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Sociologia

Material Teórico
Sociedade, Política e Ideologia

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Dr. Vivian Fiori

Revisão Textual:
Profa. Ms. Natalia Conti
Sociedade, Política e Ideologia

• Introdução
• Política, Poder e Ideologia
• O Estado Moderno e o Governo
• Resumo da Trajetória das Formas de Política no Brasil

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Analisar alguns conceitos e estudos sobre Sociologia e Política. Dis-
cutir algumas formas de poder e ideologia. Evidenciar a trajetória
política do Brasil.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Sociedade, Política e Ideologia

Introdução
Nesta unidade vamos abordar o ramo da Sociologia Política, que trata da questão
da política e de suas formas de poder.

Para isso, abordaremos alguns estudos e conceitos sobre o tema, bem como
trataremos brevemente de alguns eventos e processos da história política no Brasil.

Política, Poder e Ideologia


A Sociologia Política é um ramo da Sociologia que estuda as formas de poder,
constituídas formalmente ou não. Podemos estudar política atrelando-a a um
determinado contexto social. Por exemplo, no governo Vargas (1930-45) foi
instituída uma política trabalhista que culminou com a criação da CLT, lei trabalhista
que ainda rege parte dos trabalhadores do Brasil.

Logo, tal atividade pública é uma forma de política. A política ocorre de diferentes
maneiras, por meio de um partido político, mediante políticas públicas, a partir das
relações internacionais, através dos movimentos sociais e políticos, entre outros.

É um ato social que tem a premissa de discutir e compreender as relações de


poder, bem como as atividades que buscam uma finalidade sociopolítica, a arte de
negociação com vistas a compatibilizar determinados interesses da sociedade, ou
de suas parcelas.

A política é um tema antigo na história humana, anterior à própria Sociologia.


Na Grécia antiga muitos autores, como Aristóteles e Platão, já abordavam este tema.

Com o aparecimento do Estado Moderno, surgiram teorias específicas acerca


das formas políticas do Estado, em suas diversas facetas. Tais estudos de política,
na maioria dos casos, convergem para a finalidade de desvendar a vida estatal, sua
estrutura, funções, maneiras de atuar e suas relações.

Mas o que é política? A origem etimológica da palavra vem do grego “politeia”,


por sua vez derivado do termo “polis”, que era o termo usado para designar a
cidade grega, e o que se destina, para a Polis, de sua vida em coletividade.

Na Ciência Política há vários conceitos para esta categoria, mas prevalecem


estudos em relação às formas de atuação do governo, mediante as políticas públicas
(educação, saúde, assistência social, meio ambiente etc.), bem como das formas de
sistemas políticos existentes (parlamentarismo, presidencialismo, monarquia etc.) e
suas relações de poder.

Ao abordarmos questões sobre política estamos, portanto, tratando de relações


de poder. O poder, seja ele formal ou informal, diz respeito a um grupo ou relação
interpessoal, não existindo, assim, poder em uma só pessoa, que viva isolada.

Como explica a filósofa Hannah Arendt:

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O poder jamais é propriedade de um indivíduo, pertence ele a um grupo
e existe apenas enquanto o grupo se mantiver unido. Quando dizemos
alguém está ‘no poder’ estamos na realidade nos referindo ao fato de
encontrar-se esta pessoa investida de poder, por um certo número de
pessoas para atuar em seu nome. No momento em que o grupo - de onde
se originara o poder - desaparece, desaparece também o seu poder [... ]
(ARENDT, 1985, p. 24)

Trata-se de uma habilidade social hu-


mana de agir de comum acordo, de im-
posição de sua vontade contra ou com
apoio de outros. Este poder pode ser
exercido pelo Estado, em suas diferentes
formas de poder, mas também por pes-
soas e/ou instituições de diversos tipos.
Logo, nem sempre o poder é fruto da
violência, do abuso de poder, da força.

Cita-se o caso de Gandhi que, sem


utilizar métodos de violência, produziu
uma onda social e política em torno de
sua figura que culminou com a obten-
ção, pela Índia, de sua independência
da Inglaterra. Poder, neste caso, que lhe
foi conferido por milhares de indianos
que apoiaram suas ideias e, em alguns Figura 1 – Retrato de Gandhi, 1931
casos, seguiram suas propostas. Fonte: Wikimedia Commons

Para que o poder seja legítimo deve ser fundado na liberdade de escolha daqueles
que serão investidos de poder no Estado, tendo consentimento da população.

Se não é nessa condição, então há uso da força, da violência, como poderíamos


citar inúmeros governos ditatoriais pelo mundo.

Cabe lembrar que não é só o Estado que tem poder, mas também diversos
grupos, instituições, organizações tanto formais e criadas legalmente, quanto as
existentes de maneira ilegal ou informal. Assim como tais grupos e instituições,
também podem usar de violência e força física, moral ou de infraestrutura para
produzir coerção e violência, ultrapassando o consenso.

Poderíamos citar como exemplos os grupos de narcotráfico e de redes de


traficantes que se espalham pela América Latina, e especificamente no Brasil, e
que usam da persuasão, da violência e da força para dominarem territórios e parte
da sociedade.

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Figura 2 – Narcotraficante na America Latina


Fonte: iStock/Getty Images

Logo, tratam-se de formas de poder paralelos ao do Estado, mas muitas vezes


com apoio de algumas pessoas inseridas dentro do próprio Estado.

Há também o poder econômico, que ocorre por pressão das grandes


corporações, e mesmo o poder ideológico, que pode ser propagado por agentes
hegemônicos, pela mídia, por grandes corporações ou partidos. A ideologia pode
estar num discurso, numa ideia, numa concepção ou visão de mundo que ganha
força, tornando-se assim a “verdade”, ainda que não seja necessariamente.

Num mundo atual, cada vez mais global, há uma ideologia dominante e um
discurso de que se todos se esforçarem o mundo fica melhor, que basta trabalhar
que as situações serão melhores. Isso é um discurso, tornado verdade, mas ao
mesmo tempo, sabemos por meio de dados que oito pessoas do mundo detêm a
mesma renda de quase 50% da população mundial. Então basta nos esforçarmos
ou o mundo precisa ser menos desigual? Todos têm as mesmas condições de
poder? Todos os agentes? Todas as instituições? Sabemos que não.

Logo, há um poder ideológico, dominante, mesclado com um poder econômi-


co, explicitado, por exemplo, pela alta renda de 8 pessoas, empresários de mega-
corporações, em detrimento de mais da metade da população, muitos vivendo de
maneira indigna.
Explor

Leia o texto Uma Economia para os 99% a respeito da desigualdade global, disponível
em: https://goo.gl/CqVN8i

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Em nosso cotidiano estamos impregnados de ideologias de variados tipos. Há
uma ideologia dominante capitalista, global, conservadora, neoliberal, que cada
vez mais adentra as nossas vidas, em todo o mundo. Estes discursos aparecem no
nosso cotidiano mediante as mídias em geral, na escola, no mundo acadêmico, nas
ruas, na propaganda, entre outros meios.

Marilena Chauí explica as contradições da ideologia burguesa mediante um exemplo:


Assim, por exemplo, faz parte da ideologia burguesa afirmar que a
educação é um direito de todos os homens. Ora, na realidade sabemos
que isto não ocorre. Nossa tendência, então, será a de dizer que há uma
contradição entre a idéia de educação e a realidade. Na verdade, porém,
essa contradição existe porque simplesmente exprime, sem saber, uma
outra: a contradição entre os que produzem a riqueza material e cultural
com seu trabalho e aqueles que usufruem dessas riquezas, excluindo delas
os produtores. Porque estes se encontram excluídos do direito de usufruir
os bens que produzem, estão excluídos da educação, que é um desses
bens. Em geral, o pedreiro que faz a escola; o marceneiro que faz as
carteiras, mesas e lousas, são analfabetos e não têm condições de enviar
seus filhos para a escola que foi por eles produzida. Essa é a contradição
real, da qual a contradição entre a idéia de “direito de todos â educação” e
uma sociedade de maioria analfabeta é apenas o efeito ou a consequência
(CHAUÍ, 2004, p. 26).

Você Sabia? Importante!

O que é ideologia?
Trata-se de uma categoria que tem vários significados e começou a ser usado a partir do
século XIX. Aqui trazemos uma dessas concepções: É o conjunto de ideias e formas de
pensamento de um grupo de pessoas, organizações e/ou instituições que se manifestam
e legitimam por meio de formas de poder, por condutas de grupos ou organizações.
É um sistema ordenado de pensamento e ideias, mas é comum, num mundo cheio
de contradições, que exista uma diferença entre o que é posto por uma determinada
ideologia e o que ocorre na prática. Existem ideologias de diferentes tipos, de esquerda e
de direita, neoliberal, socialista, capitalista etc. Na ideologia capitalista, por exemplo, a
classe social dominante, tanto política quanto econômica, torna suas ideias dominantes
para toda a sociedade, como dizia Marx e Engels:
Os indivíduos que constituem a classe dominante possuem, entre outras coisas,
também consciência e, por isso, pensam. Na medida em que dominam como
classe e determinam todo o âmbito de uma época histórica, é evidente que o fa-
çam em toda a sua extensão e, conseqüentemente, entre outras coisas, dominem
também como pensadores, como produtores de idéias; que regulem a produção e
distribuição das idéias de seu tempo e que suas idéias sejam, por isso mesmo, as
idéias dominantes da época (MARX;ENGELS, 2002, p. 37).

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Há o poder das mídias em geral, como transmissor de informação e formador


de opinião. No caso brasileiro, por exemplo, a televisão ainda tem um papel
crucial na formação da opinião da população. As redes sociais da internet vêm
se disseminando mais recentemente como outra forma importante. Tratam-se de
formas de poder, de persuasão. Influenciando em comportamentos, na opinião
política e social, nos hábitos do cotidiano.

Figura 3 – Diversas Mídias


Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images

Há que se estabelecer contraponto em relação às informações selecionadas e


divulgadas pela mídia em geral (jornais e revistas impressos; blogs, sites pessoais
e de empresas de comunicação; televisão, rádio etc.). Todos sempre devem ser
questionados, mas no Brasil há uma crença generalizada de que se foi divulgado na
mídia não precisa ser questionado.

Há fatos, mas também muita manipulação, intencionalidades por trás de


informações, além de uma seleção que é feita pelas grandes agências de notícias
que são internacionais, caso da Reuters, por exemplo. A seleção do que deve virar
notícia e os fatos que devem ser ignorados não deixa de ser ideológica também.

Na produção acadêmica, na história que nos contam, nas publicações científicas,


em tudo há ideologia, embora para alguns a ciência seja neutra. Mas será que é? Chauí
(2004) chama atenção para a produção do conhecimento e sobre a história. Diz ela:

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Não é, assim, por exemplo, que os estudantes negros ficam sabendo que
a Abolição foi um feito da Princesa Isabel? As lutas dos escravos estão sem
registro e tudo que delas sabemos está registrado pelos senhores brancos.
Não há direito à memória para o negro. Nem para o índio. Nem para os
camponeses. Nem para os operários. História dos “grandes homens”, dos
“grandes feitos”, das “grandes descobertas”, dos “grandes progressos”,
a ideologia nunca nos diz o que são esses “grandes”. Grandes em quê?
Grandes por quê? Grandes em relação a quê? No entanto, o saber histórico
nos dirá que esses “grandes”, agentes da história e do progresso, são os
“grandes e poderosos”, isto é, os dominantes, cuja “grandeza” depende
sempre da exploração e dominação dos “pequenos”, aliás, a própria idéia
de que os outros são os “pequenos” já é um pacto que fazemos com a
ideologia dominante (CHAUÍ, 2004, p. 47).

Dessa forma, o poder tem relação intrínseca com a política, a ideologia, a


economia. Todos estes campos têm relação, influenciando e sendo influenciados
pela sociedade.

O Estado Moderno e o Governo


Na Europa, no período da Idade Média, as divisões territoriais eram baseadas em
unidades políticas que não se constituam em Estados, e sim principados, bispados,
em feudos. A partir do século XVI, alguns destes feudos foram se unificando em
torno de reis, formando gradativamente grandes reinos unificados sob a égide da
centralização do poder na mão de uma só pessoa, de um território igualmente
unificado, cujo poder era personificado por um rei, cujo poder se atribuía originado
de direito divino.

A forma de poder do governo neste caso era a monarquia absolutista, na qual o


poder estava centralizado nas mãos do rei ou da rainha.

De um lado, emerge a figura do rei ou da rainha absolutista, mas ao longo dos


séculos XVII e XVIII outro agente social surge como importante figura: trata-se
da burguesia mercantil, que se beneficia da ampliação dos ganhos dos Estados
europeus com o comércio colônia, substituindo a antiga nobreza absolutista no
domínio do aparato do Estado.

Ao longo do século XIX e começo do século XX há a expansão capitalista, uma


nova fase de colonização na África e Ásia empreendida pelos europeus, conhecida
como fase imperialista, pois os impérios europeus partilharam politicamente várias
regiões destes continentes.

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Figura 4 – Mapa da África durante a Colonização Européia


Fonte: iStock/Getty Images

Mediante estre processo imperialista, países como Inglaterra, França, Espanha,


Bélgica, Portugal partilharam regiões da África, criando Estado-Nações, definindo
fronteiras conforme seus próprios interesses.

A exploração capitalista em relação às formas de trabalho, no final do século


XIX e começo do XX, levou a milhares de trabalhadores a morarem em cortiços,
em condições sub-humanas e com condições de trabalho bastante degradantes.

Muitas leis trabalhistas surgiram a partir daí, como forma do Estado procurar conter
os interesses da classe dominante (neste caso, a burguesia industrial), pois seu avanço
ocorria de maneira desenfreada e sem regulamentações nas formas de trabalho.

Após a crise mundial de 1929, na qual a Bolsa de Valores de Nova York quebrou,
alguns Estados procuraram desenvolver políticas de bem-estar social que ficaram
conhecidas como “Estado do Bem-Estar Social” (Welfare State). Tais políticas já
existiam em países como Finlândia e Suécia, no norte da Europa, e após a crise
influenciaram as políticas de proteção social em outros países do mundo

A ideia por trás destas políticas era criar condições mínimas de apoio à
população, com programas sociais, legislações que beneficiassem os trabalhadores,
serviços públicos gratuitos etc. A crítica que muitos fazem a estas políticas é que
o estabelecimento dessa proteção social serve de apoio ao surgimento de ideias
populistas por parte de grupos oportunistas que queiram se perpetuar no poder.

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Tais condições ficaram restritas mais aos países desenvolvidos, mas no Brasil, a
partir de 1930, algumas destas benesses, caso das legislações trabalhistas, foram
incorporadas à política brasileira.

Para alguns autores, como Marx, no século XIX e ao longo do século XX, dois
agentes, o Estado - que para Marx era a classe dominante no poder - coaduna-se
em muitos casos com os interesses da burguesia, produzindo uma política para
poucos, uma oligarquia de poder.

O Estado Moderno diverge das antigas formas de poder, pois se constitui em


três pilares básicos: o território delimitado, o governo e o povo. Se no passado os
reis eram reis dos ingleses, passaram, com o tempo da criação das monarquias
absolutistas, a serem reis da Inglaterra. Um Estado constituído formalmente,
soberano, definido formalmente.

Já o governo tem um aparato técnico-administrativo, com vistas a exercer o


poder, delegado ou não pela população. Este aparato é formado por um conjunto
de instituições públicas cuja finalidade é a gestão administrativa e jurídica.

Como explica a socióloga Eloísa de Mattos.Hofling:


Torna-se importante aqui ressaltar a diferenciação entre Estado e governo.
Para se adotar uma compreensão sintética compatível com os objetivos
deste texto, é possível se considerar Estado como o conjunto de instituições
permanentes – como órgãos legislativos, tribunais, exército e outras que
não formam um bloco monolítico necessariamente – que possibilitam a
ação do governo; e Governo, como o conjunto de programas e projetos
que parte da sociedade (políticos, técnicos, organismos da sociedade civil e
outros) propõe para a sociedade como um todo, configurando-se a orien-
tação política de um determinado governo que assume e desempenha as
funções de Estado por um determinado período (HÖFLING, 2001, p. 30).

Assim podemos ter uma monarquia absolutista, na qual o poder é exercido,


mas sem escolha livre e direta da população, como podemos ter uma ditadura
presidencialista em que, embora a escolha não seja hereditária, igualmente não é
uma democracia.

Monarquia: Regime de governo no qual o poder é transmitido segundo os princípios de


Explor

hereditariedade a um monarca, podendo ser rei ou rainha, ficando no poder em geral até
sua morte ou abdicação.
Parlamentarismo: Regime político no qual o parlamento (poder legislativo) apoia
diretamente o governo, o primeiro ministro é responsável por governar. Pode ser usado em
monarquias e em regime presidencialista. Nele o rei ou o presidente é somente chefe de
Estado, mas quem governa é o Primeiro Ministro. Isto ocorre, por exemplo, no Reino Unido,
que é uma monarquia parlamentarista.
Ditadura: Forma de governo no qual o poder está nas mãos de uma só pessoa ou de um
grupo, que não foi eleito pelo povo.
República: Forma de governo na qual, em geral o eleito governará por um tempo
determinado como presidente, tornando-se chefe de Estado.

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A democracia requer que exista liberdade de escolha dos representantes do


grupo político (agente social político) que irá representar toda a sociedade civil
em princípio. Ocorre, que na prática, nem sempre as formas denominadas de
democracia efetivamente o são, ou são parcialmente.
Contudo, sabemos que por conta das contradições inerentes ao processo
político, esta representação nem sempre se faz de forma adequada, já que existem
diferentes intencionalidades dos diferentes partidos políticos existentes. Bem como,
para além disso, existe também interesse dos agentes do sistema econômico, dos
atores hegemônicos que, muitas vezes, apoiam os governos e, posteriormente,
acabam ganhando benefícios pessoais em detrimento da maioria da população.
Conforme afirma Cornelius Castoriadis (SOUZA, 2006), na verdade, muito do
que temos no mundo, hoje, não são democracias de fato e sim oligarquias liberais.
Muitos países que se auto definem como democratas, muitas vezes, na verdade, a
gestão pública está voltada primordialmente a alguns grupos e classes sociais, por
isso são denominados de oligarquias (poder de poucos).
Ao mesmo tempo, conforme afirma o autor, há também uma alienação dos
dirigidos, ou seja, muitas vezes a sociedade é muito mal informada, alienada e
pouco preocupada com as questões políticas.
Isso faz com que os dirigentes acabem se aproveitando desta alienação para
definir as políticas públicas conforme seus próprios interesses e não conforme os
interesses de toda sociedade.
Assim, ocorrem assimetrias de acessos aos processos decisórios e informações.
Quando afirmamos que existem assimetrias, estamos nos referindo ao fato de que
poucos têm informações sobre o que acontece no seu país, na sua cidade, com a
sua classe social.
Muitas vezes as pessoas desconhecem por completo qual é o papel do governo
em seus diferentes níveis de atuação (municipal, estadual e federal), qual o papel do
prefeito, do governador, do presidente e acabam confundindo também de quem é
a competência para fazer e decidir sobre o que.
Cabe ressalvar que os regimes políticos e econômicos ditos socialistas, caso da
antiga União Soviética, entre outros, também criaram uma classe de dirigentes e
burocratas tanto quanto no capitalismo, e que, por isso, não tornou a sociedade
menos desigual.
Cornelius Castoriadis diz que o poder de alguns cria as “oligarguias no poder”
(poucos detém o poder) tanto nos países chamados de democráticos quanto nos
que se autodenominam socialistas:
Quer o regime interno da organização seja “democrático” como nos
reformistas, quer seja ditatorial, como nos estalinistas, a massa dos
militantes não pode absolutamente influir em sua orientação, que é
determinada sem apelação por uma burocracia cuja estabilidade nunca
é questionada; pois mesmo quando o núcleo dirigente chega a ser
substituído, ele o é em proveito de um outro não menos burocrático
(CASTORIADIS, 1955, p. 5).

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Portanto, na visão do autor, nem as ditas democracias são de fato democracias,
nem o socialismo implantado em países como a antiga União Soviética levou a
uma maior equidade social e política.
De outro lado, não é possível separarmos a política da economia, na sociedade
contemporânea. Quando observamos as relações internacionais, por exemplo: se
um presidente viaja para estabelecer melhores relações com outros países está
fazendo diplomacia, política, de outro leva junto inúmeros empresários interessados
em relações econômicas.
A ideologia do liberalismo econômica é antiga. A concepção de que o Estado em
suas diferentes formas de governo deveria dar liberdade ao mercado na velha máxi-
ma “o mercado se autorregula” ou ainda “o mercado não precisa de normas e leis”.
Mais recentemente, principalmente após anos 1980-90 temos a doutrina do
neoliberalismo, que se coaduna com o interesse de um Estado mínimo, com poucas
regulamentações e que sirvam para a expansão do capitalismo, representados
principalmente pelas megacorporações.
A política neoliberal prega abertura das fronteiras do ponto de vista do mercado,
da diminuição das leis e normas que regulam o mercado econômico, com vistas a
ampliar as fronteiras do capitalismo.
Em 1989, um grupo de organizações multilaterais, como o Banco Mundial e o
Fundo Monetário Internacional, criam uma recomendação internacional principal-
mente aos países subdesenvolvidos latino-americanos chamada de “Consenso de
Washington”, no qual definia algumas medidas a serem tomadas, a saber:
• Reforma fiscal - buscando diminuir impostos para as grandes empresas;
• Redução fiscal e do aparelho estatal, cortando gastos e funcionários do
governo, terceirizando parte da mão de obra;
• Política de privatização de órgãos, empresas e instituições públicas;
Tal política seria um parâmetro mundial para os países que necessitassem de
empréstimos mundiais, caso do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco
Mundial entre outros.

Figura 5 – Sede do Fundo Monetário Internacional, Washington D.C.


Fonte: Wikimedia Commons

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UNIDADE Sociedade, Política e Ideologia

Tais medidas vêm sendo criticadas por entidades sociais e políticas de esquerda,
pois afirmam ser uma política de arrocho salarial, de interesse das grandes
corporações econômicas.

Por outro lado, existem os movimentos sociais, que são agentes sociais de
diferentes tipos, que buscam se contrapor ao atual processo de globalização,
buscando maior equidade social e também reduzir desigualdades de natureza
política, racial, sexual, entre outras dimensões.

Entende-se por movimento social um grupo de pessoas, organizados, com


uma intenção específica de alcançar transformações sociais e políticas de forma
coletiva. Há diferentes maneiras de se expressarem: por meio de artigos, passeatas,
manifestações, denúncias, ocupações, entre outras.

Figura 6 – Fórum Social Mundial 2009, painel América Latina e o Desafio da Crise Internacional
Fonte: ebc.com.br

Este é o caso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras (MST), do Mo-
vimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do Fórum Social Mundial (que engloba
inúmeros movimentos contra o atual processo de globalização), dos movimentos
estudantis de diferentes países, dos movimentos negros, entre tantos outros.

A seguir, vamos evidenciar, de forma resumida, alguns eventos e períodos da


política brasileira.

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Resumo da Trajetória das
Formas de Política no Brasil
O Brasil constitui-se como Estado com a independência formal de Portugal, em
1822, e com a Constituição de 1824 delineia sua forma de governo, que naquela
época era o Império, uma forma de monarquia.

Assim, em vários momentos do período imperial, houve conflitos regionais,


geralmente relacionados à excessiva intervenção do governo central na vida
das províncias. Foram estes os casos da Guerra da Cisplatina, que resultou na
independência do Uruguai, em 1827; da Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do
Sul (1835-1845); e da Revolução Praieira1, em Pernambuco, em 1849.

Figura 7 – Revoltas Nativistas do Brasil Império


Fonte: Adaptado de Vivian Fiori, 2014

Como explica o historiador Boris Fausto (1994), a chegada da metade do


século XIX é marcada por uma busca por modernização, que pode ser verificada
principalmente pelas mudanças nas leis:

1. O movimento ocorrido em Pernambuco entre 1842 a 1849 pode ser caracterizado como o mais “politizado” de
todas as revoltas do período (alguns historiadores consideram-na uma revolução).

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UNIDADE Sociedade, Política e Ideologia

[...] 1850 não assinalou no Brasil apenas a metade do século. Foi o ano de
várias medidas que tentavam mudar a fisionomia do país, encaminhando-o
para o que então se considerava modernidade. Extinguiu-se o tráfico de
escravos, promulgou-se a Lei de Terras, centralizou-se a Guarda Nacional
e foi aprovado o primeiro Código Comercial. Este trazia inovações e
ao mesmo tempo integrava os textos dispersos que vinham do período
colonial. Entre outros pontos, definiu os tipos de companhias que
poderiam ser organizadas no país e regulou suas operações. Assim como
ocorreu com a Lei de Terras, tinha como ponto de referência a extinção
do tráfico (FAUSTO, 1994, p. 197).

Foram mudanças importantes na sociedade brasileira, pois acabou a escravidão


negra formalmente no país e toda uma nova ideologia é elaborada para este novo
momento da história social do Brasil.

Se antes o trabalho era visto como algo que escravo deveria fazer, no final do
século XIX, funda-se a ideologia de que o trabalho dignifica o homem e os imigran-
tes vão ser trazidos para trabalharem principalmente nas lavouras do Sul-Sudeste.

A Questão da Escravidão:
Explor

As leis que promoveram a abolição, começando pela Lei de Proibição do Tráfico, de 1850; a
Lei do Ventre Livre, de 1871; a Lei do Sexagenário, de 1886; e, finalmente, a Lei Áurea, de
1888; levaram a imensa mão de obra representada pelos escravos a uma situação precária,
visto que não foram seguidas por leis que promovessem o acesso à terra por parte desta
população.
Grandes nomes dentre os abolicionistas, destacando-se Joaquim Nabuco, André Rebouças
e João Alfredo, lutavam para aprovar leis que dessem terras e garantissem crédito agrícola,
para fazer dos ex-escravos pequenos produtores rurais, dando-lhes garantia de segurança
alimentar e evitando desordens sociais.

Em 1889, o Brasil torna-se uma República presidencialista e federalista. Em


1889, com a Proclamação da República, o Brasil seguiu o modelo norte-americano
de federalismo, transformando as então províncias em Estados. Entretanto, na
história brasileira houve vários períodos de governos ditatoriais, nos quais, na
prática, o poder centralizador foi grande em detrimento da descentralização do
poder dos Estados-membros.

Tivemos, por exemplo, a ditadura Vargas, no período de 1930-1945, os


governos militares, de 1964-1985, períodos nos quais a liberdade de expressão e
política foram suprimidas, alguns partidos políticos foram proibidos de exercer sua
atuação política.

No começo do século XX, o poder central passou a ter uma influência maior dos
poderes regionais, dentro de uma composição hierárquica, ligada principalmente
ao poder econômico das elites locais, que num primeiro momento ficou conhecida
como café com leite, pois parte de tal elite era produtora de café e de gado leiteiro,
em Minas e em São Paulo.

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Já com o final da ditadura de Getúlio Vargas (1930-1945), alguns partidos
ressurgiram e outros novos foram criados. No final da década de 1950 a ideologia
por trás do governo JK (1956-1961) consistia num programa de desenvolvimento
rápido, cujo lema era “50 anos em 5”. Juscelino havia sido governador de Minas
Gerais, tendo promovido amplas reformas, especialmente no que se refere à
infraestrutura. Construiu estradas, usinas hidrelétricas, além de ter trazido uma
indústria siderúrgica para seu Estado.

Ficou conhecido pela sua gestão desenvolvimentista, o que o credenciou


à candidatura presidencial. Sua eleição foi apoiada por seis partidos, embora
houvesse muita desconfiança, principalmente por parte dos militares, com relação
a um possível apoio comunista a sua candidatura.

De modo a reduzir o poder do presidente, a oposição conseguiu passar no


Congresso Nacional uma emenda que instituía o parlamentarismo no Brasil. Assim,
ao tomar posse, João Goulart tinha seus poderes limitados à chefia do Estado,
sendo que a chefia de governo caberia ao primeiro ministro

Com o golpe militar em 1964 um novo período de ditadura se estabelece no


Brasil. Em 1967, Castello Branco outorga a Constituição, institucionalizando as
práticas já adotadas pelo governo, o que de certa forma conferia legitimidade a
suas ações. Por esta Constituição, passou a existir uma ditadura impessoal, em que
os chefes militares revezavam-se no poder.

Dentre os atos institucionais promulgados pelos governos militares o Ato


Institucional número 5, de 1968, conhecido como AI-5, tornou-se o mais importante
ato na supressão da liberdade no Brasil, que perdurou até 1978.

Você Sabia? Importante!

AI- 5
[...] Art. 4º - No interesse de preservar a Revolução, o Presidente da República, ouvido o
Conselho de Segurança Nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, poderá
suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e cassar
mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.
Parágrafo único - Aos membros dos Legislativos federal, estaduais e municipais,
que tiverem seus mandatos cassados, não serão dados substitutos, determinando-se o
quorum parlamentar em função dos lugares efetivamente preenchidos.
Art. 5º - A suspensão dos direitos políticos, com base neste Ato, importa,
simultaneamente, em:
I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;
II - suspensão do direito de votar e de ser votado nas eleições sindicais;
III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política;
IV - aplicação, quando necessária, das seguintes medidas de segurança:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado [...]

Fonte: Texto literal do Ato Institucional nº 5, de 13 de Dezembro de 1968.


Disponível em: https://goo.gl/w7Ztzy

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UNIDADE Sociedade, Política e Ideologia

Em 1978, começa a primeira mudança no campo político, com a anistia para


alguns brasileiros que haviam sido exilados do Brasil por conta da ditadura. Apesar
de um avanço no campo político, no começo dos anos 1980, o Brasil ainda estava
assolado pela hiperinflação, desemprego e estagnação econômica.

Em 1985 alguns setores da sociedade brasileira criaram uma grande campanha


pelas eleições diretas, movimento conhecido como “Diretas Já”, do qual participavam
políticos de oposição e também artistas e pessoas famosas. Houve comícios
principalmente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, com a participação
de milhões de pessoas. Este amplo movimento social e político redundou no final
dos governos militares em 1985 e num novo período de redemocratização.

Figura 8 – Diretas Já
Fonte: ebc.com.br

A partir daí, o Congresso elaborou um Nova Constituição em 1988, tornando-se


um marco político importante neste novo período de redemocratização no Brasil.
Apesar dos avanços no campo político com novas eleições presidenciais diretas,
num primeiro momento a questão social e econômica ainda se encontrava bastante
debilitada, com grande inflação, desemprego e inúmeros planos econômicos que
buscavam sem sucesso equilibrar as finanças do país.

Para se ter uma ideia, em 1988 a inflação anual chega ao patamar de 1.037,53%
em um ano (só para comparação, a inflação de 2016 foi 6,2%). Tal condição fez
com que a década de 1980 e começo de 1990 como período de aumento da
pobreza, do desemprego, das desigualdades sociais ampliadas no Brasil.

Um novo momento social e econômico ocorreu com a estabilização econômica


e monetária no Brasil, com o Plano Real, de 1994, que permitiu uma melhoria
na condição socioeconômica do Brasil, ainda muito desigual socialmente, mas em
condições melhores do que nas décadas anteriores.

Nos anos 1990, com a implantação de políticas neoliberais, vários setores e


empresas estatais foram privatizadas dentro da lógica do “Consenso de Washington”.

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Ao mesmo tempo nos anos 2000 voltam a ser de crescimento econômico no
Brasil, com novas políticas sociais em voga.

Já no século XXI entramos num momento de crescimento econômico e depois


com grandes escândalos de corrupção, envolvendo políticos de diversos partidos
e grandes empresas (principalmente do setor de construção civil) denunciados por
um sistema chamado de “delação premiada”.

Para alguns era o “fim do Brasil”; para outros um momento histórico importante,
no qual alguns políticos que estavam envolvidos em irregularidades e fraudes
econômicas foram presos ou denunciados, situação incomum em nossa história.

É fundamental que se analise sempre as implicações de tais eventos. Estão todos


sendo efetivamente punidos, ou há um componente ideológico que está sendo
explorado por alguns setores políticos?

É essencial lembrar que não se faz política sem poder, sem ideologias, sem
relação entre a dimensão econômica e política e tudo isso afeta o Brasil, o mundo
e a sociedade.

Apesar de tantas desigualdades sociais, assimetrias de acesso, de alienação,


certamente se compararmos o Brasil hoje ao do período da escravidão, por
exemplo, podemos afirmar que avançamos positivamente, mas certamente ainda
há muito para ser questionado, discordado, repensado do ponto de vista social e
político no país.

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UNIDADE Sociedade, Política e Ideologia

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
História do Brasil: Política e Economia
OLIVEIRA, Dennison de. História do Brasil: política e economia. Curitiba:
Intersaberes, 2012. (e-book).
Políticas Públicas: Definições, Interlocuções e Experiências
OLIVEIRA, Mara de; BERGUE, Sandro Trescastro (orgs.). Políticas públicas:
definições, interlocuções e experiências. Caxias do Sul: Educs, 2012 (e-book).
Relações Internacionais
SEITENFUS, Ricardo. Relações internacionais. Barueri: Manole, 2013 (e-book).

 Vídeos
Palestra Antonio Carlos Robert Moraes. 5º Parte
Palestra do prof. Antonio Carlos Robert de Moraes (FFLCH/USP) – 5ª parte, no
Fórum “Rumos da Cidadania”, em 2009, no Instituto Prometheus
https://youtu.be/fqTBx6v7uFY
Engenheiros do Hawaii - Toda Forma de Poder
https://youtu.be/_Aj8oWL_uNQ

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Referências
ANDRADE, Manuel Correia de. A questão do território no Brasil. São Paulo:
HUCITEC, 2004.

ARENDT, Hannah. Da Violência. Trad. Maria Cláudia Drummond Trindade.


Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1985.

CASTORIADIS, Cornelius. Sobre o conteúdo do socialismo. Socialismo ou


Barbárie, nº 17 julho de 1955. Disponível em: http://www.portalentretextos.
com.br/webroot/files/prt_livrosonline/sobre_o_conteudo_do_socialismo.pdf.

CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia? Revisão José E. Andrade, publicação digital,


2004. Disponível em: http://bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/services/e-
books/Marilena%20Chau%ED-1.pdf.

FAUSTO, Bóris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994.

HÖFLING, Eloísa de Mattos. Estado e políticas públicas sociais. Cadernos Cedes,


ano XXI, nº 55, novembro, 2001, p. 30-41.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Martins


Fontes, 2002.

SKIDMORE, Thomas E. Brasil: de Getúlio a Castello (1930-64). São Paulo:


Companhia das Letras, 2010.

SOUZA, Marcelo Lopes de. A prisão e a ágora: reflexões em torno da


democratização do planejamento e da gestão das cidades. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2006.

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