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390/0001-30]

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 8802

Terceira edição
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11.02.2019

Concreto endurecido — Determinação da


velocidade de propagação de onda ultrassônica
Hardened concrete — Determination of ultrasonic wave transmission velocity

ICS 91.100.30 ISBN 978-85-07-07918-7

Número de referência
ABNT NBR 8802:2019
11 páginas

© ABNT 2019
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ABNT NBR 8802:2019

Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
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2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Aparelhagem........................................................................................................................2
4.1 Circuito gerador-receptor...................................................................................................2
4.2 Transdutor-emissor.............................................................................................................2
4.3 Transdutor-receptor............................................................................................................2
4.4 Circuito medidor de tempo.................................................................................................2
4.5 Cabos coaxiais....................................................................................................................2
4.6 Barra de referência..............................................................................................................2
5 Execução do ensaio............................................................................................................2
5.1 Preparação dos corpos de prova ou elementos de concreto.........................................2
5.2 Ensaio...................................................................................................................................3
6 Resultados...........................................................................................................................4
7 Relatório do ensaio.............................................................................................................4
Anexo A (normativo) Verificação da homogeneidade do concreto...................................................5
Anexo B (normativo) Posição relativa entre os dois transdutores...................................................6
B.1 Transmissão direta..............................................................................................................6
B.2 Transmissão indireta..........................................................................................................6
B.3 Transmissão semidireta.....................................................................................................7
Anexo C (informativo) Principais fatores que influenciam nos resultados......................................9
C.1 Fatores de influência..........................................................................................................9
C.2 Recomendações..................................................................................................................9
Anexo D (informativo) Possíveis aplicações do ensaio de determinação da velocidade de
propagação de ondas ultrassônicas em concreto ........................................................10
Bibliografia.......................................................................................................................................... 11

Figuras
Figura B.1 – Transmissão direta.........................................................................................................6
Figura B.2 – Transmissão indireta......................................................................................................7
Figura B.3 – Exemplo de gráfico obtido pela transmissão indireta................................................7
Figura B.4 – Transmissão semidireta.................................................................................................8

Tabela
Tabela C.1 – Efeito das dimensões da peça na transmissão do pulso ultrassônico.....................9

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


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A ABNT NBR 8802 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Métodos de Ensaios de Concreto (CE-018:300.002).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 03.12.2018 a 31.01.2019.

A ABNT NBR 8802:2019 cancela e substitui a ABNT NBR 8802:2013, a qual foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 8802 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the non-destructive test method to determine the propagation velocity of waves
obtained by ultrasonic pulses, into concrete.

This Standard applies to tests on specimens and structural cores and also to check the homogeneity
of concrete of structural elements (see Annex A).

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 8802:2019

Concreto endurecido — Determinação da velocidade de propagação de


onda ultrassônica
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1 Escopo
Esta Norma especifica um método de ensaio não destrutivo para determinação da velocidade de
propagação de ondas, obtidas por pulsos ultrassônicos, em concreto.

Esta Norma se aplica à realização de ensaios em corpos de prova e testemunhos de estruturas


e também à verificação da homogeneidade do concreto de elementos estruturais (ver Anexo A).

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5739, Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos

ABNT NBR 15146-1, Controle tecnológico de concreto – Qualificação de pessoal – Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR 16230, Inspeção de estruturas de concreto – Qualificação e certificação de pessoal – Requisitos

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
acoplante
meio interposto entre o transdutor e o corpo de prova, ou elemento de concreto em ensaio, para
permitir a transmissão da energia ultrassônica

NOTA Graxa mineral ou de silicone fornece boa conexão quando usada em concretos com a superfície lisa.

[ABNT NBR NM 335:2013, 5.3.2, adaptada]

3.2
frequência ultrassônica
frequência de vibração mecânica acima de 20 kHz

[ABNT NBR NM 335:2013, 2.1.2]

3.3
onda longitudinal
onda de compressão
movimento ondulatório em que a direção de oscilação das partículas é paralela à direção de propa-
gação da perturbação
[ABNT NBR NM 335:2013, 2.3.1]

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3.4
onda transversal
onda cisalhante
movimento ondulatório em que o deslocamento das partículas é perpendicular à direção de propa-
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gação da perturbação

[ABNT NBR NM 335:2013, 2.3.6]

3.5
velocidade de propagação
relação entre a distância percorrida por uma vibração e o respectivo intervalo de tempo

4 Aparelhagem
4.1 Circuito gerador-receptor

Aparelho de pulso elétrico de baixa frequência ultrassônica, com alta estabilidade e resolução de
leitura de pelo menos 0,1 μs.

4.2 Transdutor-emissor

Aparelho que possibilita a transformação do pulso elétrico em onda de choque em uma faixa de
20 kHz a 150 kHz.

4.3 Transdutor-receptor

Aparelho que possibilita a transformação da onda de choque em pulso elétrico, com amplificação
adequada ao circuito do gerador-receptor.

4.4 Circuito medidor de tempo

Aparelho que possibilita medir o tempo decorrido desde a emissão da onda até a sua recepção.
Este circuito pode ser provido de um ajuste para descontar o tempo gasto nos cabos conectores
entre o gerador-receptor e os transdutores. O tempo gasto no percurso pode ser lido em um tubo
de raios catódicos ou em um mostrador digital.

4.5 Cabos coaxiais

Cabos que devem permitir a conexão perfeita dos transdutores ao circuito gerador-receptor.

4.6 Barra de referência

Dispositivo que possibilita a aferição do equipamento ultrassônico, com superfícies de acoplamento


com acabamento polido e tempo de trânsito gravado.

5 Execução do ensaio
5.1 Preparação dos corpos de prova ou elementos de concreto

Os corpos de prova ou elementos de concreto a serem ensaiados devem ter as superfícies planas,
lisas e limpas.

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Os corpos de prova ou elementos de concreto a serem ensaiados que possuem superfícies irregu-
lares devem ter suas superfícies de ensaio regularizadas por processos mecânicos ou com camada
de pasta de cimento ou resina epoxídica, com espessura menor ou igual a 1 mm, a fim de possibilitar
bom acoplamento com os transdutores.
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Caso a regularização das superfícies de ensaio seja feita por processos mecânicos, as vibrações
não podem afetar a estrutura interna do material a ser ensaiado.

Os corpos de prova de concreto ou testemunhos da estrutura a serem ensaiados devem ter as mesmas
condições de composição e umidade relativa.

NOTA 1 A umidade do concreto influencia na propagação do pulso ultrassônico. Recomenda-se, sempre


que possível, a determinação da umidade do elemento estrutural.

NOTA 2 Aplicam-se aos testemunhos de estrutura as mesmas condições estabelecidas para os corpos
de prova.

5.2 Ensaio

Calibrar o aparelho usando a barra de referência ou dispositivo equivalente.

Verificar se as superfícies de ensaio dos corpos de prova de concreto ou elemento estrutural, corres-
pondem ao estabelecido em 5.1.

Aplicar fina camada de acoplante nas faces dos transdutores ou na superfície de concreto. Para ensaios
utilizando transdutores de ondas cisalhantes, o material acoplante não pode ser à base de água.

Posicionar os transdutores nas faces do corpo de prova ou do elemento de concreto, de acordo


com os arranjos descritos a seguir (ver Anexo B):

 a) transmissão direta, com os transdutores em faces opostas (ver Figura B.1);

 b) transmissão indireta, com os transdutores em uma mesma face (ver Figura B.2);

 c) transmissão semidireta, com os transdutores em faces adjacentes (ver Figura B.4).

O acoplamento e a pressão entre as superfícies dos transdutores e do concreto devem ser consi-
derados satisfatórios quando for obtido o valor de leitura com variação máxima de 1 %. A medida
da distância entre os eixos e/ou as faces dos transdutores deve ser determinada com exatidão de
± 1 % (ver Figuras B.1 e B.2).

É recomendável que o ensaio seja realizado por profissional habilitado, conforme a ABNT NBR 15146
ou ABNT NBR 16230.

No caso de verificação da homogeneidade do concreto de elementos estruturais, o ensaio deve ser


realizado atendendo adicionalmente ao estabelecido no Anexo A.

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6 Resultados
Calcular a velocidade de propagação de ondas conforme a seguinte equação:
L
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V=
t
onde

V é a velocidade de propagação da onda ultrassônica, expressa em metros por segundo (m/s);

L é a medida da distância entre os eixos e/ou as faces dos transdutores, expressa em metros (m);

t é o tempo decorrido desde a emissão da onda até a sua recepção, expresso em segundos (s).

7 Relatório do ensaio
O relatório do ensaio deve conter as seguintes informações:

 a) identificação:

—— no caso de testemunhos, informar a localização de sua extração na estrutura e sua identificação;

—— no caso de corpos de prova moldados, informar sua identificação;

—— no caso de ensaio realizado diretamente na estrutura, informar a identificação do elemento


estrutural e o local no elemento onde o ensaio foi realizado, com desenho em planta e cortes,
ou elevações, de modo que fique perfeitamente definida a posição de cada medida realizada;

 b) posição relativa entre os transdutores:

—— distância entre as superfícies de contato dos transdutores durante o ensaio, expressa em


metros (m);

 c) indicação da posição relativa dos transdutores (ver Anexo B);

 d) resultado obtido no cálculo da velocidade de propagação da onda ultrassônica (ver Seção 6),
expressa em metros por segundo (m/s);

 e) descrição sucinta da preparação das superfícies e condições de umidade do concreto;

 f) registro da umidade dos corpos de concreto;

 g) registro da idade do concreto ensaiado (opcional);

 h) registro da umidade do elemento estrutural (opcional);

 i) registro da temperatura do elemento estrutural (opcional).

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Anexo A
(normativo)
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Verificação da homogeneidade do concreto

A.1 Para verificar a homogeneidade de um determinado volume de concreto, deve ser estabelecido
um sistema de pontos para cobrir uniformemente este volume de concreto na estrutura. O espaçamento
entre os pontos individuais depende das dimensões do componente da estrutura, da precisão requerida
e da variabilidade do concreto. Em grandes estruturas e onde o concreto é razoavelmente uniforme,
a verificação pode ser feita em pontos dispostos em malha de 1 m2. Em pequenos elementos ou em
concreto com grande variação, é necessário um espaçamento menor.

A.2 Devem ser evitados pontos onde exista grande concentração de armadura, principalmente
na direção de propagação das ondas, pois a velocidade de propagação é maior no aço do que no
concreto. Para identificar a presença de barras de aço, deve ser realizado ensaio de pacometria
no elemento estrutural a ser ensaiado. Caso não seja possível evitar a realização do ensaio nestes
pontos, levar em conta que os valores de velocidade de propagação das ondas ultrassônicas podem
ser alterados.

A.3 É possível expressar a homogeneidade do concreto em forma de parâmetros estatísticos,


como o desvio-padrão (s) ou o coeficiente de variação (δ) das medidas de velocidade de propagação
de ondas ultrassônicas no concreto, obtidas em pontos da malha. Contudo, tais parâmetros só
podem ser usados para comparar variações em componentes de concretos similares, devendo ser
considerados os fatores que interferem no resultado do ensaio, apresentados no Anexo C.

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Anexo B
(normativo)
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Posição relativa entre os dois transdutores

B.1 Transmissão direta


Este arranjo é o mais recomendado na determinação da velocidade de propagação de ondas por um
material, pois desta forma as ondas são recebidas com maior intensidade. Os transdutores devem ser
posicionados em faces opostas do corpo de prova ou elemento de concreto, conforme a Figura B.1.

Figura B.1 – Transmissão direta

B.2 Transmissão indireta


Este arranjo é utilizado quando se tem acesso a apenas uma face do corpo de prova ou elemento,
e quando esta face tem comprimento suficiente para propiciar o deslocamento de transdutor-receptor.

Na transmissão indireta é necessário atentar para a correta determinação da distância entre os transdutores.

Para determinar a velocidade de propagação da onda ultrassônica, é necessário:

 a) fixar o transdutor-emissor em um ponto (E);

 b) fazer a leitura de tempo de propagação de ondas, estando o transdutor-receptor nos pontos
R1, R2, R3, ..., Rn, equidistantes entre si e sobre uma mesma reta que contenha o ponto fixo do
transdutor-emissor, conforme indicado na Figura B.2;

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 c) locar, em um sistema cartesiano de eixos, as distâncias entre os pontos E e R1 a Rn e os tempos


lidos para que a onda ultrassônica percorra estas distâncias, conforme indicado na Figura B.3.

A inclinação da reta obtida é a velocidade de propagação das ondas ultrassônicas no material ensaiado.
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L4

L3
L2
L1

E R1 R2 R3 R4

Figura B.2 – Transmissão indireta

m
Distância entre os trasdutores

Ln

L4

L3
V = tg α
L2
α

L1

t1 t2 t3 t4 tn s
Tempo efetivo de propagação

Figura B.3 – Exemplo de gráfico obtido pela transmissão indireta

B.3 Transmissão semidireta


Este arranjo, mostrado na Figura B.4, só deve ser utilizado quando não houver a possibilidade de acesso
a duas faces opostas de um corpo de prova ou componente de concreto e quando única face acessível
não tiver comprimento suficiente para se utilizar o arranjo de transmissão indireta.

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LL
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Figura B.4 – Transmissão semidireta

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Anexo C
(informativo)
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Principais fatores que influenciam nos resultados

C.1 Fatores de influência


Os principais fatores que influenciam nos resultados do ensaio são os seguintes:

 a) distância entre as superfícies de contato dos transdutores;

 b) presença de armadura, principalmente na direção de propagação da onda;

 c) densidade do concreto, que depende do traço e das condições de concretagem;

 d) tipo, densidade e outras características dos agregados;

 e) tipo de cimento e grau de hidratação;

 f) direção de ensaio da peça;

 g) tipo de adensamento do concreto;

 h) idade do concreto;

 i) umidade do concreto;

 j) temperatura do concreto;

 k) forma e tamanho da peça a ser ensaiada.

C.2 Recomendações
Para minimizar a influência no resultado final das determinações, recomenda-se atentar para as dimen-
sões mínimas da peça, em função da frequência dos transdutores e da velocidade de propagação
do pulso ultrassônico, conforma a Tabela C.1.

Tabela C.1 – Efeito das dimensões da peça na transmissão do pulso ultrassônico


Velocidade do pulso ultrassônico
Frequência dos km/s
transdutores vc = 3,50 vc = 4,00 vc = 4,50
kHz Mínima dimensão lateral recomendada
mm
24 146 167 188
54 65 74 83
82 43 49 55
150 23 27 30

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Anexo D
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Possíveis aplicações do ensaio de determinação da velocidade


de propagação de ondas ultrassônicas em concreto

Este método de ensaio tem como possíveis aplicações:

 a) estimar a profundidade de fissuras e outras imperfeições;

 b) monitorar a variação de propriedades do concreto ao longo do tempo;

 c) determinar o módulo de elasticidade dinâmico do concreto, por meio das ondas longitudinais
e/ou transversais;

 d) avaliar a resistência à compressão do concreto, mediante o estabelecimento de curva de corre-


lação obtida a partir de ensaios realizados conforme a ABNT NBR 5739 e por este método,
com o mesmo concreto e com tratamento estatístico adequado.

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Bibliografia
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[1]  ABNT NBR NM 335, Ensaios não destrutivos – Ultrassom – Terminologia

[2]  EN 12.504-4, Testing concrete. Determination of ultrasonic pulse velocity

[3]  International Atomic Energy Agency, Guidebook non-destructive testing of concrete structures,
Viena, 2002.

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