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PROPRIEDADES PERIÓDICAS – O QUE SÃO?

As propriedades periódicas são as características próprias desses elementos que mudam de


acordo com sua posição na tabela periódica, ou seja, com o número atômico. São elas: raio
atômico, raio iônico, eletronegatividade, eletropositividade, afinidade eletrônica.

RAIO ATÔMICO
O raio atômico é a distância do núcleo de um átomo à sua eletrosfera na camada mais externa.
Ele é calculado pela distância média entre os centros dos núcleos de dois átomos de mesmo
elemento numa ligação química em estado sólido, como nesta imagem:

O raio atômico cresce de cima para baixo na família da tabela periódica, acompanhando o
número de camadas dos átomos de cada elemento e da direita para a esquerda nos períodos
da tabela periódica.

Quanto maior o número atômico de um elemento no período, maiores são as forças exercidas
entre o núcleo e a eletrosfera, o que resulta num menor raio atômico. O elemento de maior
raio atômico é o Césio.

RAIO IÔNICO
Denomina-se raio iônico o tamanho de um íon. O estudo dessa propriedade é dependente do
conhecimento sobre raio atômico íons.

Íons: átomos que perdem (cátions) ou ganham elétrons (ânions).

No caso de um Cátion:
O número de elétrons nas eletrosferas passa a ser menor que o número de prótons no interior
do núcleo, o que torna a força de atração do núcleo maior, atraindo mais para perto de si os
elétrons das eletrosferas. O resultado é uma diminuição do raio do átomo. Assim, o raio de um
cátion será sempre menor do que o raio do seu átomo neutro.

Raio do átomo neutro > Raio do cátion

Exemplificando:

1º) Átomo neutro de Sódio (11Na) e o cátion Sódio (11Na+)

Enquanto o átomo neutro de sódio apresenta onze prótons (esferas amarelas) e onze elétrons
(esferas vermelhas), o cátion sódio apresenta onze prótons e dez elétrons.

Modelo de um átomo neutro do Sódio

No caso de um Ânion:
No caso de um ânion:

O número de elétrons nas eletrosferas passa a ser maior do que o número de prótons no
interior do núcleo. Nesse caso, a força de atração exercida pelo núcleo é superada pela força
de repulsão entre os elétrons presentes nas eletrosferas O resultado é um aumento do raio do
átomo. Assim, o raio de um ânion será sempre maior do que o raio do seu átomo neutro.

Raio do ânion > Raio do átomo neutro

Exemplificando:

2º) Átomo neutro de Fósforo (15P) e o cátion Fósforo (15P-3)

Enquanto o átomo neutro de fósforo apresenta quinze prótons (esferas amarelas) e quinze
elétrons (esferas vermelhas), o ânion fósforo apresenta quinze prótons e dezoito elétrons.

Modelo de um ânion do fósforo

ELETRONEGATIVIDADE
A eletronegatividade está relacionada à atratividade dos átomos e moléculas, ou seja, ao
potencial que estes possuem de atrair elétrons.

Na tabela periódica, a eletronegatividade aumenta da esquerda para a direita e de baixo para


cima, ou seja, conforme os períodos aumentam, maior é o número de camadas
da eletrosfera dos elementos e, portanto, maior o seu raio, o que influencia absolutamente na
sua eletronegatividade, já que haverá uma aproximação menor entre os elétrons a serem
compartilhados e o núcleo do átomo, que exerce o ponto de atração.

Portanto, o elemento mais eletronegativo é o flúor, então, atrai para si mais elétrons. A
ordem de polaridade é:

ELETROPOSITIVIDADE
A eletropositividade indica a tendência que o núcleo do átomo de um elemento químico tem
de se afastar de seus elétrons na camada de valência quando forma um composto. É,
portanto, o contrário da eletronegatividade.

A eletropositividade aumenta com o aumento do raio atômico, ou seja, na Tabela Periódica, a


eletropositividade aumenta da direita para a esquerda e de cima para baixo:

Por exemplo, considerando os elementos da família (vertical) 17 ou VII A, temos que o sentido
crescente da eletropositividade deles é: F < Cl < Br < I < At. Considerando todos os elementos
do segundo período (horizontal) da Tabela Periódica, temos que o sentido crescente de sua
eletropositividade é dado por: Ne < F < O < N < C < B < Be < Li.

AFINIDADE ELETRÔNICA OU ELETROAFINIDADE


A eletroafinidade mede o grau de afinidade ou a intensidade da atração do átomo pelo
elétron adicionado.

X(g) + e- → X-(g) + energia


ELETROAFINIDADE NA TABELA PERIÓDICA:

Por exemplo, o flúor (F) e o bromo (Br), que pertencem à família 17 ou VII A. O flúor é do 2º
período, tendo a eletroafinidade igual a 328 kJ, enquanto que o bromo que é do 3º período, ou
seja, abaixo do flúor, e possui a afinidade eletrônica igual a 325 kJ.

Isso nos ajuda a estabelecer também outra relação: Quanto menor raio atômico, maior será a
afinidade eletrônica. Portanto, os elementos que possuem maiores eletroafinidades são
os halogênios(elementos da família 17 ou VIIA) e o oxigênio.

Existem também as propriedades aperiódicas, ou seja, propriedades em que não há


regularidade nas variações e os valores de uma propriedade só aumentam ou só diminuem
com o aumento do número atômico. Elas são:

ENERGIA DE IONIZAÇÃO
A maior ou menor facilidade com que o átomo de um elemento perde elétrons é importante
para a definição de seu comportamento. Um átomo (ou íon) em fase gasosa perde elétron(s)
quando recebe energia suficiente. Essa energia é chamada energia (ou potencial) de
ionização.

X(g) → X+(g) + 1 elétron


A primeira energia de ionização (EI1) é aquela necessária para remover o primeiro elétron de
um átomo isolado em seu estado gasoso. A segunda, terceira, quarta, etc. energias de
ionização são aquelas necessárias para remover o segundo, terceiro, quarto, etc. elétrons,
respectivamente. A remoção em sequência de elétrons implica no aumento gradual das cargas
positivas, e cada vez mais energia é necessária para remoção do “próximo elétron”.

A sucessiva remoção de elétrons diminui o tamanho dos íons e consequentemente aumenta a


energia de ionização.

VOLUME ATÔMICO E DENSIDADE


O volume atômico está relacionado ao espaço em que um determinado número de átomos
de um elemento ocupa, em três dimensões. Nos grupos, a sua variação é semelhante à do raio
atômico. Nos períodos, a variação não é constante, pois, do centro da tabela em direção aos
gases nobres, aumenta o espaçamento entre os átomos.

A densidade (d) de qualquer substância é a relação existente entre sua massa (m) e o volume
(V) por ela ocupado, ou seja:

d = m/v

Se o volume atômico aumenta e a massa continua a mesma, a densidade diminui. Nos grupos,
apesar do aumento do volume, as massas comumente aumentam em maior proporção e por

isso a densidade também costuma aumentar.

TEMPERATURAS DE FUSÃO E EBULIÇÃO


A temperatura de fusão é definida como a temperatura em que determinado material passa
do estado sólido ao líquido. A temperatura de ebulição, por sua vez, corresponde à máxima
temperatura em que um material pode existir na fase líquida sob determinada pressão.

Na tabela periódica, tanto nos grupos como nos períodos, a tendência de variação segue o

esquema abaixo: O tungstênio, elemento em destaque, é o


metal de maior temperatura de fusão (3 422 graus Celsius), o que explica o seu uso no filamento de lâmpadas
incandescentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ser Protagonista: Química, 1º ano : ensino médio/obra coletiva concebida, desenvolvida e
produzida por Edições SM; editor responsável Murilo Tissoni Antunes. - 2. ed. - São Paulo,
2013, p. 125-127

SOUZA, Líria Alves de. "Propriedades Periódicas"; Brasil Escola. Disponível em


<http://brasilescola.uol.com.br/quimica/propriedades-periodicas.htm>. Acesso em 14 de
agosto de 2017.

“Escala de Pauling”; InfoEscola. Disponível em <http://www.infoescola.com/quimica/escala-


de-pauling/> Acesso em 14 de agosto de 2017.

“Raio iônico”; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/raio-


ionico.htm> Acesso em 14 de agosto de 2017.

“Propriedades periódicas - Química - Leila da Gama – Instantâneo” Disponível em


<https://www.youtube.com/watch?v=mCsYKSkmXzQ> Acessado em 14 de agosto de 2017.

SILVA, André Luis Silva da. “Volume atômico e densidade”; InfoEscola. Disponível em
http://www.infoescola.com/quimica/volume-atomico-e-densidade/ Acesso em 14 de agosto
de 2017.

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