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Replacement of Corn Silage with Cassava Foliage Silage in the Diet of Lactating Dairy Cows: Milk Composition View project
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ra
Zootecnista D . Daniele Cristina da Silva Kazama (dkazama@cca.ufsc.br)
Professora do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural, da Universidade Federal de
Santa Catarina CCA/UFSC.
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1
que estas diminuam de tamanho e percam a capacidade de absorção parcial de
ácidos graxos e amônia. As papilas ruminais tem a função de absorção dos ácidos e
da amônia, ambos formados no rúmen (Grummer, 1995). Levando-se em conta que
os últimos 21 dias anteriores ao parto são os mais críticos do período seco, alguns
pesquisadores tem sugerido que se divida o período seco das vacas e os dois
últimos meses de gestação das novilhas, em dois grupos: Grupo I as que se
encontram no início do período seco até 22 dias do parto; e Grupo II, as que se
encontram nos últimos 21 dias do parto (CPAQ, 1987). Desta forma, alguns
pesquisadores tem se referido como período de transição o tempo que se estende
desde as três últimas semanas de gestação até as três primeiras semanas de
lactação (Huzzey et al., 2005). Como o nome já diz, este é um período de intensas
mudanças para as vacas leiteiras, no qual estes animais passam de uma fase
improdutiva, no que se refere à produção de leite (período seco) para uma fase
produtiva (lactação), além de passar de uma fase de gestação para uma fase vazia.
Por causa de tais alterações, esse é o período de maior preocupação nutricional e
também de maior manifestação de distúrbios metabólicos e infecciosos.
Para que esta situação seja amenizada é de vital importância a realização de
um manejo nutricional diferenciado que leve em consideração as características
peculiares desta fase, de modo a proporcionar adequado suprimento das exigências
nutricionais e uma lenta adaptação às mudanças para que os problemas de saúde
sejam minimizados e o desempenho da lactação em curso seja maximizado (Santos
& Santos, 1998; Lefebvre et al., 2008; Santos et al., 2010).
Para que este manejo seja eficiente, a adaptação deve ser iniciada ainda no
período seco (cerca de 21 dias antes do parto). No entanto, as vacas secas e
novilhas em final de gestação são, na maioria das vezes, esquecidas pelos
produtores, em função de não estarem produzindo leite e não contribuírem para o
aumento direto do lucro líquido da propriedade e isto pode ter consequências muito
sérias à produção (Santos et al., 2010).
Este texto foi elaborado com o propósito de esclarecer alguns aspectos
peculiares ao período de transição e, principalmente, as estratégias de manejo
nutricional a serem adotadas neste período.
2
2. CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO SECO
O período seco é caracterizado pelo encerramento da lactação e, na maioria
das vezes, pelo fato da vaca encontrar-se no final da gestação. As exigências das
vacas nesse período são mais baixas do que quando elas estão em lactação,
porém, aumenta gradativamente a proximidade do parto.
3
Figura 1. Ingestão de matéria seca predita para vacas e novilhas durante as três
semanas antes do parto
Fonte: Adaptado de Hayirli et al. (2003).
Tabela 1. Consumo de matéria seca estimados após o parto para vaca de 1ª cria
pesando 545 kg e vacas adultas pesando 635 kg
Vacas 1ª Cria Vacas Adultas
Semana de lactação kg/dia % PV kg/dia % PV
1 14 2,6 16 2,5
2 16 2,9 19 3,0
3 17 3,1 21 3,3
4 18 3,3 22 3,5
5 19 3,5 24 3,8
Fonte: Adaptado de Shaver (1993).
4
A duração do BEN pode ser bastante variável e depende de diversos fatores
como o nível de produção de leite e, principalmente, a ingestão de energia
(Grummer et al., 2010), mas de uma forma geral pode apresentar uma duração
máxima de 45 a 50 dias (Grummer & Rastani, 2003; Brixey, 2005).
No entanto, o maior comprometimento para o status energético encontra-se
nas três primeiras semanas de lactação (fase do período de transição) em que
ocorre perda de peso corporal associado à mobilização de reservas adiposas
(Butler, 2007) resultando em aumentos na concentração de ácidos graxos não-
esterificados (AGNE) na circulação sanguínea, que por sua vez, podem ser
acumulados no fígado e provocar problemas metabólicos, diminuindo a posterior
produção leiteira.
É possível o restabelecimento do balanço energético, de forma relativamente
rápida, para a maioria das vacas se estas forem alimentadas com dietas
nutricionalmente adequadas (Grummer et al., 2010), ou seja, dietas que sejam
capazes de fornecer os nutrientes necessários ao animal mesmo diante de um
quadro de limitação no consumo de alimentos.
5
láctico e o desenvolvimento das bactérias que utilizam ácido láctico (Casamiglia,
2001).
Existe uma ligação entre a condição corporal ao parto e o consumo de matéria seca,
produção de leite, reprodução e a saúde (Sniffen & Ferguson, 1991; Fournier, 2010). A
condição corporal ao parto representa os efeitos cumulativos da condição corporal no
momento da secagem, durante o período seco, assim como as mudanças de peso durante este
período (Lefebvre et al., 2008).
Segundo as recomendações, as vacas deveriam ter uma condição corporal de 3,5 numa
escala de 1 a 5 quando da secagem e manter esta condição corporal até o parto (Fournier,
6
2010). Todavia, é possível corrigir uma condição corporal insuficiente promovendo o aporte
moderado de nutrientes para atender um ganho de condição corporal moderado (máximo de
meio ponto de condição corporal) durante o período seco (Disenhaus et al., 1985). Em
nenhum caso, uma perda de peso ou condição corporal durante o período seco é desejável.
Deve-se dar atenção especial às vacas que esperam gêmeos, pois elas têm tendências a perder
condição corporal durante o período seco (Koong et al., 1982), caso as maiores exigências
nutricionais para uma gestação de gêmeos não sejam supridas (Silva-Del-Rio et al., 2010).
Inúmeras pesquisas têm mostrado que vacas supercondicionadas (Escore da Condição
Corporal igual ao acima de 4) consomem menos alimentos no pré-parto e no pós-parto,
apresentando alta incidência de problemas metabólicos (Garnsworthy & Topps, 1982; Sniffen
& Ferguson, 1991; Grummer, 1999; Fournier, 2010). Existe alta correlação entre condição
corporal no pré-parto e consumo de matéria seca nos primeiros 21 dias pós-parto. Na Figura ,
podemos verificar que vacas magras (escore 3) e moderadas (escore entre 3 e 4) mantiveram a
ingestão de alimentos até os dias próximos ao parto, quando comparado às vacas obesas
(escore > 4). Logo, a obesidade pode ter efeito tão nefasto quanto à falta de condição corporal
no momento do parto (Grummer, 2000; Grummer & Hayirli, 2000).
Figura 3. Consumo de matéria seca estimados após o parto para vaca de 1ª cria pesando
545 kg e vacas adultas pesando 635 kg
Fonte: Adaptado de Grummer & Hayirli (2000).
2.3. Parto
O parto é um evento muito importante a ser considerado no manejo nutricional.
Neste momento o animal já deve estar totalmente preparado para passar de uma
fase de baixa IMS, descarga excessiva de hormônios, demanda de nutrientes,
principalmente cálcio para desencadear o parto para, em seguida, iniciar uma
demanda gigantesca de nutrientes para a produção de leite (Butler, 2007).
À exceção de deficiências severas, a nutrição no final da gestação tem pouco
efeito sobre o tamanho ou a composição química do bezerro recém-nascido, mas
pode influenciar sua sobrevivência e seu desempenho. Os bezerros nascidos de
vacas submetidas a déficit energético ou proteico severo apresentam um
metabolismo de base diminuído, menor vigor e, portanto, menos chances de
sobrevivência. Uma diminuição da condição corporal durante o período seco é
associado a uma incidência maior de dificuldades no parto (Lefebvre et al., 2008).
O desencadeamento do parto se dá por um mecanismo hormonal envolvendo
vários hormônios. Primeiro, devido ao seu crescimento, o feto tem uma diminuição
do seu espaço e isso causa um estresse a si mesmo e inicia o parto propriamente
dito. Esse estresse fetal culmina na liberação de esteróides e cortisol, os quais por
sua vez aumentam a prostaglandina, diminuem a progesterona e aumentam os
estrógenos com produção de receptores para a ocitocina. Essa circulação de
hormônios também estimula a liberação de cálcio para atuar nas contrações uterinas
juntamente com a ocitocina, expulsando assim o feto. Por isso, uma dieta pré-parto
adequada é necessária para estimular que o animal mobilize cálcio dos ósseos já
que devido a seu baixo consumo de matéria seca, a quantidade ingerida deste
mineral não será suficiente às suas necessidades (Dishington, 1975).
8
Já que a nutrição pré-parto é essencial para o bom desenrolar desse evento e
para o início da lactação, saber prever a data do parto o mais próximo da data real é
de suma importância. Porém, o período de gestação pode ser influenciado por
alguns fatores encurtando-o ou aumentando-o. Dentre estes fatores citamos: a
ordem de parto, primípara ou multípara; a época do ano, verão ou inverno; o sexo da
cria, macho ou fêmea; a raça do animal; parto simples ou gemelar. É o período de
gestação que vai nos indicar qual será o dia do início do período de transição e isso
pode variar adiantando ou atrasando até 10 dias (King et al., 1985; Azzam &
Nielsen, 1987; Silva et al., 1992; Echternkamp et al., 2007).
Cada raça bovina tem um período de gestação específico, o que pode
influenciar na determinação do início do período de transição. Fêmeas da raça
Jersey têm a gestação mais curta (278 dias) comparada à gestação de fêmea da
raça Holandês (280 dias) e Guernsey (282 dias) (Silva et al., 1992; Norman et al.,
2009).
Quando o sexo da cria é macho, a gestação pode ser prolongada em até dois
dias (King et al., 1985), ou seja, a gestação de uma vaca da raça Holandês que dura
em média 280 dias pode chegar a 282 dias.
A ocorrência de parto duplo pode diminuir e muito o período de gestação de
uma fêmea bovina. Partos gemelares em raças leiteiras, por exemplo, apresentam o
período de gestação até 6,8 dias a menos que partos singulares (apenas uma cria) e
partos triplos têm esse período ainda menor, 12,7 dias a menos que um parto
normal (Echternkamp et al., 2007). Segundo o mesmo autor, isso se deve a maior
distensão do útero provocada pela presença dos fetos, além da maior produção de
corticóides pelos mesmos.
Já em raças de corte, partos gemelares são 4 a 5 dias mais curtos do que
parto simples com cria do sexo fêmea e 5 a 8 dias mais curtos que parto de cria do
sexo macho (Azzam & Nielsen, 1987). Os animais jovens (novilhas de primeira cria)
normalmente apresentam o período de gestação mais curto que vacas multíparas,
independente da raça.
9
2.4 Distúrbios metabólicos no período de transição
Neste período, o manejo nutricional deve ser realizado com o intuito de atender
as exigências nutricionais (
10
Em relação à energia, no período de transição, o NRC (2001) recomenda uma
concentração média entre 1,54 e 1,62 Mcal de ELL/kg da dieta, para novilhas e de
1,23 a 1,62 Mcal de ELL/kg da dieta para as vacas. A Figura apresenta a estimativa
da densidade energética de rações para vacas e novilhas nas três últimas semanas
de gestação e permite observar que, para novilhas, a dieta precisa ter maior
densidade energética como consequência direta das exigências para crescimento
corporal.
11
Parto
13
Tabela 5. Concentração (% da MS) de fibra em detergente neutro (FDN) e
carboidratos não fibrosos (CNF) nos alimentos
Alimento FDN CNF1
Silagem de Sorgo 57,49 24,63
Silagem de Milho 55,70 33,89
Feno de Aveia 67,74 11,50
Feno de Alfafa 46,78 15,78
Milho Moído 14,91 69,09
Sorgo 14,91 24,14
Casca do Grão de Soja 67,39 11,68
Farelo de Trigo 43,96 31,11
Farelo de Soja 15,48 28,94
Caroço de Algodão 46,9 8,49
1
CNF (%) = 100 – (%FDN + %PB + %EE + % Cinzas).
Fonte: CQBAL (2011).
A fase mais crítica na vida da vaca leiteira situa-se nos primeiros 21 dias de
lactação, principalmente, para vacas de alta produção, pois a quantidade de
nutrientes desviados para a glândula mamária é grande. É nesse momento que se
faz necessária a adaptação pré-parto do animal e a correta formulação da dieta para
amenizar os prejuízos.
A perda de peso vivo, traduzida na forma de pontuação da condição corporal
da vaca leiteira, não deve exceder a 1,25 pontos, entre o parto e 30 dias de
lactação. A perda de ECC no pós-parto é diretamente relacionada com o sucesso no
retorno a taxa de ovulação nesse período, ao tempo que se leva para observar o
primeiro cio e a taxa de sucesso na concepção (Tabela 6). Portanto, a pontuação
mínima de 2,25 a 2,5 pontos, nesta fase, é a chave mestra para a manutenção da
atividade ovariana e de altos níveis de produção de leite (Santos et al., 2010).
14
Tabela 6. Variação do escore corporal na vaca leiteira no início da lactação e os
reflexos sobre os parâmetros reprodutivos
Pontos Perda de ECC
<0,5 0,5 a 1,0 >1,0
No. Vacas 17 64 12
Dias para a 1ª. 27±2 31±2 42±5
Ovulação
Total de dias para 48±6 41±3 62±7
a observação do
1º. Cio
Dias para o 1º. 68±4 67±2 79±5
Serviço
Taxa de 65 53 17
concepção no 1º.
serviço
Fonte: Guthrie (1999), citado por Santos et al. (2010).
15
Tabela 7. Variação do peso vivo na vaca leiteira no início da lactação em função de
sua produção máxima
Produção de leite no pico Perda de peso vivo
(kg/dia) (kg)
20 15
25 12-20
30 35
35 50
40 70
Fonte: INRA (1978).
16
Tabela 8. Especificações de dieta total misturada (DTM) para um programa de
alimentação de vacas em início de lactação
Composição (% da MS da dieta total)
PB* (%) (valores médios) 14,5-18,0
PNDRa (% da PB) 35 – 40
FDA (%) mínima 17 - 21b
FDN (%) mínima 28 - 31b
FDN forragemb (%) mínimo 18 – 23
CNFc (%) 35 – 42
Nível mínimo forragem (%) 40 – 45
Fibra longa (%) 7–9
E.L.lact.d (Mcal/kg de MS) 1,64 - 1,80
Extrato etéreo (%) 5–7
Ca (%) 0,90 - 1,1
P (%) 0,48 - 0,55
Clorof (%) 0,25 - 0,30
Enxôfref (%) 0,20 - 0,24
Mgf (%) 0,32 - 0,40
Kg (%) 1,2 - 1,4
Nag (%) 0,20 - 0,30
Sal (NaCl) (%) 0,25 - 0,50
Cobre (ppm) 20 – 25
Selênio (ppm) 0,3
Zinco (ppm) 80
* Ver Tabelas 3 – Níveis de PB exigidos pelas vacas em lactação em função da produção.
a
PNDR = Proteínas não degradáveis no rúmen
b
Dieta contendo no mínimo de 21% de FDN da forragem pode ter menos que 17 a 19% de FDA e 28% de FDN.
c
Obtido através da fórmula 100 - (%PB + % Lipídeos + % FDN + % cinzas) = % CNF (Carboidrato Não Fibroso).
d
Exigências dos níveis de energia dependendo da variação do escore da condição corporal.
e
Níveis de Extrato Etéreoexcedendo 6% poderia ser suprido por uma fonte de lipídeo inerte no rúmen. Níveis de Extrato
Etéreosuperiores 5 a 6% não são recomendados durante os primeiros 35 a 45 dias de lactação.
f
Vacas no pré-parto (-21 dias até o parto) alimentadas com sais aniônicos podem ter cloro, enxofre e magnésio em níveis
acima de 1,0; 0,45 e 0,4%, respectivamente. Este grupo de animais recebendo sais aniônicos necessita receber um mínimo de
1,3% de cálcio.
g
Aumentar potássio para 1,3 a 1,5% e sódio para 0,30 a 0,50% sob condições estresse térmico.
Adaptado de Barmore (1995).
17
mobilizados (energia e proteína) devem ser descontados das exigências nutricionais
para o planejamento da alimentação a ser fornecida.
19
feno, silagem, minerais, tamponantes e vitaminas, são cuidadosamente misturados,
o que assegura um fornecimento mais constante de elementos nutritivos às
bactérias do rúmen, além de evitar flutuações indesejáveis do pH ruminal.
Para as vacas de alta produção, nos primeiros 70 dias de lactação, pode-se
fornecer até 65% de matéria seca da dieta total a ingerir em 24 horas, em ração
concentrada, desde que a forragem não seja unicamente silagem de milho. Nestes
casos, limitar o fornecimento de concentrado a 55% do total da dieta. Na sequência
da lactação e em função do nível de produção, a proporção forragem + concentrado
deverá ser alterada.
O fornecimento de ração concentrada, iniciado no período de transição -21 dias
do parto, deverá ser aumentado ainda mais, no pós-parto, de forma gradativa até 10
dias de lactação, como mencionado no item pré-parto. O desafio do fornecimento de
concentrado permite obter um pico de lactação maior, pois é nesta fase que a vaca
pode responder melhor a suplementação concentrada.
Para as vacas confinadas, considerar sempre que cochos que permanecem
vazios por mais de 4h num dia reduzem o consumo, por isso a importância de
fracionar a alimentação várias vezes ao dia. É recomendável fornecer forragens
acima (em torno de 10%) do que as vacas podem comer.
Lembrar-se que a produção de leite no pico de lactação pode estar reduzida de
5 a 10 kg, em função de problemas da transição. O aumento de 1 kg de leite no pico
da lactação representará 200 kg ou mais de leite em toda a lactação.
No mínimo uma vez por mês, ou melhor, quinzenalmente deverá ser feito o
ajuste entre a produção de leite e a quantidade de ração concentrada, levando-se
em conta também, a condição corporal do animal e a fase de lactação da vaca.
Aqueles animais que se apresentarem na fase I (inicial) da lactação, com
condição corporal abaixo da pontuação 2,5 deverão receber uma quantidade maior
em concentrado até que alcancem uma pontuação ideal (3,0 pontos).
As vacas que produzem acima de 25 litros diários, para cada 5 litros
produzidos acima de 25, receberão 1 kg de farelo de soja (44% PB) ou outro similar,
apenas durante os primeiros 30 dias de lactação.
Ainda para compensar o déficit energético do início de lactação, deve-se
fornecer 2 a 3 kg de caroço de algodão por vaca/dia ou 2 a 3 kg/vaca/dia de grãos
de soja crua ou tostada ou ainda 1,5 a 2,0 kg/vaca/dia de grãos de canola, durante
os primeiros 30 a 45 dias de lactação. Quantidades maiores destes alimentos podem
20
provocar uma diminuição da % gordura do leite e da produção de leite. Outro fator a
ser considerado é o cuidado na compra e no armazenamento do caroço de algodão
para evitar o desenvolvimento de fungos e, consequentemente, a produção de
aflatoxinas.
A administração de minerais deverá ser realizada juntamente com a ração
concentrada e complementado em cochos cobertos localizados em lugares
estratégicos, assegurando um nível satisfatório dos mesmos, bem como de
vitaminas (premix) durante este período de subalimentação.
Assegurar um nível mínimo de ingestão de fibra, sendo recomendado por volta
de 17 a 21% de FDA como mínimo (abaixo provoca diminuição da taxa de gordura
do leite e aumenta o risco de acidose ruminal), o que corresponde a 16% de fibra
bruta (FB). Um nível máximo de 65% de concentrado, com base na matéria seca da
ração total (forragem + concentrado) respeitará este nível.
Nesta fase é recomendado a administração de gramíneas de boa qualidade
(Aveia, Tifton 85, Coast-cross, Rhodes, Estrela africana) ou de leguminosas (Alfafa,
Arachis, Soja perene) as quais são excelentes fontes de ß-caroteno, tido como
essencial para o bom funcionamento do aparelho reprodutivo, especialmente o
ovário.
O fornecimento de água em quantidade e qualidade jamais deve ser
negligenciado. Assim, água deve ficar próxima do local de alimentação, ser limpa e o
bebedouro de fácil higienização.
Observando-se as sugestões acima, será evitada uma excessiva perda de
escore corporal, possibilitando o início do condicionamento físico para a lactação
seguinte.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
21
as demais vacas que têm o frágil equilíbrio rompido sofrem vários problemas nesta
fase.
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Como citar este artigo: DOS SANTOS, G.T.; LIMA, L.S.; DA SILVA-KAZAMA, D.C.;
SANTOS, F.S.; DAMASCENO, J.C. Manejo nutricional e alimentar de vacas e
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