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07/07/2016 14:51 por Redação

CNI estima queda de 3,5% na economia este ano e prevê recuperação


só em 2017
Informe Conjuntural prevê PIB industrial de -5,4% em 2016; investimentos cairão 13,9%, e desemprego alcançará
taxa média anual de 11,5%

O Produto Interno Bruto (PIB) do país terá uma queda de 3,5% nes te ano, e o PIB industrial cairá 5,4%. As
estimativas são do Informe Conjuntural do segundo trimestre de 2016, divulgado nesta quinta-feira (7) pela
Confederação Nacional da Indústria.

A CNI revisou para baixo as previsões feitas no primeiro trimestre. Em abril, a perspectiva de redução na economia
era de 3,1% e da indústria, de 5%. “Não há, no horizonte próximo, sinais de uma mudança no cenário negativo
verificado desde o ano passado”, avalia a entidade. A expectativa é que a economia deverá voltar a crescer somente
em 2017.

“A mudança no quadro político possibilitou uma conjugação favorável a ajustes estruturais que exigem mudanças
legislativas e constitucionais, como é o caso da reforma da Previdência e da imposição de limitadores ao crescimento
do gasto público. A proposta no âmbito federal, já enviada ao Congresso, é um avanço. Mas seus efeitos serão
sentidos apenas no médio prazo, pois dependem da retomada do crescimento e ainda serão necessárias novas
alterações no processo orçamentário para que se torne efetiva”, destaca o informe.

Em relação ao desemprego, a previsão da CNI é que a taxa anual alcance 11,5% da População Economicamente Ativa
(PEA). “Os primeiros cinco meses de 2016 confirmam o cenário de deterioração previsto pela CNI para o mercado de
trabalho. O desemprego, que ultrapassou os dois dígitos ainda no primeiro bimestre, segue em trajetória de alta”.

Entre as perspectivas da CNI para 2016, os investimentos recuarão 13,9% e o consumo das famílias diminuirá 4,8%.
“O lado do investimento não enseja expectativas positivas a curto prazo. A ociosidade do parque produtivo é recorde
para o período recente, a confiança dos empresários ainda se encontra no lado não otimista e o custo e
disponibilidade de financiamento não favorecem a retomada de projetos novos”, alerta o documento.

Inflação - Na avaliação da CNI, a inflação ao fim do ano chegará a 7,3%, ante 7,1% estimados em abril. “A inflação
tem mostrado indícios de moderação, embora ainda permaneça muito acima da meta estabelecida pelo Conselho
Monetário Nacional.”

A taxa de juros real vem subindo sucessivamente desde janeiro de 2016. De lá para cá, aumentou 1,3 ponto
percentual e atingiu 7,8% ao ano em junho. Já a taxa de câmbio real/dólar segue em trajetória de queda no primeiro
semestre de 2016. A cotação média do real em relação à moeda norte-americana registrou cinco meses consecutivos
de queda, passando de R$ 4,05 em janeiro para R$ 3,42 em junho. A estimativa, diante do atual quadro, é que a
taxa de câmbio média de 2016 fique em R$ 3,48, ante R$ 3,33 em 2015 - uma desvalorização de 4,6%.

Acesse o Informe Conjuntural aqui.

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