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Membros Titulares
Dra. Andréia Ardevino de Oliveira
Dr. Claudio Penido Campos Júnior
Dra. Cinara Silva Feliciano
Dr. Clovis Carbone Junior
Dr. Daniel Zoppi
Prof. Dr. Fernando Bellíssimo Rodrigues
Prof. Dr. Geraldo Duarte
Dr. Gilberto Gambero Gaspar
Dr. Lécio Rodrigues Ferreira
Dr. Luiz Sérgio D’Oliveira Rocha
Profa. Dra. Maria Célia Cervi
Membros Suplentes
Profa. Dra. Alessandra Cristina Marcolin
Prof. Dr. Rodrigo de Carvalho Santana
Dra. Seila Israel do Prado
Profa. Dra. Valéria Paula Sassoli Fazan
2019
1
APRESENTAÇÃO
2
SUMÁRIO
TÓPICO PÁGINA
CELULITES PERIORBITÁRIAS 94
3
INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR - COMUNITÁRIA E HOSPITALAR 95
4
MODO DE USO E TÓPICOS ESPECIAIS SOBRE ANTIMICROBIANOS 169
5
TERAPIA ANTIMICROBIANA DE ADULTOS
6
USO DE ANTIMICROBIANOS SEGUNDO O AGENTE ETIOLÓGICO
EM ADULTOS COM FUNÇÃO RENAL NORMAL
OBS: Uso de antimicrobianos em gestantes e no período da lactação - ver também capítulos específicos deste Manual.
Acinetobacter Infecções hospitalares Consultar antibio- Casos graves e terapia Bactéria multirresis-
baumannii grama – se sensível empírica: polimixina B tente - checar
usar ampicilina/ – 7.500 a 12.500 U/kg antibiograma.
sulbactam, 2/1g peso, 12/12h, EV, Consultar equipe da
6/6h, EV, por 14 10 a 14 dias. Associar CUCA/CCIH.
dias meropenem - 1 a 2g,
8/8h, EV OU
aminoglicosídeo
Actinomyces israelii Actinomicose Penicilina G Crist. 4 Doxiciclina 100mg Pode ser necessário
Actinomyces spp. milhões U, 4/4h, 12/12h,VO, 28 a 42d tratar por 6- 12 meses.
EV lento, 28d OU OU Clindamicina – Continuar com
Ampicilina 1g 6/6h 600-900mg 8/8h, EV, amoxicilina 500mg
EV, 28d 28 a 42d. 8/8h VO.
Ascaris lumbricoides Ascaridíase Mebendazol 100mg Albendazol 400mg/d, Não usar mebendazol/
12/12h, VO, 3d VO, durante 3d. albendazol em gestantes
7
Aspergilose pulmonar Itraconazol Voriconazol 200mg Anfotericina B (dose
crônica invasiva 600mg/d (1mês)→ 8/8 h VO (1d)→ total 2-3g) →
(necrotizante) 400mg/d VO 200mg 12/12h itraconazol (≥ 1ano)
(≥1ano) (≥1ano)
8
Brucella abortus, Brucelose Doxiciclina 100mg Doxiciclina VO Também atuam:
suis e melitensis 12/12h VO + +estreptomicina 1g/d sulfametoxazol
Rifampicina 600- IM, 14d (ou trimetoprim,
900mg/d, por 6 gentamicina ciprofloxacina.
sem.(ou até 3mg/Kg/d por 21d)
6-12 meses)
9
Chlamydia Pneumonia atípica Claritromicina Doxiciclina 100mg Outros macrolídeos e
(Chlamidophyla) 500mg 12/12h, VO, 12/12h, VO, por 5d. fluoroquinolonas são
pneumoniae por 5d eficazes.
Citrobacter freundii ITU Cefepima- 2,0g, Meropenem 1g, 8/8h Preferir ciprofloxacina
12/12h EV, por 10 - EV (2g 8/8h EV se ou piperacilina/
C. diversus (koseri) Pneumonia 14d OU infecção no SNC) OU tazobactam se a bactéria
Sepse ciprofloxacina Imipenem 500 mg for susceptível.
400mg 12/12h, EV, 6/6h EV por 10 - 14
10 - 14d dias
Clostridium difficile Colite Metronidazol - Vancomicina 125mg Descontinuar
pseudomembranosa 500mg, 8/8h VO 6/6h, VO por 10- antimicrobianos
por 10-14dias 14dias causadores da colite.
Clostridium Botulismo por feri- Penicilina G Metronidazol 500mg Usar precocemente soro
botulinicum mento contaminado cristalina – 10 a 20 6/6h, EV, 7-10d equino antibotulínico –
milhões UI/d, EV, 1 amp diluída 1:10 em
fracionar 4/4h, soro fisiológico, EV em
7-10d 1 hora.
10
Corynebacterium Infecção relacionada Vancomicina 500 Penicilina cristalina 4 Linezolida, tigecicli-
jeikeium com cateter em mg de 6/6 h, EV milhões 4/4h EV+ na e daptomicina são
imunosuprimidos gentamicina 1mg/Kg, ativas in vitro.
Endocardite 8/8h, EV
11
Enterobacter cloacae Pneumonias Ciprofloxacina- Meropenem - 1g, 8/8h Sulfametoxazol/
E. cloacae complexo Inf. urinária 400mg, 12/12h EV, EV (2g, 8/8h, se trimetoprim e
Sepse por 10-14d + infecção do SNC) OU tigeciclina: ver
Amicacina- 500mg Imipenem 1g, 8/8h, antibiograma. Isolados
12/12h EV lento, EV MDR: polimixina B.
por 10-14d.
Escherichia coli Infecção urinária baixa Norfloxacina Cefuroxima 250 a Opção parenteral:
comunitária 400mg 12/12h, 5 a 500mg 8/8h, VO,por 5 ceftriaxona- 1 a 2g,
10d (não a 10d-OU 24/24h EV (ou IM com
recomendado para Nitrofurantoína – 50 a lidocaína), 5 a 10d
gestantes) 100mg, 6/6h VO por 7
a 10 dias.
12
Haemophilus Meningites Ceftriaxona 2g Cefotaxima 2g 8/8h Profilaxia para
influenzae 12/12h EV ≥10d ou 6/6h, EV, ≥14d contactantes adultos.
OU cloranfenicol Rifampicina 600mg
500mg 6/6h, EV 24/24h, por 4d.
(alergia a beta-
lactâmicos)
Herpes simplex Herpes oral, Aciclovir 200mg Valaciclovir 1g 12/12h, Em pacientes com aids
genital e cutâneo 4/4h , 5vezes/dia VO por 5d; ou prolongar terapia:
VO, 5-7d. Fanciclovir 500mg, aciclovir 14-21d;
12/12h VO por 7 dias. valaciclovir - 10dias.
13
Influenza vírus Influenza Oseltamivir Zanamivir 5mg por Quimioprofilaxia:
(gripe) 75mg, 12/12h inalação, 12/12h por 5 Oseltamivir 75mg,
VO por 5 dias dias (iniciar até 48h 24/24h por 10 dias
(iniciar até 48 após início sintomas) OU zanamivir, 5 mg por
horas depois de inalação, 12/12h, por 10
início da doença) dias.
14
Listeria Aborto Penicilina G Ampicilina 2g 4/4h, EV Hipersensibilidade às
monocytogenes Meningite cristalina - associada ou não com penicilinas: Sulfameto-
4 milhões U/d, gentamicina 1mg/Kg de xazol-trimetoprim –
4/4h, EV, 14d peso, 8/8h EV lento. 5mg/kg de TMP 6/6h ou
(associada ou não 8/8h, EV.
com gentamicina)
Morganella morganii Infecção urinária Ceftazidima 1 a Piperacilina/ Para isolados MDR:
Pneumonia 2g 8/8h EV OU Tazobactam – 4/0,5g Meropenem-1g, 8/8h
Infecção oportunista cefepima- 2g, 6/6h EV. EV. Sulfametoxazol-
12/12h, EV, 10 a trimetoprim pode atuar
14 dias. em ITU baixa.
Mycobacterium Infecção sistêmica em Claritromicina Claritromicina Duração do tratamento:
avium-intracellulare paciente 500mg VO 500 mg VO 12/12h + ≥12 meses após
imunossuprimido ou 12/12h + Etambutol 1200mg/d negativação das
com pneumopatia Etambutol VO, VO + Ciprofloxacina culturas.
prévia 1200 mg/d + 750 mg VO 12/12h, por Azitromicina,
Rifampicina tempo indeterminado. amicacina, estrep-
600mg/d VO, Reduzir dose diária se tomicina e rifabutina
por tempo peso ˂ 50kg. podem ser outras opções
indeterminado. terapêuticas. Usar
sempre associação de
duas ou três drogas.
Mycobacterium Hanseníase, Dapsona 100 Na opção 1 acrescentar
leprae paucibacilar mg/d, VO + Dapsona 100mg/mês.
Rifampicina O tratamento mensal
600mg, VO, com Rifampicina e
uma vez ao mês Clofazimina deve ser
durante 6m supervisionado.
Hanseníase, Dapsona 100 Dapsona 100mg/d VO Na opção 1 acrescentar
multibacilar mg/d, VO + + clofazimina 50mg/d Dapsona 100mg/mês +
Clofazimina 50 VO, + rifampicina Clofazimina
mg/d, VO + 600mg/d VO, por 24 300mg/mês, ambas sob
Rifampicina meses. supervisão (junto com
600mg, VO uma Rifampicina).
vez ao mês, + Se intolerância
Clofazimina substituir Clofazimina
300mg, VO uma por minociclina -
vez ao mês, 100mg/d VO, por 24
durante 18m. meses.
Mycobacterium Tuberculose pulmonar e Comprimidos com Esquema de 2ª ou 3ª Tratamento inicial:
tuberculosis extra pulmonar isoniazida 75mg + linha por intolerância reduzir para 3cp/d se
rifampicina ou resistência peso corporal entre 36 e
150mg + micobacteriana: enviar 50kg. Associar
pirazinamida paciente ao Amb. de piridoxina 40mg/d, VO,
400mg + Tisiologia durante o tratamento
etambutol 275mg; Especializada com isoniazida.
4 cp pela manhã Monitorizar enzimas
em jejum, por 2 hepáticas.
meses. A seguir, Meningites: associar
por 4m (10m se corticoide nas 4
meningite ou semanas iniciais.
óssea): com iso-
niazida 75mg +
rifampicina
150mg) - 4cp pela
manhã em jejum
Mycoplasma Pneumonia Doxicilina-100mg Claritromicina- 500mg Fluorquinolonas podem
pneumoniae atípica 12/12h VO, 14 12/12h, VO, 14 dias (ou ser eficazes.
dias outro macrolídeo).
Neisseria Uretrite Ceftriaxona- Ciprofloxacina pode ser Conforme perfil de
gonorrhoeae 500mg, dose usada se bactéria sensibilidade,
Cervicite única, IM sensível. ciprofloxacina,
doxiciclina e
azitromicina podem ser
alternativas.
Artrite / Endocardite Ceftriaxona 1 g Azitromicina 1g, Doxiciclina VO é outra
12/12h EV por 24/24h, VO por 15-21d. alternativa.
15-21d
15
Neisseria Meningite / Endocardite Penicilina G Ceftriaxona 2g 12/12h, O tratamento deve ser
meningitidis cristalina- EV, OU cloranfenicol iniciado com
4milhões U 4/4h, 500mg 6/6h, EV, por ceftriaxona até
EV lento ou 7-10d confirmação da
ampicilina 2g etiologia. Contactantes
4/4h, EV, por 10d adultos (profilaxia):
(meningite) a 28d rifampicina 600mg
(endocardite) 12/12h, VO, 2d.
16
Plasmodium vivax Malária vivax Cloroquina (comp Se vômitos, cloroquina Ajustar duração do uso
com 150 mg) 4 cp 5mg/Kg 8/8h,EV de primaquina: 70 – 79
no 1ºdia, 3cp no (300mg de cloroquina kg - 16d; 80 - 89kg -
2º e 3ºdia,VO (3- base 8/8h) 18d; 90 - 99Kg - 20d;
2-2cp se peso 35- 100 - 109kg - 22d
49kg) + Prima- (1 cp/d)
quina 15mg-1cp/d
VO, por 14d
Proteus mirabilis Infecção urinária Norfloxacina Ceftriaxona 1g 12/12h, Pode ser sensível a
400 mg 12/12h EV OU sulfametoxazol-
VO, 5-14d; OU amoxicilina/clavulanato trimetoprim
cefuroxima 250 a -500mg a 1g, 8/8h EV.
500mg 8/8h, VO,
5-14d
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Rickettsia spp Tifo exantemático Doxiciclina 100 Cloranfenicol 500 mg Fluorquinolonas podem
Febre maculosa mg 12/12h VO, 6/6hs EV, 10d (opção atuar
10d preferencial para
gestantes)
Scedosporium Feohifomicose Itraconazol Itraconazol+terbinafina Posaconazol 400mg,
prolificans Inf. oportunistas focais 400mg dose única 500mg, 12/12h VO, até 12/12h VO (junto com a
(Lomentospora ou disseminadas diária, VO após cura clínica e refeição) pode ser útil
prolificans) e outros refeição durante radiológica. como terapia de resgate.
fungos filamentosos meses, até a cura Alta resistência a todos
clínica e antifúngicos.
radiológica
Scedosporium Infecções oportunistas Voriconazol Itraconazol 200mg a 1. Desbridamento
apiospermum focais ou disseminadas 6mg/Kg, 12/12h 300mg 12/12h VO (após cirúrgico quando
(Pseudoallescheria EV (dia 1º) e refeições) até alcançar a possível.
boydii) depois 4mg/Kg cura (menos eficaz) 2. Posaconazol 200mg
12/12h EV. 6/6h ou 400mg 12/12h
Passar p/ VO (junto com refeição) VO
quando possível: pode ser útil.
200mg 12/12h
(≥40Kg) ou
100mg 12/12h
(<40Kg)
Salmonella spp Gastroenterite Norfloxacina 400 Ciprofloxacina 500mg Antimicrobiano só é
mg VO 12/12h, 12/12h, VO, por 7d OU indicado para
7d ceftriaxona 2g 24/24h, imunossuprimidos e
IM ou EV, 2-5d outros pac. fragilizados
18
Staphylococcus Celulite, abscessos e Cefalexina - 500 Cefalotina-0,5 a 1g, Macrolídeos,
aureus (cepas outras infecções de a 1000mg, 6/6h 6/6h EV, por 7-14dias. clindamicina e
comunitárias baixa gravidade VO, OU doxi- Transicionar para sulfametoxazol
(Oxacilina – ciclina -100mg, cefalexina VO quando trimetoprim podem ter
Sensíveis)) 12/12h VO, por 7 possível. eficácia..
a 14dias.
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Pneumonia Meningite Penicilina G Ceftriaxona - 1 a 2g, Hipersensibilidade a
Septicemia cristalina-4 12/12h EV; OU betalactâmicos: usar
Endocardite milhões U 6/6h clindamicina 300 a clinda ou vancomicina -
EV lento, 10 a 600mg, 8/8h EV se 1g, 12/12h, EV.
30d pneumonia ou
endocardite
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Sífilis primária Penicilina G Ben- Doxiciclina 100 mg VO Em gestantes,
Sífilis secundária e zatina 2,4 milhões 12/12h, 15d; OU aconselha-se fazer dose
Sífilis latente recente IM, dose única Ceftriaxona 1g/d, EV ou adicional de Pen.
(1,2 milhões UI IM, 10d benzatina, 2,4 milhões,
em cada glúteo) IM, após 1 semana da 1ª
dose. Acompanhar com
VDRL a cada três me-
ses. É esperada queda
progressiva nos títulos
de anticorpos. Repetir o
tratamento se houver
persistência ou nova
elevação dos mesmos
(2 diluições ou mais).
21
Virus da hepatite C Tempo de tratamento: 8
a) Sofosbuvir + Simepravir ± ribavirina a 24 semanas
b) Sofosbuvir + Daclatasvir ± ribavirina dependendo do
c) Ombitasvir / veruprevir/ ritonavir e esquema utilizado e
Genótipo 1
dasabuvir ± ribavirina estágio da doença
d)Sofosbuvir / ledipasvir ± ribavirina hepática.
e) Elbasvir / grazoprevir ± ribavirina
Tempo de trata-
mento:12 a 24 se-manas
dependen-do do estágio
Genótipo 2 Sofosbuvir + Daclatasvir ± ribavirina
da doença hepática.
Tempo de tratamento:
12 a 24 semanas
Genótipo 3 dependendo do estágio
Sofosbuvir + Daclatasvir ± ribavirina da doença hepática.
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TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO DE ADULTOS COM
PNEUMONIA, NÃO GESTANTES COM FUNÇÃO RENAL NORMAL
Obs: Usar claritromicina (ou doxicilina VO, 100mg 12/12h) para pneumonia intersticial com suspeita
de micoplasma, clamídia ou legionella.
b) Pacientes HIV positivos com PO2 <70mmg Hg: Sulfametoxazol+ trimetroprim EV,
(15mg/kg/dia de trimetroprim) dividido de 6/6horas + ceftriaxona EV, 1g 12/12h
23
c) Outras pneumonias comunitárias de alta gravidade: Claritromicina EV, 500mg de
12/12h+ Ceftriaxone EV, 1g de 12/12h ou Levofloxacina EV, 750 mg cada 24 horas
d) Provável pneumonia estafilocócica: Oxacilina EV, 2g 6/6h + Gentamicina EV, 1mg/Kg
de peso 8/8h. Observação: Esporadicamente tem sido isolados S. aureus oxacilino-resistentes
de pacientes com pneumonia comunitária. Em razão deste fato, sugere-se para casos graves,
com suspeita de infecção estafilocóccica, iniciar terapia empírica alternativa com
vancomicina EV, 1g 12/12h ou 1g de 8/8h + levofloxacina EV 750mg 24/24h. Este
tratamento deve ser ajustado, se necessário, após a identificação do agente causal e do
antibiograma.
5) DPOC exarcebado:
Tratar por 7 dias quando paciente apresentar boa resposta clínica. Manter até 10-14 dias se ainda
houver evidências de infecção ativa.
Tratar por 7dias quando paciente tiver boa evolução, exceto para Pseudomonas aeruginosa e
Acinetobacter baumannnii onde deve-se tratar por 14 dias. Se após 48 horas o paciente não apresentar
resposta terapêutica tratar como ítem 8.
Tratar por 7- 10 dias quando paciente tiver boa evolução, exceto para Pseudomonas aeruginosa e
Acinetobacter baumannnii onde deve-se tratar por 14 dias. Readequar e direcionar a terapia
antimicrobiana assim que estiver disponível o resultado de cultura e antibiograma.
24
Observações:
1) Estas recomendações são para o uso empírico, após o isolamento da bactéria adequar
antibioticoterapia. Individualizar a terapia se os dados clínicos e laboratoriais sugerirem o uso
de outros antimicrobianos ou contra-indicação daqueles aqui sugeridos. 2) Há uma tendência
na literatura para a redução do tempo de tratamento para 7 dias quando paciente tiver boa
evolução tanto nas pneumonias comunitárias como nas hospitalares. 3) Deve-se sempre se
atentar nos casos onde não está tendo boa evolução para a possibilidade de outros
diagnósticos diferenciais como tromboembolismo pulmonar, congestão pulmonar,
neoplasias, tuberculose, e atelectasia pulmonar. Também há de se cogitar de complicações do
processo pneumônico como abscessos pulmonares e empiema.
25
TRATAMENTO ANTIMICROBIANO DAS MENINGITES
BACTERIANAS PIOGÊNICAS EM ADULTOS NÃO GESTANTES
COM FUNÇÃO RENAL NORMAL
Obs: Adequar antibiótico conforme resultado de culturas, de outros exames e do contexto clínico.
Atentar para a possibilidade de bactérias multirresistentes.
26
Obs: Se necessário, associar dexametasona (ver observação acima). Para descolonização de vias
aéreas em pacientes que não fizeram uso de Ceftriaxona recomendamos Rifampicina 600mg VO de
12/12h por 2 dias. Para pacientes onde não é possível o uso de rifampicina usar Ciprofloxacina 500mg
VO dose única.
O tempo habitual de tratamento é de 7 a 10 dias.
Obs: Se o estafiloco for resistente à oxacilina ou com história de procedimentos ou internação recente
superior a 48 horas: Vancomicina 30 a 60 mg/kg/dia, dividida em 2 a 3 doses diárias.
O tempo habitual de tratamento é de pelo menos 14 dias.
Obs: Com história de uso prévio de antibiótico usar Meropenem 2g EV de 8/8h + Amicacina 500mg
EV de 12/12h.
Adequar antibiótico conforme resultado de antibiograma.
O tempo habitual de tratamento é de 21 dias.
a) Fratura de base de crânio e fístula liquórica: Não recomendamos o uso de profilaxia. Para
fístula liquórica crônica pode ser obtida prevenção parcial com penincilina benzatina –
2.400.000U via IM, uma vez por mês e vacinação para pneumococo.
b) Uso de dispositivos de drenagem como DVP, DVA, DVE: Recomendamos o uso somente
na inserção do dispositivo. Ver capítulo de Profilaxia Cirúrgica.
Obs: Associar metronidazol 500mg de 8/8h caso haja contaminação com terra ou água suja.
27
d) Meningite meningocóccica: Para descolonização de vias aéreas em pacientes que não
fizeram uso de Ceftriaxona recomendamos Rifampicina 600mg VO de 12/12h por 2 dias.
Para pacientes onde não é possível o uso de rifampicina usar Ciprofloxacina 500mg VO dose
única.
- Contactantes domiciliares e escolares : Rifampicina 600mg VO de 12/12h por 2 dias (dose
para adultos). Para pacientes onde não é possível o uso de rifampicina usar Ciprofloxacina
500mg VO dose única (dose para adultos). Iniciar a profilaxia o mais precoce possível.
Obs: Nestes casos deve-se sempre entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica para avaliação
da profilaxia.
28
TRATAMENTO DA CELULITE PRÉ-SEPTAL E ORBITÁRIA
EM ADULTOS E ADOLESCENTES COM FUNÇÃO RENAL NORMAL
Introdução
Microbiologia
Oitenta a 90% dos casos de celulite orbitária e pré-septal ocorrem por extensão de
processo infeccioso localizado em seios paranasais. O seio etmoidal é o mais acometido,
seguido do maxilar. As culturas de material oriundo dos seios paranasais revelam presença de
Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae e alguns estudos apontam predomínio
de S.aureus. Culturas de abscessos mostram, como patógenos mais comuns, S. pneumoniae,
Streptococcus do grupo A, H. influenzae não tipado e S. aureus , havendo relação entre o
isolado e a idade. Há também relatos de isolamento de múltiplos patógenos, aeróbios e
anaeróbios, como Streptococcus anginosus (milleri), Streptococcus do grupo A e C, S.
aureus, H. influenzae, Moraxella catarrhalis: Peptoestreptococcus, Eikenella, Fusobacterium
e Bacteroides spp. Tratamento – Ver Tabela e item Uso de Antimicrobianos em Pediatria.
29
TRATAMENTO DAS CELULITES PRÉ-SEPTAL E ORBITÁRIA
EM ADULTOS E ADOLESCENTES COM FUNÇÃO RENAL NORMAL
Adultos *
Opções IV: Opções VO:
30
OPÇÕES PARA TRATAMENTO ANTIMICROBIANO DAS INFECÇÕES
DO PÉ DIABÉTICO EM ADULTOS NÃO GESTANTES
31
OPÇÕES PARA TRATAMENTO ANTIMICROBIANO DA ARTRITE
SÉPTICA EM ADULTOS
A) Artrite séptica (de comunidade) em pacientes adultos com função renal normal e
não-gestantes:
32
TRATAMENTO DE INFECÇÕES URINÁRIAS (ITU) EM
ADULTOS COM A FUNÇÃO RENAL NORMAL
Obs: A Fosfomicina 3g VO dose única pode ser uma opção para o tratamento da ITU não
complicada.
b) Com uso prévio: Aguardar urocultura se possível. Se necessário iniciar com uma das drogas acima,
selecionando aquelas que o paciente não fez uso.
Obs: Transicionar para VO assim que possível, baseado em cultura e na resposta clínica.
Obs: Se houver sinal de choque associar gentamicina 5 mg/Kg/dia dividido de 8/8 horas.
Após 48 horas com resultado de culturas e resposta clínica reavaliar o uso.
33
5) Infecção urinária baixa hospitalar:
Com ou sem uso de antibiótico: Aguardar resultado de culturas e tratar por 7 dias. Se
necessário iniciar antibiótico fazer conforme ítem 6 até resultado de culturas.
34
RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO AMBULATORIAL E HOSPITALAR
DO PACIENTE COM BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA
1. Introdução:
Em pessoas sem qualquer anormalidade estrutural ou funcional do sistema urinário, as
vias urinárias são habitualmente estéreis na quase totalidade de sua extensão, incluindo os
rins, ureteres, bexiga e porção proximal da uretra. Já a porção distal da uretra e o meato
urinário frequentemente albergam, em condições normais, bactérias e fungos oriundos do
trato digestivo, como enterobactérias, Enterococcus spp. e Candida spp.
Eventualmente, esses microrganismos podem ascender às porções superiores do trato
urinário e lá se multiplicarem, em virtude de falha dos mecanismos inatos de defesa, ou
devido a um grande inóculo microbiano, ou ainda devido à grande virulência de um germe
em especial.
Essa ascensão poderá originar uma infecção sintomática do trato urinário (ITU) ou
uma bacteriúria assintomática, cuja distinção implica em manejo clínico bastante
diferenciado, o que justifica a divulgação destas recomendações.
2. Definição
35
3. Epidemiologia
A bacteriúria assintomática é muito frequente em determinados grupos de pacientes,
podendo-se destacar os idosos, as gestantes, os portadores de diabetes mellitus, de bexiga
neurogênica, tumores prostáticos, litíase urinária, transplante renal, os cistotostomizados,
usuários de sondagem vesical de demora, entre outros.
4. Etiologia
Os agentes etiológicos mais freqüentemente envolvidos nos episódios de bacteriúria
assintomática são os mesmos responsáveis pelas ITU: Escherichia coli, Proteus spp.,
Klebsiella spp., Enterococcus spp., acrescidos por Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter
baummannii, quando de origem hospitalar.
5.1 Gestação
Durante a gestação, a bacteriúria assintomática acarreta risco aumentado de evolução
para pielonefrite e trabalho de parto prematuro e a literatura indica que o uso de antibióticos
reduz significativamente este risco. Os esquemas terapêuticos a serem prescritos são os
mesmos indicados para a ITU na grávida, sendo as drogas mais utilizadas: amoxicilina +
ácido clavulânico, cefalexina, cefuroxima e fosfomicina, em regimes que variam de 1 a 7
dias. Posteriormente ao tratamento, a urocultura deverá ser repetida pelo menos 1 vez por
mês até a resolução da gestação.
5.2 Pré-operatório
No paciente que deverá se submeter a procedimentos cirúrgicos urológicos ou a
cirurgias de grande porte em qualquer topografia corporal, a bacteriúria assintomática
acarreta risco aumentado de bacteremia e infecção do sítio cirúrgico. Nesta circunstância, a
terapêutica será orientada pela urocultura e deverá ser iniciada na véspera do procedimento,
ou na indução anestésica. Entre as drogas mais indicadas para esta situação, podemos
destacar gentamicina, amicacina, ceftriaxona e ciprofloxacina.
A duração do tratamento deve ser de 24 horas, nas cirurgias de grande porte não-
urológicas, e nas cirurgias urológicas em que o paciente não fará uso de sonda urinária no
pós-operatório. Por outro lado, quando um cateter urinário fôr deixado no pós-operatório de
uma cirurgia urológica, alguns autores recomendam que a terapêutica seja estendida por 7
dias.
36
5.3 Outros grupos de pacientes
Em idosos, diabéticos, portadores de bexiga neurogênica, de lesão raqui-medular,
imunosuprimidos em geral, pacientes submetidos à sondagem vesical de demora ou
intermitente, cistostomizados, não há estudos que indiquem quaisquer benefícios associados
ao tratamento da bacteriúria assintomática, não se considerando essas condições como
indicações de antibioticoterapia de curta duração, nem tampouco de antibioticoprofilaxia
contínua, posto que os resultados destas práticas são a inefetividade profilática, seleção de
bactérias multirresistentes, aumento da incidência de efeitos colaterais e do custo de
tratamento.
6. Considerações Finais
Essas diretrizes são baseadas na literatura médica e atendem à realidade da maioria
dos pacientes que procuram assistência em nível ambulatorial ou hospitalar. Entretanto, há
circunstâncias em que a diferenciação entre ITU e bacteriúria assintomática é mais
complicada, como no caso do paciente portador de colagenose, com febre e urocultura
positiva, ou no caso do idoso que apresenta confusão mental, desidratação e urocultura
positiva.
Para auxiliar na condução destes casos, recomendamos que um médico da CUCA/CCIH seja
consultado.
7. Bibliografia
Anderson DJ et al. Strategies to Prevent Surgical Site Infections in Acute Care Hospitals. Infect
Control Hosp Epidemiol 2008; 29:S51–S61.
Chenoweth CE, Saint S. Urinary tract infections. Infect Dis Clin North Am. 2011; 25(1):103-15.
Gupta K et al. International clinical practice guidelines for the treatment of acute uncomplicated
cystitis and pyelonephritis in women: A 2010 update by the Infectious Diseases Society of America
and the European Society for Microbiology and Infectious Diseases. Clin Infect Dis. 2011;
52(5):e103-120.
Nicolle LE et al. Infectious Diseases Society of America Guidelines for the Diagnosis and Treatment
of Asymptomatic Bacteriuria in Adults. Clinical Infectious Diseases 2005; 40:643–654.
Vieira neto OM. Infecção do Trato urinário. Medicina Ribeirão Preto. 2003. v36, 365-369.
Warren JW et al. Guidelines for Antimicrobial Treatment of Uncomplicated Acute Bacterial Cystitis
and Acute Pyelonephritis in Women. Clinical Infectious Diseases 1999; 29:745–758.
Woodford HJ, George J. Diagnosis and management of urinary infections in older people. Clin Med.
2011;11(1):80-3.
37
TRATAMENTO ANTIMICROBIANO INICIAL DA SEPSE
38
Origem da Sepse Prováveis Agentes Terapia antimicrobiana sugerida
1ª opção 2ª opção
Infecção na pele e Estafilococo Oxacilina – 2g 6/6h Vancomicina2-0,5g
subcutâneo Streptococcus EV (ou cefalotina – 6/6h (ou 1g 12/12h)
pyogenes 2g 6/6h EV) + EV +Gentamicina –
(Clostridium) Gentamicina – 1mg/Kg 8/8h, infusão
1mg/Kg 8/8h, EV.
infusão EV
Foco inicial Estafilococo Ceftriaxona- 2g Vancomicina2 – 0,5g
desconhecido Estreptococos 12/12h EV + 6/6h (ou 1g 12/12h)
Bacilos Gram Gentamicina - EV + Gentamicina-
negativos 1mg/Kg 8/8h, 1mg/ Kg 8/8h, infusão
infusão EV4 EV (OU Meropenem -
1g 8/8h EV)
1) Se houver evidência firme da etiologia estafilocócica, substituir a ceftriaxona por oxacilina -2g
6/6h, EV; 2) Usar vancomicina se existirem dados sugestivos de pneumococos resistentes à penicilina
G ou de estafilococos ORSA-MRSA; 3) A ciprofloxacina pode ser substituída por ceftriaxona e o uso
de ampicilina pode ficar restrito à pacientes idosos, mais susceptíveis a infecção por enterococos; 4)
Havendo indícios da participação de bacilos Gram negativos anaeróbios, associar clindamicina-
600mg 8/8h, EV ou metronidazol- 500mg 6/6h EV.
II- Sepse em pacientes hospitalizados e/ou imunossuprimidos e/ou com outros fatores de
fragilização orgânica
39
ABORDAGEM DO PACIENTE COM NEUTROPENIA FEBRIL
1. Introdução
2. Definição
Neutropenia febril pode ser definida como presença de episódio febril, caracterizado
como temperatura oral > 38,2º C ou ≥ 38,0º C sustentada por um período de pelo menos 1
hora, na presença de contagem de neutrófilos totais (CNT) < 500 céls/mm³ ou com
expectativa de CNT < 500 céls/mm³ nas próximas 48 horas. O termo ―neutropenia profunda‖
tem sido utilizado ocasionalmente para descrever CNT < 100 céls/mm³.
Pacientes com certas neoplasias hematológicas que apresentam ―neutropenia
funcional‖, caracterizada pela presença de defeitos qualitativos de neutrófilos circulantes (ex.:
prejuízo da fagocitose e destruição de patógenos) também devem ser considerados como de
risco elevado para infecções.
Além disso, pacientes idosos ou em uso de glicocorticóides podem apresentar
infecção sem necessariamente apresentarem febre. Nestes casos é importante estar atento para
reconhecimento de outros sinais como hipotermia, hipotensão e deterioração clínica.
3. Avaliando o Paciente
Deve-se obter uma história clínica detalhada, incluindo doença de base, presença de
comorbidade (diabetes, DPOC, etc...), características da febre, interrogatório sobre os
sintomas gerais e específicos, presença de sinais de gravidade, realização de procedimentos
invasivos, presença de dispositivos invasivos, como cateter venoso central, SVD, ou outros.
A data e o tipo de quimioterapia são importantes para prever a duração do período de
neutropenia, e identificar fatores de risco, como mucosite.
O risco para certos tipos de infecção pode ser influenciado por certas neoplasias,
associadas à déficits humorais ou de imunidade celular. Produção anormal de anticorpos ou
defeitos na depuração de imunocomplexos, presentes em patologias como mieloma múltiplo,
leucemia linfóide crônica, pacientes esplenectomizados, ou com asplenia funcional resultam
em aumento do risco de sepse fulminante por bactérias encapsuladas, com pneumococo,
meningococo, Haemophilus influenzae. Em pacientes com linfoma de Hodgkin, defeitos na
função de células T aumentam o risco de infecções por patógenos intracelulares, como
Listeria monocytogenes, Salmonella spp, Criptococcus neoformans e Mycobacterium
tuberculosis. Em pacientes com leucemia linfóide aguda, tumores do SNC, ou com outros
tumores recebendo altas doses de corticosteróides apresentam risco aumentado para
desenvolvimento de pneumocistose.
40
O paciente deve ser examinado detalhadamente à procura do possível foco infeccioso.
Sintomas como dor, mesmos que discretos devem ser valorizados, uma vez que sinais e
sintomas de inflamação são frequentemente atenuados ou até mesmo ausentes em pacientes
neutropênicos.
Os sítios mais comumente acometidos são: pele (especialmente sítios punção venosa,
de punção de medula óssea, biópsia de pele, região peri-ungueal), orofaringe e região
periodontica, seios da face, pulmões, trato gastrintestinal, região perineal e perianal. Outros
sítios tais como trato geniturinário, olhos, sistema nervoso central também podem ser
acometidos. É importante lembrar que devido à neutropenia pode não se encontrar infiltrados
pulmonares na radiografia de tórax nos casos de pneumonia, pleocitose liquórica nos casos de
meningite, ou leucocituria nos casos de infecção do trato urinário.
Deve se realizar radiografia de tórax e colher exames laboratoriais, como hemograma,
uréia, creatinina, eletrólitos, ALT, AST, FA, γGT, DHL, urina rotina, para avaliação inicial.
Outros exames podem ser necessários conforme apresentação do quadro clínico (ex.: TC de
crânio, US de abdome, etc...).
É imprescindível a coleta de culturas. Deve se colher pelo menos duas amostras de
hemocultura de sangue periférico, colhidas de locais distintos, antes do início da terapia
antimicrobiana. Se o paciente for portador de cateter venoso central, deve se colher uma
amostra de cada via do cateter e mais uma amostra de sangue periférico. Caso o paciente
persista com febre após 48 horas do início da terapia antimicrobiana empírica, mais duas
amostras de hemoculturas (cateter ou sangue periférico) devem ser colhidas, e
posteriormente, a cada 2 dias caso a febre persista. Além disso, caso ocorra recrudescimento
desta após período afebril deve se colher hemoculturas novamente.
Outras amostras para realização de cultura devem ser colhidas orientadas pela
presença de sinais e sintomas ou história clínica.
Coprocultura, Exame parasitológico de Fezes – em paciente com quadro de
gastrenterites ou diarréia aguda;
Urocultura – em paciente com presença de sintomas urinários, uso prévio ou atual de
SVD, achados anormais de urina rotina, portador de bexiga neurogênica ou outra disfunção
do Trato Geniturinário;
Cultura de Líquor – na suspeita de infecção do SNC;
Cultura de lesão cutânea – na suspeita de lesões infecciosas de pele ou subcutâneo.
Preferencialmente obter amostras por meio de aspiração ou biopsia destas lesões - também
encaminhar para o laboratório de patologia cirúrgica.
Cultura de amostras respiratórias – na suspeita de infecções das vias aéreas
inferiores com infiltrados de etiologia incerta. Preferencialmente colher amostras por meio de
broncofibroscopia (LBA).
Tomografia computadorizada (TC) de alta resolução de tórax pode revelar infiltrado
pulmonar em mais da metade dos pacientes neutropênicos com achados normais à radiografia
de tórax. Em relação às infecções dos seios da face, a TC se mostra fundamental,
especialmente na suspeita de sinusite fúngica invasiva.
Nos pacientes considerados de ―alto risco‖, ou com história prévia de infecção fúngica
invasiva provável ou confirmada deve-se realizar TC de tórax de alta resolução e TC de seios
da face na admissão. Durante o período de neutropenia febril nestes pacientes, a TC de tórax
e seios da face de ser repetida a cada 5-7 dias caso o paciente permaneça febril e sem
sintomas respiratórios, com o objetivo de detectar precocemente infecção fúngica invasiva.
Na presença de sintomas respiratórios estes exames podem ser realizados antes.
Nos pacientes de ―baixo risco‖ ou sem antecedentes de infecção fúngica invasiva, a
avaliação tomográfica deve ser realizada conforme apresentação clínica ou avaliação
radiológica.
41
4. Estratificando o Risco
42
Tabela 2: Estratifição de risco – HCFMRP – USP
5. Escolha do Antimicrobiano
43
Na hipótese do paciente ser colonizado por bactéria gram-negativa resistente aos
carbapenêmicos (Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter
baumannii, etc...) e o paciente apresentar hemocultura com crescimento de bacilo gram-
negativo, deverá ser adicionada droga com ação antimicrobiana contra bactérias resistentes
aos carbapenêmicos (ex.: tigeciclina, amicacina, polimixina) até o resultado final da
hemocultura.
Apesar da predominância de bactérias gram-positivas como causa de bacteremia
durante episódios de neutropenia febril, estudos randomizados comparando esquemas
empíricos iniciais com e sem vancomicina não demonstraram redução significativa da
duração da febre ou mortalidade geral. A associação de vancomicina (ou outras drogas
ativas contra cocos gram positivos) ao esquema empírico inicial deve ser considerada nas
seguintes situações:
44
ALGORÍTIMO I
45
ALGORÍTIMO II
O tratamento empírico inicial deve ser ajustado conforme os resultados das culturas
coletadas.
Se o paciente estiver em uso de vancomicina ou outro antimicrobiano com finalidade
semelhante, pode se considerar a suspensão deste antimicrobiano após 48 horas de uso caso
não haja evidência de infecção por gram positivo.
46
Uma maneira de se diagnosticar uma ICS-CVC, sem a retirada do cateter é por meio
da análise da diferença de tempo de positividade das hemoculturas coletadas
simultaneamente do sangue periférico e do cateter. Se a hemocultura coletada do cateter se
tornar positiva 120 minutos antes que a coletada do sangue periférico sugere que o cateter é a
fonte da bacteremia. Uma vez que a antibioticoterapia já tenha sido iniciada no momento da
coleta das hemoculturas a diferença do tempo de positividade das amostras não é mais
confiável como critério para diagnóstico de ICS-CVC.
Para ICS-CVC causadas por S.aureus, BGN não-fermentadores (P. aeruginosa, A.
baumannii, etc...), fungos ou micobactérias é recomendado à retirada do cateter além da
terapia antimicrobiana sistêmica por pelo menos 14 dias. Além disso, nos casos de ―tunelite‖
(define-se tunelite como flogose ao longo do trajeto subcutâneo de cateter implantado, em
mais que 2 cm do local de saída do mesmo, com ou sem infecção concomitante da corrente
sanguínea), infecção de ―portcath‖, trombose séptica, endocardite, instabilidade
hemodinâmica, ou bacteremia persistente por mais de 72 horas após início de terapia
antimicrobiana adequada também é recomendado à retirada do cateter.
Para ICS-CVC causadas por estafilococos coagulase-negativos, pode se considerar a
terapia antimicrobiana sistêmica associada ou não a ―lock therapy‖ e a manutenção do
cateter.
A duração da terapia antimicrobiana vai depender de vários fatores, tais como:
remoção ou manutenção do cateter, resposta a terapia com 48-72 horas (resolução da febre e
bacteremia), presença de complicações infecciosas (abscessos, endocardite, artrite, trombose
séptica, etc...). De maneira geral, a duração de tratamento sistêmico por 14 dias é considerada
adequada para aquele paciente neutropênico que teve seu cateter removido, apresentou
resposta adequada nas primeiras 72 horas de tratamento, e não apresentou complicações
infecciosas como abscessos de pele ou subcutâneo, endocardite, etc. No paciente com ICS-
CVC que evolui alguma complicação infecciosa, como às citadas acima, deverá ter seu
tratamento prolongado por além duas semanas conforme quadro clínico. Nestes casos
consultar a CUCA para definir a melhor conduta.
Terapia antifúngica empírica e investigação para infecção fúngica invasiva deve ser
considerada para pacientes de ALTO RISCO com febre persistente ou recorrente após 4-7
dias de terapia antimicrobiana, e cujo tempo esperado de neutropenia é maior que 7 dias.
Outra opção para a adição de antifúngicos é a estratégia preemptiva; neste caso além da
presença de febre e dos fatores de risco, outros marcadores de infecção são utilizados, como a
presença de biomarcadores positivos (beta 1,3 glucana, galactomanana ou PCR para fungos),
dados radiológicos (TC de tórax e seios da face) e dados clínicos. A utilização da estratégia
preemptiva é interessante, pois reduz a utilização de antifúngicos sem impactar em
mortalidade relacionada à infecção fúngica.
Infecção fúngica invasiva por fungos filamentosos, tais como aspergilose invasiva,
mucormicose ou zigomicose e fusariose ocorrem quase que exclusivamente em pacientes de
ALTO RISCO com neutropenia profunda (≤ 100 céls/ml) há pelo menos 10-15 dias.
Nos pacientes de BAIXO RISCO, o risco de infecção fúngica invasiva é baixo, não
sendo recomendado rotineiramente o emprego de terapia antifúngica empírica.
47
9. Uso de Agentes Antivirais
Profilaxia para infecções por herpes vírus deve ser realizada nas situações em que o
paciente é de alto risco (vide tabela 2) e possui sorologia positiva ou antecedente de infecção
pelos herpes vírus, como herpes labial, cutâneo ou genital. Deve ser utilizado o aciclovir na
dose de 200 mg 3x/dia, via oral. A profilaxia deve ser retirada após a recuperação de
neutrófilos ou a resolução da mucosite. Nas situações de transplante de medula óssea seguir o
protocolo da equipe.
A utilização de antivirais para tratamento de infecções por herpes vírus simples (HSV)
ou vírus varicela-zoster (VZV) somente está indicada se houver evidência clínica e/ou
laboratorial de doença viral ativa. Os HSV’s são causas comuns de erupções cutâneas, além
disso, podem causar meningoencefalite, mielite, esofagite, pneumonia, hepatite, eritema
multiforme e doença ocular. A infecção pelo VZV nestes pacientes manifesta-se como um
quadro de múltiplas lesões atípicas e disseminadas, envolvendo múltiplos dermatomos,
também pode haver comprometimento pulmonar. Para o tratamento destas infecções, a dose
do aciclovir deve ser de 8 a 10,5 mg/kg/dose a cada 8 horas, por 7 a 10 dias na doença
mucocutânea ou esofágica, e por 14 a 21 dias nos casos de pneumonia, hepatite ou
meningoencefalite. Pode ser utilizado valaciclovir ou famciclovir com alternativa. Nos casos
de doença mucocutânea ou esofágica a medicação pode ser transicionada para VO, na dose
de 400 mg 5x/dia, após melhora inicial da lesões até completar o tratamento.
Infecções por outros herpes vírus, como EBV, CMV ou herpes vírus 6, podem ocorrer
nestes pacientes, principalmente nos pacientes submetidos à transplante de medula óssea
alogênico. Nos pacientes submetidos à transplante de medula óssea autólogo ou apenas à
quimioterapia, as infecções por esses vírus são raras.
Para pacientes que vão ser submetidos à tratamento quimioterápico, recomenda-se
vacinação contra influenza (vacina com vírus inativado). Pacientes com sintomas de
infecções da vias aéreas superiores, como coriza e/ou tosse, devem realizar radiografia de
tórax, e também realizar a pesquisa de vírus respiratórios (Influenza, Parainfluenza,
Adenovirus, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Metapneumovirus). Para tratamento das
infecções por Influenza ou Parainfluenza pode ser utilizado o oseltamivir ou zanamivir. Nas
infecções por VRS pode ser utilizado a ribavirina inalatória, o uso de anticorpo monoclonal
(Palivizumab®) ou imunoglobulina anti-VSR não se mostram efetivos em prevenir ou
atenuar a progressão da infecção das vias aéreas superiores para pneumonia. Para o
Adenovirus não há tratamento antiviral efetivo recomendado, apesar de alguns experts
relatarem o uso de cidofovir ou ribavirina para infecção clinicamente significativa.
Outras infecções virais tem importância epidemiológica apenas no grupo de pacientes
submetidos ao transplante de medula óssea alogênico. Poliomavírus como JC (JCV) ou BK
(BKV) podem causar infecções graves nestes pacientes levando a quadros de cistite
hemorrágica, nefropatia aguda com insuficiência renal ou leucoencefalopatia multifocal
progressiva. Hepatites virais, como HBV e HCV, podem apresentar replicação viral intensa
nos hepatócitos de receptores soropositivos na fase precoce pós transplante.
48
10. Uso de Fatores Estimuladores de Colônias de Granulócitos
1. Freifeld AG, Bow ER, Sepkowitz KA, et al. Clinical Practice Guideline for the use of
Antimicrobial Agents in Neutropenic Patients with Cancer: 2010 Update by the Infectious
Diseases Society of America. Clin Infec Dis, 2011; 52(4): e56-e93.
49
UTILIZAÇÃO DE AGENTES ANTIFÚNGICOS EM PACIENTES
ONCO-HEMATOLÓGICOS E SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE
MEDULA ÓSSEA NO HCFMRP-USP
INTRODUÇÃO
A infecção fúngica hospitalar, de caráter oportunista, ocorre na maioria das vezes após
a quebra de barreiras cutâneas e/ou mucosas, devido a procedimentos invasivos ou
procedimentos terapêuticos aos quais estão submetidos os pacientes (sondagem vesical de
demora, acesso venoso central, ventilação mecânica, procedimentos cirúrgicos, nutrição por
sonda nasoenteral, nasogástrica, parenteral e o uso de antimicrobianos).
1. Transplante autólogo.
2. Pacientes não incluídos nas definições de alto risco.
A investigação diagnóstica nestes pacientes deve incluir história clínica e exame físico
completos; colheita de amostras de hemocultura para bactérias e fungos; urocultura; swab
anal e de orofaringe; coleta de secreção de orofaringe para pesquisa de CMV; exames
radiológicos (Rx de tórax, tomografia computadorizada de tórax de alta resolução).
50
TERAPIA ANTIFÚNGICA EMPÍRICA PARA PACIENTES DE ALTO RISCO
FUNÇÃO RENAL
Voriconazol* ou
Anfotericina B
Formulação lipídica Anfotericina B desoxicolato**
* Usar a formulação oral sempre que possível em razão da biodisponibilidade da droga e do custo
elevado da formulação para uso endovenoso. A terapia com anfotericina B lipídica (lipossomal ou
complexo lipídico) deve seguir as recomendações específicas para cada tipo de infecção fúngica (ver
capítulo inicial deste manual) e pelo seu elevado custo em geral deve ser limitada a 2 - 4 semanas e
então substituídas por azólicos, quando possível.
** Em pacientes pediátricos ou com peso inferior a 45kg, considerar apenas o clearance de creatinina
como critério de troca da medicação.
51
TERAPIA ANTIFÚNGICA EMPÍRICA PARA PACIENTES DE BAIXO RISCO
NÃO
SIM
Fluconazol 400mg/dia
Cr >2mg/dl
e/ou CL<50
Sim
Voriconazol* ou
ml/min Anfotericina B
Não Formulação lipídica
Anfotericina B desoxicolato**
0,5-0,8mg/kg/dia
52
TERAPIA DE INFECÇÕES FÚNGICAS COM AGENTE
IDENTIFICADO OU PROVÁVEL
a) Candida albicans
Sistêmica: fluconazol 400-800mg/d EV, passando para via oral assim que possível,
por14 dias a partir da última hemocultura positiva. Alternativa: anfotericina B desoxicolato
0,6-0,8mg/kg/d, dose total: 10-20mg/kg.
Sistêmica: fluconazol 400-800mg/d, EV, passando para via oral assim que possível,
por período acima de 14 dias de tratamento. Alternativa: anfotericina B desoxicolato 0,8-
1,0mg/kg/d (limitado a 50mg/d), dose total: 15-30mg/kg.
c) Candida glabrata
53
Candida spp
Sistêmica
Localizada
Obs: Micafungina- 100mg/dia EV é uma opção para tratamento empírico da infecção da corrente
sanguínea por Candida albicans e outras espécies de Candida. Transicionar para fluconazol se o teste
de sensibilidade mostrar eficácia deste azólico.
d) Aspergillus spp
54
A caspofungina ou micafungina (equinocandinas) serão indicadas apenas nos casos de
falha terapêutica com voriconazol ou anfotericina B formulação lipídica em pacientes com
insuficiência renal moderada ou grave, associadas à impossibilidade de administração oral do
voriconazol. A dose da caspofungina preconizada é 70mg EV na primeira dose com doses
subseqüentes de 50mg EV.
Aspergillus spp
Creat>2,0mg/dl Creat<2,0mg/dl
Voriconazol* ou
Anfotericina B de Voriconazol* ou
Anfotericina B desoxicolato
formulação lipídica
1mg/kg/d
Não
Mica/ Caspofungina
Falha terapêutica
* Usar a formulação oral. Caso haja impossibilidade de administração por via oral, usar Anfotericina
B de formulação lipídica de menor custo.
**** Pré administração de bloqueadores de síntese de prostaglandinas, de anti-histamínicos, de
meperidina ou de corticosteróide ou, ainda, redução da velocidade da infusão diária
55
e) Fusarium spp:
Obs: Capítulo elaborado por Gilberto Gambero Gaspar em 2006, com aprovação da Divisão de Hematologia do
HCFMRP-USP e da CUCA, e que foi atualizado em 2018.
56
TERAPIA ANTIMICROBIANA EM PEDIATRIA
57
DOSES DE ANTIBACTERIANOS PARA
CRIANÇAS ACIMA DE 1 MÊS DE VIDA
58
Droga Dose Dose Máxima Via Observações
Cefazolina 50-150 mg/kg/dia de 8/8h 500mg - 1g/dose EV
Se > 80kg: 2g/dose IM
59
Droga Dose Dose Máxima Via Observações
Colistina 50.000.75.000U/kg/dia 1.000.000-2.000.000UI/dose EV Vale para as
(Polimixina E) de Colistimetato Sódico de Colistimetato Sódico formulações
de 8/8h Colomycin e
Promixin onde:
1mg =12.500 UI
de colistimetato
sódico
Para as formula-
ções Colis Tek e
Coly Mycin a dose
é calculada em mg
de Colistina Base
Atividade
Dose Tradicional:
3-7,5mg/kg/dia de 8/8h
60
Droga Dose Dose Máxima Via Observações
Meropenem 60 mg/kg/dia de 8/8h 500mg - 1g/dose EV
Infecções graves, Infecções graves,
Meningite: Meningite: 2g/dose
120 mg/kg/dia de 8/8h
Metronidazol Dose de ataque: Ataque: 1g/dose EV
15mg/kg/dose Manutenção: 500mg/dose VO
Manutenção:
7,5mg/kg/dose de 6/6 ou
8/8h
Neomicina Encefalopatia Hepática: 1g/dose VO
50-100 mg/kg/ dia de
6/6h
Nitrofurantoína 5-7 mg/kg/dia de 6/6h 100mg/dose VO Profilaxia da ITU:
1-2mg/ kg 1x/dia
(máx 100mg/dia)
Norfloxacina 20-30mg/kg/dia de 400mg/dose VO
12/12h
Oxacilina 100-150 mg/kg/dia de 500mg-1g/dose EV
6/6h Infecções graves,
Infecções graves, Endocardite: 2g/dose
Endocardite:
200 mg/kg/dia de 4/4 ou
6/6h
61
Droga Dose Dose Máxima Via Observações
Penicilina G 25.000-50.000 UI/kg/dia de 400.000UI/dose IM
Procaína 12/12h
62
Droga Dose Dose Máxima Via Observações
Tobramicina Dose Única Diária (DUD): 300mg/dia EV IM Sempre preferir
3-7,5 mg/kg 1x/dia DUD exceto nas
Se ITU: 5mg/Kg contraindica-ções
abaixo
Dose Tradicional:
3-7,5mg/kg/dia de 8/8h
63
Referências:
64
DOSES DE ANTIVIRAIS PARA CRIANÇAS ACIMA DE 1 MÊS
65
Droga Via Dose para Crianças até 12 anos
Ganciclovir EV CMV congênito sintomático: 12mg/kg/dia de 12/12h por 6 semanas
CMV Indução: 10mg/kg/dia de 12/12h por 14-21 dias
CMV Manutenção: 5mg/kg/dose 7x/semana ou 6mg/kg/dose
5x/semana ou 10mg/kg/dose 3x/semana (crianças com HIV)
Infecção por HHV6 em imunossuprimidos: 10-20 mg/kg/ dia de
12/12h
Pacientes Imunodeprimidos
Acometimento do ramo oftálmico do nervo trigêmeo ou do gânglio geniculado do
nervo facial
Quadros muito extensos e/ou com dor associada
Nestas situações tratamento antiviral deve ser iniciado dentro de 24 horas do início
das lesões.
66
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5. Gilbert, David N. The Sanford Guide to Antimicrobial Therapy, 40ª Ed, 2010
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7. National Comprehensive Cancer Network (NCCN), ―Clinical Practice Guidelines in
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http://www.nccn.org/professionals/physician_gls/PDF/infections.pdf.
8. Feder Jr., H M. and Hoss, DM Herpes Zoster in Otherwise Healthy Children The
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9. Arvin, AM. Antiviral Therapy for Varicella and Herpes Zoster Seminars in Pediatric
Infectious Diseases, Vol 13, No 1 ( January), 2002: pp 12-21
67
Situação Clínica Via Idade Dose
Varicela no EV < 1 ano 30mg/kg/dia de 8/8h por
imunodeprimido 7-10 dias
EV ≥ 1 ano 1500mg/m2/dia de 8/8h
por 7-10 dias
Zoster no EV Todas as idades 30mg/kg/dia ou
imunocompetente 1500mg/m2/dia de 8/8h
por 7-10 dias
VO ≥ 12 anos 800mg/dose 5 X/dia por
5-7 dias
Zoster no EV Todas as idades 30mg/kg/dia de 8/8h por
imunodeprimido 7-10 dias
Infecção por HSV no EV Todas as idades 30mg/kg/dia de 8/8h por
imunodeprimido 7-14 dias
(localizada ou VO ≥ 2 anos 1000mg/dia em 3-5 doses
disseminada) por 7-14 dias
HSV genital primeiro EV ≥ 12 anos 15mg/kg/dia de 8/8h por
episódio 5-7 dias
VO ≥ 12 anos 1000-1200mg/dia em 3-5
doses por 7-10 dias
Crianças 40-80mg/kg/dia
em 3-4 doses por 5-10
dias (máx 1g/dia)
HSV genital VO ≥ 12 anos 200mg/dose 5x/dia por 5
recorrência dias ou 800mg/dose
2x/dia por 5 dias ou
800mg/dose 3x/dia por 2
dias
Terapia supressiva VO ≥ 12 anos 400mg/dose de 12/12
crônica para HSV horas por 12 meses
genital ou ocular
recorrentes
Profilaxia HSV em VO ≥ 2 anos 600-1000mg/dia em 3-5
imunossuprimidos doses durante o período
soropositivos para o de risco
HSV EV Todas as idades 15mg/kg/dia de 8/8h
durante o período de
risco
68
DOSES DE ANTIFÚNGICOS EM CRIANÇAS ACIMA DE
1 MÊS DE VIDA
69
Dose para Crianças Via Apresentação Observações
70
Dose para Dose Máxima Via Apresentação Observações
Crianças
Caspofungina Candidemia: Candidemia: EV 1fr=50mg ou Liberado a
Dose de Ataque: Dose de 70mg partir dos 3
70mg/m2/do-se Ataque: meses de idade
Dose de 70mg/dose
Manutenção: Dose de
50mg/m2 1x/dia Manutenção:
Candidíase 50mg/dose
esofágica: Candidíase
50mg/m2 1x/dia esofágica:
50mg/dose
71
Referências:
72
USO DE QUINOLONAS EM PEDIATRIA
Reservar para infecções graves e/ou complicadas sem outra alternativa terapêutica
seja por falha terapêutica, intolerância ou resistência.
Também pode ser indicada quando as outras alternativas terapêuticas que não as
Quinolonas são parenterais e se deseja o tratamento domiciliar do paciente.
Referências:
73
DILUIÇÃO E INFUSÃO DE ANTIMICROBIANOS EM PEDIATRIA
Ampicilina/ 1fr =1,5g (1g SG5% Não 10mg de 30mg de 15-30 min
Sulbactam /500mg) SF0,9% recomen Ampicilina Ampicilina
1fr = 3g (2g /1g) dado em /ml /ml
crianças
Cefalotina 1fr = 1g SG5% SIM ---- ---- ----
ANTIBACTERIANOS
SF0,9%
Cefazolina 1fr = 1g SG5% SIM ---- ---- ----
SF0,9%
Cefuroxima 1fr=750 mg SG5% SIM ---- ---- ----
SF0,9%
Cefotaxima 1fr= 500 mg SG5% SIM ---- ---- ----
1fr= 1g SF0,9%
Ceftazidima 1fr = 1g SG5% SIM ---- ---- ----
SF0,9%
Ceftriaxona 1fr=500mg SG5% SIM ---- ---- ----
1fr= 1g SF0,9%
74
Droga Apresentação Soluções Injeção Diluição Diluição Tempo de
compatíve direta Padrão Máxima infusão
is (Restrição
Hídrica)
Cloranfenicol 1fr=1g SG5% SIM ---- ---- ----
SF0,9%
Colistina 1fr=1.000.000UI SG5% NÃO 40.000UI/ ---- 30 min
SF0,9% ml
1fr=500mg Apenas NÃO 10mg/ml 20mg/ml 30min
Daptomicina
SF0,9%
1fr=1g Apenas NÃO ≤20mg/ml --- 30 min
Ertapenem
SF0,9%
Gentamicina 1fr =20, 40, 80, SG5% NÃO ≤1mg/ml --- 30-120 min
160, SF0,9%
240 ou 280 mg
Imipenem 1fr = 500mg SG5% NÃO 5mg/ml 7mg/ml 40-60 min
SF0,9%
1fr= 600mg Já vem NÃO Já vem diluído 30-120min
Linezolida
ANTIBACTERIANOS
diluído
Meropenem 1fr= 500mg SG5% SIM ---- ---- ----
1fr= 1g SF0,9%
1fr=500 mg Já vem NÃO Já vem diluído 30-60min
Metronidazol
diluído
Oxacilina 1fr=500mg SG5% SIM 10mg/ml 40mg/ml 15-30 min
SF0,9% mas não se acesso
recomen central
dado em
crianças
Penicilina 1fr= 1 milhão UI, SG5% NÃO 50 mil --- 30-60 min
cristalina 5 ou SF0,9% Ui/ml
10 milhões UI
Piperacilina/ 1fr = 2,25g (2g SG5% Não 20 mg/mL200 30-60 min
Tazobactan /250mg) SF0,9% recomen mg/mL
1fr = 4,5 g (4g dado em RNs até
/500mg) crianças 20mg/ml
1fr= 500.000UI Apenas NÃO 1000 UI ml 1667 UI/ml 60-90 min
Polimixina B
SG5%
Sulfametoxazo 1 amp= 5ml= SG5% NÃO 1 ml de 1 ml de 60-90 min
l/ 400mg SF0,9% medicação medicação
Trimetoprim SMZ +80mg TMP em 30ml em 15ml
75
Droga Apresentação Soluções Injeção Diluição Diluição Tempo de
compatív direta Padrão Máxima infusão
eis (Restrição
Hídrica)
Anfotericina B 1fr=50mg Apenas NÃO 0,1mg/ml 0,2mg/ml 6 horas
Deoxicola-to SG5% apenas se
acesso
central
Anfotericina B 1fr=50mg Apenas NÃO 0,2mg/ml 0,5mg/ml 2 horas
Lipossomal SG5% acesso acesso até em 1
periférico periférico hora se
1mg/ml 2mg/ml bem
ANTIFÚNGICOS
76
Referências:
77
AJUSTE DAS DOSES DOS ANTIMICROBIANOS PARA
CRIANÇAS COM INSUFICIÊNCIA RENAL
DE ACORDO COM O CLEARANCE DE CREATININA
K
Fórmula para Cálculo do RNPT MBP até 1 ano de idade 0,29
Clearance de Creatinina RNPT até 1 ano de idade 0,33
em Crianças
RNAT até 1 ano de idade 0,45
Estatura (cm) x K Crianças de 2-12 anos e MENINAS
Creatinina 0,55
ADOLESCENTES
MENINOS ADOLESCENTES 0,70
ANTIBIÓTICOS
CORREÇÃO
DOSE CLEARANCE CLEARANCE
DROGA CLEARANC APÓS
HABITUAL 50 - 80 10 -50
E < 10 HEMODIALISE
ClCr 30-50:
Dose
5-7,5 mg/kg/dose
tradicional: 5-7,5
NC a cada 12-18h 5mg/kg/dose após
5- mg/kg/dose a
ClCr 10-29: HD
7,5mg/kg/dos cada 48-72h
5-7,5 mg/kg/dose
e de 8/8h
a cada 18-24h
AMICACINA
ClCr 40-60:
Dose única 15mg/ kg a cada
ClCr<20: não recomendado o
diária: 36h
NC esquema de DUD. Preferir dose
15 mg/kg a ClCr 30-40:
tradicional
cada 24h 15mg/ kg a cada
48h
15-
AMOXICILINA 30mg/kg/dose
de 8/8h
ClCr > 30: NC
15- Dose Nos dias de HD
ClCr 10-30: dose
30mg/kg/dose NC habitual a fazer a dose como
habitual a cada
AMOXICILINA- de 8/8h cada 24h para
12h
CLAVULANATO ITU: 6,7-
13,3mg/kg/
dose
ClCr 30-50: dose Dose diária como
25- habitual a cada 8h Dose para ClCr< 10
AMPICILINA 100mg/kg/dos NC ClCr <30: dose habitual a Nos dias de HD
e de 6/6h habitual a cada cada 12h fazer a dose após a
12h sessão
78
CORREÇÃO
DOSE CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE
DROGA APÓS
HABITUAL 50 - 80 10 -50 < 10
HEMODIALISE
AZITROMICINA NÃO REQUER AJUSTE
Dose diária como
para ClCr< 10
6,25- Cl 10-40: dose
Dose habitual a Nos dias de HD
CEFALEXINA 25mg/kg/dose NC habitual a cada
cada 12-24h fazer
de 6/6h 8-12h
a dose após a
sessão
20-
Dose habitual a Dose habitual a Dose habitual
CEFALOTINA 40mg/kg/dose NC
cada 6-8h cada 12h após HD
de 6/6h
ClCr >30: não
16,7- requer ajuste
25mg/kg a cada 25mg/kg a cada
CEFAZOLINA 50mg/kg/dose NC ClCr 10-29:
24h 24h
de 8/8h 25mg/ kg a cada
12h
CLCr 30-50:
não requer
25-
CEFUROXIMA NC ajuste 25-50mg/kg a 25-50mg/kg a
50mg/kg/dose
(EV) ClCr 10-29: 25- cada 24h cada 24h
de 8/8h
50mg/kg a cada
12h
10- 10-15mg/kg a
CEFUROXIMA 10-15mg/kg a
15mg/kg/dose NC NC cada 24h
(V0) cada 24h
de 12/12h
ClCr 30-50: 35- 35-70 mg/kg a
50-
70 mg/kg a cada cada 24h
200mg/kg/dia
8-12h 35-70 mg/kg a Nos dias de HD
CEFOTAXIMA de 6/6 ou 8/8h NC
ClCr 10-29: 35- cada 24h fazer
(meningite até
70 mg/kg a cada a dose após a
300mg/kg/dia)
12h sessão
ClCr 30-50:
50mg/kg a cada
50mg/ kg a cada
25- 48h Nos dias de
12h 50mg/kg a cada
CEFTAZIDIMA 50mg/kg/dose NC HD fazer
ClCr 10-29: 48h
de 8/8h a dose após a
50mg/ kg a cada
sessão
24h
CEFTRIAXONA NÃO REQUER AJUSTE
50mg/kg/dose
a de 8/8 ou
12/12h
50mg/ kg a cada 50mg/kg a cada 50mg/kg a cada
CEFEPIME NC
24h 48h 24h
79
CORREÇÃO
DOSE CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE
DROGA APÓS
HABITUAL 50 - 80 10 -50 < 10
HEMODIALISE
ClCr 30-50:não
requer ajuste
CLARITROMI- 7,5mg/kg/dos 4mg/kg a cada 4mg/kg a cada
NC ClCr 10-29:
CINA e de 12/12h 24h 24h
4mg/kg a cada
12h
CLINDAMICINA NÃO REQUER AJUSTE
CLORANFENI-
NÃO REQUER AJUSTE
COL
16.666-25.000
25.000 UI/kg de 25.000 UI/kg de 25.000 UI/kg de 16.666 UI/kg após
COLISTINA UI/ kg/dose
12/12h 24/24h 36/36h HD
de 8/8h
2-6 anos:
10mg/kg/ ClCr 30-50:NC 4mg/kg a cada
dose 1x/dia ClCr 10-29: 4mg/kg a cada 48h Nos dias de
DAPTOMICINA NC
> 6 anos: 4- 4mg/kg a cada 48h HD fazer a dose
6mg/kg/ dose 24h após a sessão
1x/dia
1-
4mg/kg/dose 1mg/kg a cada 1mg/kg a cada
DOXICICLINA NC NC
de 12/12 ou 12h 12h
24/24h
30-
50% da dose
50mg/kg/dia Dose como para
ERITROMICINA NC NC habitual a cada
de 6/6 ou 8/8h ClCr < 10
6h
Se dose foi há
ClCr 30-50: NC
ERTAPENEM 50% da dose menos de 6h da
15mg/kg/dose ClCr < 30: 50%
Sem dados para NC habitual a cada HD, fazer 15% da
de 12/12h da dose habitual
crianças 24h dose habitual após
a cada 24h
HD
ClCr 30-50: 1-
Dose
2,5 mg/kg/dose
tradicional 1- 1-2,5
a cada 12-18h
1- 2,5mg/kg/dose a mg/kg/dose a 2mg /kg após HD
ClCr 10-29: 1-
2,5mg/kg/dos cada 8-12h cada 48-72h
2,5 mg/kg/dose
e de 8/8h
a cada 18-24h
ClCr>60: não
GENTAMICINA requer ajuste
ClCr 40-60: 3-
Dose única
7,5 mg/kg a
diária ClCr<20: não recomendado o esquema de DUD.
cada 36h
3-7,5mg/kg a Preferir dose tradicional
ClCr 20-40: 3-
cada 24h
7,5 mg/kg a
cada 48h
80
CORREÇÃO
DOSE CLEARANCE CLEARANCE
CLEARANCE APÓS
DROGA HABITUAL 50 - 80 10 -50
< 10 HEMODIALISE
ClCr 30-50: 20-
10-20mg/kg/dose
40 mg/kg/dose a
20- 10- a cada 24h
cada 12h
MEROPENEM 40mg/kg/dose NC 20mg/kg/dose a Nos dias de HD
ClCr 10-29: 10-
de 8/8h cada 24h fazer a dose após
20 mg/kg/dose a
a sessão
cada 12h
7,5mg/kg/dos
4mg/kg/dose de 4mg/kg/dose de
METRONIDAZOL e de 6/6 ou NC NC
6/6h 6/6h
8/8h
1,25-
NITROFU-
1,75mg/kg/ NC EVITAR USO SE ClCr <50 ---
RANTOÍNA
dose de 6/6h
10-
Dose habitual Dose habitual a
NORFLOXACINO 15mg/kg/dose NC ---
a cada 24h cada 24h
de 12/12h
OXACILINA NÃO REQUER AJUSTE
Dose diária como
25.000-
para ClCr< 10
100.000 75% da dose 20-50% da dose
PENICILINA G NC Nos dias de HD
Ui/kg/dose de habitual de 6/6h habitual de 6/6h
fazer a dose após
4/4 ou 6/6h
a sessão
ClCr 30-50: 35-
50-75mg/kg a
50 mg/kg a cada
80-100 cada 12h
PIPERACILINA – 6h 35-50mg/kg a
mg/kg/dose NC Nos dias de HD
TAZOBACTAM ClCr<20: 35-50 cada 8h
de 6/6 ou 8/8h fazer a dose após
mg/kg a cada 8h
a sessão
<2 anos:
7.500-20.000
ClCr>20: NC
UI/kg/dose de
POLIMIXINA B ClCr <20:
12/12h 1.125-
Alguns autores 3.750-6.250
NC 1.875UI/kg/dose Não faz
sugerem não UI/kg/dose de
>2 anos: de 12/12h
corrigir 12/12h
7.500-12.500
UI/kg/dose de
12/12h
ClCr< 30: 50%
da dose diária
4- Dos
habitual
6mg/kg/dose e
dividida a cada 50% da dose
de TMP de diári Nos dias
12-24h diária habitual
SULFAMETO- 12/12h a de HD
NC Pneumocistose: dividida a cada
XAZOL- Pneumocistos com fazer a
ClCr 30-50: 5- 12-24h
TRIMETOPRIM e: o dose após
7,5 mg/ kg/dose
5mg/kg/dose para a sessão
TMP a cada 8h Pneumocistose:
de TMP de ClCr
ClCr10-30: 5-10
6/6 ou 8/8h < 10
mg/ kg/dose
TMP de 12/12h
Nos dias de HD
6mg/kg dose 6 mg/Kg a cada 6 mg/Kg a cada fazer a dose como
TEICOPLANINA NC
1x/dia 48h 72h para ClCr<10
após a sessão
TOBRAMICINA IDEM GENTAMICINA
81
CORREÇÃO
DOSE CLEARANCE CLEARANCE
CLEARANCE APÓS
DROGA HABITUAL 50 - 80 10 -50
< 10 HEMODIALISE
Nível sérico pré
HD: < 10mg/dl:
fazer 10 mg/kg
após HD
Nível sérico pré
HD: 10-25mg/dl:
ClCr 20-50:
fazer 5-7,5mg/kg
Com dose habitual a
10- após HD
disponibilidade cada 24h Ajustar a dose
15mg/kg/dose Nível sérico pré
VANCOMICINA de nível sérico: ClCr < 20: conforme nível
de 6/6h HD: > 25 mg/dl:
Dose habitual a ajustar a dose sérico
suspender até a
cada 8-12h conforme nível
próxima dosagem
sérico
12h após.
Nível sérico pós
HD: < 10-
15mg/dl: fazer 5-
10mg/kg após a
HD
ClCr 30-50:
10mg/ kg de
Sem 12/12h
disponibilidade ClCr 10-29:
Dose habitual a
de nível sérico: 10mg/ kg a cada
cada 4-7 dias
Dose habitual a 18-24h
cada 8-12h Dose habitual a
cada 24h a 4
dias
82
DOSES DOS ANTIMICROBIANOS MAIS USADOS EM
NEONATOLOGIA
ATENÇÃO!!!
Utilizar a idade pós menstrual (QUE EQUIVALE A IDADE GESTACIONAL
CORRIGIDA) e não a idade gestacional ao nascimento
ANTIBIÓTICOS
Ampicilina: 25 - 50 mg/kg/dose
Meningite e infecções pelo Estreptococo do grupo B: 50-100 mg/kg/dose
Ampicilina-Sulbactam
83
Oxacilina: 25 mg/kg/dose
Meningite: 50 mg/kg/dose
Cefalotina: 20mg/kg/dose
84
Cefuroxima
Ceftriaxona
Cefotaxima: 50 mg/kg/dose
Ceftazidima: 30mg/kg/dose
85
Cefepime
Meropenem
20mg/kg/dose a cada 12 horas
Meningite ou infecções por Pseudomonas: 40mg/kg/dose a cada 8 h
Teicoplanina
Dose de ataque: 16 mg/kg no primeiro dia
Dose de Manutenção: 8 mg/kg 1x/dia
Vancomicina: 10 mg/kg/dose
Meningite: 15 mg/kg/dose
Linezolida: 10mg/kg/dose
86
Amicacina
Gentamicina ou Tobramicina
87
Metronidazol
Dose de Ataque: 15mg/kg/dose
Dose de Manutenção: 7,5 mg/kg/dose
Polimixina B
Dose: 15.000-25.000 UI/kg/dia a cada 12 h
Só a partir de 45 semanas de IG corrigida
RN com função renal normal podem receber até 40.0000 UI/kg/dia sem efeitos adversos
Ciprofloxacina
IG corrigida Dose mg/kg/dia Intervalo entre as doses (horas)
(semanas)
30 a 34 10-20 24
≥ 35 semanas 20-30 12
Vide potenciais indicações da Ciprofloxacina em Pediatria
ANTIFÚNGICOS
Fluconazol
88
IG corrigida (semanas) Idade pós-natal (dias) Intervalo entre as doses (horas)
≤ 29 0 a 14 72
> 14 48
30 a 36 0 a 14 48
> 14 24
37 a 44 0a7 48
>7 24
≥ 45 Todas 24
Fluconazol Profilático
Todos os RNs com IG ≤ 27 semanas ou peso de nascimento < 1000g
Fluconazol 3mg/kg/dia 2 vezes por semana
Início no primeiro dia de vida ou no máximo com 72 horas de vida
Após primeira dose, adequar à rotina da unidade: administração às terças
e sextas-feiras
Suspender quando não necessitar mais de acesso venoso central, considerar
suspensão quando uso > 6 semanas
Na suspeita infecção por Candida (escape da profilaxia) iniciar tratamento com
Anfotericina B ou Micafungina, esta última apenas se LCR realizado e sem
evidência de meningite
ANTIVIRAIS
Aciclovir: 20mg/kg/dose
89
Nevirapina
Apenas para Recém nascidos de mães que não receberam antirretroviral na gestação,
com idade gestacional ≥ 35 semanas e possibilidade de receber a medicação por via oral
ou enteral
Referências:
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22th ed. Healthcare. Thomson Reuters
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4. Red Book: Report of the Committee on Pediatric Infectious Diseases American
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5. Clinical Practice Guidelines for the Management
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8. Steadman, Emily Evaluation of a Potential Clinical Interaction between
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p. 1534–1540
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Invasiva Refractária No Recém-nascido de Extremo Baixo Peso Acta Med Port
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10. Singhal, Tanu Newer Antifungals Pediatric Infectious Diseases Conference
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11. Kaufman D, et al. Fluconazole prophylaxis against fungal colonization and
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Pediatr Infect Dis J 2004; 23:1093-7
13. Smith PB. Pharmacokinetics of an elevated dosage of micafungin in premature
neonates. Ped Infect Dis J (in press).
14. Bulas da Polimixina B (Bedfordpoly-B®), Ampicilina Sulbactam (Unasyn®)
Teicoplanina (Targocid®) e Aciclovir (Zovirax®)
15. Ministério da Saúde, Nota Técnica 388/2012. Introdução da Nevirapina ao
esquema de quimioprofilaxia da transmissão do HIV para recém-nascidos de
mães vivendo com HIV/Aids que não receberam antirretrovirais na gestação.
Elaborado por Seila Prado- Departamento de Puericultura e Pediatria.
90
SÍNDROMES CLÍNICAS PEDIÁTRICAS
91
Síndrome Patógenos Tratamento Alérgicos à Tempo de Falha
de escolha Penicilina Tratamento Terapêutica
Sinusite Amoxicilina em Azitromicina 5-7 dias após a Amoxicilina
Aguda dose habitual se: ou melhora dos Clavulanato em dose
*Quadros leves a Claritromi- sintomas (10-14 dobrada ou
S. pneumoniae moderados cina ou dias são suficien- Cefuroxima naqueles
H. influenzae *Idade > 2 anos Doxiciclina tes) em uso inicial de
M. catarrhalis *Não frequentar (esta última Azitromicina Amoxicilina dose
Vírus creche nas crianças > tratar por 5 dias habitual
isoladamente ou *Não ter usado 8 anos)
em coinfecção antibióticos nos Ceftriaxone e/ou
últimos 30 dias Quando não Clindamicina nas
Amoxicilina em se tratar de demais situações
dose dobrada hipersensibilid
SEM Clavulanato ade tipo I á
se: penicilina:
*Idade < 2 anos E Cefuroxima
frequentar creche
*Prevalência de
pneumo-coco
resistente na
comunidade
>10%
Amoxicilina em
Dose Dobrada
COM Clavulanato
se:
*Quadros severos
*Uso de
antibióticos nos
últimos 30 dias
Otite Média Amoxicilina em Crianças < 2 anos,
Aguda dose habitual se: quadros severos
*Não houve uso ou história de
de antibióticos OMA recorrente:
nos últimos 30 d. 10 dias
Amoxicilina em Quadro leve a
dose dobrada moderado:
SEM Clavulanato Crianças 2-5
se: anos: 7 dias
*Idade < 2 anos E Crianças ≥ 6 anos:
frequentar creche 5 -7 dias
Amoxicilina
Clavulanato dose
habitual se:
*Crianças
pequenas com
conjuntivite
purulenta bilateral
associada
Amoxicilina em
dose dobrada
COM Clavulanato
se:
*OMA recorrente
*Uso de
antibióticos nos
últimos 30 dias
92
Síndrome Patógenos Tratamento de escolha Tempo de Tratamento
Mastoidite S. pneumoniae Ceftriaxone + Oxacilina ou 4 semanas
S. pyogenes Clindamicina (não usar se Fazer 7-10 dias EV e depois
S. aureus houver possibilidade de transicionar para VO com
H. influenzae acometimento do SNC) Amoxicilina Clavulanato ou
P. aeruginosa e outros Em casos de mastoidite Cefuroxima para completar o
bacilos gram negativos crônica, onde há possibilidade tratamento
em caso de Otite Média de Pseudomonas substituir
Crônica ou Ceftriaxone por Ceftazidima
imunodepressão
Epiglotite H. influenzae B (muito Ceftriaxone ou 7-10 dias
raro após vacinação) Cloranfenicol ou Cefuroxima
Hoje em dia pode
ocorrer secundária a um
quadro de IVAS, sendo
causada por
S.pneumoniae, S.
pyogenes, S. aureus ou
outras espécies de
Haemophilus
Infecção Streptococcus aeróbios Tratamento Ambulatorial: 7-10 dias
odontogênica e anaeróbios, Amoxicilina/Clavulanato ou
Fusobactérias , Clindamicina ou
Bacteroides, Prevotella Amoxicilina + Metronidazol
e Actinomyces Tratamento Hospitalar:
Amoxicilina/Clavulanato ou
Clindamicina ou
Penicilina Cristalina +
Metronidazol
Linfadenite S.pyogenes Tratamento Ambulatorial: 10 -14 dias
cervical S.aureus Cefalexina ou Clindamicina
Tratamento Hospitalar:
Aguda (Adenite Cefalotina ou Oxacilina ou
Bacteriana Aguda) Clindamicina
Possível foco dentário: tratar
como infecção odontogênica
93
CELULITES PERIORBITÁRIAS
94
INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR -
COMUNITÁRIA E HOSPITALAR
TRATAMENTO AMBULATORIAL
95
*Pneumonia afebril do lactente: lactentes entre 3 semanas e 3 meses, nascidos de parto
normal.
Quadro Clínico: Tosse seca espástica, taquipnéia leve, estado geral preservado, estertoração com
ou sem sibilância e antecedente de conjuntivite neonatal. Rx com infiltrado intersticial bilateral e
hiperinsuflação e HMG com Eosinofilia
Idade Antibiótico
Recém Nascidos - 2 Ampicilina ou Penicilina Cristalina
meses + Aminoglicosídeo
2 meses - 5 anos Penicilina Cristalina ou Ampicilina
Suspeita de S.aureus***: Oxacilina
> 5 anos Penicilina Cristalina
Suspeita de Pneumonia Atípica: Macrolídeos ou Doxiciclina
se > 8 anos
96
**Pneumonia Atípica: início abrupto de sintomas constitucionais, mal estar, mialgia, cefaleia e
dor de garganta e exantema. Tosse seca de evolução gradual. Dissociação clínico radiológica.
***Pneumonia por S. aureus: Toxemia, progressão rápida, presença de infecções de pele ou
osteoarticulares ou antecedente de influenza. Rx de tórax com múltiplos focos pneumônicos
bilateralmente, pneumatoceles e derrame pleural.
Tempo de Tratamento:
• 3-5 dias após a resolução dos sintomas. Em geral 7-10 dias são suficientes
• 14-21 dias na pneumonia estafilocócica
Via Oral:
Azitromicina 10mg/kg no 1o dia e após 5mg/kg por mais 4 dias
Alternativa: Eritromicina 40-50mg/kg/dia por 10-14 dias ou
Claritromicina 15mg/kg/dia por 10 dias
Crianças > 8 anos: Doxiciclina 2-4mg/kg/dia por 10-14 dias
Via EV:
Claritromicina 15mg/kg/dia por 10 dias
97
Tratamento de Acordo com o Germe Isolado
2. Coqueluche
98
2a Escolha Claritromicina
Idade Posologia
< 1mês Não recomendado
1-24 meses ≤ 8kg 7,5mg/kg/dose de 12/12 h por 7 dias
> 8kg 62,5 mg/dose de 12/12 h por 7 dias
3-6 anos 125 mg/dose de 12/12 h por 7 dias
7-9 anos 187,5 mg/dose de 12/12 h por 7 dias
≥ 10 anos 250 mg/dose de 12/12 h por 7 dias
Adultos 500 mg/dose de 12/12 h por 7 dias
Eritromicina
Idade Posologia
< 1mês Não recomendado
1-24 meses 125 mg/dose de 6/6h por 7-14 dias
2-8 anos 250 mg/dose de 6/6h por 7-14 dias
> 8 anos 250-500 mg/dose de 6/6h por 7-14 dias
Adultos 500 mg/dose de 6/6h por 7-14 dias
3. Tuberculose Pulmonar
Apresentações:
- Rifampicina: 1cp=300mg ou solução 5ml/100mg
- Isoniazida: 1cp=100mg
- Pirazinamida: 1cp=500mg
- RIF + INH: Cápsula 300/200mg ou Comprimido 150/75mg
Esquema básico de tratamento para crianças > 10 anos e adolescentes
99
Regime Drogas Faixa de peso Dose Tempo (meses)
2 RHZE 20-35kg 2 cp 2
RHZE 150/75/400/275
comprimido em dose 36-50kg 3 cp
fixa combinada
> 50kg 4 cp
100
Fatores de Risco para germes multi R:
101
TRATAMENTO DA ITU COMUNITÁRIA NA INFÂNCIA
Definições:
Bacteriúria Assintomática:
Crescimento de bactérias, em contagem significativa, na urocultura de um
paciente sem sintomas urinários. NÃO DEVE SER TRATADA, exceto em caso de pré
operatório de cirurgia urológica com provável sangramento mucoso, pois além de
selecionar bactérias resistentes pode aumentar o risco de pielonefrite.
Tratamento Via Oral:
- Indicado para todos os casos de ITU Baixa.
- Casos de ITU alta em crianças e lactentes acima de 2 meses de idade que não
estejam toxemiados nem apresentando vômitos. Neste caso, oferecer a primeira dose
intra-hospitalar para testar a aceitação.
- Sequencialmente ao antibiótico EV após o paciente apresentar melhora clínica e
estiver afebril há pelo menos 24 horas.
Tratamento Via Parenteral:
- Idade < 2 meses
- Presença de toxemia e/ou urosepsis
- Vômitos ou impossibilidade de aceitação oral
Indicações de Internação:
- Idade < 2 meses
- Urosepsis ou bacteremia
- Imunocomprometidos
- Vômitos ou incapacidade de ingesta VO
- Intolerância á medicação por via oral
- Dificuldade de seguimento adequado
- Pais não confiáveis
- Falha no tratamento ambulatorial
102
Tempo de Tratamento:
- ITU Alta complicada, recém nascidos e lactentes < 6 meses: 10-14 dias
- ITU Alta não complicada: 7-10 dias
- ITU baixa na ausência de malformações: 5-7 dias
103
INFECÇÕES BACTERIANAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL EM
PEDIATRIA
104
Agente Isolado Antibiótico de Alternativa Tempo de
Escolha tratamento
S. aureus Oxa S Oxacilina 14-21 dias
S. aureus Oxa R Vancomicina 14-21 dias
Quando a cultura inicial for negativa, basear-se na evolução clínica para decidir
sobre a suspensão do tratamento
Outras Situações:
105
Agente LCR inicial Cultura do 1o Inserção do novo
bioquímica e LCR após shunt
celularidade troca do shunt
Estafilococos coagulase Normal Negativo No 3o dia após a
negativos e remoção
Propionibacterium acnes Alterado Negativo No 7o dia após a
remoção*
Alterado Positivo LCR negativo por 10
S. aureus Indiferente d consecutivos*
Bacilos Gram Negativos Indiferente LCR negativo por 10-
14 dias consecutivos*
* Além de proteinorraquia < 200
Quando a derivação não foi removida, sendo apenas exteriorizada sua porção distal,
o novo shunt pode ser inserido após 3 culturas de LCR consecutivas negativas ou 7-
10 dias após a esterilização do LCR.
Além da negativação das culturas, recomenda-se que a proteinorraquia seja <
200mg/dL.
b) Abscesso Cerebral
106
- O tempo de tratamento é de 6 a 8 semanas em média. Caso o abscesso tenha sido
completamente excisado, o tempo de tratamento pode ser encurtado para 3-4
semanas
107
INFECÇÕES DE PELE E PARTES MOLES NA INFÂNCIA
108
Infecções de Pele Difusas e Infecções de Partes Moles
109
INFECÇÕES OSTEOARTICULARES NA INFÂNCIA
Artrite aguda
110
INFECÇÕES OSTEOARTICULARES NA INFÂNCIA
Osteomielite aguda
111
TRATAMENTO DAS DIARREIAS INFECCIOSAS NA INFÂNCIA
Tratamento Empírico:
• Impossibilidade de ingesta
• Imunodeprimidos
• Toxemia intensa
• Sinais de bacteremia
• RNs e lactentes < 3 meses
Tratamento Específico:
112
Agente Indicação de Droga de Alternativa
Antibioticoterapia Escolha
Salmonella spp Apenas em pacientes Ceftriaxone Ciprofloxacina VO 20-
(não Typhi) de alto risco – recém 50-100mg/ 30mg/kg/ dia de 12/12h
nascidos e lactentes < 3 kg/dia por 3-5
meses, dias
imunodeprimidos,
asplênicos, portadores
de doença inflamatória
intestinal ou acloridria
113
TRATAMENTO DAS PARASITOSES EM PEDIATRIA
Enterobíase ou Mebendazol: 100mg dose única Pamoato de Pirvínio: 10mg/kg dose 2 semanas
Oxiuríase única (Máximo 600mg)
Albendazol 400mg dose única
Estrongiloidíase Ivermectina por 1-2 dias Tiabendazol: 50m/kg/dia de 12/12 por 2 15-21 dias
(ver dose por peso acima) dias (Máximo 3g/dia)
Na forma disseminada ou no Cambendazol: 5mg/kg dose única
Imunossuprimido: 5-7 dias (Máximo 360mg)
Albendazol 400mg/dia por 3 dias
114
Parasita Primeira Escolha Alternativa Repetição
Esquistossomose Praziquantel dose única: Oxamniquine dose única:
Crianças=70mg/kg Crianças= 20mg/kg
Adultos=50-60 mg/kg Adultos=15mg/Kg (Máximo 1g)
Dividir em 2 tomadas com 1h após as refeições, dividido em 2
intervalo de 1 hora tomadas com intervalo de 1 hora
Amebíase Metronidazol: 50 mg/kg/dia de Secnidazol: 30mg/kg Dose Única 20 dias
Intestinal 8/8h por 10 dias (Máximo (Máximo 1g)
750mg/dose) Tinidazol 50mg/kg (Máximo 2g) por 2-3
dias
Larva migrans cutânea Tiabendazol tópico: pomada 10 Quadros muito extensos ou refratários
ou 15%: aplicar 4-6 vezes ao ao tratamento tópico
Protozoários
115
Referências:
116
20. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da
tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
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Feigin, RD, Cherry, JD, Demmler-Harrison, GJ, Kaplan, SL (Eds), Saunders,
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neonatal and pediatric gastroenteritis. Infection and Drug Resistance 2013:6 133–
161
46. Manfroi A, Stein AT, Castro Filho ED. Abordagem das Parasitoses Intestinais
mais Prevalentes na Infância. Projeto Diretrizes AMB e CFM novembro de 2009
47. Melo, MCB; Klem, VGQ; Mota, JAC; Penna; FJ. Parasitoses Intestinais Rev Med
Minas Gerais 2004; 14 (1 Supl. 1): S3-S12
48. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica.–7. ed. rev.
– Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
Capítulo Síndromes clínicas pediátricas elaborado por Seila Prado – Médica Assistente do
Departamento de Pediatria do Hospital das Clínicas da FMRP-USP.
118
NEUTROPENIA FEBRIL EM PEDIATRIA
Definições:
Incidência:
Agentes Etiológicos:
Bactérias Gram-positivas:
Estafilococos coagulase negativos
S. aureus
Estreptococos do grupo viridans
Enterococos
Pneumococo
S. pyogenes
119
Bactérias Gram-negativas:
Escherichia coli
Klebsiella pneumoniae
Enterobacter sp.
Pseudomonas aeruginosa
Acinetobacter sp.
Vírus
Vírus respiratórios
HSV e VZV
Os fungos raramente são causa de infecção no curso inicial da neutropenia. As
infecções por Candida sp ocorrem após uma semana e as por fungos filamentosos (ex.
Aspergillus sp) a partir da segunda semana de neutropenia.
Manejo do Paciente:
Anamnese:
Hora de inicio da febre
Sintomas associados de qualquer espécie (queixas respiratórias, gastrointestinais
etc). A presença de dor, mesmo que pouco intensa, deve sempre ser valorizada.
Presença de cateteres
Comorbidades e cirurgias recentes
A data e o tipo de QT recebida. Tal informação ajuda a prever a duração da
neutropenia e o risco de mucosite
Exame Físico:
Sinais vitais: FC, FR, PA, perfusão, saturação de O2
Avaliação minuciosa em busca do provável foco infeccioso. Não esquecer de
avaliar períneo, região periungueal, sítios de inserção/saída de cateteres,
orofaringe e gengivas. A presença de hiperemia mesmo leve não deve ser
ignorada, já que o sinais de inflamação são sutis nos paciente neutropênicos.
120
Urocultura
Culturas de outros locais suspeitos (ex: coprocultura, secreção peri-cateter...).
Ureia, Creatinina, Eletrólitos, Transaminases e Bilirrubinas
RX de Tórax apenas se houver sinais/sintomas respiratórios
Ultrassom e/ou CT de abdome quando houver dor abdominal sugestiva de
tiflite (ver apêndice)
CT crânio e LCR (quando possível) na presença de sintomas neurológicos
Proteína C Reativa não deve ser colhida nestes pacientes, pois seu valor
preditivo é controverso.
IMPORTANTE!!!!
Pacientes neutropênicos sem febre, mas que apresentam sinais de
infecção como apatia e hipotensão, devem ser tratados como pacientes de alto
risco.
121
Antibioticoterapia Inicial:
Seguimento do Paciente:
Exame físico diário detalhado
Monitorar função renal, hepática e hemograma
Checar culturas diariamente
O tempo médio para defervescência da febre após o início do antibiótico é de
5 dias nos pacientes com neoplasias hematológicas e 2 dias naqueles com
tumores sólidos
Se a febre persistir apesar da antibioticoterapia empírica, novas hemoculturas
devem ser colhidas a cada 48 horas.
Modificações no esquema terapêutico após 2-4 dias de antibioticoterapia empírica
dependem se há uma infecção documentada ou é febre de origem indeterminada,
da resposta terapêutica e da presença de fatores de risco para infecção por fungos
filamentosos (ver estratificação de risco para infecção fúngica)
122
a) Infecção Documentada
Se um agente infeccioso é isolado na hemocultura, o antibiótico deve ser ajustado,
inclusive reduzindo o espectro quando indicado, assim que o paciente estiver
afebril, porém não retirar a cobertura para Pseudomonas enquanto o paciente
estiver neutropênico.
Observação: Ceftazidima, Cefepime, Piperacilina Tazobactan e Meropenem têm
ação contra Pseudomonas enquanto que os demais betalactâmicos não têm.
Diante de uma HMC positiva para coco gram positivo, associar Vancomicina até
o resultado definitivo da mesma
Caso haja pneumonia documentada: associar Vancomicina
Infecção relacionada a Cateter: ver capítulo específico
Casos particulares discutir com esquipe da CCIH/CUCA
O tempo de tratamento é definido de acordo com o agente isolado, o sítio de
infecção (ver tabela a seguir) e a duração da neutropenia. Manter a
antibioticoterapia pelo tempo indicado ou até neutrófilos ≥ 500mm3, o que ocorrer
por último.
123
Suspender o antibiótico quando o paciente estiver afebril a pelo menos 48
horas, com neutrófilos ≥ 500/mm3 e hemoculturas negativas
Pacientes com perspectiva de neutropenia prolongada que estejam estáveis,
afebris e sem infecção documentada: suspender o antibiótico após 72 horas afebril
IMPORTANTE!!!
Após a febre ter cessado com a antibioticoterapia empírica, a recorrência da
mesma deve ser avaliada como se fosse um novo episódio infeccioso com coleta
de novas culturas e realização de exames de imagem quando indicado.
124
125
Referências:
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Children With Cancer and/or Undergoing Hematopoietic Stem-Cell Transplantation. J
Clin Oncol 30:4427-4438. 2012
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antimicrobial agents in neutropenic patients with cancer: 2010 update by the Infectious
Diseases Society of America. Clin Infect Dis 52:e56-e93, 2011
3. Marchetti O, Cordonnier C, Calandra T: Empirical antifungal therapy in neutropaenic
câncer patients with persistent fever. Eur J Cancer 5:32-42, 2007 (suppl)
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Immunodeficiencies. Clinical Infectious Diseases 2012;54 (2):258–67
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Infections in Hematologic Malignancy and Hematopoietic Cell Transplantation. J Clin
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8. Rondinelli et al.A Proposed Score for Predicting Severe Infection Complications in
Children With Chemotherapy-induced Febrile Neutropenia.Pediatr Hematol Oncol
Volume 28 (10): 665-670, 2006
9. Ammann et al. Predicting Adverse Events in Children With Fever and Chemotherapy-
Induced Neutropenia: The Prospective Multicenter SPOG 2003 FN Study J Clin Oncol
28:2008-2014
126
PROFILAXIA COM ANTIMICROBIANOS
127
ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA EM ADULTOS
Conceitos Importantes:
128
6. Se o paciente estiver em uso de antibióticos de amplo espectro, a antibioticoprofilaxia
cirúrgica pode não ser necessária se os regimes de tratamento cobrirem os organismos
potencialmente contaminantes do sítio abordado. Neste caso, as doses terapêuticas
devem ser agendadas para permitir aplicação de uma dose antes da incisão da pele.
129
Tipo de Ferida Exemplos Duração da
Profilaxia
CONTAMINADAS Colecistectomia em paciente Iniciar 60 minutos antes
com colecistite aguda da incisão e manter por
Cirurgia em tecidos com flora abundante e de Cirurgia colorretal 24 horas
difícil descontaminação
Gastrosquise
Inflamação aguda não purulenta encontrada durante
a cirurgia.
Cirurgias onde ocorre quebra grosseira da técnica
asséptica
Derramamento de conteúdo do trato gastro
intestinal na cavidade durante a cirurgia
Manipulação do trato urinário na presença de urina
infectada.
130
Tabela 2 – Posologia dos Antibióticos Profiláticos em Adultos com Função Renal
normal
Referências:
131
Ban KA, Minei JP, Laronga
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Infection Society: Surgical Site Infection Guidelines, 2016 Update. J Am Coll
Surg Vol. 224 (1): 59-74, 2017
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Catheter-related Infections. Clinical Infectious Diseases 2011;52(9):e162–e193
Crabtree JH. Peritoneal Dialysis Catheter Implantation: Avoiding Problems and
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M. Grabe, R. Bartoletti, T.E. Bjerklund Johansen, M. Çek, B. Köves, K.G. Naber, R.S.
Pickard, P. Tenke, F. Wagenlehner, B. Wullt Guidelines on Urological Infections.
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Stimulation System Infections. Anesthesiology 2004; 100:1582–94
Elaborado por Cinara Silva Feliciano e aprovada pela CUCA do HC-FMRP-USP.
132
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA GERAL
133
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA
DO TRATO DIGESTIVO
134
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA UROLÓGICA
(ADULTOS E CRIANÇAS)
135
ANTIBIOTICOPROFILAXIA RECOMENDADA NAS PRINCIPAIS
CIRURGIAS UROLÓGICAS
136
Referências:
137
ANTIBIOTICOPROFILAXIA NA CIRURGIA DE
TRANSPLANTE RENAL
1) Antibioticoprofilaxia cirúrgica:
Referência Bibliográfica:
1. Bratzler DW, Dellinger EP, Olsen KM, Perl TM, Auwaerter PG, Bolon MK, et al.
Clinical practice guidelines for antimicrobial prophylaxis in surgery. Am J Heal Pharm.
2013;
138
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA
CARDÍACA DE ADULTOS
139
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM NEUROCIRURGIA
(Adultos e Crianças)
140
Referências:
1. Brown SM, Anand VK, Tabaee A, Schwartz TH. Role of Perioperative Antibiotics in
Endoscopic Skull Base Surgery. Laryngoscope, 117:1528–1532, 2007
2. Follett KA, Boortz-Marx RL, Drake JM, DuPen S, Schneider SJ, Turner MS, Coffey RJ.
Prevention and Management of Intrathecal Drug Delivery and Spinal Cord Stimulation
System Infections. Anesthesiology 2004; 100:1582–94
Droga de Escolha:
141
Doses Preconizadas Vancomicina e Gentamicina:
Repique intraoperatório Vancomicina: 7,5 mg/kg a Vancomicina: 7,5 mg/kg a cada 6 horas
cada 6 horas (máximo 500mg) (máximo 500mg)
Gentamicina: não fazer Gentamicina: não fazer
142
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA
DE CABEÇA E PESCOÇO
1) Trauma facial:
Observações:
1) Recomendações para adultos não gestantes com função renal normal.
2) Fazer repique com cefazolina no intraoperatório após 4 horas.
3) Entrar em contato com a CUCA caso haja necessidade de individualizar a conduta.
143
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA OTORRINOLARINGOLÓGICA
1. Antibióticos-chave e posologia:
Cefazolina: 2g para pacientes até 90kg e 3g para pacientes acima de 90 kg administrados
dentro da hora que antecede a cirurgia. Repiques de 1,0g-1,5g a cada 4 horas de cirurgia. Crianças:
50 mg/kg.
- Amoxicilina/Clavulanato: 1.5g para pacientes até 90kg e 2g para pacientes acima de 90 kg
administrados dentro da hora que antecede a cirurgia. Repiques de 1,0g a cada 4 horas. Crianças:
40 mg/kg.
- Clindamicina: 600 mg para pacientes até 90kg e 900 mg para pacientes acima de 90 kg
administrados dentro da hora que antecede a cirurgia. Não há necessidade de repique por tempo
de cirurgia. Crianças: 30 mg/kg, com dose mínima de 300mg e máxima de 600mg por dose.
- Ceftriaxona: 2g para pacientes acima de 40kg. Repiques a cada 4h. Crianças:50-100mg/Kg.
144
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA ORTOPÉDICA
(Adultos a Crianças)
145
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM FRATURAS ORTOPÉDICAS
1) Fraturas fechadas:
B) Observações:
Doses para pacientes adultos com função renal e hepática normais.
A prescrição do antibiótico deve ser feita no dia anterior a cirurgia.
O antibiótico deve ser feito necessariamente na indução anestésica.
É necessário fazer antibiótico profilático, 30 minutos antes de ser feito o garrote.
As doses de antibiótico devem ser feitas EV e em bolus.
2) Fraturas expostas:
146
ANTIBIOTICOPROFILAXIA PARENTERAL NA
CIRURGIA PLÁSTICA
Droga de
Procedimento Duração Observação
Escolha/dose
Usar a profilaxia
(cefazolina) em idosos,
Pequenas cirurgias
diabéticos, desnutridos,
de pele e TSC NÃO INDICADA
imunossuprimidos,
entre outros.
Blefaroplastias
Enxertias e retalhos
nas reconstruções
de médio e grande
porte
Trauma de face
Ritidoplastia (Face-
lifting)
Cefazolina 2g (EV) Repique intraop:
Otoplastia
Em bolus 1g (EV) 4/4 h
Rinoplastia
Lipoaspiração
Dermolipectomias
incluindo cirurgia
pós-bariátrica
Mastoplastias
Repique intraop:
1g (EV) 4/4 h
Mastoplastias e
Em uso de prótese
reconstruções com
Repique pós-op: manter por 24 horas
implantes
1g (EV) 8/8h por 24h
147
PROTOCOLO DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA
EM PACIENTE QUEIMADO NÃO GESTANTE
1) Adultos:
2) Crianças:
Observações:
148
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIAS
GINECOLÓGICAS - OBSTÉTRICAS
Mastologia
- Mastectomia
Iniciar na indução
- Nodulectomia Cefazolina Clindamicina 600mg
anestésica e cessar
- Quadrantectomia (idem acima) EV, dose única.
na cirurgia.
- Prótese mamária estética
Obstetrícia
- Parto cesárea** Cefazolina Clindamicina Aplicar antes de
1 a 2g* EV 600mg EV incisão na pele.
- Parto fórcipe
- Parto vaginal com bolsa rota >6hs, Clindamicina
Cefazolina Aplicar apenas
dequitação manual da placenta ou 600mg EV,
1 a 2g* EV durante o parto.
manipulação intra-uterina. dose única
149
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM
CIRURGIA PEDIÁTRICA
Conceitos Importantes:
150
Tabela 1- Potencial de Contaminação das Cirurgias
151
Tipo de Ferida Exemplos Duração da Profilaxia
152
Tipo de Procedimento Antibiótico de Duração da Alternativa para
Escolha Profilaxia Alérgicos a
Penicilina
Hepatectomia Cefazolina Intraoperatório Clindamicina
Esplenectomia Risco de MRSA=
Adrenalectomia Vancomicina
Pancreatectomia
Hernioplastia e Herniorrafia Cefazolina Intraoperatório Clindamicina
Diafragmática ou Correção Risco de MRSA=
de eventração diafragmática Vancomicina
Hernioplastia hiatal aberta ou por Cefazolina Intraoperatório Clindamicina
vídeo
Herniorrafia ou Hernioplastia Cefazolina Intraoperatório Clindamicina
incisional ou epigástrica
153
Tipo de Procedimento Antibiótico de Duração da Alternativa para
Escolha Profilaxia Alérgicos a
Penicilina
Cirurgia Torácica não cardíaca Cefazolina Intra operatório Clindamicina
(toracotomia, lobectomia, Risco de MRSA=
pneumectomia, videotoracoscopia) Vancomicina
Correção de Pectus excavatum Cefazolina Intraoperatório Clindamicina
Risco de MRSA=
Vancomicina
Exérese de tumor ósseo com Cefazolina Intraoperatório Clindamicina
ressecção de costela Risco de MRSA=
Vancomicina
Colocação de Expansor de Pele Cefazolina Dose única Clindamicina
Risco de MRSA=
Vancomicina
Colocação de cateter de Tenckhoff Cefazolina Dose única Clindamicina
Risco de MRSA=
Vancomicina
Colocação de cateteres de Profilaxia Não Indicada
Hemodiálise
ou Cateteres parcialmente/
totalmente implantados
Cirurgias Orificiais (ex: Biópsia retal, Profilaxia Não Indicada
Esclerose de prolapso retal,
Hemorroidectomia e Polipectomia retal)
Exérese de cisto tireoglosso. cisto Profilaxia Não Indicada
branquial cisto dermóide cervical não
infectados
Exérese de: hemangioma, Profilaxia Não Indicada
linfangioma, linfonodo não infectado,
granuloma de corpo estranho,
apêndice pré-auricular, tumor de pele
e anexos, lipoma, cisto sebáceo, nevus
154
Antibiótico Dose na Dose no Intra Intervalo Intra Dose no Pós
Indução Operatório Operatório* Operatório
quando indicado
Clindamicina 10mg/kg 10mg/kg 6 horas 10mg/kg de 6/6h
máximo 900mg máximo 600mg máximo 600mg/dose
Gentamicina 5 mg/kg Não é necessário Não é necessário nas
máximo 240mg primeiras 24 horas
Caso necessário
estender a dose é 5-
7,5 mg/kg 1x/dia
(máx 240mg)
Metronidazol 15mg/kg Não é necessário 7,5mg/kg/dose de
máximo 500mg 8/8 h
máximo 500mg/dose
Vancomicina 15mg/kg 7,5mgkg 6 horas 10mg/kg/dose de
máximo 2g máximo 500mg 6/6h
máximo 500mg/dose
* ou antes se sangramento acima de 20 ml/kg
** a primeira dose após o fim da cirurgia deve obedecer o intervalo posológico de cada droga
155
Antibiótico Dose na Dose no Intra Intervalo Intra Dose no Pós
Indução Operatório Operatório* Operatório
Recém quando
Nascidos indicado**
Gentamicina 3 mg/kg Não é necessário Não é necessário nas
primeiras 24 horas
Caso seja necessário
estender, a dose
seguir o Neofax ou
Taketomo
Metronidazol 15mg/kg Não é necessário Idade ≤ 7 dias:
7,5mg/kg/ dose a
cada 24 horas
Idade > 7 dias:
7,5mg/kg/dose de
12/12h
Vancomicina 15mg/kg 7,5mg/kg 10-12 horas Idade ≤ 7 dias:
15mg/kg/dose de
12/12h
Idade > 7 dias:
15mg/kg/dose de
8/8h
* ou antes se sangramento acima de 20 ml/kg
** a primeira dose após o fim da cirurgia deve obedecer o intervalo posológico de cada droga
Referências:
156
9. O’Grady NP, Alexander M, Burns LA et al. Guidelines for the Prevention of
Intravascular Catheter-related Infections. Clinical Infectious Diseases 2011;52(9):e162–
e193
10. Crabtree JH. Peritoneal Dialysis Catheter Implantation: Avoiding Problems and
Optimizing Outcomes. Seminars in Dialysis—Vol 28 (1): 12–15,
2015
11. Baird R, Puligandla P, Skarsgard E, Laberge JM. Infectious complications in the
management of gastroschisis. Pediatr Surg Int (2012) 28:399–404
12. Vu LT, Vittinghoff E,. Nobuhara KK, Farmer DL ,,Lee H. Surgical site infections in
neonates and infants: is antibiotic prophylaxis needed for longer than 24 h? Pediatr Surg
Int (2014) 30:587–592
13. Brown SM, Anand VK, Tabaee A, Schwartz TH. Role of Perioperative Antibiotics in
Endoscopic Skull Base Surgery. Laryngoscope, 117:1528–1532, 2007
14. Follett KA, Boortz-Marx RL, Drake JM, DuPen S, Schneider SJ, Turner MS, Coffey
RJ. Prevention and Management of Intrathecal Drug Delivery and Spinal Cord
Stimulation System Infections. Anesthesiology 2004; 100:1582–94
157
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA
CARDÍACA PEDIÁTRICA
158
PROFILAXIA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS
159
ANTIBIOTICOPROFILAXIA CLÍNICA PARA CRIANÇAS
160
Situação Indicação Droga e Dose
Coqueluche Crianças < 1 ano que tenham tido contato íntimo com um caso de coqueluche Azitromicina:
independente da situação vacinal < 6 meses: 10mg/kg
Crianças entre 1-7 anos não vacinadas ou com vacinação incompleta (menos de 4 doses) 1x/dia por 5 dias
que tenham tido contato íntimo com um caso de coqueluche ≥ 6 meses: 10mg/kg
Comunicantes adultos que trabalhem em profissões que envolvam o contato direto e (máximo 500mg) no
frequente com menores de 1 ano ou imunodeprimidos (estes devem ser afastados de suas primeiro dia e após 5
atividades, por 5 dias após o início do uso do antimicrobiano), mg/kg (máximo
Comunicantes adultos que residam com crianças < 1 ano de idade 250mg) 1x/dia por
Comunicantes que são imunodeprimidos mais 4 dias
ALTERNATIVA:
outros Macrolídeos
ou SMX-TMP (ver
doses em texto
próprio)
161
PROFILAXIA DA ENDOCARDITE BACTERIANA
162
PROFILAXIA DA FEBRE REUMÁTICA
Profilaxia secundária:
– Penicilina Benzatina:
• > 27 kg: 1.200.000 U
• ≤ 27 kg: 600.000 U
• a cada 3 a 4 semanas
– Penicilina V:
• < 25 kg: 125mg de 12/12h
• > 25 kg: 250 mg de 12/12h
– Sulfadiazina:
• > 25 kg: 1 g dose única diária
• < 25 kg: 500 mg dose única diária
– Eritromicina
• Crianças 250mg VO de 12/12h
• Adultos 500mg VO de 12/12h
Profilaxia primária:
Categoria Duração
Período de 5 anos após o ultimo episódio, ou até a
Febre Reumática sem cardite
idade de 21 anos, o que for maior
Febre Reumática com cardite e Período de 10 anos após o ultimo episódio, ou até a
sem sequela (doença valvar) idade de 21 anos, o que for maior
Período mínimo de 10 anos do último episódio,
Febre Reumática com cardite e
estendendo-se até os 40 anos de idade. Às vezes, por
com doença valvar permanente
toda a vida.
163
INDICAÇÕES DE ANTIMICROBIANO PARA BACTERIÚRIA
ASSINTOMÁTICA ANTES DA REALIZAÇÃO DE EXAMES
DIAGNÓSTICOS
Definições:
Bacteriúria: é definida apenas por urocultura. A descrição de bacteriúria em exame
de urina rotina, a presença de piúria ou alterações de cor ou odor na urina não são
indicativos de bacteriúria.
Bacteriúria é definida por:
Para pacientes não sondados (urina de jato médio) a quantificação que define
bacteriúria é:
5
o Para mulheres: 2 amostras com quantidade ≥ 10 UFC
5
o Para homens: 1 amostra com quantidade ≥ 10 UFC
Para pacientes sondados (sonda de alívio ou sonda de demora recém trocada):
quantidade ≥ 10² UFC
Caso não seja possível trocar a sonda de demora, a quantidade definida é ≥ 105 UFC
Punção supra púbica: qualquer contagem de germe gram negativo ou > 2.000 UFC
se germes gram positivos
Para crianças incontinentes não é aceitável a coleta de urina por saco coletor
Importante: Estas orientações não são válidas para pacientes sintomáticos. Caso o paciente
esteja com febre ou sintomas urinários no dia da realização do exame, o mesmo deve ser
adiado para que este seja avaliado e tratado pela equipe de assistência.
Desta forma, fica definido que a pesquisa de bacteriúria deve ser feita APENAS nas
seguintes situações:
a. Estudos urodinâmicos: será feita a pesquisa de bacteriúria para todos os pacientes e
tratamento antibiótico de todos os casos que apresentem urocultura positiva.
b. Exames radiológicos contrastados:
Nesta situação, o risco de sangramento mucoso é maior quando é realizada sondagem
vesical em pacientes do sexo masculino com hipertrofia prostática. Este risco é desprezível
em pacientes do sexo feminino em qualquer idade, sexo masculino sem hipertrofia de
próstata e crianças de ambos os sexos. Nos casos em que é realizada apenas a
Uretrocistografia Retrógrada, os pacientes não requerem sondagem vesical, logo não há
risco de sangramento mucoso. Assim, fica definido conforme a tabela 1:
164
Tabela 1: Critérios para tratamento de bacteriúria assintomática nos procedimentos
urológicos do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto-SP
c. Cistoscopia:
Elaborado por Gilberto Gambero Gaspar, com a colaboração de Cinara Feliciano Silva e Seila Prado.
165
PROFILAXIA ANTIMICROBIANA APÓS MORDEDURAS DE ANIMAIS
Observações:
Indicação de Antibioticoprofilaxia:
- Lesões profundas moderadas ou graves, com edema e esmagamento
- Feridas puntiformes acometendo ossos, cartilagens, tendões ou articulações
- Mordeduras em face, mãos, pés ou genitais
- Indivíduos asplênicos, imunodeprimidos, diabéticos ou usuários crônicos de corticoide
independente do local ou gravidade da lesão.
- Mordeduras humanas independente do aspecto e da localização
Iniciar a antibioticoprofilaxia nas primeiras 8 horas após o acidente e manter por 3-5
dias.
Além da profilaxia com antibiótico são importantes: limpeza da lesão, desbridamento
cirúrgico quando necessário, avaliação da situação vacinal para tétano, raiva e hepatite B,
esta última apenas em caso de mordedura humana
Quando já houver sinais de infecção estabelecida no momento do atendimento iniciar
tratamento por 5-10 dias com as mesmas drogas recomendadas para profilaxia.
166
Opções de Antibióticos
Drogas e Doses:
167
Referências:
1. Practice Guidelines for the Diagnosis and Management of Skin and Soft-Tissue
Infections. Dennis L. Stevens, ET AL. Clinical Infectious Diseases 2005; 41:1373–406
2. American Academy of Pediatrics In: Pickering LK, ed. Red Book Report of the
Committee on Infectious Committee on Infectious Diseases 29th ed.Elk Grove Village,
IL: American Academy of Pediatrics, 2012
3. Gilbert, David N. The Sanford Guide to Antimicrobial Therapy, 40ª Ed, 2010
4. Goldstein, EJC. Human Bites. In Feigin & Cherry’s Textbook of Pediatric Infectious
Diseases.6th ed. 2009. P. 3496-3502
5. Edwards, MS. Animal Bites. In Feigin & Cherry’s Textbook of Pediatric Infectious
Diseases.6th ed. 2009. P. 3502-3508
6. Goldstein, EJC. Bites. In Mandell, Douglas, and Bennett’s Principles and Practice of
Infectious Diseases 7th Ed. 2010. P.3911-3915
Elaborado por Seila Prado.
168
MODO DE USO E TÓPICOS ESPECIAIS SOBRE
ANTIMICROBIANOS
169
USO ENDOVENOSO DE ANTIMICROBIANOS EM ADULTOS – DOSE USUAL E
MÁXIMA, RECONSTITUIÇÃO E FORMA DE ADMINISTRAÇÃO
ANTIMICROBIANOS
Volume de
Estabilidade Solução Dosagem
diluição - Tempo de
Princípio Ativo Dose normal Reconstituição após para Máxima
Acesso Infusão
Reconstituição Infusão Recomendada
Periférico
AMINOGLICOSÍDEOS
Amicacina 15mg/kg/dia ou
1,2 - - SF/ SG 500mg - 100mL 30 - 60min 15mg/kg/dia
500mg/2mL AMP 7,5mg 12/12h
1, 3 1-1,7mg/Kg 8/8h ou 30 a
Gentamicina AMP - - SF / SG 50 a 100 ml 5 mg/kg/dia
3 a 5 mg/kg/dia 120min
Tobramicina
1-1,7mg/Kg 8/8h ou
75mg/1,5mL AMP - - SF / SG 75mg - 50mL 30 - 60min 5 mg/kg/dia
1,2,4,5 3 a 5 mg/kg/dia
ANFENICÓIS
IV direto:
Cloranfenicol 1g FR- 1min
2,5 500mg - 6/6h AD 10mL 24h TA SF / SG 50ml 4g/dia
AMP Infusão:
15 - 30min
CARBAPENÊMICOS
Ertapenem 1g FR- 6h TA
1, 3 1g/dia AD 10mL SF 1g - 50mL ≥30 min 1g/dia
AMP 24h SR
Imipenem +
500mg a 1g 6/6h ou 4h TA
Cilastina500mg FR- - SF-SG 500mg - 100mL 60 min 4g/dia
1,3 1g 8/8h 24h SR
AMP
IV direto:
8h TA - SF
Meropenem 500mg 1g - 8/8h Bolus ou 3 - 5min
1,3,5 AD 10mL 3h TA – SG SF - SG 6 g/dia
FR-AMP SNC 2g - 8/8h 1g - 100mL Infusão:
15h - SR
60 min
CEFALOSPORINAS
Cefalotina1gFR-AMP 1 a 2g - 6/6h ou 12h TA Bolus ou 1g- IV direto:
1,5 AD 10mL SF/ SG 12g/dia
4/4h 96h SR 100mL/30min 3 - 5min n
Cefazolina 1g FR- 1g - 8/8h a 12h TA Bolus ou IV direto:
1,2,5 AD 10mL SF/ SG 12g/dia
AMP 2g - 6/6h 24h SR 1g-100mL 5min
Cefepime 1g FR-AMP 24h TA Bolus ou IV direto:
1,3,5 2g - 12/12h (8/8h) AD 10mL SF/ SG 6g/dia
7dias SR 1g-100mL 3 - 5 min
Bolus ou
Cefuroxima 750mg 24h TA IV direto:
1,2 750mg - 8/8h AD 6mL SF/ SG 1g-100mL 6g/dia
FR-AMP 72h SR 3 - 5min
(15-30min)
Cefotaxima 1g FR- 24h TA Bolus ou IV direto:
1,2 2g - 8/8h AD 10mL SF/ SG 12g/dia
AMP 7 dias SR 1-2g/100mL 3 - 5min
Ceftazidima 1g FR- Bolus ou 1g- IV direto:
1,3,5 1 a 2g - 8/8h AD 10mL 24h TA SF/ SG 6g/dia
AMP 50mL 3 - 5min
1g a 2g - 12/12h
Ceftriaxona 1g FR- 6h TA Bolus ou 1g- IV direto:
1,3,5 AD 10mL SF/ SG 4g/dia
AMP 24h SR 2g/100mL 3 - 5min
GLICILCICLINAS
50 a 100mg - 12/12h
(dose de ataque-
Tigeciclina 50mg FR- 50mg - 100mL
1,2,5 100mg) SF 5,3mL 6h TA SF - SG 30 - 60min -
AMP 100mg - 100mL
GLICOPEPTÍDEOS
6-12mg/Kg 12/12h
Teicoplanina 400mg nos 3 dias iniciais. IV direto:
1,2,4,5 AD 3mL 24h SR SF - SG Infusão: 30min 12mg/kg/dia
FR-AMP Continuar com 3 - 5min
3 a 12 mg/Kg/dia
1g - 12/12h ou 8/8h
Vancomicina 500mg 24h TA 30mg/kg (8/8h
1,2 (15mg/Kg/dose AD 10mL SF - SG 500mg - 100mL ≥60min
FR-AMP 14 dias SR ou 12/12h)
12/12h)
170
LINCOSAMINAS
Clindamicina 300 a 600mg - 8/8h 16 dias TA 30 a 60
1, 3 - SF / SG 600mg - 100mL 2700 mg/dia
600mg/4mL AMP (6/6h) 32 dias SR min
MACROLÍDEOS
Claritromicina 500mg 24h TA
5 500mg 12/12h AD 10mL SF/ SG 500mg-250mL > 60min 1g/dia
FR-AMP 48h SR
NITROIMIDAZÓLICOS
Metronidazol
30 a
500mg/100mL Bolsa 500mg - 8/8h ou 6/6h - - - - 4 g/dia
1,3 60min
OXAZOLIDINONAS
Linezolida
30 a
600mg/300mL Bolsa 600mg - 12/12h - - - - 1200 mg/dia
1,2,3,5 120min
PENICILINAS
Amoxicilina - AD Bolus ou
IV direto:
Clavulanato 1g / 500 mg a 1g - 8/8h 500mg - 10mL 4h TA SF infusão (30 a 40 -
1,5 3 - 5min
500mg FR-AMP 1g - 20mL min)
500 mg-
Bolus (500mg)
Ampicilina500mg FR- 500mg a 2g - 6/6h ou bolus;
1,2,5 AD 3mL 8h TA SF ou infusão 12g/dia
AMP 4/4h 1g a 2g-
rápida
15min
Ampicilina 2,0 g +
Sulbactam 1,0 g FR-
1,3 AD 6,4 mL IV
AMP 3g a 12g/dia Infusão: 15-
1hTA SF-SG direto:10 - 8 g + 4 g/ dia
Ampicilina 1,0 g + (6/6h-8/8h) 30min
AD 3,2 mL 15min
Sulbactam0,5 g FR-
1
AMP
Benzilpenicilina
4 a 24 milhões UI/dia 24h TA 5.000.000UI - 24 milhões
5.000.000UI FR-AMP AD 10mL SF - SG 30 - 60min
1,2,5 (4/4h ou 6/6h) 7 dias SR 100mL UI/dia
Oxacilina 500mg FR- 4g a 12g/dia - 6/6h Infusão: 1-2g/ IV direto:
1,3,5 AD 5mL 3 dias TA SF - SG 12 g/dia
AMP (4/4h) 100mL 10min
Piperacilina 4g + Infusão:
4/0,5g/dose - 8/8h 24h TA IV direto:
Tazobactam 0,5g FR- AD 20 mL SF - SG 4,5g/50-150mL- 16+2g/dia
1,2,3,5 (6/6h) 48h SR 3 - 5min
AMP 30min
POLIMIXINAS
1.000.000UI a
Colistina 1.000.000UI 2.000.000UI/dose 1 a 2 milhões UI Acima 60Kg -
1,2,5 - - SF / SG ≥30min
FR-AMP (8/8h) em 100mL 6.000.000UI/dia
500.000UI –
300mL a 500ml
Polimixina B 15 a 25 mil UI/Kg/dia 2h TA 2.000.000UI/
1,3 AD 10mL SF - SG ≥60 min
500.000UI FR-AMP (8/8h ou 12/12h) 72h SR dia
QUINOLONAS
Ciprofloxacino
200mg-400mg -
200mg/100mL Bolsa - - - - 60min 1200mg/dia
1 12/12h ou 8/8h
Levofloxacino
60min- 90
500mg/100 mL Bolsa 250 a 750mg/dia - - - - 750 mg/dia
1,3 min
SULFONAMIDAS
1amp - 125mL
Sulfametoxazol 400 2,5 a 5mg/Kg de
2amp - 250mL
mg + Trimetoprima trimetoprim 12/12h a Trimetoprim
- SG 3amp - 500mL 60 - 90min
80 mg/ 5mL AMP 6/6h (2 amp 12/12h a - 20 mg/kg/dia
1,3,5 Para restrição
4amp 6/6h)
1amp - 75mL
171
ANTIVIRAIS
Volume de
Estabilidade Solução Dosagem
diluição - Tempo de
Princípio Ativo Dose normal Reconstituição após para Máxima
Acesso Infusão
Reconstituição Infusão Recomendada
Periférico
Aciclovir 250mg FR- 5 a 10mg/kg/dose 500mg - 100mL
1,2 AD 10mL 12h TA SF/ SG > 60min -
AMP (8/8h) 1g-200mL
5mg/Kg/dose -
Ganciclovir 100mg,
12/12h 5mg/Kg/dose -
250mg e 500mg - - SF/SG - ≥60min
1,5 Manutenção- 12/12h
Bolsa
5mg/kg/dia
ANTIFÚNGICOS
Volume de
Estabilidade Solução Dosagem
diluição - Tempo de
Princípio Ativo Dose normal Reconstituição após para Máxima
Acesso Infusão
Reconstituição Infusão Recomendada
Periférico
ANFOTERICINA B
Anfotericina B
lipossomal 50mg 1,0 a 3,0mg/kg/ dia AD 12mL 6h TA SG 50mg - 100mL 60 min -
1,2
FR-AMP
Dose <
50mg - 500mL Obs- teste de
30mg:
Anfoterina B 50mg (Fazer em y tolerância
1,2 0,7 a 1,0mg/kg/dia 4 a 6h;
FR-AMP AD 10mL 24h TA SG soro com inicial: 1 a
(max 50mg/dia) Dose ≥
desoxicolato heparina e 5mg/100Ml de
30mg:
dipirona)* SG/EV/2hs
6-8h
EQUINOCANDINAS
Caspofungina 50mg 1a dose - 70mg 50mg - 100ml
1 AD 10,5mL 24h TA SF 60min -
FR-AMP após 50mg/dia 70mg - 200mL
Micafungina 50mg e
1,5 100 - 150mg/dia SF - 5mL 24h TA SF - SG 100mg - 100mL 60min -
100mg FR-AMP
TRIAZÓLICOS
Fluconazol 200mg
1,3 3 a 12mg/kg/dia ou 2 200mg -
100 mL Bolsa - - - - 12 mg/kg/dia
a 6mg/Kg 12/12h 30min
Ataque 6mg/kg
Voriconazol 200mg 12/12h (1ºdia)
2,5 AD 19mL 24h SR SF - SG 200mg - 100mL 60min 600mg/dia
FR-AMP Manutenção 3 a 4
mg/kg de 12/12h
172
* Para administrar Anfotericina B 50mg FR-AMP (convencional) em acesso periférico, deve-se preparar também
uma solução de 500mL de SG 5% com 1g de Dipirona + 1250UI de Heparina EV e infundir em Y juntamente
com a Anfotericina B (para reduzir efeitos adversos imediatos e tromboflebite local).
- Referências Bibliográficas:
1 - Healthcare Series Micromedex.USA.2014
2 - Up to Date on line
3 - Trissel L.A Handbook on Injetable Drugs.32º ed. Bethesda: American Society of Health-System Pharmacists;
1998.
4 Brayfield A (ed), Martindale: The Complete Drug Reference. [online] London: Pharmaceutical Press
<http://www.medicinescomplete.com/>.
5 - Bulas dos medicamentos.
6 -Manual de Antimicrobianos - CUCA -HCRP - FMRP/USP, 2012-2013.
7- Tavares Walter Manual de Antibióticos e Quimioterápicos Antiinfecciosos 2aedição Atheneu, 1986
8- Mandell, Bennett,Dolin Principies andPracticeofInfectiousDiseases4th ed Churchill Livingstone, 1995
- Elaborado por:
Márcia Sanches - Farmacêutica UE
Mariana Giardini - Farmacêutica UE
Dr. Wilson Lovato - Supervisor Equipe Médica CTI Adulto EU
-Colaboração: Giovana M. Araujo Badran – Farmacêutica HC-CAMPUS
- Revisado:
Comissão de Uso e Controle de Antimicrobianos em 08/2014
173
RECOMENDAÇÕES PARA O AJUSTE DE DOSES DOS
ANTIMICROBIANOS EM PACIENTES ADULTOS COM INSUFICIÊNCIA
RENAL, CONFORME VALOR DO CLEARANCE DE CREATININA
Tabela 1: Antibacterianos
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE APÓS
ANTIMICROBIANO DOSE HABITUAL HEMODIALISE
50 - 80 10 -50 < 10
(HD)
7,5mg/kg – 12/12h 7,5mg/Kg ±3,7mg/Kg após
AMICACINA NC 7,5mg/Kg 48/48h
ou 15mg/Kg 1x/dia 24/24h HD
AMOXICILINA-
1g – 8/8h NC 1g – 12/12h 1g – 24/24h 1g após HD
CLAVULANATO (EV)
AMOXICILINA- 250 a 500mg – 250 a 500mg – 250 a 500mg
500/125mg – 8/8h NC
CLAVULANATO (VO) 12/12h 24/24h após HD
1 a 2g – 6/6h a
AMPICILINA (EV) 2g – 6/6h NC 1g – 12/12 1g após HD
12/12h
500mg – 6/6h ou 500mg – 12/12h
AMPICILINA (VO) 500mg – 6/6h NC --
12/12h ou 24/24h
2g/1g - 8/8h ou
AMPICILINA-SUBACTAM 2g/1g – 6/6h NC 2g/1g – 24/24h 2g/1g após HD
12/12h
2g – 12/12h ou
CEFEPIME 2g 8/8 ou 12/12h NC 1g – 24/24h 1g após HD
24/24h
2g – 12/12h ou 2g – 24/24h ou
CEFOTAXIMA 2g – 8/8h NC 1g após HD
24/24h 48/48h
2g – 12/12h ou 2g – 24/24h ou
CEFTAZIDIMA 2g -8/8h NC 1g após HD
24/24h 48/48h
CEFTRIAXONA 1 a 2g – 12/12h NC NC NC --
750mg – 8/8 a
CEFUROXIMA (EV) 750mg - 8/8h NC 750mg – 24/24h 750mg após HD
12/12h
250mg – 8/8h a 250mg – 8/8h a
CEFUROXIMA (V0) NC 250mg – 24/24h 250mg após HD
500mg de 8/8h 12/12h
400 a 600mg –
CIPROFLOXACINO (EV) NC 200mg 12/12h 200mg 24/24h 200mg após HD
12/12h
250 a 500mg –
CIPROFLOXACINO (VO) NC 250mg 12/12h 250mg 24/24h --
12/12h
174
CORREÇÃO
ANTIMICROBIANO CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE APÓS
DOSE HABITUAL
(Tabela 1 – continuação) 50 - 80 10 -50 < 10 HEMODIALISE
(HD)
500mg – 12/12h
CLARITROMICINA 500mg – 12/12h NC 500mg 24/24h 500mg após HD
a 24/24h
600 a 900mg – --
CLINDAMICINA (EV) NC NC NC
8/8h
300 a 600mg 8/8h
CLINDAMICINA (VO) ou 6/6h
NC NC NC --
6 a 9 milhões
COLISTINA 2 a 3 milhões - 2 a 3 milhões -
U/dia - dose NC --
(POLIMIXINA E) 12/12h a 24/24h 48/48h
12/12h ou 8/8h
4 a 6mg/Kg a cada 48 horas, se
DAPTOMICINA 4 a 6mg/Kg/dia NC
Clcreat <30mL/min.
--
PIRIMETAMINA 25 a 100mg/dia NC NC NC --
2/0,25g – 6/6h
PIPERACILINA – 4/0,5 g – 8/8h a
NC ou 8/8h se Clcr 2/0,25 g – 8/8h --
TAZOBACTAM 6/6h
< 20
15 a 25 mil
POLIMIXINA B UI/Kg/dia – 8/8h NC NC NC --
ou 12/12h
75 a 100
SULFADIAZINA NC 50% dose diária 25% dose diária --
mg/kg/dia – 6/6h
175
CORREÇÃO
ANTIMICROBIANO CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE APÓS
DOSE HABITUAL
(Tabela 1 – continuação) 50 - 80 10 -50 < 10 HEMODIALISE
(HD)
50 a 100mg –
TIGECICLINA NC NC NC --
12/12h
1,5mg/Kg/dose – 1,5 a
1,5 a 2mg/Kg/dose 1,7 a 2 mg/Kg
TOBRAMICINA 8/8h ou 3-5mg/Kg NC 2mg/Kg/dose –
– 48/48h após HD
1x/dia 24/24h
±15mg/Kg/dose
±15mg/Kg/dose – ±15mg/Kg/dose a
VANCOMICINA NC 24h até a cada --
12/12h cada 4 ou 7dias
4 dias
NC = Não corrigir ou sem necessidade de correção da dose. h= hora(s); d= dia(s); HD= hemodiálise.
(*): Intervalo de 12/12h nas 3 a 5 doses iniciais, após, intervalo de 24/24horas.
Tabela 2: Antifúngicos
1ª dose = 200mg, e
ANIDULAFUNGINA NC NC NC --
após 100mg/dia.
0,4 a 1mg/kg/dia. (Não
ANFOTERICINA B NC NC NC --
ultrapassar 50mg - dose
(FORMULAÇÃO DESOXICOLATO)
diária)
ANFOTERICINA B
1 a 5mg/Kg/dia NC NC NC --
COMPLEXO LIPIDICO
ANFOTERICINA B
1 a 3mg/Kg/dia NC NC NC --
LIPOSSOMAL
1ª dose= 70mg, e
CASPOFUNGINA NC NC NC --
após 50mg/dia.
200mg de 8/8h ou de
POSACONAZOL 6/6h
NC NC NC --
176
ANTIFÚNGICO CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE CORREÇÃO
DOSE NORMAL
(Tabela 2 – continuação) 50 - 80 10 -50 < 10 APÓS HD
200 a 400mg de
VORICONAZOL (VO) NC NC NC --
12/12h
200 a 400mg de Evitar uso em pacientes com
VORICONAZOL (EV) NC
12/12h Clcreat < 30ml/min.
NC: Não corrigir; VO: via oral; EV: via endovenosa; HD: hemodiálise.
Tabela 3: Antivirais
Referências Consultadas:
177
RECOMENDAÇÕES DE DOSES DE TUBERCULOSTÁTICOS PARA
PACIENTES ADULTOS COM FUNÇÃO RENAL REDUZIDA E PARA
PACIENTES ADULTOS EM HEMODIÁLISE*
* Notas: 1) Doses-padrão devem ser dadas, a menos que haja intolerância. 2) Pacientes em
hemodiálise devem receber a medicação após a diálise. 3) A monitorização de níveis séricos
deve ser considerada para garantir a absorção adequada, sem acúmulo, e evitar toxicidade. 4)
Não há dados relativos a pacientes em diálise peritoneal. Até que haja dados, iniciar com as
doses recomendadas para pacientes em hemodiálise e monitorizar níveis séricos para avaliar
a adequação.
Observação: Pacientes com função renal reduzida, porém com o clearance de creatinina
superior a 30 ml/min devem ser tratados com a dose padrão, porém a monitorização dos
níveis séricos deve ser feita para evitar a toxicidade.
178
USO DE ANTIMICROBIANOS NA GESTAÇÃO
179
1
Avaliação da segurança para o feto segundo a United States Food and Drug Admnistration.
Categoria A = Estudos controlados não mostram risco para o feto; B = Nenhuma evidência de risco
para o feto. Estudo em animais mostram risco para o concepto, mas sem evidência para humanos.
Estudo em animais não mostram risco para o feto, embora não haja estudo em humanos. O uso da
droga é justificado quando necessária; C = Riscos para fetos humanos desconhecido, não existem
estudos em seres humanos. O risco não pode ser descartado, pois não existem estudos em animais ou
os estudos em animais comprovam toxicidade fetal. Nesta categoria, o potencial benefício do uso da
droga pode justificar o risco potencial do seu uso; D = existem evidência de risco para o feto
humano. Estudos realizados ou comprovação após o licenciamento mostram risco de lesão fetal.
Também nesta categoria o potencial benefício da droga pode superar o risco; X = contra-indicado na
gravidez.
180
USO DE ANTIMICROBIANOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO
Sempre que possível escolher aqueles que apresentam menor passagem para o leite
materno ou aqueles que passam para o leite, mas não afetam o lactente quando usados em
doses terapêuticas.
No caso dos antibióticos, a principal preocupação é a alteração da flora intestinal da
criança, levando à diarreia e monilíase além da interferir na interpretação dos resultados de
culturas do lactente.
ANTIBIÓTICOS
Uso compatível com a amamentação
Acido Pipemídico Ertapenem
Amicacina Fosfomicina
Amoxicilina e Amoxicilina/Clavulanato Gentamicina
Ampicilina e Ampicilina/Sulbactan Lincomicima Oxacilina
Azitromicina Penicilina
Aztreonam Piperacilina/Tazobactan
Cefalosporinas Polimixina B
Claritromicina Teicoplanina
Clindamicina Vancomicina
Eritromicina
Uso criterioso durante a amamentação. Comentários
Acido Nalidíxico Observar anemia hemolítica e icterícia no lactente, sobretudo se portador de
deficiência de G6PD.
Ciprofloxacina Excretada para o leite materno em quantidades elevadas. Relato de colite
pseudomembranosa em um lactente
Daptomicina Sem dados sobre segurança na lactação. Excreção para o leite materno improvável
Doxiciclina Meia-vida longa. Possibilidade de manchas nos dentes
Levofloxacina Sem dados sobre segurança na lactação. Observar diarreia no lactente Evitar
amamentação 4-6 h após a dose
Meropenem Sem dados sobre segurança na lactação. Excreção para o leite materno provável
pelo baixo peso molecular
Metronidazol A maioria dos estudos não relatou efeitos colaterais nos lactentes. Observar perda
de apetite, vômitos e diarreia. Quando administrado na dose única de 2g VO, recomenda-se
suspender a amamentação por 24 horas.
Minociclina Uso por período inferior a 3 semanas é compatível com o aleitamento, pois níveis
da droga no leite materno são baixos e a absorção é inibida pelo cálcio do leite
Nitrofurantoína. Uso criterioso durante a amamentação de crianças pré-termo, < 1 mês, com
hiperbilirrubinemia e/ou deficiência de G6PD
Norfloxacina Excretada para o leite em pequenas quantidades. Observar diarreia no lactente
Sulfadiazina Sem dados sobre segurança na lactação.
Sulfametoxazol/ Trimetoprim Compatível com a amamentação em crianças nascidas a termo
com mais de 1 mês de vida. Evitar em mães de RN com hiperbilirrubinemia, prematuros ou
lactentes com deficiência de G6PD. Observar hemólise e icterícia no lactente.
Tetraciclinas Uso por curto período (até 10 dias) compatível com o aleitamento porque os
níveis da droga no leite materno são baixos e a absorção pelo lactente é inibida pelo cálcio do
leite
181
Tigeciclina Sem dados sobre segurança na lactação.
Tobramicina Não há dados sobre transferência para o leite materno, mas a excreção deve ser
insignificante como os demais aminoglicosídeos
Totalmente Contra indicados
Cloranfenicol A droga é secretada no leite materno, apesar da sua concentração no leite não ser
suficiente para causar a síndrome do bebe cinzento podem ocorrer: vômitos, distensão
abdominal e letargia em lactentes amamentados. Teoricamente há risco de depressão de medula
óssea, mas essa condição nunca foi relatada associada à ingestão da droga por meio do leite
materno. Observar discrasias sanguíneas, anemia aplástica e icterícia no lactente Evitar
principalmente em mães de recém-nascidos.
Linezolida Não há dados sobre segurança para uso durante o período da lactação. Relato de
mielossupressão em animais e trombocitopenia em adultos
TUBERCULOSTÁTICOS
Uso compatível com a amamentação
Etambutol
Rifampicina
Uso criterioso durante a amamentação. Comentários
Estreptomicina Observar exantema e diarreia no lactente.
Isoniazida. Excretada no leite materno em quantidades significativas. Observar sinais e
sintomas de neurite periférica e hepatite no lactente
Pirazinamida Observar icterícia no lactente
ANTIFÚNGICOS
Uso compatível com a amamentação
Anfotericina B
Nistatina
Fluconazol
Griseofulvina
Uso criterioso durante a amamentação. Comentários
Caspofungina Sem dados sobre segurança na lactação.
Cetoconazol Uso criterioso durante a amamentação. Potencial toxicidade hepática
Itraconazol Absorção pelo lactente é improvável.
Terbinafina Sem dados sobre segurança na lactação. Observar icterícia e toxicidade hepática no
lactente
Voriconazol Sem dados sobre segurança na lactação. Usar com critério
5-Flucitosina Sem dados sobre segurança na lactação. Risco de depressão medular
ANTIVIRAIS
Uso compatível com a amamentação
Aciclovir
Valaciclovir
Lamivudina
Oseltamivir
Uso criterioso durante a amamentação. Comentários
Fanciclovir Efeitos colaterais mínimos. Preferir Aciclovir
Totalmente Contra indicados
Foscarnet Não há dados sobre segurança para uso durante o período da lactação. Estudos em
animais mostram níveis no leite três vezes maiores que no plasma. Observar toxicidade renal,
convulsões e deposição nos ossos e dentes no lactente
182
Ganciclovir Não há dados sobre segurança para uso durante o período da Lactação. Efeito
carcinogênico e mutagênico em ratos
ANTIPARASITÁRIOS E ANTI-HELMÍNTICOS
Uso compatível com a amamentação
Albendazol Piperazina
Espiramicina Praziquantel
Levamisol Niclosamida
Mebendazol Tinidazol
Pamoato de Pirvínio
Uso criterioso durante a amamentação. Comentários
Ivermectina: Não há efeitos adversos relatados em lactentes. Pico de concentração no leite
materno entre 4 e 6 horas após o uso
Secnidazol Sem dados sobre segurança na lactação.
Tiabendazol Sem dados sobre segurança na lactação.
Referências:
183
INDICAÇÃO E USO DE ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL E DE OUTRAS
FORMULAÇÕES LIPÍDICAS DE ANFOTERICINA B NO HCFMRP-USP
184
convencional sempre que possível e reservando as primeiras para pacientes com
insuficiência renal pré-existente ou quando a toxicidade imediata ou tardia da anfotericina B
convencional surge durante a terapia e não se consegue seu controle com redução da dose
diária ou outras medidas terapêuticas. Uma estratégia terapêutica recomendada em
consensos é limitar o tempo de uso das formulações lipídicas a duas semanas ou a um tempo
mínimo suficiente para estabilizar o paciente e acumular anfotericina B nos tecidos,
prosseguindo o tratamento com outros antifúngicos por via oral.
1.3. Reações imediatas á infusão: caracterizada por efeitos adversos graves, repetidos
a cada infusão da anfotericina B desoxicolato, não se atenuando com a
continuação da terapia, com a redução da velocidade de infusão, ou com a
prescrição de pré-medicação. As seguintes medicações usadas uma hora antes do
início da infusão de anfotericina B minimizam a sua toxicidade imediata:
inibidores da síntese de prostaglandinas, antihistamínicos, meperidina (25-50mg
EV) ou hidrocortisona (25-50mg em 500mL SG 5% administrado ao longo da
infusão). Este corticóide (50mg) e/ou uma ampola de dipirona também podem ser
usados em infusão EV lenta, em paralelo com a anfotericina B. A substituição
por anfotericina B lipídica deve ser feita diante da ocorrência repetida, não
previnível por pré-medicação, dos seguintes efeitos adversos: temperatura> 38,5º
C, freqüência cardíaca >110/min, pressão arterial > 160x100 mmHg, freqüência
respiratória >30/min, broncoespasmo e arritmia cardíaca.
185
1.4. Quando a toxicidade da anfotericina B desoxicolato exigir substituição por
formulação lipídica esta deve ser administrada em dose total semelhante à dose
prevista para a formulação convencional ou de acordo com esquemas
terapêuticos constantes em outros capítulos deste manual. Usadas em doses
diárias maiores, geralmente a terapia com anfotericina B lipossomal ou ABLC
termina em tempo menor, devendo ser completada com antifúngicos por via oral
para consolidar a recuperação do paciente. Em pacientes recebendo formulações
lipossomal ou complexo lipídico de anfotericina B e que continuam
manifestando toxicidade para o rim ou para outros tecidos, é recomendado
reduzir a dose diária ou espaçar a administração destas medicações.
2.1. Caracterização de falha resposta terapêutica: doentes com infecção fúngica aos
quais já tenha sido administrada dose cumulativa mínima de 400mg
(aproximadamente 7mg/Kg de peso) de anfotericina B convencional nos quais
persistam ou se agravem o processo inflamatório ou os sintomas de foco
infeccioso, ou que surjam complicações com risco de morte à curto prazo pela
infecção não controlada.
186
MANEJO DA NEFROTOXICIDADE DA ANFOTERICINA B
DESOXICOLATO (formulação convencional) (Anf B-des)
Medidas Iniciais
1) Reduzir dose diária da Anf B-des de 1mg/Kg/dia (máximo 50mg/d) para 0,7 a
0,3mg/Kg (40 a 20mg/d). A interrupção do uso de Anf B des por 24 a 48 horas é outra
alternativa, dependendo do tipo e da fase da infecção fúngica.
2) Proteger o rim com sobrecarga hídrica e de Na+: soro fisiológico – 500 a 1000mL
durante 1 hora imediatamente antes da infusão de Anf B des (verificar se as
condições de saúde do paciente permitem esta sobrecarga hídrica).
3) Adotar medidas para controlar a hiperpotassemia (dieta, resina) ou hipopotassemia
(suplementação de K+), além da eventual hipomagnesemia.
187
BIODISPONIBILIDADE DE ANTIMICROBIANOS E ALIMENTAÇÃO
188
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA DE ANTIBACTERIANOS E
ANTIFÚNGICOS MAIS USADOS
189
ANTIMICROBIANO OUTROS MEDICAMENTOS E EFEITO ADVERSO
DROGAS RESULTANTE DA
INTERAÇÃO
190
ANTIMICROBIANO OUTROS MEDICAMENTOS E EFEITO ADVERSO
DROGAS RESULTANTE DA
INTERAÇÃO
191
ANTIMICROBIANO OUTROS MEDICAMENTOS E EFEITO ADVERSO
DROGAS RESULTANTE DA
INTERAÇÃO
Rifampicina 1) Propanolol metoprolol, anticoagulantes 1) ↓dos níveis dos outros
orais, fenitoína, disopiramida, tacrolimus, medicamentos comumente por
ciclosporina, caspofungina, digoxina, terem o metabolismo e a
clofibrato, linezolida, metadona, excreção induzidos pela
contraceptivos orais, quinidina, rifampicina. Podem ocorrer
sulfoniluréias, inibidores da ECA, dapsona, efeitos indesejados como
doxiciclina, moxifloxacina, nevirapina, gravidez mesmo com o uso de
voriconazol, haloperidol, diazepam, contraceptivos orais,
fluvastatina, nifedipina, teofilina, diltiazem, anticoagulação inadequada ou
progestinas, tricíclicos, triazolam, falha de controle da glicemia,
nevirapina. etc.
2) Claritromicina, delavirdina, itraconazol, 2) ↓niveis de outros
fluconazol, ritonavir, amprenavir, medicamentos e ↑dos níveis de
nelfinavir, indinavir, saquinavir rifampicina (risco de
3) Cetoconazol, hidróxido de alumínio, toxicidade)
sulfametoxazol-trimetoprim 3) ↓dos níveis de rifampicina
Sulfametoxazol- 1) Azitriopina, metotrexato 1) ↑risco de inibir mielopoiese
trimetoprim 2) Ciclosporina 2)↓nivel da ciclosporina e ↑da
3) Inibidores da ECA creatinina sérica
4) Varfarina, fenitoina, loperamida, 3) Risco de hiperpotassemia
digoxina, lamivudina 4)↑niveis da outra droga com
5) 6-mercaptopurina, anticoncepcionais risco de toxicidade
orais VO, sulfonilureias 5) ↓niveis e a ação da outra
6) Metenamina droga
6) Cristalúria – risco de IRA
Teicoplanina 1) Aminoglicosídeos anfotericina B, 1)↑risco de nefro e
polimixinas, diuréticos de alça, ototoxicidade
ciclosporina, cisplatina
Tigeciclina Anticoncepcionais VO ↓niveis dos anticoncepcionais
192
ANTIMICROBIANOS E ANTIPARASITÁRIOS DISPONÍVEIS E
ORIENTAÇÃO E CONTROLE DE SUA PRESCRIÇÃO NO HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA FMRP-USP
193
Tabela1 - Antimicrobianos disponíveis para uso em pacientes internados no Hospital
das Clínicas da FMRP-USP.
ANTIMICROBIANOS
54105808 ACICLOVIR COMPRIMIDO 200 MG
54105705 ACICLOVIR INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 250 MG
54103538 AMICACINA INJETÁVEL AMPOLA 100 MG 2 ML
54103514 AMICACINA INJETÁVEL AMPOLA 500 MG 2 ML
54100896 AMOXICILINA + CLAVULANATO SUSPENSÃO ORAL 250 MG/5 ML FR 75 A 100 ML
54100914 AMOXICILINA 1000 MG + CLAVULANATO 200 MG INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA
54100926 AMOXICILINA 500 MG + CLAVULANATO 100 MG INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA
54102406 AMOXICILINA SUSPENSÃO ORAL 250 MG/5 ML FR 120 ML OU 150 ML
54100409 AMPICILINA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 1 G
54100318 AMPICILINA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 500 MG
54100598 ANFOTERICINA B COMPLEXO LIPIDICO FRASCO-AMPOLA 100 MG 20 ML (excepcional)
54100434 ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL INJETÁVEL FR-AMP 50 MG (excepcional)
54101700 ANFOTERICINA B, DESOXICOLATO INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 50 MG
5410046X AZITROMICINA COMPRIMIDO 500 MG
54100574 AZITROMICINA SUSPENSÃO ORAL FR 900 MG 22,5 ML (excepcional)
54100501 BENZILPENICILINA BENZATINA INJETÁVEL FR 1.200.000 UI
54109218 BENZILPENICILINA BENZATINA INJETÁVEL FR 600.000 UI
54103708 BENZILPENICILINA POTÁSSICA INJETÁVEL FR 5.000.000 UI
54103800 BENZILPENICILINA PROCAÍNA INJETÁVEL FR 400.000 UI
59200741 BENZOILMETRONIDAZOL SUSPENSÃO 200 MG/5 ML FRASCO 80 ML(METRONIDAZOL)
54102959 CEFALEXINA CÁP/COMP 500 MG
54103009 CEFALEXINA SUSPENSÃO ORAL 250 MG/5 ML FR 100 ML
54103101 CEFALOTINA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 1 G
54102856 CEFAZOLINA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 1 G
54100689 CEFEPIMA, CLOR. INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 1G
54100884 CEFOTAXIMA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 1 G
54103150 CEFTAZIDIMA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 1 G
54104658 CEFTRIAXONA SÓDICA INJETÁVEL EV FR-AMP 1 G
54100720 CEFUROXIMA , AXETIL COMPRIMIDO 250 MG
54100707 CEFUROXIMA SÓDICA INJETÁVEL FR-AMP 750 MG
54100859 CIPROFLOXACINO INJ. FRASCO OU BOLSA 200 MG 100 ML
54100860 CIPROFLOXACINO, CLORIDRATO COMPRIMIDO 500 MG
54101220 CLARITROMICINA COMPRIMIDO 500 MG
54101232 CLARITROMICINA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 500 MG
54101219 CLARITROMICINA SUSP. ORAL 250 MG/5 ML FR 60 ML
5410127X CLINDAMICINA CÁPSULA 300 MG
54101268 CLINDAMICINA, FOSFATO INJETÁVEL AMP. 600 MG 4 ML
54103411 COLISTINA SÓDICA INJETÁVEL FR-AMP 1.000.000 UI (excepcional)
54109012 DAPTOMICINA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 500 MG
5410550X DOXICICLINA DRÁGEA 100 MG
54101402 ERITROMICINA, ESTOLATO, SUSP ORAL 250 MG/5 ML FR 50 ML OU 60 ML
5410502X ERTAPENEM SÓDICO, INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 1G
194
54104701 ESPIRAMICINA CÁPSULA 500 MG (EQUIVALENTE A 1.500.000 UI)
54101785 FLUCONAZOL CAPSULA 150 MG
54101591 FLUCONAZOL INJ. FRASCO OU BOLSA 200 MG 100 ML
54101098 FOSFOMICINA TROMETAMOL ENVELOPE 5,631 G (EQUIVALENTE A 3G DE FOSFOMICINA)
54106606 GANCICLOVIR SÓDICO, SOLUÇÃO INJETÁVEL 100 MG, BOLSA DE 100 ML
54106503 GANCICLOVIR SÓDICO, SOLUÇÃO INJETÁVEL 250MG, BOLSA DE 250 ML
54106692 GANCICLOVIR SÓDICO, SOLUÇÃO INJETÁVEL 500MG, BOLSA DE 500 ML
54102005 GENTAMICINA, SULF, INJETÁVEL AMPOLA 40 MG 1 ML
54102066 GENTAMICINA, SULF, INJETÁVEL AMPOLA 80 MG 2 ML
54105109 IMIPENEM + CILASTATINA INJETÁVEL FR-AMP 500 MG
54102352 ITRACONAZOL CÁPSULA 100 MG
54103186 LEVOFLOXACINO COMPRIMIDO 500 MG
54103198 LEVOFLOXACINO INJETÁVEL BOLSA 500 MG 100 ML
54103216 LINEZOLIDA COMPRIMIDO 600 MG
54103204 LINEZOLIDA INJETÁVEL BOLSA 600 MG 300 ML
54101657 MEROPENEM INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 500 MG
59200716 METRONIDAZOL COMPRIMIDO 400 MG
59200704 METRONIDAZOL COMPRIMIDO/ CÁPSULA 250 MG
59204102 METRONIDAZOL INJETÁVEL 5MG/ML BOLSA 100 ML
54109954 MICAFUNGINA SÓDICA INJETÁVEL FR-AMP 50 MG
54109966 MICAFUNGINA SÓDICA, INJETÁVEL FR-AMP 100 MG
54103502 NEOMICINA, SULFATO COMPRIMIDO/ CÁPSULA 250 MG
5410340X NISTATINA SUSPENSÃO ORAL 100.000 UI/ML FR 50 ML
59200807 NITROFURANTOINA COMPRIMIDO 100 MG
54101633 NORFLOXACINO COMPRIMIDO 400 MG
5410810X OSELTAMIVIR, FOSFATO CÁPSULA 30 MG (Componente Estratégico - MS)
54108111 OSELTAMIVIR, FOSFATO CÁPSULA 45 MG (Componente Estratégico - MS)
54102509 OSELTAMIVIR, FOSFATO CÁPSULA 75 MG (Componente Estratégico - MS)
54104907 OXACILINA INJETAVEL FRASCO-AMPOLA 500 MG
54107313 PIPERACILINA 4 G + TAZOBACTAM 0,5 G INJ. FR-AMP
54100756 POLIMIXINA B, SULFATO INJETÁVEL FR-AMP 500.000 UI
54104233 RIFAMPICINA CAPSULA 300 MG (excepcional)
54104300 RIFAMPICINA SUSPENSAO 100 MG/5 ML FRASCO 50 ML (excepcional)
54104750 SULBACTAM 0,5 G + AMPICILINA 1G INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA
54104762 SULBACTAM 1 G + AMPICILINA 2 G INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA
54200805 SULFADIAZINA COMPRIMIDO 500 MG
54200209 SULFAMETOXAZOL 200 MG/5 ML + TRIMETOPRIMA 40 MG/5 ML SUSP ORAL FR 100 ML
54200106 SULFAMETOXAZOL 400 MG + TRIMETOPRIMA 80 MG CP
54200088 SULFAMETOXAZOL 400 MG + TRIMETOPRIMA 80 MG EV AMP. 5 ML
5420110X SULFASSALAZINA COMPRIMIDO 500 MG
54104919 TEICOPLANINA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 200 MG
54105031 TIGECICLINA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 50MG
54105389 TOBRAMICINA AMPOLA 1,5 ML 75 MG
54105407 VANCOMICINA, CLOR. INJETÁVEL FR-AMP 500 MG
54105547 VORICONAZOL COMPRIMIDO 200 MG
54105559 VORICONAZOL INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 200 MG
195
ANTIPARASITÁRIOS
59100606 ALBENDAZOL COMPRIMIDO 400 MG
59200200 CLOROQUINA, DIFOSF. COMPRIMIDO 250 MG (EQUIVAL. A 150 MG CLOROQUINA BASE)
59200406 IVERMECTINA COMPRIMIDO 6 MG
59100400 MEBENDAZOL COMPRIMIDO/ CÁPSULA 100 MG
59201101 MEGLUMINA,ANTIMONIATO AMPOLA 5 ML 1,5 G
54107416 NITAZOXANIDA COMPRIMIDO 500 MG
59100308 OXAMNIQUINA CAPSULA 250 MG
59201563 PERMETRINA 1% FRASCO 60 ML
59200509 PIRIMETAMINA COMPRIMIDO 25 MG
59100278 TIABENDAZOL COMPRIMIDO 500 MG
ANTIRRETROVIRAIS
5410015X ABACAVIR COMPRIMIDO 300MG
54102467 ABACAVIR SOLUÇÃO ORAL 20MG/ML
54100586 ATAZANAVIR CAPSULA 300MG
54109929 DARUNAVIR COMPRIMIDO 75MG
54109930 DARUNAVIR COMPRIMIDO 150MG
54109024 DARUNAVIR COMPRIMIDO 600MG
54109243 DOLUTEGRAVIR COMPRIMIDO REVESTIDO 50MG
54107192 DIDANOSINA SOLUCAO ORAL 10MG/ML
54107167 EFAVIRENZ CAPSULA 200MG
54107398 EFAVIRENZ COMPRIMIDO 600MG
54107118 EFAVIRENZ SOLUÇÃO ORAL 30MG/ML
54107222 ENFUVIRTIDA IV FR/AMP 90MG/ML
54101414 ESTAVUDINA SOLUÇÃO ORAL 1MG/ML
54108007 ETRAVIRINA COMPRIMIDO 100MG
54109255 ETRAVIRINA COMPRIMIDO 200MG
54101621 LAMIVUDINA COMPRIMIDO 150MG
54101645 LAMIVUDINA SOLUÇÃO ORAL 10MG/ML
5410760X LOPINAVIR 100MG+ RITONAVIR 25MG COMPRIMIDO REVESTIDO
54107556 LOPINAVIR 200MG+ RITONAVIR 50MG COMPRIMIDO REVESTIDO
54107362 LOPINAVIR 80MG/ML + RITONAVIR 20MG/ML SOLUCAO ORAL
54109942 MARAVIROQUE COMPRIMIDO 150MG
54107337 NEVIRAPINA COMPRIMIDO 200MG
54101438 NEVIRAPINA SUSPENSÃO ORAL 50MG/5ML FR 240 ML
54108883 RALTEGRAVIR COMPRIMIDO 400MG
54108949 RALTEGRAVIR COMPRIMIDO 100MG
54107106 RITONAVIR COMPRIMIDO 100MG
54107131 RITONAVIR SOLUÇÃO ORAL 80MG/ML
196
54107404 TENOFOVIR COMPRIMIDO REVESTIDO 300MG
54109206 TENOFOVIR 300MG + LAMIVUDINA 300MG COMPRIMIDO
54109127 TENOFOVIR 300MG + LAMIVUDINA 300MG + EFAVIRENZ 600MG COMPRIMIDO
54100690 TIPRANAVIR CÁPSULA 250MG
54105912 ZIDOVUDINA IV FR/AMP 10MG/ML
54107155 ZIDOVUDINA 300MG + LAMIVUDINA 150MG COMPRIMIDO
54105602 ZIDOVUDINA CAPSULA 100MG
54105900 ZIDOVUDINA SUSPENSAO 50 MG/5ML
197
HANSENÍASE
54100136 CLOFAZIMINA COMPRIMIDO 100 MG
54100148 CLOFAZIMINA COMPRIMIDO 50 MG
54201159 DAPSONA COMPRIMIDO 100 MG
73900977 HIPROMELOSE 0,3% + DEXTRANO 70 0,1% COLÍRIO FR 15 ML
54103307 MINOCICLINA, CLORIDRATO COMPRIMIDO 100 MG
54103563 OFLOXACINO COMPRIMIDO 400 MG
69501403 PREDNISONA COMPRIMIDO 20 MG
54104233 RIFAMPICINA CAPSULA 300 MG
54105158 TRATAMENTO MULTIBACILAR P/ HANSENIASE KIT P/ADULTO
54108895 TRATAMENTO MULTIBACILAR P/ HANSENIASE KIT P/ CRIANÇA
5410516X TRATAMENTO PAUCIBACILAR P/ HANSENIASE KIT
198
TUBERCULOSE (MULTIRRESTISTÊNCIA E MNT)
sem ÁCIDO – PARAMINOSALICÍLICO 4g (Grânulos) (inserido no Programa recentemente, ainda
cadastro não disponível)
54103514 AMICACINA INJETÁVEL AMPOLA 500 MG 2 ML
54300174 CAPREOMICINA INJETÁVEL FRASCO-AMPOLA 1G
54101220 CLARITROMICINA COMPRIMIDO 500 MG
54100136 CLOFAZIMINA COMPRIMIDO 100 MG
54101608 ESTREPTOMICINA, SULFATO, INJETÁVEL FR-AMP 1 G
54300113 ETAMBUTOL COMPRIMIDO 400MG
54300125 ETIONAMIDA COMPRIMIDO 250MG
54109905 ISONIAZIDA 75 MG + RIFAMPICINA 150 MG COMPRIMIDO
54300101 ISONIAZIDA COMPRIMIDO 100 MG
5410385X LEVOFLOXACINO COMPRIMIDO 250 MG
54103186 LEVOFLOXACINO COMPRIMIDO 500 MG
54103216 LINEZOLIDA COMPRIMIDO 600 MG
5410998X MOXIFLOXACINO COMPRIMIDO 400 MG
54103563 OFLOXACINO COMPRIMIDO 400 MG
54300137 PIRAZINAMIDA COMPRIMIDO 500 MG
RIFAMPICINA 150MG+ISONIAZIDA 75MG+PIRAZINAMIDA 400MG+ETAMBUTOL 275MG
54108974
COMP
54104233 RIFAMPICINA CAPSULA 300 MG
54300162 TERIZIDONA CÁPSULA 250 MG
78102030 VITAMINA B6 COMPRIMIDO/CAPSULA 100 MG
sem VITAMINA B6 COMPRIMIDO/CAPSULA 50 MG (inserido no Programa recentemente, ainda
cadastro não disponível)
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
54102352 ITRACONAZOL CÁPSULA 100 MG (Obs. Suspenso temporariamente)
DOENÇA DE CHAGAS
59201496 BENZNIDAZOL COMPRIMIDO 100 MG
199
Tabela 2 - Antimicrobianos de uso restrito e mediante validação prévia da equipe
CUCA/CCIH.
200
Prescrição de Intenção de uso de
antibacterianos, antimicrobianos da
antifúngicos , antivirais, Tabela 2
antiparasitários
(Consulta obrigatória)
(Consulta opcional)
Justificar e obter anuência
Consulta Telefônica prévia da CUCA/ CCIH
Discussão presencial
Participação em visitas
médicas
Liberação
Equipe médica
CUCA/CCIH
(Campus e Unidade de
Emergência)
Auditoria
Farmácia
Prescrição direta
Contato:
Uso correto ou BIP: 7112
Uso não recomendado Celular: (16) 981870944
(Períodos de plantão)
201