Principal exemplo foi o levante do Estado de Chiapas (México) em 1994.
Onde o EZLN (Exercito Zapatista de Libertação Nacional, em retaliação
á políticas neoliberais assumiu o controle de sete cidades da província de Chiapas. O movimento negro – tem como referencias centrais os eventos libertários dos países africanos, o combate ao apartheid e a luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, com ênfase á figura do pacifista Martin Luther King. No Brasil funda-se a Frente Negra Brasileira que fazia reivindicações políticas e culturais de combate a discriminação racial, lutava por condições justas de acesso da população ao mercado de trabalho. Com o advento da Ditadura Militar, o movimento foi desarticulado. O renascimento do movimento é associado a formação de um segmento educado da população negra. A morte do operário negro Robson Silveira da Luz, durante sessão de tortura, marcou a organização das lutas dos negros no Brasil. Tal organização culminou na criação do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial (MNU), que em 1978 declarou o dia 20 de novembro como o Dia Nacional da Consciência Negra. Década de 90 verifica-se a proliferação de ONGs que operam na luta antirracista.
E) Movimentos Sociais feminista, estudantil e por liberdade de orientação
sexual. Movimento Feminista – empreende lutas contra os elementos estruturantes do sistema patriarcal capitalista e da ideologia normativa de instituições como o Estado, a família, a igreja na elaboração e reprodução dos valores, preconceitos e comportamentos baseados na diferença biológica entre os sexos. Primórdios das primeiras lutas manifestando criticas ao casamento,a favor do amor livre, direito ao e exploração no trabalho nos séculos XVIII e XIX na Europa. Em meio aos acontecimentos políticos de maio de 1968,o movimento inaugura a chamada segunda onda, marcada pelo movimento sufragista. Na América Latina, as primeiras lutas datam do final do século XIX, ganhando destaque a partir da década de 1970 quando as mulheres envolvidas na organização, militantes e ex-militantes da esquerda foram exiladas e tiveram contato com o feminismo internacional. No Brasil, nas duas primeiras décadas do século XX, as mulheres participaram dos movimentos operários. No decorrer de 1940 participam de lutas pela redemocratização e contra a carestia. Nas décadas de 1960 e 1970, participam das lutas em defesa das reformas de base e pela redemocratização (Movimento Feminista pela Anistia); há o crescimento do movimento no Brasil. Principais bandeiras democráticas do feminismo: anistia geral e irrestrita, por bens de consumo, por melhores condições de trabalho e igualdade salarial entre os sexos, contra o controle de natalidade às classes trabalhadoras, legalização do aborto, direito á assistência à maternidade. Movimento Estudantil – no Brasil, a criação e reconhecimento da UNE (União Nacional do Estudantes) em 1937, como entidade máxima de representação do estudantes tornou as lutas estudantis mais expressivas e articuladas. O movimento estudantil, através da UNE, participou de mobilizações contra o Estado Novo, mobilizações durante a Segunda Guerra Mundial e em defesa do patrimônio territorial e econômico, expressa na campanha o petróleo é nosso. A partir da década de 1960, o foco central do movimento estudantil passou a ser a defesa universidade pública e gratuita e de qualidade. Em 1968, as ações repressivas da autocracia burguesa abortaram as mobilizações do movimento. No 30º Congresso da UNE, todos os congressistas e líderes do movimento foram presos. Outro fato que marcou a ação repressiva foi o AI-5, onde foi decretada a Lei n. 477 que concebeu greves e ações estudantis como atos infracionais. O movimento estudantil ressurge em 1975, que a partir daí passa a agir em diversas partes do país com ações de ocupação de reitorias, passeatas e greve pelas lutas mais gerais, ao lado de outros movimentos e organizações populares e sindicais, como o retorno do Estado democrático de direito, diretas já, por uma Assembléia Nacional Constituinte e em defesa do impeachment do presidente Collor. O movimento estudantil não é um bloco monopolítico. Seu interior comporta grupos políticos distintos que acabam refletindo em disputas ideológicas. Os anos 2000 foram marcados por diversas lutas, merece destaque as lutas contra o REUNI e (contra)reforma do ensino superior implantada pelo Governo Lula. Em relação ao Movimento Estudantil do Serviço Social, destaca-se a luta pela redemocratização nos anos 1970. A partir de 1980, o MESS vem construindo alianças com outras entidades de representação estudantil do Serviço Social, com destaque para a criação da Enesso (Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social) diante da necessidade de uma maior autonomia em relação a UNE. Movimentos pela liberdade de orientação sexual- Muitos dos questionamentos e reivindicações de Maio de 1968 foram determinantes para a organização do movimento LGBT. A rebelião ocorrida em 28 de junho de 1969 contra a repressão policial em um bar frequentado por gays e travestis e Nova York e tida como o marco inicial do inicial do movimento LGBT, sendo que nessa data comemora-se o Dia do Orgulho Gay. O movimento se desenvolve no final dos anos 1960 e passa a confrontar abertamente a sociedade por meio da publicização dos seus afetos. A partir das lutas do movimento, o homossexualismo foi retirado do rol de doenças pela Associação Americana de Psiquiatria. O movimento se amplia com o processo de redemocratização dos países latino-americanos, também como reação ao aumento do preconceito dos gays decorrente da epidemia de Aids. No Brasil as lutas do movimento LGBT surge no final dos anos 1970. O Somos foi o primeiro grupo homossexual brasileiro. O Grupo Gay da Bahia e o Movimento Triângulo Rosa também se destacaram nas lutas do movimento. Em 1995 ocorre a primeira Parada do Orgulho Gay no Rio de Janeiro, tornando-se a partir daí a principal manifestação do movimento LGBT em defesa do reconhecimento legal dos direitos civis relativos a conjugalidade e antidiscriminação da população LGBT.