Você está na página 1de 13

Física e Química A

Resolução dos exames nacionais


Exame nacional 2014 – 1ª Fase – Versão 1

Grupo I

1.
A frase “O simples movimento da barra magnetizada dá origem à corrente elétrica.”, que podemos ler no texto
do enunciado, fornece-nos a resposta correta.

Assim:

(A)
F.

(B)
F.

(C)
F.

(D)
V.

2.
De acordo com a Lei de Faraday é a variação temporal do fluxo magnético que induz uma força eletromotriz
no condutor da bobina. Se a barra magnetizada estiver parada, a variação do fluxo magnético será nula e,
como tal, a agulha do galvanómetro estará no zero.

(A)
F.

(B)
F.

(C)
F.

(D)
V.

3.
A força eletromotriz induzida numa bobina depende diretamente do número de espiras e da variação temporal
do fluxo magnético.

Temos, pois, que:

(A)
F.

(B)
F.
(C)
V.

(D)
F.

4.
Volt.

Grupo II

1.
Para que a temperatura de um sistema aumente é necessário que lhe seja fornecida energia sob a forma de
calor, q:

q = m c ΔT

Neste caso:

q = 0,7 × 2 × 897  q = (1,4 × 897) J

(A)
F.

(B)
V.

(C)
F.

(D)
F.

2.
A potência da radiação emitida por uma dada superfície é dada pela Lei de Stefan-Boltzmann, que pode ser
encontrada no formulário:

P = e A T
4

Podemos comparar a potência emitida nas duas situações:

e A
=
e A

Como, de acordo com o enunciado, a emissividade se mantém constante e, obviamente, a área do corpo
também não varia, podemos escrever:

= =

Assim:
(A)
F.

(B)
V.

(C)
F.

(D)
F.

3.
5
Na tabela do enunciado consta a informação de que a variação da entalpia de fusão do alumínio é 4,0×10
J/Kg. Atendendo à massa da barra, podemos calcular a energia total que é necessário transferir, de forma a
que ocorra fusão completa:

5 5
E = 4,0×10 × 0,7  E = 2,8×10 J

A energia fornecida por unidade temporal, isto é, a potência, é fornecida no enunciado, mas é fundamental
converter para unidades S.I.:

P = 1,1 kW = 1100 W

Podemos agora calcular o tempo de fusão:

= Δt = Δt = s
Δt

Grupo III

1.
O valor mais provável para a altura máxima atingida pela bola, após o primeiro ressalto, corresponde à média
aritmética dos valores tabelados:

̅= ̅=

Calculemos os módulos dos desvios em relação ao valor mais provável:

=| – |=

=| – |=

A incerteza absoluta a, corresponde ao maior dos desvios:

a = 0,01

A incerteza relativa corresponde à percentagem de incerteza, relativamente ao valor mais provável:

a
r = r = r =
̅
O resultado final da medição deve vir expresso da seguinte forma:

h = 0,53 m ± 2%

2.
2.1.
Vamos começar por apresentar a tabela pedida:

hqueda (m) hapós (m)


1,20 0,82
0,82 0,56
0,56 0,38
0,38 0,27

Agora, podemos modificar a expressão que nos dá o coeficiente de restituição, de modo a que possa
corresponder à equação reduzida de uma reta:

ap s
e= √ ap s = e queda
queda

Verificamos, portanto, que o declive da reta que melhor se ajusta aos valores de um gráfico h queda = f(hapós)
pode ser:

2
m = e  e = √m

Vamos obter a equação dessa reta utilizando a calculadora gráfica.

Mais uma vez, descrevemos o procedimento a adotar para os dois modelos de máquina gráfica mais
utilizados:

Modelo CASIO FX-9860

- Clicar em MENU e selecionar STAT;

- Introduzir na list 1 o x (que, neste caso, será hapós) e na list 2 o y (neste caso, hqueda);

- Pressionar F1 duas vezes (GRAPH e GPH1);

- Para obter a equação da reta, pressionar F1 (CALC) seguido de F2 (X).

Modelo TEXAS TI-84 Plus

- Clicar em STAT, selecionar EDIT e introduzir os valores de hapós em L1 e de hqueda em L2;

- Clicar novamente em STAT, selecionar CALC e 4:LinReg(ax+b);

Quer num modelo, quer no outro deveremos obter a seguinte equação para a reta:

y = 0,675 x + 0,008
Ou seja, o declive da reta de ajuste, que corresponde ao quadrado do coeficiente de restituição, é igual a
0,675, o que significa que:

e=√ e=

2.2.
Da definição matemática do coeficiente de restituição:

ap s
e= √
queda

resulta que o seu valor é tanto mais elevado quanto mais alta for a altura de ressalto, h após, relativamente à
altura de queda da bola, hqueda. Dito de outra forma, quanto maior for o coeficiente de restituição, mais energia
é restituída à bola durante a colisão, permitindo-lhe ressaltar até uma altura maior, o que significa que menor
é a percentagem de energia mecânica dissipada na colisão com o solo.

Logo:

(A)
F.

(B)
F.

(C)
F.

(D)
V.

Grupo IV

1.
1.1.
Evidentemente, se a criança parte do repouso, no topo do escorrega, é necessário que acelere na direção e
sentido do movimento para que ganhe velocidade e desça. A diferença entre a situação I e a situação II é que,
no segundo caso, como existem forças dissipativas, teremos uma aceleração menor.

Assim:

(A)
F.

(B)
F.

(C)
V.

(D)
F.
1.2.
Usando a lei das posições, podemos calcular o valor da aceleração da criança:

⃗ = ⃗ o + ⃗vot ⃗ t
a = a a= m s-

Agora, recorremos à lei fundamental da dinâmica para determinar o valor da força resultante:

⃗ res = m a
⃗ ⃗ res = ⃗ res =

2.
2.1.
O cavalinho efetua 4 rotações por minuto, o que significa que o período do movimento é, em unidades S.I.:

= = s

Utilizando a equação para a velocidade angular constante fornecida no formulário, podemos obter:

= = rad s

(A)
V.

(B)
F.

(C)
F.

(D)
F.

2.2.
A) Os cavalinhos A e B movem-se com velocidades angulares iguais.
OU
Os períodos dos movimentos dos cavalinhos A e B são iguais.

B) Sendo, para o movimento circular uniforme, ac =  r (ou ac = ( ) r , a aceleração será tanto maior
2

quanto maior for o raio da circunferência descrita.

C) Sendo o raio da circunferência descrita pelo cavalinho A maior do que o raio da circunferência descrita pelo
cavalinho B, conclui-se que a aceleração do cavalinho A é maior do que a aceleração do cavalinho B.

Grupo V

1.
1.1.
Vamos começar por escrever a configuração eletrónica do nitrogénio (ou azoto), 7N, no estado fundamental:

2 2 3
7N – 1s 2s 2p
Vemos que há eletrões colocados com três valores diferenciados de energia.

(A)
F.

(B)
F.

(C)
V.

(D)
F.

1.2.
O número quântico secundário l = 0 corresponde a orbitais s. No nitrogénio, no estado fundamental, há 4
eletrões colocados em orbitais deste tipo.

(A)
F.

(B)
F.

(C)
V.

(D)
F.

2.
2.1.
O hidrogénio apenas possui 1 eletrão que, no estado fundamental, se encontra, evidentemente, no nível n =
1.

Como a energia mínima para remover um eletrão, de um determinado nível, a chamada energia de remoção,
Erem, corresponde ao simétrico da energia do eletrão nesse nível, E n, então:

-18
Erem = - En  Erem = 2,18×10 J

2.2.
Se o eletrão se encontrar no estado fundamental, então, vai possuir a energia inicial, Ei, do nível n = 1:

-18
Ei = -2,18×10 J

Se o eletrão absorver a energia incidente, ficará com uma energia final, Ef:

-18 -18 -19


Ef = -2,18×10 + 1,80×10 J  Ef = -3,80×10 J
Repare que esta energia não corresponde à energia de nenhum dos níveis em que o eletrão se pode
encontrar (trata-se de uma energia que corresponde a um ponto intermédio entre o nível n = 2 e o nível n = 3).
Por esse motivo, o eletrão não absorverá a energia incidente e não ocorrerá transição eletrónica.

Da resposta deverá constar:

A) Verifica-se que, somando a energia da radiação incidente à energia do nível n = 1, se obtém um valor de
-19
energia (-3,8×10 J) que não corresponde à energia de qualquer nível do átomo de hidrogénio OU
equivalente.

B) Conclui-se, assim, que não ocorre transição do eletrão.

2.3.
É importante notar que o enunciado se refere ao espectro de emissão do átomo de hidrogénio na região do
visível. Isto significa que o eletrão saltou de um dado nível superior para o nível n = 2, emitindo a energia
associada à risca no espectro. Para calcularmos a energia do nível em que o eletrão se encontrava, temos,
pois, que somar à energia do nível n = 2 a energia que o eletrão entretanto emitiu:

-19 -19
E = -5,45×10 + 4,84×10 J

(A)
V.

(B)
F.

(C)
F.

(D)
F.

Grupo VI

1.
Analisando o gráfico, verifica-se que, no intervalo de tempo indicado, a concentração de H 2(g) diminuiu de
-3
0,500 para 0,400 mol dm . Houve, pois uma variação da concentração:

-3
Δc = cf – ci  Δc = – 0,500  Δc = -0,100 mol dm

2.
A fração molar, X, é dada, neste caso, por:

n
=
n n n

É possível utilizar concentração, em vez de moles, pois apenas dividimos pelo volume no numerador e no
denominador, mantendo a neutralidade da expressão:

= =

(A)
F.

(B)
V.

(C)
F.

(D)
F.

3.
O rendimento pode ser calculado utilizando a quantidade de matéria ou a concentração, que é a quantidade
de matéria por unidade de volume. Neste caso, o rendimento, η da reação de síntese do NH3(g) pode ser
calculado a partir de:

creal
η=
cesperada

-3
A concentração obtida no final foi 0,139 mol dm , mas é preciso não esquecer de que existia inicialmente
-3
uma concentração de 0,050 mol dm , pelo que:

-3
creal = 0,139 – 0,050  creal = 0,089 mol dm

Para calcular a concentração esperada vamos precisar de começar por identificar o reagente limitante:

Trata-se do H2(g), cuja concentração inicial nos vai servir, através de um cálculo estequiométrico, para
calcular a concentração esperada de NH3(g):

3 2

0,500 x

-3
x = 0,333 mol dm

Agora, substituímos e obtemos o rendimento:

η= η=

4.
Como a variação da entalpia é negativa, verifica-se que a reação liberta energia.

Por outro lado, atendendo à estequiometria da reação, concluímos que se trata da variação da entalpia por
cada duas moles de NH3(g) que se formam.

(A)
F.

(B)
V.

(C)
F.

(D)
F.

5.
A) De acordo com o Princípio de Le Châtelier, um aumento de temperatura favorece a reação endotérmica,
que, neste caso, é a reação inversa.

B) É, assim, de prever uma diminuição da concentração de NH3(g) e um aumento das concentrações de H2(g)
e de N2(g).

6.
A notação de Lewis é uma forma de representação de átomos e de moléculas em que são colocados em
evidência todos os eletrões de valência.

(A)
F.

(B)
F.

(C)
F.

(D)
V.

7.
Na molécula de amoníaco, NH3, existe um átomo de azoto central e três átomos de hidrogénio que a ele se
ligam por ligação covalente simples. Como é evidente, o átomo de azoto corresponde à esfera azul de
maiores dimensões.

(A)
V.

(B)
F.

(C)
F.

(D)
F.

Grupo VII

1.
1.1.
Vamos começar por construir o esquema que representa o que ocorre, quantitativamente, neste equilíbrio
químico:

- +
NH3(aq) + H2O(l) OH (aq) + NH4 (aq)
-3
i| | 0,10 mol dm 0 0
var. -x +x +x
eq | | 0,10 - x x x

A constante de equilíbrio é dada por:

|O |eq | |eq
c =
| |

- +
Ou, substituindo (notar que as concentrações de OH (aq) e NH4 (aq) são iguais):

c =

Como temos o pH, podemos calcular o valor de x, determinando em primeiro lugar a concentração no
+
equilíbrio do ião hidrónio, H3O (aq):

p
| O |eq = | O |eq = | O |eq = mol dm

Recorrendo ao produto iónico da água, com o valor de Kw a 25 ºC:

=| O |eq | O |eq | O |eq = | O |eq = = mol dm

Agora já podemos obter a ordem de grandeza da constante de equilíbrio:

( )
c = c

1.2.
Trata-se do típico exercício de diluição de soluções. Pretende-se, acrescentando solvente, obter uma solução
diluída de volume 250 mL (solução 2), a partir de 50 mL da solução concentrada inicial (solução 1). Temos,
portanto:

V1 = 50 mL

–3
c1 = 0,10 mol dm

V2 = 250 mL

c2 = ?

Claro que o número de moles de soluto que retiramos da solução 1, n1, vai ser igual ao número de moles de
soluto que vamos ter na solução 2, n2, mesmo depois de acrescentarmos água. Assim:

n1 = n2
Atendendo à definição de concentração, podemos escrever:

c1 × V1 = c2 × V2  0,10 × 50 = c2 × 250

E obtemos:

-2 -3
c2 = 2,0×10 mol dm

(A)
V.

(B)
F.

(C)
F.

(D)
F.

2.
+ +
NH4 (aq) + H2O(l) NH3(aq) + H3O (aq)

Você também pode gostar