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Daniel Fabrício
por uma interação complexa de fatores. É afetado pelo relacionamento dos indivíduos com
os outros, pelas próprias circunstâncias de vida e pela cultura pela qual ele vive. A
conformação biológica e ao senso geral de self. Inclui a percepção de ser homem ou mulher
Aparecido (2005) relata que falar sobre sexualidade implica retomar alguns recursos
dizem respeito a determinados interesses de épocas diferentes. Esse relativismo não pode
ser irresponsável. Ele nos permite perceber a construção social da sexualidade sem contudo
dizer que as crianças eram dotadas de sexualidade desde o início da vida, que se
passou a ter relevância a partir de seu trabalho intitulado "Três Ensaios Sobre a Teoria Da
buscar mais conhecimento a respeito desse complexo fenômeno biopsicossocial, tanto com
Ciclo da Resposta Sexual Humana em quatro diferentes fases, a saber: excitação, platô,
Kaplan (1980), acrescentou a fase do desejo sexual a esse ciclo, estabelecendo uma
núcleo hipotalâmico, no sistema límbico e em outros circuitos neurais, que estaria alterado
nos transtornos dessa fase. Hoje em dia, acredita-se que este centro regulador esteja em
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da monogamia.
negociações entre eles para acasalamento (seleção), levando-se em conta não só o status de
Freire (1998) diz que muitos caminhos estão sendo trilhados pelos pesquisadores
reconhecimento de um saber primitivo que está oculto por detrás dessa função tão vital de
nossa vida: uma sabedoria da natureza que determina para onde e como nossa espécie vai
prosseguir no futuro.
Sexo e sexualidade são fatos modernos e que, mesmo na história do Ocidente, nem
que o termo sexualidade engloba. Na Grécia, por exemplo, não existia um domínio
unificado daquilo que entendemos como a nossa sexualidade. Havia, de um lado, o “reino
dos prazeres” (denominado “reino dos afrodisias”) e de outro, o “reino dos Eros”, ou o
“reino dos amores”. Com os amores lidava-se de determinada maneira e com as afrodisias,
do prazer de beber, comer, fazer ginástica, etc. Já os Eros eram múltiplos e com
características distintas. Havia Eros entre deuses e homens, entre deuses e deuses, entre
(chuva, vento, sol) e humanos etc. Todos eles existiam dentro do imaginário clássico antigo
com força performativa, ou seja, com a força de fabricar sujeitos com crenças tão grandes
primeira vez no século XIX. A palavra existia no jargão técnico da Biologia e da Zoologia
já em 1800, mas somente próximo do final do século ela veio a ser usada amplamente em
um sentido mais próximo do significado que hoje tem para nós – como o que Oxford
English Dictionary (1889) se refere como a “qualidade de ser sexual ou possuir sexo.”
definitivamente anormais.
Ainda Macmillan (1982), o sexo masculino podia sentir excitação sexual, algo que
sociedade dentre dos padrões da época, pois o domínio e o controle do corpo são
sociedade libidinosa onde existiam poucas distinções entre vida pública e privada.
problema. Manuscritos dos séculos XVII e XVIII revelam que punições para diferentes
tipos de má conduta sexual eram calculadas nos mínimos detalhes. Algumas das ofensas
culpado de simples fornificação com pessoas solteiras podia ser condenado a jejuar durante
um ano a água e pão, enquanto uma freira cumpriria de três a sete anos de jejum e um
bispo, 12 anos. A punição da masturbação na igreja era de 40 dias de jejum (60 dias
cumpriria oito anos de jejum no caso da primeira ofensa e de 10 anos para cada ofensa
subseqüente.
Morgan (2003)
Morgan (2003), utiliza os termos Freudianos para explicar que este processo de
desregrado foi objeto de uma atenção desmedida. De forma Subliminar, o sistema político
médicos e pedagogos.
Focault (1986), ratifica que a sexualidade foi moldada em nossa sociedade como
Aparecido (2005) retrata essa forma de controle dizendo que está justamente ligada
do feudalismo. Nesse momento, parece que a sociedade precisa muito da energia sexual
exclusivamente procriativo.
sexualidade na época da rainha Vitória, mais conhecida com a era vitoriana. Sobre o sexo, o
silêncio.
acabou perdendo o espírito erótico. De nada adianta multiplicar a fala sobre o sexo e a
Dr. Daniel Fabrício
Devido a esses fatores descritos acima, a sexualidade masculina tem sofrido. Muitas
pessoas de fato não sabem o que sexo significa para o homem. Muitas vezes esse homem é
taxado de promiscuo, como um ser que só pensa sexo. O que a humanidade precisa
entender, é que o sexo para o homem está implicado com seu lado fisiológico, que é a