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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

São Carlos, 21 de junho de 2018


Alunos: Professor: Tomás Moreira

1. Leonardo Akira de Moura Matsumoto Nº USP: 10845057


2. Renato Monteiro de Andrade Nº USP: 10696722
3. Rodrigo Ramos Caodaglio Nº USP: 10788763
4. Rafael Jun Morita Nº USP: 10845040
5. Tiago Xavier Silva Nº USP: 10696750

FORMAÇÃO E PRÁTICA DE UM ENGENHEIRO


MONOGRAFIA

SUMÁRIO

1. Introdução...................................................................................................... 1
2. Entrevista....................................................................................................... 2
2.1 Conceito de Ciência.......................................................................... 2
2.2 Pesquisas desenvolvidas................................................................. 2
2.3 Método científico.............................................................................. 3
2.4 Impactos da pesquisa...................................................................... 3
2.5 Pesquisa dos orientandos............................................................... 3
3. Conclusão..................................................................................................... 3
4. Foto com o engenheiro................................................................................. 4

1. INTRODUÇÃO

Professor PostDoc titular, desde 2017, da Universidade


de São Paulo (Brasil), Alexandre Cláudio Botazzo Delbem
graduou-se em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistemas
de Potência na Escola de Engenharia da Universidade de São
Carlos (EESC – USP) em 1995, obtendo, em 1998 e 2002, os
títulos de mestre e doutor na mesma área. Atualmente, chefia
o Departamento de Sistemas de Computação da USP-SC,
investigando soluções computacionais para lidar com
problemas do mundo real, como qualidade da energia e
restabelecimento de energia após apagões; predição de
mudanças em sistemas complexos; e detecção de doenças.
Além disso, atua no grupo de pesquisa de Sistemas
Embarcados e Evolutivos, desenvolvendo algoritmos
avançados para lidar de forma eficiente com os aspectos Figura 1: Alexandre C. B.
críticos dos problemas de ensino, bioinformática, Delbem (Retirada de
monitoramento agrícola e ambiental, suporte a operações http://conteudo.icmc.usp.br/Port
militares e policiais, roteamento, veículos de direção al/Pessoas/Detalhes.php?id=47
0686)
autônoma e robôs domésticos de baixo custo, por exemplo.
2. ENTREVISTA

2.1. CONCEITO DE CIÊNCIA

Apesar das muitas definições formais existentes, Delbem concebe a ciência,


basicamente, como o uso de um método sistemático direcionado à verificação dos
conhecimentos como verdadeiros, de forma ampla e abrangente, ou como falsos, por
exemplo. Parcialmente alinhado com uma visão comum da ciência, entende que o
primeiro passo para a ciência é adquirir experiências diversas e interconectadas por meio
de estudos e pesquisa; por esse motivo, desde o primeiro ano de sua graduação, procurou
aprender disciplinas em outras áreas, além daquelas apresentadas no curso de Engenharia
Elétrica.
O método sistemático, que concebe em sua definição de ciência, foi cunhado
paulatinamente em sua formação através da graduação; de iniciação científica (1993),
quando encontrou projetos interessantes ligados a estrutura, função e evolução de
proteínas, que o motivaram a programar, basicamente, para a análise estatística na
bioinformática; e da pós-graduação, quando acabou por resolver problemas reais com
sistemas grandes de redes complexas (Big Data).
Portanto, ciência é um sistema amplo de conhecimentos, alicerçado em um método
científico adquirido através da curiosidade, experimentação e busca por novas bases, que
foca na investigação da seguridade ou não de algum tópico.

2.2. PESQUISAS DESENVOLVIDAS

Desde 1993, Alexandre Delbem desenvolve um conjunto grande de pesquisas. A


maioria delas na área de computação evolutiva e desempenho de máquinas de computar.
Dessa forma, suas linhas de pesquisa estão incluídas no uso de algoritmos evolutivos
aplicados à bioinformática na área de biologia molecular; análise de algoritmos e
complexidade de computação; hardwares reconfigurável para problemas complexos, que
são chamados FPGAs; e eficiência em soluções no mundo real.
Segundo ele, colabora com colegas de vários outros institutos e da própria
Universidade de São Paulo, principalmente, do grupo de pesquisa de Sistemas
Embarcados e Evolutivos (SEER), do qual é integrante desenvolvendo soluções
computacionais avançadas envolvendo hardware embarcado, robótica e sistemas
evolutivos com diferentes graus de autonomia. Delbem destaca que, normalmente, os
projetos de pesquisa do SEER envolvem, direta ou indiretamente, cooperação com
empresas, como a EMBRAPA.

2.3. MÉTODO CIENTÍFICO

Tal qual destacado em sua concepção de ciência, Delbem acredita utilizar, em suas
pesquisas, um método científico sistemático baseado, na maioria das vezes, na
experimentação e na verificação estatística dos dados coletados. Em outras pesquisas,
recorre ao uso de prova teórica a grosso modo.
Como acabou estudando muita base de computação, gráficos, teoria da
computação, estruturas de dados e a parte de otimização, destaca que utiliza um processo
cognitivo chamado de meta-heurística para resolver alguns problemas de sistema
complexos de forma genérica quando não conhece um algoritmo eficiente ou uma boa
solução, inspirando-se na natureza (Colônias de formigas e abelhas).

2.4. IMPACTOS DA PESQUISA

Conforme expresso pelo professor, grande parte de suas pesquisas tem impacto
teórico, verificado através de publicações em revistas científicas e citações em outros
projetos. Outra grande maioria de suas pesquisas tem importância prática, sendo muito
utilizadas por empresas ou outros institutos.
De maneira geral, a própria linha de pesquisa de Delbem é direcionada para ter
algum tipo de impacto no meio acadêmico ou pragmático. Como destaca, os algoritmos
evolutivos que pesquisa são mecanismos que evoluem e fornecem ou simulam uma
solução para um problema, podendo ter grande impacto se o problema for relevante na
prática e a solução encontrada, que não existia antes, for útil de fato.

“Usam-se algoritmos evolutivos, pois, muitas vezes, não se conhece uma solução para
aquele problema ou ela não é boa. Se conseguir ajustar ou projetar um bom algoritmo
evolutivo, baseando-se em princípios de construção de soluções da teoria da evolução,
esse mecanismo tem chance de resolver problemas que ainda não foram resolvidos ou
achar uma solução útil para uma questão difícil. Os algoritmos evolutivos conseguem
lidar com problemas cuja solução não se sabe se existe ou não, por isso, o
desenvolvedor tem que ter sempre um pouco de criatividade no processo.”

Delbem destaca, como um dos exemplos do impacto de sua pesquisa, seu projeto de
mestrado (“Restabelecimento de Energia em Sistemas de Distribuição utilizando
Algoritmo de Busca com Heurísticas Fuzzy, 1998”), no qual encontrou um problema de
redes e terminou modelando um sistema de distribuição de energia elétrica em um
problema matemático, que virava um gráfico complexo e grande. Portanto, eram
necessários algoritmos computacionais eficientes para poder lidar com a essência do
problema, encontrados através do desenvolvimento de novas estruturas de dados, o que
acabou sendo uma inovação em computação por ter um resultado prático, eficiente, mais
econômico e inovador em Engenharia Elétrica.

2.5. PESQUISA DOS ORIENTANDOS

Dentro do conjunto de mestrandos, doutorandos, orientandos de iniciação científica e


pós-doutorandos, grande parte dos alunos desenvolve projetos de pesquisas dentro das
linhas de pesquisa do professor Delbem. Dessa forma, os orientandos atuam,
principalmente, em grupos de pesquisa de Modelagem e Automação Financeira e Sistema
Embarcados e Evolutivos. Segundo o professor, existe uma grande rede de colaboração
entre os orientandos e ele, que é bastante frutificante.

3. CONCLUSÃO

Considerando a passagem de impressões e experiências, a entrevista com o professor


Alexandre C. B. Delbem teve grande importância para nortear os estudantes não só sobre
as questões ligadas à ciência e pesquisa, mas também sobre a formação acadêmica de
maneira abrangente e os possíveis encaminhamentos da graduação ou especialização. Ao
fim do encontro, tem-se a concepção formada de que cursos como engenharia são
bastantes amplos e oferecem ao aluno uma gama de áreas de trabalho e pesquisa, de tal
forma que é possível iniciar os estudos em Engenharia Elétrica e enveredar para o campo
da computação com grande sucesso, tal qual naturalmente fez o engenheiro entrevistado.

4. FOTO COM O ENGENHEIRO

Figura 2: Engenheiro entrevistado e equipe de alunos

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