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A cerimônia iniciática dá-se por concluída no mesmo ponto em que teve ser início:
tendo-se feito assentar o recém iniciado no lugar que lhe corresponde, isto é, no
primeiro posto ao Oriente da Coluna do Norte, para que possa continuar dali no
simbólico caminho que, em sentido inverso à direção de suas viagens, lhe fará realizar
É claro que esta restituição tem também um significado simbólico: depois de ter
aprendido a pensar por si mesmo, com o esforço alegórico das três viagens, depois de
Agora tem o dever de fazer das mesmas aquele sábio uso para qual sê-lhe restitui sua
posse, pois, tudo indistintamente tem-nos sido dado e sempre será dado para seu uso.
Não existe posse de nenhum tipo que possamos reter para sempre. Nem nossas próprias
criações intelectuais, nem tão pouco os átomos de que se compõe o nosso corpo, que
estão sujeitos a uma incessante mudança. Devemos pois, converter-nos em canais sábios
e úteis de tudo o que passa por nossas mãos, transmitindo-o como o temos recebido, em
benefício dos demais. Isto ensinar-nos-á o primeiro uso que deverá fazer o recém
iniciado, dos metais que lhe foram devolvidos, dando sua primeira contribuição à
Solidariedade Maçônica.
Capítulo III
A INSTRUÇÃO SIMBÓLICA
A Palavra Sagrada que é dada ao novo iniciado depois de sua consagração e admissão
Magistério da Verdade e da Virtude, é natural que esta instrução deva ser esperada por
parte dos menos adiantados e deva ser dada por aqueles que se encontram a isto
A instrução deve ser dada como se faz com a palavra: "ao ouvido", ou em secreto
entendimento e "letra por letra", isto é, partindo dos primeiros elementos e com a ativa
cooperação do discípulo, cujo progresso não depende do que recebe, mas do que
encontra por si mesmo, por seus próprios esforços, pelo uso que faz da primeira
possa formar sobre os mesmos, que de sua capacidade para repeti-los tal como lhe
individual, no qual o discípulo aprende a pensar por si próprio, avançando por seus
próprios esforços pelo Caminho que lhe foi indicado. Este estudo e esta reflexão,
discípulo deve dar ao Instrutor, em resposta à primeira, com o objetivo de que possa ser
julgado digno e capacitado a receber a terceira, que é de um tipo inteiramente diferente
O TRÍPLICE SENTIDO
analítica que nos familiariza com as propriedades exteriores das coisas. Na Arte, indica
aquele conjunto de regras e cânones que formam a veste exterior e a técnica do artista.
segunda letra não pode, portanto, ser escrita e também não o pode a seguinte que
Assim como o maçom deve chegar por seus próprios esforços ao conhecimento da
Doutrina Iniciática que fará dele um verdadeiro filósofo, o mesmo caminho acha-se
aberto no campo da religião para o metafísico que busca o sentido profundo dos dogmas
não se circunscreverá à observação exterior dos fenômenos e das leis que governam sua
que os regem e aos quais obedecem. O Artista não será digno de tal nome até que a arte
daquele que tenha aprendido o domínio puramente técnico ou formal, não seja capaz de
expressar sua própria vida e seus sentimentos interiores.
segundo grau da iniciação, é uma preparação necessária para chegar à terceira letra ou
assimilado.
OS TRÊS ANOS
Os três anos do Aprendiz e os três passos de sua marcha, ainda lembrando as três
a Lógica e a Retórica) a cujo estudo deve aplicar-se, ainda que deva contentar-se com
letras (em grego gramática: "sinais, caracteres ou letras"), isto é, ao conhecimento dos
ainda não sabe ler nem escrever" a linguagem da Verdade, senão que se exercita tanto
num como no outro, soletrando ou estudando uma por uma as letras ou Princípios
Elementares nos quais pode resumir-se e nos quais pode ser traçada a origem de todas
as coisas.
Há também, evidente referência dos três anos do Aprendiz ao conhecimento dos três
Este conhecimento filosófico dos três números, sobre o qual falaremos logo após, é de
Um, tudo se modifica e se transforma por três: a Mônada criou a Díade, a Díade
A UNIDADE DO TODO
diziam