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JUIZ DE FORA
2019
MARINA LOPES VIEIRA
JUIZ DE FORA
2019
(ESPAÇO PARA FICHA CATALOGRÁFICA - BIBLIOTECA UFJF)
A ficha catalográfica é gerada em formato A4, com base em informações fornecidas pelo usuário e
deve constar no verso da folha de rosto de teses e dissertações de modo a possibilitar sua
representação precisa pelas informações de autor, título, local, data, número de folhas, assunto,
etc.
Ao clicar em Enviar o programa gera a ficha de identificação da obra, como um arquivo pdf,
disponível para download e/ou impressão, conforme apresentado abaixo:
MARINA LOPES VIEIRA
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
M. Sc., Mariana Paes da Fonseca Maia (Orientador)
Universidade Federal de Juiz de Fora
___________________________________________________
D. Sc., Bruno Milanez (Co-Orientador)
Universidade Federal de Juiz de Fora
___________________________________________________
D. Sc., Clarice Breviglieri Porto
Universidade Federal de Juiz de Fora
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer à minha família, por todo o suporte e amor, por compreenderem
e apoiarem minhas escolhas.
Ao Lucas, por todo incentivo e ajuda. Por ter me dado força todas as vezes que falhei
ou pensei em desistir.
A professora Mariana por todo dinamismo, apoio e exemplo de garra todo esse tempo
da pesquisa e fora dela.
Aos professores Clarice, Roberta e Vanderli, que assim como Bruno e Mariana me
mostraram que professores podem ter empatia, serem humanos e éticos mesmo dentro de uma
faculdade de engenharia.
Negócios sociais são organizações híbridas que combinam características do 2ª e 3ª setor: Tem
como missão central gerar impacto social, além do lucro financeiro. Apesar do claro benefício
que essas empresas podem gerar para a sociedade como um todo, seus empreendedores
enfrentam diversos desafios para equilibrar as diversas tensões externas e internas que estão
sujeitos. Uma vez que o campo dos negócios sociais brasileiros ainda é novo e há muito a ser
explorado e sedimentado: Faltam leis que regulamentem o setor, além da necessidade de
desenvolvimento de um ecossistema de suporte mais robusto com escritórios de advocacia e
contabilidade preparados, aceleradoras, empresas de fomento e fundos de investimento.
Assim, a partir desse contexto desafiador e baseada numa extensa pesquisa dos principais
aspectos relacionados a esses negócios, o presente estudo identifica a importância e
necessidade da gestão da inovação para esse setor. Por isso, visa identificar os perfis de
inovação dessas organizações e as oportunidades a serem exploradas.
Social businesses are hybrid organizations that combine characteristics of the second and third
sector: It is their central mission to generate social impact, besides financial profit. Despite the
clear benefits that these companies can generate for society as a whole, their responsible
entrepreneurs face several challenges to balance internal and external tensions they face. The
Brazilian context is still a new field to be explored and settled. As an example, there is a lack
of regulation and a more robust support ecosystem with prepared accounting and advocacy
offices, development firms and investment funds. Thus, from this challenging context and
based on an extensive research of the main aspects related to Social businesses, that the
present study identifies the importance and necessity of innovation management for this
sector. Therefore, it aims to identify the innovation profiles of these organizations and explore
the opportunities that exist.
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS.........................................................................................................13
1.1 JUSTIFICATIVA..............................................................................................................15
1.2 ESCOPO DO TRABALHO.............................................................................................16
1.3 ELABORAÇÃO DOS OBJETIVOS...............................................................................17
1.4 DEFINIÇÃO DA METODOLOGIA................................................................................17
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO.....................................................................................18
RESULTADOS....................................................................................................................................60
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................................83
REFERÊNCIAS...................................................................................................................................84
ANEXO A – QUESTIONÁRIO.............................................................................................................92
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1
A Artemisia é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2004 pela Potencia Ventures,
pioneira na disseminação e no fomento de negócios de impacto social no Brasil. (ARTEMISIA, 2017)
14
A partir do Mapa de Impacto – Report 2017, desenvolvido pela PIPE Social 2 (2017)
com uma base de 579 negócios de impacto social do Brasil vê-se que muito ainda deve ser
feito para o desenvolvimento do campo no país, contudo, o mesmo vem amadurecendo.
Dos 579 negócios entrevistados no estudo de 2017, 70% se disseram já formalizados
e pelo menos 58% declaram estar entre as etapas de organização do negócio e escala como
mostra a figura 1. Além disso, 40% têm menos de três anos de fundação e 32% afirmam que
tiveram faturamento acima de R$ 100 mil reais no último ano, que comprova a ainda recente
ascensão do âmbito de negócios sociais no Brasil.
A região Sudeste se destaca como concentradora desses negócios, correspondendo
por 63% deles, no estudo da PIPE Social de 2017. Sendo estes localizados principalmente no
estado de São Paulo (43% da base total de 579 negócios), seguido por Minas Gerais (11%) e
Rio de Janeiro. O que pode confirmar um ecossistema 3 mais fortalecido nessa região. Apesar
disso, pode-se considerar uma oportunidade a expansão para outras regiões do Brasil, mais
pobres.
Quanto a áreas de impacto destacam-se empreendimentos na área da Educação, com
38% das ocorrências, como pode ser visto na Figura 1, seguido por Tecnologias verdes (23%),
Cidadania (12%), Saúde (10%), Finanças Sociais (9%) e Cidades (8%). Essas áreas
demonstram que os problemas mais latentes do país são os pontos mais abordados.
2
A Pipe Social é uma vitrine de negócios sociais que surgiu com o desejo de provocar conexões de
impacto no Brasil. Uma plataforma para que startups sejam vistas e também se reconheçam dentro do universo
de possibilidades que o ecossistema hoje oferece. (PIPE SOCIAL, 2017)
3
Dois pontos a serem considerados: A região Sudeste do Brasil é a mais populosa do país e
concentradora de cerca de 50% do PIB, o que pode justificar por si só a concentração desses negócios ( EXAME,
2014). A segunda consideração é quanto a definição do termo “Ecossistema de negócios sociais” que se
caracteriza como a rede que inclui todos os atores que contribuem para a criação e desenvolvimento dos
negócios sociais, como aceleradoras, organizações de fomento, fundos de investimento de impacto e finanças
sociais, além dos próprios negócios sociais. (Adaptado de COMINI, 2016)
15
1.1 JUSTIFICATIVA
do setor, uma vez que o estudo enxerga um mercado ainda tímido quanto a utilização de
tecnologias e ferramentas capazes de provocar mudanças disruptivas e escalabilidade para os
negócios.
Entendendo negócios sociais como uma fonte de inovação na captura de valor de
forma sustentável e de novas formas de organização, com o presente trabalho busca-se
analisar os negócios sociais brasileiros e reconhecer seus perfis de inovação.
O objeto de estudo desse trabalho são os negócios sociais brasileiros, em acordo com
a definição apresentada no Capítulo 2, e seus perfis de inovação. Os critérios adotados para a
determinação dos negócios selecionados como sociais foram: Gerar impacto social/ambiental
claro e tê-lo como missão central, devem ser autossustentáveis financeiramente, além de estar
no mercado por pelo menos dois anos. Além disso, ressalta-se que não serão consideradas as
organizações que dependem de doações e iniciativas de Responsabilidade Social Corporativa.
Com base nas informações supracitadas, as dificuldades identificadas por essas
empresas no cenário nacional decorrem, dentre outros motivos, pela falta de modelos de
negócios que inovem, sobretudo, na maneira como capturam valor.
Para além, as conclusões extraídas da pesquisa podem não se suportar para todas as
áreas de atuação que negócios sociais estão inseridos, uma vez que podem possuir
características específicas e seu perfil inovador pode variar, além de diferenças geradas pela
região em que estão localizadas e se nesta há um ecossistema de suporte a esses negócios ou
não. O presente estudo analisou uma amostra de 99 negócios sociais, tendo enviado por volta
de 615 questionários e destes, () % obtiveram sucesso na entrega e ()% de empreendedores o
responderam. Dos () que responderam ao e-mail com questionário, ()% julgaram que não
enquadravam na definição de negócios sociais, uma vez que por mais que fizessem parte do
ecossistema de negócios sociais, se consideravam organizações de apoio somente. A partir dos
dados coletados é possível determinar padrões para o âmbito nacional.
Tendo isso em vista o escopo apresentado, o presente trabalho visa responder a
seguinte questão: Qual o perfil de inovação dos negócios sociais do Brasil?
17
Objetivo geral:
Analisar como ocorre a gestão da inovação em negócios sociais brasileiros
Objetivos Específicos:
Desenvolver um recorte conceitual sobre negócios sociais e todos os conceitos que
permeiam o tema, como Empreendedorismo Social, Negócios Inclusivos e para a Base
da Pirâmide.
Desenvolver referencial teórico para classificação de diferentes tipos de negócios
sociais a partir de suas características comuns.
Aproximar o debate sobre inovação social a luz de referências de inovação.
Relacionar o debate sobre negócios sociais com as práticas de gestão da inovação.
A metodologia utilizada por esse estudo foi feita a partir da abordagem de Miguel
(2010), levando em consideração a natureza, os objetivos, a abordagem e o método.
Trabalhos de natureza aplicada, segundo Menezes e Silva (2001), são todos aqueles
que buscam gerar conhecimentos para aplicação prática. Este estudo está inserido nesse
contexto, pois visa compreender os perfis de inovação de negócios sociais.
O objetivo é do tipo descritivo, pois se pretende realizar um levantamento dos perfis
de inovação no setor, classificação que está de acordo com a definição apresentada por Gil
(1991) em que objetivos do tipo descritivo visam delinear as características de determinada
população e fenômeno, utilizando técnicas de questionário e observação sistemática.
A abordagem foi combinada, isso quer dizer quantitativa e qualitativa, onde buscou-
se avaliar de forma numérica, através da análise dos dados, quais os fatores compõem os
perfis de inovação dos negócios sociais brasileiros, mas utilizaram-se também aspectos
qualitativos, como os abordados em algumas perguntas dos questionários.
Quanto à metodologia, o método escolhido foi a survey, que conforme Miguel (2010)
e Berto e Nakano (2000), é um dos métodos propostos para uma abordagem quantitativa de
estudos em Engenharia de Produção. Esse método consiste na utilização de um instrumento
de coleta de dados e a aplicação deste a uma amostra. Nesse trabalho, essa metodologia foi
18
escolhida por ter sido considerada a mais adequada para se utilizar na análise dos
empreendedores alvo desse trabalho.
continuamente inovar, adaptar e aprender, age com ousadia sem se limitar aos recursos a que
dispõe no momento e presta contas com transparência.
A Figura 2 representa uma proposição do entendimento do conceito de
Empreendedorismo Social desse trabalho, evidenciando a amplitude do conceito a partir da
revisão de literatura, onde os autores mostram que tanto organizações com ou sem fins
lucrativos podem fazer parte do conceito de Empreendedorismo Social, o qual pode ser
distinguido do Empreendedorismo Comercial pela prioridade que dá a criação de riqueza
social frente à criação de riqueza econômica (AUSTIN et al., 2006; YUNUS et al., 2010).
2.2.1 ORIGENS
4
SEBRAE é uma entidade privada que promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável
dos empreendimentos de micro e pequeno porte – aqueles com faturamento bruto anual de até R$ 3,6 milhões.
(SEBRAE, 2017)
5
NESsT é uma organização sem fins lucrativos que atua no desenvolvimento negócios sociais
sustentáveis que resolvem problemas sociais críticos nas economias de mercado emergentes. (NESsT, 2017)
6
Apesar do conceito seminal desenvolvido por Prahalad ser mais uma proposta de posicionamento
estratégico para empresas, do que realmente demonstrar uma preocupação com impacto social, o presente estudo
entende que negócios focados em promover a melhoria das condições de vida para a população da Base da
pirâmide e tem esse impacto como central, podem também ser incluídos no vasto campo de Negócios Sociais.
25
Surgiu no início dos anos 2000, a partir da emergência dos chamados negócios
sociais ou inclusivos e enfatiza iniciativas de mercado que buscam a redução da pobreza e a
transformação das condições sociais para indivíduos marginalizados, as quais devem gerar um
impacto social positivo, eficaz e, sobretudo, a longo prazo (TISCOSKI et al, 2013). O
conceito de Negócios Inclusivos é mais explorado na seção seguinte 2.2.7 – Negócios
Inclusivos.
O Quadro 3 resume os conceitos de cada uma das vertentes descritas acima.
Granados et al (2011) ressaltam que os estudos nessa área ainda são escassos e
apresentam diversas lacunas no Brasil. O entendimento da origem dessas organizações no
Brasil é ligado ao terceiro setor (JOÃO, 2014; ROSINA et al., 2014; KIYAMA et al., 2014).
No Brasil, mais especificamente, o termo mais utilizado é Negócio Social, recorrendo a diferentes
influências dos conceitos europeus e americanos. Pode-se utilizar como exemplo o Quadro 4, a seguir, com base
no trabalho Comini7 et al. (2012) e Conde Junior (2014) fazem a análise das características de três negócios
sociais brasileiros: o Banco Pérola, CDI LAN e 4YOU2. Análise com a qual podemos perceber que os negócios
7
O presente estudo considera “negócio social” aquele que tem no impacto social, o core de sua
organização, portanto por considerar o Coletivo Coca-Cola (exemplo utilizado pelos autores do quadro
inicialmente) como uma iniciativa de Responsabilidade Social Corporativa (CSR), optou-se por buscar novo
exemplo de negócio social brasileiro para compor o quadro.
29
sociais brasileiros surgem da necessidade e contexto em que estão inseridos e seguem um conceito único, mas
são influenciados por características das vertentes americana, europeia e de outros países emergentes.
Banco Pérola 4YOU2 CDI LAN
Principalmente
impacto social Principalmente
(métodos resultados financeiros
qualitativos e (receita e
Principalmente
quantitativos). rentabilidade).
impacto social (métodos
Medida de Os resultados A avaliação do
qualitativos e
impacto financeiros são impacto social está sendo
quantitativos).
medidos através do implementada através do
CRM, mas o ponto GIIRS (Sistema de
de equilíbrio ainda relatório de investimento
está para ser de impacto).
alcançado.
Quadro 3: Características de Três Modelos de Negócios Sociais Brasileiros
Fonte: A autora; adaptado de Comini et al., 2012; Conde Junior (2014); 4YOU2, 2017.
A partir do quadro pode-se observar que o Banco Pérola é bastante pautado por
características da vertente europeia, por surgirem dentro de iniciativas de ONGs, mas também
com características de países emergentes asiáticos que reinvestem seus lucros dentro da
organização para impulsionar o crescimento e o impacto social. A organização CDI LAN, por
outro lado já defende a divisão de dividendos aos acionistas. Enfim, os negócios sociais
brasileiros são diversos e buscam soluções criativas aos problemas das comunidades ao redor
deles.
Negócios sociais são empreendimentos que surgem desde sua concepção, como
“qualquer iniciativa que gere valor social como principal objetivo estratégico e direciona sua
ação de forma inovadora” (NICHOLLS, 2006, p.3). Naigeborin (2010) cita seis diferentes
atores da sociedade que, movidos por diferentes objetivos, os Negócios Sociais surgem:
Empreendedores e lideranças sociais: buscam autonomia financeira em seu
projeto social
Empreendedores de negócios e executivos que já tendo conquistado o
equilíbrio financeiro buscam aplicar seus talentos para criar modelos de
negócios mais inclusivos
Empresas interessadas em desenvolver negócios para a Base da Pirâmide
(BoP) por enxergarem o potencial desse mercado
Investidores de risco que buscam novos nichos de investimento com lucro e
impacto social são também chamados de Impact investors
31
Investidores filantrópicos que buscam retorno de sua doação para que possam
reinvestir em outras iniciativas sociais e
Empreendedores da nova geração que buscam um modelo que gere impacto
social positivo e lucro, características que muitas vezes andam por caminhos
separados nos modelos tradicionais de negócios.
Portocarrero (2010), por sua vez, destaca quatro maneiras de como Negócios Sociais
podem gerar impacto social:
Aumento de Renda como meio de inclusão social tanto gerando empregos quanto
fazendo com essas pessoas participem da cadeia produtiva, como fornecedores de
bens e serviços e não só como consumidores.
Acesso a bens e serviços: Redução ou eliminação de barreiras como preços altos
ou educação e informação como forma de melhorar a tomada de decisões
econômicas ou capacitação profissionalizante.
Construção de cidadania: Criar uma identidade coletiva e sentimento de
pertencimento da comunidade, além da participação ativa no mercado
promovendo a superação de estigmas sociais, dando dignidade e reconhecendo os
direitos das pessoas envolvidas.
Desenvolvimento de capital Social: Disponibilidade de recursos, mas de maneira
que se forme uma rede duradoura de reciprocidade e cooperação mútua.
Smith et al. (2013) identificam pontos de tensão dentro dos negócios sociais, como
descritos no Quadro 5:
Como os líderes da
Dificuldade de mensuração e organização definem
Objetivos, métricas,
comparação dos impactos sociais sucesso, dado os diferentes
Relacionadas a atender as
gerados; Resultados financeiros, objetivos (e o risco que o
desempenho expectativas dos
no entanto, tendem a ser mais sucesso econômico pode
stakeholders.
simples de mensurar e comparar. comprometer o objetivo
social)?
32
Como gerenciar a
contratação para engajar
diferentes profissionais
Para alcançar objetivos para que trabalhem
Dinâmicas
econômicos e sociais, existe uma harmoniosamente? Até que
divergentes devido as
Relacionadas a tendência de contratar ponto as organizações
estruturas, cultura,
organizações profissionais com diferentes e não diferenciam e integram a
práticas e processos
necessariamente, capacidades missão social e os
diferentes.
convergentes. negócios? Qual a forma /
estrutura organizacional
que a organização deve
adotar?
Colaboradores e outros
Identidades stakeholders são usualmente
Relacionadas ao Como a organização pode
divergentes entre divididos naqueles que se
sentimento de administrar identidades e
grupos, subgrupos e a identificam mais com a missão
pertencimento expectativas divergentes?
organização. social e aqueles que se
identificam com o negócio.
Objetivos sociais tendem a visar Como é que o negócio
cenários de longo prazo. organização com agendas
A linha do tempo é Enquanto que negócios focam de curto e longo prazo?
Relacionadas ao diferente no processo mais em resultados de curto Como a organização
aprendizado de mudança, prazo. Um crescimento do buscou resultados
crescimento e escala. impacto social pode enfraquecer financeiros de curto prazo
resultados financeiros e vice- para expandir seus
versa. resultados sociais?
Quadro 4: Tipos de tensões enfrentados dentro de negócios sociais
Fonte: Smith et al. (2013). Traduzido pela autora
Apesar da grande oportunidade representada por negócios sociais e por modelos
correlatos, ainda há um extenso campo a ser estudado, desenvolvido e estruturado. Essas
propostas são novas, visto suas recentes origens. Tendo em vista esse aspecto e dado o foco
desse estudo em negócios sociais, julgou-se importante destacar os desafios enfrentados pelos
empreendedores desse novo modelo de negócio e também mostrar quais são suas motivações
para o envolvimento e desenvolvimento de negócios no setor.
2.2.5 DESAFIOS
2.2.6 MOTIVAÇÕES
Um dos aspectos que geram bastante interesse são as motivações que embasam as
ações dos empreendedores sociais. Em um estudo, Jayawarna et al. (2011) identificaram que
esses empreendedores avaliam a contribuição para a comunidade como seu principal motivo e
possuem uma preocupação mínima por benefícios e status material.
Mair e Noboa (2006) afirmam que os empreendedores sociais são motivados por
forças internas e externas a eles. As forças internas vêm dos valores pessoais, influenciados
pela família, amigos, líderes religiosos, e professores que estimulam a empatia e o altruísmo.
Além disso, uma experiência empresarial anterior bem-sucedida confere ao empreendedor
social autoconfiança. Com relação às forças externas, os autores identificam o envolvimento
com o setor social ou a exposição a problemas sociais. Além de esse contexto facilitar a
identificação de oportunidades, acabam por desenvolver a consciência e o inconformismo
nessas pessoas. Enfim, de acordo com os autores, essas forças, internas e externas,
trabalhando em conjunto, impulsionam o empreendedor a agir.
Sob outra perspectiva o trabalho de Williams e Nadin (2011) na Grã-Bretanha,
identifica e discerne os empreendedores sociais a partir de dois tipos de razões para sua
atividade: a individualista ou a social. As razões individualistas incluem o desejo de trabalhar
de forma mais autônoma, não ter um chefe ou ter uma nova ocupação após a aposentadoria.
As razões sociais incluem ajudar outras pessoas ou melhorar o meio ambiente.
Zahra et al. (2009) classificam empreendedores sociais em três tipos de acordo com
suas motivações e o alcance de suas ações: Empreendedores “Artesãos”, os Construtores
Sociais e os Engenheiros Sociais. Parte do primeiro grupo, os autores citam os
Empreendedores Artesãos como aqueles que identificam e são motivados a agir por
problemas sociais locais. Conhecedores da situação e do contexto onde vivem, buscam os
recursos e, com seu conhecimento prático, agem em favor a causa escolhida. Os autores
definem suas motivações como nobres, movidas pelo coletivo, seus empreendimentos são
pautados pela legitimidade para servir e na governança.
O segundo exemplo, os Construtores Sociais são aqueles que em estado de alerta
identificam oportunidades para desenvolver produtos, bens e serviços e podem chegar a ter
alcance regional, nacional ou até global. As motivações desse grupo são a esperança de atingir
equilíbrio para os sistemas sociais e a sede por mudanças e reformas sociais.
E por fim, os Engenheiros Sociais que são aqueles que identificam os problemas,
muitas vezes complexos, e não encontrando soluções dentro das instituições existentes, criam
35
Teodosio et al. (2012) citam que muitos consideram que negócios inclusivos e para
Base da Pirâmide (BoP), tema analisado na próxima seção (2.2.8), se sobrepõem e até mesmo
se referem ao mesmo assunto, mas seus objetivos e as formas como estes combatem a pobreza
podem ser diferentes, ou até mesmo as barreiras que estes enfrentam podem divergir. Este
trabalho trata desses dois tipos de negócios de forma separada, sendo BoP analisado na
próxima seção.
Martins (2013) identifica semelhanças do conceito com Negócios Sociais a partir do
momento em que os dois tipos geram impacto social e podem até fazer parte do mesmo setor
econômico. A mesma autora ressalta que a diferença principal está na forma como o impacto é
gerado, sendo que o negócio inclusivo não necessariamente gera impacto social com seus
produtos ou serviços, mas sim com sua forma de produção que inclui pessoas da BoP na sua
cadeia de valor.
A fim de esclarecer melhor o conceito de Negócio Inclusivo empresta-se a definição
utilizada no âmbito do G208, no qual esses negócios são definidos como aqueles que:
“Oferecem em seu core business, bens, serviços e sustento de maneira
comercialmente viável, em escala ou escalável, para as pessoas que vivem na
base da pirâmide econômica, tornando-as parte da cadeia de valor das
empresas como fornecedores, distribuidores, revendedores ou clientes”
(PNUD; World Bank Group, 2015).
8
G20: Grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores
economias do mundo mais a União Europeia.
36
O Brasil tem cerca de 100 milhões de pessoas vivendo na base da pirâmide (BOP), o
que confere ao ecossistema de negócios sociais e inclusivos extrema relevância no contexto
nacional. (PNUD, WORLD BANK GROUP, 2015)
Definindo o conceito, Negócios para a Base da Pirâmide são mecanismos dos quais
as empresas devem se valer para aproveitar as oportunidades de negócios nas classes de
menor poder aquisitivo da sociedade.
9
AVINA é uma fundação latino-americana que trabalha para o desenvolvimento sustentável a partir
de alianças com lideranças sociais e empresariais. (AVINA, 2008)
37
O conceito de base da pirâmide foi introduzido por Prahalad et al. (2002) com o
intuito de chamar a atenção para as aproximadamente quatro bilhões de pessoas de baixa
renda que formam a base da pirâmide econômica mundial. Mesmo com condições de
consumo restritas, essa grande quantidade de pessoas poderia representar um vasto mercado
para empresas (SIMONETTI et al., 2012).
Representada pela Figura 4, o lado esquerdo da pirâmide se encontra a faixa de
riqueza de cada grupo e do outro, a quantidade de pessoas da população mundial dentro de
cada uma dessas faixas.
Com base na pirâmide econômica (Figura 4), pode-se compreender como a riqueza
mundial é bastante concentrada nas mãos de poucas pessoas. De acordo com o relatório
lançado pelo banco Credit Suisse (2016), 0,7% da população mais rica acumula mais da
metade de toda a riqueza global.
Dentro do contexto de combate à pobreza e consciente de que essa grande parcela da
população mundial poderia representar como mercado que Prahalad e Hart (2002. Traduzido
pela autora) afirma:
Base da Pirâmide 1.0 (Prahalad e Hart, Base da Pirâmide 2.0 (Hart e Simanis,
2002) 2008)
"Vender para os pobres" "Empreender em conjunto"
BoP como consumidor BoP como parceiro de negócios
Ouvir atentamente Dialogar profundamente
Reduzir preços Expandir possibilidades
Redesenhar embalagens e estender a Combinar competências e construir um
distribuição comprometimento compartilhado
Relacionar-se com a comunidade de maneira
Relacionar-se de maneira indireta e impessoal,
direta e pessoal, com facilitação por meio de
com mediação de ONGs
ONGs
Quadro 5: Diferenças em conceitos da BoP
Fonte: Hart e Simanis (2008)
Prahalad e Hart (2002) citam algumas estratégias que devem ser adotadas pelos
negócios para a Base da Pirâmide que são sintetizadas no Quadro 7:
Desempenho de Preço Qualidade
39
Definição
Quadro 8: Principais Stakeholders envolvidos no ecossistema de negócios para Base da Pirâmide e seus papéis
Fonte: Scherer (2014); World Economic Forum; Boston Consulting Group (2009).
10
O exemplo do Quadro de Petrini et al era Coca-Cola vendida a R$1,00 para BoP. Porém por se
considerar que o core business da empresa Coca-Cola não ser o impacto Social, o presente estudo não a
considera um negócio social.
43
Por fim, a busca por um propósito mais elevado que a mera obtenção de lucro vem
sendo construída há décadas, como pode ser visto também em outras frentes de estudo, como
a do Valor compartilhado representado principalmente pelo trabalho ‘Creating Shared Value:
How to reinvent capitalism – and unleash a wave of innovation and growth’ de Porter e
Kramer (2011) e de Capitalismo Consciente representado pelo livro ‘Conscious Capitalism: a
better way to win’, por MacKey e Sisodia (2014), os quais são analisados nas seções
seguintes.
Para Mackey e Sisodia, o Capitalismo com lucro em primeiro lugar já não se sustenta
mais. Para eles, “Negócios não têm a ver com fazer o máximo de dinheiro possível. Têm a ver
com a criação de valor para as partes interessadas”. (MACKEY e SISODIA, 2014)
Trata-se de uma filosofia empresarial que incorporando a ideia de que as empresas
precisam adotar um propósito maior do que somente a maximização de lucro, busquem gerar
44
valor para todos seus stakeholders e se preocupem com o meio ambiente e a sociedade em
que vivem (FORLEO, 2016)
Essa nova perspectiva de empresas é baseada em quatro grandes pilares (SISODIA,
2011; MACKEY e SISODIA, 2014):
1. Propósito Maior: As empresas devem atuar com um objetivo
maior além da maximização de lucros, tratando seu propósito maior como a razão
de existir da empresa. A empresa deve criar uma cultura de valores
compartilhados, o que a auxilia a criar engajamento com diferentes públicos e
aumentar os níveis tanto de satisfação quanto de compromisso ético.
2. Integração de Stakeholders: Esse pilar descreve o
reconhecimento da importância dada a cada um de seus stakeholders. A empresa
deve estabelecer uma relação de benefício mútuo entre as partes, alinhando
interesses e otimizando o valor para a rede.
3. Liderança Consciente: Esse pilar destaca que os lideres
conscientes devem ser motivados por servir ao propósito da empresa e não pelo
dinheiro. Destacam a atuação de líderes como mentores, motivando e inspirando
pessoas, ao mesmo tempo em que apresentam altos níveis de inteligência
analítica, emocional e espiritual.
4. Cultura e Gestão conscientes: Desenvolvido naturalmente a
partir dos outros pilares, destaca-se aqui a cultura de descentralização, autonomia
e colaboração dentro da empresa.
García (2011) destaca que o Capitalismo Consciente emerge como um novo
paradigma econômico, caracterizado por um movimento de inovação social por parte das
empresas, envolvendo também outros setores, como o público, o privado e o social, além de
orientá-las para o bem comum. Segundo o mesmo autor, essa corrente de pensamento busca
transformar a negativa imagem do Capitalismo e não se trata de uma utopia, ou um propósito
intangível. Mackey e Sisodia (2014) contam que já existem empresas que seguem essa
filosofia na prática, como por exemplo, Whole Foods Market, The Container Store,
Patagonia, Starbucks, UPS, Google, Twitter. Essas empresas buscam valor a longo prazo não
só para ela própria, mas para a sociedade em geral com trabalhadores mais engajados, clientes
fiéis e confiantes, fornecedores inovadores e rentáveis, e comunidades a sua volta ambiental e
socialmente equilibradas.
Enfim, diante de todos esses pilares e aspectos da filosofia do Capitalismo
Consciente que se comprova o grande diálogo com o propósito de gerar impacto dos negócios
45
2.3 INOVAÇÃO
Hitt, Ireland e Hoskisson (2002) Processo para criar um produto comercial a partir de uma invenção.
2.3.1 CLASSIFICAÇÕES
11
Publicação da OECD e do Gabinete Eurostat, é o principal documento sobre atividades de inovação.
49
Nova resposta, definida na ação e com efeito duradouro, para uma situação
Cloutier (2003) social considerada insatisfatória, que busca o bem-estar dos indivíduos
e/ou comunidades.
Howaldt e Schwarz Nova combinação de práticas sociais cujo objetivo é melhor satisfazer as
(2010) necessidades sociais não atendidas.
Comini (2016) observa que não existem estudos que façam uma ponte entre inovação
tradicional e inovação social. Sendo que os autores que tratam inovação social o fazem como
se fossem um campo de estudo totalmente diferente. A autora identifica cinco principais
diferenças entre a inovação tradicional e a social: Quanto a questão do valor, estratégia, lócus
de inovação, processo e difusão de conhecimento, representados no Quadro 16 a seguir.
Gestão da inovação é a busca pela compreensão dos fatores que podem determinar o
sucesso ou fracasso de um empreendimento, segundo Bessant e Tidd (2009).
Davila, Epstein e Shelton (2007) ressaltam que a organização que ficar à margem do
processo de inovação permanecerá estagnada e seus concorrentes se favorecerão, ou seja, a
capacidade de inovar é atualmente considerada uma das mais importantes características de
organizações competitivas.
Mata (2008) destaca que a gestão da inovação de uma empresa é “um processo
multidisciplinar que envolve várias áreas como: Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D), Desenvolvimento de Produtos e Serviços, e acima de tudo, mudança e
desenvolvimento organizacionais”.
Um dos modelos mais importantes e estudados para a gestão da inovação é o
desenvolvido por Bessant e Tidd, em 2009. De acordo com o modelo desses autores, a medida
54
Na quarta seção, as perguntas são sobre organização para inovação, ou seja, como
são divididas ou não as responsabilidades dentro da organização e se há um planejamento
dentro da organizaçãodela para a gestão do conhecimento e treinamento dos colaboradores.
57
O objetivo do trabalho foi colher a visão dos Negócios negócios de que objetivam
Impacto impacto Social social que e atuam no território brasileiro quanto a à gestão da
Inovaçãoinovação. Para o envio do questionário foi desenvolvido um banco de dados de
negócios sociais brasileiros distribuídos de acordo com a região do país em queonde está
localizada sua matriz. Para tal, foram consultados os sites de organizações de suporte aos
negócios sociais brasileiros, presentes no Anexo B, e a partir do contato encontrado, era
enviada a pesquisa.
Com isso, 615 negócios empresas foram listadaos e contatadaos no período entre 2 a
15 de outubro de 2018, sendo recebidas 96 respostas ao questionárioe obteve-se 96 retornos.
() Alguns representantes de negócios que não quiseram ou puderam responder à pesquisa
apresentaram retornaram o contato e deram justificativas para não responder como falta de
tempo, falta de compreensão e equipe reduzida. Um dos representantesdeles ainda ressaltou
que não se sentia confortável em abrir disponibilizar o tipo de informação requeridsolicitadao
no questionário. Em alguns casos também houve o retorno do e-mail em função de falhas de
envio. Ainda tem de se ressaltar que () e-mails falharam no envio.
A tabela Tabela 1 abaixo mostra a quantidade de e-mails enviados por região e
quantas respostas foram recebidas
Fonte: A autora
A partir disso, partiu-se para a análise dos dados.
Seguindo o que foi apresentado no item anterior, para a análise das respostas recebidas
em questões abertas procurou-se identificar um padrão nas respostas, de forma a tentar
compreender e inferir o que as respostas
Já na coleta análise de dos dados em das questões fechadas, para determinar os níveis
de concordância ao conceito de inovação apresentado, foi estruturada uma escala linear com
cinco opções de classes qualitativas que para a análise dos dados coletados foram convertidas
para numéricas posteriormente. O Quadro 12 apresenta o critério utilizado para a conversão
dos dados citados.
Concordo totalmente 5
Concordo parcialmente 4
Discordo parcialmente 2
Discordo totalmente 1
Quadro 12 - Conversão das classes do roteiro interpretadas como qualitativas para quantitativas
Fonte: A autora
A partir dos dados convertidos, os dados relativos foram tabulados e calculados e são
apresentados no próximo capítulo.
59
RESULTADOS
3.5.1 Localização
A maioria dos negócios que responderam à pesquisa são é da região Sudeste, sendo
que (40) % de toda a amostra estão localizadoslocalizam-se em São Paulo.
Fonte: A autora
3.5.4.2 Faturamento
A maior porção dos negócios tem faturamento de até 81 mil reais anual.
A maior parte dos respondentes diz gerar impacto social e retorno financeiro
simultaneamente, o representa que corresponde a 85% dos respondentesdo total. A partir
dessa pergunta as respostas daqueles que não se encaixam na definição de negócios sociais
desse trabalho, no requisito priorizar o impacto social ao lucro, foi desconsideradoforam
desconsideradas.
63
Esta era uma pergunta em que o respondente poderia escolher mais de uma opção de
resposta, portanto a amostra foi bastante heterogênea, porém se destacam a quantidade de
empresas relacionadas a saúde (5) %, Educação (4) %, Finanças sociais (4) %, Meio ambiente
(4) %, Cidades (Habitação/mobilidade urbana) (4) %, agricultura (3) % e tecnologias verdes
(3) %.
Esta era uma pergunta em que o respondente poderia escolher mais de uma opção de
resposta
(47) % - Proporciona aumento de renda (através da melhora da produtividade, da
criação de um ambiente mais organizado, da eliminação de intermediários na comercialização
e a partir de assessorias ou capacitação de uma empresa interessada nos produtos para aplicar
novas técnicas, reduzir custos e melhorar a qualidade dos produtos)
(14) % - Proporciona acesso a bens e serviços (utilizando da estratégia de chegar
fisicamente a zonas rurais ou urbanas periféricas com serviços novos, produtos de melhor
qualidade e preços reduzidos com formas de pagamento flexíveis.)
64
3.5.10 Inovação
A maioria dos negócios diz ter introduzido nos últimos 5 anos um novo produto, seja
ele bem ou serviço, no mercado, o que representou 90% dos respondentes.
65
A maior parte das organizações nunca contou com o apoio de alguma instituição de fomento
ou intermediação (a exemplo do SEBRAE, BNDES, etc.)
Inconclusivo
A maioria das empresas dizem implementar metodologias de gerenciamento para tornar seus
processos mais ágeis e flexíveis.
A empresa emprega metodologias formais que ajudam a projetar, desenvolver e lançar novos
produtos.
Inconclusivo
72
A maioria das empresas não possui um planejamento formal para treinamento de funcionários
A maioria das empresas trocam informações com outras empresas e profissionais externos,
para melhor compreensão de seus clientes, processos e produtos.
Figura 36: desenvolve tecnologias, produtos e processos conjuntamente com outras empresas e profissionais
externos
Fonte: A autora
A maioria das empresas trocam informações com instituições de ensino e pesquisa, para
melhor compreensão de seus clientes, processos e produtos.
Figura 38: desenvolve tecnologias, produtos e processos conjuntamente com instituições de ensino e pesquisa
Fonte: A autora
A maioria das empresas mantém bons relacionamentos (ganha-ganha) com os fornecedores.
A maioria das empresas diz envolver os consumidores e usuários finais de seus produtos e
serviços no seu desenvolvimento.
Figura 40: envolve os consumidores e usuários finais de seus produtos e serviços no seu desenvolvimento
Fonte: A autora
Enfim, apesar de, para fins metodológicos, esse estudo restringir os conceitos de
negócios com impacto social, entende-se que a mudança de foco dos negócios e de toda a
sociedade, de uma cultura mais individualista e que visa o lucro e o benefício próprio, para
um pensamento coletivo, com organizações, sejam elas com fins lucrativos ou não, que gerem
impacto positivo a todos os envolvidos, pode ser considerado um avanço que contribuirá para
uma melhoria de condições de vida para todos.
82
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
?
83
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mar. 2017.
ANEXO A – QUESTIONÁRIO
Aspectos do negócio
E-mail
___________________________________________________
( ) Entre 50 e 99
( ) Mais de 100
Estratégia de Inovação
1. Selecione dois fatores considerados mais relevantes para o negócio:
2. A organização se utilizou formalmente de algum dos mecanismos abaixo nos
últimos dois anos?
3. A organização reserva recursos (tempo, pessoas e/ou orçamento) para atividades
relacionadas a inovação.
94
Processo de Inovação
1. A empresa emprega algum mecanismo formal para geração, seleção e
implementação de ideias de colaboradores?
2. A empresa implementa metodologias de gerenciamento para tornar seus processos
mais ágeis e flexíveis.
3. A empresa emprega metodologias formais que ajudam a projetar, desenvolver e
lançar novos produtos. Pode citar algum desses mecanismos?
4. A empresa analisa sistematicamente seus erros para melhorar suas atividades e
processos.
5. A empresa adota um sistema de suporte e recompensa pró-inovação.
Aprendizagem e networking
1. A empresa troca informações com outras empresas e profissionais externos, para
melhor compreensão de seus clientes, processos e produtos.
2. A empresa desenvolve tecnologias, produtos e processos conjuntamente com
outras empresas e profissionais externos.
3. A empresa troca informações com instituições de ensino e pesquisa, para melhor
compreensão de seus clientes, processos e produtos.
4. A empresa desenvolve tecnologias, produtos e processos conjuntamente com
instituições de ensino e pesquisa.
5. A empresa mantém bons relacionamentos (ganha-ganha) com os fornecedores.
6. A empresa envolve os consumidores e usuários finais de seus produtos e serviços
no seu desenvolvimento.
7. A empresa compara sistematicamente produtos e processos com os seus
concorrentes.
Comentários adicionais e sugestões: