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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

FACULDADE DE QUÍMICA

CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL

Hellen Carvalho Barros


Maria Edinéia Bezerra de Lima

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E SUPERFICIAIS DA


ÁREA CENTRAL E DO DISTRITO DE PAU D’ARCO DO MUNICÍPIO DE SANTA
BÁRBARA - PA

Belém – PA
2009
Hellen Carvalho Barros
Maria Edinéia Bezerra de Lima

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E SUPERFICIAIS DA


ÁREA CENTRAL E DO DISTRITO DE PAU D’ARCO DO MUNICÍPIO DE SANTA
BÁRBARA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado para a obtenção do título de
Química Industrial, Faculdade de Química,
do Instituto de Ciências Exatas e Naturais da
Universidade federal do Pará.
Orientador: Prof. M.Sc. Afonso Silva
Mendes.

Belém – PA
2009
Hellen Carvalho Barros
Maria Edinéia Bezerra de Lima

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E SUPERFICIAIS DA


ÁREA CENTRAL E DO DISTRITO DE PAU D’ARCO DO MUNICÍPIO DE SANTA
BÁRBARA - PA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado para a obtenção do título de
Química Industrial, Faculdade de Química,
do Instituto de Ciências Exatas e Naturais da
Universidade Federal do Pará.
Orientador: Prof. M.Sc. Afonso Silva
Mendes.

Data da Apresentação: _____/_____/_____

Conceito: ________________

Banca Examinadora

_________________________________________

Prof. M.Sc. Afonso Silva Mendes - FAQUI/ICEN

Orientador

_______________________________________________

Profa. M.Sc. Cristine Bastos do Amarante - FAQUI/ICEN

Membro

______________________________________

Prof. M.Sc. Victor Wagner Bechir Diniz – ICEN

Membro
Aos nossos pais, irmãos e amigos, que
estiveram sempre conosco, nos
incentivando ao longo da nossa
trajetória no curso de Química
Industrial.
AGRADECIMENTOS

Ao Senhor Jesus por me conceder a dádiva de ingressar na Universidade

Federal do Pará (UFPA), e por ter me ajudado a perseverar até esta importante etapa

de minha vida.

A UFPA pela oportunidade de realizar um curso superior.

Ao meu orientador, Prof. MSc. Afonso Silva Mendes, pela dedicação ao ensino,

pela paciência durante a realização deste trabalho, demonstrando o verdadeiro sentido

da palavra, mestre.

Aos colegas de curso, pelos momentos de aprendizado, os quais

compartilhamos momentos alegres como difíceis, em especial: Hellen carvalho Barros,

Jully Hellen, Alessandra Santiago, Laura Domingas e Joseni Pantoja.

Ao meu amado esposo, companheiro e amigo; Marcio Trindade Saldanha, pelo

carinho demonstrado nas horas difíceis, pelo apoio, incentivo, compreensão e

conselhos que me encorajaram nos momentos de fraqueza.

E a todos que cooperaram, mesmo que indiretamente, de forma decisiva para a

realização deste trabalho.

Maria Edinéia Bezerra de Lima


Agradeço, primeiramente, à Deus por ter me dado forças para ter chegado até
aqui.
Aos meus pais, em especial ao meu pai Eurico do Pilar Barros, pelo incentivo e
por nunca ter deixado de acreditar mim.

Ao Meu orientador Prof. MSc. Afonso Silva Mendes, pela paciência,dedicação e


empenho para o desenvolvimento e realização deste trabalho

Aos meus tios, Cacilda Soares e José Maria Soares, por estarem presente na
fase fundamental da minha vida.

Aos meus amigos de turma: Josenir Pantoja, Alessandra Santiago,Francisco


Edson,Agatha Miranda,Raquel ,Jully Hellen e a minha querida Edinéia Lima , Por todos
os momentos,fossem eles bons ou ruins, mas que contribuíram de forma decisiva na
minha vida acadêmica, sem vocês eu não estaria nem na metade do caminho.
E a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para realização
deste trabalho

Hellen Carvalho Barros


“Se te mostrares Fraco no dia da
adversidade, a tua força será pequena”.
Autor desconhecido

(Maria Edinéia B. Lima e Hellen Carvalho Barros)


RESUMO

A superfície da Terra é coberta por cerca de 70% de água, distribuída entre


oceanos, mares, rios, lagos, calotas polares e aqüíferos subterrâneos. Sendo que a
maior bacia hidrográfica do planeta está localizada na região amazônica. Entretanto, a
distribuição de água potável à população é insuficiente comparando-se com as suas
necessidades básicas. Dessa forma, a cidade de Belém passa por este mesmo
problema, ou seja, seu fornecimento é pouco eficiente, contribuindo para a escavação
de poços artesianos com o intuito de suprir as necessidades quantitativas e
qualitativas. Este estudo foi desenvolvido visando avaliar a potabilidade de águas de
poços subterrâneos e de águas e superficiais na sede e no distrito de Pau D´arco do
município de Santa e Bárbara, através de parâmetros analíticos que permitiram uma
avaliação concisa baseada nas normas do Conselho Nacional de Meio Ambiental
(CONAMA) quanto à qualidade da mesma tanto para consumo humano, como para
outros fins.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES, TABELAS E GRÁFICOS

p
Tabela 1 - Disponibilidade da água no planeta 16
Tabela 2 - Descrição dos pontos de amostragem 22
Tabela 3 - Classificação das águas quanto a dureza 34
Tabela 4 - Resultados obtidos na sede do município de Santa Bárbara 48
Tabela 5 - Resultados obtidos no Distrito de Pau D’arco 50

Figura 1 - Mapa geográfico do município de Santa Bárbara 15


Figura 2 - Ciclo hidrológico 17
Determinação de Fósforo realizada no Laboratório de Química
Figura 3 55
- Ensino – UFPA.
Caixa d’agua situada na Área Central do município de Santa
Figura 4 55
- Bárbara.
Figura 5 - Caixa d’agua situada na Área Central do município Pau D’arco 56
5
Figura 6
- Caixa d’água situada em Pau D’arco - Distrito do município 6

Gráfico 1 - Curva padrão de ferro 38


Gráfico 2 - Curva padrão de fósforo 40
LISTA DE SIGLAS

AM Amostras

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

UFPA Universidade Federal do Pará

OD Oxigênio dissolvido

PA Pará

pH Potencial hidrogeniônico

STD Sólidos totais dissolvidos

Na2 -EDTA Ácido Etileno di-amino tetracético disódico

µS/cm Microsiemens por centímetro


SUMÁRIO

P.

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................13

2 OBJETIVO....................................................................................................................14

3 ASPECTOS FÍSICOS E TERRITORIAIS DA REGIÃO ESTUDADA..........................14

4 CICLO HIDROLÓGICO................................................................................................16

5 ÁGUAS NATURAIS.....................................................................................................18
5.1 ÁGUAS SUPERFICIAIS...........................................................................................18
5.2 ÁGUAS SUBTERRÂNEAS.......................................................................................18
5.2.1 Qualidade das águas subterrâneas....................................................................19

6 AQÜÍFEROS.................................................................................................................20

7 CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA......................................................................................20
7.1 OS CONTAMINANTES DA ÁGUA PODEM SER.....................................................20

8 PARÂMETROS DA QUALIDADE DA ÁGUA POTÁVEL............................................21

9 CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS............................................................................21


9.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS ÁGUAS...........................................................21
9.2 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DAS ÁGUAS........................................................21
9.3 CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS.........................................................................21

10 METODOLOGIA........................................................................................................22
10.1 PROCEDIMENTOS DE CAMPO.............................................................................22
10.1.1 Pontos de Amostragem.....................................................................................22
10.2 MATERIAIS..............................................................................................................23

11 METODOS ANALITÍCOS...........................................................................................24
11.1 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA..................................................................24
11.1.1 Procedimento analítico......................................................................................24
11.2 DETERMINAÇÃO DO pH........................................................................................24
11.2.1 Principio do método...........................................................................................24
11.2.2 Procedimento analítico......................................................................................25
11.3 DETERMINAÇÃO DA CONDUTIVIDADE...............................................................25
11.3.1 Procedimento analítico......................................................................................25
11.4 DETERMINAÇÃO DA SALINIDADE (0/00)............................................................26
11.4.1 Principio do método...........................................................................................26
11.4.2 Procedimento analítico......................................................................................26
11.5 DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS......................................27
11.5.1 Princípio do método...........................................................................................27
11.5.2 Procedimento analítico......................................................................................27
11.6 DETERMINAÇÃO DA ALCALINIDADE...................................................................28
11.6.1 Principio do método...........................................................................................28
11.6.2 Procedimento analítico......................................................................................28
11.7 DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ................................................................................29
11.7.1 Método do metilorange (ácido-base)................................................................29
11.7.2 Principio do método...........................................................................................30
11.7.3 Procedimento analítico......................................................................................30
11.8 DETERMINAÇÃO DE CLORETOS.........................................................................30
11.8.1 Método de Mohr (volumetria de precipitação).................................................30
11.8.2 Principio do método...........................................................................................31
11.8.3 Procedimento analítico......................................................................................31
11.9 DETERMINAÇÃO DE CLORO RESIDUAL (MÉTODO IODOMÉTRICO)..............32
11.9.1 Principio do método...........................................................................................32
11.9.2 Procedimento analítico......................................................................................33
11.10 DETERMINAÇÃO DA DUREZA (Método complexométrico na2-edta).................33
11.10.1 Principio do método.........................................................................................34
11.11 DETERMINAÇÃO DE FERRO Fe (Método colorimétrico do tiocianato)..............36
11.11.1 Principio do método.........................................................................................37
11.11.2 Procedimento analítico....................................................................................37
11.12 DETERMINAÇÃO DE FÓSFORO (Método Colorimétrico de Molibdato P)..........38
11.12.1 Principio do método.........................................................................................39
11.12.2 Procedimento analítico....................................................................................39
11.13 DETERMINAÇÃO DE MANGANÊS (Método do Periodato de Potássio).............40
11.13.1 Principio do método.........................................................................................41
11.13.2 Procedimento analítico....................................................................................41
11.14 DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO MINERAL FIXO - RMF (MÉTODO
GRAVIMÉTRICO)............................................................................................................41
11.14.1 Princípio do Método.........................................................................................42
11.14.2 Procedimento analítico....................................................................................42
11.15 DETERMINAÇÃO DO OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD).........................................43
11.15.1 Método de winkler modificado- método da azida sódica.............................43
11.15.2 Principio do método.........................................................................................43
11.15.3 Procedimento analítico....................................................................................44
11.16 DETERMINAÇÃO DO OXIGÊNIO CONSUMIDO (MÉTODO DO
PERMANGANATO DE POTÁSSIO)................................................................................45
11.16.2 Princípio do método.........................................................................................46
11.16.2 Procedimento analítico....................................................................................46

12 RESULTADOS E DISCUSSÕES...............................................................................48

13 CONCLUSÃO.............................................................................................................51

REFERÊNCIAS...............................................................................................................52

ANEXOS..........................................................................................................................53
13

1 INTRODUÇÃO

A água é um recurso natural fundamental para a sobrevivência do homem e


demais seres vivos no Planeta.
Em média nosso organismo precisa de quatro litros (4L) de água por dia para
suprir suas necessidades básicas. Além disso, a água também e usada na preparação
de alimentos, asseio corporal, etc. Sabe-se que a alteração da qualidade da mesma é
uma ameaça a saúde das pessoas que a utilizam para tais fins, por isso, faz-se
necessário a realização de estudos que identifiquem e minimizem as alterações nos
corpos da água.
Atender as necessidades de abastecimento exige cada vez mais água de
qualidade e em quantidade suficiente para os centros urbanos, contudo, estudos
mostram que a água doce disponível para população no Planeta, representa hoje cerca
de 3% do volume total existente e apenas 1 % deste volume esta acessível, embora
distribuída de maneira desigual nos continentes, havendo casos de necessidades
extremas da mesma como ocorre atualmente em algumas regiões da África e do
Oriente Médio
A qualidade das águas é avaliada por um conjunto de parâmetros, determinados
através de uma série de análises, físicas,físico - químicas ,químicas e microbiológicas.
A água potável está sujeita a inúmeros fatores que podem apresentar uma grande
variação no decorrer do tempo, que só pode ser avaliada por meio de um
monitoramento.
Todas as amostras de água coletadas para o desenvolvimento deste trabalho
são utilizadas para diversos fins como: higienização, utilização doméstica e consumo
humano.
14

2 OBJETIVO

O principal objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade das águas


subterrâneas e superficiais consumida pela população da área central e do distrito de
Pau D´arco do município de Santa Bárbara, através de analises químicas, físicas,
físico-químicas e microbiológicas das amostras de acordo com as normas
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) quanto à
potabilidade das mesmas com a finalidade a que se destinam.

3 ASPECTOS FÍSICOS E TERRITORIAIS DA REGIÃO ESTUDADA

O município de Santa Bárbara integra a região metropolitana de Belém,


localizando-se a 62 Km da capital Paraense. Criado através da Lei nº 5.693 de 13 de
dezembro de 1991, sancionada pelo governador Jader Barbalho. Foi desmembrado do
município de Benevides, com sede na localidade de vila de Santa Barbara, que passou
à categoria de Cidade com a denominação de Santa Bárbara do Pará.
Apesar de ocupar uma pequena área de 278,151 Km 2, o município possui vários
povoados. Entre os mais conhecidos estão: Livramento, Pau D’arco, Genipaúba,
Povoado do Batista, Colônia Chicano e São Paulo das Pedrinhas.
A origem da antiga vila de Santa Bárbara, localizada às margens da rodovia PA-
391 (Belém- Mosqueiro), está relacionada com o estabelecimento de muitas granjas ao
longo da rodovia. Sua instalação aconteceu em 1º de janeiro de 1993, com a posse do
Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores eleitos no pleito municipal de 03 de outubro de
1992. (KRhttp://portalamazonia.globo.com/artigo_amazonia_az.php?idAz=655 )
Uma das versões para o nome de Santa Bárbara dado à localidade é a do
morador Jorge Moreira. Segundo ele, o nome do povoado originou-se durante as lutas
da cabanagem, em 1853, quando tropas revolucionárias se aquartelaram à espera da
ordem de atacar a cidade de Belém. Neste período, teriam encontrado uma imagem de
Santa Bárbara semi-enterrada, razão pela qual a região ficou conhecida com o nome
da Santa. ( KRhttp://portalamazonia.globo.com/artigo_amazonia_az.php?idAz=655 )
As características geográficas do município são:
15

Área 278,151 Km2 ; População 14.439 hab. Est. IBGE/2008 (2)


; Densidade 68,5 hab/
Km2; Altitude 21 metros; Clima Equatorial Am; Fuso horário UTC -3
Limites
Ao Norte: Município de Santo Antônio do Tauá,
A Leste: Município de Santa Izabel do Pará,
Ao Sul: Município de Benevides,
A Oeste: Município de Belém.

A figura 01, a seguir, ilustra o mapa do município de Santa Bárbara do Pará.

Figura 1: Imagem cartográfica do município de Santa Barbara


Fonte: SEPOF-PA
16
17

4 CICLO HIDROLÓGICO

O ciclo hidrológico tem três componentes principais: Precipitação, Evaporação e


Transporte de Vapor.
A água evapora das superfícies liquidas, oceanos, rios, lagos, vegetais,
formando nuvens que em seguida precipitam em forma de chuva nos continentes. Uma
pequena parte da água cai na terra, onde uma parte se infiltra, outra é absorvida pela
vegetação e a maior parte migra para o mar, seja como água de escoamento superficial
ou como água subterrânea. O ciclo se completa com novas evaporações, precipitações
e assim sucessivamente. Essa seqüência de processos denomina-se ciclo hidrológico.
(www.ana.gov.br). Acesso 18/12/2008).
A água, como elemento vital para os habitantes do planeta, ocupa 3/4 da
superfície terrestre e apresenta-se distribuída conforme tabela 01 a seguir:

Tabela 01: Disponibilidade da água no planeta


OCORRÊNCIA % TOTAL TIPO ESTADO FÍSICO
Oceanos e mares 97,4% Salgada Líquida
Calotas polares 1,8%. Doce Congelada
Rios, lagos e lençol freático 0,8% Doce Líquida
Fonte: Disponível em: http/:/www.ana.gov.br

As diferentes fases da água no planeta constituem o ciclo hidrológico, conforme


é mostrado abaixo na figura 2.
18

Figura 2: Ciclo Hidrológico


Fonte: Disponível em: aguafontedevida.wordpress.com/2008/04/16/ciclo
19

5 ÁGUAS NATURAIS

A importância química da água está no fato do seu poder de dissolver em maior


ou menor intensidade quase todas as substâncias. Após a precipitação, especialmente
na forma de chuva, á água escoa superficialmente ou se infiltra. Por isso todas as
águas naturais contêm gases e sais minerais em solução adquiridos através do contato
da água com o ar e, principalmente, com o solo.
As águas subterrâneas têm sua qualidade afetada pelas condições naturais do
solo, em função da incorporação de impurezas ocorridas durante a precipitação, ao
longo do escoamento superficial e no processo de infiltração e percolação, mesmo que
as condições naturais da bacia sejam as mais preservadas possíveis ou mesmo
inexploradas. Neste caso os principais fatores de influência são a cobertura e a
composição do solo. (www.ana.gov.br).

5.1 ÁGUAS SUPERFICIAIS


O conceito de água superficial, como a parcela armazenada ou fluindo sobre a
superfície, que está continuamente interagindo com a atmosfera e com o solo
(www.ana.gov.br). Sua ocorrência é espacialmente e temporalmente distribuída,
dependendo de fatores climáticos, topográficos, tipo de cobertura vegetal e das
propriedades hidráulicas do solo (www.ana.gov.br).

5.2 ÁGUAS SUBTERRÂNEAS


Água subterrânea é toda a água encontrada abaixo da superfície da Terra,
preenchendo os poros ou vazios intergranulares das rochas sedimentares, ou as
fraturas, falhas e fissuras das rochas compactas; e que sendo submetida a duas forças
(de adesão e de gravidade) desempenha um papel essencial na manutenção da
umidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e brejos. As águas subterrâneas cumprem
uma fase do ciclo hidrológico, uma vez que constituem uma parcela da água
precipitada. (www.ana.gov.br).
20

5.2.1 Qualidade das águas subterrâneas


As águas subterrâneas apresentam algumas propriedades que tornam o seu uso
mais vantajoso em relação ao das águas dos rios: são filtradas e purificadas
naturalmente através da percolação, determinando excelente qualidade e dispensando
tratamentos prévios; não ocupam espaço em superfície; sofrem menor influência nas
variações climáticas; são passíveis de extração perto do local de uso; possuem
temperatura constante; têm maior quantidade de reservas; necessita de custos
menores como fonte de água; as suas reservas e captações não ocupam área
superficial; apresentam grande proteção contra agentes poluidores; o uso do recurso
aumenta a reserva e melhora a qualidade; possibilitam a implantação de projetos de
abastecimento à medida da necessidade.
Na região amazônica, o comprometimento da qualidade da água de uma forma
global está diretamente relacionado à possibilidade do avanço da monocultura,
principalmente soja. Ainda não existem estudos ou qualquer tipo de monitoramento que
evidenciem uma situação preocupante na região, pelo menos no presente momento.
Todavia, a pesquisa agropecuária necessita atuar de forma mais pragmática no sentido
de se posicionar frente aos avanços da fronteira agrícola na região, apresentando
propostas de uso mais racional, com equilíbrio ambiental, econômico e social.
(www.ana.gov.br).
21

6 AQÜÍFEROS
Aqüífero é uma formação geológica do subsolo, constituída por rochas
permeáveis, que armazenam água em seus poros ou fraturas. Outro conceito refere-se
a aqüífero como sendo, somente, o material geológico capaz de servir de depósito e de
fornecedor da água aí armazenada. Assim, uma litologia só será aqüífera se, além de
ter seus poros saturados (cheios) de água, permitir a fácil migração da água
armazenada.

7 CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA
Na cidade a água é contaminada por esgoto, matéria orgânica, produtos
derivados de petróleo, produtos químicos, bactérias, etc. O cloro utilizado para proteger
a água pode contaminá-la ao reagir com as substâncias orgânicas presentes na
mesma, formando compostos cancerígenos denominados trialometanos.
A agricultura contamina a água com fertilizantes, inseticidas, fungicidas,
herbicidas e nitratos que são carregados pela chuva ou infiltrados no solo,
contaminando os mananciais que abastecem os poços de água. A água da chuva é
contaminada pela poluição do ar, podendo estar contaminada por SO 2, NOX, partículas
de arsênio, chumbo e outros poluentes podendo causar a formação da chuva ácida.

7.1 OS CONTAMINANTES DA ÁGUA PODEM SER

 Biológicos: a água é um excelente meio para o crescimento microbiano.


 Dissolvidos: fazendo parte de sua composição química.
 Em suspensão: fazendo parte da composição física: sedimentos, partículas,
areia, argila, etc
22

8 PARÂMETROS DA QUALIDADE DA ÁGUA POTÁVEL

Os parâmetros físicos, químicos, físico-químicos e microbiológicos padrões


baseados em dados do Ministério da Saúde e CONAMA, de acordo com a legislação
de águas subterrâneas e superficiais para consumo humano, estão mostrados no
anexo A.

9 CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS


São características que informam os parâmetros da qualidade da água, dentre
estas características podem ser citadas:

9.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS ÁGUAS


As características físicas são aquelas determinadas através dos nossos
sentidos, ou seja, fáceis de serem determinadas. São elas: Cor, Odor, Sabor,
Temperatura e Turbidez
.

9.2 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DAS ÁGUAS


As características químicas da água são determinadas de modo exato através
das análises , segundo os métodos oficiais: ácido-base (alcalinidade, acidez);
complexométrico (dureza); colorimétrico (ferro, fósforo, manganês); fotometria de
chama ( sódio e potássio); redox( oxigênio dissolvido, oxigênio consumido, matéria
orgânica, cloro livre); gravimétrico( sólidos totais dissolvidos); volumetria de
precipitação (cloretos).

9.3 CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS


As características biológicas da água são determinadas através da presença de
microorganismos patogênicos, como protozoários e vermes, que podem ser detectados
através de exames bacteriológicos como coliformes.
23

10 METODOLOGIA

10.1 PROCEDIMENTOS DE CAMPO

10.1.1 Pontos de Amostragem


A fim de evitar perdas ou contaminação dos constituintes presentes em uma
amostragem, é imprescindível que se tome certos cuidados. Dessa forma, as amostras
de água foram coletadas conforme orientações fornecidas pela Companhia de
Tecnologia e Saneamento Ambiental (CETESB, 1987). Vale ressaltar que a água que
abastece as localidades em estudo não dispõem de tratamento prévio.
Os frascos de coleta foram esterilizados de acordo com as normas adotadas
oficialmente (ver anexo). Em seguida foram coletadas as amostras em cada ponto
estabelecido e acondicionadas em isopor contendo banho de gelo (temperatura
aproximada de 4ºC) e em seguida foram transportadas para o laboratório para a
realização das análises físicas, químicas, físico-químicas e bacteriológicas.
A tabela 02 a seguir apresenta a localização pontos de amostragem:

Tabela 02: Descrição dos pontos de Amostragem


AMOSTRAS DESCRIÇÃO LOCAL
Ponto 1 Caixa da água Saída do Sistema Stª Bárbara
Ponto 2 Rua Nazaré n° 222 Stª Bárbara
Ponto 3 Unidade de saúde Stª Bárbara
Ponto 4 Rua Gilmar Mendes Stª Bárbara
Ponto 5 Caixa da água Saída do Sistema Pau D´Arco
Ponto 6 Rua Ajuruteua n°167 Pau D´Arco
Ponto 7 Rua casa Nova Pau D´Arco
Ponto 8 Trav. Joana D´Arc n°570 Pau D´Arco
Fonte: Elaborada pelas autoras.

O sistema de abastecimento que alimenta a sede do município é constituído por


dois poços artesianos com profundidades de 50 m e 60m e vazões de 30.000 litros por
hora cada, e um sistema de bateria constituído de sete pontos de captação (bombas)
com vazão de 40.000 mil litros por hora que fazem a captação da água diretamente do
rio Tracuateua, que banha a sede do município. Estes dois sistemas alimentam um
reservatório de 80.000 litros que abastece 1175 residências.
O sistema de abastecimento do distrito de Pau D´arco é constituído por 01
24

poço artesiano com profundidade de 45 m e vazão de 35 mil litros por hora que
alimenta um reservatório com capacidade para 60 mil litros que abastece 550
residências.

10.2 MATERIAIS
- Equipamentos
Foram utilizados no laboratório equipamentos comumente utilizados nas
análises quantitativas.

- Reagentes
Todos os reagentes empregados no desenvolvimento das análises
apresentavam grau analítico.

- Vidraria
Foram utilizadas vidrarias necessárias à execução das análises quantitativa.

- Utensílios
Implementos que deram suporte na execução das análises
25

11 METODOS ANALITÍCOS
Para a realização das análises, foram utilizados métodos oficiais estabelecidos
para análises específicas de água.

11.1 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA


A temperatura tem importância por sua influência na alteração da concentração
das várias formas de alcalinidade, da salinidade e composição das substancias
presentes na amostra, devido a sua variação. Por exemplo, o aumento da temperatura
reduz a concentração de oxigênio dissolvido, acelera o processo de decomposição de
substâncias orgânicas. Temperaturas mais elevadas resultam em alterações do corpo
d’água podendo provocar impactos ecológicos ( Standard Methods , 2005).

11.1.1 Procedimento analítico


Transferiram-se 50 mL de cada amostra para beckers, e em seguida imergiu-se
cuidadosamente o termômetro de mercúrio nas mesmas e fez-se a leitura.

11.2 DETERMINAÇÃO DO pH
O pH da água indica o caráter ácido <7, alcalino >7, ou neutro =7. a 25 ºC . As
concentrações de carbonatos, bicarbonatos, CO 2 dissolvido e ácidos fúlvicos e húmicos
caracterizam o pH das águas.
Variações do pH de um rio, ou em um ponto do rio em determinados períodos
podem indicar a contaminação por esgotos domésticos, industriais ou até mesmo por
contaminação natural. Constitui um parâmetro importante por interferir nos processos
de potabilização da água como coloração, coagulação e corrosão causada pela água.

11.2.1 Principio do método


A membrana do eletrodo de vidro separa dois líquidos de diferentes
concentrações de íons H+; desenvolvendo entre os dois lados da membrana um
potencial proporcional a diferença de pH entre os dois líquidos, que é medido em
relação a um potencial de referência (dado por um eletrodo combinado).
26

O método é praticamente isento de interferências. A influência da temperatura da


amostra no potencial do eletrodo é compensada pelo próprio aparelho.

11.2.2 Procedimento analítico


Calibrou-se o pHmetro, utilizando-se soluções tampões de pH 4,0 e 7,0.
Transferiu-se volumes conhecidos das amostras para béqueres. Imergiu -se o
eletrodo juntamente com o compensador de temperatura nestas, e, efetuou-se as
leituras diretas dos valores de pH.
O cálculo do pH é representado pela seguinte equação:

pH= log 1/ [H+] ou pH= -log [H+]

11.3 DETERMINAÇÃO DA CONDUTIVIDADE

A condutividade é a expressão numérica da capacidade de uma solução aquosa


conduzir a corrente elétrica; esta capacidade depende da concentração dos íons e da
temperatura em que é feita a medida, denominada condutância elétrica (ε). A
condutividade é a recíproca da resistência. As águas naturais como não são
substâncias puras, isto é, têm na sua composição substâncias solúveis e insolúveis em
diferentes concentrações, apresentando, portanto condutividades cuja magnitude é
função das substâncias inorgânicas dissolvidas (forma iônica). Enquanto que as águas
“quimicamente puras” apresentam uma condutância elétrica muito baixa (STANDARD
METHODS, 2005).
As medidas de condutividade são comumente feitas em um condutivimetro e as
leituras obtidas expressadas em µS/cm, miliS/ cm, ou S/cm
Para que os resultados sejam confiáveis, faz–se necessário a utilização do
aparelho de acordo com o manual fornecido pelo fabricante.

11.3.1 Procedimento analítico


Lavou-se cuidadosamente a célula do condutivímetro com água deionizada,
enxugando-a com papel absorvente. Em seguida, Imergiu- se a célula acoplada ao
27

condutivímetro em uma solução padrão de KCl 0,01 molar, regulando-se o digital do


equipamento para ler 1413 μS/cm que corresponde a calibração do mesmo; leu-se os
valores das condutividades das amostras de água pela imersão direta da célula de
condutividade.
A equação abaixo é empregada para o cálculo da ε:

ε= Kcel . leitura
onde,
ε = condutividade elétrica
Kcel= constante da célula

11.4 DETERMINAÇÃO DA SALINIDADE (0/00)


A salinidade é uma medida importante na análise de determinadas águas
industriais e águas do mar. Representa o total de sólidos dissolvidos presentes na
água. O conhecimento da concentração salina é uma ferramenta importante para se
saber a destinação , ou que tratamento que a mesma deve sofre afim de que possa ser
utilizada nos mais diversos fins. Com base nos valores estimados de salinidade as
águas são classificadas em doces, salobras ou salgadas

11.4.1 Principio do método


A salinidade é determinada através da medida direta no condutivímetro por uma
simples mudança de função ou através da equação de proporcionalidade.

11.4.2 Procedimento analítico


Realizou-se a medição da salinidade, utilizando-se o condutivímetro ou fazendo-
se a conversão da condutividade para salinidade através da equação mostrada abaixo.

(0/00)= 0,64. ε

onde,
0
/00 = salinidade
0,64 = fator de conversão
28

ε = condutividade elétrica

11.5 DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS


Os sólidos totais dissolvidos (STD) são resultantes da soma de todos os
constituintes minerais dissolvidos na água. O limite máximo na água para consumo
humano é de 1000 mg/L . A concentração total de sólidos dissolvidos é uma indicação
geral de adequabilidade da água para uso doméstico e industrial. (POHLAND, F.G. &
D.E. BLOODGOOD, 1963).

11.5.1 Princípio do método


Sólidos totais dissolvidos (STD) correspondem a concentração total dos
constituintes minerais solúveis presentes na água, por unidade de volume. Na maioria
das águas naturais, a condutividade elétrica (ε) da água multiplicada por um fator que
varia entre 0,55 e 0,75, gera uma boa estimativa de STD.
Calcula-se a quantidade de STD a partir dos valores de ε, multiplicando–se esta
por um fator de 0,50 considerado aceitável para uma região de clima quente.
.

11.5.2 Procedimento analítico


A medição dos sólidos totais dissolvidos (STD), pode ser feita utilizando-se um
condutivímetro, fazendo-se a conversão da leitura de condutividade elétrica para
sólidos totais dissolvidos através da equação mostrada abaixo.

STD=0,50. ε

onde,
STD= sólidos totais dissolvidos
ε= condutividade elétrica
0,50= fator de conversão

11.6 DETERMINAÇÃO DA ALCALINIDADE


A Alcalinidade de uma água é sua capacidade de neutralizar o ácido. É a soma
29

de todos os íons hidroxilas. O valor medido pode variar significativamente de amostra


para amostra. A Alcalinidade é uma medida de uma propriedade agregada da água e
pode ser interpretada nos termos de substâncias específicas somente quando a
composição química da amostra é conhecida.
A Alcalinidade tem significado no tratamento de águas naturais e de esgotos
domésticos. A alcalinidade das águas superficiais é uma função das concentrações de
carbonato e de bicarbonato. A presença de hidroxila em água é um indicativo de uma
poluição antrópica. Os valores medidos também podem incluir contribuições dos íons
boratos, fosfatos, e silicatos ou das outras bases se estas estiverem presentes. As
medidas da alcalinidade são usadas na interpretação e no controle de processos de
tratamento da água e de esgotos domésticos. Estes apresentam uma alcalinidade
ligeiramente igual, ou maior, do que uma fonte de água natural. Os digestores
anaeróbicos operando corretamente apresentam alcalinidade maior na escala de
carbonato de cálcio e de magnésio variando, de 2000 a 4000 mg/L carbonato de
cálcio(CaCO3). (POHLAND, F.G. & D.E. BLOODGOOD, 1963).

11.6.1 Principio do método


O método baseia-se na determinação dos componentes alcalinos que elevam o
pH da água através da titulação por uma solução padrão acida ou, na determinação de
componentes ácidos que baixam o pH da água através da titulação por uma solução
padrão alcalina usando-se indicadores acida-base específicos. (OHLWEILER, 1974;
STANDARD METHODS, 2005).
Reação envolvidas:
H2SO4 + 2OH- è 2H2O + SO42-
H2SO4 + 2CO32- è 2HCO3- + SO42-
H2SO4 + 2HCO3- è 2H2O + SO42- + 2CO2

11.6.2 Procedimento analítico


Transferiu-se quantidades conhecidas das amostras para Erlenmeyer, adicionou-
se a solução de fenolftaleína. Como as amostras permaneceram incolores, é um
indicativo da ausência de alcalinidade devido a hidroxila. Adicionou-se então a solução
de metil-orange e titulou-se com solução-padrão de H 2SO4 0,02N, até a coloração
mudar de amarelo para vermelho-alaranjado.
30

De acordo com os volumes gastos da solução de ácido sulfúrico nas titulações


das amostras e da prova em branco, as concentrações de alcalinidade nas águas
foram calculadas através da seguinte equação:

N x fc x Vtit.  Vpb. xEg . CaCO3  x 10 3


Alcalinidade  mg CaCO3 / L  
V (mL) am

onde,
Vtit. = volume(mL) da solução H2SO4 gasto na titulação da amostra,

Vpb = volume(mL) da solução H2SO4 gasto na titulação da prova em branco,

N = normalidade
fc = fator de correção
Eg. = equivalente grama .
Vam.= volume da amostra

11.7 DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ

11.7.1 Método do metilorange (ácido-base)


A acidez de uma água é sua capacidade quantitativa de reagir com uma base
forte a um pH designado. A acidez é uma medida de uma propriedade agregada da
água e pode ser interpretado nos termos de substâncias específicas somente quando a
composição química da amostra é conhecida.
Os ácidos minerais fortes, os ácidos fracos tais como sais carbônicos, acetatos e
hidrogenados tais como sulfatos de ferro ou de alumínio podem contribuir para acidez
medida . Os ácidos provam corrosão e influenciam a nas reações químicas, e nos
processos biológicos. O grau de acidez influencia na qualidade das águas (Standard
Methods, 1971).

11.7.2 Principio do método


A determinação da acidez faz-se por volumetria ácido-base, usando uma
31

solução titulante de hidróxido de sódio de concentração conhecida, a qual neutraliza os


íons H+ pelos OH- presentes no titulante. O ponto final da titulação é indicado como o
uso de um indicador ácido-base específico.
Reação envolvida:
H2CO3(aq) + 2 NaOH (aq) è Na2CO3 (aq) + 2 H2O (l)

11.7.3 Procedimento analítico


Transferiu-se quantidades conhecidas das amostras para erlenmeyers,
adicionou-se a solução de fenolftaleína e titulou-se com solução-padrão de NaOH
0,02N, até adquirir coloração levemente rósea.
Equação utilizada para determinação da acidez:

V  mL  x N x fc x Eq NaOH x 1000
Acidez  mg CaCO3  
V  mL  am

onde:
V(mL) = volume de NaOH gasto na titulação
N = normalidade
fc = fator de correção
Eq = equivalente-grama
V(am) = volume da amostra

11.8 DETERMINAÇÃO DE CLORETOS

11.8.1 Método de Mohr (volumetria de precipitação)


A presença de cloretos encontrada praticamente em todas as águas naturais,
pode ser de origem mineral ou despejos humanos, efluentes industriais e agrícolas. Os
cloretos não são prejudiciais à saúde do homem, mesmo em concentrações elevadas,
porém, conferem sabor à água. O sabor “salgado”, entretanto, depende não só da
32

concentração de cloretos, mas também da composição química da água. Águas


contendo 250 mg/L de Cl- podem apresentar um sabor salgado detectável se o cátion
presente for sódio. Por outro lado, esta mesma característica pode estar ausente em
águas contendo 1000 mg/L de Cl -, quando os cátions predominantes forem cálcio e
magnésio(Standard Methods , 2004)
A portaria do Ministério da Saúde 2004, estabelece como valores mínimos
desejáveis e máximo permissível 200 e 600 mgCl -/L, respectivamente, para água
potável.

11.8.2 Principio do método


O método consiste na precipitação quantitativamente dos íons cloreto em pH
7,usando-se como indicador o cromato de potássio.A mudança de coloração de
amarelo citrino para vermelho tijolo indica o ponto final da titulação (OHLWEILER,
1974).
NaCl + AgNO3 → AgCl + NaNO3
2AgNO3 + K2CrO4 → Ag2CrO4 + 2KNO3

11.8.3 Procedimento analítico


Transferiu-se volumes conhecidos das amostras para Erlenmeyer, acrescentou-
se o indicador K2CrO4, em seguida uma pequena porção de carbonato de cálcio e
titulou-se com solução-padrão de AgNO 3 até ocorrer a mudança de coloração de
amarelo citrino para vermelho tijolo, determinando o ponto final da titulação.
De acordo com os volumes gastos da solução de nitrato de prata nas titulações
das amostras e da prova em branco, as concentrações de cloretos nas águas foram
calculadas através da seguinte equação:
Os volumes de nitrato de prata gasto nas titulações das amostras, calculou - se
através da equação abaixo, as concentrações de cloretos nas amostras de águas.

Cloreto  mg / L  
 
N x fc x  Vtit  Vpb  x Eg . Cl  x 10 3
V ( mL)am

onde,
Vtit. = volume da solução de AgNO3 gasto na titulação da amostra (mL)
33

Vpb = volume da solução de AgNO3 gasto na titulação da prova em branco (mL)

N = normalidade
fc = fator de correção
Eg. = equivalente grama
Vam.= volume da amostra

11.9 DETERMINAÇÃO DE CLORO RESIDUAL (MÉTODO IODOMÉTRICO)


Conhecer o teor de cloro ativo (livre ), que inibe assim a presença de
microorganismos patogênicos presentes na água,tornando -a adequada para o
consumo humano.Os derivados de cloro são usados como desinfetante a uma
concentração inferior a 1 mg/L. Mostrou-se que, a água que contem uma concentração
de 5 mg /L em cloro residual pode ser consumida sem nenhum perigo (ANDRADE e
MARTYN, 1993). A Lei 1469 em seu Art. 13º, cita que após a desinfecção, a água deve
conter o teor mínimo de cloro residual livre de 0,3 mg/L, sendo obrigatória a
manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de distribuição.
Recomenda-se que o teor máximo de cloro residual livre, em qualquer ponto do
sistema de abastecimento, seja de 2,0 mg/L. (Standard Methods , 2004)

11.9.1 Principio do método


Consiste na adição em excesso de iodeto de potássio (KI) ‘a amostra acidificada
contendo cloro. O Iodo (I 2) liberado, equivale à quantidade de cloro presente na
amostra. O iodo liberado é titulado com a solução de tiossulfato de sódio usando-se o
amido como indicador. (Luttenbarck), 1994.

Reações envolvidas:
CIO- + I- + 2H+ è H2O + CI- + ½ I2
I2 + 2S2O32- è 2I- + S4O62-

11.9.2 Procedimento analítico


Transferiu-se volumes conhecidos das amostras para Erlenmeyer , adicionou-se
cristais de iodeto de potássio, ácido acético concentrado e solução de amido.
O ponto final da titulação é sinalizado quando ocorre mudança de cor azul para
34

incolor, contudo, como as amostras em estudo não adquiriram coloração azul, não foi
necessária a titulação com solução de tiossulfato de sódio, indicando ausência de cloro
residual.
Dispondo-se dos volumes de tiossulfato de sódio gastos nas titulações das
amostras, calcula-se as concentrações de cloro nas águas através da equação abaixo:

V  mL  x N x f c x Eg Cl x 1000
mg Cl 2 / L 
V  mL  am

onde,
Vtit. = volume da solução de tiossulfato gasto na titulação da amostra (mL)

Vpb = volume da solução de tiosulfato gasto na titulação da prova em branco (mL)


N = normalidade
fc = fator de correção
Eg. = equivalente grama
Vam.= volume da amostra

11.10 DETERMINAÇÃO DA DUREZA (Método complexométrico na2-edta)


A dureza é uma propriedade atribuída à presença de sais de cálcio e magnésio
existentes na água, sob a forma de bicarbonatos, sulfatos e às vezes, cloretos e
nitratos.
A dureza da água resulta da solubilização de minerais contendo elementos
alcalino-terrosos presentes em solos e rochas.
Águas que contém CO2 ou outros constituintes ácidos dissolvem rapidamente

minerais carbonatados, convertendo-os em carbonatos e/ou bicarbonatos solúveis,


conforme pode ser observado na equação da reação química mostrada a seguir:

CaCO3 + CO2 + H2O → Ca(HCO3)2

Dureza temporária ou de carbonatos é devida aos íons de cálcio e magnésio


que sob aquecimento se combinam com íons bicarbonato e carbonatos, podendo ser
eliminada por fervura. Em caldeiras e tubulações por onde passa água quente
(chuveiro elétrico, por exemplo) os sais formados devido à dureza temporária se
35

precipitam formando crostas e criando uma série de problemas, como o entupimento.


Dureza permanente é devida aos íons de cálcio e magnésio que se combinam
com sulfato, cloretos, nitratos e outros, originando compostos solúveis que não podem
ser retirados pelo aquecimento.
Dureza total é a soma da dureza temporária com a permanente. A dureza é
expressa em miligrama por litro (mg/L) ou miliequivalente por litro (meq/L) de CaCO3
(carbonato de cálcio) independentemente dos íons que a estejam causando.
Como os elementos alcalino-terrosos são registrados como a dureza total, o
valor obtido é registrado como a dureza total (FEEMA, 1998).As águas podem ser
classificadas em termos do grau de dureza em:

Tabela 03: Classificação das águas quanto ao grau de dureza

Moles Dureza inferior a 50mg /L em CaCO3


Dureza moderada Dureza entre 50 a 150 mg/L em CaCO3
Duras Dureza entre 150 a 300 mg/L em CaCO3
Muito duras Dureza superior a 300 mg/L em CaCO3

Fonte: Elaborada pelas autoras.

Do ponto de vista da saúde pública, não há objeções ao consumo de águas


duras. Pelo contrário, alguns pesquisadores têm encontrado uma correlação entre
águas moles e certas doenças cardíacas, tendo sido verificado que há um maior
número de pessoas com problemas cardiovasculares em áreas de águas moles do que
em áreas de águas duras (RICHESTER; NETTO, 2002 e SKOOG; WEST, 1981).

11.10.1 Principio do método


O ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), C10H16O8N2 e os seus sais
dissódicos formam quelatos solúveis de cálcio e magnésio, que na presença do
indicador negro de ericromo T (EBT), num meio com um pH=10, a solução apresenta
uma cor vermelho-vinosa. Quando a solução é titulada com EDTA o cálcio e magnésio
são complexados e no ponto final a solução muda para azul.
Reações envolvidas
Ca2+ + Na2EDTA è CaEDTA + 2Na+
36

Mg2+ + Na2EDTA è MgEDTA + 2Na+

Ca + Ind- + Na2EDTA è CaEDTA + H3Ind

Mg + Ind- + Na2EDTA è MgEDTA + H3Ind

 Dureza total

Transferiu-se volumes conhecidos das amostras para erlenmeyers. Adicionou-


se o coquetel para a determinação de cálcio e magnésio e, em seguida, o indicador
EBT. Titulou-se as amostras com solução padrão de Na 2EDTA 0,025N; até mudança de
coloração rósea para azul nítido.

De acordo com os volumes gastos nas titulações das amostras com Na 2EDTA,

foram calculadas as concentrações da dureza total nas amostras, através da seguinte


equação:

N X f C x  vtit.  V PB  x Eg  . CaCO3  x 10 3
DUREZA TOTAL  mg CaCo3 / L  
V  mL am

 Dureza cálcica

Transferiu-se volumes conhecidos das amostras para erlenmeyers. Adicionou-


se a solução de NaOH 10%, o coquetel para cálcio e, em seguida, o indicador calcon.
Titulou-se as amostras com solução-padrão de Na 2EDTA 0,025N; até mudança de
coloração vermelho-violáceo para azul.

De acordo com os volumes gastos nas titulações das amostras com Na 2EDTA,

foram calculadas as concentrações da dureza cálcica nas amostras, através da


seguinte equação:

N X f C x  vtit .  V PB  x Eg  . CaCO3  x 10 3
DUREZA CÁLCICA  mg CaCo3 / L  
V  mL  am

onde,
Vtit. = volume da solução de Na2EDTA gasto na titulação da amostra (mL).
37

Vpb. = volume da solução de Na2EDTA gasto na titulação da prova em branco (mL)

N = normalidade da solução de Na2EDTA

fc = fator de correção da solução de Na2EDTA

Eg. = equivalente grama de CaCO3


Vam.= volume da amostra (mL)

 Dureza magnesiana

A dureza magnesiana é determinada de maneira indireta através da diferença


entre a dureza total e a dureza cálcica, através da seguinte equação:

DUREZA MAGNESIANA  DUREZA TOTAL  DUREZA CÁLCICA

11.11 DETERMINAÇÃO DE FERRO Fe (Método colorimétrico do tiocianato)


O ferro é objetável nos sistemas públicos de abastecimento de água, devido ao
sabor que provoca e a sua propriedade de impregnar os acessórios e formar
incrustações nas canalizações, provocando manchas nas roupas lavadas e acúmulo ou
depósito no sistema de distribuição.( BABBITT, H. E).
O ferro no estado ferroso (Fe²+) é encontrado em águas subterrâneas, formando
compostos solúveis como bicarbonatos, sulfatos e cloretos. Desta forma, águas com
alto teor de Fe2+, ao saírem dos poços são incolores, mas ao entrarem em contato com
ambientes oxidantes o ferro é oxidado, dando origem ao óxido férrico, que é insolúvel,
tingindo fortemente a água com a coloração marrom, o que lhes confere uma aparência
nada agradável. .( BABBITT, H. E).
Apesar de o organismo humano necessitar em torno de até 19 mg de ferro por
dia, carência esta que é suprida através da ingestão dos alimentos e de água.
No caso específico da potabilidade da água, é estabelecido um valor máximo de
0,3 mg/L como padrão. Este limite é estabelecido em função de problemas estéticos
38

relacionados à presença desse elemento na água e do sabor desagradável que o


mesmo lhe confere. (CONAMA, 1986; MACÊDO, 2003; STANDARD METHODS, 1995;
CETESB,1978).

11.11.1 Principio do método


O método consiste na reação do ferro (III) com o tiocianato (SCN -) em meio
ácido para formar um complexo solúvel intensamente colorido, o ferro (II) não reage.
Dependendo da concentração do tiocianato.
Na determinação deve-se usar um excesso de tiocianato, pois este aumenta a
estabilidade e a intensidade da cor. Ácidos fortes (HCl ou HNO 3) devem estar
presentes para evitar a hidrolise:
Fe 3  SCN    Fe SCN   2

O H2SO4 não é recomendado porque os ions sulfatos tem tendência a formar


complexos com íons Fe3+. cobre, níquel, zinco, cádmio,fosfatos, arsenatos, fluoretos,
oxalatos e tartartos interferem porque formam complexos bastante estáveis com Fe 3+.

11.11.2 Procedimento analítico


Calculou-se os valores deda solução padrão de ferro adicionados a cada balão
volumétrico de 50 mL para valores de uma curva de calibração de 0, 1,2,3.4 e 5 ppm.
Posteriormente, adicionou-se 10 mL da solução de KSCN 20%, e em seguida 6mL de
HNO3 4 mol/ L e aferiu-se o volume com água destilada até a marca.
Transferiu-se 25 mL da amostra de água para um balão volumétrico de 100 mL,
adicionou-se 10 mL da solução de KSCN 20%, e em seguida 6 mL de HNO 3 4 mol/ L e
aferiu-se o volume com água destilada ate a marca
Selecionou-se o comprimento de onda em 510 nm e mediu-se a absorvância
das soluções padrão e das amostras. A partir dos valores das absorvâncias obtidas
para as soluções padrão, determinou–se as equação representativa da curva padrão
empregando-se o método dos mínimos quadrados (método da regressão linear) que
está representada no gráfico 01.
39

Gráfico 01: Curva padrão de ferro.

Através da equação da curva padrão e do fator de diluição estabeleceu-se uma


nova equação que permite o cálculo da concentração desse elemento nas amostras,
conforme é mostrada a seguir:

ppm Fe  X . fd

onde,
ppm = mgFe/L
X = é a concentração de ferro obtida pelo método da regressão linear.
fd = fator de diluição da amostra.

11.12 DETERMINAÇÃO DE FÓSFORO (Método Colorimétrico de Molibdato P)


A presença do fósforo na água pode se dar de diversas formas. A mais
importante delas para o metabolismo biológico é o ortofosfato.
A presença de fósforo nas águas pode ter origem na dissolução de compostos
do solo em escala muito pequena, despejos domésticos e/ou industriais, detergentes,
excrementos de animais e fertilizantes, etc.
A utilização crescente de detergentes de uso doméstico e industrial favorece o
aumento das concentrações de fósforo nas águas.
Concentrações elevadas de fósforo podem contribuir da mesma forma que o
nitrogênio, para a proliferação de algas e acelerar, indesejavelmente, em determinadas
40

condições, o processo de eutrofização.


Por outro lado, o fósforo é um nutriente fundamental para o crescimento e
multiplicação das bactérias responsáveis pelos mecanismos bioquímicos de
estabilização da matéria orgânica (BABBITT, H. E).

11.12.1 Principio do método


Este método baseia-se na medida da intensidade da coloração azul
desenvolvida pelo produto da redução do heteropoliácido molibdofosfórico, formado por
uma reação dos fosfatos com o molibdato de amônio em presença de um sal de
bismuto que atua como catalisador. Como agente redutor, aplicou-se o ácido ascórbico,
formando um complexo de cor azul. As absorvâncias das soluções são medidas em
espectrofotômetro em um comprimento de onda de 690nm (FLASCHKA,1964;
MACÊDO, 2003; STANDARD METHODS, 1995).
Reação envolvida

H2PO4 - + MoO42- + ác.ascórbico → (H3PO4MoxOy)

11.12.2 Procedimento analítico


Preparou-se uma curva-padrão na faixa de 0 a 1 ppm a partir da solução-
estoque de fósforo a 20 ppm;
Paralelamente, preparou-se as amostras, transferindo-se volumes conhecidos destas
para balões volumétricos. Adicionou-se molibdato de amônio e ácido ascórbico,
aferindo-se os balões. Em seguida, deixou-se em repouso durante uma hora para que
ocorresse desenvolvimento de cor.
Após esse tempo, realizou-se as leituras das absorvâncas, das soluções-padrão
e das soluções amostra no espectrofotômetro em comprimento de onda de 690 nm.
.A partir dos valores obtidos para a curva padrão obteve-se a equação
representativa do segmento de reta empregando-se o Método dos Mínimos Quadrados
(método da regressão linear) que está representada no gráfico 02.
.
41

Gráfico 02: Curva padrão de fósforo

Através desta curva padrão por interpolação dos valores de absorvâncias


obtidos para as amostras foram determinadas as concentrações de fósforo nas
mesmas, empregando-se a equação da reta obtida e a seguinte equação auxiliar:

ppm P = X . fd

onde,
ppm = mg P/L
X = é a concentração de fósforo obtida pelo método da regressão linear
fd = fator de diluição da amostra

11.13 DETERMINAÇÃO DE MANGANÊS (Método do Periodato de Potássio)


O comportamento do manganês nas águas é muito semelhante ao do ferro em
seus aspectos mais diversos, sendo que a sua ocorrência é mais rara. O manganês
desenvolve coloração negra na água, podendo-se apresentar nos estados de oxidação
Mn+2 (forma mais solúvel) e Mn+4 (forma menos solúvel).
A concentração de manganês menor que 0,05 mg/L geralmente é aceitável em
mananciais, devido ao fato de não ocorrerem, nesta faixa de concentração,
manifestações de manchas negras ou depósitos de seu óxido nos sistema de
42

abastecimento de água.
Raramente atinge concentrações de 1,0 mg/L em águas superficiais naturais e,
normalmente, está presente em quantidades de 0,2 mg/L ou menos. É muito usado na
indústria do aço, na fabricação de ligas metálicas e baterias e na indústria química, em
tintas, vernizes, fogos de artifícios e fertilizantes, entre outros. (Standard Methods ,
2004)

11.13.1 Principio do método


O método baseia-se na oxidação do íon permangânico pelo meta-periodato de
potássio em presença de sulfito de sódio, desenvolvendo uma coloração que é
quantificada colorimetricamente ( BROW, 1970).

Reação envolvida:
2Mn2+ + 5IO4- + 3H2O è 2MnO4- + 5 IO3- + 6H+

11.13.2 Procedimento analítico


Retirou-se 30 mL de cada amostras e transferiu-se para béckeres. Em seguida
foram adicionados 1 mL de ácido fosfórico 85% e 1 mL de ácido sulfúrico.
Essas soluções foram colocadas em um recipiente que foram aquecidos em
banho-maria durante 5 minutos, para acelerar o processo de complexação
(desenvolvimento da cor). Em todas as amostras foram adicionados 0,15g de
metaperiodato de potássio KIO 4. Verificou-se que não houve formação de cor

confirmando a ausência de manganês nas amostras de água em análise.

11.14 DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO MINERAL FIXO - RMF (MÉTODO


GRAVIMÉTRICO)
Em saneamento, sólidos nas águas correspondem a toda matéria que
permanece como resíduo, após evaporação, secagem ou calcinação da amostra a uma
temperatura pré-estabelecida durante um tempo fixado.
A análise gravimétrica é o processo em que se isola e pesa um elemento ou
composto definido sob uma forma mais pura possível. O elemento ou composto é
separado de uma porção de substância que está sendo analisada. (Standard Methods
43

2004).

11.14.1 Princípio do Método


Uma amostra homogênea é evaporada numa cápsula previamente pesada e
seca a peso constante a uma temperatura de 100-110ºC. A diferença de massa entre a
cápsula e resíduo e a massa da cápsula corresponde à massa dos resíduos minerais
fixos .

11.14.2 Procedimento analítico


Transferiu-se volumes conhecidos das amostras para cápsulas de porcelana,
previamente pesadas (P1).
Foram levadas à estufa regulada a 110ºC, até a completa evaporação da fase
líquida.
Em seguida, as cápsulas, foram transferidas para o dessecador até alcançarem
equilíbrio térmico e, em seguida pesadas.
Realizou-se este procedimento, até estabilização do peso das cápsulas (P 2).
Equação utilizada para determinação dos sólidos totais:

mg de R.M .F (mg / L) 
 P2  P1 .1000
V (mL)am
onde,
P1 = peso das cápsulas vazias (g)
P2 = peso das cápsulas com resíduo seco (g)
Vam. = volume da amostra (mL)

11.15 DETERMINAÇÃO DO OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD)


A determinação do teor de oxigênio dissolvido é uma das análises mais
importantes no controle de qualidade da água. O conteúdo de oxigênio nas águas
superficiais depende da quantidade e a natureza do material orgânico presente na
água. A quantidade de oxigênio que a água pode conter é pequena, devido à sua baixa
44

solubilidade (9,1 mg/L a 20ºC). Águas de superfícies, relativamente límpidas,


apresentam-se saturadas de oxigênio dissolvido, porém este pode ser rapidamente
consumido pelos esgotos domésticos devido a alta demanda de oxigênio.
A presença de oxigênio na água, especialmente em companhia do dióxido de
carbono (CO2), constitui-se em um significativo fator a ser considerado na prevenção
da corrosão de metais ferrosos tais como: canalizações e caldeiras (RICHESTER;
NETTO, 2002).

11.15.1 Método de winkler modificado- método da azida sódica


Dentre os gases dissolvidos na água, o oxigênio dissolvido é um dos mais
importantes na dinâmica e na caracterização dos ecossistemas aquáticos, sendo
indispensável à quase totalidade das funções vitais, encontrando-se em concentrações
variáveis, dependendo da temperatura, pressão parcial e da composição química das
águas. Portanto, um parâmetro de extrema relevância na caracterização da qualidade
da água.Assim, baixas concentrações de oxigênio dissolvido podem indicar poluição ou
degradação da matéria orgânica. (RICHESTER; NETTO, 2002).

11.15.2 Principio do método


A fixação do oxigênio dissolvido ocorre ao adicionar–se à amostra as soluções
de sulfato manganoso e azida sódica em meio alcalino que reagem produzindo um
precipitado na formação de hidróxido de manganês.
Reação química envolvida no procedimento analítico

MnSO4 + 2NaOH → Mn(OH)2 + Na2SO4

O precipitado mangânico formado no primeiro instante é disperso


uniformemente na amostra pela agitação do frasco e o oxigênio dissolvido oxida
rapidamente uma quantidade equivalente ao hidróxido de manganês, formando um
precipitado marrom.

2Mn(OH)2 + O2 → 2MnO(OH)2

Quando o hidróxido mangânico é acidificado usando ácido sulfúrico ou ácido


fosfórico concentrado, a agitação é muito importante para que o precipitado se
45

dissolva, formando sulfato mangânico.

MnO(OH)2 + 2H2SO4 → Mn(SO4)2 + 3H2O

Após a adição do ácido concentrado, o precipitado é dissolvido liberando o


oxigênio dissolvido que por sua vez oxida os íons iodeto, convertendo – os em iodo o,
sendo sua intensidade proporcional à concentração de oxigênio dissolvido presente na
amostra, conforme a equação abaixo :

Mn (SO4)2 + KI → MnSO4 + KSO4 + I2

A etapa final da análise é realizada pela titulação do iodo liberado com uma
solução padrão de tiossulfato de sódio de normalidade conhecida, usando–se como
indicador uma suspensão coloidal de amido

2Na2S2O3 + I2 → Na2S4O6 + 2NaI


O ponto fina da titulação e indicado pela mudança de coloração de azul intenso
para incolor.

11.15.3 Procedimento analítico


Realizou-se a coleta das amostras diretamente nos frascos de OD, devidamente
esterilizados, evitando turbulência e formação de bolhas no momento da coleta.
Adicionou-se as soluções de MnSO 4 e de azida sódica em cada amostra; tampou-se e
agitou-se várias vezes para formação do preciptado Mn(OH) 2, que captura o oxigênio
dissolvido.
Transferiu-se os recipientes contendo as amostras para um recipiente
térmico(isopor) com gelo, com a finalidade de evitar instabilidade das amostras,
durante o transporte.
No laboratório, adicionou-se H3PO4 nas amostras e agitou-se para dissolução do
precipitado formado. Transferiu-se volumes conhecidos das amostras para Erlenmeyer,
adicionou-se a suspensão colidal de amido e titulou-se com Na 2S2O3 , até a coloração
mudar de azul intenso para incolor, indicando o ponto final da titulação.
Equação utilizada para cálculo de OD:
46

V  mL  tit x N x f c x EgO2 x 1000


p. p.m de O2 
V (mL)am

onde,

V(mL) tit = volume da solução de Na2S2O3 gasto na titulação


N = normalidade
fc = fator de correção
Eg = equivalente-grama
V(mL) = volume da amostra

11.16 DETERMINAÇÃO DO OXIGÊNIO CONSUMIDO (MÉTODO DO


PERMANGANATO DE POTÁSSIO)
A quantificação de oxigênio consumido é útil para definir alterações da qualidade
da água a ser tratada e indicar a efetividade do processo do tratamento, além de
indicar microorganismos nas mesmas. Uma vez que, a maioria dos compostos
orgânicos e podem ser oxidados biológica ou quimicamente, resultando compostos
finais mais estáveis como o CO2, NO3 e H2.
Dessa forma, a matéria orgânica consome oxigênio, denominada demanda, que
pode ser :demanda química do oxigênio que permite a avaliação da carga de poluição
de esgotos domésticos ou industriais em termos de quantidade de oxigênio necessária
para sua total oxidação em dióxido de carbono e água (Richester,1999)

11.16.2 Princípio do método


Este método se baseia na reação de permanganato com a matéria orgânica de
potássio em meio ácido.O permanganato de potássio consumido e uma medida da
matéria orgânica especialmente matéria carbonácea, que e consumida quimicamente
na reação de digestão da amostra de água em um banho - maria

11.16.2 Procedimento analítico


A determinação de oxigênio consumido foi realizada em duas etapas: a quente e
47

a frio.

 Processo a quente
Foram transferidos alíquotas de 100mL de cada amostra para Erlenmeyer de
250mL.Realizou-se a adição de 10mL de ácido sulfúrico 1:3 e 10mL de permanganato
de potássio 0,0125N.
Ao mesmo tempo foi preparada uma prova em branco, utilizando 100mL de
água destilada recém fervida, mantendo os mesmos procedimentos.
Os Erlenmeyer com as amostras e o branco foram colocados em banho maria a
60ºC durante 30 minutos. Após este tempo adicionou –se 10 mL de oxalato de sódio
0,0125N.
Em seguida foi feita a titulação à quente da prova em branco e das soluções
amostras até ocorrer um mudança de coloração de incolor para róseo–claro indicando
ponto final da titulação de cada um com a solução de KMnO 4 0,0125N até o
aparecimento de uma coloração róseo-claro.

 Processo a frio
Foram transferidos alíquotas de 100mL de cada amostra para Erlenmeyer de
250mL cada. Realizou-se a adição de 10mL de ácido sulfúrico 1:3.Também foi
executada uma prova em branco, utilizando 100mL de água destilada recém fervida,
mantendo os mesmos procedimentos.Em seguida foi feita a titulação de cada um com
a solução de KMnO4 0,0125N até o aparecimento de uma coloração róseo-claro.
Este método é recomendado para ser usado na análise de amostras que
apresentam baixo conteúdo da matéria orgânica.
O teor de matéria orgânica em função do oxigênio dissolvido se dá pela seguinte
equação:

 Vtit  Vpb  quente  Vtit  Vpb  frio x N x f x Eg .O2 x 10


3

p. p.m de OD 
V (mL)am

onde,
Vtit. = volume da solução de KMnO4 gasto na titulação da amostra (mL).
48

Vpb. = volume da solução de KMnO4 gasto na titulação da prova em branco (mL)

N = normalidade da solução
fc = fator de correção
Eg. = equivalente grama

Vam.= volume da amostra


49

12 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os valores médios obtidos nos parâmetros analisados estão mostrados nas


tabelas 03 e 04 abaixo:

Tabela 04: Resultados obtidos na sede do município de Santa Bárbara


PARÂMETROS AM 01 AM 02 AM 03 AM 04

Temperaturas (°C) 25 26 25 25
RMF (mg/L) 0,008 0,009 0,001 0,006
pH 4,1 4,9 3,9 4,8
Condutividade (µS/cm) 279 129 102 127
Salinidade( 0/00 ) ND ND ND ND
STD (ppm) 94 54 43 53
Ferro (ppm) 0,09 0,03 0,08 0,14
Fósforo (ppm) 0,18 0,14 0,14 1,59
Oxigênio Dissolvido (mg/L) 3,1 12,4 10,85 9,29
Cloretos (mg/L) 17,93 10,76 7,17 13,15
Cloro Residual (mg/L) ND ND ND ND
Alcalinidade (mg CaCO3/L) 13,37 13,37 8,2 13,37
Acidez (mg CaCO3/L) 46,52 28,13 33,18 36,06
Matéria Orgânica (mg/L) 0,49 0,59 0,39 0,39
Manganês (mg/L) ND ND ND ND
Dureza Total (mg CaCO3/L) 73,15 62,71 56,43 76,3
Dureza Cálcica(mg CaCO3/L) 15,67 3,13 6,27 3,13
Dureza Magnesiana (mg CaCO3/L) 57,48 59,57 50,16 73,15
Coliformes Totais (nº org/100 mL) ND 290 1100 460
Coliformes Fecais (nº org/100 mL) ND 120 460 150
*ND =não detectado
Fonte: Elaborada pelas autoras.
50

Tabela 05: Resultados obtidos no Distrito de Pau D’arco


PARÂMETROS AM 05 AM 06 AM 07 AM 08
Temperaturas (°C) 26 29 30 25
RMF (mg/L) 0,19 0,12 0,02 0,14
pH 3,9 3,7 3,8 3,9
Condutividade (µ/cm) 77 79 80 78
Salinidade 0/00 ND ND ND ND
STD (ppm) 32 33 33 33
Ferro (ppm) 0,14 0,35 0,36 0,04
Fósforo (ppm) 0,22 0,18 2,1 0,22
Oxigênio Dissolvido (mg/L) 4,65 7,75 10,85 10,85
Cloretos (mg/L) 1,2 4,78 ND ND
Cloro Residual (mg/L) ND ND ND ND
Alcalinidade (mg CaCO3/L) 10,63 10,33 10,64 7,3
Acidez (mg CaCO3/L) 16,59 23,44 15,5 24,52
Matéria Orgânica (mg/L) 0,59 0,79 0,79 0,68
Manganês (mg/L) ND ND ND ND
Dureza Total (mg CaCO3/L) 66,88 59,57 65 37,62
Dureza Cálcica(mg CaCO3/L) 3,13 4,8 2,09 3,13
Dureza Magnesiana (mg CaCO3/L) 63,75 54,76 62,91 34,48
Coliformes Totais (nº org/100 mL) 210 200 205 1200
Coliformes Fecais (nº org/100 mL) 120 130 460 150
*ND =não detectado
Fonte: Elaborada pelas autoras.

Os parâmetros: temperatura, resíduo mineral fixo, condutividade, salinidade,


dureza, alcalinidade, manganês,cloretos e oxigênio dissolvido estão de acordo com os
padrões estabelecidos pelo CONAMA e a Portaria n°518 do Ministério da Saúde.
As amostras 06 e 07(Pau D’arco) apresentam um valor de ferro acima do
estabelecido, o ferro é objetável num abastecimento público de água porque mancha
as peças de louça sanitária, roupa e tecidos de lavagem, pode causar gostos e odores
desagradáveis, sua presença nas águas normalmente não tem significação sanitária.
Todas as amostras apresentaram valores de pH, menor do que o mínimo
estabelecido para águas potáveis. O que pode ter ocorrido pela variação que ocorre
no encontro das águas subterrâneas e superficiais na caixa d’água do município sede.
Indicando que as mesmas não estão adequadas para consumo humano.
Todas as amostras apresentaram valores de fósforo superiores ao
recomendado pelo CONAMA. Os altos valores encontrados de fósforos indicam
prováveis contaminações do lençol freático por descargas de esgotos sanitários.
51

Todas as amostras apresentaram quantidade de matéria orgânica variada , que


deve estar ausente, indicando uma contaminação de natureza orgânica que pode ser
de origem de material orgânico em decomposição,esgotos sanitários, etc.
As pesquisas de coliformes realizadas nas amostras, com exceção da amostra
01(município sede), acusaram a presença de coliformes totais e fecais; indicando
presença de dejetos humanos e de animais ou contaminação do lençol freático. Esta
contaminação pode ter ocorrido por fossas próximas aos pontos de captação das
águas utilizadas no abastecimento das localidades pesquisadas durante o trajeto das
mesmas pelas tubulações às residências.
Estes valores já eram esperados em virtude de as águas das amostras
analisadas não apresentarem nenhum tipo de tratamento prévio, como cloração,
confirmando-se através das análises devido ausência de cloro nas amostras.
52

13 CONCLUSÃO

Com relação a água de poços artesianos dos locais em estudo,os resultados


,quando comparados com a resolução n°20 do CONAMA, mostraram que as águas dos
pontos (01,02,03,04,05,06,07e 08), quantos aos parâmetros: temperatura, resíduo
mineral fixo, condutividade, salinidade, dureza, alcalinidade, manganês,cloretos e
oxigênio dissolvido estão de acordo com a resolução, porém quanto a matéria
orgânica, todos os poços estão fora dos padrões, pois a água própria para consumo
deve estar isenta de matéria orgânica.
Com relação a pesquisa de coliformes, confirmadas a presença dos mesmos
nas amostras (02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08),
Quanto ao pH, todas as amostras apresentaram resultados insatisfatórios.
Recomenda-se a correção dos dois parâmetros acima , com a utilização do processo
cal-soda e adição posterior de hipoclorito de sódio a fim de torná-las potáveis.
Os demais parâmetros avaliados estão de acordo com os padrões de
potabilidade estabelecidos pelo conselho nacional de meio ambiente (CONAMA).
As águas das amostras analisadas, de modo geral, estão inadequadas para
consumo humano, isto é, não podem ser classificadas como águas potáveis, haja vista,
que as oito apresentaram um ou mais parâmetros que não obedecem aos padrões
estabelecidos pelo órgão responsável. Assim sendo, o consumo das mesmas é um
fator de risco para a saúde .
Para a eliminação da contaminação, torna –se necessário um tratamento físico –
químico dos parâmetros que apresentaram valores que não estão de acordo com os
parâmetros oficiais estabelecidos e assim tornado a água adequada para o consumo
humano

.
53

REFERÊNCIAS

ÁGUAS NATURAIS. Disponível em <http://www.ana.gov.br)> acesso em: 12/11/2008

AZEVEDO NETTO, J.M.; RICHTER, Carlos A Tratamento de águas de


abastecimento. São Paulo: Ed. Edgar Blucher LTDA, 2002.

BABBITT, H. E.; DOLAND J. J.; CLEASBY, J. L. Abastecimento de Água. São Paulo:


Ed. Edgard Blücher, 1988.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 518, de 25 de Março de 2004. Disponível


em: http://www.dtr2001.saúde.gov.Br/svs/amb/pdfs/portaria_518.pdf. Acesso em
10/11/2008.

CETESB – COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL –


Controle da Qualidade da água para Consumo Humano, Bases Conceituais e
Operacionais - São Paulo, 1977.

______. Guia Técnico de Coleta de Amostras. [s/d].

CONAMA. Manual de Laboratório para Controle de Qualidade de Água. Resolução


N° 20, de Junho de 1986.

LARENTI ARIANE, Pohland. Qualidade das Águas de Abastecimentos e


Características Químicas dos Esgotos. São Paulo: Ed. Engenharia, 1965.

LUTTENBARCK, B. H.; COSTA, T. C. Água, Saúde e Desinfecção. São Paulo:


CETESB, 1994.

OHLWEILER, O. A. Química Analítica Quantitativa. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e


Científicos; Brasília INL 1974 (Vol 2 e 3).

POHLAND, F. G.; BLOODGOOD, D. E. Laboratory Studies on Meso- philic and


Thermophilic Anaerobic Sludge. Pollution Control Federation, 3, 11, 1963.

SKOOG, D. A; WEST, D. N Fundamentos de Química Analítica. Rio de Janeiro: Ed


Reverte S. A, 1981.

STANDARD. Methods. Disponível em: apha.awwa.wpcf Acesso em 11/11/2008.

TRINDADE, J. Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. Belém: UFPA, 2006.


54

ANEXOS
55

ANEXO I:
PARÂMETROS DA QUALIDADE DA ÁGUA POTÁVEL, BASEADOS EM DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E
CONAMA, DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E SUPERFICIAIS PARA
CONSUMO HUMANO.

PARÂMETROS
FÍSICOS
Unidades Abastecimento Público Fontes Poços
pH - 5–9 4–9 5 – 10
Resíduo Mineral Fixo mg/L 500 500 500
FÍSICO-QUÍMICOS
Unidades Abastecimento Público Fontes Poços
Condutividade µS/cm 50 – 1500 50 – 1500
0
Salinidade /00 640 640 640
Sólidos dissolvidos mg/L 1000 1000 1000
QUÍMICOS
Unidades Abastecimento Público Fontes Poços
Acidez de Carbonatos mg/L - -
Alcalin. de Carbonatos mg/L - 120 120
Cloretos (Cl-) mg/L 250 100 250
Cloro Residual (Cl2) ppm 0,3 -
Dureza total mg/L 300 100 – 200
Ferro ppm 0,3 0,3 0,3
Fósforo ppm 0,025 0,025 0,025
Manganês mg/L 0,05 0,05 0,05
Oxigênio Dissolvido mg/L 500 500 500
Sódio ppm 20 20 20
Potássio ppm Não Desejável Não Desejável Não Desejável
MICROBIOLÓGICOS
Unidades Abastecimento Público Fontes Poços
Coliformes Totais Org/100mL Ausentes Ausentes Ausentes
Diversas Diversas
Coliformes Fecais Org/100mL Diversas combinações
combinações combinações
Fonte:Ministério da saúde e conama

ANEXO II: IMAGENS DA PESQUISA


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Figura 3: Determinação de Fósforo realizada no Laboratório


de Química Ensino – UFPA.
Foto: Hellen Carvalho

Figura 4: Caixa d’agua situada na Área Central do município de Santa Bárbara.


Foto:Hellen Carvalho
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Figura 5: Caixa d’agua situada na Área Central do município Pau D’arco.


Foto:Hellen Carvalho

Figura 6: Caixa d’água situada em Pau D’arco - Distrito do município.


Foto:Hellen Carvalho

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