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Aula 03

Passo Estratégico de Português p/


Receita Federal (Auditor Fiscal) - 2020

Autor:
Carlos Roberto
Aula 03

19 de Janeiro de 2020

99685817391 - HELLYSSON ANTONIO SAMPAIO DOS SANTOS


Carlos Roberto
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1 - Apresentação ................................................................................................................ 2
2 - Análise Estatística ......................................................................................................... 2
3 – Frase, Oração e Período ............................................................................................... 4
3.1 - Frase .......................................................................................................................................... 4
3.2 - Oração ....................................................................................................................................... 5
3.3 - Período ...................................................................................................................................... 5
4 – Termos da oração......................................................................................................... 6
4.1 – Termos essenciais ..................................................................................................................... 6
4.1.1 - Sujeito ..................................................................................................................................... 6
4.1.2 - Predicado................................................................................................................................ 9
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4.2 – Termos integrantes ................................................................................................................ 11
4.2.1 – Objeto Direto ....................................................................................................................... 12
4.2.2 – Objeto Indireto .................................................................................................................... 13
4.2.3 – Agente da passiva ............................................................................................................... 14
4.2.4 – Complemento Nominal ....................................................................................................... 15
4.3 – Termos acessórios .................................................................................................................. 16
4.3.1 – Adjunto Adnominal.............................................................................................................. 16
4.3.2 – Adjunto Adverbial ................................................................................................................ 18
4.3.3 - Aposto .................................................................................................................................. 18
5 – Palavra “se” ............................................................................................................... 20
6 – Vocábulo “que” .......................................................................................................... 22
7 – Vocábulo “como” ....................................................................................................... 23
8 - Questões-chave de revisão - Cespe ............................................................................. 25
9 - Questões-chave de revisão - FCC ................................................................................. 35
10 - Questões-chave de revisão - FGV .............................................................................. 47

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1 - APRESENTAÇÃO
Olá, servidores.
Prosseguiremos, passo a passo, rumo à sua aprovação. Para tanto, é imprescindível visitar os
conceitos desta aula e verificar como são cobrados em prova.
Adentraremos na Sintaxe, que é a parte da gramática que estuda a colocação e a organização das
palavras em uma frase para estabelecer a comunicação de um pensamento. Uma de suas funções é
classificar os termos dentro de uma frase, oração e período.
Logo, revisaremos, nesta aula, todos os termos essenciais, integrantes e acessórios da oração. Será
uma aula bastante proveitosa. Entendendo os conceitos aqui expostos, vocês darão um grande
passo na revisão dos assuntos da Língua Portuguesa, porquanto são frequentemente cobrados em
provas de concursos públicos. Na sua prova, não será diferente!
==3b64c==

Eventualmente, utilizaremos questões da banca aplicadas em outras áreas que sejam mais atuais.
Vamos lá!
Prof. Carlos Roberto
#amoraovernáculo
“A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal”.
(Machado de Assis)

2 - ANÁLISE ESTATÍSTICA
Inicialmente, convém destacar os percentuais de incidência do os assuntos previstos para esta aula:

Grau e incidência Grau e incidência


Grau e incidência em
em concursos em concursos
Assunto concursos similares
similares similares
Cespe
FCC FGV

Interpretação de textos. 46,56% 35,77% 34,98%

Pontuação. 8,86% 6,75% 2,90%

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Classes de palavras; Formação e estrutura


das palavras.
8,26% 12,35% 14,43%

Ortografia, Acentuação e Crase. 5,21% 2,76% 3,27%

Concordância verbal, nominal e vozes


verbais.
4,48% 8,70% 1,92%

Termos da oração. 4,20% 2,37% 2,14%

Tipologia Textual. 4,15% 0,81% 3,11%

Palavras “se”, “que” e “como”. 2,26% 1,00% 1,19%

Relação de coordenação e subordinação das


orações.
2,22% 0,50% 1,35%

Regência nominal e verbal. 1,89% 3,30% 1,06%

Colocação pronominal. 1,85% 1,65% 2,61%

Linguagem. 1,52% 0,56% 3,96%

Essa tabela mostra a ordem decrescente de incidência dos assuntos, ou seja, quanto maior o
percentual de cobrança de um dado assunto, maior sua importância.

Os assuntos termos essenciais, integrantes e acessórios da oração possuem um grau de incidência:


a) de 4,20% nas questões colhidas da banca Cebraspe (Cespe), possuindo importância média;
b) de 2,37% nas questões colhidas da banca FCC, possuindo importância média;
c) de 2,14% nas questões colhidas da banca FGV, possuindo importância média.

% de Cobrança Importância do Assunto

Até 1,9% Baixa a Mediana

De 2% a 4,9% Média

De 5% a 9,9% Alta

10% ou mais Muito Alta

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3 – FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO


Para iniciar o estudo da Sintaxe, é essencial conhecer os conceitos de frase, oração e período.

3.1 - FRASE

Frase é todo enunciado capaz de estabelecer uma comunicação.


As frases podem ser verbais (com verbo) ou nominais (sem verbo).
Você passará no concurso. (frase verbal)
Seu esforço mudará sua vida. (frase verbal)
Cuidado! (frase nominal)
Socorro! (frase nominal)
A disposição dos termos dentro de uma frase pode seguir a ordem direta ou a ordem indireta.
i. Ordem direta - estabelece a seguinte disposição entre os termos da frase:
SUJEITO + PREDICADO (VERBO + COMPLEMENTOS VERBAIS + ADJUNTOS ADVERBIAIS)
Os alunos do Estratégia Concursos conquistaram muitos cargos no último ano.

SUJEITO PREDICADO
Nessa frase, o predicado é composto por:
 Verbo: conquistaram;
 Complemento verbal: muitos cargos;
 Adjunto Adverbial: no último ano.

ii. Ordem indireta – a disposição dos termos da frase é alterada, podendo ser iniciada por verbo
ou adjunto adverbial.
Conquistaram muitos cargos os alunos do Estratégia Concursos no último ano.

VERBO + COMPLEMENTO VERBAL SUJEITO ADJ. ADVERBIAL

No último ano, os alunos do Estratégia Concursos conquistaram muitos cargos.

ADJ. ADVERBIAL SUJEITO VERBO + COMPLEMENTO VERBAL

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3.2 - ORAÇÃO

A oração é a frase da estrutura sintática que pode apresentar sujeito e predicado ou,
excepcionalmente, apenas predicado. Ela se estrutura essencialmente em torno de um verbo ou de
uma locução verbal.
Estudamos para passar. (sujeito desinencial – nós – predicado verbal)
Choveu durante a prova. (oração sem sujeito – predicado verbal)
Estejam atentos ao seguinte detalhe:

Para frase, o importante é o sentido do enunciado.


Para oração, o essencial é a presença do verbo na estrutura.

Alunos em concentração absoluta. (frase) Nem toda frase é oração!


O professor pediu / que todos fizessem as revisões. Nem toda oração é frase!
(1ª oração) (2ª oração)

3.3 - PERÍODO

O período é a frase composta de uma ou mais orações. Pode ser:


i. Período simples: constituído de uma só oração.
“A ignorância do bem é a causa do mal.” (Demócrito)
O período simples também é chamado de oração absoluta.

ii. Período composto: formado por mais de uma oração.


“O gato não nos afaga, afaga-se em nós.” (Machado de Assis)

Na língua escrita, deve-se empregar letra maiúscula para iniciar um período e ponto final (pode ser
ponto de exclamação, de interrogação, dois pontos ou reticências) para fechá-lo.

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4 – TERMOS DA ORAÇÃO
De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) os termos da oração classificam-se em:
1) Termos essenciais: sujeito e predicado;
2) Termos integrantes: complemento verbal (objeto direto e objeto indireto), complemento
nominal e agente da passiva;
3) Termos acessórios: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.

4.1 – TERMOS ESSENCIAIS

São dois os termos essenciais da oração: sujeito e predicado. Sujeito é o ser do qual se diz alguma
coisa. Predicado é aquilo que se declara do sujeito, ou seja, é o termo da oração que informa algo
relacionado ao sujeito.

4.1.1 - SUJEITO

O sujeito ocupa posição variável dentro da oração. Pode aparecer tanto na ordem direta quanto na
ordem indireta.
Os alunos do Estratégia Concursos fizeram boa prova.
(ordem direta – sujeito + predicado)
Chegaram ao local da prova os alunos do Estratégia Concursos.
(ordem indireta – predicado + sujeito)
O sujeito pode ser formado por uma ou mais palavras. A palavra-base é chamada de núcleo.
O meu resumo de Direito Constitucional ficou excelente.

Núcleo Sujeito
O sujeito pode ser representado por:
 Substantivo ou palavra substantivada;
O planejamento do aluno era infalível. (substantivo)
O olhar do candidato era de confiança. (palavra substantivada – verbo)

 Pronomes;
Eles farão boa prova.
Alguém conferiu o gabarito?

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 Numeral.
Ambos garantiram a aprovação.
Os dois viajarão após a prova.

 O sujeito também pode vir representado por uma oração subordinada substantiva
subjetiva:
Convém que todos estudem com contumácia para a prova.
(revisaremos classificação das orações em outra aula)

O sujeito pode ser:


i. Determinado:

a) Simples: quando tem um só núcleo.


Os alunos comemoravam a aprovação.
b) Composto: quando tem mais de um núcleo.
Alunos e professores estavam comprometidos com os resultados.
c) Expresso: quando está explícito na oração.
Eu lograrei êxito no certame.
d) Elíptico (ou oculto): quando está implícito, ou seja, não aparece expresso, mas se
deduz do contexto.
Tomarei posse neste ano. (Sujeito - Eu)
e) Agente: pratica a ação expressa pelo verbo da voz ativa.
Bentinho descobriu seu amor por Capitu.
f) Paciente: recebe a ação expressa pelo verbo da voz passiva.
Os professores foram aclamados pelos alunos.
Construíram-se laços afetivos. (Laços afetivos foram construídos)
g) Agente e paciente: pratica e recebe a ação expressa pelo verbo da voz reflexiva.
Carlos trancou-se em seu quarto para estudar até o dia da prova.

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ii. Indeterminado: quando o agente da ação verbal não está indicado na oração.
Aprenderam com a situação que fora vivenciada. (Quem aprendeu?)

 Não confunda sujeito indeterminado com o sujeito elíptico/oculto;


 Sujeito formado por pronome indefinido não é oculto:
Alguém passará em primeiro lugar. (Sujeito simples - alguém)
Ninguém será reprovado. (Sujeito simples - ninguém)
O sujeito indeterminado é assinalado de três modos na Língua Portuguesa:
1) Flexionando-se o verbo na 3ª pessoal do plural, sem referência ao agente.
Aplaudiram os candidatos que tiraram nota máxima.
2) Flexionando-se o verbo na 3ª pessoal do singular, seguido da partícula “se”, chamada de
índice de indeterminação do sujeito.
Precisa-se de servidores que honrem a Administração Pública.
3) Deixando-se o verbo no infinitivo impessoal.
Foi difícil estudar intensamente durante anos.

iii. Oração sem sujeito:


A oração é sem sujeito quando ela constitui a enunciação absoluta de um fato por meio do
predicado, ou seja, não há nenhum elemento ou ser a quem se possa atribuir o predicado. Nessas
orações, os verbos são chamados de impessoais e aparecem sempre na 3ª pessoa do singular.
São verbos impessoais:
1) Verbo haver empregado no sentido de existir:
Há alunos bem preparados para este certame.

 O verbo haver transmite sua impessoalidade aos verbos auxiliares que com ele formam locução
verbal.
Disfunções graves deve haver na política brasileira.

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2) Verbos haver, fazer, passar, ser, estar e ir empregados referindo-se ao tempo:


Há dias que não vejo a luz do sol.
Faz cinco anos que tomei posse no cargo público.
Passava das dez horas quando iniciei o processo de revisão.
Era no mês de novembro.
Estava frio na biblioteca.
Vai para dez meses que iniciei minha preparação.
3) Verbo ser empregado para registrar distância, data ou hora. Nessas situações, o verbo
também é impessoal, mas concorda com a indicação numérica da distância, da data ou da
hora.
Daqui até o Estratégia Concursos são dez quilômetros.
Eram 27 de novembro de 1981.
São três horas da tarde.
4) Verbos ou locuções verbais que indicam fenômeno da natureza.
Choveu muito durante a noite.
Amanheceu quando terminamos de estudar.
Nevou quando fomos a Londres.
Atenção quando esses verbos forem registrados em sentido figurado. Nesse caso, eles concordam
com o sujeito da oração.
Choveram bênçãos sobre a vida daqueles que se esforçaram.

4.1.2 - PREDICADO

Há três tipos de predicado: nominal, verbal e verbo-nominal.


 Predicado nominal: tem como núcleo o nome (substantivo, adjetivo, pronome), ligado ao
sujeito por meio de um verbo de ligação. Esse verbo é o elemento de ligação entre o sujeito
e a característica atribuída, o predicativo do sujeito (núcleo do predicado nominal).

Predicado nominal

O estudante estava entusiasmado no início da semana.

(sujeito) (verbo de ligação) (predicativo do sujeito)

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A função do verbo de ligação é tão somente ligar o sujeito ao estado determinado no contexto. Os
principais são: ser, estar, parecer, ficar, permanecer, continuar, andar, tornar-se.

 Predicado verbal: seu núcleo é o verbo, seguido de complemento, quando houver.


Pode aparecer de quatro formas:
a) Com verbo intransitivo: possui sentido completo e não precisa de complemento para formar
o predicado.
Predicado verbal

Os alunos estudarão até de madrugada.

(sujeito) (VI) (Adjunto Adverbial)


b) Com verbo transitivo direto: não possui sentido completo e precisa de complemento (objeto
direto) para formar o predicado.

Predicado verbal

Os alunos compraram os livros.

(sujeito) (VTD) (objeto direto)


c) Com verbo transitivo indireto: não possui sentido completo e precisa de complemento regido
de preposição (objeto indireto) para formar o predicado.

Predicado verbal

Os alunos gostam de Língua Portuguesa.

(sujeito) (VTI) (objeto indireto)


d) Com verbo transitivo direto e indireto: não possui sentido completo e precisa de dois
complementos (objeto indireto + objeto indireto) para formar o predicado.

Predicado verbal

O professor entregou o resumo aos alunos.

(sujeito) (VTDI) (objeto direto) (objeto indireto)

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 Predicado verbo-nominal: possui dois núcleos significativos (verbo + nome).


Pode aparecer de quatro formas:
a) Com verbo intransitivo + predicativo do sujeito.
Predicado verbo-nominal

O aluno voltou exausto.

(sujeito) (VI) (predicativo do sujeito)


b) Com verbo transitivo direito + predicativo do sujeito.
Predicado verbo-nominal

O aluno deixou a sala confiante.

(sujeito) (VTD) (OD) (predicativo do sujeito)


c) Com verbo transitivo indireto + predicativo do sujeito.
Predicado verbo-nominal

Os alunos assistem à aula concentrados.

(sujeito) (VTI) (OI) (predicativo do sujeito)

a) Com verbo transitivo direto + predicativo do objeto.


Predicado verbo-nominal

Os alunos deixaram os resumos organizados.

(sujeito) (VTD) (OD) (predicativo do objeto)

4.2 – TERMOS INTEGRANTES

Os termos integrantes da oração completam a transitividade dos verbos e dos nomes, ou seja,
oferecem elementos que tornam possível a compreensão da frase.
São termos integrantes:
 Os complementos verbais: objeto direto e objeto indireto;
 O agente da passiva;

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 O complemento nominal.
Já falamos brevemente sobre eles anteriormente. Porém, agora, revisaremos com maior nível de
detalhes.

4.2.1 – OBJETO DIRETO

O objeto direto é o complemento do verbo transitivo direto que, sem o auxílio de preposição,
complementa o seu sentido.
1) Há algumas características essenciais do objeto direto.
 Completa a significação dos verbos transitivos diretos;
 Normalmente, não vem regido de preposição;
 Traduz o ser sobre o qual recai a ação do verbo;
 O aluno leu o livro.
 Torna-se sujeito da oração na voz passiva.
O livro foi lido pelo aluno.

2) O objeto direto pode ser constituído:


 Por substantivo ou expressão substantivada:
O estudante coleciona aprovações.
Ao debatermos sobre o conteúdo estudado, unimos o útil ao agradável.
 Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos:
Espero-o no órgão público.
Quanto aos pareceres, reitero-os.
Após a aprovação, abraçaram-se calorosamente. (objeto direto recíproco).
Por que não me chamas para a festa da posse?
 Por qualquer pronome substantivo:
Não reconheceu ninguém no dia da prova.
Onde foi que você aprendeu isso?

3) Objeto direto preposicionado:


Há situações nas quais o objeto direto vem regido por uma preposição que se interpõe entre o verbo
transitivo direto e o objeto direto, ao qual damos o nome de objeto direto preposicionado.
Ele será obrigatório nos seguintes casos:
 Quando o objeto direto for expresso por pronome pessoal oblíquo tônico.

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Enganaram a mim na análise do recurso.


 Quando o objeto direto é o pronome relativo quem.
O professor a quem todos respeitam acertou o tema da redação.
Em alguns casos, não há obrigatoriedade da preposição para complementar o verbo transitivo
direto. Entretanto, utilizam-na na hipótese de enfatizar certas expressões ou de dar efeito de
sonoridade às frases.
 Ao expressar respeito a nome próprio.
Amar a Deus sobre todas as coisas.
Louvemos ao Senhor.
 Antes de pronomes substantivos indefinidos referentes a pessoas.
O professor elogiou a todos pelo sucesso alcançado.
 Em expressões de uso popular que caracterizam ação.
Comer do pão e beber do vinho.
 Para evitar sentido ambíguo.
Beijou ao filho a mãe carinhosa.
 Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza e a eufonia da frase.
Os alunos ajudaram uns aos outros para alcançarem bons resultados.
4) Objeto direto pleonástico.
É utilizado para enfatizar ou reforçar a ideia expressa no objeto direto.
O planejamento, ainda não o cumpri como deveria.
A aprovação, alcançá-la-ei ainda neste ano.

4.2.2 – OBJETO INDIRETO

O objeto direto é o complemento do verbo transitivo indireto que, com o auxílio de preposição,
complementa o seu sentido. Representa o ser a que se destina ou se refere a ação verbal.
1) As preposições mais comuns são: a, de, em, com, para, por. Ressalta-se que elas não
desempenham função sintática na oração.
Ele precisava de cinco pontos para ser aprovado.
Confio em você para que me mostre o caminho.
Ela foi embora e não me devolveu o livro emprestado.

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2) O pronome pessoal oblíquo lhe (lhes) exerce a função sintática do objeto indireto, porquanto
representa a ele, a ela, a eles, a elas.
A matéria nova lhe interessava muito. (interessava muito a ele ou a ela)
O novo emprego trouxe-lhes estabilidade. (trouxe estabilidade a eles ou a elas)
3) A preposição do objeto direto pode vir expressa ou implícita na oração.
Concordamos com os professores. (expressa)
Obedecemos a leis rígidas. (expressa)
Responda-me se for capaz. (implícito)
Alegrou-nos com a notícia da aprovação. (implícito)
4) Objeto indireto pleonástico.
É utilizado para enfatizar ou reforçar a ideia expressa no objeto indireto.
A você, que lê esta aula, desejo-lhe boa prova.
Aos pessimistas, basta-lhes a frustração.

4.2.3 – AGENTE DA PASSIVA

O agente da passiva é o complemento de um verbo na voz passiva. Normalmente, é regido pela


preposição por e, raras vezes, pela preposição de.
1) O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos ou pelos pronomes.
O professor foi aclamado pelos alunos.
Era conhecido de todo mundo o tema da redação.
Na festa da posse, foi homenageado por todos.
2) O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz ativa.
O professor foi aclamado pelos alunos. (voz passiva)
Os alunos aclamaram o professor. (voz ativa)
3) Na voz passiva sintética, o agente da passiva não é expresso.
Alugam-se casas.
Não se limitam apenas a aprender.
É importante frisar que apenas os verbos transitivos diretos e transitivos diretos e indiretos admitem
passagem para a voz passiva. A função sintática de agente da passiva não ocorre com verbos
intransitivos, transitivos indiretos e de ligação.

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4.2.4 – COMPLEMENTO NOMINAL

O complemento nominal é o termo que completa um substantivo (abstrato), adjetivo ou advérbio


cujo sentido é incompleto. O complemento nominal é o recebedor, o paciente da declaração
expressa por meio de uma relação completiva e vem sempre regido de preposição.
O amor à mãe é imprescindível.
Aqui, o termo completa um substantivo abstrato (amor). O amor recai sobre a mãe (relação
completiva).
Analisando sintaticamente, teríamos:

Atendimento à comunidade.
Aqui, o termo completa um substantivo abstrato (atendimento). O atendimento recai sobre a
comunidade (relação completiva).

É comum fazer confusão quanto à distinção entre complemento nominal e objeto indireto. Ambos
são iniciados por preposição, mas a diferença fundamental entre eles é o termo que os antecede.
O complemento nominal complementa o nome, e o objeto indireto complementa o verbo
transitivo indireto.

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4.3 – TERMOS ACESSÓRIOS

Termos acessórios são os que desempenham função secundária, ou seja, embora não sejam
necessários para a compreensão da frase, acrescentam informações novas: circunstâncias para
ações verbais e determinam substantivos.

4.3.1 – ADJUNTO ADNOMINAL

O adjunto adnominal é o termo que determina e caracteriza o substantivo.

Não se deve confundir o adjunto adnominal formado por locução adjetiva com complemento
nominal. Este, conforme mencionamos, representa o alvo da ação; aquele representa o agente da
ação.

Adjunto
adnominal Agente da ação.

Complemento
nominal Alvo da ação.

Retomemos os exemplos anteriores, porém com outra escrita:


O amor da mãe é imprescindível.
Aqui, o sentido foi modificado. O amor parte da mãe (relação subjetiva) e não mais recai sobre ela.
Perceberam a diferença? Analisemos sintaticamente:

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Atendimento da comunidade.
Aqui, atendimento é praticado pela própria comunidade (relação subjetiva) e não mais recai sobre
ela.

Para finalizar, vejam a oração abaixo:


A defesa do consumidor e do meio ambiente é uma garantia da
Constituição.
Vamos analisá-la sintaticamente?

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4.3.2 – ADJUNTO ADVERBIAL

Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância a um verbo, adjetivo ou advérbio. Essa
circunstância pode ser de: modo, tempo, negação, afirmação, dúvida, intensidade, lugar,
instrumento, finalidade, meio, causa, companhia.
O adjunto adverbial difere do objeto indireto porque não complementa o sentido de um verbo, ou
seja, não é termo integrante da oração.
O aluno precisa de bons materiais. (objeto indireto)
O verbo transitivo indireto “precisar” exige o objeto indireto “de bons materiais” para complementar
o sentido da oração.
O aluno chegou para estudar. (adjunto adverbial)
O verbo intransitivo “chegar” tem sentido completo e a locução adverbial “para estudar” expressa
finalidade.
 Classificação dos adjuntos adverbiais:

de modo Terminou satisfatoriamente de estudar o edital.

de tempo Levantou às 7 horas em ponto para estudar.

de negação Ele não tinha dúvidas quanto à aprovação.

de afirmação Passaremos no concurso público com certeza.

de dúvida Talvez eu viaje após a prova.

de intensidade Língua Portuguesa é a disciplina mais importante.

de lugar Sentei-me ao lado da janela no dia da prova.

de instrumento Fez a redação com caneta transparente.

de finalidade Estudo para que dias melhores venham.

de meio Prefiro ir de bicicleta a prejudicar o meio ambiente com gases tóxicos.

de causa Por falta de tempo, temos de estudar aos finais de semana.

de companhia O professor comemorará com os alunos as aprovações.

4.3.3 - APOSTO

Há uma grande confusão que os alunos fazem com relação ao uso dos apostos, mais precisamente
quanto aos apostos explicativos e restritivos ou especificativos, os quais abordaremos doravante.

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Novamente, faremos as explicações por meio de exemplos, pois acredito que essa seja a melhor
forma para compreendermos o assunto.

O aposto reitera ou reforça o termo a que se refere (no caso em tela, o sujeito). Deve-se estar atento
ao seguinte detalhe: uma das funções do aposto explicativo é generalizar a informação. No exemplo
acima, significa dizer que a única ministra-presidente do STF é a Carmen Lúcia. (desconsiderem que
já houve mudanças na composição da suprema corte, ok?).
Olhem este outro exemplo:
O ex-presidente do Brasil, Lula da Silva, apresentará os argumentos no
depoimento.
Estaria correto o sentido da oração? Obviamente que não, pois estamos diante de um aposto
especificativo ou restritivo.
Onde está o erro? Nas vírgulas!

Nos apostos especificativos ou restritivos, as vírgulas são proibidas. Se as vírgulas permanecerem, o


aposto torna-se explicativo, e significaria dizer que Lula da Silva é o único ex-presidente do Brasil
(informação generalizada), e sabemos que isso não é verdade.
Ao retirarmos as vírgulas, o aposto passa a ser especificativo ou restritivo.
O ex-presidente do Brasil Lula da Silva apresentará os argumentos.
Nesse caso, significa dizer que Lula da Silva é ex-presidente do Brasil, mas há outros ex-presidentes
no Brasil além dele. Compreenderam?
Vejamos mais exemplos (desconsiderem, novamente, os atuais ocupantes dos cargos públicos):

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Meus amigos, perceberam a diferença entre o aposto explicativo e o especificativo ou restritivo? A


diferença não se restringe ao uso das vírgulas apenas, mas modifica completamente o significado da
oração. Vocês devem ter muita atenção ao utilizar aposto em provas discursivas, pois seu uso
inadequado pode modificar o sentido daquilo que você quer passar ao examinador.

5 – PALAVRA “SE”
A palavra “se” pode ser assim classificada:
1) Pronome reflexivo – colocado como pronome pessoal oblíquo átono, na voz reflexiva.
O deputado, durante a delação, denunciou-se.
Percebam que a ação de denunciar recai sobre o próprio deputado.
Algumas considerações importantes:
i. Na oração, “se” é pronome reflexivo;
ii. O “se” estabelece uma relação de reflexivização (ou biunívoca) com o sujeito “o deputado”;
iii. O “se” é classificado, sintaticamente, como objeto direto reflexivo.
iv. O “se” é classificado, morfologicamente, como substantivo (pronome substantivo).

2) Pronome apassivador ou partícula apassivadora – apresenta-se na voz passiva sintética, ao


lado de verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos, e não desempenha função
sintática.
Ofereceram-se aos advogados os honorários contratuais.

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3) Índice de indeterminação do sujeito – ao lado de verbos intransitivos ou transitivos indiretos,


torna o sujeito da oração indeterminado. O verbo permanece na 3ª pessoal do singular e não
exerce função sintática.
Assiste-se, hoje, a novos capítulos da modernidade política.
Obs.: assistir, sentido de ver, será VTI; assistir, sentido de prestar assistência, será VTD.

4) Parte integrante do verbo – pertence aos verbos pronominais, mas não desempenha função
sintática. Também são chamados de pronome fossilizado.
As sociedades democráticas não se escandalizavam com nada.
A palavra “se” pertence ao verbo “escandalizar-se”. Entretanto, como há fator de atração (advérbio
“não”), apresentou-se de forma anteposta (próclise).

5) Partícula expletiva ou de realce – pode ser retirada da oração sem prejudicar o significado,
pois não exerce função sintática. É utilizada para dar ênfase a algo.
O juiz riu-se da situação.

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6) Conjunção – utilizada para introduzir orações.


 Subordinativa integrante:
Não sei se poderei ajudá-lo.
 Subordinativa condicional:
Se tudo der certo, seremos aprovados no certame.

6 – VOCÁBULO “QUE”
O vocábulo “que” pode assumir diversas classes gramaticais:
1) Substantivo - tem o valor de qualquer coisa ou alguma coisa. Torna-se monossílabo tônico
(portanto, acentuado).
“Meu bem querer tem um quê de pecado...” (Djavan)
2) Pronome – indefinido, interrogativo e relativo.

 Pronome indefinido: acompanha o substantivo, funcionando como adjunto adnominal.


Que aula maravilhosa!

 Pronome interrogativo: aparece nas orações interrogativas.


Que aconteceu no dia da prova?

 Pronome relativo: faz referência a um termo antecedente, introduzindo a oração


subordinada adjetiva. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais.
Defendo ideias que fazem a diferença na vida das pessoas.
3) Advérbio: intensifica adjetivos e advérbios, atuando sintaticamente como adjunto
adverbial de intensidade (quão, quanto).
Que (quão) perto está o sonho de ser aprovado?

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4) Preposição: equivale à preposição “de” ou “para”. Geralmente liga, em uma locução


verbal, os verbos auxiliares “ter” ou “haver” com o verbo principal no infinitivo, e equivale
a “de”.
Temos que (de) estudar para vencer na vida.
5) Conjunção: liga orações coordenadas ou subordinadas.
i. Coordenadas:
Aditiva Estuda que estuda para colecionar aprovações.
Explicativa Mantenha-se estudando, que os resultados virão.
Adversativa Outro, que não eu, criticou seu momento de empenho.
ii. Subordinadas:
Integrante Parecia-me que a aprovação estava cada vez mais perto.
Causal Não saiu, que estava estudando.
Consecutiva Estudou tanto que ficou exausto.
Concessiva Que fosse a última prova, não desistiria de continuar tentando.
Comparativa Eu sou melhor que toda a concorrência.
Final. Todos lhe fizeram sinal que continuasse estudando.
6) Partícula expletiva ou de realce – é um recurso expressivo, enfático. Sua retirada não
prejudica a estrutura sintática da oração.
Nós (é que) não pararemos de estudar até o dia da prova.
Nós não pararemos de estudar até o dia da prova.
7) Interjeição – expressa emoção, sentimento. Também se torna um monossílabo tônico e
recebe acento.
Quê?! Você foi aprovado?

7 – VOCÁBULO “COMO”
Vejamos os valores da palavra como:
1) Pronome relativo – possui um antecedente que dá a ideia de “modo” (maneira, jeito, forma).
Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais.
Este foi o único modo como ele se preparou para a prova: estudando muito!
2) Advérbio – de modo ou de intensidade.
i. Modo:
Como devo estudar para ser aprovado?
ii. Intensidade:

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Como estudou até ser aprovado!


3) Conjunção subordinativa – causal, comparativa e conformativa.
i. Causal:
Como estava se preparando para concursos, Carlos não viajou com os amigos.
ii. Comparativa:
O filho é tão estudioso como o pai.
iii. Conformativa:
Tudo aconteceu como combinamos.
4) Interjeição – exprime sensação de espanto, dúvida.
Como? Ainda não estudou todo o edital?
5) Verbo – 1ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo comer.
Quando estudo, como mais que o habitual.

Servidores, chegamos ao fim de mais uma importante base teórica da Língua Portuguesa. A seguir,
resolveremos algumas questões de revisão para que vocês possam verificar as possibilidades de
cobrança do assunto que fora revisado nesta aula.

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8 - QUESTÕES-CHAVE DE REVISÃO - CESPE


Termos da oração / Vocábulo “que”
Questão 01
CEBRASPE (CESPE) - Policial Rodoviário Federal/2019

As atividades pertinentes ao trabalho relacionam-se intrinsecamente com a satisfação das


necessidades dos seres humanos — alimentar-se, proteger-se do frio e do calor, ter o que
calçar etc. Estas colocam os homens em uma relação de dependência com a natureza, pois
no mundo natural estão os elementos que serão utilizados para atendê-las.

Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em
razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos
cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do
trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.

De acordo com o cientista social norte-americano Marshall Sahlins, nas sociedades tribais, o
trabalho geralmente não tem a mesma concepção que vigora nas sociedades industrializadas.
Naquelas, o trabalho está integrado a outras dimensões da sociabilidade — festas, ritos,
artes, mitos etc. —, não representando, assim, um mundo à parte.

Nas sociedades tribais, o trabalho está em tudo, e praticamente todos trabalham. Sahlins
propôs que tais sociedades fossem conhecidas como “sociedades de abundância” ou
“sociedades do lazer”, pelo fato de que nelas a satisfação das necessidades básicas sociais e
materiais se dá plenamente.

Thiago de Mello. Trabalho. Internet: <educacao.globo.com> (com adaptações).

Julgue o seguinte item, a respeito das ideias e das construções linguísticas do texto
apresentado

No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações
diversas entre os indivíduos", o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de
produção dos objetos”.
Certo
Errado
Comentário:
A afirmativa está errada. O sujeito de ”cercam” é o pronome relativo “que”. Ele retoma o
elemento anterior “objetos” com o qual o verbo concorda.
Vale lembrar que a expressão “que nos cercam” é uma oração adjetiva restritiva de
“objetos”.
Gabarito: ERRADO

Termos da oração / Partícula “se”


Questão 02
CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal (Pref. Boa Vista)/2019

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Texto CB1A1-II

A cultura brasileira sempre se viu como uma cultura da mistura. Louva-se a tendência
brasileira à assimilação do que é significativo e importante das outras culturas. O Brasil
celebra a mistura da contribuição de brancos, negros e índios na formação da nacionalidade,
exaltando o enriquecimento cultural e a ausência de fronteiras de nossa cultura. De nosso
ponto de vista, o misturado é completo; o puro é incompleto. Trata-se evidentemente de
uma autodescrição da cultura brasileira. Há então todo um culto à mulata, representante
por excelência da raça brasileira; do sincretismo religioso, sinal de tolerância; do convívio
harmônico de culturas que se digladiam em outras partes do mundo. A identidade nacional
está inextricavelmente vinculada à mistura racial.

No entanto, a decantada mistura brasileira não é indiscriminada, ela é seletiva. Há sistemas


que não são aceitos na mistura. No primeiro período de construção da identidade nacional,
não há a ideia da mistura das três raças, que hoje se consideram constitutivas da
nacionalidade, mas somente dos índios e brancos. Os negros estavam excluídos. Essa mistura
não era desejável, pois se tratava de escravos.

Jose Luiz Fiorin. Identidade nacional e exclusão racial. In: Cadernos de estudos
linguísticos, v. 58, n.º 1, 2016, p. 64-5 (com adaptações).

A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsecutivo.

O sujeito da oração iniciada por “Louva-se” é indeterminado.


Certo
Errado
Comentário:
No trecho “Louva-se a tendência brasileira à assimilação do que é significativo e importante
das outras culturas”, a expressão “a tendência brasileira” é o sujeito simples de “louva-se”,
que, por sua vez, está na voz passiva. O verbo louvar é transitivo direto e, quando temos
verbo transitivo direto acompanhado de partícula “se”, temos a configuração de voz passiva
sintética.
Gabarito: ERRADO

Termos da oração
Questão 03
CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal (Pref. Boa Vista)/2019

Texto CB1A1-II

A cultura brasileira sempre se viu como uma cultura da mistura. Louva-se a tendência
brasileira à assimilação do que é significativo e importante das outras culturas. O Brasil
celebra a mistura da contribuição de brancos, negros e índios na formação da nacionalidade,
exaltando o enriquecimento cultural e a ausência de fronteiras de nossa cultura. De nosso
ponto de vista, o misturado é completo; o puro é incompleto. Trata-se evidentemente de
uma autodescrição da cultura brasileira. Há então todo um culto à mulata, representante

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por excelência da raça brasileira; do sincretismo religioso, sinal de tolerância; do convívio


harmônico de culturas que se digladiam em outras partes do mundo. A identidade nacional
está inextricavelmente vinculada à mistura racial.

No entanto, a decantada mistura brasileira não é indiscriminada, ela é seletiva. Há sistemas


que não são aceitos na mistura. No primeiro período de construção da identidade nacional,
não há a ideia da mistura das três raças, que hoje se consideram constitutivas da
nacionalidade, mas somente dos índios e brancos. Os negros estavam excluídos. Essa mistura
não era desejável, pois se tratava de escravos.

Jose Luiz Fiorin. Identidade nacional e exclusão racial. In: Cadernos de estudos
linguísticos, v. 58, n.º 1, 2016, p. 64-5 (com adaptações).

A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsecutivo.


Os termos “da contribuição de brancos, negros e índios” e “de escravos” desempenham a
mesma função sintática nos períodos em que ocorrem.
Certo
Errado
Comentário:
Nos trechos: “O Brasil celebra a mistura da contribuição de brancos, negros e índios na
formação da nacionalidade” e “Essa mistura não era desejável, pois se tratava de escravos”,
os trechos destacados exercem função respectivamente de complemento nominal, visto que
“mistura” é um substantivo, e de complemento verbal (objeto indireto), uma vez que
“tratava” é um verbo. A afirmativa, portanto, está incorreta, visto que os elementos
avaliados desempenham funções diferentes no texto.
Gabarito: ERRADO

Termos da oração
Questão 04
CEBRASPE (CESPE) - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa)/2018

Texto CB2A1AAA

O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida não causa prejuízo,
temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou na fila; chega uma pessoa
precisando pagar sua conta que vence naquele dia e pede para passar na frente. Não há o
que reclamar dessa forma de “jeitinho”.

A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação
ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto de
que essa regra universal produz legalidade e cidadania. Eu pago meus impostos
integralmente e, por isso, posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Agora, se eu
dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou
parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção. O “jeitinho” se
confunde com corrupção e é transgressão, porque desiguala o que deveria ser
obrigatoriamente tratado com igualdade. O que nos enlouquece hoje no Brasil não é a
existência do jeitinho como ponte negativa entre a lei e a pessoa especial que dela se livra,
mas sim a persistência de um estilo de lidar com a lei, marcadamente aristocrático, que, de

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certa forma, induz o chefe, o diretor, o dono, o patrão, o governador, o presidente a passar
por cima da lei. A mídia tem um papel básico na discussão desses casos de amortecimento,
esquecimento e “jeitinho”, porque ela ajuda a politizar o velho hábito que insiste em situar
certos cargos e as pessoas que os empossam como acima da lei, do mesmo modo e pela
mesma lógica de hierarquias que colocam certas pessoas (negros, pobres e mulheres)
implacavelmente debaixo da lei.

Roberto da Matta. O jeitinho brasileiro. Internet:


<https://maniadehistoria.wordpress.com> (com adaptações).

A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue o seguinte item.


Em “temos o ‘jeitinho’ virando corrupção”, os termos ‘jeitinho’ e “corrupção” funcionam
como complementos diretos da forma verbal “temos”.
Certo
Errado
Comentário:
No trecho destacado, o termo “jeitinho” é o objeto direto do verbo “temos”, porém a
expressão “virando corrupção” não é complemento verbal. O termo “virando”, nesse
contexto, é um verbo de ligação e, desse modo, “corrupção” é predicativo do sujeito de
“jeitinho”. A afirmativa, portanto, está errada.
Gabarito: ERRADO

Termos da oração

Questão 05
CEBRASPE (CESPE) - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa)/2018

A corrupção é uma doença da alma. Como todas as doenças, ela não acomete a todos. Muitas
pessoas são suscetíveis a ela, outras não. A corrupção é uma doença que deve ser combatida
por meio de uma vacina: a educação. Uma educação de qualidade para todos os brasileiros
deverá exercitar o pensamento e a crítica argumentada e, principalmente, introduzir e
consolidar virtudes como a solidariedade e a ética. Devemos preparar uma nova geração na
qual a corrupção seja um fenômeno do passado. Nesse futuro não tão remoto, teremos
conquistado a utopia de uma verdadeira justiça social.

Isaac Roitman. Corrupção e democracia. Internet: <https://noticias.unb.br> (com


adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto apresentado, julgue o item a
seguir.

Os dois-pontos empregados introduzem um aposto.


Certo
Errado
Comentário:
Uma das finalidades do sinal de dois-pontos é a marcação de apostos. No trecho “A corrupção
é uma doença que deve ser combatida por meio de uma vacina: a educação”, a expressão
“a educação” é um aposto especificativo do termo “vacina”.

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Gabarito: CERTO

Termos da oração
Questão 06
CEBRASPE (CESPE) - Escrivão de Polícia (PC MA)/2018

Texto 1A1BBB

Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e mais casos de assédio sexual em ambientes
profissionais — como os que envolvem produtores e atores de cinema —, no Brasil, o número
de processos desse tipo caiu 7,5% entre 2015 e 2016.

Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no
trabalho, considerando-se só a primeira instância.

Os números mostram que o tema ainda é tabu por aqui, analisa o consultor Renato Santos,
que atua auxiliando empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As pessoas não
falam por medo de serem culpabilizadas ou até de represálias”.

Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas corporações já


recebem queixas de assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele, “o
anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais protegidas para falar”.

A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um superior sobre um subordinado para


tentar obter vantagem sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há crime,
embora tal comportamento possa dar causa a reparação por dano moral.

Anna Rangel. Medo de represálias inibe queixas de assédio sexual no


trabalho. Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações).

No texto 1A1BBB, o trecho “4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho” tem a
mesma função sintática de
a) ‘por medo de serem culpabilizadas’
b) “mais e mais casos de assédio sexual ”
c) ‘mais protegidas para falar’
d) “chantagem de um superior sobre um subordinado”
e) “queixas de assédio”
Comentário:
O elemento em destaque no comando da questão, que se encontra no trecho “foram
registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho”, é o sujeito de “foram
registradas”. Trata-se de uma oração na voz passiva analítica, uma vez que temos uma
locução verbal formada por verbo auxiliar ‘ser’ (foram) e verbo principal no particípio
“registradas”.
Cientes disso, analisemos as alternativas em busca daquela que apresenta um sujeito.
A - ‘por medo de serem culpabilizadas’
Incorreta – tal expressão no trecho “As pessoas não falam por medo de serem
culpabilizadas ou até de represálias” é um adjunto de adverbial causal, uma vez que o verbo
“falam” é intransitivo nesse contexto.

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B - “mais e mais casos de assédio sexual”


CORRETA - no trecho “Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e mais casos de
assédio sexual em ambientes profissionais”, a expressão destacada na opção é o sujeito de
“surgem”.
C - ‘mais protegidas para falar’
Incorreta – tal expressão, no contexto “o anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais
protegidas para falar”, funciona como o complemento verbal (objeto direto) de “sentem”.
D - “chantagem de um superior sobre um subordinado”
Incorreta – em “A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um superior sobre um
subordinado”, o trecho destacado na opção é objeto direto de “há”.
E - “queixas de assédio”
Incorreta – em “já recebem queixas de assédio” também temos o elemento em destaque
como objeto direto de “recebem”.
Gabarito: B

Partícula “se”
Questão 07
CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (STM)/Administrativa/2018

Texto CB1A1BBB

Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida é um sintoma
da revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração dos homens: o
domínio sobre a mulher. Há outros casos. (...) Todos esses senhores parece que não sabem
o que é a vontade dos outros. Eles se julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu
desejo a quem não os quer. Não sei se se julgam muito diferentes dos ladrões à mão armada;
mas o certo é que estes não nos arrebatam senão o dinheiro, enquanto esses tais noivos
assassinos querem tudo que há de mais sagrado em outro ente, de pistola na mão. O ladrão
ainda nos deixa com vida, se lhe passamos o dinheiro; os tais passionais, porém, nem
estabelecem a alternativa: a bolsa ou a vida. Eles, não; matam logo.

Nós já tínhamos os maridos que matavam as esposas adúlteras; agora temos os noivos que
matam as ex-noivas. De resto, semelhantes cidadãos são idiotas. É de se supor que quem
quer casar deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a máxima
liberdade, com a melhor boa- vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor até, com
ânsia e grandes desejos; como é então que se castigam as moças que confessam não sentir
mais pelos namorados amor ou coisa equivalente?

Todas as considerações que se possam fazer tendentes a convencer os homens de que eles
não têm sobre as mulheres domínio outro que não aquele que venha da afeição não devem
ser desprezadas. Esse obsoleto domínio à valentona, do homem sobre a mulher, é coisa tão
horrorosa que enche de indignação.

Todos os experimentadores e observadores dos fatos morais têm mostrado a insanidade de


generalizar a eternidade do amor. Pode existir, existe, mas excepcionalmente; e exigi-la nas
leis ou a cano de revólver é um absurdo tão grande como querer impedir que o Sol varie a
hora do seu nascimento. Deixem as mulheres amar à vontade. Não as matem, pelo amor de
Deus.

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Lima Barreto. Não as matem. In: Vida urbana. São Paulo:


Brasiliense, 1963, p. 83-5 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto CB1A1BBB, julgue o item que
se segue.
O vocábulo se recebe a mesma classificação em “se julgam” e “se castigam”.
Certo
Errado
Comentário:
Os trechos em que estão as ocorrências da partícula “se” a serem analisados são:
“Eles se julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu desejo a quem não os quer”
“...como é então que se castigam as moças que confessam não sentir mais pelos namorados
amor ou coisa equivalente?”
Observando-os concluímos que a afirmativa está incorreta porque o vocábulo destacado não
tem a mesma função nos contextos.
No primeiro trecho, o “se” é um pronome reflexivo, pois “Eles” praticam a ação de julgar
contra si mesmos.
Já no segundo, temos uma ocorrência de voz passiva. A expressão “as moças que
confessam... coisa equivalente” é o sujeito de “se castigam”, o que podemos confirmar de
duas maneiras: observando o verbo, que deve ser transitivo direto ou bitransitivo seguido do
vocábulo “se”, e passando a oração para a voz passiva analítica, que deixa mais clara a
percepção de que o verbo está nessa voz: como é então que as moças que confessam não
sentir mais pelos namorados amor ou coisa equivalente são castigadas?
Gabarito: ERRADO

Vocábulo “como”

Questão 08
CEBRASPE (CESPE) - Técnico Municipal de Nível Médio (Pref. SL)/Cuidador Escolar/2017
Texto CB3A2AAA

Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de um
infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e não sabia
a que atribuir minha tristeza. Era a primeira vez que me afligia tão incompreensível pesar.
Minha filha sorria para mim, era ela gentilzinha, e em sua inocência semelhava um anjo.
Desgraçada de mim! Deixei-a nos braços de minha mãe efui-me à roça colher milho. Ah!
Nunca mais devia eu vê-la...

Ainda não tinha vencido cem braças de caminho, quando um assobio, que repercutiu nas
matas, me veio orientar acerca do perigo iminente que aí me aguardava. E logo dois homens
apareceram e me amarraram com cordas. Era uma prisioneira — era uma escrava! Foi
embalde que supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a liberdade: os
bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e me olhavam sem compaixão. Julguei enlouquecer,
julguei morrer, mas não me foi possível... a sorte me reservava ainda longos caminhos.

Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de infortúnio e de cativeiro no estreito


e infecto porão de um navio. Trinta dias de cruéis tormentos e de falta absoluta de tudo
quanto é mais necessário à vida passamos nessa sepultura, até que aportamos nas praias

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brasileiras. Para caber a mercadoria humana no porão, fomos amarrados em pé e, para que
não houvesse receio de revolta, acorrentados como os animais ferozes das nossas matas, que
se levam para recreio dos potentados da Europa. Davam-nos a água imunda, podre e dada
com mesquinhez; a comida má e ainda mais porca: vimos morrer ao nosso lado muitos
companheiros à falta de ar, de alimento e de água. É horrível lembrar que criaturas humanas
tratem a seus semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura,
asfixiados e famintos.

Maria Firmina dos Reis. Úrsula. Florianópolis: Ed. Mulheres,


2004, p. 116-7 (com adaptações).

No texto CB3A2AAA, o trecho “como o rosto de um infante” introduz uma ideia de


a) comparação.
b) contraste.
c) adição.
d) compensação.
e) intensidade.
Comentário:
No trecho “era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de um infante”, o vocábulo “como”
introduz ideia de comparação entre uma manhã risonha e bela e o rosto de um infante. A
alternativa A é o gabarito dessa questão.
Gabarito: A

Vocábulo “que”
Questão 09
CEBRASPE (CESPE) - Agente de Polícia Federal/2018

Texto 12A1AAA

— A polícia parisiense — disse ele — é extremamente hábil à sua maneira. Seus agentes são
perseverantes, engenhosos, astutos e perfeitamente versados nos conhecimentos que seus
deveres parecem exigir de modo especial. Assim, quando o delegado G... nos contou,
pormenorizadamente, a maneira pela qual realizou suas pesquisas no Hotel D..., não tive
dúvida de que efetuara uma investigação satisfatória (...) até o ponto a que chegou o seu
trabalho.

— Até o ponto a que chegou o seu trabalho? — perguntei.

— Sim — respondeu Dupin. — As medidas adotadas não foram apenas as melhores que
poderiam ser tomadas, mas realizadas com absoluta perfeição. Se a carta estivesse
depositada dentro do raio de suas investigações, esses rapazes, sem dúvida, a teriam
encontrado.

Ri, simplesmente — mas ele parecia haver dito tudo aquilo com a máxima seriedade.

— As medidas, pois — prosseguiu —, eram boas em seu gênero, e foram bem executadas: seu
defeito residia em serem inaplicáveis ao caso e ao homem em questão. Um certo conjunto
de recursos altamente engenhosos é, para o delegado, uma espécie de leito de Procusto, ao

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qual procura adaptar à força todos os seus planos. Mas, no caso em apreço, cometeu uma
série de erros, por ser demasiado profundo ou demasiado superficial. (...) E, se o delegado
e toda a sua corte têm cometido tantos enganos, isso se deve (...) a uma apreciação inexata,
ou melhor, a uma não apreciação da inteligência daqueles com quem se metem. Consideram
engenhosas apenas as suas próprias ideias e, ao procurar alguma coisa que se ache escondida,
não pensam senão nos meios que eles próprios teriam empregado para escondê-la. Estão
certos apenas num ponto: naquele em que sua engenhosidade representa fielmente a da
massa; mas, quando a astúcia do malfeitor é diferente da deles, o malfeitor, naturalmente,
os engana. Isso sempre acontece quando a astúcia deste último está acima da deles e, muito
frequentemente, quando está abaixo. Não variam seu sistema de investigação; na melhor
das hipóteses, quando são instigados por algum caso insólito, ou por alguma recompensa
extraordinária, ampliam ou exageram os seus modos de agir habituais, sem que se afastem,
no entanto, de seus princípios. (...) Você compreenderá, agora, o que eu queria dizer ao
afirmar que, se a carta roubada tivesse sido escondida dentro do raio de investigação do
nosso delegado — ou, em outras palavras, se o princípio inspirador estivesse compreendido
nos princípios do delegado —, sua descoberta seria uma questão inteiramente fora de dúvida.
Este funcionário, porém, se enganou por completo, e a fonte remota de seu fracasso reside
na suposição de que o ministro é um idiota, pois adquiriu renome de poeta. Segundo o
delegado, todos os poetas são idiotas — e, neste caso, ele é apenas culpado de uma non
distributio medii, ao inferir que todos os poetas são idiotas.

— Mas ele é realmente poeta? — perguntei. — Sei que são dois irmãos, e que ambos adquiriram
renome nas letras. O ministro, creio eu, escreveu eruditamente sobre o cálculo diferencial.
É um matemático, e não um poeta. — Você está enganado. Conheço-o bem. E ambas as
coisas. Como poeta e matemático, raciocinaria bem; como mero matemático, não
raciocinaria de modo algum, e ficaria, assim, à mercê do delegado.

— Você me surpreende — respondi — com essas opiniões, que têm sido desmentidas pela voz
do mundo. Naturalmente, não quererá destruir, de um golpe, ideias amadurecidas durante
tantos séculos. A razão matemática é há muito considerada como a razão par excellence.

Edgar Allan Poe. A carta roubada.


In: Histórias extraordinárias. Victor Civita, 1981. Tradução de Brenno Silveira e outros.

Julgue o seguinte item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 12A1AAA.

No trecho “ao procurar alguma coisa que se ache escondida”, o pronome “que” exerce a
função de complemento da forma verbal “ache”.
Certo
Errado
Comentário:
O vocábulo “que”, no contexto “Consideram engenhosas apenas as suas próprias ideias e, ao
procurar alguma coisa que se ache escondida, não pensam senão nos meios que eles próprios
teriam empregado para escondê-la.", é um pronome relativo que está retomando “alguma
coisa” e sendo o sujeito de “se ache escondida”. Ele não é, portanto, o complemento de
“ache” e sim seu sujeito. A afirmativa está incorreta.
Gabarito: ERRADO

Vocábulo “que”
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Questão 10
CEBRASPE (CESPE) - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa)/2018

Texto CB2A1AAA

O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida não causa prejuízo,
temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou na fila; chega uma pessoa
precisando pagar sua conta que vence naquele dia e pede para passar na frente. Não há o
que reclamar dessa forma de “jeitinho”.

A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação
ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto de
que essa regra universal produz legalidade e cidadania. Eu pago meus impostos
integralmente e, por isso, posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Agora, se eu
dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou
parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção. O “jeitinho” se
confunde com corrupção e é transgressão, porque desiguala o que deveria ser
obrigatoriamente tratado com igualdade. O que nos enlouquece hoje no Brasil não é a
existência do jeitinho como ponte negativa entre a lei e a pessoa especial que dela se livra,
mas sim a persistência de um estilo de lidar com a lei, marcadamente aristocrático, que, de
certa forma, induz o chefe, o diretor, o dono, o patrão, o governador, o presidente a passar
por cima da lei. A mídia tem um papel básico na discussão desses casos de amortecimento,
esquecimento e “jeitinho”, porque ela ajuda a politizar o velho hábito que insiste em situar
certos cargos e as pessoas que os empossam como acima da lei, do mesmo modo e pela
mesma lógica de hierarquias que colocam certas pessoas (negros, pobres e mulheres)
implacavelmente debaixo da lei.

Roberto da Matta. O jeitinho brasileiro. Internet:


<https://maniadehistoria.wordpress.com> (com adaptações).

A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue o seguinte item.


A palavra “que” retoma o termo que a antecede e relaciona duas orações no período.
Certo
Errado
Comentário:
Sim, no trecho “Por exemplo: estou na fila; chega uma pessoa precisando pagar sua
conta que vence naquele dia e pede para passar na frente", o vocábulo “que” está retomando
“conta”, fazendo a ligação entre as orações “chega uma pessoa precisando pagar sua conta”,
que na verdade é um período (uma pessoa chega; uma pessoa ‘que está’ precisando pagar
sua conta), e “vence naquele dia”. Além disso, ele ainda é o sujeito do verbo “vence”.
Gabarito: CERTO

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9 - QUESTÕES-CHAVE DE REVISÃO - FCC


Tempos e modos verbais
Questão 01
FCC - Assistente Técnico de Tecnologia da Informação da Fazenda Municipal
(Manaus)/Programador/2019

As rápidas e crescentes mudanças no setor da comunicação puseram em xeque os antigos


modelos de negócios(D). As novas rotinas criadas a partir das plataformas digitais produziram
um complexo cenário de incertezas(E). Vivemos um grande desafio.
É preciso refletir sobre a mudança de paradigmas, uma vez que a criatividade e a capacidade
de inovação − rápida e de baixo custo − serão fundamentais para a sobrevivência das
organizações tradicionais e para o sucesso financeiro das nativas digitais. Mas é preciso,
também, que façamos uma autocrítica(A) sobre o modo como vemos o mundo e a maneira
como dialogamos com ele.
Antes da era digital, em quase todas as famílias existia um álbum de fotos(C). Lembram
disso?(B) Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos. Muitas vezes
abríamos o álbum(B) e a imaginação voava(C).
Agora fotografamos tudo compulsivamente. Nosso antigo álbum foi substituído pelas
galerias de fotos digitais de nossos dispositivos móveis. Temos excesso de fotos, mas falta o
mais importante: a memória afetiva, a curtição daqueles momentos. Pensamos que o
registro do momento reforça sua lembrança, mas não é assim. Milhares de fotos são
incapazes de superar a vivência de um instante. É importante guardar imagens. Porém, é
mais importante viver cada momento com intensidade. As relações afetivas estão
sucumbindo à coletiva solidão digital.
Algo análogo se dá com o consumo da informação(D). Navegamos freneticamente no espaço
virtual(A). A fragmentação dos conteúdos pode transmitir certa sensação de liberdade, já
que não dependemos, aparentemente, de ninguém. Somos os editores do nosso diário
personalizado. Será? Não creio, sinceramente. Uma enxurrada de estímulos dispersa a
inteligência(E). Ficamos reféns da superficialidade. Perdemos contexto e sensibilidade
crítica.
(Adaptado de: DI FRANCO, Carlos Alberto. Disponível em: opiniao.estadao.com.br)

Estão flexionados nos mesmos tempo e modo os verbos que se encontram em:
a) Navegamos freneticamente no espaço virtual // que façamos uma autocrítica.
b) Lembram disso? // Muitas vezes abríamos o álbum.
c) em quase todas as famílias existia um álbum de fotos // a imaginação voava.
d) Algo análogo se dá com o consumo da informação // puseram em xeque os antigos
modelos de negócios.
e) Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência // produziram um complexo cenário
de incertezas.
Comentário:
Os tempos e modos verbais das alternativas são:
A - Navegamos freneticamente no espaço virtual // que façamos uma autocrítica.
- navegamos: presente do indicativo

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- façamos: presente do subjuntivo


Incorreta: tempos iguais, mas modos diferentes.
B - Lembram disso? // Muitas vezes abríamos o álbum.
- lembram: presente do indicativo
- abríamos: pretérito imperfeito do indicativo
Incorreta: modos iguais, mas tempos diferentes.
C - em quase todas as famílias existia um álbum de fotos // a imaginação voava.
- existia: pretérito imperfeito do indicativo.
- voava: pretérito imperfeito do indicativo.
CORRETA: verbos no mesmo tempo e mesmo modo.
D - Algo análogo se dá com o consumo da informação // puseram em xeque os antigos
modelos de negócios.
- dá: presente do indicativo
- puseram: pretérito perfeito do indicativo
Incorreta: modos iguais, mas tempos diferentes.
E - Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência // produziram um complexo cenário
de incertezas.
- dispersa: presente do indicativo.
- produziram: pretérito perfeito do indicativo
Incorreta: modos iguais, mas tempos diferentes.
Gabarito: C

Tempos e modos verbais


Questão 02
FCC - Técnico Judiciário (TRT 6ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2018

O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário. É
um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo quando estamos
preparados para abordar os assuntos sobre os quais escrevemos, é próprio do jornalismo
apreender os fatos às pressas. A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande.
O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática, que é neutra
e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte inconscientes, que
refletem visões de mundo de quem escreve. Eles interagem com os vieses de quem lê, de
forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos
como tais.
Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato jornalístico. O
objetivo daquela geração, realizado apenas em parte, era estabelecer que o jornalismo,
apesar de suas severas limitações, é uma forma legítima de conhecimento sobre o nível mais
imediato da realidade.
O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por dois motivos.
Ao disseminar notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas
para um exercício mais consciente da cidadania. Thomas Jefferson pretendia que o bom
jornalismo fosse a escola na qual os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.
O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas
públicos, servem como arena de ideias e soluções. O livre funcionamento das várias formas
de imprensa, mesmo as sectárias e as de má qualidade, corresponde em seu conjunto à
respiração mental da sociedade.

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Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A maioria das
pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra
pouca atenção para o que é público. Desde quando os tabloides eram o principal veículo de
massas, passando pela televisão e pela internet, vastas porções de jornalismo recreativo vêm
sendo servidas à maioria.
O jornalismo de verdade, que apura, investiga e debate, é sempre elitista. Está voltado não
a uma elite econômica, mas a uma aristocracia do espírito. São líderes comunitários,
professores, empresários, políticos, sindicalistas, cientistas, artistas. Pessoas voltadas ao
coletivo.
A influência desse tipo de jornalismo sempre foi, assim, mediada. Desde que se tornou
hegemônico, nos anos 1960-70, o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa. Algo
parecido ocorre agora com as redes sociais.
A imprensa, que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise. O paradoxo deste período é
que, no mesmo passo em que as bases materiais do jornalismo profissional deslizam, sua
capacidade de atingir mais leitores se multiplica na internet, conforme se torna visível a
perspectiva de universalizar o ensino superior.
(Adaptado de: FILHO, Otavio Frias. Disponível em: www.folha.uol.com.br)

Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo...


O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do sublinhado acima está também sublinhado
em:
a) ... as bases materiais do jornalismo profissional deslizam...
b) ... os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.
c) Algo parecido ocorre agora com as redes sociais...
d) ... mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.
e) Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas...
Comentário:
Na frase em comento, o verbo “pretendia” está conjugado na primeira pessoa do singular
do pretérito imperfeito do indicativo. Buscando o mesmo modo e tempo verbal nos
verbos das alternativas, temos:
A - ... as bases materiais do jornalismo profissional deslizam...
Incorreta – verbo “deslizam” está no presente do indicativo.
B - ... os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.
Incorreta – verbo “haveriam” está no futuro do pretérito do indicativo.
C - Algo parecido ocorre agora com as redes sociais...
Incorreta – verbo “ocorre” está no presente do indicativo.
D - ... mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.
Incorreta – verbo “sejam” está no presente do subjuntivo.
E - Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas...
CORRETA – verbo “eram” está no pretérito imperfeito do indicativo. Mesmos tempo e modo
verbal de “pretendia”.
Gabarito: E

Tempos e modos verbais


Questão 03
FCC - Estagiário (SABESP)/Ensino Médio Regular/2018

Ambos os verbos sublinhados estão empregados nos mesmos tempo e modo em:

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a) O processo atualmente exigiria visitas periódicas ao médico, mas, após essa etapa, tal
uso funciona sem problema algum.
b) ao mesmo tempo em que ele faz com que você veja o mundo literalmente com outros
olhos, a mudança de estilo nem sempre é bem-vinda ...
c) Quando se descobre a necessidade do uso de óculos, uma grande questão pode surgir ...
d) apesar de não ficarem aparentes, poderão causar incômodo....
e) Em casos de uso indispensável são sugeridas as lentes de contato, que, apesar de
não ficarem aparentes nos olhos....
Comentário:
A - O processo atualmente exigiria visitas periódicas ao médico, mas, após essa etapa, tal
uso funciona sem problema algum.
Incorreta – “exigiria” está no futuro do pretérito do indicativo e “funciona” está no presente
do indicativo.
B - ao mesmo tempo em que ele faz com que você veja o mundo literalmente com outros
olhos, a mudança de estilo nem sempre é bem-vinda ...
Incorreta – “faz” presente do indicativo e “veja” está no presente do subjuntivo.
C - Quando se descobre a necessidade do uso de óculos, uma grande questão pode surgir ...
CORRETA – “descobre” e “pode” estão no presente do indicativo.
D - apesar de não ficarem aparentes, poderão causar incômodo....
Incorreta – “ficarem” está no futuro do subjuntivo e “poderão” está no futuro do presente
do indicativo.
E - Em casos de uso indispensável são sugeridas as lentes de contato, que, apesar de
não ficarem aparentes nos olhos....
Incorreta – “são” está no presente do indicativo e “ficarem” está no futuro do subjuntivo.
Gabarito: C

Tempos e modos verbais


Questão 04
FCC - Técnico Legislativo (ALESE)/Apoio Técnico Administrativo/2018

Um filme publicitário traz um ator interpretando um boçal no pavilhão de uma Bienal. O


almofadinha, vestindo pulôver escuro com gola rolê, cita autores como Nietzsche e Méliès,
entre outros, para compor um discurso afetado e vazio por meio do qual definia uma suposta
obra de arte. É o velho clichê do crítico intelectual.
Vi a propaganda no mesmo dia em que a Câmara Brasileira do Livro e a Amazon anunciaram
uma nova categoria do prêmio Jabuti: a dos melhores romances, contos, crônicas e poesia,
na opinião dos leitores.
O prêmio da Escolha do Leitor foi anunciado em tom de inovação democrática. O mesmo
argumento tem sustentado algumas das estratégias de mercado draconianas de grandes
corporações de internet. Afinal, dá-se voz ao leitor, que agora pode pôr em xeque decisões
arbitrárias de um punhado de críticos que não representam a opinião da maioria.
Nesse sentido, a Escolha do Leitor menos inova do que aperfeiçoa uma tendência que já
coroava as edições anteriores do prêmio: o Livro do Ano. Escolhido pelos livreiros, ele
contempla os títulos com mais chances de corresponder às expectativas do mercado, muitas
vezes contrariando os resultados das categorias literárias.
A principal ressalva à inovação democrática do Jabuti, entretanto, é que já existe um
prêmio do leitor. Ele se chama lista dos mais vendidos e é outorgado no mundo inteiro. É
claro que há diferenças. A favor da nova categoria, deve-se dizer que o leitor elegerá títulos

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apenas entre os finalistas. Ou seja, pela via do meio, o novo prêmio atenderia ao mercado
sem exonerar a crítica.
Mas, então, por que prêmios literários prestigiados mundo afora ignoram a opinião da
maioria? A resposta é simples. A despeito de seus eventuais equívocos (e não são poucos),
os prêmios literários não foram criados para corresponder a critérios objetivos de mercado.
Os prêmios literários são asserções (com frequência, inerciais; às vezes, justas e corajosas
− e a coragem não costuma ser fruto do consenso) sobre o que um grupo de pessoas,
selecionadas por motivos nem sempre claros ou acertados, acredita que deve ser defendido
em termos de subjetividade e exceção.
Ao atribuir o prêmio de literatura a Bob Dylan, por exemplo, o Nobel tomou uma decisão
idiossincrática, mas que exalta o que há de subjetivo tanto em escrever como em ler e
premiar literatura.
Ao contrário, exceção e subjetividade não fazem parte do vocabulário das grandes
corporações de internet. É o que torna tanto mais curioso que um dos poucos prêmios
literários brasileiros de prestígio tenha incorporado a lógica pleonástica dos algoritmos que
estruturam a rede (o que mais se lê também é cada vez mais lido). Não é mais uma
perspectiva subjetiva, mas sim uma forma de endossar a premissa de que não se deve
contrariar o gosto do "leitor" (seja ele quem for, de preferência uma média que represente
muitos).
Hoje, mais do que nunca, soa antipático e antidemocrático pôr em dúvida essa ideia
generalizada de leitor. Mas fazer o indivíduo acreditar que não precisa se esforçar para
entender o que lhe escapa ou o que o contraria (como propõe a propaganda da Bienal) tem
menos a ver com o respeito pela formação de um leitor ou um espectador autônomo,
reflexivo, do que com a sua redução a potencial de lucro e com o estreitamento correlato
de seus horizontes intelectuais e subjetivos.
(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. “A opinião dos leitores e a crítica”. Disponível em:
folha.uol.com.br. Acesso em: 10/3/2018)

uma tendência que já coroava as edições anteriores do prêmio (4 o parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do que se encontra acima está sublinhado
em:
a) por meio do qual definia uma suposta obra de arte
b) o novo prêmio atenderia ao mercado
c) ou o que o contraria
d) o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas
e) ele contempla os títulos com mais chances
Comentário:
Na frase “uma tendência que já coroava as edições anteriores do prêmio”, o verbo
“coroava” está flexionado no pretérito imperfeito do indicativo. Dentre as alternativas,
já na letra A encontramos o verbo “definia”, com mesmo tempo e modo do verbo em
comento.
Nas demais opções, temos os seguintes verbos:
B – atenderia: futuro do pretérito do indicativo
C – contraria: presente do indicativo
D – elegerá: futuro do presente do indicativo
E - contempla: presente do indicativo
Gabarito: A

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Tempos e modos verbais


Questão 05
FCC - Controlador de Sistemas de Saneamento (SABESP)/2018

O filósofo sempre foi considerado um personagem bizarro, estranho, capaz de cair num poço
quando se embrenha em suas reflexões − é o que contam a respeito de Tales (cerca de 625-
547 a.C.). O primeiro filósofo, segundo a tradição grega, combina enorme senso prático para
os negócios com uma capacidade de abstração que o retira do mundo. Por isso é visto como
indivíduo dotado de um saber especial, admirado porque manipula ideias abstratas,
importantes e divinas. No fundo não está prefigurando as oposições que desenharão o perfil
do homem do Ocidente? O divino Platão e o portentoso Aristóteles fizeram desse
estranhamento o autêntico espanto diante das coisas, o empuxo para a reflexão filosófica.
Nos dias de hoje essa imagem está em plena decadência; o filósofo se apresenta como um
profissional competindo com tantos outros. Ninguém se importa com as promessas já
inscritas no nome de sua profissão: a prometida amizade pelo saber somente se cumpre se
a investigação for levada até seu limite, cair no abismo onde se perdem suas raízes. A
palavra grega filosofia significa “amigo da sabedoria”, por conseguinte recusa da adesão a
um saber já feito e compromisso com a busca do correto.
Em contrapartida, o filósofo contemporâneo participa do mercado de trabalho. Torna-se
mais seguro conforme aumenta a venda de seus livros, embora aparente desprezar os
campeões de venda. Às vezes participa do jogo da mídia. Graças a esse comércio transforma
seu saber em capital, e as novidades que encontra na leitura de textos, em moeda de troca.
Ao tratar as ideias filosóficas como se fossem meras opiniões, isoladas de seus pressupostos
ligados ao mundo, pode ser seduzido pela rigidez de ideias sem molejo, convertendo-se
assim num militante doutrinário. Outras vezes, cai nas frivolidades da vida mundana. Não
vejo na prática da filosofia contemporânea nenhum estímulo para que o estudioso se
comprometa com uma prática moral e política mais consciente de si mesma, venha a ser
mais tolerante às opiniões alheias.
Num mundo em que as coisas e as pessoas são descartáveis, a filosofia e o filósofo também
se tornam dispensáveis, sempre havendo uma doutrina ou um profissional capaz de
enaltecer uma trama de interesses privados. A constante exposição à mídia acaba levando
o filósofo a dizer o que o grande público espera dele e, assim, também pode usufruir de
seus quinze minutos de celebridade. Diante do perigo de ser engolfado pela teia de condutas
que inverte o sentido original de suas práticas, o filósofo, principalmente o iniciante, se
pretende ser amante de um saber autêntico, precisa não perder de vista que assumiu o
compromisso de afastar-se das ideias feitas − ressecadas pela falta da seiva da reflexão − e
de desconfiar das novidades espalhafatosas. Se aceita consagrar-se ao estudo das ideias, que
reflita sobre o sentido de seu comportamento.
(Adaptado de: GIANNOTTI, José Arthur. Lições de filosofia primeira. São Paulo:
Companhia das Letras, 2011, edição digital)

... que reflita sobre o sentido de seu comportamento.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do sublinhado acima está na frase:
a) ... que o retira do mundo.
b) ... venha a ser mais tolerante às opiniões alheias...
c) ... como se fossem meras opiniões, isoladas de seus pressupostos...
d) ... que inverte o sentido original de suas práticas...
e) A palavra grega filosofia significa “amigo da sabedoria”...

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Comentário:
Na frase em destaque no enunciado, o verbo “reflita” está flexionado no presente do
modo subjuntivo. Vejamos as alternativas em busca do verbo que tem mesmo modo e
tempo:
A - ... que o retira do mundo.
Incorreta: “retira” verbo no presente do indicativo
B - ... venha a ser mais tolerante às opiniões alheias...
CORRETA: “venha” - presente do modo subjuntivo, tal qual “reflita”.
C - ... como se fossem meras opiniões, isoladas de seus pressupostos...
Incorreta: “fossem” - pretérito imperfeito do subjuntivo
D - ... que inverte o sentido original de suas práticas...
Incorreta: “inverte” – presente do indicativo
Cuidado! Pelo fato de o verbo “inverte” estar precedido de “que”, assim como o verbo
“reflita” está na frase do enunciado, algumas pessoas desatentas podem marcar essa opção
como a correta.
E - A palavra grega filosofia significa “amigo da sabedoria”...
Incorreta: “significa” - presente do indicativo
Gabarito: B

Modo imperativo
Questão 06
FCC - Técnico Legislativo (CL DF)/Técnico Legislativo/2018

Um leão, que jazia doente em uma caverna, disse à estimada raposa, com quem mantinha
convívio: “Se você me quer vivo e saudável, ludibrie com palavras a maior corça que vive na
floresta, faça com que ela venha às minhas mãos, pois ela tem um coração e entranhas que
despertam o meu apetite”. A raposa se foi e, ao encontrar a corça a saltitar na floresta,
saudou-a efusivamente e, em seguida, lhe disse: “Vim trazer boas novas! Você sabe que o
leão, nosso rei, é meu vizinho. Ele está doente, moribundo, e se pôs a considerar sobre qual
dos animais iria sucedê-lo. O javali é sem juízo”, afirmava ele, “o urso, balofo, a pantera,
ranzinza, o tigre, fanfarrão. A corça é a mais digna da realeza, porque tem porte altivo,
vida longa e um chifre que intimida as serpentes. Bom, mais delongas para quê? Por decisão
dele, você assumirá o reinado! E eu, que recompensa vou ganhar por ter-lhe dado essa
notícia em primeira mão? Vamos, prometa-me alguma coisa. Estou com pressa, não vá ele
sentir a minha falta! Ele me tem como conselheira para tudo. Se você quer ouvir a mim, sou
velha, meu conselho é que você venha também e aguarde junto do moribundo”. Assim disse
a raposa. Com essas palavras, a corça ficou toda cheia de si e foi à caverna, ignorando o que
ia acontecer.

O leão, então, lançou impetuoso suas garras sobre ela, dilacerando-lhe somente as orelhas,
pois a corça tratou de fugir rapidamente para a floresta. Enquanto a raposa dava murros
porque havia feito esforços em vão, o leão gemia, entre fortes rugidos, pois a fome e o
desgosto o dominavam. Então ele suplicou à raposa que fizesse uma segunda tentativa para
trazer a corça novamente, por meio de um ardil. “A tarefa que você me atribuiu é difícil e
penosa. Contudo, vou lhe dar esse apoio”, disse a raposa. Assim, como um cão farejador,
saiu à procura da corça e foi tramando trapaças rumo à floresta, seguindo a indicação de
uns pastores, a quem ela perguntou se tinham visto uma corça sangrando.

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A raposa a encontrou esbaforida e parou diante dela com a maior cara de pau. Indignada, a
corça arrepiou o pelo e disse: “Nunca mais você me pega, sua peste! E se chegar perto de
mim, não sairá viva! Vá raposinhar com outros, inexperientes, estimulando-os a se tornarem
reis!” A raposa rebateu: “Você é tão frágil e covarde assim, que desconfia de nós, seus
amigos? O leão, quando agarrou sua orelha, ia dar conselhos e recomendações a respeito
desse cargo tão importante, porque ele está morrendo! E você não tolerou nem mesmo um
arranhão da pata de um enfermo! Agora a indignação dele é muito maior que a sua, e ele
pretende tornar rei o lobo. Ai de mim, um senhor malvado! Mas venha, não se deixe
sugestionar por nada, comporte-se como um cordeiro. Juro por todas as folhas e fontes que
não sofrerá nenhum mal da parte do leão. Quanto a mim, quero apenas o seu bem”.

Com tais ludíbrios, a raposa convenceu a medrosa a acompanhá-la uma segunda vez. E
quando a corça adentrou a caverna, o leão agarrou a sua janta e se pôs a comer os ossos
todos, o tutano e as entranhas. A raposa ficou parada, observando. Nisso cai o coração da
corça e a raposa sorrateiramente o apanha e devora, como prêmio de seu empenho. E
quando percebeu que o leão farejava todas as partes mas não achava o coração, ela, postada
à distância, lhe disse: “A bem da verdade, essa fulana aí não tinha coração. Não adianta
procurar! Que espécie de coração teria ela, que veio ter por duas vezes à morada e às mãos
de um leão?”

(Esopo. Fábulas completas.


Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 309-311.)

Verifica-se o emprego de verbo no modo imperativo no seguinte trecho:


a) Então ele suplicou à raposa que fizesse uma segunda tentativa para trazer a corça
novamente...
b) Vim trazer boas novas!
c) Por decisão dele, você assumirá o reinado!
d) E se chegar perto de mim, não sairá viva!
e) Se você me quer vivo e saudável, ludibrie com palavras a maior corça que vive na
floresta...
Comentário:
Analisando os verbos nas alternativas em busca do que está conjugado no modo
imperativo, temos:
A - Então ele suplicou à raposa que fizesse uma segunda tentativa para trazer a corça
novamente...
- suplicou: pretérito perfeito do indicativo
- fizesse: pretérito imperfeito do subjuntivo
- trazer: infinitivo
B - Vim trazer boas novas!
- trazer: infinitivo
C - Por decisão dele, você assumirá o reinado!
- assumirá: futuro do presente do indicativo
D - E se chegar perto de mim, não sairá viva!
- chegar: infinitivo
- sairá: futuro do presente do indicativo
E - Se você me quer vivo e saudável, ludibrie com palavras a maior corça que vive na
floresta...
- quer: infinitivo

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- ludibrie: imperativo
CORRETA: verbo “ludibrie” está conjugado no modo imperativo afirmativo.
- vive: presente do indicativo
Gabarito: E

Correlação verbal
Questão 07
FCC - Técnico Judiciário (TRF 4ª Região)/Administrativa/Segurança e Transporte/2019

A mensagem desejada

Brigaram muitas vezes e muitas vezes se reconciliaram, mas depois de uma discussão
particularmente azeda, ele decidiu: o rompimento agora seria definitivo. Um anúncio que
a deixou desesperada: vamos tentar mais uma vez, só uma vez, implorou, em prantos. Ele,
porém, se mostrou irredutível: entre eles estava tudo acabado.
Se pensava que tal declaração encerrava o assunto, estava enganado. Ela voltou à carga. E
o fez, naturalmente, através do e-mail. Naturalmente, porque através do e-mail se tinham
conhecido, através do e-mail tinham namorado. Ela agora confiava no poder do correio
eletrônico para demovê-lo de seus propósitos. Assim, quando ele viu, estava com a caixa de
entrada entupida de ardentes mensagens de amor.
O que o deixou furioso. Consultando um amigo, contudo, descobriu que era possível bloquear
as mensagens de remetentes incômodos. Com uns poucos cliques resolveu o assunto.
Naquela mesma noite o telefone tocou e era ela. Nem se dignou a ouvi-la: desligou
imediatamente. Ela ainda repetiu a manobra umas três ou quatro vezes.
Esgotada a fase eletrônica, começaram as cartas. Três ou quatro por dia, em grossos
envelopes. Que ele nem abria. Esperava juntar vinte, trinta, colocava todas em um envelope
e mandava de volta para ela.
Mas se pensou que ela tinha desistido, estava enganado. Uma manhã acordou com batidinhas
na janela do apartamento. Era um pombo-correio, trazendo numa das patas uma mensagem.
Não teve dúvidas: agarrou-o, aparou-lhe as asas. Pombo, sim. Correio, não mais.
E pronto, não havia mais opções para a coitada. Aparentemente chegara o momento de
gozar seu triunfo; mas então, e para seu espanto, notou que sentia falta dela. Mandou-lhe
um e-mail, e depois outro, e outro: ela não respondeu. E não atendia ao telefone. E devolveu
as cartas dele.
Agora ele passa os dias na janela, contemplando a distância o bairro onde ela mora. Espera
que dali venha algum tipo de mensagem. Sinais de fumaça, talvez.
(Adaptado de: SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2013, p. 71-72)
O segmento Mas se pensou que ela tinha desistido, estava enganado está corretamente
reescrito, com a correlação entre as formas verbais preservada, em:

Mas se
a) pensou que ela tinha desistido, tinha estado enganado.
b) pensasse que ela tinha desistido, estaria enganado.
c) pensaria que ela tinha desistido, está enganado.
d) pense que ela tinha desistido, estivesse enganado.
e) pensará que ela tinha desistido, teria estado enganado.
Comentário:

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A combinação coerente entre os verbos de uma frase é chamada de correlação verbal.


Na frase em comento, observamos verbos no pretérito perfeito (pensou), que indica fatos
que aconteceram no passado; no pretérito mais-que-perfeito composto (tinha desistido),
que indica algo que aconteceu no passado antes de outro acontecimento também
ocorrido no passado; e no pretérito imperfeito todos do modo indicativo. Note a
coerência no contexto.
Vejamos entre as alternativas, aquela que pode ser considerada uma reescrita correta
da frase do enunciado:
A - Mas se pensou que ela tinha desistido, tinha estado enganado.
Incorreta - A expressão "tinha estado" está no pretérito mais-que-perfeito composto,
expressando, no contexto, que o homem se enganou mesmo antes de a mulher desistir, o
que é incoerente.
B - Mas se pensasse que ela tinha desistido, estaria enganado.
CORRETA – Ambas as formas verbais "pensasse" e “estaria enganado” expressam ideia de
hipótese, portanto estão coerentes, tornando correta a reescrita.
C – Mas se pensaria que ela tinha desistido, está enganado.
Incorreta – um verbo indicando hipótese de algo que aconteceu no passado (pensaria)
não combina com uma afirmação feita no presente (está enganado)
D – Mas se pense que ela tinha desistido, estivesse enganado.
Incorreta – temos uma miscelânea de tempos e modos verbais que torna a frase
completamente incoerente. “pense” está no presente do subjuntivo e não correlaciona
com a partícula “se”; “tinha desistido” é pretérito mais que perfeito composto do
indicativo; “estivesse” está no pretérito imperfeito do subjuntivo, indicando ideia de
posse.
E – Mas se pensará que ela tinha desistido, teria estado enganado.
Incorreta – mais uma miscelânea completamente incoerente, misturando verbos no
futuro (pensará) com passado (tinha desistido) e ideia hipotética (teria estado).
Gabarito: B

Correlação verbal
Questão 08
FCC - Assistente Técnico de Defensoria (DPE AM)/Assistente Técnico Administrativo/2018

Há correspondência entre tempos e modos entre as formas verbais empregadas em:


a) Caso estivesse vivo hoje, o filósofo Auguste Comte teria a oportunidade de constatar o
quanto suas suposições se distanciaram da experiência.
b) Independentemente da época em que fossem expressas, as previsões sobre o futuro
sempre dirão muito mais sobre o presente de quem se arriscar a fazê-las.
c) Por mais precisos que nossos instrumentos de medição de engarrafamentos venham a se
tornar, é improvável que fôssemos capazes de fazer previsões a longo prazo.
d) Quando a extensão do cosmo puder ser medida, tivéssemos chegado a um novo patamar
da experiência humana, nunca vislumbrado por cientistas ou filósofos.
e) O conhecimento humano possui limitações, mas é função da ciência pôr essas limitações
à prova, a fim de que poderíamos avançar continuamente.
Comentário:
A - Caso estivesse vivo hoje, o filósofo Auguste Comte teria a oportunidade de constatar o
quanto suas suposições se distanciaram da experiência.

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CORRETA – as formas verbais “estivesse” e “teria”, que indicam ideia de hipótese no passado,
“constatar”, que não indica tempo verbal por estar no infinitivo, e “distanciaram”, ação no
passado, estão em perfeita correlação verbal.
B - Independentemente da época em que fossem expressas, as previsões sobre o futuro
sempre dirão muito mais sobre o presente de quem se arriscar a fazê-las.
Incorreta – as formas verbais “fossem” e “dirão” estão, respectivamente, indicando hipótese
no passado e ação ocorrida no futuro, razão pela qual não se correlacionam.
C - Por mais precisos que nossos instrumentos de medição de engarrafamentos venham a se
tornar, é improvável que fôssemos capazes de fazer previsões a longo prazo.
Incorreta – “venham a se tornar” expressa ação no futuro, “é” denota ideia no presente e
“fôssemos” indica ideia de hipótese no passado. Tais tempos verbais não se correlacionam
com harmonia.
D - Quando a extensão do cosmo puder ser medida, tivéssemos chegado a um novo patamar
da experiência humana, nunca vislumbrado por cientistas ou filósofos.
Incorreta – “puder ser” indica ideia de hipótese no futuro e “tivéssemos” indica hipótese no
passado, não se correlacionam.
E - O conhecimento humano possui limitações, mas é função da ciência pôr essas limitações
à prova, a fim de que poderíamos avançar continuamente.
Incorreta – “possui”, “é” e “pôr” expressam ação no presente, mas “poderíamos avançar”
expressa ideia de hipótese no passado, portanto não há correlação verbal entre as tais formas
verbais.
Gabarito: A

Tempos e modos verbais


Questão 09
FCC - Assistente Administrativo (SEAD AP)/2018

Contar histórias é o antecedente remoto da literatura, da história, das religiões e talvez,


indiretamente, a locomotiva do progresso. A oralidade contribuiu de maneira decisiva para
impulsionar a civilização da época das pinturas rupestres até a viagem dos homens às
estrelas. Oralidade quer dizer pré-literatura, aquela que existia apenas graças à voz
humana, antes que aparecesse a escrita.
Os contos, as histórias inventadas, davam mais vida aos nossos ancestrais, tiravam homens
e mulheres das prisões asfixiantes que eram suas vidas e os faziam viajar pelo espaço e pelo
tempo e viver as vidas que não tinham nem nunca teriam em sua miúda e sucinta realidade.
Sairmos de nós mesmos, sermos outros, graças à fantasia, nos entretém e enriquece. Mas,
além disso, nos ensina como é pequeno o mundo real comparado com os mundos que somos
capazes de fantasiar, e deste modo nos incita a agir para transformar nossos sonhos em
realidade. O progresso nasceu assim, da insatisfação e do mal-estar com o mundo real que
inspirava nos humanos a mesma ficção que os deleitava.
As histórias que inventamos constituem a vida secreta de todas as sociedades, aquela
dimensão da existência que, embora nunca tenha tido chance de se realizar, foi de alguma
forma vivida pelos seres humanos, na incerta realidade dos desejos, fantasias, pesadelos e
invenções, de toda essa projeção da vida que não tivemos e por isso devemos inventá-la. Ela
existiu sempre na memória das gentes, mas só a escrita a fixou e lhe deu permanência,
muitos séculos depois de que nascesse, ao redor das fogueiras, quando nossos antepassados
contavam-se histórias à noite para esquecer o medo do trovão, as aparições e os milhares
de perigos que os espreitavam em qualquer parte.

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(Adaptado de VARGAS LLOSA, Mario. Disponível em: www.brasil.elpais.com)

... aquela que existia apenas graças à voz humana...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da frase acima encontra-se em:
a) ... antes que aparecesse a escrita.
b) A oralidade contribuiu de maneira decisiva para...
c) ... tiravam homens e mulheres das prisões asfixiantes...
d) Mas, além disso, nos ensina como...
e) ... nem nunca teriam em sua miúda e sucinta realidade.
Comentário:
Na frase em análise, o verbo “existia” está conjugado no pretérito imperfeito do
indicativo. Analisando as alternativas em busca da que possui verbo nos mesmos modo e
tempo verbais, vejamos:
A - ... antes que aparecesse a escrita.
Incorreta – “aparecesse” está no pretérito imperfeito do subjuntivo
B - A oralidade contribuiu de maneira decisiva para...
Incorreta – “contribuiu” está no pretérito perfeito do indicativo.
C - ... tiravam homens e mulheres das prisões asfixiantes...
CORRETA – “tiravam” está no pretérito imperfeito do indicativo.
D - Mas, além disso, nos ensina como...
Incorreta – “ensina” está no presente do indicativo
E ... nem nunca teriam em sua miúda e sucinta realidade.
Incorreta – “teriam” está no futuro do pretérito do indicativo.
Gabarito: C

Tempos e modos verbais


Questão 10
FCC - Consultor Técnico Legislativo (CL DF)/Inspetor de Polícia Legislativa/2018

No Iluminismo, arte e ciência ainda não constituíam duas atividades separadas por um abismo
de incompreensão e hostilidade recíprocas.

Mantém-se a correção gramatical da frase acima substituindo-se o elemento sublinhado por:


a) se afigurava
b) tinha configurado
c) haveriam de lhe tornar
d) haviam se tornado
e) há de se tornar
Comentário:
Na frase “No Iluminismo, arte e ciência ainda não constituíam duas atividades separadas por
um abismo de incompreensão e hostilidade recíprocas”, o verbo “constituíam” está conjugado
na terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo para concordar com o seu
sujeito composto “arte e ciência”. Dentre as alternativas, a que possui forma verbal

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equivalente é a letra D, que está conjugada na mesma pessoa e nos mesmos modo e tempo
verbais que o verbo “constituíram”.
Nas demais alternativas, temos:
A - se afigurava
Incorreta – mesmos tempo e modo verbais, mas está grafada no singular, portanto não
concordaria com o sujeito.
B - tinha configurado
Incorreta – locução verbal no pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo e grafada no
singular, não concordando, portanto, com o sujeito composto.
C - haveriam de lhe tornar
Incorreta – forma verbal grafada no plural, mas em tempo verbal diferente do tempo do verbo
a ser substituído.
E - há de se tornar
Incorreta – forma verbal grafada no singular e em tempo e modo verbais diferentes do verbo
“constituíram”.
Gabarito: D

10 - QUESTÕES-CHAVE DE REVISÃO - FGV


Termos da oração
Questão 01
FGV - Analista do Ministério Público (MPE AL)/Administrador de Banco de Dados/2018

OPORTUNISMO À DIREITA E À ESQUERDA

Numa democracia, é livre a expressão, estão garantidos o direito de reunião e de greve,


entre outros, obedecidas leis e regras, lastreadas na Constituição. Em um regime de
liberdades, há sempre o risco de excessos, a serem devidamente contidos e seus
responsáveis, punidos, conforme estabelecido na legislação.
É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos caminhoneiros, concluídas as
investigações, por exemplo, da ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em se
beneficiar do barateamento do combustível.
Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise. Inclusive,
neste ano de eleição, com o objetivo de obter apoio a candidatos. Não faltam, também, os
arautos do quanto pior, melhor, para desgastar governantes e reforçar seus projetos de
poder, por mais delirantes que sejam. Também aqui vale o que está delimitado pelo estado
democrático de direito, defendido pelos diversos instrumentos institucionais de que conta o
Estado – Polícia, Justiça, Ministério Público, Forças Armadas etc.

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A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento que mantêm o sistema
produtivo funcionando, do qual depende a sobrevivência física da população. Isso não pode
ser esquecido e serve de alerta para que as autoridades desenvolvam planos de
contingência.
O Globo, 31/05/2018.
Assinale a opção em que o termo sublinhado funciona como sujeito.
a) “Em um regime de liberdades, há sempre o risco de excessos”.
b) “Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise”.
c) “Não faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor, ...”.
d) “A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento que mantêm o
sistema produtivo funcionando”.
e) “Numa democracia, é livre a expressão”
Comentário:
Analisando as alternativas, temos:
Na letra A, o termo sublinhado é objeto direto do verbo “há”, já que este, com sentido de
existir, é impessoal, ou seja, não possui sujeito.
Em B e em D, as expressões em destaque são também objetos diretos dos verbos “há” e
“mantêm”, respectivamente. Em E, “livre” é o predicativo do sujeito “a expressão”.
Já na letra C: “Não faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor, ...”, se colocarmos a
frase na sua ordem original (sujeito, verbo e predicado), encontramos: Os arautos do quanto
pior, melhor também não faltam. Assim, a expressão sublinhada pode ser reconhecida,
portanto, como sujeito.
Gabarito: C

Termos da oração
Questão 02
FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018

“A música talvez seja o único exemplo do que poderia ter sido – se não tivessem existido
a invenção da linguagem, a formação das palavras, a análise das ideias – a comunicação das
almas”.
Sobre os termos sintáticos sublinhados, assinale a afirmativa correta.
a) Todos exercem a função de complemento nominal.
b) Todos exercem a função de adjunto adnominal.
c) O primeiro e o último termo exercem funções sintáticas distintas.
d) O segundo termo exerce função sintática distinta dos demais.
e) Os dois últimos termos exercem a mesma função sintática.
Comentário:

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Analisando cada termo sublinhado, encontramos:


- “invenção da linguagem” – sujeito de “tivessem existido”.
- “das palavras” – adjunto adnominal de “formação”.
- “das ideias” – complemento nominal de “análise”.
- “das almas” – adjunto adnominal de “comunicação”.
Agora analisando as alternativas, temos que a letra A e a letra B são incorretas, uma vez que,
como vimos, nem todos os elementos sublinhados exercem a mesma função sintática.
A letra C está CORRETA, pois podemos observar que o primeiro termo (invenção da linguagem)
e o último (das almas) são elementos de função completamente diferente um do outro.
A opção D também está incorreta porque não só o segundo elemento tem função diferente dos
demais.
Por último, E também está incorreta, visto que “das ideias” e “das almas” são complemento
nominal e adjunto adnominal, respectivamente.
Gabarito: C

Termos da oração
Questão 03
FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018

Assinale a opção que apresenta a frase em que o termo sintático sublinhado tem função
sintática diferente das demais.
a) “Toda a sabedoria consiste em desconfiar dos nossos sentidos.”
b) “O modo mais correto de esconder dos outros os limites do próprio saber é não ultrapassá-
los jamais.”
c) “Quem não tem necessidades próprias dificilmente se lembra das alheias.”
d) “Pode-se prescindir de tudo. Desde que não se deva.”
e) “Deus nunca perturba a alegria dos seus filhos.”
Comentário:
Analisando as alternativas:
Na letra A, “dos nossos sentidos” é complemento verbal indireto, assim como o são as outras
expressões sublinhadas nas alternativas B, C e D.
Na opção E, porém, o elemento “dos seus filhos” é adjunto adnominal de “alegria”. Essa
alternativa é, portanto, o gabarito dessa questão.
Gabarito: E

Termos da oração

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Questão 04
FGV - Consultor Legislativo (ALERO)/Assessoramento em Orçamentos/2018

DESEJO DE CONHECER
“É natural no ser humano o desejo de conhecer.” Quando li pela primeira vez essa sentença
inicial da Metafísica de Aristóteles, mais de quarenta anos atrás, ela me pareceu um grosso
exagero. Afinal, por toda parte onde olhasse – na escola, em família, nas ruas, em clubes ou
igrejas – eu me via cercado de pessoas que não queriam conhecer coisíssima alguma, que
estavam perfeitamente satisfeitas com suas ideias toscas sobre todos os assuntos, e que
julgavam um acinte a mera sugestão de que, se soubessem um pouco mais a respeito, suas
opiniões seriam melhores.
Precisei viajar um bocado pelo mundo para me dar conta de que Aristóteles se referia à
natureza humana em geral, e não à cabeça dos brasileiros. De fato, o traço mais conspícuo da
mente dos nossos compatriotas era o desprezo humano pelo conhecimento, acompanhado de
um neurótico temor reverencial aos seus símbolos exteriores: diplomas, cargos, espaço na
mídia. (fragmento adaptado)
Olavo de Carvalho, Diário do Comércio, 10/01/2011.

A frase de Aristóteles está em ordem sintática inversa. Assinale a opção que apresenta essa
mesma frase na ordem direta.
a) No ser humano, o desejo de conhecer é natural.
b) O desejo de conhecer, no ser humano, é natural.
c) É natural o desejo de conhecer no ser humano.
d) O desejo de conhecer é natural no ser humano.
e) O desejo de conhecer é, no ser humano, natural.
Comentário:
A ordem sintática dos termos na oração é sujeito, verbo e predicado.
No trecho original retirado do texto, as partes da oração são classificadas como:
“É” é verbo de ligação;
"natural" é predicativo do sujeito;
"no ser humano" é complemento nominal de “natural” e
"o desejo de conhecer" é o sujeito.
Se os colocarmos na ordem sintática, teremos:
- O desejo de conhecer é natural no ser humano.
Oração que encontramos na alternativa D.
Gabarito: D

Termos da oração

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Questão 05
FGV - Técnico em Políticas Públicas e Gestão Governamental (SEPOG RO)/2017

Temos uma notícia triste: o coração não é o órgão do amor! Ao contrário do que dizem, não é
ali que moram os sentimentos. Puxa, para que serve ele, afinal? Calma, não jogue o coração
para escanteio, ele é superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de bombear sangue
para todas as células de nosso corpo”, explica Sérgio Jardim, cardiologista do Hospital do
Coração.
O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e tem dois sistemas de bombeamento
independentes. Com essas “bombas” ele recebe o sangue das veias e lança para as artérias.
Para isso contrai e relaxa, diminuindo e aumentando de tamanho. E o que tem a ver com o
amor? “Ele realmente bate mais rápido quando uma pessoa está apaixonada. O corpo libera
adrenalina, aumentando os batimentos cardíacos e a pressão arterial”.
(O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6)

“Ao contrário do que dizem, não é ali que moram os sentimentos.”

Nesse segmento do texto, há duas formas verbais na terceira pessoa do plural: dizem e moram.
Sobre essas formas, assinale a opção correta.
a) As duas formas mostram sujeitos pospostos.
b) Só a primeira forma tem sujeito indeterminado.
c) Só a segunda forma tem sujeito.
d) As duas formas mostram sujeitos indeterminados.
e) As duas orações não têm sujeito.
Comentário:
Para as duas formas verbais em relação ao sujeito, as informações são:
- para o verbo “dizem” não há sujeito definido na oração;
Tal verbo está flexionado na terceira pessoa do plural, mas não está concordando com nenhum
elemento da oração. Temos, portanto, um caso de sujeito indeterminado, que também pode
ser identificado quando se tem o verbo na terceira pessoa do singular seguido da partícula “se”,
como em ‘pode-se’, por exemplo.
- já o verbo “moram” está flexionado na terceira pessoa do plural para concordar com
“sentimentos”, que é o seu sujeito e está posposto.
Cientes disso, podemos afirmar que a alternativa A está incorreta porque apenas um dos verbos
possui sujeito posposto.
Quanto à alternativa B, temos uma afirmação CORRETA, pois, como vimos, o primeiro verbo
tem sujeito indeterminado.
Em C, temos uma afirmação que gera dúvida, pois é afirmado que somente a segunda forma
tem sujeito, o que não é verdade, pois a classificação para o verbo quanto ao sujeito é sujeito
indeterminado, não se tratando, portanto, de oração sem sujeito.

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Na opção D, também há afirmação incorreta, pois somente o primeiro verbo tem sujeito
indeterminado.
Quanto à alternativa E, temos também afirmação incorreta porque as duas orações apresentam
sujeito.
Gabarito: B

Termos da oração
Questão 06
FGV - Assistente Técnico-Administrativo (MPE BA)/2017

Observe a charge abaixo.

Na charge, na frase do representante do restaurante, o primeiro termo devia estar separado


por vírgula por ser:
a) um termo deslocado;
b) um aposto;
c) um vocativo;
d) uma oração antecipada;
e) um adjunto adverbial.
Comentário:

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Na oração “Senhores. Está havendo um engano.”. O primeiro elemento é um chamamento, é


uma forma de o locutor chamar a atenção dos interlocutores para si, trata-se de um vocativo,
que deve ser isolado na oração por vírgulas.
Gabarito: C
Partícula “se”
Questão 07
FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018

Assinale a frase em que o se pode ter não só o valor de reciprocidade mas também o de
reflexividade.
a) “Nas grandes coisas, os homens se mostram como lhes convém se mostrar; nas pequenas
mostram-se como são”.
b) “Pelas roupas rasgadas mostram-se os vícios menores; as vestes de cerimônia e as peles
escondem todos eles”.
c) “É preciso sempre desculpar-se por ter agido bem – nada fere mais do que isso”.
d) “Os maiores males sempre se infiltraram na vida dos homens sob a ilusória aparência do
bem”.
e) “Ao lermos os grandes filósofos, temos a impressão de que todos se conheciam muito
bem”.
Comentário:
A ideia de reflexividade se tem quando o sujeito pratica determinada ação e a sofre também.
Já a ideia de reciprocidade ocorre quando o sujeito pratica a ação e a recebe de volta, ou
seja, o que acontece de um lado ocorre de outro de igual modo.
Cientes disso, analisando as opções, temos:
A – incorreta – em “os homens se mostram como lhes convém se mostrar”, a partícula
representa ideia apenas de reflexividade: o homem mostra a si mesmo e não recebe a ação
de volta de outro.
B – incorreta – em “mostram-se os vícios menores”, o “se” é uma partícula apassivadora: os
vícios menores são mostrados.
C – incorreta – na expressão “desculpar-se”, a partícula “se” é parte integrante do verbo.
D – incorreta – em “se infiltraram”, também o “se” é parte integrante do verbo.
E – CORRETA – o contexto em que foi empregada a partícula “se” permite a interpretação de
que ela pode indicar reciprocidade, porque todos os grandes filósofos se conheciam entre si,
e de reflexividade pois podemos entender também que cada um dos grandes filósofos
conhecia a si mesmo.
Gabarito: E

Vocábulo “como”
Questão 08
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FGV - Analista Judiciário (TRT 12ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017

A revista Scientific American Brasil publicou, em seu n. 18, o seguinte texto:

Analgésico espinhoso. Embora a medicina tenha avançado o suficiente para tratar de dores
de cabeça comuns, lesões musculares e procedimentos desagradáveis como obturação
dentária, a dor inflamatória, da osteoartrite, de câncer ósseo e de lesões nas costas, provou
ser um alvo muito mais elusivo. Os medicamentos atuais, entre eles a morfina e outros
opiáceos, afetam todo o organismo e provocam efeitos colaterais perigosos. Remédios mais
localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com o tempo. Recentemente,
pesquisadores começaram a trabalhar com uma toxina encontrada em uma planta
marroquina parecida com um cacto, que talvez possa proporcionar alívio permanente de
dores locais com uma única injeção. (Arlene Weintraub)
Remédios mais localizados, como injeções de esteroides, perdem efeito com o tempo.

O valor semântico do termo sublinhado se repete no seguinte pensamento:


a) O objeto em si não conta; importa a maneira como é apresentado. (Raoul Dufy)
b) Eu sou firme; você, obstinado; ele, teimoso como uma mula. (Bertrand Russell)
c) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais. (Jean Rostand)
d) As ciências modernas, como a informática, muito dificultam o dia a dia. (M. Fernandes)
e) Pense como um homem de ação e aja como um pensador. (Henri-Louis Bergson)
Comentário:
A depender do contexto, o vocábulo “como” pode assumir diferentes funções na oração.
No seguimento “como injeções de esteroides”, o vocábulo “como” introduz um exemplo de
“remédios mais localizados”.
Dentre as alternativas, o termo tem o mesmo valor em “As ciências modernas, como a
informática, muito dificultam o dia a dia”, em que “como a informática” é exemplo de
“ciências modernas”.
Nas demais alternativas:
A – o vocábulo introduz um adjunto adverbial de modo.
B – o vocábulo introduz um adjunto adverbial de comparação.
C – nessa frase o “como” também dá ideia de comparação.
E – o “como” introduz um adjunto adverbial de modo.
Gabarito: D

Vocábulo “como”
Questão 09
FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Taquigrafia/2018

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A produção do conhecimento,
Flávio de Campos

Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um determinado assunto. O


bom detetive é aquele que considera o maior número de hipóteses e escolhe aquelas que
julgar mais convincentes. Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante
ter dúvidas. Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais humilde trabalhador.
O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de organizar essas dúvidas e
tentar solucionar o maior número delas. Em qualquer área profissional, há sempre questões
em aberto, onde as reflexões e as investigações ainda não obtiveram respostas conclusivas.
A pesquisa dá respostas sempre provisórias. Sempre é possível ampliar e reformular essas
respostas obtidas anteriormente.

“Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um determinado assunto.


O bom detetive é aquele que considera o maior número de hipóteses e escolhe
aquelas que julgar mais convincentes. Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar,
é importante ter dúvidas. Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais humilde
trabalhador. O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de organizar
essas dúvidas e tentar solucionar o maior número delas”.
Nesse segmento do texto há cinco ocorrências do vocábulo QUE, que se encontram
sublinhadas. Sobre essas ocorrências, é correto afirmar que:
a) pertencem a duas classes gramaticais diferentes;
b) relacionam-se a vocábulos anteriores de valor substantivo;
c) exemplificam casos de anáfora e de catáfora;
d) substituem palavras ou orações anteriores;
e) introduzem segmentos de valor adjetivo ou adverbial.
Comentário:
Analisando as ocorrências do vocábulo “que”, temos:
- em “um detetive que investiga”, o termo é um pronome relativo, pois está retomando o
termo anterior, que é um substantivo, e está funcionando como sujeito do verbo “investiga;
por estar retomando um substantivo, tal pronome tem valor adjetivo
- em “aquele que considera”, o termo também está retomando elemento anterior, e é sujeito
de “considera”, tem-se nesse caso um pronome com valor anafórico
Uma vez que “aquele” está retomando o substantivo “detetive” e que o “que”, por sua vez,
está retomando “aquele”, podemos afirmar que o pronome “que” tem valor de adjetivo.
- em “escolhe aquelas que julgar mais convincentes”, o vocábulo está retomando “aquelas”
e compõe o objeto direto do verbo “escolhe”; trata-se também de um pronome com valor
anafórico

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Uma vez que “aquelas” está retomando o substantivo “hipóteses” e que o “que”, por sua
vez, está retomando “aquelas”, podemos afirmar que o pronome “que” tem valor de
adjetivo.
- em “ao contrário do que se pode pensar”, o pronome está precedido e retomando a
preposição “do”, a qual é formada pela contração da preposição ‘de’ com o pronome
demonstrativo ‘o’
No contexto, o vocábulo “que” está se referindo à ‘coisa’ em que se pode pensar, sendo
assim ele está também retomando um substantivo, tendo, portanto, valor adjetivo.
- em “O que faz um trabalho de investigação”, tem-se situação parecida com a da ocorrência
anterior, em que o vocábulo “que” retoma o pronome demonstrativo “O”, que, por sua vez,
se refere no contexto à ‘coisa’ que faz o trabalho de investigação ser bom. O vocábulo,
portanto, tem valor adjetivo.
Agora, analisando as alternativas, temos que:
A – incorreta – em todas as ocorrências os vocábulos são pronomes relativos por estarem
retomando elementos anteriores.
B – CORRETA – essa afirmativa é verdadeira porque em todas as ocorrências, o “que” retoma
termos com valor de substantivo.
C – incorreta – os pronomes estão exemplificando casos de anáfora (retomando termos
anteriores), mas não de catáfora (que fariam referência a termos que ainda seriam citados
no contexto).
D – incorreta – os pronomes não substituem, eles retomam termos anteriores.
E – incorreta – o vocábulo introduz, em todas as ocorrências, elementos de valor adjetivo,
mas não adverbial.
Gabarito: B

Vocábulo “que”
Questão 10
FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018

Ressentimento e Covardia

Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente
ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos
deste importante e eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em
outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune injúrias,
difamações e calúnias, bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos
de apropriação indébita.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde
colocarão à disposição dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me
valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-história.

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Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que diz respeito aos
cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos ou
deformados que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por
caso. Um jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um texto
qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de injúria, calúnia ou difamação,
também. E em caso de falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a
desmentir e dar espaço ao contraditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em nome da liberdade de
expressão, que é mais expressão de ressentidos e covardes do que de liberdade, da
verdadeira liberdade.
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)

“Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente
ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos
deste importante e eficaz veículo de comunicação”.

Sobre as ocorrências do vocábulo que, nesse segmento do texto, é correto afirmar que:
a) são pronomes relativos com o mesmo antecedente;
b) exemplificam classes gramaticais diferentes;
c) mostram diferentes funções sintáticas;
d) são da mesma classe gramatical e da mesma função sintática;
e) iniciam o mesmo tipo de oração subordinada.
Comentário:
O vocábulo ocorre nos seguintes trechos: “os usos da internet, que se ressente ainda da falta
de uma legislação específica” e “legislação específica que coíba não somente os usos”
A – incorreta – em ambos os casos o pronome é relativo, uma vez que retoma termos
anteriores, mas os termos são diferentes: o primeiro é “internet” e o segundo é “legislação
específica”.
B – incorreta – ambos são classificados com pronomes relativos.
C – incorreta – ambos assumem função sintática de sujeito: o primeiro é sujeito de “se
ressente” e o segundo de “coíba”.
D – CORRETA – ambos, como já vimos, são pronomes relativos e exercem função de sujeitos.
E – incorreta – ambos introduzem orações subordinadas adjetivas, mas a primeira é adjetiva
explicativa e a segunda é adjetiva restritiva.
Gabarito: D

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Servidores, chegamos ao final de mais uma aula. Façam uma boa revisão dos conceitos vistos hoje
para gabaritarem as provas de Língua Portuguesa.
Na próxima aula, continuaremos avançando gradativamente, de modo a visitar cada tópico cobrado
pela banca examinadora. Estejam atentos aos percentuais estatísticos de cobrança para
direcionarem seus estudos, ok?
Forte abraço!

Prof. Carlos Roberto

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