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N3 – CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS

LAJES, COBERTURAS E DRENAGEM.

Lajes e drenagem: água pluvial

Materiais: calhas, tubos e conexões.

Cobertura horizontal da laje

 Projetadas para evitar empoçamento, exceto aquele tipo de acumulação


temporária de água, durante tempestades, que pode ser permitido onde a
cobertura for especialmente..
 As superfícies externas precisam ter declividade mínima de 0,5% de modo que
garanta o escoamento da água pluvial, até os pontos de drenagem previstos;
 A drenagem tem de ser feita por mais de uma saída, exceto nos casos em que
não houver risco de obstrução;
 Laje de cobertura impermeabilizada;

Drenagem de cobertura:

 Calha de platibanda: formato retangular ou quadrado e semicircular;


 Calha de beiral.

Os trechos da linha perimetral da cobertura e das eventuais aberturas nas coberturas


(ex.: claraboias) que possam receber água em virtude do caimento devem ser dotados
de platibanda ou calha.

Pesquisar sobre as marquises e varandas.

IMPORTANTE: A declividade das calhas e condutores horizontais devem ser uniformes


e nunca inferior à 0,5% (5mm/m).

COBERTURA

Tem por finalidade assegurar a vedação superior do espaço habitável, protegendo-o


das intempéries e garantindo o escoamento da chuva.

Características desejáveis: impermeabilidade,..


Componentes da cobertura:

 Estrutura de madeira;
 Telhado;
 Sistema de captação de água pluvial.

Estrutura de madeira

A estrutura dos telhados tem como função principal a sustentação e fixação das telhas
e a transmissão dos esforços solicitantes para os elementos estruturais, garantindo a
estabilidade.

IMPORTANTE:

Não deverão ser utilizadas estruturas de madeira que apresentam defeitos:

 Apresentarem alto teor de umidade;


 Não ajustarem-se nas ligações;
 Apresentarem desvios dimensionais;
 Mostrarem sinais de deterioração, por ataque de fungos, cupins.

IMPORTANTE:

 As vigas de madeira empregadas como suportes para as caixas d’água terão de


receber pintura impermeabilizada.
 A argamassa a ser empregada no emboçamento das telhas cerâmicas precisa
ter boa capacidade de retenção de água, não ser muito rígida e apresentar boa
aderência ao material cerâmico. Traços adequados: 1:2:9 e 1:3:12 (argamassa
mista).

Condições para o início dos serviços:

 A laje a ser coberta deve estar desobstruída e limpa;


 A caixa d’água, o barrilete e as calhas tem de estar instaladas;
 A alvenaria de platibanda, de oitão e de pilarete (de apoio de terça) precisa
estar concluída;
 A madeira tratada com imunizantes.

Execução dos serviços

 Montagem e posicionamento das tesouras;


 Colocação das terças laterais;
 Colocação das terças de cumeeira;
 Colocação das terças intermediárias;
 Colocação dos caibros;
 Colocação das ripas;
 Colocação das telhas.

Cuidados: alinhamento, nivelamento, espaçamento, fixação, parafusos, conexões e


qualidade das telhas.

ESQUADRIAS, FERRAGENS E VIDROS

A esquadria é definida como elemento de fechamento de vãos de edificações,


fornecendo segurança.

Uma boa esquadria deve atender quesitos de durabilidade ao ar e a água deve atender
quesitos de durabilidade ao ar e a agua, além de apresentar facilidade de manuseio,
sem exigir esforço do usuário nas operações de abrir e fechar.

Funções:

 Iluminação: promover a iluminação de um local por meio da entrada de luz;


 Ventilação: promover a renovação do ar do ambiente pela entrada do ar
externo;
 Isolamento: contribuir para o conforto térmico e acústico do ambiente;
 Acesso: permitir o controle da entrada e saída (trânsito de pessoas).

Características:

 Estanqueidade do ar: os sistemas de esquadrias devem proteger os ambientes


internos da edificação das infiltrações do ar, os quais podem causar prejuízo ao
conforto do usuário e/ou gastos adicionais de energia na climatização do
ambiente, tanto no calor como no frio.
 Estanqueidade à agua: os sistemas devem proteger o ambiente interior da
edificação das infiltrações de água provenientes de chuvas acompanhadas ou
não de ventos;
 Resistências a cargas uniformemente distribuídas: os sistemas devem suportar
pressões de vento estabelecidas nas normas técnicas;
 Resistência a operação do manuseio: os sistemas de esquadrias devem
suportar aos esforços provenientes de operações e manuseios prescritos nas
normas;
 Comportamento acústico: características das esquadrias em atenuar, quando
fechadas, os sons provenientes de ambientes externos, compatibiliza com as
condições de uso e as normas técnicas.
Classificação:

As esquadrias podem ser classificadas de acordo com a sua função, com o tipo de
material e quanto à manobra de abertura.

 Quanto à função, elas são divididas em quatro grupos: portas, janelas, ...
 Quanto ao material elas podem ser de: madeira, alumínio, aço, sintéticas ou de
vidro.
 Quanto à manobra de abertura: giro, de correr, de embutir, maximar, pivotante
e etc.

Portas

Podem ser de giro, de correr, externas a parede ou embutidas, retrátil.

São compostas de batente (caixa de porta), folha, guarnição (alisar ou vista) e


ferragens.

 Batente, caixa de porta ou caixilho: é um elemento fixo nas alvenarias, onde se


prende a folha da porta e que tem um rebaixo (jabre) contra o qual a folha de
porta se fecha. É aparente e exige proteção e cuidados quando de sua
colocação durante a obra.
A largura do batente varia com o tipo de parede, se meio tijolo, se tijolo inteiro
e também em função do tipo de revestimento que a parede irá receber.
 Guarnição: é também chamado de alisares ou vistas, consiste num acabamento
colocado entre o batente e a alvenaria para esconder as folhas existentes entre
eles. Tem várias larguras, variando de 5, 7 e 9 cm, que são padronizadas
comercialmente, entretanto nada impede que o arquiteto projete fora dessas
dimensões.
 Folha: é a única parte móvel da porta e, quando é do tipo de articulação, o
sentido de abertura é à direita ou à esquerda de quem olha a porta, do lado em
que não aparecem as dobradiças. É ela que veda e abre o vão. Devem dispor de
reforço para fixação de fechadura e dobradiças;
 Ferragens: são peças metálicas para sustentação, fixação e movimentação de
esquadrias. A qualidade da ferragem vai determinara o funcionamento do
conjunto, garantir a durabilidade e estética de portas, janelas, portões e gradis.
 Dobradiças: são peças fabricadas em ferro (oxidadas, zincadas, niqueladas ou
escovadas), em bronze ou latão (liga de cobre em níquel) que sustentam e
permitem a movimentação da esquadria. São constituintes de duas chapas,
denominadas asas, interligadas por um eixo vertical chamado piso, podendo
ainda ter outros elementos conforme uso.
 Fechadura: são mecanismos instalados nas portas, portões e janelas para travar
sua abertura, garantir a segurança.

Componentes de portas e janelas:

a) Contratesta;
b) Espelho;
c) Rosetas;
d) Maçanetas;
e) Puxadores;
f) Ferrolho: peça utilizada para prender a folha na soleira ou peitoril, quando
houver duas folhas.
g) Tarjetas: semelhantes aos ferrolhos, utilizadas para portinholas e portas de box
ou sanitários, podendo ser executadas em peças mais robustas, com porta
cadeado, para portas e portões externos;
h) Fixadores e prendedores: são peças variadas, fixadas no rodapé, no soalho e na
folha das esquadrias ou caixilhos, com o objetivo de fixar a folha para que ela,
sobre a ação do vento, não venha bater.

Porta corta fogo

Conjunto de folha de porta, batente, núcleo de isolação térmica e os seus acessórios,


que atende, em especial o disposto à resistência ao fogo.

Função principal: impedir ou retardar a propagação do fogo, calor e gases de um


ambiente para outro.

Classificação

 Classe P30: tempo de resistência mínima ao fogo de 30 minutos;


 Classe P60: tempo de resistência mínima ao fogo de 60 minutos;
 Classe P90: tempo de resistência mínima ao fogo de 90 minutos;
 Classe P120: tempo de resistência mínima ao fogo de 120 minutos.

Funcionamento: devem permanecer sempre fechadas, porém destrancadas. Devem


abrir no sentido da vazão.

Janelas

Componentes das edificações, as janelas incorporam um sistema de partes fixas e


móveis, incluindo acessórios que se encaixam e se ajustam para permitir o seu
funcionamento.
Assim, as janelas são classificadas de acordo com a movimentação de suas folhas. Para
atender as exigências de circulação de ar e conforto, dispõe-se de diferentes tipologias
de janelas.

Controlam o fechamento de um vão à iluminação e à ventilação.

Classificação: de correr, guilhotina, maximar, projetante, e de tombar, de abrir (eixo


vertical), pivotante, basculante, sanfonada.

Compostas de batentes, guarnição, vidraça, veneziana e ferragem.

 Batentes: é do tipo marco, pois não atinge a espessura total da parede. É


formado por dois montantes (peças verticais) e duas travessas, uma superior e
outra inferior, formando um quadrado.
 Guarnição: mesma função que nas portas.
 Vidraça: claro da janela. É composta de um quadro com ou sem baguetes onde
são fixadas os vidros com massa de vidraceiro (não adequado) ou borrachas
(adequado).
 Veneziana: é chamada também de escuro. É a vedação da janela contra a
entrada da claridade, permitindo alguma ventilação, mesmo quando fechadas.
Cada folha de veneziana é composta de dois montantes e duas travessas,
superior e inferior, e as palhetas que preenchem o quadro.
 Caixilho:
 Caso sejam industrializados, ler atentamente os manuais de instalação
em manuseio;
 Normalmente são de alumínio e PVC possuem um contramarco que
deve ser assentado quando do levante da alvenaria (ou após) e somente
na fase final de acabamento é que os caixilhos são colocados.
 Podem sofrer manchas em contato com placas cimentícias: remover
imediatamente os respingos.

Esquadrias de madeira – fixação

Serviços preliminares:

a) A alvenaria deve estar concluída e os vãos das coberturas aprumados e nas


dimensões determinadas pelo projeto;
b) O nível do piso deve estar rigorosamente marcado com taliscas (mestras) até
seu nível final;
c) Não deu tempo de copiar o resto 

Transporte e armazenagem
a) Os batentes montados e travados;
b) Também não deu tempo de copiar 

Fixação dos batentes:

a) Posicionar o batente junto ao vão apoiando os pés dos montantes no nível do


piso acabado, ajustando o prumo e mantendo folgas iguais em ambos os lados
dos montantes;
b) Usar cunhas somente para garantir que o prumo não seja alterado até a fixação
final;
c) Acertar o alinhamento usando régua de alumínio posicionada no plano da
parede acabada (mestras);
d) Verificar o prumo e nível em todas as faces dos montantes e da travessa antes
de realizar a fixação;
e) Realizar a fixação com argamassa ou espuma expansiva. No caso de fixação
com espuma expansiva de poliuretano, a superfície das faces deve estar
chapiscada e emboçada, limpa e levemente umedecida;
f) Preferencialmente conservar os sarrafos de travamento por alguns dias até que
a madeira absorva a umidade natural do local e no mínimo o travamento do pé,
evitando assim o empenamento das peças;
g) Depois de conferidos novamente o nível, o prumo e esquadro, esperar alguns
dias para a fixação das folhas.

Fixação das esquadrias:

a) Encostar a folha da porta no encaixe do batente para verificar as folgas e


ajustes;
b) Manter 3 mm de folga entre a folha da porta e batente (montantes e travessa);
c) Manter 8 mm de folga entre a folha da porta e piso;
d) Marcar e colocar as dobradiças, usando ferramentas adequadas (furadeiras,
brocas, plainas e ponteiros);
e) Colocar a fechadura na porta e furos no batente para lingueta e trinco;
f) Testar o funcionamento, fazer ajustes;
g) Cortar, ajustar e pregar as guarnições (pode ficar para depois da pintura);
h) Manter as folhas das portas fechadas ou travadas com cunhas para evitar que
batam com o vento.

Esquadrias de alumínio – fixação

Em geral, a instalação dos caixilhos de alumínio é feita por pessoal especializado, que
pode ser da própria fornecedora dos caixilhos ou por empreiteiro indicado pela
mesma. De qualquer forma, é importante que o engenheiro tome alguns cuidados,
nesta fase da obra, para assegurar o perfeito funcionamento das janelas e portas de
alumínio. Quase sempre, as etapas que antecedem a instalação dos caixilhos são o
revestimento interno e externo.

Serviços preliminares:

a) A alvenaria deve estar concluída, com vãos de aberturas com folgas de 3 a 7 cm


de cada lado, em cima e embaixo;
b) No caso de edifícios altos, preferivelmente, a estrutura deverá estar concluída
para que seja possível aprumar os contramarcos a partir de fio de prumo
externo;
c) As taliscas (mestras) das paredes internas também devem estar indicando o
plano final do acabamento;
d) Internamente deve haver uma referencia de nível do peitoril em relação ao
piso acabado.

Assentamento do contramarco:

PESQUISAR

Fixação:

a) Os caixilhos devem vir embalados em plásticos e identificados (tipo, andar, etc),


preferencialmente em época próxima de sua instalação para evitar que fique
por muito tempo exposto às condições de obra;
b) O armazenamento na obra deve ser feito em local seguro, afastado da
circulação de pessoas e equipamentos, seco, coberto livre de poeira;
c) Após instalados, a limpeza pode ser feita com água e detergente neutro com
até 10% de álcool (jamais utilizar esponjas de aço ou de fibra, que possa riscar);
d) As superfícies de alumínio não podem ser expostas ao contato com cimento,
argamassa, ou mesmo resíduo aquoso desses materiais, ou com ácido
clorídrico, pois haverá uma reação química na superfície com a formação de
manchas na superfície.
e) As peças devem ser colocadas sobre calços, na vertical, encostadas umas nas
outras e separados por cunhas de madeira, papelão ou pedaços de carpetes;

Importante: a boa instalação requer um contramarco perfeito e verificação constante


do nível e do prumo. Outro ponto crítico é a calefação do vão entre a esquadria e o
contramarco, para evitar infiltrações de água de chuva.
VIDROS – INSTALAÇÃO

a) A instalação de vidros, assim como todo manuseio, deve ser executada apenas
por pessoa especializada, geralmente pela própria fornecedora do vidro;
b) Por se tratar da fase final da obra, a movimentação de materiais já deve estar
terminada, bem como todo o revestimento (paredes, piso, teto) executado;
c) Os requadros dos vãos devem ser perfeitos para promover o correto encaixe
das peças. O requadro bem feito de um vão é parte integrante do caixilho;
d) No caso de instalação de vidros em esquadrias de ferro, cuidar para que antes
da colocação dos vidros a esquadria seja protegida com base (zarcão ou primer)
e pintada na parte interna para evitar posterior defeito estético;
e) Na colocação dos vidros, recomenda-se usar massa ou borracha dupla (parte
interna e externa). Esse procedimento evita o acúmulo de sujeira entre o
caixilho e o vidro;
f) Depois de assentadas, as placas de vidros devem ser pintadas com um X, bem
visível e com tinta látex, devendo permanecer assim sinalizadas até a limpeza
final da obra;
g) Na limpeza final, evitar o uso de produtos químicos, devendo-se utilizar água
limpa, detergente neutro e pano seco ou produto limpa vidros apropriado.

REVESTIMENTO E ACABAMENTO

Revestimento é o conjunto de camadas que cobrem a superfície da estrutura ou o


vedo desempenhando funções específicas.

Funções:

 Proteger as vedações e a estrutura contra a ação de agentes agressivos e evitar


a degradação precoce das mesmas, aumentar a durabilidade e reduzir os custos
de manutenção dos edifícios;
 Auxiliar as vedações a cumprir os seus requisitos: isolamento, estanqueidade;
 Funções estáticas;
 Regularização da superfície.

Propriedades

 Aderência: limpeza da base;


 Resistência mecânica;
 Capacidade de absorver deformações;
 Estanqueidade à água;
 Durabilidade.
Como obter um revestimento sem fissuras?

 Teor e natureza dos agregados: a granulometria deve ser contínua e com teor
adequado de finos, uma vez que o excesso destes irá aumentar o consumo de
H2O de amassamento e com isto, induzir a uma maior retração de secagem do
revestimento;
 Capacidade de absorção de H2O da base: as condições ambientais e capacidade
de retenção de água da argamassa podem regular a perda de umidade do
revestimento durante seu endurecimento;
 Juntas de dilatação: evitam que as tensões sejam propagadas;
 O chapisco é opcional para paredes internas;
 Sarrafear: cortar a massa.

Classificação:

a) Quanto ao número de camadas: uma camada, várias camadas;


b) Condições de exposição: internas e externas;
c) Quanto ao plano de aplicação: vertical e horizontal.

Camadas de revestimento de argamassa

a) Emboço (massa grossa): é base tanto para outros revestimentos quanto para
uma segunda camada de revestimento de argamassa – o reboco;
b) Reboco (massa fina): é uma camada de acabamento sobre o emboço, sobre a
qual irá ser aplicada a pintura;
c) Massa paulista (massa única): revestimento de argamassa aplicada em camada
única, acabamento que pode receber pintura.

Condições para inicio dos serviços:

 Preparo do substrato: remoção de desmoldante, óleos ou sujeiras. Retirar


materiais estranhos (pregos, arames, pedaços de madeira);
 Realização de teste do sistema de instalações prediais;
 Realização do encunhamento da alvenaria;
 Fixação dos peitoris;
 Realização do chumbamento dos marcos e contramarcos;
 Preenchimento dos vazios provenientes dos rasgos para embutimento da
tubulação nas paredes, depressões, furos e outros;
 Fechamento dos vãos das tubulações das prumadas com emprego de telas.

Chapisco

 Não deve ser considerada uma camada de revestimento;


 É um procedimento de preparação da base, de espessura irregular, sendo
necessário ou não, conforme a natureza da base;
 A utilização do chapisco objetiva melhorar as condições de aderência da
primeira camada do revestimento à base, em situações críticas, basicamente
vinculadas a dois fatores:
 Limitações na capacidade de aderência da base quando se tratar de
superfícies muito lisas e/ou com porosidade inadequada (concreto, por
exemplo); e bases com capacidade de sucção incompatíveis com uma
boa aderência...
 Revestimentos sujeitos à ações de maior intensidade: é o caso dos
revestimentos externos em geral, sujeitos a condições de exposição
mais severas, que irão provocar ações mecânicas de maior intensidade
na interface base/revestimento; e dos revestimento de tetos, cuja
aplicação em planos horizontais exige uma capacidade de aderência
maior, tanto da argamassa no estado fresco, quanto no estado
endurecido, devido as ações gravitacionais e possíveis deformações da
laje.
 A sua composição é de cimento e areia grossa, na proporção 1:3.
 Chapisco é uma ponte de aderência.

Aditivo adesivo para chapisco

Proporciona grande aderência da argamassa sobre os mais diversos substratos. Sua


ação adesiva só surtirá efeito quando for misturado à argamassa de cimento (sem cal).
Não poderá ser utilizado puro (como pintura).

Adicioná-lo à água de amassamento na proporção indicada pelo fabricante.

Em superfícies muito lisas, terão de ser lavadas, escovadas ou até mesmo aprovadas.

Execução do chapisco

 Após a preparação do substrato, molhar previamente a superfície que irá


receber o chapisco utilizando broxa;
 Lançá-lo energicamente, de uma distância aproximada de 1 metro da superfície
que irá recebê-la. Deve ser projetado de baixo para cima (Por que o que
escorrer, escorre no que já foi chapiscado);
 Em estrutura de concreto, pode ser aplicado com desempenadeira dentada ou
rolo;
 Espessura máxima de 5 mm;
 Deve ser aplicada nas superfícies horizontais e verticais da estrutura de
concreto e verticalmente nas superfícies de alvenaria.
EMBOÇO

O emboço, ou massa grossa, é uma camada cuja principal função é a regularização da


superfície de alvenaria, devendo apresentar espessura média entre 15 e 25 mm. É
aplicado diretamente sobre a base previamente preparada (com ou sem chapisco) e se
destina a receber as camadas posteriores do revestimento – reboco ou outro
revestimento final.

 Para obtenção de superfície áspera apropriada à aplicação de qualquer


acabamento, recomenda-se a utilização de areia de granulometria média ou
grossa e de desempenadeira de madeira;
 Traços mais utilizados:
 Emboço externo: 1:1:4 (cimento, cal e areia);
 Emboço interno: 1:1:6

Execução

 Preparar o substrato: remoção de sujeiras ou incrustações e materiais como


prego e pedaços de madeira;
 As tubulações e caixas de derivações devem estar chumbadas e protegidas com
bucha de papel amassado;
 Preencher, com argamassa, os vazios, quebras parciais de blocos, depressões;
 Inicialmente, deve-se molhar o painel que irá receber o emboço. Isto, se o
emboço for aplicada diretamente na alvenaria;
 Em seguida são executadas as mestras, faixas de argamassa mista, onde serão
fixadas pequenas taliscas cerâmicas, por onde iremos tirar ou fixar prumos,
alinhamentos e a espessura do emboço ao longo da parede;
 Preenche-se com argamassa, ao longo do sentido vertical, os intervalos das
faixas, de modo que fiquem com a mesma espessura;
 Após a execução das guias, lança-se o emboço sobre a parede de uma distância
aproximada de 80 cm, de maneira energética, de baixo para cima. Em seguida a
este lançamento, que se chama chapear, deverá ser utilizada a colher de
pedreiro para comprimir a argamassa contra a parede com o objetivo de
melhor fixar a argamassa no painel, bem como retirar as bolhas de ar;
 Após chapear, espera-se o momento certo para sarrafear a superfície.
Sarrafeamento é um movimento de zigue-zague, com o objetivo de retirar o
excesso de argamassa entre as guias. Se houver falta, preencher com novas
chapadas nessas depressões e voltar a sarrafear.
 No teto usa-se nível, não prumo.
REBOCO

 Reboco, ou massa fina, é a camada de acabamento dos revestimentos de


argamassa;
 É aplicado sobre o emboço e sua espessura é apenas o suficiente para
constituir uma película contínua e íntegra sobre o emboço, não devendo
ultrapassar 5 mm;
 É o reboco que confere a textura superficial final aos revestimentos de
múltiplas camadas, sendo a pintura, em geral, aplicada diretamente sobre o
mesmo;
 Poderá ser aplicada 24hrs após a pega completa do emboçio;
 Não poderá secar rapidamente;
 Reboco industrializado interno: argamassa fina industrializada para interiores;
 Reboco industrializado externo: argamassa fina industrializada para fachadas
(material hidrófugo).

Execução

 Molha-se o emboço, coloca-se a argamassa para reboco na desempenadeira e


comprime-se de baixo para cima a desempenadeira com a argamassa no
emboço, de maneira que se obtenha uma espessura de 3 a 5 mm. Em seguida,
com um movimento circular, com a desempenadeira procura-se diminuir a
espessura e ao mesmo tempo uniformizar a superfície de modo a obter uma
espessura final de 2 a 3 mm, que garantirá o não fissuramento.
 Quando a argamassa estiver secando, desempena-se mais uma vez, tendo o
cuidado, nesta etapa, esborrifar água para desempenadeira correr no
movimento circular, tirando toda a marca dos grãos maiores de areia que
deslizaram riscando o painel no primeiro desempeno.
 Este revestimento, após completamente seco, estará apto para receber
pintura.

MASSA ÚNICA OU MASSA PAULISTA

É o revestimento com acabamento em pintura executado em uma única camada.


Neste caso, a argamassa utilizada e a técnica de execução deverão resultar em um
revestimento capaz de cumprir as funções tanto do emboço quanto do reboco, ou
seja, regularização de base e acabamento.
Execução

Preparação do substrato

 Pontear (fixar) a tubulação (instalações);


 Testar as instalações hidráulicas;
 Proteção das tubulações com telas;
 As tubulações e caixas de derivações devem estar chumbadas e protegidas com
bucha de papel amassado;
 Aplicação do chapisco (se necessário);
 Após o sarrafeamento da massa única é borrifado água no revestimento e
aplicado uma desempenadeira de madeira para obter um aperfeiçoamento
para a pintura.

PASTA DE GESSO

 Utilizado como revestimento interno de áreas secas;


 Obtido de amassamento de gesso com água;
 O revestimento pode ser aplicado em mais de uma camada;
 A aplicação deve ser rápida, antes que a pasta homogeneizada endureça;
 Espessura média de 5 mm (mais espessa tende a trincar);
 Aplicação no teto deve ser precedida de uma demão de pintura com solução de
aditivo adesivo (1:2 ou 1:4) tingidas com cimento para identificar as áreas já
pintadas.

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