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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE AVER-O-MAR

PROGRESSÃO NA CARREIRA

Considerando algumas questões colocadas a propósito da progressão na carreira, sobretudo relativas a dúvidas
sobre a solicitação1, ou não, do faseamento previsto no DL 65/2019, de 20 de maio, especificamente sobre os
requisitos aplicáveis, entende-se fazer nova síntese de informação já divulgada/ conhecida, o que não isenta os
docentes da leitura integral da legislação aplicável.

Por uma questão de organização de informação, recorre-se a alguns dos esclarecimentos presentes da página
da DGAE, clarificando-se um ou outro conceito, em função das dúvidas que têm sido colocadas à direção/
serviços. As informações detalhadas têm fundamento na legislação/ esclarecimentos conhecidos até à data.

Importa, desde logo, distinguir os requisitos da avaliação de desempenho (Cfr DR 26/2012, de 21.02) dos
aplicáveis à progressão (Cfr ECD, artigo 37º), sendo que esta informação só trata da questão da progressão,
relevando também a recuperação do tempo de serviço prevista no DL 36/2019, de 15 de março.

Quais são os requisitos para progressão na carreira?

O artigo 37.º do Estatuto da Carreira Docente, alterado pelo DL n.º 41/2012, 21 de fevereiro, determina os
seguintes requisitos cumulativos para progressão na carreira:

1- Tempo de serviço de permanência no escalão (4 anos, com exceção do 5.º, que tem a duração de 2 anos).
Esta situação, em função do faseamento, poderá ser distinta (cfr Nota Informativa) .

2- Última avaliação do desempenho docente com o mínimo de Bom realizada ao abrigo do DR n.º 26/2012, de 21
de fevereiro
A partir de 01.01.2019 já não é possível a aplicação do suprimento da avaliação pela atribuição da menção de Bom, nos
termos do n.º 2 do artigo 18.º da Lei n.º 114/ 2017, de 29 de dezembro – Lei do Orçamento de Estado para 2018).

3- 50 horas de formação contínua para todos os escalões, à exceção do 5.º escalão, em que apenas são exigidas
25 horas.
Pode ser mobilizada toda a formação contínua que tiver sido frequentada no escalão em que o docente se encontra,
mas:
a) 50% das horas de formação têm que incidir na dimensão científica e pedagógica;
b) para efeitos de progressão, a frequência de ações de curta duração tem como limite máximo um quinto do total
de horas de formação obrigatória no ciclo avaliativo (até 5 horas no 5.º escalão e até 10 horas nos restantes).
Assim, num escalão de 4 anos, 40 horas, no mínimo, têm de corresponder a formação acreditada pelo
Conselho Científico e Pedagógico da Formação Contínua (CCPFC), podendo as 10 horas restantes
corresponder a ações de curta duração, devidamente reconhecidas nos termos do Despacho n.º 5741/2015,
de 29 de maio.
Apenas para efeitos de reposicionamento, aos docentes que reuniram, em 2018, os requisitos para
progressão na carreira, não foi exigido que pelo menos 50% das horas de formação incidissem na dimensão
científica e pedagógica, mas apenas o nº total de horas. Há uma informação, ainda para estas situações,
reportando que “A data do cumprimento do requisito de observação aulas é a data do requerimento,
conforme determinado no n.º 3 do artigo 5.º da Portaria n.º 119/2018, de 4 de maio.” e que “A data do
cumprimento do requisito de horas de formação é a data da conclusão da formação”, clarificando que “No
caso dos docentes que solicitaram ao Conselho Científico e Pedagógico da Formação Contínua (CCPFC), por

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Caso o docente opte pelo faseamento, existe um modelo específico, na área reservada, a entregar até 30.06

INFORMAÇÃO SOBRE PROGRESSÃO NA CARREIRA – MAIO 2019 | Carlos Gomes de Sá, diretor
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exemplo, a certificação de disciplinas singulares do Ensino Superior, a data que releva é a data da respetiva
certificação e não a data da realização da formação.” Termina este esclarecimento referindo que “Não pode
ser considerada formação realizada em data anterior àquela em que o docente ficou provisoriamente
reposicionado para cumprimento de requisitos.”
Neste momento, os docentes reposicionados definitivamente nos termos da Portaria n.º119/2018, de 4 de
maio passaram a estar sujeitos às regras de progressão previstas no artigo 37.º do ECD.
c) o remanescente de horas de formação realizada num escalão não pode ser contabilizado no escalão seguinte.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA
Os Certificados devem referir explicitamente o grupo de recrutamento para o qual a formação releva (Ex.
“Para efeitos da aplicação do disposto no artigo 9º do Regime Jurídico da Formação Contínua, definido pelo
DL 22/2014, de 11.02, a presente formação releva para os 50% da componente da formação contínua na
dimensão científica e pedagógica (…) para os grupos ????”).

Outras situações:
Despacho n.º 779/2019, de 18 de janeiro
Artigo 3º Dimensão científica e pedagógica
1 - No quadro das áreas de formação contínua previstas no artigo 5.º do RJFC, consideram-se abrangidas na
dimensão científica e pedagógica, para os efeitos previstos no artigo 9.º do RJFC, entre outras, as ações de
formação que, conforme acreditação efetuada pelo CCPFC, incidam sobre conteúdos:
a) Enquadrados no âmbito do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, sobre desenvolvimento curricular, nas
suas vertentes de planeamento, realização e avaliação das aprendizagens;
b) Respeitantes à lecionação de Cidadania e Desenvolvimento;
c) Relativos à educação inclusiva, com especial enfoque no âmbito do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho;
d) Centrados na implementação de estratégias de ensino e aprendizagem direcionadas para a promoção do
sucesso escolar;
(…)
3 - A consideração, na dimensão científico-pedagógica, de ações de formação que sejam frequentadas por
docentes que, não pertencendo ao grupo de recrutamento determinado pelo CCPFC, lecionam disciplinas nele
integradas, é efetuada em cada escola em sede de apreciação das condições de progressão dos docentes.
4 - Incluem-se ainda na dimensão científico-pedagógica as ações de formação realizadas por docentes que
exerçam funções de direção de escolas ou de centros de formação de associação de escolas, bem como
funções de coordenação educativa e de supervisão pedagógica, sempre que a acreditação pelo CCPFC
considere que essas ações se enquadrem numa das seguintes áreas:
a) Formação educacional geral e das organizações educativas;
b) Administração escolar e administração educacional;
c) Liderança, coordenação e supervisão pedagógica.

ACRESCE:
Portaria n.º 196-A/2010, de 9 de abril
Artigo 6, nº 3 — As ações de formação realizadas por docentes no âmbito da educação para a saúde e
educação sexual são consideradas, para todos os efeitos, como efetuadas na área correspondente ao seu
grupo de recrutamento.
Despacho Interno SEE, de 10.11.2010
“(…) As ações de formação contínua realizadas por professores bibliotecários ou por docentes das equipas das
bibliotecas escolares, no âmbito da formação do professor bibliotecário, acreditadas pelo Gabinete do
Secretário de Estado Adjunto e da Educação ou pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua,
são consideradas como ações realizadas na área correspondente ao seu grupo de recrutamento.”

4- A observação de aulas obrigatória para a progressão aos 3.º e 5.º escalões.


Atualmente não existe mecanismo de suprimento do requisito de observação de aulas, ou seja, é requisito
obrigatório. O pedido de observação de aulas deve ser feito até ao final do 1º período do ano letivo anterior àquele
em que vai ocorrer, podendo a observação, num escalão de 4 anos, ser feita num dos dois últimos anos.

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Atendendo ao prazo definido, e para quem optar pelo faseamento, recomenda-se, ainda que possam surgir novas
orientações, a entrega do requerimento (modelo disponível na área reservada ou na página do CFAE), devendo ser
enviado ao CFAE, com conhecimento à escola, que procederá ao arquivo de uma cópia no respetivo processo
individual. Esta tramitação é competência do diretor do CFAE.

5- Obtenção de vaga para progressão aos 5.º e 7.º escalões, exceto para os docentes que obtiverem as menções
qualitativas de Excelente ou Muito Bom nos 4.º e 6.º escalões.

Outras questões relevantes, porque existentes no Agrupamento:

- Docentes a cumprir Período Probatório: após a conclusão do período probatório e desde que avaliados com a
menção mínima de Bom, os docentes são integrados de acordo com as regras de ingresso na carreira, com
efeitos a 1 de setembro do ano subsequente, ou seja, a 01.09.2019, como determinado no n.º 1 do artigo 32.º
do ECD.
O tempo prestado no decorrer do período probatório não releva para progressão

Quais os efeitos para progressão na carreira de uma menção de Muito Bom ou de Excelente?

Uma menção de Muito Bom ou de Excelente bonifica em seis meses ou um ano, respetivamente, na progressão
na carreira, a usufruir no escalão seguinte. Para este efeito, são válidas as avaliações referentes aos ciclos
avaliativos de 2007/2009, 2009/2011 desde que o docente tenha sido avaliado ao abrigo do Decreto
Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de fevereiro.
A aplicação desta bonificação deve ser requerida, existindo modelo próprio. É obrigatória uma avaliação obtida nos
termos do DR 26/2012 (atual modelo)

A menção qualitativa de Muito Bom obtida na apreciação intercalar (2010) releva para a bonificação prevista no
artigo 48º do ECD?

A menção qualitativa obtida na apreciação intercalar, realizada em 2010, não releva para este efeito uma vez
que se destinou aos docentes que perfaziam o requisito de tempo em 2010, mas não substituiu a avaliação do
desempenho do ciclo de 2009/2011.

Os docentes de carreira podem recuperar a classificação obtida nos ciclos de avaliação 2007/2009 e 2009/2011
para efeitos de progressão na carreira?

Só após a avaliação do desempenho nos termos do Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de fevereiro, é
que o docente poderá optar, para efeitos de progressão na carreira, pela classificação mais favorável que tenha
obtido num dos últimos três ciclos avaliativos, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 30.º do Decreto
Regulamentar n.º 26/2012.
A opção pela avaliação de modelo anterior deve ser requerida, até 30 dias antes da mudança de escalão ou logo
que conhecida a avaliação nos termos do DR 26/2012, existindo modelo próprio. É obrigatória uma avaliação obtida
nos termos do DR 26/2012 (atual modelo).

Aver-o-Mar, 30 de maio de 2019

Carlos Gomes de Sá, diretor

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