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 INDICE

Carta ao leitor 05 DA 49

Mensagem à turma 06 DepCult 50

Palavra do Reitor 07 FORMULA ITA 52

Patrono 08 ITA Consulting Club 54

Engenharia Aeronáutica 09 ITA Júnior 55

Engenharia Aeroespacial 16 ITAbits 57

Engenharia Civil 21 ITAndroids 58

Eng. de Computação 24 Rede_ 61

Engenharia Eletrônica 28

Eng. Mecânica Aeronáutica 34

AAAITA 41

BAJA 43

CASD 45

CASDVest / Casdinho 46

CEE 47

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 Revista de formatura
ITA turma 2019
Expediente

Editor - Chefe
Helon Moreira

Design e Diagramação
Reis estúdio de Criação

Carta ao Leitor
Helon Moreira

Mensagem à turma
Thiago Rezende

Palavra do reitor
Claúdio Jorge

Patrono
Lucas Latyki

Textos dos cursos

Manoel Maurício (AER)
William Veber (AESP)
Filipe Rolim (CIVIL)
Davi Grossi (COMP)
Amanda Barreiros (ELE)
Mateus Sombra / Matheus do Vale
/ Vladimir Oliveira (MEC)

Histórias da turma
Francisco Raul (ITA no exterior)
João Luiz (A melhor turma do FUND)

Iniciativas
Gabriel Gama (AAAITA)
Lucas Dantas (BAJA)
Mateus Sombra (CASD)
Leandro Ygor (CASDVest/Casdinho)
Matheus Feitosa (CEE)
Raquel Issa (DA)
Aluisio Cangerana (DepCult)
Philippe de Carvalho (FORMULAITA)
Thais de Souza (ITA Consulting Club)
Pedro Henrique (ITA Júnior)
Felipe da Conceição (ITAbits)
Dicksiano Carvalho (ITAndroids)
Helon Moreira (Rede_)

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CARTA
AO LEITOR
Helon Moreira

Caro leitor, você está prestes a conhecer parte da história de uma das mais
lendárias turmas que passou pelo ITA, a T-19. Este material é mais do que uma
revista anual, é um dos relatos mais expressivos e perenes que uma geração de
iteanos pode contar.

Para nós, formandos da T-19, esta revista é um pedaço da lembrança desses 5

anos (ou 6, 7 anos); para nossos familiares, talvez seja uma revelação de histórias
nunca antes ditas; para os ex-alunos, uma máquina do tempo, com uma forte ig-
nição que desperta saudade, mas que proporciona uma prazerosa viagem; para
os alunos que estão na graduação, uma motivação a fim fazer acontecer o dia da
formatura; para as novas gerações que almejam fazer parte da família iteana, uma
inspiração. Enfim, para todos os demais leitores, espero que esta revista seja uma
ótima leitura e uma forma de conhecer nossa história.

Quero expressar, em nome da turma, a enorme gratidão que temos por nossos
patrocinadores, são eles: Poliedro, Farias Brito, Loft, FHE POUPEX, Jacques Ja-
nine. Também deixo exposto nosso agradecimento à AEITA. Por fim, quero agra-
decer à comissão de formatura da T-19 e aos demais contribuintes da turma que
escreveram textos e enviaram fotos a fim de tornar esta revista uma realidade.

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Thithi – Presidente da COMFOR
Olá família 19! Finalmente hein?! PQP, não estou nem acreditando.

Com muito carinho eu me recordo como tudo começou para que chegássemos
até aqui. Desde um “todo mundo atrás do Sid” até nosso último evento, o 100 dias,
que também foi inesquecível. Foi uma longa caminhada, com momentos vividos
que nem sempre foram fáceis (acho que não existe ser iteano que diga que foi
fácil), mas digo que valeu a pena, não por causa do ITA em si, ou do diploma e
tudo mais, mas porque, nesses 5 anos de graduação, nunca me senti sozinho,
pois vocês sempre estiveram comigo. A família 19 é grande e unida, é de fato uma
amizade que levarei por toda a vida.
Gratidão é a palavra que se resume essa pequena introdução.
Obrigado GLORIOSA 19!

Agora vamos ao que interessa, a formatura!!

Formatura, momento de festejar a vitória alcançada, momento de despedidas,

momento de grandes agradecimentos, é aquele momento que você para um pou-
co e relembra todo o caminho que você percorreu até aqui. É um momento único
e foda!

A COMFOR 19 trabalhou muito pra que esse momento seja inesquecível, foram
muitas horas de reuniões (PQP!), discursões de ideias, votações, angústias, entre
muita coisa. Nesses um ano e meio trabalhando na COMFOR eu vi muita coisa,
mas nada se compara a vontade que os membros tinham de realizar a melhor
festa de formatura que o ITA já teve!

Fico muito agradecido pela confiança e pela credibilidade que a 19 colocou na

COMFOR, agradeço a confiança, da mesma forma que agradeço cada mem-
bro que batalhou para que tudo aconteça perfeitamente, Vlad, Marujinho, Itajubá,
Zandoná, Helon, Greguinho e Moral.

Por fim, agradeço à New Star Produções como parceira e aos nossos patrocina-
dos, Loft, Poliedro, Farias Brito, Jacques Janine, Poupex e muitos outros apoia-
dores. Sem eles essa revista não existiria. Espero que gostem da revista, foi feita
com muito carinho e viradões (sério! foi um dos itens mais sugas da COMFOR).

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PALAVRA
DO REITOR
Claúdio Jorge Pinto Alves
Começo por agradecer a todos que contribuíram para chegarmos a esse mo-
mento. Nossos pais e familiares. Nossos amigos. Nossos mestres e aqueles que
direta ou indiretamente tiveram sua parcela de contribuição. A cidade de São
José dos Campos que nos acolheu. A Força Aérea que tem a percepção da im-
portância do seu apoio na manutenção de uma escola do nível de um ITA.
É um momento muito aguardado por todos nós que fazemos um curso de nível
superior. Um momento de muita alegria pela conquista mas com certo gosto de
tristeza e ansiedade. A separação irremediável de muitos amigos que aprende-
mos a conviver e a amar. A ansiedade pelo que nos aguarda nos próximos dias,
meses e anos. Foi muito esforço dispendido antes de entrarmos numa escola
como o ITA. Quantos sacrifícios e noites pouco dormidas. Depois da festa da
aprovação, quantos abraços e elogios, e mais um largo período que exigiu de-
dicação, escolhas, novas iniciativas, superar algumas disciplinas quase intrans-
poníveis, enfim muita dedicação para lidar com os desafios que nos impuseram.
Isso passou. Fizemos o melhor que conseguimos fazer. Vimos alguns guerreiros
ficando pelo caminho nessa luta. E alguns de nós com a sensação que podería-
mos ter feito mais. Enfim, alcançamos mais uma fronteira. É quase um recomeço,
com rotinas desconhecidas, em sua maior parte, e mais trilhas a serem percorri-
das sem sabermos com certeza onde vamos chegar.
Uma dúvida natural nos abate: estamos preparados para o porvir? Minha per-
cepção é que NÃO estamos! Temos que sempre buscar nos aperfeiçoar. Nun-
ca ficaremos prontos. Mas, com certeza, a base científica de conhecimento foi
estruturada em nosso cérebro. Acreditem: essa é uma vantagem inestimável na
competição da vida! Porém não podemos esquecer dos valores cultuados tradi-
cionalmente por nossa Alma Mater. É um diferencial que poucos aí fora conse-
guem entender e vivenciar. O avanço da tecnologia é quase exponencial e temos
de continuar nos dedicando para enfrentar os novos desafios.
Sejamos fortes. Ficamos mais fortes do que pensamos ser. Fomos forjados pelo
esforço de muitos e sabemos que não foi fácil, ainda que na memória, no futuro,
permanecerão apenas as boas lembranças (tenham certeza disso, digo por expe-
riência). Estou seguro que daqui a alguns anos vocês terão uma melhor percep-
ção da base de conhecimentos que foi erigida em cada um de vocês. Mas, não
se esqueçam do seu coração. Sejam bons engenheiros, o melhor que puderem.
Destaquem-se: a sociedade brasileira necessita disso. Mas não deixem de ser
cidadãos. Apoiem as boas iniciativas.
E fundamental: labutem com amor. Busquem e encontrem o bom caminho. Só
assim galgarão a felicidade do verdadeiro sucesso profissional e pessoal. Uma
última orientação - não desperdice seu tempo, esse é um bem irrecuperável. Fa-
çam bom uso dele. E aí, meus mais sinceros votos : sejam felizes!
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PATRONO
Lucas Latyki (Bioca)

Jürgen Werner Heinz Geicke,

apenas Geicke ou, ainda, o pro-
fessor alemão onipresente, foi
um personagem folclórico no ITA.
Físico de partículas nascido em
Berlim ainda em 1941, veio ao
Brasil em 1977 e posteriormente
ao ITA, onde lecionou matemáti-
ca por mais de vinte anos, tendo
portanto marcado presença no
imaginário de muitas gerações
iteanas.

Apesar de seus passos lentos,

jamais chegou atrasado a uma
aula sequer, cobrando a mesma
pontualidade de seus alunos (e
ai de quem dormisse). Rigoroso
porém simpático atencioso e de-
dicado, era impossível não nutrir
afeição por ele mesmo após um
desempenho baixo em uma de
suas provas (o que não era incomum).
Normalmente, Geicke era um dos professores responsáveis pela matéria de
MAT-12 (cálculo 1). No caso da 19 ou, mais especificamente, 19.4, ele lecionou
MAT-32 e MAT-46. Se cálculo 1 era difícil com o rigor do velhinho, imaginem então
equações diferenciais e cálculo complexo.

Conhecido por ser um exímio jogador de truco, tinha um grande entrosamento

com os alunos tendo participado inclusive do show do bixo da T-11, o qual retrata
sua misteriosa onipresença (as teorias mais aceitas indicavam a existência de oito
Geickes simultâneos).

Geicke faleceu em 2017, infelizmente. Certamente um dos professores mais

emblemáticos da história do ITA, ele fará muita falta, mas ainda sobrevive na me-
mória de todos nós que fomos seus alunos.

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 ENGENHARIA AERONÁUTICA
Escolhemos engenharia aeronáutica
porque sonhamos alto, não nos intimi-
damos com o desafio de lidar com as
complexidades tecnológicas, com os
riscos e as responsabilidades que en-
volvem as tão admiradas máquinas que
levam e elevam a humanidade para
além dos seus aparentes limites.
Pelo contrário, fizemos do desafio a
nossa inspiração para seguirmos em
constante aprendizado.
Logo no primeiro semestre nós deverí-
amos fazer algo voar. Era a condição
para sermos aprovados na disciplina
de projetos aeronáuticos. A missão era
bem clara e objetiva: no primeiro bimes-
tre, projetar um avião de até dois metros
de envergadura; no segundo, construir
e fazer com que ele decolasse e pou-
sasse em segurança. Isso garantiria a
nota R (regular), suficiente para a apro-
vação. Começamos a ouvir sobre die-
dro, margem estática, bordo de ataque,
asa afilada... Bom, pelo menos eu sabia
o que era uma asa. Ou melhor, eu acha-
va que sabia.
Quebramos, juntos, as cabeças para
esboçar os primeiros desenhos e, sem
querer, quebramos muita madeira bal-
sa durante o processo também. E como
colávamos! Colávamos, juntos, as ner-
vuras das asas, os bordos de fuga, os
bordos de ataque e, sem querer, co-
lávamos os dedos também. Logo en-
tendemos que deveríamos estar juntos
nessa jornada e nos unimos desde o
começo. Agora nossos cálculos tinham
uma natureza diferente do que havía-
mos experimentado nas tantas e inten-
sas disciplinas de matemática. Diferen-
temente daqueles casos, os números
carregavam certa subjetividade, as im-
precisões do mundo real e o poder de
9
transformar a nossa realidade. Carre-
gavam responsabilidade e a felicidade
que sentimos ao ver nossos aviões no
céu. Estávamos começando a aprender
o que era engenharia, começamos a in-
ventar e inventamos juntos!
Fomos apresentados a um persona-
gem de destaque nesta história, o Ama-
relinho: apelido do túnel de vento que
utilizávamos nas aulas de laboratório
de aerodinâmica e que, em certo mo-
mento, tornou-se íntimo, de modo que
deixamos de sentir a aflição quando ele
sacudia as placas mal fixadas do forro
do teto no laboratório. Foram diversas
tardes e noites fazendo os experimen-
tos que, em alguma madrugada futura,
resultaria em um relatório com mais de
50 páginas.
Não eram só os extensos relatórios de
aerodinâmica que tomavam as madru-
gadas. As provas de estruturas exer-
ciam o mesmo papel. Nos víamos juntos
outra vez, agora calculando as tensões
nas vigas e sempre nos ajudando com
as tensões na vida. Nos divertimos com
os ensaios a bordo do Bandeirante e
Brasília, com o pós-queimador do F-5,
nos surpreendemos com as complexi-
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dades da aerodinâmica supersônica e
com as equações de mecânica do voo
que ocupavam mais do que poderia ca-
ber na página. Assim seguimos, geral-
mente em grupo, encarando cada pro-
jeto e prova, suportando a distância de
casa, e comemorando as vitórias ao lon-
go do percurso. Fizemos do nosso so-
nho entender os segredos da natureza
que permitem fazer a sociedade ir mais
longe e mais rápido, os quais nos per-
mitem voar! Nós vivemos esse sonho.
No ITA, tivemos o privilégio de aprender
com professores que foram protagonis-
tas e escritores da História da aviação
no Brasil e nos contaram como fizeram
isso. Hoje, nós somos pessoas muito
diferentes do que éramos quando che-
gamos. Talvez agora sem aquela con-
vicção inicial sobre saber o que é uma
asa, mas amadurecidos. Aprendemos
muito sobre engenharia, sobre sermos
técnicos competentes e cidadãos cons-
cientes, aprendemos muito sobre viver
e aprendemos a voar! Assim, seguire-
mos voando e, quando for preciso, voa-
remos juntos mais uma vez!
Manoel Maurício Neves Gumes (Necão)
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 Afonso André Ribeiro Erick de Castro Ferreira
As dores nunca serão
maiores do que as alegrias
de uma grande conquista
Ana Vitória Ferreira
Delfino
“Ó Senhor Deus, eu te lou-
varei com todo o coração e
contarei todas as coisas mar-
avilhosas que tens feito. Por
causa de ti eu me alegrarei e
ficarei feliz.” Salmos 9: 1,2
Breno de Oliveira e Silva
Caio Bittencourt Freitas
Carlos Alexandre
N. Madureira
The moral of the story is:
you get one life, so do it all
Cássio Bezerra de Oliveira
Edson Hítalo Almeida Sales
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Quando tudo parece estar
indo contra você, lembre-se,
o avião decola contra o ven-
to, não a favor dele
Filipe José Oliveira Saboia
Gabriel Sena Galvão
Meu sonho era sair daqui
Engenheiro Aeronáutico e
com 0,5 ponto na Copa
Gunther... Acho que terei de
me contentar com o
diploma apenas.
Gabriela Diniz da Silva
Amaciante. Amar a si antes
Gieser Augusto
Rauber Duarte
Não me perguntes se sou
capaz, dê-me a missão!!!
(mas passa o bizú pelo menos, né!?)
João Paulo Botan Juliatti
José Antônio de Faria Neto
Nesses anos de ITA aprendi
que, por mais Anormal que
seja, apostar na Capivara pra
ganhar na Sena pode ser um
jeito Furtivo de comprar um
Biscoito e comer com Lasanha
na companhia do presidente
Obama.
 Leandro Ygor Loli Pedro Henrique Rodrigues
Bora mudar a educação!
Lucas Dantas Fernandes
Lucas Diniz de Andrade P.
Luis Alberto Tieppo Koroll
“O sol nasce, a bicicleta
anda, o lobo uiva e o urso
panda”
Manoel Maurício
Neves Gumes
Encontrei aqui oportunidades
incríveis e pessoas surreais!
Marcelo Zazycki Goin
Octavio Mathias Silva
da Mota
Boy, tem boquinha não viss
Pedro Vinícius Justo
Andrade
No que diz respeito ao
empenho, ao compromisso,
ao esforço, à dedicação, não
existe meio termo. Ou você
faz uma coisa bem feita ou
não faz. - Ayrton Senna
Philippe de Carvalho
Martins
Nem o MIB (T15) vai me fazer
esquecer dos bons momen-
tos vividos aqui no ITA, truta!!
Rafael José C. de Saboya
Depois de muitos viradões...
chegou minha vez de ser
desligado!
Thais de Souza Cabral
Se sorri ou se chorei, o im-
portante é que eu formei!
#ObrigadaViradão
Thales Delmiro de Sousa
Na prática, a teoria é outra.
Victor Rebouças Covre
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14
15
 ENGENHARIA AEROESPACIAL
Uma das grandes bênçãos da vida é a ex-
periência que o passar dos anos concede.
Encerrado o ciclo fundamental e encorajados
pela carreira profissionalmente desafiadora,
era chegado o momento de condensarmos
os conhecimentos das famosas MAT’s e dis-
ciplinas de física e aterrissá-los na busca pelo
entendimento de sondas, foguetes e satélites.
E como saber se aquela rotina de noites em
claro e de pausas usuais para uma visita à Pão
de Queijo durante a madrugada continuariam
ocorrendo? Já no primeiro lab de AED-01, tive-
mos a resposta.
Entender o conceito de camada limite (ou
pelo menos tentar) foi a primeira faísca para
dividirmos experiências que, a esta altura,
fazem parte apenas de um passado bonito e
singelo. E elas não foram poucas: longas tar-
des no Feng tentando criar intimidade com os
túneis de vento e lutando para não deixar cair
o barato anemômetro de fio quente, as aulas
sobre o Concorde, as idas religiosas à cantina
durante o intervalo, as competições do Rocket
Design. Somadas a tudo isso, tivemos as cam-
panhas de lançamento de PRJ (cujas ignições
no MAB foram marcadas por gritos eufóricos
de “Corre, que pegou!!”), o loop de discipli-
nas de engenharia de sistemas (que hoje nos
guiam em todas as tarefas diárias), os churras-
cos no feijão sob o talento musical de Cavalieri
e Donadon!
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Também não faltou adrenalina: as preciosas
aulas do Marcelove para salvar-nos nas fatídi-
cas provas de EST, os debates acalorados
nas aulas de administração, ou a luta contra o
tempo para entregar os relas no Elefante Bran-
co antes do nascer do sol. E como esquecer
a nossa famosa sala de estudos, onde nos uti-
lizávamos durante horas das bolas de sinuca
para entender movimentos típicos de mano-
bras orbitais e transferências de Hohmann? E
foi assim que se consolidou a maior turma de
Engenharia Aeroespacial formada até então
no ITA! Um grupo descontraído, unido e – ao
mesmo tempo – contraditoriamente heterogê-
neo, reunindo pessoas de diferentes origens e
com diferentes habilidades.
London, por exemplo, sempre revelou seu
profundo conhecimento sobre qualquer pauta
posta na roda de conversa, representando-nos
em todas as marcações de prova e, principal-
mente, nos adiamentos. Falando nessa hab-
ilidade de se ajustar a todo tipo de assunto,
Lasa nunca falhou em associar um filme ou
uma série a quaisquer situações vivenciadas
no dia a dia. Alli, Hilton, Nicolas e Davi, com
suas amplas bagagens e condutas militares
irretocáveis, agregavam às aulas incríveis cu-
riosidades sobre navios e pilotagem de aviões
e helicópteros. E como esquecer a admirável
calma de Jesus ou o talento musical do Alu
(mais tarde rebatizado de Aluk)?
 Gugu, por sua vez, demonstrou uma
facilidade inigualável em lidar com ferramen-
tas e acessórios de todo tipo! Já Pedro car-
regou uma paixão pelo futebol e pela demon-
stração de teoremas matemáticos. Com um
vasto conhecimento de motores, Bahdur e Es-
cadinha somaram muitos pontos às aulas de
propulsão. Nesse último grupo, encontra-se
também o Latyki, que conseguia enxergar
uma brecha sutil para um empreendimento em
qualquer conteúdo exposto em sala! Constitu-
indo um grande mistério da ciência, Wesley foi
a personificação exata do tunelamento quân-
tico, participando de tudo ao mesmo tempo
(capacidade essa que lhe rendeu carteira de
habilitação de barco e de ônibus, o aprendiza-
do de russo, e por aí vai). Quanto ao Biscoito,
reservo-me o direito de falar que sentia uma
alegria diária e incontida por fazer parte desse
time!
E como não nos lembrarmos do acervo
de perguntas simples do Jasson ou da imensa
habilidade do Anorms no STK (facilidade que
veio a ser extremamente explorada no Kerbal).
No que diz respeito ao Bidart, uma palavra é
suficiente para descrevê-lo: MO-TI-VA-ÇÃO!
Há ainda quem decidiu se aventurar em so-
los internacionais: Marechal, Drugs e New
(que levou a moda das bolsas de couro para
a França). E há também aqueles que, de so-
los internacionais, chegaram para consolidar
a versão final do elenco que formaria esse se-
leto grupo: Bernini, Nicole e Precavido. Nesse
memorando de formatura, seria incabível não
dedicar um espaço às pessoas que fizeram
dessa experiência um sonho possível. Um
imenso obrigado a todas as famílias e aos
amigos pelo apoio e amparo imprescindíveis;
e também aos nossos professores, que não só
transmitiram suas experiências com didática,
motivação e entusiasmo, como também trans-
puseram os limites do conhecimento acadêmi-
co ao se tornarem nossos verdadeiros consel-
heiros pessoais.
Apesar de regadas por momentos belos
e divertidos, muitas dessas recordações nos
exigiram bastante resiliência emocional, tra-
zendo à tona momentos em que abrimos mão
do conforto de casa, do sono ou da sereni-
dade e – mesmo achando que não seríamos
capazes de suportar a carga – ainda assim
prosseguimos. Reconhecemos um no outro
um refúgio, de tal modo que os fortes laços de
amizade fizeram, do H8 e das acomodações
deste Instituto, extensões de nossos lares. Lar
esse que, em muitas noites, tornou-se a “sala
da pós”. Tudo isso e muito mais estão grava-
dos em nossa memória com um valor que so-
mente cada um de nós – queridos formandos
da turma AESP 19 – é capaz de mensurar.
Talvez algum dia, quando abrirmos as
páginas já envelhecidas desta revista, não só
relembraremos a felicidade descabida que
sentimos com a notícia da aprovação no ves-
tibular, como também sentiremos um imenso
orgulho por termos conseguido encerrar esse
ciclo. Alegro-me em estar certo de que outros
alunos, ansiosos e entusiasmados pelo univer-
so aeroespacial, serão também eternamente
gratos por estudarem nesse recanto de eter-
nas amizades, realizando o sonho que – para
nós – tornou-se realidade: o de sermos engen-
heiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica.
Queridos companheiros de turma, apesar dos
diferentes caminhos trilhados, lembrem-se de
como esses anos foram especiais. Deixem-se
guiar pelo legado de nosso principal objeto de
estudo, desacoplando esse primeiro módulo
(cujo combustível agora se constitui em doces
lembranças e muito orgulho) para que possa-
mos juntos, na queima desse próximo estágio,
alçar voos cada vez maiores!
William Veber Moisés da Silva (Biscoito)
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18
 Alexandre Alli Pereira Gustavo de Souza Lima

Fazer o que acredita e Peace among worlds!

acreditar no que faz.

Aluisio Henrique Messias

Alves Cangerana

Saudades de acordar mais Gustavo Soares Vila Lima

cedo pra me atrasar com
mais calma.

Arthur Durigan Bahdur Hilton Alex Soares de Lima

O conhecimento é a única O Vencedor é apenas um

coisa que ninguém pode sonhador que não desistiu!
tirar de nós.

João Paulo de Souza Bidart

Não controlamos a maioria dos eventos
que acontecem.
Mas há sempre 3 coisas que controlamos:
Arthur Gomes de
Melo Barros 1) No que iremos focar.
2) O que o evento irá significar.
3) O que iremos fazer.
MOTIVAÇÃO

Lucas Lupepsa Latyki

Daniel Bontorin de Souza Até mais, e obrigado

pelos peixes!

Davi Mendes Tenorio Nicolas Eilers

Smith Santana

Eduardo London

Nicolas Seoane Miquelin

19
 Nicole Giulia G. Narcizo
Amei minha faculdade,
muito boa mesmo!
Nota 2 de 10
Pedro Henrique Ribeiro
Bernini
Pedro Soares da Costa
Mota e Souza
‘Nothing in life is to be feared, it is
only to be understood. Now is the
time to understand more, so that we
may fear less.’’ - Marie Skłodowska
Curie
20
Vitor Andrade dos Santos
Só 5 anos de carteação foi
pouco!
Wesley Proença
de Camargo
Voa! Se não puderes voar,
Corre! Se não puderes correr,
Anda! Se não puderes andar,
Rasteja! Mas nunca deixes
de seguir em frente.
William Veber Moisés
da Silva
“A vida nem sempre segue
a nossa vontade, mas ela é
perfeita naquilo que tem
que ser.”
ENGENHARIA CIVIL
21
 P* que pariu, aonde já civil
É meus amigos...Parece que temos mais
uma turma se formando, mas essa é especial,
é a NOSSA turma. Por muitas vezes pareceu
tão distante esse momento, quando iniciamos
com aquela apresentação do curso, todos fe-
lizes por ter acabado aquele curso fundamen-
tal, 2 anos estudando todos os tipos de MATs,
mas mal sabiam o que lhe aguardavam pela
frente. Aquele primeiro semestre que parecia
que tudo ia ser tranquilo, tirando aquelas vi-
sitas intermináveis que nosso querido Frank
nos fazia passar. Mas nada como uma doce
ilusão, onde chegou o semestre seguinte e
conhecemos o Bill do futuro, um pouco me-
nos fofo, nosso querido amigo fffflllllaaaavviii-
iiuuuussss, um dos professores mais amados
e queridos, nós não conseguíamos parar de
estudar para a sua matéria, ir em suas aulas,
não pensávamos nem em usar celular durante
suas aulas rsrs...inúmeros viradões para suas
provas, estresses procurando erros em nossos
códigos para prova, o número 195 na nossa
mente todo o tempo, obviamente não esque-
ceremos dessas coisas, mas não foi só isso,
durante esses momentos, a turma que mais
pregava o comunismo kkk...onde em vésperas
de prova se reunia na memorável sala 2009
ou 2007 e o desespero de todos se juntava
para se transformar em conhecimento. Uma
das coisas mais legais é que sempre tinha um
22
doido salvando os demais, Itajubá sendo o rei
das pedras, Pp sendo o rei de hidro, Bill sen-
do o rei do choro e o todos sobrevivendo em
concreto. E foi assim por todos esses semes-
tres...infelizmente alguns amigos ficando pelo
caminho, outros entrando nessa nova família,
mas apesar de tudo isso, o que mais vamos
lembrar são dos momentos engraçados, as
piadas durante os viradões, as festas e jogos
altamente bêbados, a felicidade de uma prova
adiada...jamais esqueceremos uma das pro-
vas mais difíceis (Prova 2 de concreto estru-
tural 2) onde tivemos a prova adiada faltando
horas e a noite estávamos na alforria fingindo
que não tínhamos nada kkkk. Como diria nos-
so digníssimo...”Muito bem”!! Finalmente for-
mamos...todos sabemos que só conseguimos
chegar até aqui porque estávamos juntos!!!
Foi mais que um prazer dividir tudo isso com
vocês, foi uma honra. Levaremos isso para a
vida toda, espero que a gente não possa se
esquecer do melhor de tudo isso, NÓS, ami-
zades que levarei para a vida toda, sem dú-
vidas estive ao redor de pessoas fantásticas
em diversos sentidos, inteligentes, divertidas,
companheiras, só tenho a agradecer a todos
vocês. Lembraremos de mais coisas nos pró-
ximos encontros de turma! Vamos ser feliz, va-
mos fazer histórias nessa formatura que agora
será tudo menos difícil rsrs. Obrigado, todos
vocês têm um espaço no meu coração. Brin-
dou, virou.... Filipe Rolim (Fimas)
 Álvaro Gonçalves Campos
“Faz mal, mas é bom. Parece
a vida” (Dona Nirza, minha
vó, sobre refrigerante)
Eduardo Campos Silva
Demorou formar, o bonde..
Fernando Frota Junior
Filipe Rolim Vieira Nogueira
O ITA é uma escola e eu vim
pra merendar
Francisco Raul
Lobo Rodrigues
“Sem luz, lê como?”
Francisco Vinícius
Oliveira Alves
Gabriel Gama Lemos
João Paulo Cassemiro
Marques
João Smith Vieira Jácome
Gratidão por tudo! Obrigado,
pai e mãe! Obrigado, ITA!
Obrigado ao prof. Márcio e a
todos os outros professores
incríveis que me conced-
eram um pouco dos seus
conhecimentos!
Luan Torres de Oliveira
“A camisinha estourou pra
eu nascer e eu nasci foi pra
estourar”, Wesley Safadão
Matheus Cavalcante Lima
Rafael Pereira Martins
Sem emoção,
não tem graça.
Rajan Ribeiro Tupinambá
Roberto Chaves
Cavalcante Filho
23
 Engenharia de Computação
24
 Às vezes parecia que nunca ia aca-
bar. Levantar todo dia de manhã, se
arrumar (ou não né?) e ir pra sala de
aula. Passar horas e horas sentado e
depois voltar pro H8 pensando em qual
vai ser a próxima prova ou trabalho pra
entregar. Foi intenso. E consumiu muito
de nossas vidas. Pensamentos do ITA
dominaram nossas mentes nas últimas
semanas do semestre e parecia que o
mundo todo cabia dentro do DCTA.
Nos tornamos o mundo um do ou-
tro, e moldamos juntos muito do que
pensamos e como vemos o universo. E,
depois de toda essa imersão e foco em
conquistar o diploma, o mundo parece
com mais luz. A claridade machuca um
pouco nossos olhos, mas enxergamos
mais à nossa volta.
Já não pensamos tanto em provas
ou viradões. Olhamos pro mundo ainda
com a visão ofuscada, mas já pensa-
mos no que vamos fazer nele. Pensa-
mos nas formas como nossas vidas vão
se transformar depois desta formatu-
ra. Mesmo com algumas incertezas, é
impossível não expressar a euforia em
descobrir um mundo novo. Um mundo
que temos o poder de transformar, in-
terferir e influenciar.
Outro sentimento que é impossível
disfarçar é a gratidão pelas amizades
que formamos aqui. Do companheiris-
mo que surgiu nas vésperas de provas,
de todas as vezes que só conquistamos
o R graças aos colegas que dividiram
seus bizus com a turma, e das brigas
que logo resolvíamos. Aprendemos um
sobre o outro, compartilhamos experi-
ências, descobrimos novas formas de
pensar e encontramos valor intrínseco
na amizade.
Sofremos e batalhamos muito. Mas
sempre juntos, sempre acompanhados
de um olhar solidário. Nós não desisti-
mos, e também não deixamos nossos
amigos desistir. Depois de cada um dos
labs, das entregas adiadas, dos mo-
mentos de desespero, havia superação
e energia era gerada da conexão que
se criou entre nós. Não teria consegui-
do sem vocês.
Talvez nos próximos anos de vida já não
estejamos tão juntos e tão presentes,
olhando um para outro de perto. Mas
aprendemos muito, e sou muito grato
em poder dizer que amo as amizades
que construí aqui. Sinto que somos mais
maduros e que temos uma visão mais
crítica do mundo que nos rodeia. Nunca
vou esquecer desses últimos anos que
estivemos juntos!
Obrigado, obrigado, obrigado, obriga-
do!
Davi Grossi Hasuda (Pézinho)
25
 Anderson Valões Silva

Dylan Nakandakari
Ama e faz o que quiseres.
Sugimoto

Eduardo Henrique
Ferreira Silva
André Marcello Soto Riva
Figueira Se eu não pirei
completamente até agora,
devo estar seguro.

Bruno de Souza Neves Felipe Augusto

Xavier Uchida
Algumas pessoas nunca
enlouquecem. Que vida “Que Deus tenha misericór-
horrível elas devem levar. dia dessa nação” - Cunha,
Eduardo. Preso político

Daniel Rocha Lopes Felipe da Conceição

Guimarães

Dou parabéns a todos que

A dúvida é o preço da chegaram até aqui.
pureza Mas invejo os que saíram
enquanto ainda não era
tarde demais.

Davi Grossi Hasuda Filipe Mourão Leite

Eu ainda to me tremendo Foi difícil, foi cansativo,

daquela prova de 2017 tomou tempo e valeu
a pena.

Gabriel Adriano de Melo

Dennys Leandro Agostini Coragem, determinação,

Rocha força e energia ao futuro da
nação.

Dicksiano Carvalho Melo

Gabriel Santana Brito
“While there’s life, “O progresso vem para
there is hope.” aqueles que treinam
e treinam”
Stephen Hawking - Sensei Morihei Ueshiba.

26
Guilherme Silva de Oliveira

A vida é muito curta para Lucas Gonçalves da

remover o hardware com Conceição Nogueira
segurança.

Gustavo Nahum Alvarez Mateus Menezes

Ferreira Azevedo Coelho

Cansada de deslizar pra “The more you know, the

esquerda? Vem pro meu flat more you realize you know
tomar um litrão com salada! nothing.”
— Socrates

Helon Moreira Freitas Rahyan Azin Gondim Paiva

Observe bem, boas opções

estão ao seu redor. Mas as Comer e viajar são as 4
melhores, são por sua conta melhores coisas da vida
e risco.

Ítalo Tabatinga Braga Talize Facó de Paula

Pessoa Queiroz

“I’ve loved, I’ve laughed and

Hakuna Matata! cried, I’ve had my fill, my share
of losing. And now, as tears
subside, I find it all so
amusing.”

Thiago Filipe de Medeiros

Laurival Siqueira “Não sabendo que era suga,

Calçada Neto ele foi lá e fez”

Lindemberg Teixeira
Almeida Victor Hugo
Fernandes Breder

“Ele não sabia que era

...
impossível e fez em
um viradão”

Lucas da Silva Jorge

27
 Engenharia Eletrônica
28
 Só acredito quando o diploma chegar
Iniciamos nosso semestre no profissional já
com um certo receio do curso (o que de fato
era justificado), porém não sabíamos o que es-
tava por vir. Logo no primeiro dia de aula, per-
cebia-se que nossa turma já era diversificada,
contando com pessoas tanto da 19 quanto da
18’ ou 17” que não conseguiram passar pelos
chefões do semestre passado e avançar de
fase (sim, no curso de eletrônica existem os
chefões de cada semestre) e desde o primeiro
dia de aula todos nós já sabíamos quais maté-
rias possuiam os chefões mais difíceis.
Ao longo do primeiro semestre a turma foi ga-
nhando mais entrosamento de modo que, já
naquele momento, não havia diferença em
relação a quem era originalmente da 19, 18’
ou 17”, todos faziam parte da ELE – 19. Essa
aproximação da nossa turma foi muito motiva-
da pela força do desepero, pois a maioria das
matérias tinha provas bem difíceis e percebe-
mos que, ao organizarmos o gagá antes da
prova na sala da Rede Casd com todo mundo
explicando um pouco (ou o muito que sabia,
em alguns casos), o desempenho da turma
nas provas aumentava de maneira muito ex-
pressiva. E assim, entre muitos gagás coleti-
vos na sala da Rede Casd (que mais parecia
a sala da ELE – 19 durante o primeiro ano), a
nossa turma realmente se tornou um time uni-
do em que cada um possuia uma habilidade
específica: dominar a matéria e explicar aos
demais, conseguir ser simpático com os pro-
fessores para adiar prazos de trabalhos ou
datas das provas, conseguir chorar nota com
professores e trabalhos extras, conseguir não
dormir na aula e copiar a lousa para depois
escanear o caderno, enfim, as habilidades de
cada um servia para ajudar em cada matéria,
ou pelo menos para divertir a turma.
Após um primeiro ano puxado, no qual ti-
vemos alguns professores bons e outros nem
tanto, infelizmente nem todos conseguiram
avançar, e assim, iniciou-se um segundo ano
um pouco mais tranquilo mas ainda com ma-
térias complicadas. Nesse ano tivemos que
superar provas que não seguiam o macaco de
repetir questões antigas, realizar projetos com
a turma de COMP – 18 (turma maravilhosa
também!) e tivemos aulas ora com professores
que pareciam não falar nossa língua ora com
professores que nos compreendiam tão bem
que mereciam mais que um prêmio Weis. Du-
rante esse ano também decidimos variar um
pouco o ambiente de gagá de modo que nas
vésperas de provas nosso gagá ocorria na sala
da rede Casd, no chão do reformado hall do
A ou em alguns apartamentos com pequenos
grupos de estudos; de qualquer forma, uma
pessoa desesperada com a prova do dia se-
guinte sempre conseguia encontrar um grupo
de estudos na madrugada disposto a ajudar.
Também foi durante esse período, mais pre-
cisamente no segundo semestre do segundo
ano, que muitos amigos foram fazer intercâm-
bio e gostaríamos de ressaltar que, apesar de
formarem depois, sempre farão parte do time
da ELE – 19.
Finalmente chegou o último ano do curso e a
quantidade de aulas se reduziu a apenas um
dia na semana, a turma agora foca nos está-
gios e nossos encontros basicamente se resu-
mem aos horários de aula na segunda-feira.
As matérias agora estão mais tranquilas e as
prioridades se tornaram o estágio e o TG. Nes-
sa etapa final, algumas pessoas de outras tur-
mas retornaram do intercâmbio e fazem parte
do nosso time, o desespero muito presente no
primeiro ano agora está dando lugar à eufo-
ria de finalmente estarmos perto da formatura,
porém, depois de todas as dificuldades que
superamos juntos, somos céticos ao afirmar-
mos que o jogo só termina quando o diploma
chegar, ou melhor, ele não termina mas iremos
para uma nova fase agora fora da faculdade.
De fato, não sabíamos o que estava por vir e,
além das provas, relatórios e muitas noites sem
dormir, também vieram muitas risadas, com-
panheirismo e amizades sinceras que irão per-
durar durantes muitos anos. Deixo aqui meus
sinceros agradecimentos à turma ELE - 19 e
acredito que, não apenas eu, mas que todos
concordam que só fomos capazes de chegar
até o final devido ao apoio desse time. Che-
gamos ao final dessa história tão bonita, mas
sabemos que ainda temos toda uma jornada
de sucesso pela frente e que, provavelmente,
nossos caminhos ainda se cruzarão nessa ca-
minhada. Amanda Barreiros Gomes
29
 Amanda Barreiros Gomes Guilherme Caio Vieira Silva

Muitos dias de estresse e Muito risco. Pouco ego.

muitos dias de sorrisos...
faria tudo de novo!

Cassio Vinicius do
Nascimento Santos
Sometimes I just want to close my
eyes and act like
everyone’s alright, when I know Guilherme Henriques
they’re not. I could choose not to Caetano
move, but I refuse. To stay un-
changed, to wait another day, to
die to myself.

Diego Alves Leite

O impossível só existe na João Luiz Vieira

mente dos acomodados! Maciel Borges

Erick Gonçalves de Matos José Ivan Ferreira de

Oliveira Neto

ÉEEEEEEEE meu chapa!!!!

Todo dia um “Que inferno!” Por isso uma forçaaaaa me
diferente. leva a formar...

Felipe Celso Reis Pinheiro

Marcelo Henrique
Mamãe, ainda vou receber dos Reis Sousa
a mesada?

Fernando Valadares Matheus Braga

Calheiros de Siqueira Furstenberger

E não é que um dia acaba

Can you hear the drums?
mesmo

Francisco Muniz de Norberto Suzigan

Paula Neto Fonseca Alves

It took me 10 years. Do or do
Obrigado a todos por essa not. There is no try.
experiência

30
Renan Soares Veras Rodrigo Janowski Zandoná

“Se eu não beber, eu fico “Se fui capaz de ver mais

antissocial” [HUGO, Victor; longe, é porque me apoiei
et al.] em ombros de gigantes.”
Sir ISAAC NEWTON

Rodrigo Pommot Berto Victor Tadeu Tetsuo Suzuki

31
32
33
 Eng. Mecânica Aeronáutica
34
 Em busca daquela MEC que nos prometeram
Logo no primeiro dia de aula, fomos recebidos pelos professores com um café da manhã pre-
parado por eles. Não que aquilo fosse surpresa, já sabíamos do famoso MEC Dia Feliz, mas era
a certeza de que finalmente havia começado o ITA “de verdade” e, melhor ainda, a MEC que
nos haviam prometido. Deveria ser aquele curso que quem faz ama e, quem não faz, queria fa-
zer. Não que fosse conhecido pela sua excelência acadêmica, muito pelo contrário. Nossos ve-
teranos o descreviam como o curso moldado pelas hábeis mãos de Lindolfo e Pagode, em que
poderíamos iniciar despreocupados nossa vida profissional, com churras e melas todo dia e no
qual tudo daria certo no final. Por que fomos acreditar neles. O curso de engenharia mecânica
é um dos mais abrangentes do ITA. Durante 3 anos, flutuamos pelos conhecimentos de termo-
dinâmica e de mecânicas dos fluidos com equações de transferência de calor, perdemos noites
com complexos cálculos estruturais, nos aprofundamos nos funcionamentos de máquinas de
fluxo e no dimensionamento de elementos de máquinas, aplicamos nossos conhecimentos de
eletrônica analógica e digital para projetar sistemas de controle e, claro, mostramos a nossa
competência em administrar diferentes tipos de negócios e fazer tudo funcionar dentro (ou não)
da lei. E ainda há aqueles que dizem que a MEC é coçada... Que Deus perdoe essas pessoas
ruins. O curso inteiro foi uma montanha russa emocional. Criamos casca, construímos ligações,
aprendemos política na prática e salvamos uns aos outros diversas vezes. A saga dos 34 relas
em um semestre, a busca pela eletiva perfeita, as intermináveis avaliações, o esforço para car-
tear alguma engenharia no estágio e o TG, tudo isso regado a inevitáveis viradões e lanches
que até hoje podem estar nos nossos corações, ajudou a moldar o caráter da nossa turma e,
se não nos fez questionar a própria resiliência, com certeza só alimentou a nossa vontade de ir
embora o mais rápido possível.

Left Side Right Side

Sempre ansiamos por mais e uma parte de nós, sem-
pre motivada pelo crescimento profissional, ocupava
suas tardes livres com longas, quentes e exaustivas
viagens a São Paulo. Isso gerou alguns atritos, algumas
adversidades e que embora exigissem algumas horas
de sono a menos, nos rendiam risadas e forças para que
conseguíssemos continuar nos esforçando para alcan-
çar o tão sonhado diploma. Com certeza, foi um curso
de muita experiência técnica, pessoal e profissional que
hoje nos deixa mais preparados para a nova fase que a
vida nos aguarda
Mas o que sem dúvidas marcou a MEC-19 foi a curio-
sa e espontânea divisão geográfica entre Right Side e
Left Side, criando um vão nas filas do meio. Aqueles
que se sentavam próximos ao janelão do lado esquerdo
pareciam sempre com pressa de vazar para São Paulo.
Do lado da porta, o lado direito, que tinha o 207 como
QG não oficial, ansiava pelos próximos lançamentos da
Marvel (ainda que a Pri fosse dormir no meio do filme)
e ainda tentava aprender alguma coisa com o curso, já
acostumados com o dinâmico calendário do outro lado,
que já tinha perdido todas as esperanças no ITA e galga-
vam suas carreiras fora da Engenharia.

Se um dia o curso de MEC já foi coçado, como dizem diversas línguas por aí, posso afirmar
com propriedade que a 19 definitivamente não cumpre com isso, indo para o lado da sugação
com a eficiência que só esse curso consegue. Além disso, a turma é tão grande e complexa
que precisou de dois representantes para aguentar todo o tranco do negócio.
A sugação foi grande, mas as experiências que vivenciamos valem muito mais do que isso.
Passamos por tudo e estamos, enfim, de verdade, formando! E, acreditem, cada professor
também teve seu papel na nossa formação, seja por nos fazer arrancar os cabelos em vira-
dões, seja por nos inspirarem. Agradeço por todas as histórias, aprendizados e pela família que
criamos nesses 3 anos de curso. Vamo com tudo agora, que o mundo nos aguarda e o céu é o
limite! Avante, MEC-19!

Mateus Sombra (Sheldon), Matheus do Vale (Greguinho) e Vladimir Oliveira (Vladelícia)

35
 Caio Tavares Veras
Aponta pra fé e rema
Daniel Frota Lopes
Débora Barreto Ornellas
Formei na Mec, apareci na
foto da Civil e vou trabalhar
com Comp...
Eduardo dos Anjos
Rodrigues
“No fim tudo dá certo, e se
não deu certo é porque
ainda não chegou ao fim”
Fernando Sabino
Gabriela Maciel Balieiro
DAMN.
José Luis Moreira Arruda
Lucas Macêdo Bezerra
Terceiro Jorge
Valeu! Foi bom, adeus!
36
Lucas Rodrigues Gomes
Vamo lá, pô, vamo lá!
Luciano de Paiva Oliveira
Me liga se precisar resolver
uma lista
Marcelo Santos Leal
Mateus Sombra Masiero
“One day you’ll leave this world
behind, so live a life you will
remember”. Uma nova família,
novos amigos, eternas am-
izades, grandes experiências,
muitas histórias, anos in-
esquecíveis.
Matheus Feitosa de Oliveira
Galera, foi show!
Vamos pra próxima!
Matheus Rodrigues do Vale
O ITA é ir à guerra e voltar.
É sentar com sua ansiedades
numa mesa de bar e .. conversar,
é apanhar de todos os lados e
levantar para finalmente apren-
der a voar como Dumont contra
a ventania da vida
Murillo Henrique
Nojosa Arruda
Mijo só desce escada
Murilo Gelly Guarnieri
Se você realmente quer
escapar das coisas que o
incomodam, o que você
precisa não é estar em um
lugar diferente, mas ser uma
pessoa diferente
Pedro Henrique
Santiago Costa
Se vi mais longe foi por
estar de pé sobre ombros de
gigantes.
Raquel Issa Mattos
Thiago Luiz Correa
de Rezende
Foco no gagá sem
desperdício!
Vitor Ramos de Paula
Como é que eu vou pensar
em frase se nem o TG tá
feito ainda?
Murilo Orofino Tarosso
Você exerce muito mais con-
trole sobre a sua vida se decidir
seus critérios por conta própria.
Nunca corra para pegar um
trem, perder um trem só é dolo-
roso se você correr para pegá-lo.
Priscila de Paulo Alexandria
“So hold your head up girl
and you’ll go far, listen to me
when I saaay”
Thais Maria Santos Bezerra
A lesson without pain is
meaningless. For you
cannot gain anything with-
out sacrificing something
else in return.
Vinicius da Silva Gonzales
“It is our choices that show
what we truly are, far more
than our abilities.”
Vladimir Silva de Oliveira
Se cheguei até aqui, é
porque fui carregado nas
mochilas de gigantes.
37
 Diploma? Me vê dois pra viagem, por favor
Sabe quando você chega numa festa estra-
nha com gente esquisita e pensa “Meu Deus,
o que diabos eu estou fazendo aqui?”. Foi
essa a sensação que nós três tivemos nos úl-
timos seis meses de ITA, logo após longos e
intensos três anos de intercâmbio fora do país,
mais especificamente na França, com direito
a alguns puxadinhos ao redor do mundo. De-
pois de todo esse tempo fora, voltar pro ITA e
ter que se readaptar não foi uma tarefa assim
tão fácil, sobretudo sabendo que, nesse tem-
po, muita coisa mudou, seja pra melhor ou pra
pior. O Hall do B parecendo uma sala de es-
pera de escritório médico, não existindo mais
o raiz de 2, o bixaral tomando X40 de bicicle-
ta Yellow, e a gente se sentindo velho demais
para toda essa bagunça.
Aprontamos altas aventuras lá fora, assim
como mudamos e amadurecemos bastante.
Eu (Marcusa, CIVIL-17”), tendo ficado seis
meses em uma dieta rigorosíssima que envol-
via um litro de cerveja por dia em Munique, sai
de organizador de trote e presidente do CASD
38
para comunista filiado ao PSOL. Rajan (CI-
VIL-17”) – meu eterno companheiro de trotes,
CASD, Civil e quarto – tendo ficado seis meses
sendo o único branco num raio de 1 km em
Dakar, saiu de ex-aspof vibrão de FAB para
shark das finanças. Débora (MEC-17”), tendo
ficado seis meses congelando em Vancouver,
saiu de a única pessoa que de fato gostava
de engenharia mecânica na MEC para Sra. Or-
nellas computeira autodidata.
A gente se viu no meio de um caos de vol-
ta a essa mistura de hospício com circo cha-
mada H8, sem entender completamente nada,
perdido em meio a tanta mudança, conhecen-
do um ou outro colega em quem deu trote ou
com quem fez iniciativa no terceiro ano. O H8,
lugar que um dia chamamos de casa, tinha se
tornado para nós um lugar estranho com gente
esquisita. Mas esse sentimento logo passou.
Caímos de paraquedas seis meses antes da
formatura, porém fomos muito bem recebidos
pela galera da 19, que um dia chamamos de
bixo do meu bixo, mas que vai dividir o palan-
que com a gente no dia da formatura e com-
partilhar esse momento tão especial. Por isso,
só tenho a agradecer pela recepção e pela
oportunidade. Aos meus colegas de duplo
diploma, achemos um novo limite para ultra-
passar, um novo desafio para vencer, um novo
obstáculo para superar. E que seja maior que
o mundo, porque esse já é pequeno demais
para nós.
Francisco Raul Lobo Rodrigues (Marcusa, T17)
 A melhor turma do FUND
O começo de 2015 logo nos introduziu à
grande família T-19. Passamos pelo processo
de “adaptação” juntos, porém a chegada do
CPOR produziu a primaeira separação da tur-
ma: as esquadrilhas, que depois viriam a ser
as turmas do FUND. E a turma que fiz parte
foi, para mim e para muitos outros, especial: a
Turma 4.
Depois de um primeiro semestre tranquilo,
no segundo semestre começamos a levar a
fama de turma mais sugada do FUND (famo-
so ímã de nabo). O Armando em CES-11 (com
suas infinitas reposições de aula, cortesia do
nosso representante) e o Alonso em CCI são
os maiores símbolos de uma turma que pa-
recia ter o dobro de aulas, provas, trabalhos,
labs e relas que as outras.
Infelizmente, a nossa sugação fez algumas
vítimas. Muitos dos nossos colegas não chega-
ram ao final do FUND com a 19.4, porém não
deixam de ter sido marcantes na caminhada
dos colegas. Nossa turma a cada semestre foi
diminuindo, e toda prova era certeza alguém
da T1 ou T3 ir buscar cadeira na nossa sala
porque na deles não tinha o suficiente...
A certeza é que a T4 reuniu as maiores figuras
dessa T19. A começar pelo nosso represen-
tante, o Putinho. Começou como primeiro xeri-
fe da Xingu, indicado pelos colegas graças a
seu carisma e humor. No primeiro dia de aula,
foi “eleito” representante pelo mesmo motivo.
Um cara que sempre estava de bom humor e
elevava o astral da sala nos momentos tensos.
Nosso dia-a-dia na T4 era marcado por
muitos momentos característicos. Ninguém
esquece do Mito vibrando no CPOR, do Colla-
ço (vulgo Fleba) pedindo pro professor não
apagar a primeira das 4 partes do quadro, do
Rolha dormindo e acordando na aula da T3,
do Aidar com seu típico “Oh, mah”, da Érika
copiando até a gaguejada do professor, do
Glúten e o Kevin com seu padrão irretocável
no CPOR, do Nardoni tendo que cortar o cabe-
lo que nem tinha toda semana, do Soldado en-
ganando a turma com o e-mail falso das notas
de MAT-27, da tranquilidade do Controlador
explicando a matéria pra galera, do Chico Bi-
xete, com quem era perigoso fazer grupo, do
Cabeça trancando o Rolha fora do carro, do
Zé Torinha sempre frisando que era mais novo
que o 10 anos, enfim, muitas histórias me vêm
à cabeça e certamente muitas outras viriam se
eu pensasse por mais tempo.
39
 Sem dúvidas boa parte das maiores amiza-
des que criei no ITA surgiram da T4, Engenhei-
ro, PC, Nardoni, Atrevido, Madruga, Covre, In-
frator, Precoce, Chico, Mebão, Putinho, Latyki,
10 anos etc. Com os demais, alguns eu ainda
converso com frequência, outros nem tanto,
e sei que depois da formatura infelizmente
o contato tende a diminuir. Mas tenho certe-
za que daqui a alguns anos, quando nossos
caminhos de vida se cruzarem, as memórias
desses 4 semestres estarão sempre vivas e
tudo parecerá ter acontecido ontem.
40
Enfim, seriam necessárias muitas palavras
para entrar em detalhes no impacto que cada
um dos 40 e tantos membros teve na turma, e
talvez eu nem fosse o indicado para isso. Mas
certamente todos contribuíram para tornar
nossa vida de sugados mais feliz e para que
eu e muitos outros considerássemos a melhor
turma do FUND da T-19. Obrigado por faze-
rem parte da minha jornada no ITA!
João Luiz Borges (Mocó)
 AAAITA - Associação Atlética Acadêmica do ITA
Costumo dizer que me arrependo de ter feito
engenharia, mas não me arrependo de ter fei-
to ITA. Afastando-me dos descontentamentos
gerados pela engenharia e focando nas ale-
grias vividas nesses anos de graduação no
ITA, vou tentar explicar um pouco sobre o que
é a Atlética e mostrar como ela me manteve
firme e forte (ou não) no ITA.
É notável como as iniciativas e projetos es-
tudantis são propulsoras para o aprendiza-
do de trabalho em equipe, gestão, liderança
e comunicação. E na Atlética não é diferente
(apesar de muitos colegas, preconceituosa-
mente, acharem o contrário). Dividida em 4
departamentos principais (esportes, eventos,
marketing e financeiro), os desafios enfrenta-
dos pela iniciativa são renovados diariamente
enquanto busca-se atingir o objetivo principal
da iniciativa: melhorar a qualidade de vida dos
moradores do H8.
Na área de esportes, existem treinamentos
de várias modalidades, apoiados pela ITAEx,
com bons materiais esportivos, treinadores e
atletas engajados. O intuito dos treinos é for-
necer um pequeno desligamento da rotina tão
pesada que vivemos no ITA e montar equipes
competitivas para os Inter Universitários que
participamos. Falando em Inter, participamos
há anos do tradicional InterEng – em 2017,
fomos com uma delegação de 120 pessoas
– mas agora temos mais um foco: Torneio da
Asa Dentada. Iniciado em 2017, nossos cole-
gas imeanos lotaram três ônibus e saíram da
Praia Vermelha rumo ao nosso Feijão, para
podermos fazer o primeiro torneio esportivo
entre esses dois grandes irmãos/rivais! Nessa
estreia do torneio, o IME perdeu 90% (verda-
de, juro) dos jogos e o ITA se consagrou cam-
peão em casa. Em compensação, em 2018,
com novidades como futebol de robô e várias
modalidades femininas, nós fomos até a casa
dos nossos colegas e perdemos a taça (po-
rém, por uma pequena diferença de pontos).
Existem muitas boas histórias para contar so-
bre esses Inters, mas não seria justo me alon-
gar demais no trabalho externo e não falar so-
bre os nossos tradicionais campeonatos feitos
na Arena do A e no COCTA. Homenageando
a memória dos nossos colegas Fiorio (T07) e
Yoshi (T10), temos a tradicional Copa Fiorio
41
-Yoshi e para os verdadeiros craques temos a
Copa Gunther, onde os talentos brilham e se
comprova que a coordenação motora dos itea-
nos está sempre em dia com o esperado. Além
disso temos o Inter Turmas e por fim, mas não
menos importante, a nossa querida Olimpíada
Interna. Como consequência de muito traba-
lho, pode-se dizer que a OI está alcançando
níveis cada vez melhores em relação a organi-
zação, arbitragem e seriedade. Além disso, a
sua essência, que é reunir os colegas iteanos
formados em várias décadas distintas, conti-
nua sendo alcançada. É de encher de alegria
quando vemos um pai jogando junto com seu
filho no time da PEA, quando vemos que vários
amigos esperam a OI para reencontrar as ve-
lhas amizades do ITA e quando vemos o giná-
sio lotado de torcedores para motivar os atle-
tas em busca de um espaço da Taça da OI.
Não é possível fazer um texto curto e dar a
atenção que todos os departamentos da atlé-
tica merecem. Então, com pequenos detalhes,
saindo um pouco dos esportes e abrindo a
1700 pessoas. Hoje, o evento só cresce e a
porta do departamento de eventos, pode-se
festa já conta com mais de 3000 pessoas. O
dizer que esse é responsável pela promoção
departamento de marketing, deve cuidar da
de eventos com alunos de outras universida-
marca Atlética e para isso atenta-se às redes
des do Vale do Paraíba. A maior marca que
sociais, produtos e tudo que envolva a ima-
o departamento possui é a Anarquia, que em
gem das pessoas e da instituição. Por fim, o
2016, quando eu era diretor de eventos, teve
departamento financeiro é responsável por
cuidar de todo o fluxo de caixa e possui proje-
tos como o Sócio Torcedor.
Terminado de falar sobre o que faz a inciativa,
gostaria de dizer o que aprendi com a atlética:
tudo é possível, basta correr atrás. Qualquer
caminhada começa com um passo e cada
passo diminui a distância até o final. Até hoje
eu ouço muitos parabéns pelos meus anos de
atlética, mas o resultado não é o que mais me
orgulha. O que mais me orgulha é todo o pro-
cesso que passei junto com a minha equipe. E
afinal, é disso que se trata uma iniciativa: cons-
trução de uma equipe, que se torna sua família
e é constituída pelos maiores laços fraternais
que você faz no ITA, para buscar metas com-
plexas, as quais fornecem caminhadas que te
ensinam muito e fazem você se conhecer mui-
to melhor.

Gabriel Gama Lemos, Presidente da

AAAITA em 2017
São José dos Campos, 25 de Abril de 2019
42
 ITA BAJA
A definição formal do Baja é um projeto
promovido pela SAE que propõe a alunos de
universidades desenvolver um veículo off-road
que será avaliado em uma competição orga-
nizada pelos próprios alunos. Fora as formali-
zações, mais do que competir e poder andar
em um carro que você também projetou, bus-
camos um aperfeiçoamento profissional que
vai desde a concepção do produto até sua
validação, queremos um contato mais práti-
co, vendo assim importância da manufatura e
manutenção serem pensadas logo no início do
projeto.
E qual a história da T19 no baja? Dos 170
que entraram, 3 guerreiros ficaram mais in-
teressados no baja, pois o maior processo
seletivo de nossa iniciativa é a demanda de
atividades que exige dentro dela. Nós fomos
a última turma a andar com o baja no raiz de
2! Lembro da primeira fez que foi designada
uma tarefa para nós três. Tivemos que montar
a suspensão do protótipo TRON. Nunca ima-
ginávamos que isso se tornaria logo mais uma
tarefa bem fácil*.
Logo mais, participamos de nossa primeira
competição que foi uma amistosa para testar
o carro antes da competição regional do Baja
que ocorreu também dentro do CTA. Os vira-
dões claro que continuaram, mas podíamos
dormir ainda no conforto de nossa cama. E a
dedicação não parava por aí. Já em nossas
primeiras férias de final de ano, voltamos um
pouco mais cedo, pois a competição nacional
acontece já no começo do ano. As pessoas do
baja quase que automaticamente participam
da integração dos bixos.
Após a competição nacional em nosso se-
gundo ano, restou apenas 1 da T19 no baja, os
demais continuaram suas trajetórias brilhantes
em outras iniciativas ou atividades. Além disso,
a equipe agora teria que fazer um novo proje-
to de um carro, mas, somente um integrante
da equipe tinha participado da concepção do
projeto anterior.
Em meio a essa fase crítica, o antigo pro-
fessor orientador do Baja estava voltando de
seu doutorado na Alemanha, as histórias que
já contavam dele, apavoravam. Em nossa pri-
meira reunião, iríamos firmar um acordo que
basicamente da mesma forma que ele ia se
dedicar com a equipe, exigiria também o nos-
so esforço.
E o que fizemos nesse ano? Recrutamos
o maior número de pessoas até então, demos
treinamentos, abdicamos de nossas férias do
meio do ano e semaninhas e passávamos to-
43
dos os dias projetando o carro juntos na sali-
nha, fomos participar da competição regional
como comissários, desde o começo de janeiro
já estávamos de volta com foco total na cons-
trução do carro, protótipo KC-390, que com-
petiria já no começo de março. Um detalhe, o
carro andou pela primeira vez 3 horas antes
da competição e conseguiu passar na prova
de segurança, andou nas provas dinâmicos e,
só depois de 1 hora de enduro, o carro que-
brou.
Claro que isso tudo não foi uma tarefa
fácil, somos gratos por todas as noites das
quartas-feiras que a esposa de nosso profes-
sor orientador o deixava para nos ajudar na
gestão e dar sua opinião em eventuais dúvi-
das que tínhamos. Somos gratos a ele por fa-
zer parte da nossa formação como engenhei-
ros.
Já no começo do ano de 2017, um novo
membro da T19 se juntava a equipe, um re-
forço da T18 que foi essencial. Ele foi levado
para a oficina ver o trabalho que fazíamos e,
desde então, tomou gosto pela iniciativa e já
começava a desenvolver papéis importantes
nela. Provavelmente, ele não imaginava que o
projeto da transmissão da gente e sua condu-
44
ção do carro em 2019 fariam a torcida vibrar
mais entre todos os carros da competição na
prova de 25 anos do baja.
A T19, já nesse ano, pilotou o carro, e obteve
o melhor resultado em competições regionais
da gente e já no ano seguinte, 2018, liderou
também o projeto do mais novo carro, chama-
do Barão-Vermelho. Aceitamos o desafio de
nosso professor orientador de não ter nenhum
enforca-gato/zip tie no carro e da proposta de
ser o carro mais bonito do Brasil! Enfim, con-
seguimos participar da competição nacional
de 2019 sem nenhuma dessas abraçadeiras
e, perguntando a algumas pessoas na compe-
tição, acreditamos que nosso carro era o mais
bonito.Concluindo, de todos esses anos, as
brincadeiras mais usuais que recebíamos era:
“Fulano, você não gosta da sua família? Não
volta para casa...”, “Vai se mudar para a ofici-
na do baja?”. Amamos nossas famílias e eles
sempre foram uma força de nossa dedicação
e todo o esforço que dedicamos foi para nos-
so crescimento profissional. Sem contar que,
durante todo esse tempo, fortes laços de ami-
zade foram feitos no ITA Baja!
Lucas Dantas Fernandes (Flórida)
 CASD – Centro Acadêmico Santos-Dumont
Vejo o Centro Acadêmico Santos-Dumont
como muito mais do que simplesmente um
grêmio estudantil. É o órgão representativo de
todos os alunos do ITA, e cujo escopo vai mui-
to além do âmbito acadêmico. O CASD como
órgão visa promover o desenvolvimento dos
alunos, de suas iniciativas, de seus projetos,
de suas relações com o próprio ITA e outras
instituições nos mais diversos setores e prezar
sempre pelo bem-estar da comunidade iteana.
Esses últimos cinco anos contaram com gran-
des mudanças que promoveram um impacto
importantíssimo na estrutura e na história do
ITA.
O advento da ITAEx estimulou a cultura de
contribuição em todo o espectro de turmas do
ITA de volta à instituição, fornecendo um gran-
de estoque de recursos que permitiram a re-
alização ou o avanço de grandes projetos de
alunos e professores, seja na área acadêmi-
ca, técnica ou social, e que procura cada vez
mais proximidade com os alunos para aumen-
tar a abrangência de sua atuação.
A institucionalização do Fundo de Manutenção
do H8, que contribuiu de forma ímpar com a
execução de grandes reformas no alojamento,
dando uma cara muito mais bonita, organiza-
da, segura e confortável à nossa casa.
O avanço nas relações dos alunos com o ITA
promoveu diversas parcerias e a realização
de diversos eventos acadêmicos, estimulando
professores e alunos. O avanço também das
relações com o DCTA mostrou o quão impor-
tante é manter o nosso modelo de instituição,
aos moldes do MIT e segundo os preceitos do
Marechal Casimiro, e como os alunos podem
contribuir com o desenvolvimento social den-
tro e fora do campus.
Tudo isso e muito mais que eu considero um
legado que se deve, em grande parte, ao em-
penho que as gestões do Centro Acadêmico
vêm mantendo, através de seu Diretório Exe-
cutivo, que estimularam toda uma cultura de
colaboração na comunidade, desenvolveram
a comunicação interna e externa e planejaram
reestruturações que promoveram mais trans-
parência e engajamento em todo o espectro
iteano.
Atuar junto ao Centro Acadêmico constituiu
uma experiência certamente incrível e gratifi-
cante. Seja como presidente, como membro,
como conselheiro, como aluno, enfim, como
iteano. Sinto orgulho de dizer que contribui
com o desenvolvimento do ITA como institui-
ção, que considero um epicentro de transfor-
mações de impacto na sociedade, graças a
seus grandes projetos e do imenso potencial
das pessoas que compartilharam dessa jorna-
da.
O CASD são os alunos e os alunos são o
CASD. É isso que somos e o que precisamos
ser. E dessa forma, como um só, devemos
continuar lutando para melhorar nossa comu-
nidade e nossa instituição. BORA CASD!
Mateus Sombra Masiero (Sheldon)
45
 CASDVest/Casdinho - Centro Educacional Santos Dumont
No Centro Educacional Santos Dumont (atual-
mente, CASD) acreditamos que a educação
é o meio mais efetivo para realizar uma trans-
formação social: romper o ciclo de pobreza.
Por isso, levamos educação de qualidade e
apoio socioemocional para 770 jovens e ado-
lescentes em vulnerabilidade socioeconômica
de São José dos Campos. Sermos responsá-
veis pelos sonhos desses estudantes carrega-
dos de anseios e vontade de conquistar é um
imenso desafio. Por isso, não posso deixar de
agradecer a cada um dos +120 voluntário e
doadores da T19 que empregou o seu máxi-
mo sem receber nada além da satisfação de
fornecer uma educação de qualidade a quem
realmente quer e precisa.
Nestes meus cinco anos de participação do
Santos Dumont, não só me impressiona os
impressionantes números e resultados dele,
mas também a escola de formação e desen-
volvimento de pessoas que ele se tornou. Não
estou me referindo apenas a transmissão de
conteúdo curricular que é feita aos nossos alu-
nos, mas principalmente do conjunto de bons
valores e aprendizados passados aos nossos
46
alunos e a todos os voluntários. Tornando-as
em pessoas mais conscientes e incomodadas
com as desigualdades de oportunidades no
mundo e buscando trabalhar com propósito.
O Santos Dumont é uma instituição de pesso-
as para pessoas. Pessoas que passam a ser
mais sonhadores e que colocam determina-
ção em tudo que lhes é imposto. Simplesmen-
te pessoas que acabam sendo pessoas me-
lhores. Obrigado, CASD, por ensinar tanto a
todos que fazem parte, e pelo impacto não só
na educação, mas também por todo o impacto
humano que você traz consigo.
Estou, como conselheiro, muito animado e oti-
mista com o futuro de nossos jovens. Contando
com o apoio de apaixonados pela educação,
tenho certeza de que continuaremos a cumprir,
cada vez melhor, nossa missão, quebrando o
ciclo da pobreza gerado pela falta de acesso
à educação de qualidade. A T19 conseguiu
entregar um Santos Dumont mais evoluído e
sólido. A todos vocês que fazem com que es-
ses sonhos sejam realizados, meus sinceros
agradecimentos.
Leandro Ygor Loli (Dolly)
 CEE – Comissão de Estágios e Empregos
Ao fim desses 5 anos de ITA, entendo que
algumas decisões que tomamos nesse tempo
provocam impactos relevantes em nosso futu-
ro, num horizonte bem maior que 5 anos após
a formatura. Ter participado e construído um
pouco do que é hoje a Comissão de Estágios
e Empregos do ITA (CEE-ITA) foi uma dessas
escolhas chave que fiz na graduação, impac-
tou de maneira importante o jeito como traço
objetivos hoje e, se me perguntassem agora,
diria que vai impactar diversas das minhas es-
colhas daqui para a frente.
A CEE tem como missão encurtar a distância
entre os iteanos e o mercado de trabalho. Para
isso, promovemos atividades focadas no de-
senvolvimento dos alunos em relação a conhe-
cimento de carreira e de mercado. Das quais,
posso destacar:
Feira de Carreiras do ITA – evento que reúne
empresas e alunos do ITA em um dia de inte-
rações e troca de experiências, com o intuito
de promover uma experiência completa para
os alunos em termos de aprendizado e de es-
colhas de carreira. A cada ano, esse evento
só cresce e enche de orgulho os membros da
CEE;
Eventos de recrutamento semanais – aqui está
a atividade mais importante da CEE, atrair e
direcionar a demanda de empresas que têm
interesse em vir recrutar alunos do ITA duran-
te o ano. É um trabalho minucioso de organi-
zação e de alinhamento de expectativas com
empresas das mais diversas áreas, é por meio
desses eventos que um número relevante de
alunos faz suas escolhas profissionais;
Estruturação de programas de estágio – essa
foi uma frente que também entendemos ser
necessária para cumprir o objetivo da CEE. O
ITA possui características de grades e horá-
rios que não são típicas de outras universida-
des, isso dificulta com que empresas tenham
programas de estágio e trainee adequados
para os alunos. Vimos então a necessidade de
absorver e estruturar esse conhecimento para
ser capaz de auxiliar empresas a atingirem ob-
jetivos de recrutamento no instituto.
De fato, impactar as carreiras dos iteanos é
o nosso propósito, mas o que mais nos define
é um sentimento claro de ser empreendedor.
A CEE foi certamente a experiência mais clara
de empreendedorismo que tive até hoje.
No início do ano de 2016, éramos apenas 3
pessoas – eu, Fabiano (T-18”) e Júlio (T-18)
– assumindo uma CEE ainda pouco madura,
47
sem processos e objetivos claros. Ao longo
desse ano, trabalhamos para refinar o propó-
sito da iniciativa e tirar do papel os projetos
que acreditávamos estar mais alinhados com
ele. Foi um ano intenso:
Estruturamos um processo de prospecção e
execução de eventos de recrutamento sema-
nais nas dependências do ITA e atingimos o
número de 50 eventos realizados no ano;
Desenhamos do zero um novo modelo de Fei-
ra de Carreiras do ITA, evento que contou com
23 empresas e a presença de mais de 500 alu-
nos já naquele ano;
Criamos a frente de estruturação de estágios
e vimos o número de summer jobs disponíveis
para alunos do ITA pular de 7 para 16 ainda
naquele ano;
Montamos uma estrutura de departamentos,
junto a uma de recrutamento interno e suces-
são para garantir a continuidade da iniciativa.
Foram muitos desafios e a maioria deles não
48
foi solucionado naquele ano. Continuamos
trabalhando junto às turmas sucessoras para
aperfeiçoar o desenho e a execução dos pro-
cessos, mas se existe uma coisa que eu acre-
dito que a gestão da T-19 deixou na CEE, foi
o sentimento empreendedor, a energia para
tomar riscos e perseguir um propósito. Me en-
che de felicidade ver o que a CEE se tornou
hoje e ver como ela tem impactado a comuni-
dade de alunos da graduação no ITA.
Sou muito grato a todos que se empenharam
para tirar a CEE do papel e para mantê-la de
pé nos últimos anos, tenho a clareza de que o
tempo que aplicamos a esse projeto nos ren-
deu ricos aprendizados. Aos que estão tocan-
do a iniciativa agora, desejo todo o sucesso
do mundo, ainda tem muito trabalho para ser
feito e tenho total confiança na capacidade e
no engajamento de vocês.
#boraCEE
Matheus Feitosa de Oliveira (Celso)
 DA – Departamento Acadêmico
A entrada na universidade muito se difere
das etapas anteriores das nossas vidas. Boa
parte de nós percebeu o vestibular não como
um concurso, mas como a realização de um
sonho. Naturalmente, a realidade de qualquer
instituição se afasta de um ideal e para que
ela melhore, é necessário um trabalho conjun-
to entre administração, docentes e discentes.
O Departamento Acadêmico se propõe jus-
tamente a ser um conector desses diferentes
grupos, sendo porta-voz dos discentes. Em
minha jornada no DA, pude acompanhar de
perto algumas iniciativas e posso dizer que
nenhuma delas partiu nem foi concretizada
com um esforço unidirecional, o que apenas
reforça a necessidade de comunicação e coe-
são entre os pares.
O prêmio Weis, por exemplo, trata-se de uma
homenagem anual feita dos alunos para os
professores que se destacam na qualidade do
ensino. Por trás da homenagem há a contribui-
ção dos discentes nas pesquisas, há a equipe
da administração do ITA que providencia toda
a infraestrutura e a comunicação do evento, há
o financiamento dos prêmios pela ITAEx, há
palestrantes sobre educação e há a validação
dos docentes ao participar do evento. A reali-
zação foi um esforço conjunto.
O ITA foi criado na década de 50 e é espe-
rado que suas normas e métodos não se ade-
quem totalmente à contemporaneidade. A me-
lhoria da instituição vem do reconhecimento
que a educação não é estática. Pelo contrário,
é um processo dinâmico que precisa ser con-
tinuamente revisto tendo em mente pesquisas
na área de educação, valores vigentes na so-
ciedade e problemáticas internas.
Duas frentes importantes de renovação fo-
ram fomentadas ao longo do ano: novas for-
mas de ensino e revisão de normas oficiais.
As diferentes formas de ensino foram encora-
jadas ao longo do ano tanto por iniciativas indi-
viduais de professores, a exemplo do profes-
sor Manga que direcionou a matéria por base
em exercícios, quanto por iniciativas coletivas
envolvendo a administração, os discentes e
os docentes, a exemplo das Oficinas de For-
mação de Docentes. Nas Oficinas, dados que
refletiam os alunos do ITA e pesquisas sobre
ensino em diferentes universidades nacionais
e internacionais foram analisados para que
novos métodos de ensino e novas formas de
estímulo ao aluno e ao professor fossem ab-
sorvidos.
A outra vertente da renovação, a revisão de
regras contidas na NOREG, foi impulsionada
por meio de votações da Congregação que al-
teraram normas como obrigatoriedade de mé-
dia 5 para se fazer o exame. Em congregação
discutiu-se ainda um novo sistema de créditos
que visa flexibilizar e atender os interesses di-
versos dos alunos, incluindo a possibilidade
de minors durante a graduação. Essa mudan-
ça de paradigma não só propõe uma mudan-
ça normativa, mas também uma mudança de
mentalidade do ensino.
No DA, aprendi que mudanças não são
fáceis e são por vezes desestimulantes, não
há imediatismo. É difícil chegar em um con-
senso sobre o que é necessário mudar e ainda
mais difícil sobre como vencer as barreiras de
implementação. Se engajar em mudanças em
qualquer organização, especialmente no ensi-
no público, é um trabalho paulatino que se faz
necessária continuidade no desenvolvimento
das atividades. Isso envolve a construção de
uma cultura que extrapole a uma iniciativa e
que esteja, principalmente, disposta à comu-
nicação e ao entendimento dos motivadores
dos diferentes grupos de interesse. Porém,
são muitas as pessoas dispostas a fazerem o
nosso sonho de vestibular virar realidade.
Raquel Issa Mattos
49
 DepCult - Departamento Cultural
O Departamento Cultural do ITA, além de
ser uma das iniciativas mais tradicionais do
Instituto, também é uma das mais divertidas
e nobres.
Era uma noite de quarta-feira. Entre as quatro
paredes da Sala Precisa, como era carinhosa-
mente apelidada a sala do DepCult, acontecia
mais uma das inúmeras reuniões. Um assunto
extremamente importante e vital estava sendo
discutido, quando, do nada, um dos membros
fez a seguinte proposta:
- Vamos competir pra ver quem acha o obje-
to mais carteado nessa sala?
E não precisa nem dizer que, em questão de
segundos, o assunto vital já tinha sido com-
pletamente esquecido. O tempo começou a
correr e a galera começou a revirar aquela
sala de ponta a ponta, em busca do milagroso
troféu. O pior é que nem se precisou procurar
muito... depois de alguns minutos, em cima da
mesa, já estavam dispostos um cadeado de
5 quilos, um livro sobre exorcismo e um vinil
50
com a temática de amor e sexo. A Sala Precisa
era assim... abrigava, em cada um de seus tro-
centos objetos perdidos, uma história aleatória
sobre a cultura que passara por ali.
Naquela sala, com apenas uma lâmpada
funcionando, um quebra-cabeça de quinhen-
tas mil peças montado por sabe-se lá quem,
e um cheiro estranhamente agradável, de tão
familiar, iteanos das mais variadas turmas se
reuniam para discutir projetos e ideias que va-
lorizassem o bem-estar cultural da comunida-
de. O DepCult era assim.
As histórias de como o Departamento Cul-
tural fora forte no passado fazia os olhos de
qualquer bixo brilhar, e isso servia de combus-
tível para a motivação dos novos integrantes.
É claro que, atualmente, seria insustentável
manter uma rádio no quintal de casa, mas...
como bons DepCulters, sabíamos que a dife-
rença estava nas pequenas coisas.
Da realização de eventos (como concurso
de desenho e fotografia) até a manutenção
das salas recreativas do H8, o Departamento
Cultural busca manter o amor pela arte vivo,
servindo a comunidade como uma fonte de
inspiração para a criatividade e a inovação.
Posso dizer que, nos meus anos de Dep-
Cult, as atividades dos membros eram bas-
tante diversas... catalogação da biblioteca do
H8 (Biblita), manutenção das salas de música,
organização de eventos, como por exemplo:
Game of Thrones no Cineclube, Encontro Mu-
sical, CultTalks, workshop de fotografia, con-
cursos de desenhos, concursos de jogos, e
por aí vai...
O DepCult, se tratando de uma iniciativa com
foco em crescimento cultural, sempre recebia
as ideias dos membros de braços abertos.
Você podia surgir com a ideia mais carteada
que fosse, sempre receberia apoio dos outros
para tocar seu projeto pra frente, até porque
cultura não tem forma, está presente em tudo.
Me lembro que, nas reuniões de patrimônio,
departamento do qual fiz parte, sempre levava
algum refrigerante exótico para degustarmos
enquanto discutíamos sobre os assuntos perti-
nentes... é por isso que posso dizer que, se eu
não tivesse sido do DepCult, acho que nunca
teria provado um refrigerante de abacaxi... e o
mesmo posso dizer sobre muitas outras coisas
que vivi e aprendi nessa iniciativa. Cultura é
vida, não importa o quão carteada seja.
O DepCult sempre é uma caixinha de sur-
presas, e é isso que o torna uma iniciativa tão
foda... sua imagem diante da comunidade
nada mais é que o reflexo cultural de seus in-
tegrantes, que sempre partilham de um sonho
comum: Colocar ar condicionado na sala de
música... quer dizer... desenvolver a consciên-
cia cultural no próximo... vocês entenderam...
enfim... whatever... que vocês tenham um óti-
mo dia hoje, regrado de muita cultura e apren-
dizado... abraços!
Aluisio Cangerana (T-19)
Integrante do DepCult por 3 anos.
DIretor Executivo 2017.
51
 FORMULAITA
O FORMULAITA é uma iniciativa que surgiu
originalmente em 2012. No entanto, boa parte
dos alunos, que se graduaram em 2014, re-
ceberam seus diplomas e não deram continui-
dade aos próximos passos da equipe. Nesse
mesmo ano, foi comprado um motor de moto
para ser o elemento propulsor do carro a ser
desenvolvido.
As atividades da equipe só voltaram a ter um
novo e significativo início no segundo semes-
tre de 2015, quando o então capitão (Tubarão
T18) iniciou o recrutamento de membros para
equipe. Desde aquela época, boa parte dos
trabalhos foi voltada ao planejamento de como
seriam realizadas as atividades de construção
do carro e de organização do material didá-
tico para estudo por parte de cada membro.
Os membros foram divididos em subsistemas:
eletrônica, powertrain, suspensão e direção,
aerodinâmica, estrutura, freio e marketing.
Atualmente, os subsistemas são ligeiramente
diferentes (eletrônica, elétrica básica, power-
train, suspensão, direção, aerodinâmica, es-
52
trutura e freio) e o subsistema de marketing foi
extinto.
COMO FOI FEITA A PRINCIPAL PARCERIA
DO FORMULAITA?
No início do ano de 2017, dois integrantes do
grupo (AÊ T16’ e OBAMA T19) averiguaram as
condições do motor herdado da antiga equi-
pe de 2012. Utilizando o manual de serviço
da CBR600RR (que os integrantes da equipe
acreditavam ser o motor herdado), ambos in-
tegrantes abriram o motor seguindo as instru-
ções do documento. Verificaram que existiam
algumas diferenças fundamentais entre o mo-
tor exibido no manual e o averiguado: ao invés
de 4 bobinas de ignição (uma para cada cilin-
dro), existiam somente 2 (uma para cada dois
cilindros); além disso, a roda fônica presente
em manual também tinha um padrão diferente
do presenciado no motor sob perícia. Diante
dessa situação, os dois integrantes decidi-
ram procurar ajuda técnica, levando o motor a
uma concessionária especializada no serviço
de motos. Levaram o motor para a HONDA,
PLANETA MOTOS da avenida Dr. Adhemar
de Barros, onde conseguiram identificar o real
modelo do elemento propulsor: era o motor de
uma CB600F, a conhecida Hornet, ano 2014.
Os funcionários e gerente da concessionária,
muito felizes por poderem ajudar os alunos do
ITA, não só foram muito solícitos em ajudar a
identificar o motor como também ofereceram
suporte técnico à equipe como forma de pa-
trocínio. Atualmente, a HONDA é a principal
parceira da equipe.
SITUAÇÃO ATUAL DA EQUIPE
Desde o ano de 2015 até 2017, a pouca ver-
ba da equipe foi um grande impedimento ao
avanço das atividades. No entanto, a partici-
pação de certos membros foi fundamental tan-
to para o progresso técnico da equipe quanto
para o progresso financeiro. A gestão do Fin-
landês (T16), por exemplo, foi muito importan-
te para a organização técnica da equipe. Ele
é autor do projeto da estrutura utilizada nesse
primeiro carro. A gestão da Érika (T19) foi es-
sencial para o progresso financeiro da equi-
pe: ela angariou, junto à ITAEX, recursos para
compra de diversos componentes essenciais
para construção do carro. Por fim, o atual capi-
tão da equipe, Lennon T20, é responsável pelo
atual desempenho da equipe. Sob o comando
do atual capitão, a equipe construiu o chassis
projetado, recuperou o motor herdado, parti-
cipou da última edição do FORMULA SAE em
2018, com grande desempenho na prova de
Business, mesmo estando sem o carro, e pre-
tende levar o carro na competição de novem-
bro de 2019.
A grande história dessa equipe, como se
pode ver, faz jus ao grande esforço que cada
membro faz para dar conta de suas diversas
atividades. Todos nós, membros do FORMU-
LAITA, temos grande orgulho de fazer parte
dessa história e temos esperança de marcar
esse ano com o primeiro carro dessa equipe.
Philippe de Carvalho Martins (OBAMA T19)
53
 ITA Consulting Club
O ITA Consulting Club é uma iniciativa geri-
da por alunos de cursos de graduação do ITA
e tem como objetivos a divulgação da carrei-
ra em consultoria estratégica e de gestão e a
preparação de alunos para processos seleti-
vos destas empresas. As ações de promoção
da carreira em consultoria estratégica e de
gestão vislumbram à criação de uma “cultura
de consultoria” nos alunos do ITA. Estas ações
são compostas de treinamentos feitos por alu-
nos com experiência no mercado de consulto-
ria e também por consultores convidados.
Além disso, realizamos eventos de apresen-
tação da carreira em parceria com empresas
de consultoria. Acompanhamos de perto as
novidades desse mercado para oferecer infor-
mações suficientes para que os alunos pos-
sam escolher qual a empresa eles têm mais
afinidade e como se preparar para ingressar
nela. Estas informações são disponibilizadas
através dos encontros semanais, grupo de
e-mails e redes sociais.
54
O Consulting Club oferece também um pro-
grama de preparação para os processos sele-
tivos. Provemos treinamentos sobre resolução
de cases e realização de mock case interviews
em duplas e em grupos além de disponibili-
zarmos um banco de materiais para estudo.
Também são realizados eventos com conteú-
do voltado às principais etapas dos processos
seletivos.
A T-19 tem orgulho de ter participado e con-
tribuído com o ITA Consulting Club tanto com
a elaboração de treinamentos quanto com a
manutenção das atividades da iniciativa. Em
números, temos mais de 15 alunos que fizeram
parte desta iniciativa no último ano que estão
trabalhando atualmente com consultoria. Es-
peramos que o legado se mantenha e que o
ITA Consulting Clube cresça mais a cada ano,
ajudando os Iteanos a alcançarem o sonho de
trabalhar em consultoria.
Thais de Souza Cabral (Thaix)
 ITA Júnior

Ao longo dos cinco anos de graduação, tive Vale destacar, ainda, que a ITA Júnior per-
a oportunidade de participar de vários eventos mite uma rede de contatos muito diversificada
e treinamentos que agregaram muito a minha e abrangente. Desde o contato com clientes
formação. Nesse contexto, a ITA Júnior foi a a participação em rodadas de negócios, os
principal responsável. Ela me ajudou muito a membros são expostos a situações que os en-
desenvolver habilidades que não eram abor- volvem com pessoas de diferentes backgrou-
dadas em sala de aula e que hoje se fazem nds. Assim, convém destacar a participação
fundamentais no mercado de trabalho. Sem dos membros em eventos de integração entre
dúvidas, ela ajudou a cada um dos membros a Empresas Juniores e em treinamentos ou vi-
se potencializar e a descobrir que poderíamos sitas dos parceiros da ITA Júnior, onde figu-
seguir diferentes ramos de atuação. ram empresas de expressão nacional e global
(Ambev, Bain & Company, Itaú, etc).
Composta por membros de perfis comple-
mentares, a empresa atuava como um time bem Além disso, membros mais experientes, nor-
coeso e alinhado permitindo um networking de malmente do segundo ou terceiro ano da gra-
bastante aprendizado. Apesar das mudanças duação, ministram treinamentos que abordam
ocorridas em termos de organização departa- habilidades inerentes ao processo de vendas
mental, a empresa atua praticamente em três e que ensinam como usar softwares e ferra-
grandes áreas: Projetos/Financeiro, Marketing mentas fundamentais para processos internos
e Treinamentos Internos. ou para a realização de projetos. Nesse sen-
tido, vale citar que os membros passam por
Em Projetos/Financeiro, os membros lidam um treinamento inicial durante um final de se-
diretamente com a prospecção de projetos, mana imersos em atividades de ambientação
atuando desde o contato inicial com os clien- e integração com os valores e atividades da
tes, negociação, precificação e formulação empresa.
do prazo de entregáveis. No departamento
de Marketing, os membros, entre outras ativi- Desse modo, percebe-se que a iniciativa
dades, cuidam do posicionamento de marca proporciona várias oportunidades aos seus
da empresa e fazem pesquisa de mercado de membros.
modo a traçar as melhores estratégias de ven-
das e captação de parcerias e projetos. Já a Diante disso, entende-se que a ITA Júnior
área de Treinamentos Internos lida com a ca- figura como uma iniciativa que realmente põe
pacitação técnica dos membros e os tornam os alunos em uma rotina real de uma empresa,
capazes de desenvolver os projetos para os entregando projetos reais, gerando valor aos
clientes. seus clientes e aprendizado aos membros.
Vale destacar que essa foi a última área a
ser criada e tem sido muito bem vista por toda Particularmente, fico muito contente de ter
a empresa, inclusive pelos conselheiros. Isso participado dessa empresa e vejo que muito
demonstra a maturidade da ITA Júnior em rea- do que uso em atividades profissionais apren-
lizar mudanças e transições que a tornem mais di ou conheci mediante essa iniciativa.
alinhada em mercado. Diante disso, percebe
que essa iniciativa abrange diversas áreas do Afinal, somos apenas um bando de amigos
conhecimento e conseguem atender a situa- tentando fazer a melhor empresa do mundo!
ções e clientes reais com soluções inovadoras
com muito conhecimento agregado. Pedro Henrique Santiago Costa (Soilmo)

55
56
 ITAbits

A ITAbits é uma iniciativa de computação Eu queria ser parte da ITAbits desde antes
do H8 que tem duas principais atividades: o do vestibular e agora me formando tenho or-
desenvolvimento de games e o estudo para gulho de poder deixar ela pra trás com senti-
competições de programação. Apesar de se- mento de dever cumprido.
rem bem diferentes, ambas têm em comum o
foco em programar e se divertir. É muito bom ver novos bixos vibrando com
a Maratona de Programação e me mostrando
Estou na iniciativa desde que era um bixo, seus jogos feitos nas Game Jams com bastan-
e virei presidente no começo do meu tercei- te suor (e alguns viradões).
ro ano aqui no ITA, quando a iniciativa esta-
va indo bem mal e com poucos membros. Ela Pra bits esse ano mandarei meu até logo, e
passou a ser a única iniciativa da qual fazia desejo muito sucesso para ela e para o ITA.
parte desde então e fiz o máximo para revi-
talizá-la e dar uma nova cara para a mesma: Felipe da Conceição Guimarães (Guima)
buscando novos patrocínios, criando novos
eventos e chamando mais o pessoal para par-
ticipar mostrando o quão divertido e desafia-
dor computação pode ser.

Agora, no meu último ano do ITA, sinto-me sa-

tisfeito com o legado que deixei para a iniciati-
va e vejo que está muito mais saudável do que
quando a encontrei.

57
 ITAndroids
The most exciting phrase to hear in science, the one that heralds new discoveries, is not ‘Eure-
ka!’ but ‘That’s funny...’ Isaac Asimov
Antes de ser aprovado no vestibular do ITA,
eu já almejava ingressar em três iniciativas. O
plano foi mantido, passei no processo seletivo
da escola e entrei nas três iniciativas. Destas,
a única que ainda faço parte ativamente é a
ITAndroids. Antes de ingressar no ITA, cur-
sei uma universidade federal por dois anos e
meio.
Ao mudar de curso, ainda restavam várias
dúvidas se eu estava no caminho certo e se
não estava, mais uma vez, buscando diploma
de uma profissão que não iria me trazer satis-
fação profissional.
Nesse contexto, trabalhar com computação
na ITAndroids ajudou a abrir minha mente e me
fez ter a certeza de que eu estava escolhendo
o caminho certo. Posso garantir que boa parte
da minha formação se deve às experiências
que tive dentro deste grupo.
A ITAndroids, equipe de robótica do ITA, foi
fundada em 2005 e, rapidamente, consagrou-
se como uma das melhores equipes brasilei-
ras de Robótica. Infelizmente, a atividade da
equipe foi descontinuada em 2009. Então, a
ITAndroids foi recriada em 2011. Desde então,
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a equipe vem se desenvolvendo rapidamente
e é atualmente uma referência em competi-
ções de Robótica na América Latina. A equipe
utiliza competições nacionais e internacionais
como motivação para ensino, desenvolvimen-
to e pesquisa em Engenharia. Nisso, a equipe
desenvolve cinco projetos: Soccer 2D, Soccer
3D, humanoide, VSS e Small Size. Devido à ro-
bótica ser intrinsicamente interdisciplinar, es-
tes projetos requerem integração das diversas
áreas da Engenharia, as quais na ITAndroids
são divididas em Mecânica, Eletrônica, Com-
putação, Controle, Processamento de Sinais,
Inteligência Artificial e Engenharia de Siste-
mas.
A diversidade dos membros é grande: envol-
ve professores, alunos de graduação de vá-
rios anos e especialidades, alunos de pós-gra-
duação e ex-alunos. Para organizar o trabalho,
a ITAndroids possui uma estrutura de gestão
que envolve uma Diretoria, além de líderes de
projeto e líderes de área. Além disso, a equi-
pe conta com uma estrutura de treinamentos,
que envolve um treinamento básico (conceitos
básicos de Robótica e Engenharia para alunos
do primeiro ano) e seis treinamentos avança-
dos.
No meu primeiro ano, participei dos treina-
mentos básicos que me proporcionaram avan-
ços em programação, os quais não seriam
possíveis apenas com as aulas regulares do
instituto. Ao fim dos treinamentos, ingressei no
projeto Soccer 3D Simulation League. No iní-
cio, os membros mais antigos do projeto pro-
puseram reescrever o código do zero com o
objetivo de participar da próxima competição,
que aconteceria em poucos meses, com o
novo time. Os novos membros aceitaram o de-
safio e começamos a trabalhar. Infelizmente,
não participamos da primeira competição com
o novo time, mas foi um período do qual tirei
várias lições. No ano seguinte, quando eu era
líder do projeto Soccer 3D, conseguimos fina-
lizar nosso novo time e participamos de uma
competição internacional. Essa foi, sem dúvi-
das, uma das melhores experiências que eu
tive na graduação a ainda recordo com mui-
to carinho dessa época. Ainda hoje participo
do mesmo projeto, foram várias competições,
várias reuniões, treinamentos, noites viradas e
experiências.
Além do aprendizado de habilidades
técnicas específicas, minha experiência na
iniciativa proporcionou o desenvolvimento de
habilidades gerais, as quais seriam difíceis
de adquirir sem um contexto apropriado. Ge-
renciar pessoas com habilidades diferentes,
delimitar prazos, alocar atividades entre os
membros, identificar os gargalos do projeto e
estimar o custo das tarefas, bem como a or-
dem ótima de realização das mesmas: essas
foram habilidades que eu desenvolvi durante
meu tempo como líder de projeto. Além delas,
algo pelo qual sou grato à iniciativa foi ter tido
a de melhorar minha capacidade de resolver
problemas, principalmente sob pressão. Já
passei meses tentando resolver um problema
e depois percebi que eu estava olhando para
o problema errado. Aprendi como buscar por
soluções em artigos científicos e como adap-
tar tais soluções para o meu contexto. Por fim,
um dos maiores aprendizados foi como lidar
com as frustações e derrotas e como utilizá-las
como fonte de aprendizado.
Nesses anos dentro da ITAndroids, uma das
minhas maiores felicidades foi ver a iniciativa
sempre crescer. Pela minha perspectiva, a
equipe sempre estava melhor do que no ano
anterior. Os projetos cresciam a cada competi-
ção, havia mais recursos e o conhecimento era
difundido entre os membros. Cada erro gera-
va um novo aprendizado e a iniciativa buscava
sempre corrigir os problemas abertos.
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 Em 2015, na primeira competição na ITAn-
droids, competimos em 5 categorias diferentes
e conseguimos apenas 2 pódios, apenas nas
categorias simuladas. Nosso grande avanço
naquele ano foi a integração da iniciativa com
o Laboratório de Sistemas Autônomos (Lab-S-
CA), em especial em relação ao uso de maqui-
nário de impressão 3D. A iniciativa cresceu,
obtivemos mais recursos e, em 2016, além da
primeira competição com o novo time do Soc-
cer 3D, a ITAndroids apresentou significativa
evolução na sua categoria de robôs humanoi-
de ao receber um robô Robotis OP2 no come-
ço de setembro. Competimos com nosso novo
robô humanoide e ficamos em primeiro lugar
na categoria Humanoid Racing. Além disso,
a equipe recebeu 80 servomotores e outros
materiais para confecção de mais 4 robôs. Em
2017, a equipe finalizou os novos robôs huma-
noides. O design e criação de quatro robôs hu-
manoides representou o maior avanço na área
de Hardware da história da equipe. No mesmo
ano, a equipe ganha 5 troféus na LARC 2017
(incluindo 1º e 2º lugares na Humanoid Robot
Racing), que foi o melhor resultado já conquis-
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tado pela equipe em uma LARC até aquele
ano. Em 2018, a equipe teve um resultado fe-
nomenal: acumulamos 8 prêmios ao longo do
ano.
Na RoboCup, tivemos destaque no Soccer
2D (9º lugar, melhor resultado até então) e hu-
manoide (7º lugar). O Small Size funcionou de
forma integrada pela primeira vez na LARC
2018. Na LARC 2018, a equipe ganha 6 tro-
féus (3 de primeiro e 3 de segundo lugar, sen-
do que ganhou 1º e 2º lugares na Humanoid
Robot Racing). Em 2019, a ITAndroids já con-
seguiu primeiro lugar nas duas competições
que participou na IronCup e estamos ansiosos
pelos resultados na RoboCup e na LARC, que
são nossas competições principais.
Escrevendo este texto, sinto uma grande fe-
licidade por fazer parte dessa história. Todas
as viagens, as experiências e os laços cons-
truídos fizeram com que todo o tempo e esfor-
ço dedicados à iniciativa terem sido um exce-
lente investimento para mim, sou muito grato
por esta oportunidade e espero ter contribuído
o máximo possível para a iniciativa.
Dicksiano Carvalho Melo (Dick)
 Rede_
A Rede é uma iniciativa muito completa, pois
nela aprendi bem mais do que esperava. Para
ter base, tive treinamentos sobre configuração
de servidores e utilização de ferramentas de
rede, sobre instalações físicas de cabos, ten-
do como fim do treinamento “A Casa” (evento
que é a prova de fogo sobre os conhecimen-
tos adquiridos e por vezes simboliza a passa-
gem de gestão).
A iniciativa foi também uma oportunidade de
ter uma visão macro da infraestrutura do CTA,
mas o mais legal é que, por ser uma iniciativa
muito presente no H8, você acaba conhecen-
do bastante gente. De fato, os membros da
Rede têm o compromisso de dar conectividade
com bom suporte e é nada mais coerente do
que fazê-lo com comunicação. Somos aquela
pessoa apaixonada por tecnologia, buscamos
inovações e melhorar nossos serviços. 
Prova disso, são nossos projetos de apri-
moramento, como o de virtualização de servi-
dores; criação de VLANs por apês; portal de
compartilhamento de arquivos e por aí vai. O
membro da Rede pode desenvolver seu per-
fil autônomo e para isso temos a disposição
livros e outros materiais para um gagá de
comp, como também ele tem total incentivo
para montar um projeto e trabalhar como um
time ou de entrar nos projetos já existentes.
“A Rede caiu!” é uma frase que, felizmente,
ouve-se cada vez menos nos apês do H8, isso
mostra o quanto a iniciativa cresceu e que
também ainda há no que evoluir. Bora Rede!
Helon Moreira
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 Mémorias de um Deuses X Bixos

Philippe de Carvalho (Obama)

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