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ACORDE SEM TERCEIRA – ACORDE formado pela FUNDAMENTAL e uma quinta perfeita
(ver INTERVALO). Estas notas podem ser duplicadas. O acorde constituído pela
fundamental, quinta perfeita e duplicação da fundamental à OITAVA é denominado
power chord na música rock.
ÂMBITO – (ver REGISTO e TESSITURA) A gama de sons, do mais grave ao mais agudo,
que se pode obter num dado instrumento ou voz. Aplicado a obras musicais, o
termo refere a gama de sons exigida pela peça. Assim, diz-se, por exemplo, que
uma MELODIA em cantochão tem um âmbito de uma OITAVA, ou que uma dada
SINFONIA tem um âmbito de sete oitavas.
ANACRUSE – Tempo fraco, constituído por uma ou mais NOTAS, que antecipa e
prepara o primeiro tempo forte de uma dada MELODIA.
por baixo das NOTAS fundamentais que constituem o baixo contínuo. Por essa razão
tem também o nome de «baixo cifrado».
BEMOL – Sinal gráfico (♭) que indica a diminuição da altura de uma nota em um
semitom. Dois sinais do mesmo tipo (♭♭) [inserir símbolo para duplo bemol]
indicam um duplo bemol.
CANZONA – Género de peça instrumental nos séculos XVI e XVII, que consistia na
adaptação de música vocal polifónica.
COMPASSO – O termo pode designar ou cada uma das divisões métricas de uma peça
musical, assinaladas por linhas verticais e que estruturam a peça numa sucessão
regular de tempos fortes e fracos, ou o tipo de compassos de que maioritariamente
a peça se compõe. Assim, de uma obra maioritariamente formada por compassos
de três tempos ou batidas diz-se que está «em compasso ternário». Os compassos
podem ser «simples» ou «compostos», consoante cada tempo ou batida se divide
em duas ou três partes iguais.
DIATÓNICA – Chama-se «diatónica» a uma ESCALA de sete TONS (heptatónica) que seja
constituída por cinco INTERVALOS de TOM e dois de semitom, sendo que entre
quaisquer duas NOTAS contíguas da escala não pode haver um intervalo superior a
um tom e os dois semitons não podem ocorrer contiguamente. Estão portanto
excluídas, além da escala CROMÁTICA, as escalas pentatónicas, hexatónicas e
octatónicas, e nem todas as escalas heptatónicas são diatónicas. Exemplos de
escala diatónica são as escalas maiores e as menores naturais (o tipo mais comum
de escala na música popular de hoje em dia e na música clássica europeia entre os
sec. XVIII e XX) e os antigos MODOS eclesiásticos medievais. Diz-se também de uma
nota ou ACORDE (ou conjunto de notas ou conjunto de acordes) que são
«diatónicos» numa dada TONALIDADE, ou seja, que pertencem naturalmente a essa
tonalidade. Assim, um acorde é diatónico naquelas tonalidades que têm as notas
constituintes do acorde.
FOUND SOUNDS – O equivalente sonoro de found objects ou found art. Sons não
produzidos pelo compositor, que são «apropriados» através da gravação e usados
para fins artísticos.
GRAU – Numa ESCALA DIATÓNICA, há sete graus, correspondendo a cada uma das sete
notas (ver NOTA) que formam a escala: TÓNICA (I), sobretónica (II), mediante (III),
subdominante (IV), DOMINANTE (V), sobredominante (VI), sensível (VII). (Quando o
INTERVALO entre VII e I é de um tom inteiro em vez de semitom, chama-se
"subtónica" ao grau VII). Estes termos designam as notas quanto à sua função
melódica ou harmónica (ver MELODIA e HARMONIA), por referência a uma dada
escala. Por exemplo, na escala de Dó maior, a nota Dó é a tónica e Sol a dominante;
na escala de Sol maior, a nota Sol é a tónica, Ré a dominante e Dó a subdominante.
Qualquer das doze notas da escala CROMÁTICA está na relação de tónica, dominante,
subdominante, etc., com outra nota, numa dada escala.
HARMÓNICOS – Um TOM musical é uma entidade complexa, constituída por uma série
de tons «secundários» a que podemos chamar «sobretons», que correspondem a
múltiplos da FREQUÊNCIA ou vibração fundamental que determina a qualidade do
tom. A frequência fundamental é o primeiro harmónico. Suponhamos uma corda
ou coluna de ar vibrando à frequência fundamental de 220 Hz (que corresponde à
nota Lá abaixo do Dó central no piano). A corda ou coluna de ar não vibra apenas
nessa frequência, mas simultaneamente numa série de frequências que
correspondem a divisões da corda ou coluna de ar em duas (440 Hz), três (660 Hz),
quatro (880 Hz)... n partes, embora só consigamos percecionar alguns destes
harmónicos e tanto melhor nos sons mais graves. A distribuição relativa dos
harmónicos num determinado espetro sonoro é o principal responsável pelo seu
TIMBRE, ou «cor», a principal característica que diferencia os instrumentos.
HARPA EÓLICA – Instrumento feito de modo a produzir som por ação do vento sobre
as cordas. Bastante popular no séc. XIX.
MIRLITÃO – Instrumento de sopro que consiste numa forma cónica simples e uma
membrana vibratória, cujo fim é modificar a voz, dando-lhe um TIMBRE anasalado,
semelhante a um zumbido.
MODO – No sentido mais abrangente, o termo «modo» refere uma certa ordenação
dos INTERVALOS entre TONS compreendidos numa OITAVA (ver ESCALA, TONALIDADE e
DIATÓNICA). Na maior parte da música «ocidental» usa-se dois modos principais:
maior e menor. O primeiro exemplifica-se tocando no piano todas as teclas brancas
(contíguas) entre qualquer nota Dó e a oitava acima ou abaixo. O segundo
exemplifica-se tocando no piano todas as teclas brancas (contíguas) entre qualquer
nota Lá e a oitava acima ou abaixo (no caso das escalas menores, há ainda duas
variações do padrão «natural» a ter em conta: a escala menor harmónica e a escala
menor melódica). O que muda de um modo para outro é a posição, na escala, das
notas entre as quais há um intervalo de semitom em vez de tom inteiro (usando só
as teclas brancas do piano, os semitons estão em Mi-Fá e Si-Dó – as que não têm
teclas pretas intercalares). Desde que se mantenha a posição relativa dos
intervalos, pode-se iniciar uma escala com o mesmo modo em qualquer nota,
terminando na oitava acima. A diversidade de modos possíveis é imensa, da qual
os modos maior e menor, bem como os modos eclesiásticos da tonalidade
«ocidental» são apenas uma ínfima parte.
OITAVA – Intervalo entre quaisquer duas NOTAS em que a nota mais aguda tem o
dobro da FREQUÊNCIA da nota mais grave.
PAVANA – Tipo de dança cerimonial nas cortes europeias dos séc. XVI e XVII. A
pavana foi amplamente usada como modelo para ANDAMENTOS de suites
instrumentais no período barroco.
PEDAL – Nome dado a uma nota prolongada no baixo, que se mantém através de
mudanças na HARMONIA. É também designada como «bordão» ou «ponto de órgão».
Trata-se de uma das mais antigas formas de POLIFONIA. Chama-se «pedal invertida»
a uma nota pedal numa voz superior, em vez de no baixo.
PIZZICATO – Técnica usada nos instrumentos de corda com arco, que consiste em
beliscar as cordas em vez de as friccionar com o arco.
REGISTO DE ALAÚDE – mecanismo usado nos CRAVOS com dois teclados, que permite
obter um TIMBRE mais anasalado, evocativo do alaúde.
SACABUXA – Género de trombone que remonta ao séc. XV, com uma sonoridade mais
suave que a sua versão moderna.
SONATA.
TESSITURA – A parte de um dado ÂMBITO vocal que é mais comummente usada para
essa voz.
TOCATA – Termo geral com que se designa composições para instrumento de tecla,
que se distinguiam da SONATA pelo caráter formalmente livre.
TOM – O termo «tom» tem mais de um sentido, podendo referir qualquer som de
ALTURA definida, um INTERVALO entre dois sons de altura definida, ou, na música
antiga, um MODO em que a música está escrita.
TONALIDADE – Num dos seus sentidos, o termo «tonalidade» refere qualquer género
de obra em que a composição musical se baseia em ESCALAS nas quais as NOTAS e
ACORDES desempenham papéis de diferente importância relativa, podendo as
mesmas notas e acordes desempenhar funções diferentes dependendo do contexto
(Uma forma simples de ver isto é iniciar uma MELODIA em Dó maior com a nota Si e
a terminar na mesma nota: a segunda deixa-nos na expectativa de algo mais mas a
primeira não; contudo, são a mesma nota). Em termos figurativos, na base do
tonalismo estão as ideias de «atração gravitacional» exercidas por umas notas
sobre outras, de «tensão e resolução», o contraste entre cromatismo (ver
CROMÁTICA) e diatonismo (ver DIATÓNICA). Por exemplo, as melodias tonais tendem a
começar na nota designada por «tónica» (primeira nota da escala em que a
melodia é composta) e a terminar também nessa nota. Noutro sentido, o termo
refere a escala particular em que a obra está escrita (ou aquela que é
predominante na obra). Se uma melodia está escrita, por exemplo, na «tonalidade
de Dó maior», isso significa que foi construída com base numa escala que começa e
termina na nota Dó e que essa escala está em «modo maior», ou seja, que exibe um
certo padrão de tons e semitons entre os graus da escala. Porém, numa peça escrita
numa dada tonalidade pode haver mudanças temporárias de tonalidade (ao que se
chama «modulação»), sendo usual regressar à tonalidade inicial antes da conclusão
da peça, de modo a não comprometer a predominância de uma dada tonalidade. A
música ATONAL é a que não exemplifica semelhante organização.
TÓNICA – Numa ESCALA DIATÓNICA, a tónica é o GRAU que dá o nome à escala (por
exemplo, a nota Dó na escala de Dó maior). Juntamente com a DOMINANTE, é a nota
harmonicamente mais importante neste tipo de escalas.
TRÍADE – Nome dado a um ACORDE formado por três NOTAS separadas por dois
INTERVALOS de terceira. Dependendo dos intervalos de que são formadas, as tríades
podem ser menores (terceira menor, terceira maior), maiores (terceira maior,
terceira menor), aumentadas (terceira maior, terceira maior) ou diminutas
(terceira menor, terceira menor).
UNÍSSONO – Duas notas soam em uníssono quando têm a mesma ALTURA. Dois
instrumentos ou vozes executam um trecho em uníssono quando tocam a mesma
sequência de notas, à mesma altura. Dado que os homens e as mulheres cantam
naturalmente à distância de uma oitava, diz-se por vezes que cantam «em
uníssono» quando cantam a mesma melodia à distância de uma oitava.