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Poesia
Profa. Ma.: Graciane Cristina M. Celestino
A Lírica Portuguesa e suas relações com a
Lírica Brasileira – 1º momento
Camões e Fernando Pessoa – 2º momento
Idade Média – 3º momento
Data: 13/02/2020
A Lírica Portuguesa -
Características
• A poesia desta época é composta de cantigas,
geralmente com acompanhamento de
instrumentos (alaúde, flauta, viola, gaita etc.).
• Os autores dessas cantigas eram chamados de
trovadores.
• Esses poetas faziam parte da nobreza ou do
clero e, além da letra, criavam a música das
composições que eram executadas nas cortes.
Características
Já nas camadas populares, quem cantava e
executava as canções, mas não as criava,
eram os jograis.
Mais tarde, as cantigas foram copiladas em
Cancioneiros.
Os mais importantes Cancioneiros desta
época são o da Ajuda, o da Biblioteca
Nacional e o da Vaticana.
Características
As cantigas eram cantadas no idioma galego-
português e dividem-se em dois tipos:
→líricas (de amor e de amigo);
→ satíricas (de escárnio e mal-dizer).
Do ponto de vista literário, as cantigas líricas
apresentam maior potencial, pois formam a
base da poesia lírica portuguesa e até
brasileira.
Já as cantigas satíricas, geralmente,
tratavam de personalidades da época, numa
linguagem popular e muitas vezes obscena.
1º momento
EXERCÍCIO COMPARATIVO
CANÇÕES BRASILEIRAS E
CANTIGAS MEDIEVAIS
PORTUGUESAS
Canções
brasileiras
Mina do condomínio
Atrás da porta
Mina do condimínio – Seu Jorge
Tô namorando aquela mina
Mas não sei se ela me namora
Mina maneira do condomínio
Lá do bairro onde eu moro
Tô namorando aquela mina
Mas não sei se ela me namora
Mina maneira do condomínio
Lá do bairro onde eu moro
Seu cabelo me alucina
Sua boca me devora
Sua voz me ilumina
Seu olhar me apavora
Me perdi no seu sorriso
Nem preciso me encontrar
Não me mostre o paraíso
Que se eu for, não vou voltar
Pois eu vou
Mina
Eu vou
do condimínio – Seu Jorge
Eu vou, é
Eu vou
Eu digo oi, ela nem nada
Passa na minha calçada
Dou bom dia, ela nem liga
Se ela chega, eu paro tudo
Se ela passa, eu fico todo
Se vem vindo, eu faço figa
Eu mando um beijo, ela não pega
Pisco olho, ela se nega
Faço pose, ela não vê
Jogo charme, ela ignora
Chego junto, ela sai fora
Eu escrevo, ela não lê
Minha mina, minha amiga
Minha namorada
Atrás da porta – Chico Buarque
Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus, juro que não
acreditei
Eu te estranhei, me debrucei
Sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei, e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teus pelos, teu pijama
Nos teus pés, ao pé da cama
Atrás da porta – Chico Buarque
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
Até provar que ainda sou tua
Cantigas
Medievais
Cantiga de amor
Cantiga de maldizer e
escárnio
Cantiga de amor
Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.
Afonso Fernandes
Cantiga de maldizer e escárnio
Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!…