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31-05-2017
RESUMO
Com o avanço da tecnologia de informação e comunicação a relação entre o público
e as organizações tende a mudar, pois, é inegável o poder dos usuários de mídia que
se expressam e compartilham conteúdos que antes era exclusivo das grandes
organizações com os públicos. Neste artigo, apresentaremos uma revisão da
literatura fazendo uma análise comparativa de dois estudos aplicados aos usuários
de mídias sociais em 2009 e 2015. Tendo como objetivo principal demostrar como os
usuários de mídias sociais percebem a atuação das organizações nas mídias sociais,
de acordo com os resultados da pesquisa exclusiva para o III/VABRACORP –
Universidade de São Paulo, apresentado pela Doutorada Carolina Terra.
Justificativa ................................................................................................................................ 4
Apresentação e análise dos dois estudos realizados por Carolina Terra – Universidade
de são Paulo .............................................................................................................................. 9
Os Mídias sociais
Na era digital encontramos a todo momento na Internet novos blogs e sites que são
criados com objetivo de falar sobre diversos assuntos, debater temas polémicos e
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que estão na ordem do dia, nos noticiários e nas redes sociais, bem como conseguir
um número considerável de seguidores que permite a partilha de conteúdos,
estabelecer diálogos, conversas entre os usuários e as organizações. É esta interação
que promove as mídias sociais.
As organizações encontram nestes blogs, nas redes sociais online uma forma
de publicitar as suas marcas e divulgar os seus produtos e pela popularidade dos
mesmos, atingir mais divulgação e assim aumentar o seu volume de vendas.
OBJETIVOS
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Objetivo geral
Objetivo específico
Justificativa
Neste cenário as mídias sociais devem ser vistos como uma mais-valia nos processos
organizacionais, na comunicação empresarial e nas suas relações públicos com os
usuários-mídias e o público em geral.
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Fundamentação e conceptualização do tema de pesquisa
“as relações públicas são uma função empresarial que contribui para o
estabelecimento e a manutenção de linhas de comunicação, compreensão,
aceitação e cooperação entre a organização e os seus públicos. “
Nesta linha Van Ruler e Vercic (2005 apud RUÃO, T. et al, 2014, p. 1) atribuem às
Relações Públicas “o papel de olhar estrategicamente para os relacionamentos e
processos comunicacionais nas organizações.”
Desta relação temos a mídia social definida por Terra (2015, P.3) como:
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aquela utilizada pelas pessoas por meio de tecnologias e políticas na web com
fins de compartilhamento de opiniões, idéias, experiências e perspectivas. São
consideradas mídias sociais os textos, imagens, áudio e vídeo em blogs,
microblogs, quadro de mensagens, podcasts, wikis, vlogs e afins que permitem
a interação entre os usuários.
Por sua vez Terra (2015, P.3) define o usuário-mídia como “o heavy user tanto da
internet como das mídias sociais e que produz, compartilha, dissemina conteúdos
próprios e de seus pares, bem como os endossa junto às suas audiências em blogs,
microblogs, fóruns de discussão on-line, comunidades em sites de relacionamento,
chats, entre outros.”
Esta tecnologia trouxe mais possibilidades aos usuários para terem muitas
informações sobre o tipo, o fabrico e a qualidade sobre determinados produtos e
fazer escolhas em relação as marcas antes de efetuar uma compra on-line. O que
outrora era de difícil acesso é hoje um clique apenas para conseguir estas
informações, isto, graças a Internet e as mídias sociais
Neste contexto Terra (2015,P.4) mostra que é na rede, “que cidadãos (com acesso à
web) se expressam e compartilham conteúdos, partilhando do poder de comunicar,
antes exclusivo das grandes organizações ou dos conglomerados de mídia, com os
públicos”
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O Impacto dos Mídias Sociais nas Organizações
Bernays (1980, apud SEBASTIÃO, 2012, p. 5) realça então a postura dos agentes
das relações públicas enquanto função organizacional, “não podem ser exercidas
num contexto unidirecional em que os líderes manipulem os públicos e a opinião
pública. Sendo a integração um objetivo fundamental, os profissionais de relações
públicas assumem-se como promotores da comunicação bidirecional, para a
convergência de interesses.” Cabe a este profissional encontrar este equilíbrio e
conciliar as relações entre os públicos e as organizações.
A chave para usar as mídias sociais está em ter o que dizer e planejar como
fazê-lo. “A comunicação corporativa incorpora uma vasta lista de ferramentas, que
vão desde os jornais aos blogs, chats e podcasts. A soma desse ferramental digital
que informa, treina, motiva públicos ligados à organização é o que se denomina
Comunicação Organizacional ou Corporativa Digital” (TERRA 2006, apud TERRA 2009
p.5). Para Edelman (2006, apud TERRA, 2009, P. 5), “estamos mudando da
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tradicional pirâmide de influência (de cima para baixo) para um paradigma mais
fluido e de uma direção, colaborativo e horizontal em que as marcas e as reputações
corporativas são construídas tentando engajar múltiplos stakeholders por meio de
diálogo contínuo.”
Segundo Peck y Tadeu (2008 apud TERRA, 2009, P.7) é preciso preocupar-se
com a imagem organizacional na rede, uma vez que a web não só ampliou a
repercussão dos problemas com a reputação de uma empresa como também
diversificou os riscos”.
O impacto dos Mídias Sociais é realçado por Elife (2008 apud TERRA, p.7) que
nunca “uma área ganhou tanta importância como a mídia gerada pelo usuário
quanto as Relações Públicas. O conteúdo gerado pelo usuário […] passa a ser mídia
essencial na reputação de marcas, produtos e serviços e motor de estímulo do boca-
a-boca.”
Deste modo, objectivando a compreensão dos mídias sociais, Ugarte (2008 apud
TERRA 2005, p.7) entende que o papel da empresa
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“ é um desafio, um risco e uma oportunidade, tudo em simultâneo. Compete ao
relações públicas interpretar os insights recebidos dos públicos em velocidade
real e considerar as redes sociais como um dos canais no mix de comunicação
organizacional e adequá-los aos objetivos, às mensagens e ao posicionamento
das empresas.”
No entanto, o foco das Relações Públicas sempre foi e será o diálogo e interligado
com as mídias sociais e com a internet.
Dois anos depois foi feito um segundo estudo em Janeiro de 2011, pela
mesma autora. Esta pesquisa tinha objetivos semelhantes ao primeiro estudo. Tanto
no primeiro como no segundo o objetivo principal era perceber a atuação das
empresas nos ambientes on-lines. Foi aplicado um questionário on-line aos usuários-
mídia. A investigação feita obteve um total de 123 respostas. Da sondagem feita, a
pesquisadora constatou que para atuar em mídias sociais, as organizações precisam
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se preocupar com perguntas como simplicidade, conteúdo interativo; ambientes
colaborativos; confiança; atualização; e diálogo. As mídias sociais são sobre
relacionamentos, construção de redes e debates.
Este estudo mostrou que ainda há muito por fazer e cabe ao profissional de Relações
Públicas e de Comunicação Organizacional uma vez que estando presentes nestes
ambientes digitais, buscar planos de presença, ajustes e relacionamento mais
transparente e que transmita confiança ao público em geral.
Considerações finais
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estruturas das sociedades e o seu funcionamento enquanto sistema composto por
vários elementos. O homem é o objeto das relações públicas, na medida em que é a
base de qualquer público, que estabelece ao longo da sua existência trocas de
informação, de interesse e de influência, usando a comunicação para partilhar com
os outros os seus desejos, sonhos e necessidades.
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Referências Bibliográficas
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