ou expressão de tratamento pode ser
grafado por extenso em sinal de consideração, distinção ou
respeito, seja ou não o destinatário pessoa altamente situada na
política, religião, sociedade ou no mundo dos negócios”. E conclui:
“É uma questão pessoal, de bom-tom”.
O vocativo a ser empregado em comunicações aos Chefes de
Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

O vocativo para os Chefes de Poder, também, não pode ser


abreviado.

As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor,


seguido do cargo respectivo.
Senhor Senador,
Senhor Vice-Presidente da República,
Senhor Ministro,
Senhor Juiz,
B – Vossa ou Sua Senhoria: é empregado para as demais
autoridades e para particulares. O vocativo adequado é:
Senhor.
Obs.: O vocativo Senhor pode ser abreviado, desde que
esteja seguido do nome ou do cargo da pessoa a quem se
destina o documento.
Senhor Pedro, ou
Sr. Pedro,
Sr. Diretor,

C – Vossa ou Sua Magnificência: é empregado por força da


tradição, em comunicações dirigidas a reitores de
universidade. Corresponde-lhe o vocativo: Magnífico Reitor.
D – Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a
hierarquia eclesiástica, são:
a) Vossa ou Sua Santidade para o Papa e o vocativo
correspondente é Santíssimo Padre.
b) Vossa ou Sua Eminência ou Vossa ou Sua Eminência
Reverendíssima é empregado em comunicações aos Cardeais.
Corresponde-lhe o vocativo Eminentíssimo Senhor Cardeal ou
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal.
c) Vossa ou Sua Excelência Reverendíssima é usado em
comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos e o vocativo
correspondente é Excelentíssimo e Reverendíssimo.
d) Vossa ou Sua Reverendíssima ou Vossa ou Sua Senhoria
Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores
religiosos e o vocativo é Reverendíssimo.
e) Vossa ou Sua Reverência é empregado para sacerdotes,
clérigos e demais religiosos e o vocativo é Reverendo.
18 – GERUNDISMO OU ENDORREIA: não se pode
estabelecer o uso excessivo de verbos no gerúndio em textos
oficiais.
19 – PLURAL DE MODÉSTIA: é o uso da primeira pessoa do
plural, mesmo o documento sendo assinado por um
signatário. Esse processo é um indicativo de que se deseja
ressaltar que o objeto do documento não é uma visão
unilateral e sim do órgão como o todo.
Porém, não é incorreto o uso da primeira pessoa do singular
ou da terceira pessoa.
20 – A PRESIDENTE OU A PRESIDENTA?
As duas formas estão corretas. A primeira por um
ajustamento de uso social e a segunda pautada na Lei
Federal 2.749 do Senador Mozart Lago.
O PADRÃO OFÍCIO

Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de


expedientes que se diferenciavam antes pela finalidade do que
pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o objetivo de
uniformizá-los, deve-se adotar nomenclatura e diagramação
únicas, que sigam o que chamamos de padrão ofício.
A distinção básica anterior entre os três era:
a) Aviso: era expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
para autoridades de mesma hierarquia;
b) Ofício: era expedido para e pelas demais autoridades; e
c) Memorando: era expedido entre unidades administrativas de
um mesmo órgão.
Atenção!!!
Nesta nova edição ficou abolida aquela distinção e passou-
se a utilizar o termo OFÍCIO nas três hipóteses.

A seguir, será apresentada a estrutura do padrão ofício, de


acordo com a ordem com que cada elemento aparece no
documento oficial.
ESTRUTURA DO PADRÃO OFÍCIO
PARTES DO DOCUMENTO NO PADRÃO OFÍCIO:
1 – Cabeçalho:
O cabeçalho é utilizado apenas na primeira página do documento,
centralizado na área determinada pela formatação. . No cabeçalho
deverão constar os seguintes elementos:
a) Brasão de Armas da República: no topo da página. Não há
necessidade de ser aplicado em cores. O uso de marca da
instituição deve ser evitado na correspondência oficial para não se
sobrepor ao Brasão de Armas da República.
b) Nome do órgão principal.
c) Nomes dos órgãos secundários, quando necessários, da maior
para a menor hierarquia.
d) Espaçamento: entrelinhas simples (1,0).
e) Dados centralizados.
Nome da Secretaria
Departamento/Setor/Entidade
Obs.: Os dados do órgão, tais como endereço, telefone,
endereço de correspondência eletrônica, sítio eletrônico
oficial da instituição, informados no rodapé do documento,
centralizados.
2 – Identificação do documento: documentos oficiais
devem ser identificados da maneira a seguir.
a) Nome do documento: tipo de expediente por extenso,
com todas as letras maiúsculas.
b) Indicação de numeração: abreviatura da palavra
“número”, padronizada como Nº.
c) Informações do documento: número, ano (com quatro
dígitos) e siglas usuais do setor que expede o documento, da
menor para a maior hierarquia, separados por barra (/).
d) Alinhamento: à margem esquerda da página.

Exemplo:
OFÍCIO N º 652/2018/SAA/SE/MT
3 – Local e data: na grafia de datas em um documento, o conteúdo deve
constar da seguinte forma.
a) Composição: local e data do documento.
b) Informação de local: nome da cidade onde foi expedido o documento,
seguido de vírgula.
Obs.: Não se deve utilizar a sigla da unidade da federação depois do
nome da cidade.
c) Dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês e em
numeração cardinal para os demais dias do mês. Não se deve utilizar
zero à esquerda do número que indica o dia do mês.
d) Nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula.
e) Pontuação: coloca-se ponto-final depois da data.
f) Alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem direita da
página.
Exemplo:

Brasília, 18 de fevereiro de 2019.


4 – Destinatário/Endereçamento: o endereçamento é a parte do
documento que informa quem receberá o expediente. Nele deverão
constar os elementos a seguir.
a) Forma de tratamento adequada para quem receberá o expediente.
b) Nome: nome do destinatário do expediente.
c) Cargo: cargo do destinatário do expediente.
d) Endereço: endereço postal de quem receberá o expediente, dividido
em duas linhas:
- Primeira linha: informação de localidade/logradouro do destinatário
ou, no caso de ofício ao mesmo órgão, informação do setor.
- Segunda linha: CEP e cidade/unidade da federação, separados por
espaço simples. Na separação entre cidade e unidade da federação pode
ser substituída a barra pelo ponto ou pelo travessão. No caso de ofício
ao mesmo órgão, não é obrigatória a informação do CEP, podendo ficar
apenas a informação da cidade/unidade da federação.
e) Alinhamento: à margem esquerda da página.
Obs.: O pronome de tratamento no endereçamento das
comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa
Excelência terá a seguinte forma: “A Sua Excelência o Senhor” ou
“A Sua Excelência a Senhora”. Quando o tratamento destinado
ao receptor for Vossa Senhoria, o endereçamento a ser
empregado é “Ao Senhor” ou “À Senhora”. Ressalte-se que não
se utiliza a expressão “A Sua Senhoria o Senhor” ou “A Sua
Senhoria a Senhora”.

Exemplo:
A Sua Excelência o Senhor
[Nome]
Ministro de Estado da Justiça
Esplanada dos Ministérios Bloco T SAUS Q. 3 Lote 5/6 Ed Sede
70064-900 Brasília/DF
5 – Assunto: o assunto deve dar uma ideia geral do que trata o
documento, de forma sucinta. Ele deve ser grafado da maneira
que segue.
a) Título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o
conteúdo do documento, seguida de dois-pontos.
b) Descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do
documento deve ser escrita com inicial maiúscula, não se devem
utilizar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras.
c) Destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o título,
deve ser destacado em negrito.
d) Pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto.
e) Alinhamento: à margem esquerda da página.

Exemplos:
Assunto: Encaminhamento do Relatório de Gestão julho/2018.
Assunto: Aquisição de computadores.
6 – Vocativo: segue o critério do pronome de tratamento
(hierarquia), com alinhamento na alínea paragrafal.

7 – Texto: o texto do documento oficial deve seguir a


padronização de estrutura abaixo.
I – Nos casos em que não seja usado para encaminhamento de
documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:
a) Introdução: em que é apresentado o objetivo da comunicação.
Evite o uso das formas: Tenho a honra de, Tenho o prazer de,
Cumpre-me informar que. Prefira empregar a forma direta:
Informo, Solicito, Comunico, Informamos, Comunicamos,
Ressaltamos etc.
b) Desenvolvimento: em que o assunto é detalhado; se o texto
contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser
tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à
exposição.
c) Conclusão: em que é afirmada a posição sobre o assunto.
II – Quando forem usados para encaminhamento de
documentos, a estrutura é modificada:
a) Introdução: deve iniciar com referência ao expediente que
solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento
não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do
motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a
seguir os dados completos do documento encaminhado
(tipo, data, origem ou signatário e assunto de que se trata) e
a razão pela qual está sendo encaminhado.
Exemplos:
Em resposta ao Ofício no 12, de 1o de fevereiro de 2018,
encaminho cópia do Ofício no 34, de 3 de abril de 2018, da
Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, que trata da
requisição do servidor Fulano de Tal.

Encaminho, para exame e pronunciamento, cópia do Ofício no


12, de 1o de fevereiro de 2018, do Presidente da Confederação
Nacional da Indústria, a respeito de projeto de modernização de
técnicas agrícolas na região Nordeste.

b) Desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer


algum comentário a respeito do documento que encaminha,
poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento. Caso
contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em expediente
usado para encaminhamento de documentos.
III - Tanto na estrutura I quanto na estrutura II, o texto do documento
deve ser formatado da seguinte maneira:
a) Alinhamento: justificado.
b) Espaçamento entre linhas: simples.
c) Parágrafos:
* Espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo.
* Recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem esquerda.
* Numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver três ou
mais parágrafos, desde o primeiro parágrafo. Não se numeram o
vocativo e o fecho.
d) Fonte: Calibri ou Carlito.
* Corpo do texto: tamanho 12 pontos.
* Citações: tamanho 11 pontos.
* Notas de Rodapé: tamanho 10 pontos.
e) Símbolos: para símbolos não existentes nas fontes indicadas, pode-se
utilizar as fontes Symbol e Wingdings,
Observações importantes:
- Cada ideia deve ser desenvolvida em um parágrafo
diferente.
- Se o texto apresentar, a partir de três parágrafos, todos os
parágrafos, à exceção do fecho e do vocativo, devem ser
numerados à margem esquerda da página. Essa numeração
deve ser indicada por numeral arábico, seguido ou não de
ponto.

- Se o documento apresentar mais de uma página, todas as


páginas, a partir da segunda, devem ser numeradas, no
rodapé, e essa numeração deve ser centralizada.
8 – Fecho: segue a indicação de hierarquia já estudada, é
disposto na alínea paragrafal e, obrigatoriamente, é isolado
por vírgula.
O fecho das comunicações oficiais objetiva, além da
finalidade óbvia de arrematar o texto, saudar o destinatário.
Os modelos para fecho anteriormente utilizados foram
regulados pela Portaria no 1, de 1937, do Ministério da
Justiça, que estabelecia quinze padrões.
Com o objetivo de simplificá-los e uniformizá-los, este
Manual estabelece o emprego de somente dois fechos
diferentes para todas as modalidades de comunicação
oficial:
a) Respeitosamente: para autoridades de hierarquia
superior a do remetente, inclusive o Presidente da
República, Chefes de Poder da União.
b) Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia,
de hierarquia inferior ou demais casos:
Obs.: Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações
dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e
tradição próprios.
Obs.: O fecho é considerado um parágrafo, o último
parágrafo do texto.
9 – Identificação do signatário: centralizada e, quando dois chefes de
serviço assinam um documento, cabe a esquerda ao superior. À direita,
assina o diretamente responsável pelo teor do documento.
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República,
todas as demais comunicações oficiais devem informar o signatário
segundo o padrão a seguir.
a) Nome da autoridade que as expede, grafado em letras maiúsculas,
sem negrito.
b) Não se usa linha acima do nome do signatário.
c) Cargo da autoridade que expede o documento, redigido apenas com
as iniciais maiúsculas. As preposições que liguem as palavras do cargo
devem ser grafadas em minúsculas.
d) Alinhamento: a identificação do signatário deve ser centralizada na
página.

Obs.: Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em


página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a
última frase anterior ao fecho.
10 - Numeração das páginas: a numeração das páginas é
obrigatória apenas a partir da segunda página da
comunicação.
Ela deve ser centralizada na página e obedecer à seguinte
formatação:
a) Posição: no rodapé do documento, ou acima da área de 2
cm da margem inferior.
b) Fonte: Calibri ou Carlito.
11 - Formatação e apresentação os documentos do padrão ofício
devem obedecer à formatação abaixo.
a) Tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21 cm).
b) Margem lateral esquerda: no mínimo, 3 cm de largura.
c) Margem lateral direita: 1,5 cm.
d) Margens superior e inferior: 2 cm.
e) Área de cabeçalho: na primeira página, 5 cm a partir da
margem superior do papel.
f) Área de rodapé: nos 2 cm da margem inferior do documento.
g) Impressão: na correspondência oficial: a impressão pode
ocorrer em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens
esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares
(margem espelho).
h) Cores: os textos devem ser impressos na cor preta em papel branco,
reservando-se, se necessário, a impressão colorida para gráficos e
ilustrações.
i) Destaques: para destaques deve-se utilizar, sem abuso, o negrito.
Deve-se evitar destaques com uso de itálico, sublinhado, letras
maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra
forma de formatação que afete a sobriedade e a padronização do
documento.
k) Palavras estrangeiras: palavras estrangeiras devem ser grafadas em
itálico.
l) Arquivamento: dentro do possível, todos os documentos elaborados
devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou
aproveitamento de trechos para casos análogos. Deve ser utilizado,
preferencialmente, formato de arquivo que possa ser lido e editado pela
maioria dos editores de texto utilizados no serviço público, tais como
DOCX, ODT ou RTF.
nome do arquivo: para facilitar a localização, os nomes dos arquivos
devem ser formados da seguinte maneira:
tipo do documento + número do documento + ano do documento (com
4 dígitos) + palavras-chaves do conteúdo
CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS

1 – OFÍCIO: agora atente a todas as correspondências externas e


internas entre órgãos públicos e setores administrativos de um mesmo
órgão.

Tipos de Documentos Ofício: os documentos oficiais podem ser


identificados de acordo com algumas possíveis variações.
a) [NOME DO EXPEDIENTE] + CIRCULAR: quando um órgão envia o
mesmo expediente para mais de um órgão receptor. A sigla na epígrafe
será apenas do órgão remetente.
b) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO: quando mais de um órgão
envia, conjuntamente, o mesmo expediente para um único órgão
receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe.
c) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO CIRCULAR: quando mais de
um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente para mais de um
órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe.
Exemplos:
OFÍCIO CIRCULAR Nº 652/2018/MEC
OFÍCIO CONJUNTO Nº 368/2018/SECEX/SAJ
OFÍCIO CONJUNTO CIRCULAR Nº 795/2018/CC/MJ/MRE
Obs.: Nos expedientes circulares, por haver mais de um
receptor, o órgão remetente poderá inserir no rodapé as
siglas ou nomes dos órgãos que receberão o expediente.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
OFÍCIO Nª 0123/2018/SUBEP/MS
Brasília, 18 de dezembro de 2018.
À Senhora
Coordenadora Maria Paulina da Silva
Colégio Brasil
Av. Pará, 473
22799-001 - Rio de Janeiro - RJ
Assunto: Palestra sobre Tabagismo.
Senhora Coordenadora,
1. Solicita-se a indicação de dois professores a fim de atuarem como mediadores da
palestra sobre tabagismo, promovida por esta Coordenação. A palestra será proferida pela Dra. Maria dos
Santos, do Instituto do Coração, nos próximos dias 6 e 7 de julho, no Auditório Nereu Ramos, no Anexo II, da
Câmara dos Deputados.
2. Considerando que essa instituição de ensino vem desenvolvendo importante trabalho
na luta contra o tabagismo, comunicamos que poderá ser cedido espaço no hall do Auditório onde
poderá ser distribuído material promocional das instituições participantes.
3. Acrescenta-se, ainda, que o evento poderá dispor de equipamento audiovisual se assim
for do interesse de Vossa Senhoria.
Atenciosamente,
NOME DO SEGNATÁRIO
Cargo
(Endereço, telefone(s), fax, correio eletrônico, sítio)
2 – EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS:
I - Definição e finalidade: Exposição de Motivos (EM) é o expediente
dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para:
a) Propor alguma medida.
b) Submeter projeto de ato normativo à sua consideração.
c) Informá-los de determinado assunto.
A exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um
Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva mais
de um ministério, a exposição de motivos será assinada por todos os
ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de Exposição de
Motivos Interministerial.
Independentemente de ser uma EM com apenas um autor ou uma EM
interministerial, a sequência numérica das exposições de motivos é
única. A numeração começa e termina dentro de um mesmo ano civil.

A exposição de motivos é a principal modalidade de comunicação


dirigida ao Presidente da República pelos ministros. Além disso, pode,
em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao
Poder Judiciário.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
|EM Nº 0038/2018/MF
Brasília, 28 de abril de 2018.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
1. Submetemos à apreciação de Vossa Excelência o Projeto de Medida Provisória que reestrutura o modelo jurídico
de organização dos recintos aduaneiros de zona secundária, retifica a aplicação de adicional de 1% na COFINS incidente na
importação de alguns bens, altera a Lei no 12.350, de 20 de dezembro de 2010, reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre as indenizações a que se refere a Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013; restabelece
os limites de deduções para as doações relativas ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica – PRONON e ao
Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência - PRONAS/PCD, aperfeiçoa o Programa de
Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores - INOVAR-AUTO; agrega
novos setores e aperfeiçoa a política de desoneração tributária da folha de pagamentos e altera o limite de receita bruta de que
trata o caput do art. 13 e o inciso I do art. 14 da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998
2. A presente Medida Provisória propõe a reestruturação do modelo jurídico de organização dos recintos aduaneiros
de zona secundária, especialmente dos chamados Portos Secos, e da forma de custeio da fiscalização aduaneira executada pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
3. Atualmente, os Portos Secos estão subordinados ao regime de permissão e concessão de serviços públicos, sem
que seus serviços, sequer, estejam arrolados no inciso XII do art. 21 da Constituição Federal. A fundamentação legal do atual
modelo encontra-se no inciso VI do art. 1º da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, cuja revogação se impõe.
4. Essas, Senhora Presidenta, são as razões que justificam a elaboração da presente proposta de Medida Provisória
que ora submetemos à elevada consideração de Vossa Excelência.
Respeitosamente,

NOME DO SIGNATÁRIO
Ministro de Estado da Fazenda
(Endereço, telefone(s), fax, correio eletrônico, sítio)
IMPORTANTÍSSIMO!!!
Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais
(Sidof)
O Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais
(Sidof) é a ferramenta eletrônica utilizada para a elaboração,
a redação, a alteração, o controle, a tramitação, a
administração e a gerência das exposições de motivos com
as propostas de atos a serem encaminhadas pelos
Ministérios à Presidência da República.
Ao se utilizar o Sidof, a assinatura, o nome e o cargo do
signatário são substituídos pela assinatura eletrônica que
informa o nome do ministro que assinou a exposição de
motivos e do consultor jurídico que assinou o parecer
jurídico da Pasta.
3 – MENSAGEM: é o instrumento de comunicação oficial entre os
Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens
enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para
informar sobre fato da Administração Pública; expor o plano de
governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter
ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de
suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer
comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes
públicos e da Nação.
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso
Nacional têm as seguintes finalidades:
a) Encaminhamento de projeto de lei ordinária, complementar ou
financeira.
b) Encaminhamento de medida provisória.
c) Indicação de autoridades.
As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação
de pessoas para ocuparem determinados cargos
(magistrados dos Tribunais Superiores, Ministros do TCU,
Presidentes e Diretores do Banco Central, Procurador-Geral
da República, Chefes de Missão Diplomática, etc.) têm em
vista que a Constituição, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui
àquela Casa do Congresso Nacional competência privativa
para aprovar a indicação.
O curriculum vitae do indicado, devidamente assinado,
acompanha a mensagem.
d) Pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da
República se ausentarem do país por mais de 15 dias.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da
República, não traz identificação de seu signatário.
Forma e estrutura
As mensagens contêm:
a) Brasão: timbre em relevo branco.
b) Identificação do expediente: MENSAGEM Nº, alinhada à margem
esquerda, no início do texto.
c) Vocativo: alinhado à margem esquerda, de acordo com o pronome de
tratamento e o cargo do destinatário, com o recuo de parágrafo dado ao
texto.
d) Texto: iniciado a 2 cm do vocativo.
e) Local e data: posicionados a 2 cm do final do texto, alinhados à
margem direita.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da
República, não traz identificação de seu signatário.
BRASÃO (EM RELEVO BRANCO)
Mensagem nº 118
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das Mensagens SM nº 106
a 110, de 2018, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos
nº 93 a 97, de 2018, relativos à exploração de serviços de radiodifusão.
Brasília, 4 de janeiro de 2018.

ASSINATURA E IDENTIFICAÇÃO DO CHEFE DE PODER


(EXCETO IDENTIFICAÇÃO DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO
QUE APENAS ASSINA A MENSAGEM)
(Endereço, telefone(s), fax, correio eletrônico, sítio)
OUTRAS CORRESPONDÊNCIAS

4 – RELATÓRIO: é um texto técnico, científico ou administrativo


que é produzido, geralmente, para prestar conta de uma missão
que se recebe ou de uma função que se desempenha. É composto
de trechos expositivos e argumentativos.
Exposição:
I – Introdução: apresentação da missão e incluem-se dados sobre
o ato administrativo, quem ordenou a missão, o objetivo e o alvo
da missão, o período e a citação do encarregado ou da equipe que
desenvolve o ato.
II – Registros: apresentação detalhada da situação encontrada.
Neste momento, o autor limita-se a fornecer dados e não ocorre
manifestação pessoal.
Argumentação:
I – Análise: neste momento inicia-se a argumentação do relatório. É o
confronto entre a norma e a realidade.
II – Conclusão: é a posição do autor sobre a situação. Corresponde à tese
do texto e representa o cumprimento do objetivo da missão.
III – Avaliação: em síntese, indica-se se a situação é regular ou irregular.
IV – Providências sugeridas: são propostas ao superior hierárquico.
(Arquivar, se a situação é regular; corrigir ou reparar, se irregular).
e) Fecho (na alínea paragrafal)
f)Aassinatura (nome e cargo centralizados).
Observação: os parágrafos são numerados na margem esquerda do
texto, exceto o fecho.
Observação: Existem outros tipos de relatório que podem não seguir,
rigorosamente, a estrutura acima mencionada, mas seguem o sentido
principal que é o de informar.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E
INFORMAÇÃO
RELATÓRIO DE VIAGEM
Brasília, 31 de dezembro de 2018.
Senhor Diretor,
1. A Fundação Oliveira realizou o 2º Seminário Gestão do Conhecimento, em
São Paulo, SP, no período de 23 a 25 de novembro de 2015.
2. A Câmara dos Deputados se fez representar com o trabalho “Gerenciamento
de Informações”, por nós elaborado, na Sessão de Comunicações Livres.
3. A solenidade de abertura foi presidida pelo Sr. José da Silva, Presidente da
Fundação, que discursou sobre o impacto da implantação da gestão do conhecimento nas
instituições públicas e privadas.
4. Apresentamos o trabalho “Gerenciamento de Informações”, produto de
pesquisa realizada no âmbito da Casa, no qual destacamos os trabalhos que vêm
sendo desenvolvidos pelas diversas coordenações deste Centro.
5. O Seminário nos proporcionou conhecimentos que, brevemente, vamos
disseminar para todos os servidores da Casa.

Respeitosamente,
MARIA JOSÉ DA SILVA
Analista Legislativo
(Endereço, telefone(s), fax, correio eletrônico, sítio)
5 – ATA: é o relato circunstanciado do que ocorre numa reunião de qualquer
tipo; é um registro de descrições ou comunicados.
Forma e estrutura:
a) Não há divisão em parágrafos e nenhum espaço em branco.
b) Deve ser redigida no pretérito perfeito.
c) Dia, mês, ano e horário da reunião, tudo deve ser escrito por extenso. (Vale
ressaltar que os dados relevantes devem ser escritos por extenso; alguns itens
podem ser escritos em número, quando não são relevantes ou quando não
causam prejuízo final).
d) Registro nominal ou, pelo menos, declaração sobre o número de presentes.
e) Objetivo da reunião.
f) Narração da reunião;
g) Fecho: “Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente declarou encerrada a
sessão...”; (fecho mais utilizado, o que não quer dizer que não possam ocorrer
alterações, sem exageros).
h) Assinaturas.
i) Não podem ocorrer rasuras. As correções podem ser feitas em duas situações:
o erro identificado no momento, usa-se “digo”, antes da forma correta; o erro
identificado depois da ata lavrada, usa-se “em tempo”, antes da forma correta.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
DEPARTAMENTO DE COMISSÕES
Comissão Permanente de Assuntos Estratégicos
ATA DA 5ª REUNIÃO ORDINÁRIA DE 2015 DA
COMISSÃO PERMANENTE DE ASSUNTOS
ESTRATÉGICOS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Aos treze dias do mês de dezembro de dois mil e quinze, às nove horas e quarenta e cinco
minutos, no Plenário 2 da Câmara dos Deputados, Brasília, Distrito Federal, reuniram-se a Sra.
Presidente Ana Maria da Silva, os Membros José Aroldo, Plínio da Silva, o Suplente João
Pereira e o Membro Caio dos Santos. Após lida e aprovada a ata da sessão anterior, foi
apresentada a pauta. 1. Coube à Presidente proceder à leitura do estudo realizado pelos
Membros da Comissão. Em votação, o estudo foi aprovado. 2. A Presidente concedeu a palavra
aos Srs. José Aroldo e Plínio da silva, que discorreram sobre o agendamento dos trabalhos para
o próximo semestre, a curto, médio e longo prazo, o qual foi aprovado por unanimidade. 3.
Ainda fazendo uso da palavra, o Sr. José Aroldo discorreu sobre os estudos orçamentários para a
implantação do programa de inclusão digital, a ser iniciado no próximo trimestre. 4. Outros
assuntos. O Sr. Plínio da Silva comunicou que, na próxima semana, estará acompanhando, por
dez dias, uma comitiva, em missão oficial ao Japão. Às onze horas e vinte e cinco minutos, a
Srª. Presidente encerrou os trabalhos, antes convocando sessão para o próximo dia vinte e oito
de abril, no mesmo horário e local.XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
ASSINATURAS (verticais ou horizontais), sempre por extenso, a começar pelo(a) presidente(a),
secretário(a) e demais participantes.
6– REQUERIMENTO: é o instrumento pelo qual o requerente se dirige a uma
autoridade pública para solicitar o reconhecimento de um direito ou concessão
de algo sob o amparo da lei.
Forma e estrutura:
a) Vocativo: nome e/ou cargo da pessoa a quem é dirigido.
b) Texto: consta do nome do requerente, sua qualificação (nacionalidade, estado
civil, idade, residência, profissão etc.), a especificação do objeto do
requerimento com a indicação dos respectivos fundamentos legais.
c) O texto é redigido, obrigatoriamente, em terceira pessoa.
d) Apresenta dois parágrafos: o primeiro com os dados pessoais, o objetivo do
requerimento; o segundo é o fecho.
e) Fecho: pode apresentar-se em uma ou duas linhas e a fórmula terminal mais
usada é: “Nesses termos, pede deferimento”, ou
“Nesses termos,
Pede deferimento.”
OBS.: É TAMBÉM CORRETO E MUITO FREQUENTE O USO DE NESTES TERMOS.
f) Local e data (com alinhamento na margem direita).
g) Assinatura (centralizada).
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E
APERFEIÇOAMENTO
Coordenação Técnico-Pedagógica
Senhor Carlos Augusto da Silva,
MARIA JOSÉ DE SOUZA, servidora da Câmara dos Deputados, ponto
XXXX, lotada na Cotep, requer a V. Srª licença para participar do XVI
Congresso da Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação
(ANPED), a realizar-se no período de 20 a 23 de setembro de 2018, na
cidade Caxambu, Minas Gerais. Conforme programação em anexo, o
Congresso abordará os processos educativos em ambientes não escolares,
como os que se desenvolvem no Cefor. Por essa razão, julga-se de grande
importância a participação de um membro da equipe da Cotep nas
discussões com especialistas da área.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Brasília, 14 de agosto de 2018.
MARIA JOSÉ DE SOUZA
7 – ATESTADO: é o documento firmado por uma ou mais pessoas,
a favor de outra, declarando a verdade de qualquer fato de que
tenha conhecimento.
Forma e estrutura:
a) Título: ATESTADO (em letras maiúsculas e centralizado sobre o
texto).
b) Texto: exposição do fato.
c) Local e data: por extenso (com alinhamento na margem
direita).
d) Assinatura(s): nome e cargo/função da autoridade que atesta
(centralizados).
Obs.: O atestado é dado, geralmente, a favor de alguém e só
tem valor, quando emitido em papel timbrado.
Deve ser emitido para situações momentâneas.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
Coordenação de Registro Funcional
ATESTADO
Atesto, para os devidos fins, que o Senhor Paulo César Diniz,
servidor deste órgão, sob matrícula 32.673-9, necessita ausentar-se
das atividades profissionais no período de 2 a 6 de fevereiro, para
cursar o projeto de atualização destinados a profissionais da área de
informática.
Brasília, 10 de janeiro de 2018.
JOSÉ CARLOS SILVEIRA
Coordenador do Núcleo de Cargos
8 – DECLARAÇÃO: sua estrutura é semelhante à estrutura
do atestado, sendo diferenciada pelo fato de, em caso de
pessoa física, o papel não ter que ser timbrado, porém,
exigindo-se a autenticação da assinatura em cartório.
Observação: Enquanto o atestado é dado a favor de
alguém, a declaração pode ser ou não favorável a alguém.
Deve ser emitido para situações permanentes.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
DEPARTAMENTO DE PESSOAL
Coordenação de Registro Funcional
DECLARAÇÃO
Declaro, para fins de prova junto ao Supremo Tribunal Federal, que
JOSÉ DA SILVA, ex-servidor da Câmara dos Deputados, teve declarada a
vacância do cargo de Analista Legislativo – atribuição Assistente Técnico, a
partir de 2/1/2004 (DCD de 3/1/2004). O referido ex-servidor não usufruiu as
férias relativas ao exercício de 2003 e, em seus assentos funcionais, consta
a concessão de 30 (trinta) dias de licença para capacitação, referente ao
qüinqüênio 13/1/1995 a 26/1/2000 (Processo n. 5.777/2003, publicado no
Boletim Administrativo n. 15, de 7/1/2004).
Brasília, 10 de janeiro de 2016.
MARIA JOSÉ DA SILVA
DIiretora
9 – PARECER: é a opinião fundamentada, emitida em nome
pessoal ou de órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido
submetido para análise e competente pronunciamento. Visa a
fornecer subsídios para tomada de decisão.
Forma e estrutura:
a) Número de ordem (quando necessário).
b) Número do processo de origem.
c) Ementa (resumo do assunto).
d) Texto, compreendendo:
- Histórico ou relatório (introdução).
- Parecer (desenvolvimento com razões e justificativas).
- Fecho opinativo (conclusão).
e) Local e data.
f) Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista.
BRASÃO
NOME DO ÓRGÃO
DIRETORIA-GERAL
Assessoria Técnica
Parecer nº............
Processo nº .............
Revisão de Pensão
Pagamento de pensionistas do Instituto de Previdência dos Congressistas.
Trata o presente processo de consulta formulada pela Coordenação de Seguridade
Parlamentar, do Departamento de Pessoal, acerca dos procedimentos a serem adotados pela
administração da Casa para o cumprimento da Decisão da Mesa Diretora da Câmara dos
Deputados no processo nº ........, relativa ao pagamento de pensionistas do extinto Instituto de
Previdência dos Congressistas, em face da orientação do Tribunal de Contas da União. .
Conforme levantamento feito pela Coordenação de Seguridade Parlamentar, há .........
segurados do extinto IPC alcançados por tais medidas, havendo divergência, porém, naquele órgão
técnico, quanto à data de início da aplicação do desconto citado na decisão do Colegiado.
Diante de todo o exposto, entendemos que o que se deve levar em consideração, acima de
tudo, é a farta jurisprudência, que demonstra o posicionamento firmado pelos tribunais no sentido
de não permitir efeito retroativo a [...]. Assim, os procedimentos a serem adotados pela
Coordenação de Benefícios não podem ser outros senão os já descritos na própria Decisão da
Mesa, a partir de cuja data deverão vigorar os efeitos financeiros em favor dos pensionistas do
referido Instituto.
É o parecer, sub censura.
Brasília, 13 de janeiro de 2018.
JOSÉ DA SILVA
Técnico Legislativo
10 - MEIOS DE TRANSMISSÃO:
O telegrama, o fax e o e-mail (correio eletrônico) são meios de
transmissão de mensagens, não se constituindo em
documentos propriamente ditos.

a) TELEGRAMA:
É o nome dado a toda comunicação expedida por meio de telegrafia,
telex, etc. Por seu alto custo, vem sendo substituído, progressivamente,
pelo fax e pelo correio-eletrônico (e-mail), que são meios mais
modernos e eficientes de transmissão, devendo-se, por isso, restringir o
seu uso a mensagens urgentes que não possam ser enviadas de outro
modo ou quando se precisa da confirmação identificada de
recebimento.
Não há estrutura rígida para o telegrama, que, contudo, deve pautar-se
pela concisão e adequar-se aos formulários disponíveis nas agências dos
Correios e em sua página na Internet. Modernamente, vem caindo em
desuso a linguagem abreviada (apropriadamente qualificada de
“telegráfica”), dando ela lugar ao texto corrido comum, devendo este,
portanto, ser redigido com pontuação e acentuação normais.
b) FAX:
Forma abreviada e já consagrada de fac-símile, é o meio de
transmissão a ser utilizado, preferencialmente, em situações
de urgência ou necessidade de envio de cópias de
documentos. Para o arquivamento, quando necessário,
deve-se atentar quanto à qualidade do papel, que, em certos
modelos, se deteriora rapidamente.
Os documentos são enviados por fax em sua estrutura
original, mas é conveniente que sejam acompanhados de
uma folha de rosto, com dados de identificação do
remetente, do destinatário e da mensagem (quantidade de
páginas e, conforme o caso, assunto).
c) CORREIO-ELETRÔNICO (E-MAIL):
A utilização do correio eletrônico para a comunicação tornou-se
prática comum, não só em âmbito privado, mas também na
administração pública. O termo e-mail pode ser empregado com
três sentidos. Dependendo do contexto, pode significar gênero
textual, endereço eletrônico ou sistema de transmissão de
mensagem eletrônica.
Como gênero textual, o e-mail pode ser considerado um
documento oficial, assim como o ofício. Portanto, deve-se evitar o
uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
Como endereço eletrônico utilizado pelos servidores públicos, o e-
mail deve ser oficial, utilizando-se a extensão “.gov.br”, por
exemplo.
Como sistema de transmissão de mensagens eletrônicas, por seu
baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de
envio e recebimento de documentos na administração pública.
I - Valor documental
Nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de
2001, para que o e-mail tenha valor documental, isto é, para que
possa ser aceito como documento original, é necessário existir
certificação digital que ateste a identidade do remetente,
segundo os parâmetros de integridade, autenticidade e validade
jurídica da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira –
ICPBrasil.
O destinatário poderá reconhecer como válido o e-mail sem
certificação digital ou com certificação digital fora ICP-Brasil;
contudo, caso haja questionamento, será obrigatório a repetição
do ato por meio documento físico assinado ou por meio
eletrônico reconhecido pela ICP-Brasil.
Salvo lei específica, não é dado ao ente público impor a aceitação
de documento eletrônico que não atenda os parâmetros da ICP-
Brasil.
II - Forma e estrutura
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua
flexibilidade. Assim, não interessa definir padronização da
mensagem comunicada. No entanto, devem-se observar algumas
orientações quanto à sua estrutura.
a) Campo “Assunto”
O assunto deve ser o mais claro e específico possível, relacionado
ao conteúdo global da mensagem. Assim, quem irá receber a
mensagem identificará rapidamente do que se trata; quem a
envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem na caixa do
correio eletrônico.
Deve-se assegurar que o assunto reflita claramente o conteúdo
completo da mensagem para que não pareça, ao receptor, que se
trata de mensagem não solicitada/lixo eletrônico. Em vez de
“Reunião”, um assunto mais preciso seria “Agendamento de
reunião sobre a Reforma da Previdência”.
b) Local e data
São desnecessários no corpo da mensagem, uma vez que o próprio
sistema apresenta essa informação.
c) Saudação inicial/vocativo
O texto dos correios eletrônicos deve ser iniciado por uma saudação.
Quando endereçado para outras instituições, para receptores
desconhecidos ou para particulares, deve-se utilizar o vocativo conforme
os demais documentos oficiais, ou seja, “Senhor” ou “Senhora”, seguido
do cargo respectivo, ou “Prezado Senhor”, “Prezada Senhora”.
d) Fecho
Atenciosamente é o fecho padrão em comunicações oficiais. Com o uso
do e-mail, popularizou-se o uso de abreviações como “Att.”, e de outros
fechos, como “Abraços”, “Saudações”, que, apesar de amplamente
usados, não são fechos oficiais e, portanto, não devem ser utilizados
em e-mails profissionais.
O correio eletrônico, em algumas situações, aceita uma saudação inicial
e um fecho menos formais. No entanto, a linguagem do texto dos
correios eletrônicos deve ser formal, como a que se usaria em qualquer
outro documento oficial.
e) Bloco de texto da assinatura
Sugere-se que todas as instituições da administração pública adotem um
padrão de texto de assinatura. A assinatura do e-mail deve conter o
nome completo, o cargo, a unidade, o órgão e o telefone do remetente.
f) Anexos
A possibilidade de anexar documentos, planilhas e imagens de diversos
formatos é uma das vantagens do e-mail. A mensagem que encaminha
algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre o conteúdo do
anexo.
Antes de enviar um anexo, é preciso avaliar se ele é realmente
indispensável e se seria possível colocá-lo no corpo do correio
eletrônico.
Deve-se evitar o tamanho excessivo e o reencaminhamento de anexos
nas mensagens de resposta.
Os arquivos anexados devem estar em formatos usuais e que
apresentem poucos riscos de segurança. Quando se tratar de
documento ainda em discussão, os arquivos devem, necessariamente,
ser enviados, em formato que possa ser editado.
EXERCÍCIOS
Leia:
xxx n. 524/2018/RH – FUNPRESP
Brasília, 7 de janeiro de 2016.
A Sua Excelência a Senhora
Maria da Silva
Coordenadora de Cerimonial
[endereço completo]
Assunto: Utilização de Auditório.
Senhora Coordenadora,
1. Solicito a Vossa Excelência autorização para a utilização do auditório
localizado no edifício sede dessa instituição, conforme
especificado a seguir.
2. A FUNPRESP pretende promover um seminário direcionado aos novos
servidores, com intuito de explicar-lhes as vantagens e os benefícios da adesão ao
plano de previdência complementar.
3. O evento está previsto para acontecer no dia 23 de março, das 9h às 12h,
com público estimado de 200 pessoas.
Atenciosamente,
Ana Maria
Coordenadora-Geral
Tendo como referência o documento hipotético xxx n.
524/2016/RH – FUNPRESP, julgue o item com base no que
dispõe o MRPR.
01 - O emprego do fecho Atenciosamente sugere que o
documento em questão será enviado para autoridade de
hierarquia igual ou inferior à do signatário.
02 - Caso o ministro titular do MDIC queira informar o
Presidente da República acerca de assunto relacionado ao
comércio exterior, deverá fazê-lo por meio da exposição de
motivos, e é emitida obrigatoriamente com formulário de
anexo.
03 - O ofício é a forma de comunicação indicada para a
comunicação entre ministérios.
04 - Os termos técnicos, as siglas, as abreviações e os
conceitos específicos empregados em correspondências
oficiais prescindem de explicação.
05 - Caso deseje encaminhar uma comunicação oficial aos
funcionários do TCDF, o presidente desse órgão deve utilizar
a modalidade textual do comunicado.
06 - Deve-se empregar o fecho Atenciosamente em
comunicação oficial enviada a ministro de Estado pelo
presidente da República.
07 - Em uma comunicação oficial destinada a administrador
regional, cujo signatário seja o presidente do TCDF, é
obrigatório o emprego não só da expressão Excelentíssimo
Senhor administrador antes do nome do destinatário, mas
também do fecho Atenciosamente.
08 - A regra da formalidade exigida nas comunicações
oficiais está preservada no trecho a seguir: “Nos termos do
plano geral de flexibilização da carga horária funcional,
solicito à Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que
sejam alocados três novos funcionários neste
Departamento”.
09 - A concisão, que consiste no respeito ao princípio da
economia linguística, é uma característica fundamental em
telegramas, modalidade dispendiosa de comunicação.
10 - Admite-se o registro de impressões pessoais na redação
oficial, desde que o assunto seja de interesse público e
expresso em linguagem formal.
11 - Redigir um documento oficial com a norma padrão da
língua portuguesa não significa utilizar linguagem rebuscada
ou termos técnicos restritos a um determinado grupo social.
O uso da norma padrão visa conferir impessoalidade às
comunicações oficiais e informar com o máximo de clareza e
concisão.
12 - Exposição de motivos que tenha por finalidade
apresentar ao presidente da República projeto de ato
normativo deve ser redigida conforme o padrão ofício, sendo
facultativa a apensação do formulário de anexo ao
expediente.
13 - A formalidade das comunicações oficiais não se limita ao
emprego adequado dos pronomes de tratamento, devendo-
se observar, também, a polidez, a civilidade e a obediência às
regras de impessoalidade e ao padrão culto da linguagem.
14 - Comunicações oficiais emitidas pelo chefe do Poder
Judiciário e pelo chefe do Poder Legislativo devem conter, ao
final, no espaço reservado à identificação do signatário, o
nome e o cargo da autoridade que as expede.
15 - Em regra, as comunicações assinadas pelo presidente da
República dispensam a identificação do signatário, à exceção
da mensagem, cuja redação deve seguir a recomendação do
padrão ofício, segundo a qual, em todas as comunicações
oficiais, devem constar o nome e o cargo da autoridade
remetente abaixo do local de sua assinatura.
16 - A linguagem clara e inteligível deve pautar a
comunicação oficial. Desse modo, o uso de jargão técnico
colabora para a clareza na comunicação.
17 - Em ofício destinado ao envio de documentos, deve-se
iniciar o texto com referência ao expediente que os tenha
solicitado; ou, no caso de a remessa de documento não ter
sido solicitada, o texto deve iniciar-se com a informação do
motivo da comunicação, seguida dos dados completos do
documento encaminhado e da razão pela qual ele está sendo
remetido.
18 - O seguinte trecho introdutório de comunicação oficial
atende ao objetivo de mero encaminhamento de documento
e ao requisito de uso do padrão culto da linguagem:
Encaminho, em anexo, para exame e pronunciamento, cópia
do projeto de modernização de técnicas agrícolas no estado
do Espírito Santo.
19 - Para comunicação entre unidades de um mesmo órgão,
emprega-se o memorando, expediente cuja tramitação
apresenta como principais características a rapidez e a
simplicidade.
20 - Considere que o diretor de normas e habilitação das
operadoras da ANS precise comunicar-se com o ministro de
Estado da Saúde. Nessa situação, o diretor deverá utilizar o
aviso como forma de correspondência oficial, dado o fato de
o ministro ser autoridade de hierarquia superior e dada a
vinculação da ANS ao Ministério da Saúde.
21 - Por estar de acordo com as regras de concordância do
padrão culto da linguagem, a frase Vossa Excelência
indicareis a vossa nova secretária seria adequada para
compor a redação de documento oficial.
22 - A forma de tratamento Digníssimo deve ser empregada
caso o destinatário da comunicação oficial ocupe cargo
hierarquicamente superior ao do remetente.
23 - Com relação ao uso dos pronomes de tratamento na redação
oficial, é INCORRETO afirmar que:
a) Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta)
apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal,
nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical
(à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam
a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o
substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa
Senhoria nomeará o substituto".
b) Os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são
sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto"
(e não “Vossa ... vosso...").
c) O pronome de tratamento vossa excelência é empregado para
autoridades do poder executivo, legislativo e judiciário. Vossa senhoria é
empregado para as demais autoridades e para particulares.
d) Vossa magnificência é empregada por força da tradição, em
comunicações a religiosos como papas, cardeais, arcebispos e bispos.
24 - Em documentos oficiais destinados à Secretária
Executiva do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, deve-se empregar a forma de tratamento Vossa
Senhoria.
25 - A forma de tratamento empregada no vocativo Senhora
Presidenta da República está adequada ao gênero de
correspondência oficial expedida e à autoridade a que está
dirigida.
26 - Acerca das formas de tratamento empregadas nas comunicações
oficiais, assinale a opção correta.
a) O vocativo “Excelentíssimo Senhor” é usado exclusivamente em
comunicações dirigidas Chefes de Poder da União.
b) A forma de tratamento “Digníssimo”, por denotar respeito à pessoa a
quem se dirige a comunicação, deve ser empregada a critério do
remetente da comunicação oficial.
c) O emprego da segunda pessoa do plural, “vós”, está presente em
formas como Vossa Senhoria e Vossa Excelência, as quais indicam
respeito à pessoa a quem se dirige uma comunicação oficial.
d) Os pronomes de tratamento empregados em textos oficiais devem
seguir as normas gerais de concordância. Assim, se for empregado o
pronome de tratamento Vossa Excelência, o pronome possessivo que a
ele se refira deve estar na 2.ª pessoa do plural, como em “Vossa
Excelência gostaria de revisar o vosso discurso?”.
e) A forma de tratamento “Vossa Excelência” é empregada em
comunicações a membros do Poder Executivo e do Poder Legislativo,
mas não, a membros do Poder Judiciário.
27 - Considerando-se que o signatário de um expediente
oficial seja o procurador-geral da República, o
fecho Respeitosamente é apropriado no caso de esse
expediente ter como destinatário o presidente da República.
28 - Segundo o Manual de Redação da Presidência da
República, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
a) Embaixadores.
b) Conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
c) Prefeitos Municipais.
d) Presidentes das Câmaras de Vereadores.
e) Vereadores.
29 - No documento, deve ser empregado o pronome de
tratamento Vossa Excelência, forma correta para
correspondência dirigida a Secretários de Estado.
30 - O uso de forma de tratamento específica em
determinado documento é definido por critérios ligados a
questões de ordem hierárquica e à área de atuação do
destinatário.
31 - Os tratamentos Digníssimo Senhor e Ilustríssimo Senhor,
atualmente, não fazem parte do rol de vocativos
recomendados ou em uso.
32 - Suponha que o general José da Rocha seja assessor do
ministro da Defesa. Com relação à forma de endereçamento
que deve constar no envelope de ofício enviado ao general,
assinale a opção correta.
a) Excelentíssimo Assessor José da Rocha
b) Ilustríssimo Senhor
General José da Rocha
c) A sua Excelência o Senhor
General José da Rocha
d) Eminente Senhor
General José da Rocha
e) Senhor General José da Rocha
33 - Em um documento encaminhado por ministro a um
bispo brasileiro, deve ser empregada a forma de tratamento
Vossa Excelência Reverendíssima.
34 - O pronome de tratamento empregado no
segmento Encaminho a Vossa Excelência o Relatório de
Atividades referente a 2017 atenderia às normas de redação
oficial para um expediente dirigido ao presidente do Senado
Federal.
35 - Em ofício dirigido a uma senadora e cujo signatário seja
um diretor de um órgão público, deverão ser empregados o
vocativo "Senhora Senadora," e o pronome de tratamento
"Vossa Excelência", devendo estar flexionados no feminino
os adjetivos que se refiram à destinatária, como se verifica
no seguinte enunciado: "Vossa Excelência ficará satisfeita ao
saber que foi indicada para presidir a sessão."
36 - Atende à prescrição gramatical o emprego do pronome
possessivo "vosso" no corpo do texto, dado que o
tratamento empregado foi Vossa Excelência.
37 - Nas comunicações oficiais dirigidas a um ministro de
Estado, deve-se empregar o vocativo "Senhor Ministro".
38 - A impessoalidade exigida pelos documentos oficiais
requer que a primeira pessoa do plural em "Informamos"
seja trocada pela forma indeterminada correspondente:
Informa-se.
39 - Em uma correspondência encaminhada ao ministro dos
Transportes, o destinatário deve ser chamado pelo vocativo
Senhor Ministro e, no envelope de endereçamento, deve ser
referido pela forma de tratamento A Sua Excelência o
Senhor.
40 - Julgue os itens a seguir, conforme a adequação da linguagem
dos excertos a um texto de correspondência oficial, o qual,
segundo o Manual de Redação da Presidência da República, deve
caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão culto de
linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.

Senhor Corregedor, A ação rigorosa da Polícia Federal no sentido


de extirpar os crimes de tráfico das comunidades menos
favorecidas foi determinante para que a operação fosse
considerada bem-sucedida até a presente fase. Faz-se necessário,
agora, que se acompanhem regularmente as atividades dos
cidadãos residentes nos locais envolvidos. Visa-se, com isso, a não
reincidência de crime nas etapas subsequentes do projeto e em
período posterior ao seu término.
41 - Informamos que a servidora em questão apresenta a
necessidade de acompanhar cônjuge, uma vez que o mesmo
foi nomeado em concurso público nesta cidade. Ressaltamos
que a servidora já mencionada apresenta uma boa
qualificação, no qual destaca-se à certificação em análise de
pontos de função, certificação essencial para os novos
projetos do CPD.
42 - As correspondências oficiais precisam, necessariamente,
obedecer ao padrão culto da linguagem.
Assinale a alternativa que está em acordo com essa
afirmação.
a) ( ) As fichas estão anexas ao processo.
b) ( ) A razão porque saímos da empresa será esclarecida
assim que for possível.
c) ( ) Houveram pessoas descontentes com a nova medida
adotada naquele setor da empresa.
d) ( ) Ele adotou aquela medida afim de se tornar popular
entre os funcionários.
e) ( ) Informamos que foi implantado, após intensos
debates, nova tabela de honorários médicos.
43 - Considerando que os termos de correspondência oficial
seguem as normas do padrão culto da língua, analise as frases a
seguir e assinale a alternativa correta.
a) Assim que recebermos a lista do material solicitado, Vossa
Senhoria serás comunicada. – DIRETOR DE EMPRESA
b) Acreditamos que a decisão de Vossa Eminência afetará a qual
idade dos programas de pós-graduação desta universidade. –
REITOR DE UNIVERSIDADE
c) Remetemos à Sua Senhoria as determinações do Senhor Diretor
relativas ao funcionamento do setor administrativo de tua
responsabilidade. – GERENTE DE DEPARTAMENTO
d) Solicitamos a Vossa Excelência, representante da banca
examinadora, a revisão da prova de Língua Portuguesa. – BANCA
EXAMINADORA DE CONCURSO PÚBLICO
e) Enviamos a Vossa Senhoria a estatística do atendimento ao
consumidor realizada por nossa empresa no primeiro semestre
deste ano. – FUNCIONÁRIO PÚBLICO GRADUADO
44 - Com base no Manual de Redação da Presidência da
República, são partes dos documentos escritos no "padrão ofício":
I. tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o
expede.
II. local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento
à direita.
III. assunto: resumo do teor do documento.
IV. destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a
comunicação.
a) Apenas I e II
b) Apenas I e III
c) Apenas I, II e IV
d) Apenas I, II e III X
e) I, II, III e IV
45 - Mensagem é o instrumento de comunicação oficial
utilizado entre os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário.

Você também pode gostar