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Metodologia do Trabalho Científico
1 - A PESQUISA E DEFINIÇÕES
Pesquisa Pura, Básica ou Teórica - Objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço
da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. Não tem por
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finalidade a utilização prática, mas contribui para o avanço do conhecimento da teoria estudada. Ex.:
A origem do Universo.
Pesquisa Aplicada ou Prática - Busca gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos
à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. Portanto, é desenvolvida
tendo–se em vista sua utilização. Ex.: A busca de uma vacina contra um virus.
Pesquisa Quantitativa - Considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir
em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e
técnicas estatísticas (porcentagem, média, mediana, desvio-padrão, coeficientes de correlação, análise
de regressão, etc.).
A pesquisa quantitativa é adequada para apurar opiniões conscientes dos entrevistados, pois
utiliza instrumentos questionários. A pesquisa quantitativa permite dimensionar mercados, conhecer
os perfis demográficos, sociais e econômicos de uma população, entre outras possibilidades; realizada
a partir de entrevistas individuais, apoiada em um questionário impresso ou eletrônico, é conduzida
por um entrevistador ou através de autopreenchimento.
Em toda pesquisa quantitativa, sem exceção, torna-se necessário calcular a margem de erro
para o grau de confiança que se pretende. Assim, o cliente pode tomar as suas decisões com a
segurança desejada.
Pesquisa Qualitativa - Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito,
o que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição dos
significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Ela não requer o uso de métodos de
técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para a coleta de dados e o pesquisador é o
instrumento-chave. É descritiva e os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente.
A pesquisa qualitativa, que envolve ouvir as pessoas, o que elas têm a dizer, explorando suas
idéias e preocupações sobre determinado assunto, analisa os temas em seu cenário natural, buscando
interpretá-los em termos do significado assumido pelos indivíduos. Para isso, utiliza se uma
abordagem holística que preserva a complexidade do comportamento humano.
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1.2.3 – Quanto aos Objetivos
Podem-se citar, como exemplos, aquelas que têm por objetivo estudar as características de um
grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e
mental; as que se propõem a estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade,
as condições de habitação de seus habitantes, o índice de criminalidade. Uma das características mais
significativas da pesquisa descritiva é a utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais
como o questionário e a observação sistemática.
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1.2.4 – Quanto aos procedimentos técnicos
Consiste em apresentar e comentar o que outros autores escreveram sobre o tema, enfatizando
as diferenças ou semelhanças que existem entre os conceitos. É comum e mesmo desejável
aparecerem citações literais de autores que falam sobre o assunto. As citações devem seguir as regras
propostas pela ABNT.
Pesquisa Documental – Como o próprio nome diz, elabora-se através de materiais que não
receberam tratamento analítico.
A pesquisa experimental procura entender de que modo, ou por que causas, o fenômeno é
produzido. Para atingir os resultados, o pesquisador usa aparelhos e instrumentos que a técnica
moderna coloca ao seu alcance, lança mão de procedimentos apropriados e capazes de tornar
perceptíveis as relações existentes entre as variáveis envolvidas no objeto de estudo.
Estudo de Caso – O estudo de caso não é uma técnica específica. É uma análise intensiva de
uma situação particular.
Caracteriza-se pela capacidade de lidar com uma completa variedade de evidências tais como:
dados, documentos, artefatos, entrevistas e observações, e mediante comparação baseada na pesquisa
bibliográfica, permite traçar um diagnóstico, dar um parecer, tirar uma conclusão.
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1.3 – O PLANEJAMENTO DA PESQUISA
Pesquisa é objeto do próprio autor, construída a partir do conhecimento original, dentro das
exigências científicas. Para que o estudo seja considerado científico deve-se obedecer aos critérios de
coerência, consistência, originalidade e objetivação. Para a realização de uma pesquisa científica é
extremamente necessário:
2 - MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO
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Método científico é o conjunto de processos que são ser utilizados na investigação. É a linha
de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Também os métodos que fornecem as bases lógicas à
investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico.
2.2.1 – Indutivo
É a lei geral por intermédio da observação de certo número de casos semelhantes. A indução
é um método válido, porém não é infalível. É o método fundamental das ciências naturais e sociais.
Eis um exemplo de método indutivo:
2.2.2 – Dedutivo
2.2.3 – Hipotético-dedutivo
É o método que se inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca da qual
formula hipóteses e, pelo processo de inferências dedutivas, testa-se a predição da ocorrência de
fenômenos abrangidos pela hipótese.
Para Popper (1993), este método constitui-se no caminho para se chegar ao conhecimento,
passando pelas seguintes etapas:
- Formulação do problema;
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- Testes de falseamento – tentativas de refutação pela observação e experimentação.
2.2.4 – Dialético
Do grego dialektos, que significa debate, forma de discutir e debater. A dialética é um debate,
onde se procura derrubar o argumento dos adversários, muito empregado na Grécia antiga.
Oliveira (1997, p.67) afirma que o método dialético é “um processo de comunicação que
prende muito a atenção das pessoas em virtude da habilidade dos protagonistas”
Ferreira (1998) prefere considerar este método como um enfoque, argumentando que a
dialética marxista propõe apresentar como se constitui o empírico, o concreto, partindo de alguns
pressupostos dados, sem indicar os caminhos para explicar os fenômenos; por isso, não seria método.
Em síntese, o método dialético, também chamado de crítico, constrói-se montando um novo sistema
de hipóteses a partir da anulação do sistema anterior.
2.2.5 – Histórico
Ferreira (1998) acredita que, para compreender a natureza e a função das instituições, dos
costumes, das diversas formas atuais de vida social, torna-se necessário pesquisar as raízes históricas.
O método histórico busca construir uma estratégia para conseguir estabelecer o processo de
continuidade e de entrelaçamento entre os fenômenos.
2.2.6 – Comparativo
Marconi e Lakatos (1996); Oliveira (1997); Ferreira (1998); Santos (1999); Cruz e Ribeiro
(2003) citam outros métodos utilizados em investigação científica, aqui sintetizados:
Bastante característico nos estudos quantitativos é o modo de coletar os dados. Para isso,
devem ser utilizados instrumentos de pesquisa como questionários, testes padronizados, entrevistas e
observações, que também podem ser empregados em outros tipos de estudo. Escolhem-se os
instrumentos mais adequados para efetuar a coleta de informações, de maneira que os estudos
quantitativos tenham a possibilidade de obter, dos indivíduos pesquisados, respostas passíveis de
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serem quantificadas, possibilitando o tratamento estatístico que, depois, servirá para verificar a
consistência das hipóteses.
Em geral, as variáveis contidas nos métodos quantitativos são apresentadas em várias formas:
escore contínuo, dicotomia artificial, dicotomia verdadeira e categórica.
A literatura mostra que a estatística é um método que se aplica ao estudo dos fenômenos
aleatórios e, praticamente, todos os fenômenos que ocorrem na natureza são aleatórios, como as
pessoas, o divórcio, um rebanho de gado, a atividade profissional, um bairro residencial, os produtos
eletrodomésticos, a opinião pública, etc.
O método fenomenológico consiste em mostrar o que é dado e em esclarecer esse dado. Não
explica mediante leis nem deduz a partir de princípios, mas considera imediatamente o que está
perante a consciência, o objeto. Conseqüentemente, tem uma tendência orientada totalmente para o
objetivo. Interessa ao pesquisador imediatamente não o conceito subjetivo, nem uma atividade do
sujeito (se bem que esta atividade possa igualmente se tornar em objeto da investigação), mas aquilo
que é sabido, posto em dúvida, amado, odiado, etc.
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Streubert e Carpenter (1995) argumentam que o pesquisador pode fazer-se três
questionamentos, cujas respostas positivas podem auxiliá-lo a decidir se o método fenomenológico é
ou não o mais apropriado:
a) Existe uma necessidade de maior clareza no fenômeno selecionado? Talvez exista pouca coisa
publicada, ou o que exista precise ser descrito em maior profundidade.
b) Será que a experiência vivida e compartilhada é a melhor fonte de dados para o fenômeno de
interesse? Dado que o método básico de recolha é a voz da pessoa que vive um dado
fenômeno, o pesquisador deve determinar se esta abordagem lhe dará os dados mais ricos e
mais descritivos.
A utilização ou não do método fenomenológico irá, pois, nascer de uma investigação prévia
sobre o objeto de estudo e as pretensões do pesquisador quanto ao tipo de informação que mais lhe
interessa.
Quanto ao papel dos participantes numa pesquisa fenomenológica, Martins, Boemer e Ferraz
(1990) argumentam que, ao realizá-la, a primeira preocupação que se apresenta para o pesquisador é
em geral a proposição do problema. Entretanto, na pesquisa fenomenológica, o problema do
pesquisador está consubstanciado em dúvidas e não em hipóteses prévias; logo, ele deverá interrogar
os sujeitos para conseguir respostas a essas dúvidas
A pesquisa científica deve ser planejada, antes de ser executada. O projeto de pesquisa são os
planos, fases e procedimentos de um processo de investigação científica de ser realizado, ou seja,
estabelece um caminho eficaz e eficiente, que conduza ao fim desejado.
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Este método tem fases, e essas fases do método podem ser vistas como indicadoras de um
caminho, com o modo pessoal do pesquisador. Mesmo sendo a pesquisa objeto do pesquisador, é
importante lembrar que o mesmo, par obter sucesso precisa seguir a risca, procedimentos recursos e
técnicas já estabelecido pela pesquisa cientifica.
Existem vários normas estabelecidos orientando a forma de como se deve elaborar um projeto
de pesquisa, cada instituição estabelece o seu padrão. No entanto, independentemente da norma
interna, a estrutura básica é a mesma.
O projeto de pesquisa é o primeiro passo a ser dado em toda pesquisa científica. Mas elaborar
um projeto antes de iniciar uma atividade não é exclusividade da Ciência. Como tudo na vida, precisa
de um projeto de um planejamento, a pesquisa também.
Antes de começar a construir sua casa, é importante procurar saber sobre os materiais de
construção que serão utilizados, qual mão-de-obra que precisará contratar e, principalmente, quanto
vai custar tal obra. É assim em um projeto de pesquisa, é preciso planejar de forma detalhada a
pesquisa.
Por isso, antes de dar início a uma pesquisa científica, é preciso responder perguntas como
“Por que estou realizando essa pesquisa?“, “Que infraestrutura vou precisar para realizar essa
pesquisa?“, “Qual é a melhor forma de realizar essa pesquisa?” e “Que recursos humanos e
financeiros serão necessários?“. Além de facilitar o trabalho e antecipar dificuldades, o projeto
proporciona ao cientista a chance de refletir sobre a pesquisa como um todo, antes mesmo de começá-
la.
– Formulação da hipótese;
– Coleta de dados;
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– Análise e interpretação dos resultados; e
Com base nisso o roteiro a seguir foi elaborado de acordo com manuais de universidades e de
institutos de pesquisa, em observância às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
3.1.1 – INTRODUÇÃO
A “introdução” é a parte do trabalho que leva o leitor a entender o tema da pesquisa. Deve
ser escrita de maneira que forneça uma visão geral da pesquisa a ser realizada, situando o problema
no contexto a ser trabalhado (Severino 2015).
É posta no início do trabalho, mas deve ser escrita depois que todas as outras partes do trabalho
do projeto de pesquisa estejam prontos e escritos.
O que deve conter na introdução? Qual será sua pesquisa, por que pretende executá-la. É
preciso apresentar a problemática que originou a pesquisa e a fundamentação que o levou a escolher
seu objetivo. Na introdução, estão contidas as justificativas do tema abordado.
Problema
Objetivos – Indicar, de forma clara e exatamente, o que se quer fazer, que metas quer alcançar
com a pesquisa, desdobrando em:
Objetivo geral – Identificar de forma genérica qual objetivo deve ser alcançado.
Objetivos específicos - Listar os objetivos específicos que deverão ser alcançados pela
execução da proposta de pesquisa.
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Justificativa – Justificar técnica, científica e socialmente a proposta, explicitando argumentos
que indiquem que a pesquisa é significativa, importante ou relevante.
3.1.3 – Metodologia
Método, maneira. Deve-se dizer como pretende executar o projeto. Caso seja uma pesquisa
qualitativa, de que maneira pretende coletar e analisar os dados qualitativos (observação/entrevistas,
etc.). Se for uma pesquisa quantitativa, de que maneira irá coletar os dados. Apresente em linhas
gerais o método a ser utilizado para a execução da pesquisa, destacando:
2- Coleta de dados – neste item, indica-se como irá operacionalizar a coleta dos dados, se
através de questionário (enviado pelo correio ou pessoalmente); entrevistas; observações
(anotando os resultados da reação em tempos pré-determinados), etc.
3.1.4 – Cronograma
Geralmente o cronograma é disposto em uma tabela com as atividades nas linhas e os meses
ou as quinzenas nas colunas. (Filho e Santos, 2011).
Relacionar cada parte ou fase da pesquisa, vinculando-a ao tempo necessário para executá-la.
Não existe um modelo padrão que possa ser generalizado para todas as pesquisas, devido a variedade
dos tipos de pesquisas vistos anteriormente. A data de início e fim dos trabalhos estão vinculadas ao
semestre que será desenvolvido o trabalho de pesquisa.
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3.1.5 – Referências Bibliográficas
Todas as citações feitas no texto deverão ser arroladas no final do trabalho. Utilizar as Normas
da ABNT para padronizar as referências bibliográficas.
4 – AS ETAPAS DA PESQUISA
A definição do tema pode surgir com base na observação do cotidiano, na vida acadêmica ou
profissional, em programas de pesquisa, em contato e relacionamento com especialistas, na interação
de pesquisas já realizadas e em estudo da literatura especializada.
Assim como a introdução, o título também deve ser escrito quando já se tem uma visão mais
abrangente do projeto.
Dicas importantes:
– Não comece o tema com palavras como: efeito, influência, avaliação, estudo, etc. Se você
está estudando, é óbvio que é para ver o efeito, a influência e por aí vai.
– Tenha o tema com as palavras mais importantes de todo o seu trabalho. Se você fosse resumir
o seu projeto de pesquisa em uma única palavra, qual seria?
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– O título deve ser claro e conciso, permitindo uma compreensão inicial da sua finalidade.
Terminada a redação do título, veja a coerência com os objetivos.
4. Revisão bibliográfica
Nesta fase, o investigador deve responder a questões simples como: Quem já escreveu e o que já foi
publicado sobre o assunto pesquisado, o que já foi abordado por outros autores e em que direção,
quais as brechas existentes na literatura a serem preenchidas? Após tudo isso encontre as
informações já publicadas sobre o problema a ser pesquisado, ou seja, o que já se sabe sobre o
problema de pesquisa.
Faça busca em livros, principalmente nos que são referência na área do projeto de pesquisa,
depois faça uma varredura em artigos em periódicos científicos. Ao ler estes artigos científicos,
procure não se ater apenas aos resultados encontrados, mas também aos procedimentos utilizados na
pesquisa (Andrade, 2014).
Elabore uma pergunta que vai nortear sua pesquisa. Ao formular perguntas sobre o tema,
provoca-se sua problematização. Portanto, a maneira mais fácil e direta de formular um problema de
pesquisa é elaborar uma pergunta sobre determinado tema (Santos, 2015).
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A pergunta a ser respondida em sua pesquisa é a base fundamental do seu projeto de pesquisa.
Os objetivos da pesquisa serão elaborados de acordo com essa pergunta. Os métodos propostos
deverão possibilitar a descoberta da resposta para essa pergunta. Os resultados esperados deverão
estar relacionados com essa pergunta.
Aqui, o aluno irá refletir sobre o problema que pretende resolver na pesquisa, se é realmente
um problema e se vale a pena tentar encontrar uma solução para ele. A pesquisa científica depende
da formulação adequada do problema, isto porque objetiva buscar sua solução.
– No que esse fenômeno interfere? Ou o que interfere nesse fenômeno? (Associação com
interferência)
– Claro e preciso (todos os conceitos e termos usados em sua enunciação não podem causar
ambiguidades ou dúvidas);
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4) Existem recursos financeiros para o estudo?
Neste campo, o aluno deve resumir o que pretende alcançar com a pesquisa. Os objetivos
precisam se de acordo com a justificativa e o problema que foi proposto. O objetivo geral é o resumo
do que se pretende com a pesquisa, e os objetivos específicos explicitam os detalhes e são
desdobramentos do objetivo geral. Os objetivos deixam claro quais os resultados que se pretende
alcançar ou qual a contribuição que a pesquisa vai efetivamente proporcionar.
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Enunciar Examinar Ilustrar Constatar Coordenar Escolher
Neste ponto do projeto, define-se onde e como será realizada a pesquisa: o tipo de pesquisa,
a população, o tipo da amostragem, como se farás a coleta de dados e se como pretende tabular e
analisar seus dados. População (universo) da pesquisa é a totalidade de indivíduos que possuem as
mesmas características definidas para um determinado estudo.
Para Gil (1999), amostra é a parte da população selecionada de acordo com uma regra ou
plano. O processo pelo qual, através da amostra, são estudadas as características da população é
denominado de amostragem.
Um exemplo clássico de amostragem é o Exame de sangue, visto que neste processo coleta-
se apenas uma pequena porção do sangue (amostra) de um indivíduo (população) e, após análise dos
resultados, pode-se inferir algo sobre o paciente. Importante destacar que a informação obtida com
base em uma amostra só pode ser estendida para a população que forneceu a amostra. Este processo
por amostragem proporciona economia de tempo, dinheiro e maior precisão.
2) Amostragem sistemática;
3) Amostragem estratificada;
Amostragem Casual Simples (ou ao acaso) – os elementos são escolhidos para formar a
amostra por processo casual, aleatório ou por sorteio;
Amostragem Sistemática – os elementos são escolhidos para formar a amostra por critérios
estabelecidos a priori pelo pesquisador. Genericamente sorteia-se o primeiro elemento e os demais
são retirados numa progressão aritmética de ordem, a partir do primeiro elemento sorteado, usando
uma certa razão “r”, até completar o total de elementos da amostra.
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- Amostragem a Esmo – é um processo de seleção sem critérios;
- Amostragem por julgamento – Afirma-se que determinados elementos são importantes para
a composição da amostra e determina-se quem será pesquisado. Neste processo há certa carga de
subjetividade.
1) A amplitude do universo: Este pode ser finito ou infinito. Considera-se universo finito
aquele cujo tamanho da população não supera a 100.000 elementos.
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Deve-se levar em conta que, em qualquer pesquisa, uma margem de erro normalmente entre
3% a 5%, os resultados obtidos através de amostras não são rigorosamente exatos em relação ao
universo, nunca se pode afirmar com 100% de certeza num resultado..
É a pesquisa de campo. Para o sucesso neste processo, duas qualidades são fundamentais: a
paciência e a persistência.
Observação em equipe - feita por um grupo de pessoas. Apresenta vantagens uma vez que
os dados coletados podem ser confrontados entre os membros da equipe;
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Não-estruturada – não existe rigidez de roteiro. Pode se explorar mais amplamente
algumas questões.
4.7.1.3 – O QUESTIONÁRIO: São perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo
entrevistado. O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e estar acompanhado de
instruções. As instruções devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da
colaboração do informante e facilitar o preenchimento.
O questionário deve ser construído em blocos temáticos obedecendo uma ordem lógica na
elaboração das perguntas;
Cada pergunta deve focar apenas uma questão para ser analisada pelo informante;
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Matriz de resposta – Tipo de questão onde são obtidas várias respostas na mesma
pergunta, para tanto se elabora um quadro para facilitar a resposta do entrevistado. Ex.:
Qual o seu grau de satisfação com o atendimento neste supermercado:
Perecíveis
Padaria
Caixa
Feira
O instrumento de coleta de dados escolhido deve proporcionar uma interação efetiva entre o
informante e a pesquisa que está sendo realizada.
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Vantagens e desvantagens entre
Formulário x Questionário
VANTAGENS DESVANTAGENS
Tanto o Questionário como o Formulário necessita ser testado para que o pesquisador possa
avalia sua eficácia na obtenção dos dados. Não encontrando erros os dados coletados podem ser
aproveitados. Verificando-se erros que possam prejudicar os objetivos da pesquisa, estas
questões/itens devem ser corrigidas, reformuladas, ampliadas, ou eliminadas, desconsiderando-se os
questionários aplicados anteriormente. Neste caso deve-se realizar novamente um pré-teste.
Para organizar os dados obtidos na pesquisa de campo, pode-se lançar mão de recursos
manuais ou digitais. Atualmente com o advento da informática, é natural que se escolham os recursos
digitais para dar suporte à elaboração de índices e cálculos estatísticos, tabelas, quadros e gráficos.
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4.9 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
É a análise e a interpretação dos dados que foram tabulados e organizou na etapa anterior. A
análise deve ser feita para atender aos objetivos da pesquisa, comparar e confrontar dados e provas
com o objetivo de confirmar ou rejeitar as hipóteses ou os pressupostos da pesquisa.
Nesta etapa, já se tem condições de sintetizar os resultados obtidos com a pesquisa. Deve-se
explicitar se os objetivos foram atingidos, se as hipóteses ou os pressupostos foram confirmados ou
rejeitados. E, principalmente, deve-se ressaltar a contribuição da pesquisa para o meio acadêmico ou
para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia.
Azevedo (1998) argumenta que o texto deve ser escrito de modo apurado, isso é, “(...)
gramaticalmente correto, fraseologicamente claro, terminologicamente preciso e estilisticamente
agradável”. Normas de documentações da ABNT devem ser consultadas visando à padronização das
indicações bibliográficas e a apresentação gráfica do texto.
As etapas aqui identificadas e as orientações feitas devem servir de guia à elaboração de sua
pesquisa e não como uma “camisa-de-força”. Entretanto, não devem impedir sua criatividade ou
causar dificuldades à elaboração da pesquisa. A intenção é fornecer orientações básicas à elaboração
de uma investigação científica.
5 – O RELATÓRIO DE PESQUISA
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5.1 – INTRODUÇÃO
Apresentação do tema a ser estudado – o suficiente para deixar claros todos os aspectos
relevantes:
- Objetivos – enumerar os objetivos da investigação, isto é, aquilo que se quer descobrir com
a pesquisa, a pergunta a ser respondida, enfim, qual a contribuição a ser realizada em termos de
previsão e/ou controle.
Capítulo ou seção onde é explicitado todo o conhecimento que se tem sobre o tema a ser
investigado, partindo, principalmente, das hipóteses (ou prováveis respostas dadas ao problema
levantado).
5.3 – METODOLOGIA
6 FORMATAÇÃO DE TRABALHOS
O padrão oficial seguido no Brasil é o que aqui se divulga, buscando demonstrar, embora,
como já referido, sem a pretensão de esgotar o estudo das normas técnicas, passo a passo, como se
deve proceder para formatar em seu computador o trabalho científico a partir das regras da ABNT.
A digitação (ou a datilografia) será feita em uma face apenas do papel (ofício), que deve ter o
tamanho A4, ou seja, 29,7 x 21 cm (297mm x 210mm), em espaço duplo e impresso, de
preferência, na cor preta. O tamanho da fonte (pitch) que recomenda a norma ABNT é 12 para o
corpo do texto e 10 para as citações longas e notas de rodapé (NBR 14724:2001), podendo que haja
uma certa oscilação entre 11 e 14, conforme o tipo de letra escolhido pelo aluno, o quanto mais
próximo possível do tamanho indicado.
Não há nas normas da ABNT uma definição exata quanto ao tipo de letra que se deve usar na
confecção do trabalho científico, ou seja, não há rigor quanto a isso, por se tratar de uma
recomendação, não de uma obrigação.
Recomenda-se que o aluno utilize as fontes Arial, ou Times New Roman, de preferência,
entre outras possíveis (Bookman Old Style, Courier new, Garamond, Tahoma, etc), desde que não
haja oposição por parte do Orientador do trabalho ou da Instituição de Ensino (devendo-se ter o
cuidado de observar, caso ocorra variação no tamanho da fonte, que seja o mais próximo possível
do padrão Arial ou Times New Roman).
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BREVES DEFINIÇÕES:
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CITAÇÃO E REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1 CITAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de
outra fonte.
1.1 Tipos de citação
1.1.1 Citação direta, literal ou textual: transcrição do trecho do texto de parte da obra do autor
consultado.
Exemplo 1:
Espaçamento: 1,5 linhas
Tamanho = 12
Espaçamento: simples
Tamanho = 10 Ponto final
Autor em CAIXA ALTA, data, página
Recuo = 4,0 cm
1.1.2 Citação indireta ou livre: Citações indiretas ou livres é o texto baseado na obra do autor
consultado (uso de paráfrase).
Exemplo 1:
Indicação do Autor no começo do texto: citar em Caixa Baixa seguida da data, entre parênteses.
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Exemplo 2:
Sem indicação do Autor no texto: indicar, ao final, o Autor em Caixa Alta, seguida da data, entre
parênteses.
1.1.3 Citação de citação: Citação de citação é aquela em que o autor do texto não tem acesso direto
à obra citada, valendo-se de citação constante em outra obra.
Exemplo 1:
Indicação dos Autores separados pela expressão “apud” ou “citado por”
Ponce (1982), citado por Silva (1994), declara que instrução, no sentido moderno
do termo, quase não existia entre os espartanos.
Exemplo 2:
Apud usa-se quando o leitor não tem em mãos a obra original, e na obra consultada
encontra-se a referência (autor, ano) que é citada primeiramente, seguida do autor, data e página da
obra consultada. Nas referências bibliográficas devem constar as duas obras.
b) As páginas, volumes, tomos ou seções da fonte consultada são obrigatórios, nas citações diretas,
após a data, separados por vírgula. Nas citações indiretas, a indicação da página ou páginas
consultadas é opcional.
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c) Quando a obra citada é a mesma da citação imediatamente anterior, se coloca, entre parênteses, a
expressão ibidem ou ibid., seguida do número da página da referente à citação quando não for a
mesma. Ex: (ibid., p.3)
d) Quando a citação é referente a outra obra do autor imediata e anteriormente citado, se coloca,
entre parênteses, a expressão idem ou id., seguida do ano da publicação e da respectiva página. Ex:
(id., 1989, p.3)
e) Quando a citação é referente a uma obra do autor já citado no trabalho, sem ser imediatamente
anterior, após o sobrenome do autor, se coloca a expressão opus citatum ou op.cit., seguida do
número da página. Ex: (ALMEIDA, op.cit., p.40)
Bibliografia: refere-se a todas as fontes consultadas, mesmo as que não foram citadas, mas que
permitem ao leitor aprofundar-se no(s) assunto(s) abordado(s) no trabalho.
ALLEN, C. L. A psiquiatria de Deus: fórmulas seguras para se conseguir e manter a saúde mental
e espiritual. 5. ed. Venda Nova: Bethânia, 1981. 163 p.
TROPICA color encyclopedia of exotic plants and trees from the tropics and subtropics. East
Rutherford: Roehrs, 1978. 1119 p.
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DICAS:
a) Para destacar a obra, de acordo com a norma, pode-se usar Negrito ou Itálico.
b) Não é necessário escrever a palavra "editora", pois se subentende que é isso (a editora) que vem
depois da cidade onde foi publicado e depois dos dois pontos.
c) Quando houver dois ou três autores, separa-se o primeiro autor e os demais por ponto e vírgula.
Regra válida para todos os tipos de suportes (livros, teses, periódicos, etc.).
d) Quando tiver mais de três autores faz-se a entrada pelo autor principal e substituem-se os outros
pela expressão et. al.
e) Quando o autor do texto for uma pessoa jurídica, coloca-se todo o nome da instituição ou da
empresa em caixa alta.
f) Quanto o texto não tem autoria, uma enciclopédia, ou um artigo de jornal ou revista, ou um
documento eletrônico, por exemplo, coloca-se o primeiro nome da publicação em caixa alta.
h) Quando a obra citar o tradutor, o nome dele deverá ser colocado logo após o título. Primeiramente
coloca-se a palavra tradução, ou abreviada se aparecer na página de rosto seguida de ponto e, logo
após, o nome e, por último, o sobrenome, não sendo necessário ser em maiúsculo. Ex. (Tradução de
Mauro Pontel / Trad. Mauro Pontel).
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2.3 Artigos publicados em jornal
LEITE, F. Ovelhas nascem de ovários congelados. Folha de S. Paulo, São Paulo, 30 jun. 2001.
Folha Ciência, p. 10.
DÓLAR tem alta de 0,52% e bolsa sobe 1,17%. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 jun. 2001.
Caderno B, p. 13.
DE NUTRICIONISTAS, 1., 1965, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Associação Brasileira de
SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. ano de depósito. Número de volumes ou folhas. Trabalho
de Conclusão do Curso (Graduação em...) (ou) (Especialização em...) (ou) Dissertação (Mestrado
em...) (ou) Tese (Doutorado em...) - Faculdade de... (ou) Instituto de..., Universidade, Cidade da
LOCAL (país, estado ou município) em que se originou o ato. Especificação do ato e número, data.
Ementa. Documento em que foi publicado, local, volume, número, página inicial-página final em
Meio Ambiente e da Amazônia Legal, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,
eventos e atos normativos) seguidas do endereço eletrônico (Disponível em:) e da data em que o
documento foi acessado na Internet (Acesso em: dia mês abreviado. Ano.).
SOUZA, F. C. Formação de bibliotecários para uma sociedade livre. Encontros BIBLI. Revista de
SILVA, A. M. S. Poesia e poética de Mário Faustino. 1979. 2 v. Tese (Livre Docência) - Instituto
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BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Se houver duas ou mais obras de um único autor, seu nome pode ser substituído, nas referências
seguintes à primeira, por um traço equivalente a seis toques, finalizando com ponto final.
Exemplo:
FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. 14 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
______. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
DICA: Este espaço corresponde a 6 (seis) toques da tecla underline do computador, finalizado com
um ponto.
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