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CUIDADOS COM O NEONATO

Patricia Popak

CUIDADOS COM O NEONATO e


CADELA GESTANTE

CUIDADOS COM O NEONATO

Nutrição materna – impacto reprodutivo e fetal


Obesidade X subnutrição
prejuízo reprodutivo e saúde do neonato
Aumento da demanda metabólica (premium)
Controle alimentar (ad libitum X controlada)
Cadela: ↑ 25% peso até o parto
↑ 5 a 10% acima do peso no início lactação

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CUIDADOS NO PARTO

Caixa maternidade 7 a 14 dias antes da data


Forração / tamanho
Controle da temperatura
Liberação membranas fetais
Massagem e limpeza
FC 120 a 150 bpm
HIPÓXIA!!!

TEMPERATURA E AMBIENTE ADEQUADOS

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CUIDADOS COM O NEONATO

Ambiente
Controle hipotalâmico da temperatura
neonatos hipotérmico não mamam!!!
Exame para busca de deformidades
Colostro – primeiras 12 horas (IgG)
Freqüência – cada 2 a 4 horas na primeira semana
cada 4 a 6 horas até o desmame
Estímulo até 3 semanas – reflexo micção e defecação

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MALFORMAÇÕES

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ACOMPANHAMENTO DO PESO

CONDUTA
MATERNA

CONDUTA MATERNA

Cuidados da mãe com a cria [ limpeza,


amamentação e proteção

Influência na sua sobrevivência

Controle endócrino [ variações hormonais pós-


parto (estrógenos, progesterona, ocitocina e
prolactina)

Conduta aberrante [ risco de vida à cria

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CONDUTA MATERNA

OVELHAS

Lambedura e ingestão das membranas fetais


(âmnio e alantóide)

Contato olfativo e gustativo [ 1 hora; também,


calor e movimento

Reconhecimento e distinção da cria [ rejeição

Gêmeos

CONDUTA MATERNA

CABRAS

§ Semelhante à das ovelhas

§ Mais eficientes na criação de gêmeos

§ Isolamento [ parto

§ Esconderijos

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CONDUTA MATERNA

VACAS

Semelhante à das ovelhas


Mais agressivas na defesa da cria

Isolamento [ parto

Esconderijos, no início; depois, grupos


Aceitam melhor crias de outras vacas [
estímulo visual

CONDUTA MATERNA

ÉGUAS

Lambedura da cria por várias horas

Reconhecimento da cria [ estímulos


visual, olfativo e gustativo

CONDUTA MATERNA

PORCAS

Não auxiliam na remoção das membranas ou


ruptura do cordão umbilical
Neonatos susceptíveis à inanição, hipotermia e
danos acidentais provocados pela mãe
Reconhecimento e distinção da cria [ olfato
Adoção não é incomum
Canibalismo

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CONDUTA MATERNA

CADELAS

Lambedura e ingestão de membranas


Ruptura do cordão umbilical g traumas
Contato olfativo, gustativo, auditivo e visual [
reconhecimento e distinção da cria
Adoção [ cães e filhotes de outra espécies
Canibalismo

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CONDUTA MATERNA
GATAS

Lambedura e ingestão de membranas


Ruptura do cordão umbilical
Contato olfativo, gustativo, auditivo e visual [
reconhecimento e distinção da cria
Adoção [ restrições [ gatos e, raramente,
filhotes de outra espécies
Canibalismo

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LACTAÇÃO E
AMAMENTAÇÃO

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LACTAÇÃO

§ Fase final do ciclo reprodutivo, nos mamíferos

§ Leite [ único alimento disponível ao neonato

§ Composição: água, proteínas, gorduras, lactose

§ Falha na lactação [ reprodução

§ Duração é variável [ espécie

§ Diferenças quanto às espécies

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LACTAÇÃO

Colostro [ períodos iniciais

Composição: rico em imunoglobulinas, proteínas


e gorduras; pobre em lactose (mudança para leite
4º dia – RUM)

Em ruminantes, eqüinos e suínos [ principal via


de transmissão de anticorpos da mãe ao filhote

Demais espécies [ via complementar

LACTAÇÃO - ENDOCRINOLOGIA

Ocitocina [ ejeção do leite (contração céls)


Hipófise [ fundamental na lactação
Início da lactação
i i i progesterona, estrógeno
i cortisol
h h h prolactina
Manutenção [ prolactina, hormônios
tireoideanos, adrenais e do crescimento

AMAMENTAÇÃO

CORDEIROS E CABRITOS

Estação em 15 minutos
Localização das tetas [ tentativa e erro

Início [ 1 a 2 horas
Freqüência [ 1 a 2 vezes / hora

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AMAMENTAÇÃO

BEZERROS

Estação em 45 minutos
Localização das tetas [ tentativa e erro

Início [ até 4 horas


Freqüência [ 4 vezes ao dia
Ä Maior em animais confinados e gêmeos

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AMAMENTAÇÃO

POTROS

Estação (com estabilidade) em 1 hora


Localização das tetas [ tentativa e erro

Prematuros [ fracos, porém reflexo de mamar é


bem desenvolvido

Início [ 2 a 3 horas
Freqüência [ de 1 em 1 hora

AMAMENTAÇÃO

LEITÕES

Estação em 5 minutos

Experimentação e definição das tetas

Preferência pelas anteriores

Início [ 20 minutos

Freqüência [ 10 vezes / dia 4 24 vezes / dia

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AMAMENTAÇÃO

CARNÍVOROS

Estação em poucos minutos

Até 3a semana [ mãe inicia as sessões

3 a 4a semana [ mãe e filhotes

Após 4a semana [ início do desmame

Freqüência [ várias vezes ao dia

AUXÍLIO À AMAMENTAÇÃO

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ALEITAMENTO ARTIFICIAL

§ Mamadeiras, conta-gotas, luvas, sondas

§ Colostro
§ Leite [ vaca ou cabra

§ Substitutos do leite [ caseiros ou comerciais


§ Freqüência [ a cada 3-4 horas
§ Observar repleição abdominal

§ Filhotes devem dormir após alimentação

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DOENÇAS DAS GLÂNDULA MAMÁRIA

§ Diferenças entre cadelas e gatas

§ Suprimento [ artérias pudendas externas,


torácicas interna e lateral, epigástrica superficial

§ Sistema linfático [ axilares e inguinais


§ Mastite, hiperplasia mamária benigna e
NEOPLASIAS

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MASTITE

§ Não são comuns [ prolongada retenção láctea,


má condição higiênica

§ Sintomas [ ↑ volume e temperatura,


secreção variada, dor !!! (filhotes)

§ E. coli, Streptococcus sp e Staphylococcus sp


§ ATB e separação dos filhotes
§ Secagem do leite

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HIPERPLASIA MAMÁRIA BENIGNA

Gatas [ ciclando, prenhes, castradas ou


tratadas com anticoncepcionais

Sintomas [ ↑ volume exagerado e


temperatura, muita dor !!!

OSH, suspensão progestágeno e antiprolactínicos


(cabergolina)

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NEOPLASIA MAMÁRIA

Neoplasia mais comum em cadelas (50% tumores


diagnosticados)

Altamente metastáticos

Biopsia com agulha fina


Responsivos a castração precoce

Nodulectomia, mastectomia regional, unilateral,


bilateral e OSH

USO DE HORMÔNIOS

• AUMENTA SIGNIFICATIVAMENTE A
INCIDÊNCIA
Responsáveis pelo desenvolvimento lobulo-
alveolar
Hiperplasia mioepitelial
Aumenta o risco de tumores benignos

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PATOLOGIA

MALIGNOS x BENIGNOS
Cães – 50%
Gatos - +90% são malignos
• maioria são de origem epitelial
• tumores mistos muito freqüentes

• Classificação é confusa e extensa


• Carcinomas ductais –maior potencial maligno e
metastático

MORFOANATOMIA

CADELAS – 5 pares – 70% de ocorrência nas


glândulas 4 e 5
GATAS – 50% nódulo solitário – 50%
múltiplas lesões na mesma cadeia
Tamanho variável
Sempre examinar e puncionar linfonodos

ANATOMIA DA GLÂNDULA MAMÁRIA

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DIAGNÓSTICO CLÍNICO

SABER O QUE É ANTES DE TRATAR!!!!!

PBA
PODE NÃO SER NEOPLASIA MAMÁRIA!

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FATORES PROGNÓSTICOS

PROGNÓSTICO POBRE - CADELAS


• Linfonodos ou metástase
• carcinoma inflamatório
• carcinosarcomas ou carcinoma ductal
• invasão linfática
• > 3 cm
• invasivos ou fixos no tecido subjacente
• receptor de estrógeno negativo
• ulceração

FATORES PROGNÓSTICOS

PROGNÓSTICO POBRE -GATAS


• Linfonodos ou metástase
• invasão linfática
• > 3 cm
• ulceração
• invasivos ou fixos no tecido subjacente
• siameses e tricolores

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