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São Paulo
2019
2019
RESUMO
Este trabalho visa buscar base teórica e metodológica para auxiliar os gestores de
escolas na implantação das metodologias ativas em sala de aula.
A gestão escolar apresenta um grande desafio quando o assunto é implantação de
novas metodologias em sala de aula, principalmente pelo predomínio do tradicionalismo e da
resistência à mudança dos profissionais, famílias e dos próprios alunos. As metodologias
ativas abrem possibilidades para inserir o aluno como agente principal responsável pela sua
aprendizagem, comprometendo-se com seu aprendizado. Dessa forma, o professor deixa de
ser um mero transmissor de conhecimentos, dando forte estímulo ao reconhecimento dos
problemas do mundo atual, tornando os alunos capazes de intervir e promover as
transformações necessárias.
Uma estratégia de implantação das metodologias inovadoras em sala de aula pode ser
a gestão do conhecimento. O modelo, conhecido como middle-up-down é tido como o
processo gerencial mais adequado para estimular a criação do conhecimento em empresas,
focando na espiral SECI. Após a transposição desse modelo para a escola, consideramos o
coordenador pedagógico, como, “a chave para a inovação contínua”, sendo responsável pela
comunicação entre o topo e a base, e principalmente, por saber utilizar todo o capital
intelectual intangível dos professores, transformando-o um capital ativo valioso para a
instituição.
Texto ...............
Palavras-chave: Gestão do conhecimento, middle-up-down, metodologias ativas, inovação,
implantação.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
2315
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1 ....................................................................... 2836
INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................... 1205 Formatted: Space After: 0 pt, Line spacing: Double
2.3.1 Conhecimento Tácito e 1624 Formatted: Space After: 0 pt, Line spacing: Multiple
2.5 li
Explícito..................................
2.3.2 - Top-down /Bottom-up/Middle-up- 19.. Formatted: Not Highlight
........................................
...............................................
....................................
INTRODUÇÃO
1. CONTEXTO E PROBLEMA
Muitos são os discursos de docentes e estudantes em que estes últimos reclamam das
aulas rotineiras, enfadonhas e pouco dinâmicas, ao passo que os primeiros destacam a
frustração pela pouca participação, desinteresse e desvalorização por parte dos estudantes
em relação às aulas e às estratégias criadas para chamar atenção destes.
A utilização de novos recursos tecnológicos durante as aulas não altera esse cenário de
insatisfação coletiva, posto que, sozinha, a tecnologia não garante aprendizagem, tampouco
transpõe velhos paradigmas.
É nessa perspectiva que se situa o método ativo - tido aqui como sinônimo de
metodologias ativas - como uma possibilidade de deslocamento da perspectiva do docente
(ensino) para o estudante (aprendizagem), ideia corroborada por Freire (2015) ao referir-se à
educação como um processo que não é realizado por outrem, ou pelo próprio sujeito, mas
que se realiza na interação entre sujeitos históricos por meio de suas palavras, ações e
reflexões. Com base nessa ideia, é possível inferir que, enquanto o método tradicional prioriza
a transmissão de informações e tem sua centralidade na figura do docente, no método ativo,
os estudantes ocupam o centro das ações educativas e o conhecimento é construído de forma
colaborativa. O método ativo é um processo que visa estimular a autoaprendizagem e a
curiosidade do estudante para pesquisar, refletir e analisar possíveis situações para tomada
de decisão, sendo o professor apenas o facilitador desse processo (Bastos, 2006, apud Berbel,
2011).
Com efeito, essa mudança de paradigma não é simples de ser efetivada, posto que toda
metodologia de ensino e de aprendizagem parte de uma concepção de como o sujeito
1
aprende. Dessa forma, cada um, no seu percurso formativo, quer como estudante, quer como
professor ou professora, age em consonância com as concepções de educação e de
aprendizagem que possui.
Diante disso, como a gestão escolar pode colaborar com seu corpo docente na
implantação das metodologias ativas nas suas aulas?
1.1 OBJETIVOS
2
1.2 JUSTIFICATIVA
O pensamento crítico e a consciência do papel das pessoas na sociedade são fatores
essenciais a serem trabalhados diante das facilidades com que hoje é possível acessar as
informações. “O cidadão deste século não pode ter o mesmo perfil de habilidades do século
passado. Não pode mais ignorar o que se passa no mundo, necessita se inserir de maneira
adequada no meio social. Esse cidadão precisa, antes de tudo, ser crítico, ativo, pensar e agir”
(ULHÔA, 2008).
Diante dessa perspectiva, Ulhôa (2008) observa que o mundo atual, com tantas
mudanças e novas demandas, exige dos indivíduos habilidades e atitudes diferentes das
observadas em épocas anteriores.
3
se com seu aprendizado. Dessa forma, o professor deixa de ser um mero transmissor de
conhecimentos, dando forte estímulo ao reconhecimento dos problemas do mundo atual,
tornando os alunos capazes de intervir e promover as transformações necessárias.
OBS: aqui poderia colocar o que virá em cada capítulo para orientar o leitor.
No capítulo II ....
4
2. FFUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5
norteamento do modo de ser e de fazer da escola e de seus resultados. Ela é também
diretamente formada por diretores assistentes, vice-diretores ou auxiliares, coordenadores
pedagógicos, supervisores, orientadores educacionais e secretários escolares (LÜCK, 2009).
As mudanças na educação já mencionadas aqui acabam recaindo sobre a escola, que
recebe o estatuto legal de formar cidadãos com capacidade de não só enfrentar essas
mudanças, mas também de superá-las.
Como consequência, é imprescindível que se conheça a realidade externa e interna da escola,
e que se tenha a noção das competências necessárias para realizar os ajustes e mudanças de
acordo com as necessidades e demandas emergentes nesse novo contexto.
O objetivo maior da comunidade educacional revela-se,
portanto, o de se estabelecer uma comunidade de ensino
efetivo, onde persevere, coletivamente, não somente o ideal
de ensinar de acordo com o saber produzido socialmente,
mas o de aprender, em acordo com os princípios de contínua
renovação do conhecimento, criando-se um ambiente de
contínuo desenvolvimento para alunos, professores,
funcionários e é claro, os gestores (LÜCK, 2009).
Heloísa Lück (2009) infere que o conhecimento da realidade ganha novas perspectivas: a
organização do projeto político-pedagógico da escola e o seu currículo; o papel da escola e o
desempenho de seus profissionais, que devem renovar-se e melhorar sua qualidade
continuamente, tendo o aluno como centro de toda a sua atuação como mostra na figura 1.
6
desenvolvimento de ambiente educacional capaz de promover aprendizagens e formação dos
alunos, no nível mais elevado possível, de modo que estejam capacitados a enfrentar os novos
desafios que são apresentados.
Os professores são profissionais que influem diretamente na
formação dos alunos, a partir de seu desempenho baseado em
conhecimentos, habilidades e atitudes e sobretudo por seus
horizontes pessoais, profissionais e culturais. De sua postura
diante da vida, dos desafios, da educação e das dificuldades do
dia-a-dia depende a qualidade de seu trabalho. Professores
bem informados e bem formados são fundamentais para a
orientação competente de seus alunos. Sua atuação junto de
seus alunos deve ser aberta, com forte liderança e perspectivas
positivas orientadas para o sucesso. Professores com elevadas
expectativas no sentido de fazer diferença na aprendizagem de
todos e cada aluno são aqueles que mais contribuem para a
formação desses (LÜCK, 2009).
Vale ressaltar que para autora a gestão escolar é um enfoque de atuação, um meio e
não um fim em si mesmo. O fim último da gestão é a aprendizagem efetiva e significativa dos
alunos, de modo que, no cotidiano que vivenciam na escola desenvolvam as competências
que a sociedade demanda, dentre as quais se evidenciam pensar criativamente; analisar
informações e proposições diversas, de forma contextualizada; expressar ideias com clareza,
oralmente e por escrito; empregar a aritmética e a estatística para resolver problemas; ser
capaz de tomar decisões fundamentadas e resolver conflitos.
A gestão democrática, como sendo o processo em que se criam condições e se
estabelecem as orientações necessárias para que os membros de uma coletividade, não
apenas tomem parte, de forma regular e contínua, de suas decisões mais importantes, mas
assumam os compromissos necessários para a sua efetivação. Isso porque democracia
pressupõe muito mais que tomar decisões (LÜCK et al., 2008), ela envolve a consciência de
construção do conjunto da unidade social e de seu processo como um todo, pela ação
coletiva.
A participação, portanto, demanda preparação, que envolve a capacidade de tomar
decisões de forma compartilhada e comprometimento com a implementação das decisões
tomadas (LÜCK, 20017). Em vista disso, cabe, pois, ao diretor, promover na escola o ambiente
propício para a orientação dessa participação. Para tanto, dentre outros cuidados, compete-
lhe:
• Criar na escola uma visão de conjunto, que estabelece o sentido de unidade e orienta
o sentido de cooperação e ação articulada.
• Promover clima de confiança e reciprocidade na construção de um ambiente
colaborativo.
• Promover a integração de esforços, a articulação de áreas de atuação, a quebra de
aresta e o enfraquecimento de atritos, dissensos e diferenças.
7
• Criar cultura de valorização das capacidades, realizações e competências das pessoas
pela celebração dos seus resultados, como um valor coletivo da escola e da educação.
• Desenvolver a prática das decisões colegiadas e compartilhamento de
responsabilidades.
2.1.1. MOTIVAÇÃO
Para Marques (2003) vários estudos estabelecem uma relação causal entre o clima de
escola, o empenhamento dos professores e os resultados da aprendizagem. A desmotivação
profissional dos docentes pode ter um impacto importante, sobretudo negativo, na qualidade
da educação, constituindo uma problemática com efeitos no desempenho das suas funções.
A projeção são consequências negativas sobre os processos de ensino e de aprendizagem, na
relação com os alunos, assim como na relação com os colegas.
Essa desmotivação docente pode acontecer, segundo, que Lücuck (2009), aponta em
escolas burocratizadas, onde o cumprimento de formalidades é mais importante; em escolas
desorganizadas, onde faltam parâmetros orientadores do desempenho, o reconhecimento
deste e sua valorização; em escolas agitadas e ruidosas, onde não há a concentração
necessária ao respeito interpessoal, cultivo de valores e comportamento focado na formação
humana e social das pessoas; em escolas de gestão controladora, autoritária e centralizada,
onde os professores não são estimulados a criar e a trocar experiências profissionais e estas
não são valorizadas como condição de promover a melhoria dos processos educacionais.
Nestas escolas, nas quais o professor não tem motivação, tradicionais (? Qualificar
qual) é possível ver um corpo docente e funcional que realiza seu trabalho, porém sem
espírito, vitalidade, entusiasmo e comprometimento pessoal e, o que é piorainda, sentindo-
se lesado e diminuído, de que resulta o fortalecimento de interesses individuais e
corporativistas, em detrimento dos educacionais e sociais, de que as pessoas são
naturalmente capazes.
Observa-se que os níveis de motivação tendem a crescer na
medida em que se destaca o esforço de todos na construção de
uma identidade positiva da escola, tanto entre os participantes da
comunidade interna, como da comunidade externa. Criar as
condições para que as pessoas sintam satisfação em sua
participação na dinâmica da escola se assenta sobre a criação de
condições de sucesso e que se constituem em elementos
importantes da motivação extrínseca, ao mesmo tempo em que
são fatores essenciais de um ambiente educativo. Isso porque, não
são comuns as pessoas que demonstram elevada motivação
intrínseca, isto é, o gosto por fazer alguma coisa, pelo prazer do
seu resultado. Também porque, muitas vezes, chega-se à
motivação intrínseca a partir da extrínseca e em associação a ela,
como por exemplo, ter seu trabalho reconhecido e destacado por
seus colegas e pelos gestores da escola (LÜCK, 2009).
8
2.2. FORMAÇAÇÃO DE PROFESSORES
Sobre o professor também recaem algumas novas exigências, como estar sempre
atualizado e bem informado, não apenas em relação aos fatos e acontecimentos do mundo,
mas, principalmente, em relação aos conhecimentos curriculares e pedagógicos e às novas
tendências educacionais. Diante desse panorama, a formação continuada dos educadores se
faz necessária.
É notório que a escola precisa mudar institucionalmente. Todo professor deve ver a
escola não somente como o lugar onde ele ensina, mas onde aprende. A atualização e a
produção de novas práticas de ensino só surgem de uma reflexão partilhada entre os colegas.
Afirma Nóvoa (2013) que essa reflexão tem lugar na escola e nasce do esforço de encontrar
respostas para problemas educativos. O debate sobre a formação é indissociável das políticas
de melhoria das escolas e de definição de uma carreira docente digna e prestigiada.
“Ssó o profissional, no entanto, pode ser responsável por sua formação. Não acredito
nos grandes planos das estruturas oficiais. Esse A formação é um processo pessoal
incompatível com planos gerais centralizadores. É no espaço concreto de cada escola, em
torno de problemas pedagógicos ou educativos reais, que se desenvolve a verdadeira
formação. Universidades e especialistas externos são importantes no plano teórico e
metodológico, . Mmas todo esse conhecimento só terá eficácia se o professor conseguir
inseri-lo em sua dinâmica pessoal e articulá-lo com seu processo de desenvolvimento.”
(página?
Os professores precisam procurar mudanças, mas sabemos hoje que não basta mudar
o profissional; é preciso mudar também os contextos em que ele intervém (LYONS, 1990). Isto
é, da mesma maneira que a formação não se pode dissociar da produção de saber, também
não se pode alhear de uma intervenção no terreno profissional. As escolas não podem mudar
sem o envolvimento dos professores; e estes não podem mudar sem uma transformação das
9
instituições em que trabalham. O desenvolvimento profissional dos professores tem que
estar articulado com as escolas e aos seus projetos (NÓVOA, 1997).
Ainda para Nóvoa (1997), a formação de professores deve ser concebida como uma
das componentes da mudança, em conexão estreita com outros setores e áreas de
intervenção, e não como uma espécie de condição prévia da mudança. A formação não se faz
antes da mudança, faz-se durante, produz-se nesse esforço de inovação e de procura dos
melhores percursos para a transformação da escola. É esta perspectiva ecológica de mudança
interativa dos profissionais e dos contextos que dá um novo sentido às práticas de formação
de professores centradas nas escolas.
No livro The Knowledge-Creating Company, Nonaka & Takeuchi, (2008) declaram que
“a essência da criação do conhecimento está profundamente enraizada no processo de
construir e administrar sínteses” e identificam alguns opostos que exigem uma síntese antes
que o novo conhecimento possa ser criado organizacionalmente: . Nesse trabalho vale
aprofundar em dois deles:
Tácito/Explícito;
Top-down /Bottom-up/Middle-up-down;
Corpo/Mente;
Indivíduo/Organização;
Hierarquia/Força de trabalho; e
Oriente/Ocidente.
10
Para os autores, no cerne da criação de conhecimento das empresas está sua
habilidade de envolver os opostos, cultivá-los e usá-los como um convite para encontrar um
melhor caminho.
Corroborando com essa ideia, Filho (2000) declara que o conhecimento é transmitido
por pessoas e para pessoas, por meios estruturados como, vídeos, livros, documentos,
páginas da Web etc. Além do mais, as pessoas obtêm conhecimento daqueles que já o têm,
pelo aprendizado interpessoal e o compartilhamento de experiências e ideias.
A gestão do conhecimento apoia-se na
tecnologia e nas pessoas. As empresas estão
tendendo a operar cada vez mais em redes
(networks), de unidades produtivas, em graus
crescentes de autonomia e sinergia (FILHO, 2000,
p.42).
11
Para os fins desse trabalho, aprofundaremos dois opostos:
Tácito/Explícito; e
Top-down /Bottom-up/Middle-up-down.
Carbone (2009), Nonaka & Takeuchi (1997) e Rodriguez yy Rodriguez (2013) afirmam
que os ocidentais tendem a dar maior ênfase ao conhecimento explícito por se relevar mais
a importância do conhecimento formalizado. Em contrapartida, os japoneses tendem a dar
maior ênfase ao conhecimento tácito por se relevar mais a importância do conhecimento
12
como uma criação social. De um lado, a empresa é geralmente vista como uma máquina
processadora de conhecimento, de outro, como um organismo vivo.
Este ciclo, que se tornou conhecido na literatura como modelo SECI, espiral SECI ou
processo SECI (Figura 2), está no núcleo do processo de criação do conhecimento. Este
modelo descreve como o conhecimento tácito e explícito são amplificados em termos de
qualidade e quantidade, assim como do indivíduo para o grupo e, então, para o nível
organizacional . (página...
13
Socialização (indivíduo para indivíduo [tácito – tácito]): compartilhamento de
experiências; criação de conhecimento tácito; pode ser adquirido diretamente, sem
linguagem, por meio de observação, imitação, prática; a chave é a experiência.
14
necessária à criação do conhecimento organizacional”, como por considerarem-no “superior
para a criação do conhecimento em relação aos dois modelos mais tradicionais”:
15
16
Figura 3 – Esquema do Processo Middle-up-down na educação.
Sendo assim, a gestão do conhecimento na escola pode ser uma estratégia, na qual,
por meio de uma relação horizontal e boa relação interpessoal entre professores e gestão
pedagógica é possível detectar o capital intelectual da base, ampliá-lo e incorporá-lo na
instituição.
17
características desse modelo são: o aluno não é considerado o centro do ensino, todos têem
que aprender no mesmo ritmo, sem tutoria personalizada, compartimentação das salas por
crianças de mesma faixa etária, ritmo de aprendizagem determinado pelo tempo e
quantificado, conhecimento fragmentado por disciplinas, muitas vezes não apresentam
conexão umas com as outras e a escola no centro da verdade a ser transmitida. Esse modelo
vigente não corresponde mais à realidade e às necessidades do contexto sociocultural da
história recente (BACICH, et al. 2015).
Para isso, é imprescindível que o professor esteja aberto a críticas, pois aceitar o erro
faz parte do percurso, bem como rever seu planejamento quando o resultado obtido não for
o esperado, pois a flexibilidade é importante, e por fim, entender que a sociedade está
intelectualmente evoluída, mas culturalmente ainda com amarras.
Além disso, a influência da família é um fator que dificulta uma mudança, pois ela teve
o modelo industrial como base da sua vida escolar. Dessa forma, precisa haver boa
comunicação entre professores, direção, coordenação e família.
O desafio é grande, pois a cultura escolar está enraizada nos espaços escolares, nos
professores, na família e até na gestão escolar. A mudança é necessária, o professor precisa
18
viver uma cultura crítica, contribuindo para criar um clima de vivência e recriação cultural na
escola, desenvolvendo de forma autônoma e crítica a futura comunidade social.
Ao longo da história, com base nessas raízes, foram elaboradas muitas propostas
educacionais identificadas como metodologias ativas, conforme mostra Alencar (2011): ideias
e propostas de Decroly, Montessori, Makarenko, Claparéde, Dewey, Kilpatrick, Freinet, e
outros mais recentes como Hernandez, Coll etc.
19
a pesquisa. A experiência parece indicar que os sistemas educacionais que privilegiam a
construção de conhecimentos, no sentido mencionado, se destacam no mundo educacional
(NININ, 2008).
Essas metodologias têm em comum a preocupação com uma formação dos jovens que
vai além de competências técnicas, procurando considerar o desenvolvimento de valores
considerados essenciais no mundo contemporâneo, como: conduta ética, capacidade de
iniciativa, criatividade, atitude empreendedora, flexibilidade, autocontrole, comunicação,
expressão oral e escrita etc.
Além disso, com metodologias mais ativas, as atividades podem ser muito mais
diversificadas e personalizadas. As tecnologias móveis e em rede permitem não só conectar
todos os espaços, mas também elaborar políticas diferenciadas de organização de processos
de ensino-aprendizagem adaptados a cada situação, ou seja, aos que são mais proativos e aos
mais passivos; aos muito rápidos e aos mais lentos; aos que precisam de muita tutoria e
acompanhamento e aos que sabem aprender sozinhos. Conviveremos nos próximos anos
com modelos ativos não disciplinares e disciplinares com graus diferentes de “misturas”, de
flexibilização, de hibridização (BACICH & MORAN, 2015).
Várias são as propostas de metodologias ativas, como a “Sala de aula invertida”,
“Rotação por estações”, “Peer Instruction” etc, a maioria já publicadas em livros e/ou em
periódicos. Como esse trabalho apresenta outro objetivo, não traremos essa abordagem aqui.
5.
3. METODOLOGIA
53. 1..1 TIPO DE PESQUISA
Pesquisa Exploratória qualitativa
20
53.2 UNIVERSO DA PESQUISA
Foram selecionados diretores ou coordenadores de tecnologia educacional de escolas
que passaram por um processo de inovação e implantação das metodologias ativas em sala
de aula.
21
práticas usadas nas metodologias ativas, como sala de aula invertida, rotação por estações,
design thinking, gamificação etc.
Klein (1998) diz que para gerir seu capital intelectual de forma mais sistêmica, a
empresa deve elaborar uma pauta com o intuito de se transformar de uma organização que
simplesmente compreende indivíduos detentores de conhecimento numa organização
focalizada em conhecimento, que cuida da criação e do compartilhamento em e através de
funções internas, de negócios e que orquestra o fluxo de know-how de e para empresas
externas.
22
empresa, de modo a possibilitar a conquista de seus objetivos estratégicos. Para isso, ativos
intelectuais são necessários para transformar o know-how individual em propriedade de um
grupo, como os gestores que participaram do questionário relataram.
6.
23
24
4. CONCONSIDERAÇÕS FINAIS
As metodologias ativas abrem possibilidades para inserir o aluno como agente principal
responsável pela sua aprendizagem, comprometendo-se com seu aprendizado. Dessa forma,
o professor deixa de ser um mero transmissor de conhecimentos, dando forte estímulo ao
reconhecimento dos problemas do mundo atual, tornando os alunos capazes de intervir e
promover as transformações necessárias.
A mudança é necessária, o professor precisa viver uma cultura crítica, contribuindo para
criar um clima de vivência e recriação cultural na escola, desenvolvendo de forma autônoma
e crítica a futura comunidade social.
25
modelos etc. Faz acontecer a Combinação (explícito-explícito), promovendo momentos de
formação continuada para os professores, de acordo com a necessidade do grupo. E
finalmente, a Internalização (explícito-tácito), que é o “aprender fazendo”, esse é o momento
em que os professores colocam na prática todo conhecimento gerado. Nesse
momentoEntão, o conhecimento, que no início era a experiência de um professor, passa a ser
foi incorporado por todos.
26
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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30
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Pesquisa na escola: que espaço é esse? O do conteúdo ou o do pensamento crítico?
Educação em Revista . 48, p. 17 35, 2008.
31
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Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a
dinâmica da inovação. Rio de Janeiro : Campus, 1997.
32
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Paulo: Best Seller, 1998.SENGE, P. M. (1998) A Quinta Disciplina: Arte e Prática da
Organização de Aprendizagem, (2nd ed.), São Paulo: Editora Best Seller Círculo do
Livro. (trabalho original publicado em 1990).
33
AANEXO 1
1.Em que tipo de instituição você atua ou atuou durante o processo de inovação?
o escola pública
o escola privada
o Outro ______________________________________
___________________________________________________________________________
5.Houve algum tipo de capacitação sobre o uso de metodologias ativas?
o Sim
o Não
o Outro _____________________________
_________________________________________________________________
8.Houve estímulo na produção de novos conhecimentos sobre as metodologias ativas?
o Sim
o Não
o Outro _____________________________________
34
9.Se sim, qual(is)?
_________________________________________________________________
10.Utilizou o novo conhecimento, direcionando-o para a escola, compartilhando com os
colegas, tornando-o essencial para a instituição?
o Sim
o Não
o Outro ________________________________________________________
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ANEXO 2 – PARTE 1
36
ANEXO 2 – PARTE 2
37
ANEXO 2 – PARTE 3
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