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A Semana de Arte Moderna, para Mário de Andrade, representou mais

que um movimento literário. Representava uma ruptura de costumes.


Renovação da linguagem, na busca de experimentação, pela liberdade criadora
da ruptura com o passado. O evento marcou época ao apresentar novos ideais e
conceitos de arte.

A Semana de Arte Moderna ocorreu em uma época cheia de turbulências


políticas, sociais, e culturais. As novas vanguardas estéticas começaram a surgir
e o mundo passou a assistir aterrorizado à nova arte.

A semana encaixou-se num contexto cheio de conturbações. República


Velha, controlada pela política do café-com-leite, auge do comercio nacional de
café. O capitalismo crescia no Brasil, consolidando a República e uma elite
paulista, totalmente influenciada pelos padrões estéticos europeus mais
tradicionalistas. Tinha objetivo de renovar o ambiente artístico e cultural da
cidade com o que consideravam “a perfeita demonstração do que há em nosso
meio” em relação à escultura, à arquitetura, à música e à literatura sob o ponto
de vista rigorosamente atual. E nacional.

O principal foco de descontentamento com a ordem estética


estabelecida se dava no campo da literatura. Já no campo das artes, o
pioneirismo instalou-se com a jovem pintora Anita Malfatti, que voltava da
Europa, trazendo consigo experiências das vanguardas européias, e uma
brilhante exposição. Que causou tanto escândalo que foi alvo de severas criticas
de Monteiro Lobato.

Sendo tão conturbado, o Modernismo pode ser visto como uma luta pela
mudança, não aceita por grande parte da burguesia nacional. O Modernismo
foi, ao mesmo tempo, pesquisa e invenção duma linguagem artística.
Movimento radical à sua entidade nacional. Mas, nacionalista.

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