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A (R)EVOLUÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: O

EMPODERAMENTO HUMANO ATRAVÉS DA APRENDIZAGEM INTERATIVA


VIRTUAL. Brasil. 2016-2018.

Resumo:

O presente artigo tem como propósito promover a abordagem das


transformações provocadas pela incorporação das tecnologias midiáticas na
educação – ou tecnologias de informação e comunicação (TIC) – tendo como
foco a questão do empoderamento provocado pela aprendizagem interativa em
ambiente virtual como efeito dessa modalidade de educação. Para tanto,
buscou-se indícios de como o desenvolvimento da sociedade contemporânea
tem interferido na disseminação das tecnologias, bem como, a influência que
isso provoca no processo de aprendizagem interativa virtual. Partindo-se de
breves apontamentos históricos, da antropologia, da sociologia, da
comunicação, educação e do direito, serão enfocadas questões relacionadas à
aprendizagem em ambiente virtual na era digital. São oferecidas ainda algumas
perspectivas teórico-psico-pedagógicas aplicáveis à modalidade de educação à
distância (EAD) capazes de reforçar a legitimidade, a utilidade e a eficácia da
educação tecnológica-interativa em ambiente virtual como fator de produção de
significativas alterações sociais capazes de promover o empoderamento
humano.

Palavras-chave: Novas tecnologias – educação – aprendizagem –


empoderamento humano.

Abstract:

This article aims to promote the approach of the changes brought about by the
merger of media technologies in education - or information and communication
technologies (ICT) - focusing on the issue of empowerment brought about by
interactive learning in a virtual environment the effect of this type of education .
Therefore, evidence was sought on how the development of contemporary
society has interfered with the spread of technology and the influence it has on
virtual interactive learning process. Starting from brief historical notes,
anthropology, sociology, communication, education and law, will be focused
issues related to learning in a virtual environment in the digital age. They are still
offered some theoretical and psycho-pedagogical perspectives applicable to
distance education modality (EAD) able to strengthen the legitimacy, usefulness
and effectiveness of technology-interactive education in a virtual environment as
a production factor of significant social changes that promote human
empowerment.

Keywords: New technologies - education – learning – human empowerment.


1. Introdução:

É comum ouvir-se dizer cotidianamente que “estamos cercados de


tecnologias por todos os lados”, ou que a “tecnologia invadiu nossas vidas” e
ainda “que a nossa vida depende da tecnologia”. Essas colocações podem, num
primeiro momento, soar um tanto quanto perturbadoras, pois a interpretação
pode ser dotada de conotação negativa no sentido de que o ser humano vem
continuamente perdendo a autonomia e o controle da sua própria vida na medida
que a tecnologia e os recursos tecnológicos vem sendo cada vez mais utilizados
como ferramenta do dia-a-dia.
A tecnologia realmente está em todo lugar, e é parte indissociável da
vida das pessoas na sociedade contemporânea. As tecnologias estão tão
presentes e próximas na vida do ser humano, que é possível perder-se a noção
do que é ou não natural.
Mas o que é tecnologia? Pode-se responder a esse questionamento
entendendo que tecnologia é um conjunto de conhecimentos e princípios
científicos que se apliquem ao planejamento, à construção, à execução e à
utilização de um equipamento para um determinado fim ou atividade.
De acordo com a definição do Dicionário de Filosofia (ABBAGNANO,
1982, p. 906), a tecnologia é: “o estudo dos processos técnicos de um
determinado ramo de produção industrial ou de mais ramos”. Verifica-se a
amplitude do conceito se for considerado que tecnologia é quase tudo aquilo que
é produzido artificialmente pelo homem, destinado a uma aplicação prática.
E nesse sentido, convém definir o conceito de técnica, que seria as
formas peculiares de se fazer, as habilidades especiais utilizadas para lidar e
executar algo. A técnica é um modus operandi específico, um saber-fazer
próprio.
Assim, é certo que existem várias espécies de tecnologias, das mais
simples às mais complexas, exigindo do seu operador, maior ou menor
conhecimento de técnicas a serem empregadas. Por exemplo: a tecnologia
utilizada para se fabricar uma mesa de madeira exige muito menos técnicas do
que para se pilotar um avião a jato.
É comum ver hoje em dia, crianças dotadas de avançado grau de
técnicas para se explorar os recursos de um smartphone, habilidades estas que,
em sentido contrário, não pode ser nota na maioria dos seres humanos com
idade mais avançada. Sobre esse fenômeno específico relacionado às
tecnologias digitais e conflito de gerações, um tópico será brevemente dedicado
a seguir.
Feitas essas considerações inaugurais, é possível afirmar que, pelo
fato de as tecnologias permearem quase todos campos da vida hodierna, deve-
se extrair delas, o máximo proveito possível, explorando-se seus benefícios e
deixando de lado o receio inicial sobre perda da autonomia humana.
Ao contrário disso, as tecnologias permitiram a evolução da
humanidade, e é pela prática da educação que se pode transmitir por gerações
as técnicas já necessárias para lidar com as tecnologias existentes, além de
viabilizar a pesquisa e a inovação de/por novas tecnologias, promovendo-se ao
mesmo tempo o empoderamento do aprendiz e o respeito aos direitos humanos
correlatos.
A aprendizagem interativa no meio virtual, pelo ciberespaço, é prova
maior da presença enraizada dessa (r)evolução tecnológica aplicada à
educação.

2. Novas tecnologias de informação e comunicação (NITC’s), internet e


ciberespaço:

Antes de iniciar a abordagem específica sobre as novas tecnologias


de informação e comunicação (NTIC’s), a noção de ciberespaço e da educação
a distância (EAD), faz-se indispensável uma sintética releitura histórica do
desenvolvimento das tecnologias ao longo da existência humana, perpassando-
se por noções antropológicas e sociais.
Desde os primórdios da humanidade, o indivíduo necessita aprender
a se adaptar ao ambiente em que se encontra para sobreviver. Para a execução
desses modos de sobrevivência, as tecnologias eram necessárias, e para isso,
o ser humano, com as habilidades das quais era dotado física e cognitivamente,
teve que desenvolver instrumentos capazes de lhe promover maior conforto e
suporte necessários para executar suas técnicas de preparo de alimentos, caça,
pesca, agricultura e de outras tantas que foram desenvolvidas ao longo da
história.
Assim, os primeiros instrumentos ou produtos tecnológicos dos quais
se tem conhecimento surgiram em épocas que remontam à própria existência do
gênero humano, época que foi marcada pela comprovação da habilidade de
certa espécie animal no sentido manejar instrumentos fabricados artificialmente
para a aplicação nas mais diversas necessidades, a exemplo dos instrumentos
rudimentares feitos de pedra utilizados na caça e preparo de alimentos, de modo
a conferir a essa raça animal, maior autonomia em relação às demais, o que
marca o próprio surgimento dos humanos, o que se comprova pelos inúmeros
achados arqueológicos e demais estudos antropológicos a respeito.
Sobre esse assunto:

“Sabemos que aproximadamente dois milhões de anos atrás existiu


um ser a quem chamamos de Homo habilis e o reconhecemos como
homem, embora muito primitivo. Também conhecemos outros
antepassados que precederam o homo habilis, mas ele permanece até
hoje a mais antiga descoberta com suficientes características para
incluí-lo na grande família do gênero humano. As duas razões de
destaque são o fato de ele não se apoiar mais nas mãos para andar e
de utilizar as mãos para construir objetos de pedra, usados para caçar
e preparar comida” (CAVALLI-SFORZA, 2002, pp. 51-52).

Aliada a essa capacidade inventiva, a própria evolução social humana


se confunde com as tecnologias desenvolvidas a cada época, o que acaba
demarcando a transição de uma era ou época para a outra mais desenvolvida
tecnologicamente.
A idade da pedra, a idade do ferro, a idade do ouro, a era do vapor e
das máquinas, por exemplo são demarcações histórias baseadas no momento
histórico-social em que novas tecnologias foram criadas para o aproveitamento
desses recursos na melhoria da vida humana.
Desde então, várias outras inovações tecnológicas surgiram da
criatividade e necessidade humanas, e acompanharam a própria história da
evolução humana, como por exemplo invenção da roda, da pólvora, a criação e
o desenvolvimento das mais variadas vertentes da ciência, cujos estudos e
propagação através de processos educativos ao longo da história moldaram a
humanidade e o mundo no qual vivemos.
O ser humano é naturalmente curioso, e, por isso busca saber cada
vez mais sobre as coisas. O avanço do desenvolvimento científico humano é
capaz de expandir conhecimentos sobre os recursos já existentes e
permanentemente é propicia a invenção de “novas tecnologias”, cada vez mais
sofisticadas.
As tecnologias transformam as maneiras de se pensar, agir, sentir,
comunicar, aprender, enfim, transformaram os modos de se viver! Aspectos
antropológicos, físicos, biológicos, matemáticos, sociais, econômicos,
educacionais e tantas outras necessidades inerentes à existência humana,
impõem a continuidade dessa marcha evolutiva de forma a propiciar o contínuo
desenvolvimento dos conhecimentos já existentes.

2.1. As novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC’s):

A atual realidade histórica-social humana é caracterizada,


predominantemente, pela personalização das interações com a informação e as
ações comunicativas viabilizadas pelas chamadas novas tecnologias de
informação e comunicação (NTIC’s) midiáticas.
Instrumentos de mídia como a televisão, rádio, computadores e seus
acessórios multimidiáticos, e principalmente a intenet, interferem diretamente no
modo de pensar, sentir e agir, especialmente no que diz respeito às interações
sociais e aquisição de conhecimentos.
Sobre esses recursos midiáticos, cite-se uma interessante pesquisa
realizada com pessoas de diferentes idades, culturas, níveis educacionais e
graus de experiência no uso das tecnologias em que se verificou que:

“A humanização desses aparelhos é fruto da incorporação dos


conteúdos midiáticos (sons, imagens, textos...) veiculados em forma
de informações e comunicações aos seus atributos (de máquina)”.
(REEVES e NASS, 1996 apud KENSKI, 2015, p. 22).

Comprovadas então, tanto a utilidade quanto a conveniência das


novas tecnologias de informação e comunicação midiáticas, eis que já
“humanizadas” na sociedade contemporânea no sentido de oportunizarem
conforto e suprimento de necessidades para a aquisição de conhecimentos,
além de viabilizarem novas formas de interações sociais.
Em um processo dinâmico e veloz, quase que instantâneo, o acesso
às informações e as novas formas de comunicação foram inegavelmente
revolucionadas pelo avanço das NTIC’s, o que propicia o desenvolvimento de
novos métodos de didática e aprendizagem em apoio aos tradicionalmente
existentes, incorporando-se com isso muito mais conteúdo, a massa
infinitamente maior de aprendizes, em menor tempo.
Novos instrumentos tecnológicos de informação e comunicação são
desenvolvidos e rapidamente disseminados a todo instante. Com isso, acelera-
se vertiginosamente o processo de propagação dos mais variados
conhecimentos, habilidades e competências, o que acaba por transformar a
tradicional ideia de educação nas escolas, em ambientes físicos, com contatos
pessoais.
As novas tecnologias de informação e comunicação revoluciona a
humanidade no sentido em que os sujeitos libertam-se das limitações
geográficas e temporais, acelerando e multiplicando cada vez mais os processos
comunicativos, o que acabou por multiplicar as possibilidades de conexão, com
mais pessoas, em diversos lugares, nos mais variados ritmos, dispositivos e
modos, inclusive simultâneos.
De todas as tecnologias desenvolvidas pelo homem, talvez a que
mais importante delas (na atualidade) seja o desenvolvimento da internet, e,
posteriormente, da banda larga computacional o que marcou o início da
chamada “era da Revolução Tecnológica”. (CARDOSO, Tereza In. GRISPUN,
2009, p. 227).

2.2. Internet e ciberespaço:

Para se compreender a profunda transformação dos tradicionais


meios de comunicação e métodos presenciais de educação escolar, cujas
interações se tornaram cada vez mais midiática e virtual na era da revolução
tecnológica, indispensável o entendimento do que se conhece como internet e
ciberespaço.
A expansão do conhecimento de uma forma jamais presenciada na
história humana se deu graças à Internet.
O que conhecemos hoje como internet, foi concebido inicialmente
como um projeto de pesquisa militar (ARPA: Advanced Research Projects
Agency), no período da guerra fria, no final dos anos cinquenta e início dos anos
sessenta. Tal projeto surgiu como revide do governo americano ao lançamento
do satélite Sputnik pela ex-União Soviética. O que se pretendia era conectar os
mais importantes centros universitários de pesquisa americanos com o
Pentágono para permitir não só a troca de informações rápidas e protegidas,
mas também para instrumentalizar o país como uma tecnologia que
possibilitasse a sobrevivência de canais de informação no caso de uma guerra
nuclear. Pensou-se num sistema baseado numa rede tecida como uma teia de
aranha (web, em inglês), na qual os dados se movessem buscando a melhor
trajetória possível, podendo esperar caso as vias estivessem obstruídas.
(EDWARDS, 1996, pp. 50-53).
E foi durante a fase da Guerra Fria entre Estados Unidos da América
e a então União Soviética que se despertou o desenvolvimento tecnológico
nesse cenário, possibilitando a construção e o aperfeiçoamento de complexos
artefatos sociotécnicos, dentre os quais o computador eletrônico digital.

Nesse sentido:

O discurso é um agrupamento heterogêneo, em permanente


autoelaboração, que combina técnicas e tecnologias, metáforas,
linguagem, práticas e fragmentos de outros discursos em torno de um
ou mais suportes. Isto produz tanto poder quanto conhecimento:
comportamentos individuais e institucionais, fatos, lógica e a
autoridade que o reforça. Isto é feito em parte pela manutenção e
elaboração contínua dos suportes, desenvolvendo o que constitui uma
infraestrutura discursiva. Ele também expande continuamente seu
próprio escopo, ocupando e integrando o espaço conceitual em uma
espécie de imperialismo discursivo. (EDWARDS, Op. Cit., p.40).

Nessa época não se poderia conceber a disseminação ao público


comum da tecnologia militar recém criada.
Graças à internet, dentre as diversas inovações tecnológicas que
foram introduzidas ao longo da história das redes de computadores, talvez a
mais celebrada hodiernamente tenha sido a técnica de transmissão de dados
por comutação de pacotes.
Nas redes de computadores baseadas nessa técnica, a informação é
dividida em pequenas partes (pacotes) antes de ser enviada, o que permite que
diversos usuários compartilhem um mesmo canal de comunicação.
Entretanto, os proponentes dessa tecnologia tiveram que provar suas
vantagens construindo redes de demonstração. Significa que nos primórdios,
essa tecnologia de transmissão de dados por pacotes (ou packet switching) não
foi imediatamente adotada com prevalência às demais formas de transmissão
de dados. O sucesso da comutação de pacotes dependeu essencialmente da
maneira como foi interpretada (ABBATE, 2000 p. 6).
Outra noção conceitual de relevante valia para o entendimento da
educação a distância (EAD) é a de “ciberespaço” proposta por Pierre Lèvy
(1999), também chamada de “rede”, e por isso se falar em comunicação on line
na rede mundial de computadores, ou, simples e costumeiramente dizendo,
internet:

“Eu defino o ciberespaço como o espaço de comunicação aberto pela


interconexão mundial dos computadores e das memórias dos
computadores. Essa definição inclui o conjunto dos sistemas de
comunicação eletrônicos (aí incluídos os conjuntos de redes
hertzianas e telefônicas clássicas), na medida em que transmitem
informações provenientes de fontes digitais ou destinadas à
digitalização”. (LÈVY, p. 93).

Frisa o citado autor, que não foi o criador intelectual dessa


terminologia, referenciando-se a William Gibson, seu inventor, que a usou em
seu romance de ficção científica “Neuromancer”1, de 1984, cujo termo se refere
“a um universo das redes digitais, descrito como campo de batalha entre as
multinacionais, palco de conflitos mundiais, nova fronteira econômica e cultural”
(LÈVY, p. 93).

1
GIBSON, William. Neuromancer. Tradução Fábio Fernandes. 4ª ed. São Paulo: Aleph, 2008, p.19.
Essa vasta possibilidade de troca informações e formas de
comunicações afetou diretamente a produção e disseminação de
conhecimentos, o que provocou significativos efeitos no campo educacional, em
especial para a evolução da educação a distância.

3. A educação a distância (EAD):

Como forma de variação das práticas didáticas presenciais adotadas


na educação tradicional, surge a ideia de educação não presencial, ou educação
a distância (EAD).
As concepções históricas sobre as origens da educação a distância
no mundo são espantosamente divergentes entre os autores e estudiosos do
tema, citando, apenas exemplificativamente que
Relatam os autores Nunes (2009) e Barros (2003), que provavelmente
a primeira notícia que se registrou da introdução desse novo método de ensinar
a distância foi o anúncio das aulas por correspondência ministradas por Caleb
Philips em 20 de março de 1728, na Gazzete de Boston, EUA, o qual enviava
suas lições todas as semanas para os alunos inscritos.
Porém Maia e Mattar (2007) apontam que, na concepção de outros
autores, as cartas de Platão e as Epístolas de São Paulo estariam entre
primeiras experiências de educação a distância.
Diante de tamanho dissenso a abordagem histórica da EAD não será
aprofundada sob pena de foco do enfoque principal da aprendizagem a distância
como forma de empoderamento humano.

3.1. Aplicação das novas tecnologias de informação e comunicação


(NTIC’s) na educação a distância (EAD) e seus reflexos nas teorias de
aprendizagem:

Como já visto, é inegável que o desenvolvimento da educação a


distância em todo o mundo está diretamente associado ao surgimento, à
popularização e a democratização do acesso às tecnologias de informação e de
comunicação.
O e-learning (como também é conhecida academicamente a EAD) se
localiza na etapa mais contemporânea do EAD, na qual se aplicam as novas
tecnologias de informação e comunicação (NTIC) à educação.
Leia-se no Primeiro Boletim da Cátedra da UNESCO de Gestão da
Educação Superior que:

El nuevo entorno em que se desarrolla la educación superior una vez


concluído el período de Universidad de masas, ha hecho de la calidad
de la docencia el principal elemento diferenciador. En este nuevo
contexto, de “Accountability” (rendición de cuentas) el profesorado es
la piedra de toque principal de la reforma universitaria. El gran reto es
adaptar su papel a la nueva realidad en donde el aprendizaje ya no
se concentra exclusivamente en el aula sino que pasa también por el
acceso a las Tecnologias de la Comunicación (TIC), por el aula virtual
y por la enseñanza semipresencial y a distancia. (UNESCO, 2001).

Porém, a utilização inovadora da tecnologia aplicada à educação deve


se apoiar, necessariamente, em filosofias de aprendizagem que proporcionem
aos estudantes efetiva e permanente interação no processo de ensino-
aprendizagem, além da comunicação no sistema com garantia de oportunidades
a elaboração de projetos compartilhados e o reconhecimento e respeito em
relação às diferentes culturas e de construir o conhecimento.
Em face da multiplicidade de mídias e tecnologias de informação e
comunicação existentes na contemporaneidade, é inconcebível a existência de
um modelo único de educação à distância. Os variados programas e plataformas
podem apresentar diferentes desenhos e múltiplas combinações de linguagens
e recursos educacionais e tecnológicos. Nesse sentido, os elementos que
definirão a melhor tecnologia e metodologia a serem utilizadas são: a natureza
do curso e as reais disponibilidades ou condições do cotidiano dos estudantes,
além das suas necessidades.
A definição dos momentos presenciais necessários e obrigatórios,
previstos em lei, estágios supervisionados, práticas em laboratórios de ensino,
trabalhos de conclusão de curso, quando for o caso, tutorias presenciais nos
polos descentralizados de apoio presencial e outras estratégias são outros
aspectos de imprescindível relevância a serem observados pelo estudante.
Entre todas essas variáveis e modos de organização, um ponto
comum é consensual tanto na legislação, quanto na doutrina ou nas práxis:
Todos os projetos de educação a distância devem ter a compreensão de
educação como fundamento primeiro, antes de se pensar no modo de
organização – a distância.
Uma nova e interessante área de estudo em crescente
desenvolvimento deve ser citada neste ponto para reafirmar a contemporânea
indissociabilidade entre as ciências da educação e da comunicação, é o conceito
de “educomunicação”.
Esse objeto de estudo, bem como a terminologia “educomunicação”
foram trazidos à baila na pesquisa realizada pelo Núcleo de Comunicação e
Educação da Universidade de São Paulo (NCE/USP) ocorrida entre 1997 e 1999,
realizada pela Escola de Comunicação e Artes, que teve como objetos o conceito
de educomunicação e traçar o perfil de seus profissionais. Tal pesquisa foi
coordenada pelo professor Dr. Ismar de Oliveira Soares, vice-Presidente do
WCME - World Council for Media Education. O conceito de “educomunicação”
propõe a construção de ecossistemas comunicativos abertos, dialógicos e
criativos, nos espaços educativos, quebrando a hierarquia na distribuição do
saber, justamente pelo reconhecimento de que todos as pessoas envolvidas no
fluxo da informação são produtoras de cultura, independentemente de sua
função operacional no ambiente escolar em ambiente “horizontalizado”.2
Portanto, as técnicas didáticas e teorias de aprendizagem da
educação devem sempre se fazer presentes no desenvolvimento de projetos
educacionais na modalidade a distância, devendo ainda permear o uso das
tecnologias de informação e comunicação eleitas pelo desenvolvedor.
Exemplo confesso dessa interação entre novas tecnologias de
informação e comunicação com as teorias de aprendizagem é exposta pelo
australiano Martin Dougiamas, criador da Plataforma Moodle3, expressivamente
utilizada para abrigar cursos educacionais no ciberespaço.
A sigla Moodle é o acrônimo para Modular Object-Oriented Dynamic
Learning Environment (Ambiente de Aprendizagem Dinâmico Modular Orientado
a Objeto). Trata-se de um pacote de programa (software) de código aberto aos

2
SOARES, Ismar de Oliveira. O perfil do educomunicador. Disponível em:
http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/29.pdf. Acesso em: 14 out. 2015.
3
Filosofia do Moodle. Disponível em: https://docs.moodle.org/all/pt_br/Filosofia_do_Moodle.
Acesso em 20 abr. 2016.
desenvolvedores, destinado à criação de cursos e web sites no ciberespaço que,
apesar de ser protegido por direito autoral, oferece uma série de permissões e
personalizações de acordo com cada programador ou educador, podendo ser
operado em diversos sistemas operacionais como o Windows, MAC ou Linux, e
permite ser instalado em qualquer computador com acesso à rede de internet.4
Essa plataforma educacional é largamente utilizada na América Latina
e no mundo por instituições, órgãos, universidades, pelos Poderes Legislativo,
Judiciário e Executivo, o que legitima sua confiabilidade e eficácia para a
disseminação de conhecimentos através de cursos on line operados pela
modalidade de educação a distância.
Cursos técnicos de nível médio, de graduação, pós-graduação,
extensão, capacitação, aperfeiçoamento, formação continuada, MBA e livres são
ministrados largamente através do uso da plataforma Moodle, que por sua
natureza, agrega valores educacionais voltados para a construção social do
conhecimento pela interação entre alunos, professores e tutores.
A esse respeito, a filosofia do Moodle5 é manifesta no sentido de
agregar algumas consideráveis teorias da aprendizagem, a exemplo do
construtivismo, construcionismo e o construtivismo social.
A teoria do construtivismo da aprendizagem foi idealizada pelo
psicólogo francês Jean Piaget, pela qual o desenvolvimento cognitivo é visto
como um processo de construção e reconstrução das estruturas mentais, em
que:

[...] o conhecimento não procede, em suas origens, nem de um sujeito


consciente de si mesmo, nem de objetos já constituídos (do ponto de vista
do sujeito) que a ele se imporiam. O conhecimento resultaria de interações
que se produzem a meio caminho entre os dois [...]. (PIAGET, 1972, p.14).

A segunda teoria do construcionismo foi idealizada por Seymour


Papert, que defendeu o uso dos computadores como “instrumentos para
trabalhar e pensar, como meios de realizar projetos, como fonte de conceitos
para pensar novas ideias”. (PAPERT, 1994, p. 158).

4
Sobre o Moodle. Disponível em https://docs.moodle.org/all/pt_br/Sobre_o_Moodle. Acesso em
20 abr. 2016.

5
O teórico manifesta sua percepção a respeito da relevância da criação
de ambientes de aprendizagem que proporcionem oportunidades de ampliar a
qualidade das interações referentes ao que está sendo realizado, definindo esse
princípio como “hands-on/head-in”. Ao explicar esse princípio, revela que, como
sujeitos ativos da dinâmica educacional, os estudantes (aprendizes) necessitam
de “colocar a mão na massa” ou “pegar firme” no desenvolvimento de suas
atividades, ao invés de se situarem passivamente como meros dos discursos de
seus professores. Dessa forma, traduzida estaria a ideia de “hands-on”. Por
consequência natural, o processo de aprendizado seria efetivado no instante em
que seus sujeitos se situam como construtores participativos e conscientes de
um “produto público”, diretamente relacionado com o contexto social estejam
inseridos e que, por isso, demonstram vontade pessoal em “mergulhar de
cabeça” para concretizá-lo. Assim estaria explicada a ideia de “head-in”.
(PAPERT e HAREL, 1991).
A respeito dessas duas primeiras teorias de aprendizagem -
construtivismo e construcionismo - Maria Elisabette Brisola Brito Prado (1999)
afirma que para desenvolver sua teoria Pappert se inspirou, em parte, na
psicologia genética de Piaget (PRADO, 1999, p. 27).
Outra significativa teoria da aprendizagem proposta pelo bielo-russo
Lev Semenovitch Vigostky é a do construtivismo social, ou o socioconstrutivismo,
ou ainda, sociointeracionismo.
A teoria do sociointeracionismo proposta inicialmente pelo bielorrusso Lev
Semenovytch Vygostky e destinada ao aprendizado de crianças deficientes, logo
foi difundida, angariou adeptos e estimulou aplicações andragógicas, dada sua
eficiência na construção do conhecimento através de processos de interação
social. A esse respeito, Ivic (2010) citou que:

O ser humano, por sua origem e natureza, não pode nem existir
nem conhecer o desenvolvimento próprio de sua espécie como
uma mônada isolada: ele tem, necessariamente, seu
prolongamento nos outros; tomado em si, ele não é um ser
completo. (p. 16).

E definindo o ser humano como naturalmente social, a obtenção de seus


conhecimentos perpassa e depende dos processos de interação e mediação nos
quais outros seres participam como estímulo à construção cognitiva. Assim, o
estudo de Vygotsky, (citado por IVIC, 2010, p. 19):

No conjunto das aquisições da cultura, centraliza sua análise


sobre aquelas que são destinadas a comandar os processos
mentais e o comportamento do homem. São os diferentes
instrumentos e técnicas (incluindo as tecnologias) que o homem
assimila e orienta para si mesmo, para influenciar suas próprias
funções mentais. Assim, cria-se um sistema gigantesco de
‘estímulos artificiais e externos’ pelos quais o homem domina
seus próprios estados interiores.

3.2. As escolas virtuais:

Partindo-se das técnicas didáticas e terias de aprendizagens


tradicionais, a educação desenvolvida no ciberespaço exigiu tanto dos
aprendizes quanto dos professores o desenvolvimento de uma nova linguagem
comunicacional imprescindível para o sucesso da cultura educacional virtual.
Em muitos casos, no ambiente das salas virtuais, o aprendiz encontra-
se sozinho diante do monitor de um computador pessoal. Sua representação, e
a dos demais envolvidos como professores, tutores e outros aprendizes, é feita
por meio de imagens e textos. A identificação é feita por meio de palavras,
símbolos e senhas, o que traz à tona uma ideia de desincorporação nos
ambientes virtuais, o que não deve servir de desestímulo.
Para superar essa negativa impressão, os envolvidos devem sempre
se valer de técnicas de motivação pessoal para se manterem fieis aos fins
primordiais dos ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs).
Meio em que se compartilham fluxos e mensagens, experiências e
saberes, os ambientes virtuais de aprendizagem se fortalecem no estímulo À
realização de atividades colaborativas, em que os envolvidos não tenham a
sensação de isolamento e de frieza no processo.
Ao contrário, as escolas virtuais ou ambientes virtuais de
aprendizagem constroem novas formas de comunicação, apresentando-se como
estruturada comunidade on-line em que os alunos, professores, orientadores,
tutores dialogam constantemente, mediados não pela máquina ou pelo
ciberespaço, mas pelo compartilhamento de conhecimentos.
De uma pesquisa da Universidade de Évora é possível extrair um
quadro comparativo entre as principais diferenças entre a aprendizagem
tradicional e a aprendizagem colaborativa em ambiente, diferenças estas
claramente notadas no virtual, a saber6:

Máximas sobre a aprendizagem Máximas sobre a aprendizagem


tradicional colaborativa
Sala de aula Ambiente de aprendizagem
Professor – autoridade Professor – orientador
Centrada no professor Centrada no aluno
Aluno – “Uma garrafa a encher” Aluno – “uma lâmpada a iluminar”
Reativa, passiva Proativa, investigativa
Ênfase no produto Ênfase no processo
Aprendizagem em solidão Aprendizagem em grupo
Memorização Transformação

Feitas essas colocações sobre os avanços das novas tecnologias no


que diz respeito à aprendizagem em ambiente virtual, no ciberespaço, tratar-se-
á, finalmente do enfoque principal, o empoderamento humano delas decorrente.

4. O empoderamento humano pela educação a distância no


ciberespaço:

A definição e o entendimento do conceito de empoderamento exige a


remissão às origens do termo de origem inglesa empowerment.
Apesar de se ter a noção difundida que as origens da utilização do
termo empoderamento tenha surgido a partir dos movimentos emancipatórios
relacionados ao exercício de cidadania, a exemplo dos movimentos negros, das
mulheres, dos homossexuais, dentre outros ocorridos nos Estados Unidos, na
segunda metade do século XX, tem-se que a Tradição do Empowerment
(Empowerment Tradition) encontra suas fontes no processo de Reforma
Protestante, iniciada por Lutero no séc. XVI, na Europa, num movimento de
protagonismo na luta por justiça social (HERRIGER, 1997).
Uma crescente produção intelectual vem tratando do tema
empoderamento, sendo que os mais variados textos apontam reflexões em torno
do tema ou experiências que tiveram como objetivo alguma modalidade de
empoderamento.

6
Quadro disponível em: http://www.minerva.evora.pt/cscl.index.htm. Acesso em: 18 abr. 2016.
O significado de empoderamento é definido como uma construção em
nível individual, quando se refere às variáveis intrafísicas e comportamentais.
Diz respeito ao nível psicológico de análise. É a habilidade das pessoas de
adquirirem conhecimento e controle sobre forças pessoais, atuando em prol da
melhoria de sua condição de vida. É o aumento da capacidade real que
indivíduos possuem de se sentirem influentes nos mais variados processos que
determinam suas vidas. Tal noção é trazida por Wallerstein e Bernstein (apud
BAQUERO, 2006).
Outra modalidade de empoderamento se verifica no nível comunitário,
segundo Perkins e Zimmerman (apud HOROCHOVSKI e MEIRELLES, 2007),
pelo qual seria o processo em que os sujeitos – individuais ou coletivos – de uma
comunidade, desenvolvem ações através de processos participativos com a
finalidade de atingir seus objetivos compartilhados e coletivamente. Envolve um
processo de capacitação de grupos ou indivíduos desfavorecidos para a
articulação de interesses, buscando a conquista plena dos direitos de cidadania,
defesa de seus interesses e influenciar ações do Estado.
No que diz respeito especificamente a educação essa noção de
empoderamento comunitário pode ser facilmente identificada nas ações e nos
escritos revolucionárias do educador Paulo Freire que abordam direta ou
indiretamente o tema da educação como forma de empoderamento humano
(FREIRE, 1979, 1981, 1986 e 1987).
Em um estudo sobre a educação popular na América Latina, Gohn
(2002) refere-se à importância do método utilizado pelo educador brasileiro
Paulo Freire na década de 1990, precisamente pela sua dimensão de
empowerment (empoderamento) dos indivíduos e grupos de uma comunidade.
Nas suas palavras:

[...] sua utilização nos anos 90 ocorre – menos pela sua


dimensão política-participante – que deu espaço aos
movimentos populares e aos militantes de facções políticopartidárias,
nos anos 70-80, para realizarem um trabalho “de
base”, gerador de consciências críticas no sentido pleno da
transformação social, contestador da ordem social vigente; e
mais pela sua dimensão de empowerment (empoderamento)
dos indivíduos e grupos de uma comunidade – gerando um
processo de incentivo às potencialidades dos próprios
indivíduos para melhorarem suas condições imediatas de
vida, objetivando o “empoderamento” da comunidade, isto é,
a capacidade de gerar processos de desenvolvimento
autosustentável, com a mediação de agentes externos – os novos
educadores – atores fundamentais na organização e o
desenvolvimento dos projetos. O novo processo ocorre,
predominantemente, sem articulações políticas mais amplas,
principalmente com partidos políticos ou sindicatos (Gohn, 2002, p.
72).

Verifica-se dessa forma, que a educação é campo fértil para o


empoderamento, sendo tal efeito psicossocial, tanto em nível individual e quanto
em nível comunitário, muito mais acelerado pela educação a distância.

5. Conclusão:

Os ambientes virtuais de aprendizagem no ciberespaço propiciam não


apenas um modelo de empoderamento, individual ou comunitário, mas
promovem simultaneamente ambas as formas.
Nesse sentido, a aprendizagem interativa revolucionada pelas novas
tecnologias de informação e comunicação aplicadas na educação, desenvolvida
na modalidade a distância, deve ser continuamente desenvolvida ao longo da
história como forma mais expressiva de disseminação da ciência em prol do
empoderamento humano.

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