Você está na página 1de 12

Notas de aulas de: 2aFeira- ACH0051 – Estudos Diversificados I

Professor: Wagner Tadeu Iglecias


E-mail: wi6@usp.br

Possui Graduação em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas - SP (1993), Graduação em Ciências Sociais pela
Universidade de São Paulo (1996), Mestrado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1999) e Doutorado em Sociologia
pela Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é professor doutor, ms-3, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da
Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Teoria Sociológica, bem como em Ação
Coletiva e em Análise de Políticas Públicas em Perspectiva Comparativa entre Brasil e outros países da América Latina.

Monitora: Anastácia

Possui mestrado no Programa “Santiago Dantas” da PUC-UNICAMP-UNESP (https://www.santiagodantas-ppgri.org/) e pós-


graduação em Relações Internacionais.

Local das aulas: Sala Auditório 1 – Ciclo Básico

25/02/2019
Início: 10h18.

Reflexões:
-setores menos afetados pela abertura a estrangeiros.
-segundo a CF/88, apenas 30% do setor de comunicações é aberto à participação estrangeira.
-política externa é algo de longo prazo; ela depende de variáveis que não estão sob o controle do país
(ONU, outros países, etc).
-“numa guerra, a primeira vítima é a verdade”.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Objetivo: Disciplina destinada à discussão sobre alguns aspectos da inserção do Brasil no contexto
internacional nos anos, tendo como foco os aspectos político, econômico e geopolítico.

Critérios de avaliação: Realização de trabalho de conclusão da disciplina, versando sobre algum ou alguns dos
temas durante o semestre. É facultada aos alunos e apresentação de seminários, valendo até 1,0 ponto a mais
na média final.

Frequência: Mínimo de 70%, aferidos mediante chamada em sala de aula.


CRONOGRAMA

Fim: 12h00.

11/03/2019
Início: 10h25.
-Apresentação da monitora Anastácia; doutoranda do professor Iglecias; fez mestrado no Programa “Santiago
Dantas” da PUC-UNICAMP-UNESP (https://www.santiagodantas-ppgri.org/) – Pós-graduação em Relações
Internacionais.

-Reflexões sobre temas que a monitora estuda: drogas e aborto.


-O que surgiu primeiro: o costume ou a lei.
-Política pública ninguém dá para ninguém: se conquista.
-Manifestação da monitora: na UNILA (Uruguai) há marcante distinção entre o que é público x privado.
Exemplificando: José Mujica não é pessoalmente favorável ao uso da maconha, mas entende que é um caso
de política pública (PP) legalizar o uso da maconha para combater o narcotráfico.
-Questão da colega: quanto tempo demorou, no Uruguai, para se implementar a PP referente ao
aborto? A monitora reportou que a demanda vem desde os anos 90; em 2005 aproximadamente, se intensificou
com os coletivos feministas. Ela pontuou que o decisivo foi ter um governo disposto a dialogar com movimentos
sociais. No caso da Argentina, vimos recentemente que a luta pela legalização do aborto foi vitoriosa na
Câmara, mas rejeitada no Senado (https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/09/senado-argentino-
rejeita-legalizar-aborto-no-pais.ghtml).
-Outra questão de um colega: sobre a legalização da maconha – como explicar para o consumidor que
o “back vai ficar mais caro”, se legalizar? Iglecias entende que a descriminalização ajudaria a esvaziar as
cadeias, posto que há muitos encarcerados por conta da venda de entorpecentes.
-Reflexões do Patrick sobre o custo/processo de produção da droga: atualmente é muito caro
comercializar droga; envolve o custo da logística para que ela chegue ao consumidor final; talvez o “back não
fique mais caro”, se legalizado.
-Falas do Iglecias sobre as etapas das PP: 1-agenda; movimentos sociais; 2-formulação da pp; 3-
implementação; 4-monitoramento e 5-reformulação.
-“Ditadura nunca é boa”; seja de direita ou de esquerda (Camboja; Stalin; Cuba).

11h29
-Tema da aula de hoje: Os primórdios da política externa do Brasil República e a figura do Barão do Rio
Branco.

-Anastácia fez as considerações iniciais sobre o Barão de Rio Branco demonstrando que ele é respeitado
em seu país; que ele conseguiu pacificar conflitos em questões com Paraguai e Bolívia; que ele foi um grande
apaziguador/consolidador das fronteiras brasileiras; e que há tanto um busto quanto um quadro do Barão na
chancelaria do Uruguai.
-Iglecias: o Barão era monarquista; consolidou fronteira envolvendo o Acre (ferrovia Madeira-Mamoré);
o Barão herdou um passivo grave da Guerra do Paraguai (atualmente conhecida como Guerra da Tríplice
Aliança); o passivo de uma imagem muito ruim no exterior; o Barão mudou a imagem do Brasil (para um país
pacífico, negociável, apaziguador); política externa é política de larga duração: se planeja hoje para as
próximas gerações.
-Iglecias pergunta: porque ele era monarquista? O pai do Barão era o cônsul do Brasil em Liverpool;
quando ocorreu a proclamação da República e D. Pedro II foi expulso com sua família, o Barão se solidarizou
com o monarca e sua família. O Barão associava a possibilidade de um Estado unitário à estabilidade
econômica do país, donde combateu levantes (Balaiada, Sabinada, Farroupilha); a separação de poderes
(legislativo, executivo e judiciário) da República x os federalistas (cada estado com autonomia política
própria);
-Colocação da colega: o texto deixa de lado a preocupação com os outros países; Iglecias pontua que
o Barão tinha uma posição de “desprezo” pelo sistema; ele se nega a participar da união junto à Argentina
(fala da aluna); ele tinha uma preocupação pragmática em relação aos EUA; José Martia+- trabalhou dentro
do New York Times (“Eu conheci o monstro por dentro”); “Doutrina Monroe” – “América para os americanos”;
José Martia falava da independência em relação aos EUA; donde devemos nos unir.
-Questão do Kevin: “A UNASUL morreu?” (motivado pela fala do Iglecias de que “vem aí o PróSul”,
conforme consta em https://br.sputniknews.com/americas/2019011413109385-unasul-prosul-colombia-
duque-venezuela/); Iglecias pontua que o palácio que era da UNASUL atualmente é usado para festas de
formatura.
- Fala do Iglecias: “Conquistar a Eurásia é conquistar o mundo”. Em plena Praça Vermelha, houve
recentemente um desfile militar conjunto envolvendo as topas russas e chinesas.
-O Barão sempre esperou mais dos EUA do que recebeu. “Sou o melhor aluno da turma e vocês não
reconhecem isso?”; os EUA mal respondiam ao Barão.
-Reflexão sobre elementos dissuasórios (armamentos, relembrando o falecido político Dr. Enéas
Carneiro): a água do mundo está acabando; logo, logo, vai ter só aqui; quem são os donos desse recurso?

-Próxima aula: retomaremos o texto do Barão e trataremos o texto do Vizentini.

Fim: 12h20.

18/03/2019
Início: 10h24

-Iglesias: reportou sobre a turma da noite que ficou atrasada em razão do problema com as chuvas em São
Paulo; reafirmou que a avaliação da disciplina será por meio de trabalho em grupo.

-Tema da aula de hoje: A política externa do Brasil e suas fases – texto de Paulo Vizentini

 Império – 1822 – 1889


 Portugal - Dependência assimétrica – Inglaterra
o Do texto do Vizentini: dependência assimétrica refere-se ao fato de um obter maior vantagem
que outro numa relação. No caso, Inglaterra sobre Portugal.
o Essa relação se manifesta na balança comercial:
 Séc. XIX: Brasil estabelece relação deficitária com a Inglaterra.
 Fala da Jéssica: a integração do Brasil ocorreu também por conta dos ciclos econômicos.
 Iglesias: observando o mapa do Brasil
1º. Ciclo econômico: Recôncavo baiano com a cana-de-açúcar
Meados do século XVIII – ouro em MG; decai a produção açucareira; escravos são direcionados
para a mineração; a Bahia também direciona mulas (moares) para o transporte de metais preciosos.

 Relação simétrica – Argentina

 Considerações sobre a maioridade de D. Pedro II


 Considerações sobre estremecimento de relações diplomáticas Brasil x Inglaterra

 Caso do navio inglês saqueado por marinheiros brasileiros:


o Questão Christie - Brasil rompe relações com a Inglaterra
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/questao-christie-brasil-rompe-relacoes-com-a-
inglaterra.htm

 Considerações sobre as primeiras universidades no Brasil


o No Brasil, a primeira instituição de ensino superior foi a Escola de Cirurgia da Bahia, criada em
1808. “Depois vieram as faculdades de Direito de São Paulo e de Olinda, em 1827”, diz a
historiadora Maria Lígia Coelho Prado, da USP. Já a primeira universidade a oferecer cursos
variados foi a do Rio de Janeiro, fundada em 1920.
Fonte:https://super.abril.com.br/mundo-estranho/onde-e-quando-surgiu-a-primeira-
universidade-2/

 República Velha – 1889 – 1930


o Consideração do Iglesias: “a Guerra do Paraguai produziu o Barão do Rio Branco”.
 Sai do ministério em 1912 frustrado com pouco reconhecimento dos EUA em relação ao
Brasil.

 Período Vargas – 1930 – 1945 (dois governos: 1930 a 1937 - 1937 a 1945)
o Revolução de 1930; crise nos EUA de 1929 impactando em corte de aquisição do café do Brasil;
a República Velha ruiu; ascende o Getúlio Vargas; implanta a industrialização por substituição
de importações; monta a indústria de base (substituindo a de bens e consumo leves).
o Período da estratégia da barganha
o Vargas “colocou o pé em várias canoas” (no sentido pragmático – se dar bem com todo mundo):
flerta com os EUA, dialoga com várias partes do mundo.

 Dutra – 1945 – 1950


o Quando o fascismo cai, Vargas cai.
o Há uma reversão na política de “por o pé em várias canoas”.
o Dutra reverte tudo que Vargas fez
o Procura ter boas relações só com os EUA

 Terceiro período Vargas – 1951 – 1954


o Campanha do “Petróleo é nosso”; destaque para Monteiro Lobato.
o O Brasil reafirma sua soberania: os recursos brasileiros são do Brasil.

 Juscelino Kubistchek – 1955 – 1960

Fim: 12h01
25/03/2019
Início: 10h30

-Iglesias: reportou que Anastácia está doente, donde não veio hoje; fez várias reflexões sobre assuntos
diversos - de sexualidade, passando pela bomba atômica brasileira que dificilmente poderá existir (graças a
Fernando Henrique Cardoso), igrejas evangélicas até previsões sobre a fragmentação do território brasileiro.

11h37
-Tema da aula de hoje: (CONTINUAÇÃO) A política externa do Brasil e suas fases – texto de Paulo Vizentini

 Império – 1822 – 1889

 República Velha – 1889 – 1930

 Período Vargas – 1930 – 1945 (dois governos: 1930 a 1937 - 1937 a 1945)
o Estratégia da barganha
 Uso de política externa para melhorar o bem-estar médio da população
 O Brasil deixar de ser uma “grande fazenda de café”; o país precisa criar um mercado
interno, donde se cria uma classe operária, criando uma indústria de base
 Dutra – 1945 – 1950
o Total alinhamento com os EUA

 Terceiro período Vargas – 1951 – 1954


o Nacionalização do petróleo; criação da PETROBRÁS
o Estado forte; Estado presente em vários setores da economia

 Juscelino Kubistchek – 1955 – 1960


o Pensou que o país precisava se integrar territorialmente com as rodovias: dar um grande salto
na economia brasileira.
o O Brasil passou a produzir carros e uma classe social que consumisse o automóvel (que até
então era importado).
o Para além da indústria automobilística, JK assinou tratado assegurando que o Brasil não teria
ferrovias para que as indústrias multinacionais pudessem ser viabilizadas aqui. Disto decorreu
o desenvolvimento das empreiteiras, sobretudo mineiras.
o Atração da indústria de bens de consumo duráveis

 Jânio/Jango
o Política externa independente: Jânio já começa o governo condecorando Che Guevara.
o Países não alinhados: o Brasil vai buscar ter boas relações com o restante do mundo (vide o
vice de Jânio - Jango - que estava na China estreitando relações entre os países).
o Jango comungava da visão política de Jânio: política externa bem eficiente pressupõe boas
relações com todo mundo.

Mundo dividido economicamente entre norte (colonizadores, Europa e EUA) e sul (colonizados);
depois entre leste (capitalismo) e oeste (socialismo; Josip Broz Tito - Marechal Tito – todo mundo
foi prestigiar o funeral dele).

 Período militar (1964 – 1985)


o Castelo Branco
o Costa e Silva
o Médici
o Geisel
 Pragmatismo econômico responsável
o Figueiredo

Fim: 12h00.

01/04/2019
Início: 10h32

10h32
-Iglesias solicitou que os alunos interessados em apresentar seminários montassem grupos de até 5
integrantes
 Tema: “O olho do dragão: relações Brasil - China” para 03/06/2019

-Tema da aula de hoje: (CONTINUAÇÃO) A política externa do Brasil e suas fases – texto de Paulo Vizentini

10h53
 Considerações sobre grupos com mesmo tema:
 Brasil x África
 Países lusófonos
 China
 Comércio exterior
 Investimentos e infraestrutura
 Restabelecimento das relações diplomáticas (reabertura do mercado)
 Nosso grupo:
o Imigração
 Biodiversidade
 Amazônia como a maior fronteira agrícola
 Relações internacionais x geopolítica
 Anos 80 – Sarney
 Redemocratização – como mostrar isso para o mundo
11h10
Sobre o trabalho
Não necessariamente o tema do seminário
Vale de zero a dez

11h14
 Período militar (1964 – 1985)
o Castelo Branco
o Costa e Silva
o Médici
o Geisel
 Pragmatismo econômico responsável
o Figueiredo
 Governo Lula
o Governo mais Keynesiano
o Muito parecido com governo Jango (segundo Anastácia)
Camilo Castelo Branco Costa e Silva Médici Geisel Figueiredo Sarney Collor Itamar FHC
POLÍTICA ETERNA Desmonte da PEI; Relativa independência e Alinhamento Diversificação
priorização dos EUA relação aos EUA aos EUA das parcerias
RFA, Japão e
China
Retoma
relações com
Venezuela
“Pragmatismo
ecumênico”
(*)
POLÍTICA INTERNA Relativa coexistência Forte endurecimento do Fortíssima Abertura: Continua a
com a oposição regime AI-5 repressão à lenta, gradual política de
oposição. e segura Geisel
ECONOMIA Medidas econômicas Medidas econômicas Milagre “Exportar é o Desastre
ortodoxas ortodoxas brasileiro que importa” econômico
II PND
(estatização)
*Tratado da proteção da Amazônia.

Fim: 12h06

08/04/2019
Início: 10h21

-Tema: Ditadura Militar e Guerra Fria


Texto base ...

10h25
Vídeo “O dia que durou 21 anos” (16 minutos sobre o governo Castelo Branco)

Fim: 1_h__

15/04/2019 -SEMANA SANTA


22/04/2019 -FALTEI: Governo Sarney
29/04/2019
Início: 10h28

-Tema: Momentos das reformas neoliberais no Brasil e política externa brasileira


Grupo da Luciana

Apresentação da Vitória
Globalização
Economia
Influência na política interna
Surgimento pós-Guerra Fria
Liberalização Econômica
GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio)
...
Exemplo consequências internas
Padrão Ouro e Sistema de Bretton Woods. Fala do Iglesias: contextualizando historicamente a
cidade de Bretton Woods; o padrão ouro e consequências; contexto do governo Nixon; impeachment; Jimmy
Carter e Reagan.
Dólar equivale ao ouro
Política monetária expansionista e arbitrária
Aumento de quantidade de dólares no mundo
Governos estrangeiros exigem restituição
Estoque de outro dos EUA cai
1971 – Dólar sem padrão ouro
Moedas sem definição para seu valor real
Inflação em escala global

Gráfico com a evolução do preço do barril de petróleo x evolução da taxa de câmbio (R$ por US$).

Brasil no contexto da globalização


Final da década de 80
Países da América Latina já haviam adotado reformas...
Desenvolvimento do processo político (Brasil século XX)
Linha do tempo de 1891 a 1990
O que ocorreu nos anos 30 – a quebra da Bolsa de Valores de NY
Introdução políticas populistas centralizadoras
Construção de um modelo desenvolvimentista
O Estado passa a ter papel mais ativo no desenvolvimento econômico.
Ditadura Militar (1964 – 1984)
Mantém características do modelo desenvolvimentista
Pós-ditadura: novos pesos e contrapesos
Checks and balances
Nova constituição de 1988
Eleições diretas para governadores de estado
Poder social e político foi amplamente distribuído...
Fala do Iglesias: governos que foram tolerantes com movimentos LGBT, causas indígenas. O governo FHC
inaugura uma nova pauta: direito à memória, meio-ambiente, lgbt, patrimônio imaterial (memória de quem
já morreu). FHC se beneficia um pouco disso por ser sociólogo.

10h47 – aviso do Patrick para contestar a instalação da base da PM no campus. Convocação de plenária
extraordinária; 5ª feira; em frente ao bandejão.

Fernando Collor de Mello (1990 – 1992) – exposição da Luciana


“dispunha de uma única bala para acabar com a inflação”
Característica de governo imperialista
1º presidente eleito em 29 anos
Pauta da eleição: “Caça aos marajás” de combate à corrupção
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=KN_bapW1gW4
(10h54)
Política interna: quebrou com a onda desenvolvimentista e o populismo
macroeconômico; plano Collor I e II; ... MAIS GRÁFICOS (sobre a inflação).
Política externa: integração regional; criação de um mercado comum estava prevista
para acontecer em 10 anos, mas fora reprogramada...
Política e policy-making no governo FHC (1995-2003) – exposição de outra colega do grupo da
Luciana.
Sobre FHC – “Ao escolher a mim para sucedê-lo a maioria absoluta dos brasileiros fez
uma opção clara pela continuidade do Plano Real”...

Fim: 11h55

13/04/2019

Início: 10h33
Anastácia – Dimensão sul-americana: MERCOSUL-UNASUL-CELAC
3 dimensões:
a) diplomacia econômica (realista)
b) diplomacia política (propositiva – propor novas iniciativas; novos temas; diferentes fóruns)
c) programa social (interno – externo: ampliação da cidadania, da rota do consumo) -> abertura
embaixadas (África-Ásia)

As bases do governo Lula e sua política externa


-> Celso Amorim – MRE (Democratização das Relações Internacionais)
*SAMUEL GUIMARAES – Secretário geral
MARCO AURÉLIO GARCIA – Secretário de RE da Presidência
Ajuste
IBAS
BRICS G20

10h45
Wagner Iglecias - Sobre a pauta do governo Lula de abordar a questão da fome: erradicar a fome no planeta.

 Levar a pauta de política interna (“Fome zero”) para a política externa.


 Pauta da segurança alimentar e soberania alimentar.
o Segurança alimentar: o mandatário do país, via políticas sociais, fazer com que todas as
pessoas daquele país conseguirem 3 alimentações diárias. A Noruega tem há anos, outros países
subdesenvolvidos, não.
o Soberania alimentar: agricultura para o mercado interno (agricultura familiar) o que sobrar
disponibiliza para a produção de commodities.
 O Brasil não está conseguindo nem uma e nem outra. Grande parte da agricultura brasileira é destinada
para comércio externo.
o O conceito de Soberania Alimentar nasce de um contraponto do conceito de Segurança
Alimentar estabelecido pela FAO, pois compreende-se que um povo, para ser livre, precisa ser
soberano e essa soberania passa pela alimentação. O Movimento dos Pequenos Agricultores
(MPA), assim como a Via Campesina Internacional, compreende que Soberania Alimentar é o
direito dos povos a definir suas próprias políticas e estratégias sustentáveis de produção,
distribuição e consumo de alimentos, que garantam o direito à alimentação a toda a população,
com base na pequena e média produção, respeitando suas próprias culturas e a diversidade dos
modos camponeses de produção, de comercialização e de gestão, nos quais a mulher
desempenha um papel fundamental. Para além disso, é um direito que os povos têm a produzir
seus próprios alimentos.
Fonte: https://mpabrasil.org.br/artigos/soberania-alimentar-deve-ser-debatida-pelo-conjunto-da-
sociedade/

o Agricultura familiar # Agricultura de subsistência: na economia familiar, a produção é


destinada ao mercado; na de subsistência produção é para consumo próprio e não se chega ao
mercado.

Fala do Iglesias - Qualquer país sério é pragmático; os líderes mundiais continuam se relacionando com o
ditador saudita, mesmo sabendo que ele é o mandatário do assassinato do jornalista na embaixada saudita.
Se o Brasil partir para uma relação internacional baseada em ideologia correrá o risco de suspender comércio
com parceiros importantes e comprometer a economia brasileira. Haja vista que a China é um importante
parceiro comercial do Brasil. “Não podemos brincar de ideologia”.

11h17
Sandra de Gerontologia + Anderson de GPP + Lisandra representante discente: vieram trazer informes sobre
a plenária dos três setores (alunos, professores e servidores administrativos) às 13h-Anfiteatro verde. Às
17h30-Anfiteatro 2: discussão dos rumos da mobilização eachiana para a paralisação na quarta-feira. Também
na 4ª feira acontecerá reunião da congregação para discussão da PM no campus. 4ª feira – 09h00 no queijo:
concentração.

11h32
Retomando a aula – Anastácia:
-MERCOSUL
–UNASUL (2004 – Reunião de Lima): todos os países exceto Suriname e Guiana; hoje todos os países latino-
americanos.
Pilares: defesa – predominavam os blocos de dominação; criou-se o conselho sulamericano de defesa.
Transparência dos atos de defesa: haveria uma ação de cada país de mostrar para outros o que estava sendo
tratado belicamente. O país que mais participava era a Venezuela. Funcionava a partir de conselhos
intersetoriais: de saúde, de luta contra o narcotráfico, de observação eleitoral (para averiguar tentativas de
golpes de Estado), eram uns 12 conselhos. As decisões são tomadas por CONSENSO na UNASUL.
(Presidentes da Argentina: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_presidentes_da_Argentina)

11h57
Iglecias – Estados desenvolvimentistas (investem muito na economia) – anos 30/40 a 70/80; faliu; depois vem o ciclo
neoliberal; depois o ciclo de esquerda; agora, vemos outro ciclo neoliberal de novo. Sobre Trump, não é certo que se
reelegerá. Ao que parece este novo ciclo da direita irá durar menos; há hipótese de que o governo de esquerda irá voltar
brevemente. Por outro lado, ter muita mudança nas políticas do Estado não é muito bom, pois desestabiliza o que já está
em andamento.

12h00
Anastácia retoma sobre as “missões de paz” na política externa (de Lula). Eram para ajudar a reconstruir o Haiti ou para
tratar de direitos humanos?

12h04 – dúvidas com relação à apresentação dos seminários (o grupo de hoje já foi embora); Iglesias pontua
que teremos que acelerar as próximas apresentações (comparação com o avião que sai atrasado: o piloto
acelera durante a viagem e acaba chegando no horário ao destino ).
13/04/2019

10h24
Iglesias reportou que hoje trataremos o período da política externa do governo Lula.

10h48
...Anastácia expunha:
-Ministro da Fazenda em 2008 – Guido Mantega;
-Segundo mandato Lula (01/01/2007 – 31/12/2010):
--Estratégia: Autonomia pela diversificação -> postura do Brasil
--Contexto:
---Crise de 2008 (EUA-Europa)
---G20 substituindo o G7?

...
11h07
-BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China (e South Africa ainda por ser incorporada)
--Seria um espaço de economia internacional; um dos requisitos seria ter uma economia emergente.
--Organizações criadas a partir de Bretton Woods.
--Bloco com pouca densidade institucional.
Definindo um sistema de regras, instituições e procedimentos para regular a política econômica internacional,
os planificadores de Bretton Woods estabeleceram o Banco Internacional para a Reconstrução e
Desenvolvimento (International Bank for Reconstruction and Development, ou BIRD) (mais tarde dividido entre
o Banco Mundial e o "Banco para investimentos internacionais") e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Essas
organizações tornaram-se operacionais em 1946, depois que um número suficiente de países ratificou o
acordo.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordos_de_Bretton_Woods

...
11h32
Anastácia apresentou vídeo “El renascimento de la paria grande – 10 años de No al ALCA – 05-11-15 (3 de 4)”
(https://www.youtube.com/watch?v=iJdcYr1Dugk)

12h00
Final da exposição do documentário. Panamá e México defendiam os EUA.
Bush desejava uma nova data para continuar negociando, mas isto também não foi aceito. Também foram
importantes as manifestações populares contra a ALCA.

12h02 fim
ANEXOS
Comunicado do professor.

Prezadxs estudantes,
envio esta mensagem para informar que o início das aulas da disciplina ACH 0051 - Estudos Diversificados I será no dia 25/02,
após a Semana de Recepção dos Calouros. A temática da disciplina será História da Política Externa Brasileira.
Abraços e até lá
Prof. Wagner Iglecias

REFERENTE À AULA DE 18/03/2019

Questão Christie - Brasil rompe relações com a Inglaterra.

Durante o 2° Reinado, as relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra ficaram bastante comprometidas, em razão dos
episódios conhecidos como Questão Christie. William Dougall Christie era embaixador britânico no Brasil havia dois anos
quando um incidente envolvendo um navio inglês, sucedido por outras contendas entre os dois países, levou o imperador
D. Pedro 2° a romper formalmente as relações diplomáticas com a Inglaterra.

A Questão Christie entrou para a história brasileira como um dos episódios mais marcantes no campo das relações
internacionais. Ao lado das divergências com os ingleses, a Guerra do Paraguai seria outro acontecimento que pautaria
nossa política externa na segunda metade do século 19, com reflexos, inclusive, sobre os destinos do Império.

O naufrágio do Prince of Wales Em abril de 1861, o navio Prince of Wales, que partira de Glasgow, na Escócia, rumo a
Buenos Aires, encalhou próximo à costa do Rio Grande do Sul, já em águas brasileiras. No naufrágio, 12 marinheiros
acabaram morrendo. Os sobreviventes abandonaram o navio e seguiram em direção à cidade de Rio Grande para
comunicar o fato às autoridades brasileiras. O Prince of Wales, contudo, ficou abandonado, encalhado em alto-mar.
Enquanto a tripulação do navio estava em terra, populares que tinham ouvido falar do naufrágio e da carga que a
embarcação transportava, saquearam o navio, roubando louças, lenços, azeites e vinhos.

Quando os marinheiros voltaram ao Príncipe of Wales, viram que a carga tinha sido furtada. A tripulação contatou o
embaixador Christie, que, por sua vez, solicitou a d. Pedro 2° um pedido formal de desculpas e a indenização pelos danos.
O imperador, contudo, negou-se a atender os pedidos do embaixador inglês. Começava, assim, a contenda entre os dois
países.

A prisão dos marinheiros ingleses.

No ano seguinte, alguns marinheiros ingleses - vestidos em trajes civis - foram detidos no Rio de Janeiro. A acusação que
pesava sobre eles era a de que, bêbados, teriam se envolvido numa briga com oficiais da marinha brasileira, provocando
tumulto na então capital do Império. Assim que a polícia identificou os marinheiros, estes foram soltos. Na época, o
ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Antônio Coelho de Sá e Albuquerque, escreveu ao embaixador inglês
solicitando que os marinheiros fossem colocados à disposição das autoridades brasileiras.

William Christie, porém, aproveitou-se da nova controvérsia para retomar o episódio anterior. Em reunião com d. Pedro
2°, Christie exigiu o pagamento de uma indenização referente ao saque do Prince of Wales e à prisão dos marinheiros
brasileiros envolvidos na briga no porto do Rio de Janeiro, ameaçando fechar a Baía de Guanabara com navios da marinha
britânica, caso não fosse atendido - o que nunca chegou a se concretizar.

O rei da Bélgica é chamado.

Em 1863, um novo episódio estremeceria as relações entre Brasil e Inglaterra. Uma esquadra inglesa que zarpara do Rio
de Janeiro aprisionou navios mercantes brasileiros que estavam em alto-mar. D. Pedro encaminhou ao governo inglês um
pedido formal de desculpas e indenização. Diante da resposta negativa, o imperador decidiu romper as relações
diplomáticas com a Inglaterra. Aquele era o ponto alto de um processo de desgaste entre os dois países que se arrastava
desde a década de 1850 - entre outras coisas, por conta das pressões inglesas pela abolição do tráfico negreiro. Como não
existia, na época, um organismo internacional para intermediar os conflitos entre países, Brasil e Inglaterra, contudo,
continuaria rompida por mais dois anos, sendo restabelecida apenas em 1865, já no contexto da Guerra do Paraguai.

Vitor Amorim de Ângelo é historiador, mestre e doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos.
Atualmente, é professor de história da Universidade Federal de Uberlândia.

Fonte:https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/questao-christie-brasil-rompe-relacoes-com-a-
inglaterra.htm

Consideração do Iglesias: “a Guerra do Paraguai produziu o Barão do Rio Branco”; sobre a estátua do barão
no bairro de Campos Elíseos, centro de São Paulo:
 As estátuas equestres são usadas para homenagear pessoas usando a simbologia do posicionamento das
patas do cavalo. Quando as quatro patas do cavalo estão no solo, significa que o homenageado morreu
de causa natural. Se uma das patas estiver no ar, quer dizer que ele morreu de ferimentos resultantes
de uma batalha. Se duas patas estiverem levantadas, significa que ele morreu em batalha.
Fonte: http://o-cavalo.blogspot.com/2015/07/estatuas-equestres-simbologia.html

Estátua de Duque de Caxias na praça Princesa Isabel, Campos Elíseos, São


Paulo.
Fonte: http://www.saopauloantiga.com.br/monumento-a-duque-de-caxias/

REFERENTE À AULA DE 25/03/2019

Filme: Zuzu Angel.


Nos anos negros da ditadura, Zuzu Angel era uma estilista de sucesso que conquistava o
mundo com o seu talento, até que seu filho Stuart desapareceu nas mãos dos militares e foi
torturado e morto.
Data de lançamento: 27 de julho de 2006 (mundial)
Direção: Sérgio Rezende
Roteiro: Sérgio Rezende; Marcos Bernstein
Idioma: Língua portuguesa
Lançamento: 4 de agosto de 2006
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Zuzu_Angel_(filme)

Você também pode gostar