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Prof.

Renato Medeiros
Agenciamento e Operação do Turismo I
Abertura de Agências de Viagens

Lei Geral do Turismo n.º 11.771/08, de 17 de setembro de 2008

CAPÍTULO V
DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS TURÍSTICOS
Seção I
Da Prestação de Serviços Turísticos
Subseção I
Do Funcionamento e das Atividades

Art. 21. Consideram-se prestadores de serviços turísticos, para os


fins desta Lei, as sociedades empresárias, sociedades simples, os
empresários individuais e os serviços sociais autônomos que
prestem serviços turísticos remunerados e que exerçam as seguintes
atividades econômicas relacionadas à cadeia produtiva do turismo:
I - meios de hospedagem;
II - agências de turismo;
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Subseção III
Das Agências de Turismo

Art. 27. Compreende-se por agência de turismo a pessoa jurídica que


exerce a atividade econômica de intermediação remunerada entre
fornecedores e consumidores de serviços turísticos ou os fornece
diretamente.

§ 1º São considerados serviços de operação de viagens, excursões e


passeios turísticos, a organização, contratação e execução de
programas, roteiros, itinerários, bem como recepção, transferência e a
assistência ao turista.

§ 2º O preço do serviço de intermediação é a comissão recebida dos


fornecedores ou o valor que agregar ao preço de custo desses
fornecedores, facultando-se à agência de turismo cobrar taxa de
serviço do consumidor pelos serviços prestados.
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§ 3º As atividades de intermediação de agências de turismo


compreendem a oferta, a reserva e a venda a consumidores de um ou
mais dos seguintes serviços turísticos fornecidos por terceiros:

I - passagens;

II - acomodações e outros serviços em meios de hospedagem; e

III - programas educacionais e de aprimoramento profissional.


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§ 4º As atividades complementares das agências de turismo


compreendem a intermediação ou execução dos seguintes serviços:
I - obtenção de passaportes, vistos ou qualquer outro documento
necessário à realização de viagens;
II - transporte turístico;
III - desembaraço de bagagens em viagens e excursões;
IV - locação de veículos;
V - obtenção ou venda de ingressos para espetáculos públicos,
artísticos, esportivos, culturais e outras manifestações públicas;
VI - representação de empresas transportadoras, de meios de
hospedagem e de outras fornecedoras de serviços turísticos;
VII - apoio a feiras, exposições de negócios, congressos, convenções e
congêneres;
VIII - venda ou intermediação remunerada de seguros vinculados a
viagens, passeios e excursões e de cartões de assistência ao viajante;
IX - venda de livros, revistas e outros artigos destinados a viajantes; e
X - acolhimento turístico, consistente na organização de visitas a
museus, monumentos históricos e outros locais de interesse turístico.
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Etapas para a abertura de uma agência de turismo

1º passo - Consulta prévia do local

2º passo - Busca prévia do nome da empresa e registro do contrato

social/declaração de empresário

3º passo - Inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ

4º passo - Inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

5º passo - Conectividade Social - Certificado Eletrônico FGTS

6º passo - Alvará de licença para estabelecimento e Inscrição Municipal

7º passo -Impressão de notas fiscais e autenticação de livros fiscais

Adaptado de www.sebraerj.com.br
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1º passo - Consulta prévia do local

Verifica a possibilidade da empresa funcionar no endereço pretendido. Para


conhecer a legislação local, consulte a Prefeitura ou Sub-Prefeitura / Região
Administrativa do local de instalação da empresa.
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2º passo – Busca prévia do nome da empresa e registro do contrato


social/declaração de empresário

A busca prévia do nome da empresa objetiva verificar a existência de nome


idêntico ao escolhido para o registro da empresa.

O Contrato Social, em linhas gerais, estabelece o regime jurídico, as regras


para o funcionamento, liquidação da Sociedade, e necessita ser registrado
no órgão competente. As Sociedades Empresárias e o Empresário devem
registrar-se na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro - JUCERJA. Já
as Sociedades Simples deverão registrar-se no Cartório de Registro Civil de
Pessoas Jurídicas - RCPJ.
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Considera-se contrato de sociedade aquele mediante o qual duas ou mais


pessoas, físicas ou jurídicas, reciprocamente se obrigam a contribuir, com
bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica, e a partilhar,
entre si, os resultados. Em outras palavras, o contrato social representa
o entendimento dos sócios quanto aos seus direitos e deveres com vistas
à realização do objeto da sociedade.

As cláusulas contratuais, por sua vez, refletem as disposições de vontade


dos sócios, modelando o funcionamento da sociedade e definindo seus
contornos mais peculiares.
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1) Cláusulas Contratuais Essenciais


a) nome e qualificação dos sócios;
b) nome empresarial, que poderá ser firma social ou denominação social;
c) capital da sociedade, expresso em moeda corrente, a quota de cada
sócio, a forma e o prazo de sua integralização;
d) endereço completo da sede (tipo e nome do logradouro, número,
complemento, bairro/distrito, município, Estado e CEP), bem como das filiais,
se houver;
e) declaração precisa e detalhada do objeto social;
f) prazo de duração da sociedade (prazo determinado ou indeterminado);
g) as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, seus
poderes e atribuições;
h) qualificação do administrador não sócio, se for o caso, quando designado
no contrato;
i) participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
j) foro ou cláusula arbitral. Indicar o foro para o exercício e o cumprimento
dos direitos e obrigações resultantes do contrato ou eleger o juízo arbitral
para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
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2) Cláusulas Facultativas
Como o próprio nome diz, tratam-se de cláusulas não obrigatórias. Contudo,
as cláusulas facultativas são aquelas que irão moldar a sociedade de acordo
com suas peculiaridades.
a) regras acerca da administração da sociedade;
b) regras referentes às reuniões de sócios;
c) previsão de regência supletiva da sociedade pelas normas da sociedade
anônima;
d) exclusão de sócios por justa causa;
e) autorização para que a pessoa não sócia exerça a função de
administrador;
f) data de encerramento do exercício social, quando não coincidente com o
ano civil;
g) instituição de conselho fiscal;
Outras matérias podem constar do contrato social, como por exemplo, o
estabelecimento de retirada mensal pro-labore, as conseqüências do
falecimento de sócio, regras sobre a cessão de quotas a outros sócios ou a
terceiros, previsão de parcelamento do reembolso nos casos de retirada ou
expulsão etc.
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3º passo - Inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ

4º passo - Inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

5º passo - Conectividade Social - Certificado Eletrônico FGTS

6º passo - Alvará de licença para estabelecimento e Inscrição Municipal

7º passo - Impressão de notas fiscais e autenticação de livros fiscais


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Uma vez que a empresa esteja com o seu alvará emitido, seus livros
fiscais autenticados e as notas fiscais impressas ela já pode funcionar
devidamente legalizada.

No entanto, alguns outros documentos, embora não obrigatórios, podem


ser importantes para que a agência obtenha credibilidade no mercado.
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Cadastro ou registro no Ministério do Turismo;


(http://www.cadastur.turismo.gov.br/)

Sindetur;
(http://www.sindetur-rj.com.br/)

ABAV;
(http://www.abavrio.com.br/)

SNEA;
(http://www.snea.com.br/cadastro/C1.pdf)

IATA;
(https://www.iata.org.br/)

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