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Pós-Graduação On-Line

Tema: Ação: conceito, natureza,


elementos e condições - IV

Profa. Stella Economides Maciel


ELEMENTOS IDENTIFICADORES DA AÇÃO

1. Partes: o conceito de parte é eminentemente processual e


não se confunde com ideia de “legitimado”. Tanto assim, que
nos casos de substituição processual a parte não será a mesma
que titulariza o direito.
Cuida-se de noção estritamente processual. Partes são o autor
e o réu.
Continuação
2. Causa de pedir
2.1. Teoria da substanciação da causa de pedir. A causa
de pedir é o conjunto de fatos e os efeitos jurídicos
atribuídos pelo autor em sua petição inicial. Compreende,
pois, fatos e fundamentos do pedido.
Pela teoria da substanciação, o juiz fica vinculado aos
fatos narrados pela parte, mas não necessariamente
precisa se ater aos fundamentos por ela aduzidos.
Por outras palavras, é perfeitamente possível que o
magistrado dê aos fatos qualificação jurídica diversa
daquela atribuída pela parte.
continuação
3. Pedido
3.1. Pedido certo e determinado
Como regra, o pedido deve ser certo e determinado,
somente se autorizando a formulação de pedido genérico
em casos específicos, previstos no art. 324, § 1º. Fora
daquelas hipóteses, a parte deve especificar qual o bem
da vida perseguido e em qual quantidade.
Continuação
Razões de economia processual autorizam a que a
parte cumule pedidos.
Há vários tipos de cumulação. São elas:
3.2.1. Cumulação própria: simples ou sucessiva
A cumulação simples não apresenta peculiaridades. Na
sucessiva, por seu turno, o acolhimento de um pedido
pressupõe, necessariamente, o acolhimento do
anterior. Ex: Se a parte cumula pedido de
reconhecimento de partenidade com a fixação de
pensão alimentícia, o segundo pedido depende,
primeiro, do acolhimento do primeiro (reconhecimento
da paternidade).
Continuação
3.2.2. Cumulação imprópria: subsidiária ou alternativa.
Na cumulação subsidiária (art. 326) existe relação de
prejudicialidade entre os pedidos. É dizer: o juiz
somente apreciará o pedido subsidiário, no caso de
rejeição do principal.
Por outro lado, na cumulação alternativa, o autor
pretende um bem da vida ou outro, sem manifestar
qualquer preferência. Em geral, a escolha cabe ao
requerido.

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