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Aula 02

Português p/ Câmara Municipal - BH (Todos os Cargos) Com videoaulas

Professor: Felipe Luccas


PORTUGUÊS – CÂMARA MUNICIPAL BH 2017
teoria e questões
Aula 02– Felipe Luccas Rosas

AULA 02
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

Sumário
Sumário .........................................................................................................................................................................1
Considerações Iniciais ........................................................................................................................................2
Tipos de Sujeito: ................................................................................................................................................2
Concordância com o sujeito simples.......................................................................................................3
Concordância com o sujeito composto ............................................................................................... 30
Concordância Nominal ..................................................................................................................................... 43
Considerações finais ......................................................................................................................................... 49
Mais questões comentadas .......................................................................................................................... 49
Resumo ....................................................................................................................................................................... 58
Lista de Questões................................................................................................................................................ 62
Gabaritos ................................................................................................................................................................... 80

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teoria e questões
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CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL


Considerações Iniciais
A regra básica da concordância verbal é simples. O verbo concorda em número
e pessoa com o sujeito: O menino comprou um peão. Os meninos compraram
um peão.

Infelizmente, as bancas não nos dão essa moleza. Tentaremos aqui sempre
olhar para a concordância pelo viés semântico, que ajuda muito. Explicarei esse
critério mais adiante.

Para facilitar a leitura e a localização do sujeito e do verbo, que devem entrar


em acordo, temos que lembrar da ordem direta das frases:

Sujeito + verbo + complementos + adjuntos


Fulano fez alguma coisa ontem

As bancas vão apresentar frases “acrobáticas”, com esses elementos


fora da ordem, dificultando a localização dos termos que devem concordar. A
dica é marcar o verbo e puxar aquela setinha até o sujeito.

Vamos estudando as regras mais cobradas e em seguida vendo sua aplicação


nas provas.

Tipos de Sujeito:

As regras de concordância são mais facilmente entendidas se o aluno lembrar quais


são alguns dos tipos de sujeito existentes. Vamos a eles de forma resumida:

Simples: 1 Núcleo (nome ou pronome)>> João Saiu

Composto: 2 ou + Núcleos (nome ou pronome)>>João e maria saíram

Indeterminado: 3ª pes.sing ou "se" indet.>> Disseram isso/Vive-se bem aqui

Desinencial/Elíptico: está na terminação do verbo>> FomOS lá (suj: nós).

Temos também que lembrar as orações sem sujeito. Elas serão assim
classificadas se trouxerem verbos impessoais, que não concordam com
nenhum sujeito, tais como haver, no sentido de existir e de tempo
decorrido, e expressões que indicam fenômenos da natureza.

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Ex: Choveu torrencialmente ontem.

Ex: Amanheceu nublado.

Ex: Há pessoas ruins no poder. Há anos é assim.

Concordância com o sujeito simples.


O sujeito simples só tem um núcleo, ou seja, só um agente, que será um
nome (ex: João) ou pronome (ex:ele), por isso, leva o verbo para o singular. A
banca dificulta a identificação do sujeito, afastando-o de seu verbo. Marque o
verbo e procure quem está realizando aquela ação.

Ex: Meu pai, que foi um homem de grandes talentos, vícios e teimosias, e que
teve dois filhos, que deram a ele três netos, acreditava mais no talento do que
na sorte...

Meus caros, é isso que a banca faz: Insere vários termos em pessoa e número
diferentes antes do verbo, para induzir uma concordância atrativa equivocada.
Vejam só:

1. (FCC- ELETROSUL - 2016)- adaptada.


Uma frase escrita com clareza, correção e em conformidade com o texto é:
Há quinze anos, o Google tornou acessível o conteúdo, de dicionários e
enciclopédias, para que se tornassem de fácil acesso à todos que
consultam-lhe.

Comentários:

Questão de reconhecimento do sujeito simples: o que se tornou acessível? O


conteúdo! O problema é o sujeito no singular (conteúdo) e o verbo no plural
(tornassem): conteúdo se tornassem. Observe também a oração sem sujeito:
“há 15 anos”. Verbo haver com sentido de passagem do tempo fica no
singular.
Olhe a armadilha rs: cuidado para não pensar que o sujeito é “dicionários e
enciclopédias”, esses termos são explicativos da palavra conteúdo, estão entre
vírgulas e estão preposicionados, ou seja, não poderiam ser o sujeito. Questão
incorreta.

2. (FCC- ELETROSUL - 2016)- adaptada.


Uma frase escrita com clareza, correção e em conformidade com o texto é:
Embora o saber não deva ser multiplicado, porém dividido, são louvável as
iniciativas daqueles que se empenham de compartilhar, aos outros, sua
sabedoria.

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Comentários:

Questão de reconhecimento do sujeito simples: são louvável louváveis as


iniciativas... Questão incorreta.

3. (CESPE/UNB TCE PA 2016)- adaptada.

Em relação aos elementos linguísticos do texto CB8A1AAA, julgue o item a


seguir.
A forma verbal “manifestarem” está flexionada no plural para concordar com
“as pessoas”.

Comentários:

Questão recente de mero reconhecimento do sujeito simples. Temos que


perguntar pelo sujeito: quem está se manifestando? Os reflexos? Não! As
pessoas. Sujeito no plural, verbo no plural: Pessoas se manifestarem. Questão
correta.

4. (CESPE/UNB DPU 2016)- adaptada.


No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou
justiça gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O
surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica
então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas
contendas — já dava início a situações em que constantemente as partes
se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das
demandas.
Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal
“dava” (R.6) fosse flexionada no plural, escrevendo-se davam.

Comentários:

Quem dava? O surgimento. Agora observe o quanto o sujeito Surgimento está


longe do verbo Dar...
“O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então existentes
— e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas — já dava início...”.
Há várias palavras no plural antes do verbo, para induzir uma concordância
atrativa, fique atento. Questão incorreta.

Concordância com coletivos ou partitivos


especificados:

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Essa é a regra para expressões como: a maioria de, a minoria de, uma porção
de, um bando de, um grande número de + determinante (termo preposicionado
que modifica, ou especifica, o substantivo coletivo ou partitivo).

Não se assuste com essa nomenclatura, é tudo bem simples: a expressão partitiva
“maioria” ou o coletivo “grupo”, por exemplo, não é especificada (não
sabemos maioria do que, nem grupo do quê!). Por isso, tais expressões trazem
um especificador, um determinante (maioria das pessoas, grupo de crianças).
Esses especificadores desempenham função sintática de adjunto adnominal,
pois estão juntos ao substantivo (partitivou ou coletivo). Como trazem nesse
determinante um outro substantivo, que também pode ser visto
semanticamente como agente, temos então duas possibilidades de
concordância. Veja a regra para esses casos:
1 2
O verbo concorda com o núcleo do sujeito (parte) ou do adjunto adnominal
(determinante), termo determinante ligado a ele. Tanto faz. É Facultativo.

Ex: A metade dos servidores públicos entrou/entraram em greve

Vamos entender essa análise e identificar os termos sintáticos:

Sujeito: A metade dos servidores públicos > Núcleo do Sujeito: metade


Adjunto: dos servidores públicos > Núcleo do adjunto: servidores

Veja um exemplo com coletivo especificado:

Ex: A matilha de lobos atravessou/atravessaram a montanha.

Obs 1: Se o coletivo não vier especificado (sem determinante), não vai ter esse
adjunto adnominal, então cai na regra geral, verbo concorda em número e
pessoa com o sujeito.

Ex: A matilha uivou a noite inteira/ As matilhas uivaram a noite inteira.

Obs 2: Se o determinante estiver no mesmo número do partitivo, só haverá


uma possibilidade de concordância:

Ex: A maioria do eleitorado votou na pessoa errada.

(tanto maioria quanto eleitorado estão no singular. Não faria sentido concordar
com plural.)

5. (FCC – TRF 3ªREGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO /2016)

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A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: Na frase "A maioria


das pessoas não frequentam o museu", o verbo encontra-se no plural por
concordar com "pessoas", ainda que pudesse, no singular, concordar com
"maioria".

Comentários:
“A maioria” é expressão partitiva e veio acompanhada por um determinante, “das
pessoas”. O verbo, então, poderá concordar com “maioria”, que é o núcleo do
sujeito, ou com o “pessoas”, que é o núcleo do adjunto adnominal “das pessoas”.
Em outras palavras, é possível concordar no plural com o determinante (a
expressão preposicionada) ou no singular com a expressão partitiva. Questão
correta.

6. (CESPE/UNB- SEDF/2017)
Em “A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente
desses grupos socioeconômicos”, a forma verbal “chegam” poderia ser
corretamente flexionada no singular. Nesse caso, o pronome “que” retomaria o
núcleo do sujeito da oração principal.

Comentários:
O pronome relativo “que” tem um antecedente, um termo que ele retoma
(se refere). O verbo deve concordar com ele. Essa é a regra.
No caso de uma expressão partitiva, podemos entender que o antecedente pode
ser tanto o núcleo do sujeito quanto o núcleo do adjunto, da mesma forma que
ocorre com a regra geral de concordância com uma expressão partitiva que tenha
um determinante. Portanto, o verbo poderá concordar com ambos.

A maioria dos alunos que chega/chegam à escola

Na redação original, o “que” retoma o núcleo do adjunto adnominal


(dos alunos que chegam), portanto, o verbo concorda no plural com “alunos”.
“núcleo do adj.adn”

A maioria dos alunos que chegam à escola

Na redação alternativa da banca, temos a outra possibilidade correta:


“núcleo do sujeito”

A maioria dos alunos que chega à escola

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Portanto, a segunda opção também está correta, pois o verbo está concordando
no singular com o núcleo do sujeito (maioria), de modo que este é o antecedente do
pronome relativo “que”, isto é, o termo que está sendo retomado por ele.
Eu fiz essa análise profunda por efeito didático, para fornecer a “lógica” da
regra. Saliento que o que você deve levar para a prova é que expressões
partitivas e coletivas admitem dupla concordância. Questão correta.

7. (CESPE/UNB- Anvisa- Dezembro/2016)


Ao combater a febre amarela, Oswaldo Cruz enfrentou vários problemas. Grande
parte dos médicos e da população acreditava que a doença se transmitia pelo
contato com roupas, 4 suor, sangue e secreções de doentes.

A forma verbal “acreditava” (R.3) está flexionada no singular para concordar


com a palavra “parte” (R.2), mas poderia ser substituída sem prejuízo à
correção gramatical pela forma verbal acreditavam, que estabeleceria
concordância com o termo composto “dos médicos e da população” (R.2).

Comentários:
Exatamente. Em expressões partitivas, o verbo pode concordar no singular com
o núcleo do sujeito (parte) ou no plural com o determinante (dos médicos e da
população). Questão correta.
8. (PREFEITURA SG- BIO RIO/ Analista Contabilidade-2016)
“Um grupo de crianças está ajoelhado”.
A afirmação adequada sobre a concordância dos termos nesse segmento é:
o sujeito “um grupo de crianças” permite uma dupla possibilidade de
concordância.

Comentários:
Em expressões coletivas com determinantes, o verbo pode concordar com o
coletivo (um grupo de crianças está...) ou com o determinante (um grupo de
crianças estão ajoelhadas). Questão correta.
9. (FCC – TRF 3ªREGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO /2016)
A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: Em "A aquisição de
novas obras devem trazer benefícios a todos os frequentadores", a
concordância está correta por se tratar de expressão partitiva.

Comentários:
Cuidado! “A aquisição de novas obras” não é expressão partitiva. Pense
bem, que parte ela indica? As expressões partitivas mais comuns são: grande
parte de; grande número de; a menor parte de; a minoria de...
O verbo deve ser flexionado no singular (deve), para concordar com o núcleo
“aquisição”. Questão incorreta.
10. (CESPE - Aud Gov (CGE PI)/Geral/2015) Adaptada-

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Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático,


me pareceu um pouco estranho. Por que a maior parte das pessoas comia
com ar religioso e contrito?
Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto, julgue o item a
seguir.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal
“comia” (l.6) poderia ser flexionada no plural.

Comentários:

Temos duas possibilidades: concordar com o núcleo do sujeito: a maior parte


das pessoas comia...
Ou concordar com o núcleo do adjunto (determinante): maior parte das
pessoas comiam
Não há prejuízo para a correção. Questão correta.

11. (FCC – TRT SC /2013)


As normas de concordância estão plenamente respeitadas na frase: A
maior parte das ondas sonoras que perpassa o nosso caminho (celulares,
rádios, TVs etc.) é inaudível para os ouvidos humanos.

Comentários:

“A maior parte de” é uma expressão partitiva, então admite tanto a


concordância com o núcleo do sujeito (a própria expressão partitiva) ou com o
núcleo do adjunto adnominal (termo que vem depois da expressão partitiva).

No caso da questão, está correto utilizar o verbo no singular:

A maior parte das ondas ... É inaudível para os ouvidos humanos.

Também seria possível a concordância com o núcleo do adjunto, “ondas”:

A maior parte das ondas ... SÃO inaudíveIS para os ouvidos humanos.

A propósito, o verbo “perpassa” também poderia vir no plural,


concordando com “ondas”. Questão correta.

12. (COPESE-UFPI- Agente Prefeitura Timon/ MA/2016)


Considerando as relações de concordância verbal presentes no texto, é
CORRETO afirmar: Na oração "a maioria das pessoas não sabem deste
problema", o verbo continuaria no plural se o sujeito fosse apenas "a
maioria".

Comentários:

Se o partitivo não vier especificado (sem determinante), não vai ter esse adjunto
adnominal, então cai na regra geral, ou seja, verbo concorda em número e

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pessoa.
A maioria votou. Maioria é singular e não há determinante no plural. Não há
como concordar no plural. Questão incorreta.

É importante saber que “determinante” é a palavra ou termo que determina,


modifica, acompanha o substantivo. Por esse motivo, tem função de adjunto
adnominal (junto ao nome). Esse substantivo que tem determinantes
“ao redor” dele é o núcleo.

No exemplo dos partitivos, geralmente é uma expressão preposicionada, com


de/da(s)/do(s)+conjunto, como em “metade dos brasileiros”. Mas pode ser
qualquer termo que acompanhe o substantivo, como artigos e pronomes:

Ex: Os 20% do eleitorado ficaram revoltados.

“os” e “do eleitorado” são determinantes (adjuntos) do núcleo 20%.

Ex: Aquele milhão de brasileiros ficou revoltado.

“aquele” e “de brasileiros” são determinantes (adjuntos) no núcleo Milhão.

Concordância com Milhão, Bilhão, Trilhão...


O Verbo concorda com o núcleo do sujeito ou do adjunto. Em outras palavras,
pode concordar com o numeral ou com seu determinante.Também é facultativo.

Ex: 1 milhão de torcedores assistiram a Copa do Mundo.


Ex: 1 milhão de torcedores assistiu a Copa do Mundo.

Concordância com fração, porcentagem e


numerais:
São duas as possibilidades: o verbo concorda com o numerador ou com o
denominador, salvo se vier determinado, caso em que o verbo concordará em
número e pessoa com o determinante (geralmente o artigo). Na porcentagem com
número decimal, o verbo concordará com o número inteiro ou com o especificador.
Veja que, de modo geral, concorda no singular ou no plural.

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Ex: 1/5 das pessoas são de classe média


Ex: 1/5 das pessoas é de classe média
Ex: 80% da população é alfabetizada
Ex: 80% da população são alfabetizados
Ex: os 80% mais velhos da população viverão ainda mais.
Ex: os 10% mais pobres da humanidade são analfabetos.
Ex: 4,2% do grupo de mulheres entrevistadas concordaram.
Ex: 4,2% do grupo de mulheres entrevistadas concordou.

Se o numeral for decimal não determinado, teremos a concordância


obrigatória no plural somente a partir do número dois:

Ex: 1,5 milhão foi gasto. (sem determinante, concorda com o numeral)

Ex: 1,5 milhão de dólares foi gasto.


com determinante, singular ou plural
Ex: 1,5 milhão de dólares foram gastos.

Ex: Seu 1,99 m de altura intimida; os 2,20m dele intimidam mais ainda.

Obs: 1,5 Milhões não existe. Sendo menor que dois, é singular. Veremos isso
em concordância nominal.

13. (CESPE/UNB AJ TRE GO 2015)


Em 1894, na primeira eleição para presidente da República, votaram 2,2%
da população. Tudo indica que, apesar de a República ter abolido o critério
censitário e adotado o voto direto, a participação popular continuou sendo
muito baixa em virtude, principalmente, da proibição do voto dos
analfabetos e das mulheres.
Julgue o item que se segue, acerca das estruturas linguísticas do texto I. O
trecho “votaram 2,2% da população” (l. 10) poderia, sem prejuízo
gramatical ou de sentido para o texto, ser reescrito da seguinte forma:
2,2% da população votou.

Comentários:

No caso das porcentagens, a concordância pode ser com o número inteiro,


antes da vírgula (2,...) ou com o especificador do numeral (da população).
Seria, então, possível a substituição proposta. Questão correta.

Concordância com expressões com pronome


que, tendo núcleo do sujeito no singular e núcleo
do adjunto no plural.

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Aqui temos outro caso de dupla concordância. Vale a regra acima, o verbo pode
1 2
concordar com qualquer um dos núcleos, do sujeito ou do adjunto
(determinante). Prestem atenção no exemplo, mais do que na regra.

1 2
Ex: Seremos nós aqueles que herdarão o reino dos céus. (aqueles herdarão)
Nuc.Suj N.Adj

1 2
Ex: Seremos nós aqueles que herdaremos o reino dos céus. (nós herdaremos)
Nuc.Suj N.Adj

Vejam outros exemplos dessa regra:

Ex: O efeito das catástrofes que se verificaram.


Ex: O efeito das catástrofes que se verificou.

Ex: Não sou um daqueles que pensam na morte.


Ex: Não sou um daqueles que pensa na morte.

*Ex: Quais de nós teríamos pensado nisso?


*Ex: Quais de nós teriam pensado nisso?

* Caso especial: não há pronome relativo que, mas o raciocínio é o mesmo.

Concordância com “que” e “quem”.


Essa regra vale para expressões como: Eu que fiz/Fui eu quem fiz/ Fui eu
quem fez.

Em sujeitos modificados por pronome relativo “que”, o verbo deve


concordar com o antecedente do “que”.

Ex: Fui eu que convidei você para a festa.

Em sujeitos modificados por pronome relativo “quem”, o verbo deve


concordar com o próprio “quem”, ficando na 3º pessoa do singular.

Ex: Fui eu quem convidou você para a festa.

Porém, também é possível concordar com o antecedente do “quem”,


geralmente um pronome reto (eu, ele, nós...).

Ex: Fomos nós quem convidamos você para a reunião.

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Veja mais alguns exemplos.

Fomos nós quem convidou você para a reunião.

(preferência) Fui eu quem recitou o poema durante a aula.

(preferência) Fui eu quem recitei o poema durante a aula.

Só não vale misturar: Foi eu que fiz...

Concordância com “predicativos”.

Lembra o que é um predicativo do sujeito? Não? Rs?

O predicativo é um termo que atribui uma característica, estado, qualidade a


um substantivo, que poderá ser sujeito ou objeto. Normalmente, o predicativo
do sujeito vem após um verbo de ligação (ser, estar, parecer, ficar, tornar-se).

Ex: Ela é bipolar


Suj. VL qualidade
Predicativo

Ex: Ele foi o mais rápido


Suj. VL qualidade
Predicativo

Ex: Ele foi o primeiro que correu


Suj. VL qualidade
Predicativo

Agora que você lembrou, anote a regra:

Se houver um predicativo, a concordância do verbo depois do “que” pode ser


1 2
feita com o sujeito da oração ou com o predicativo.

Ex: Fui eu o último que consegui a vaga.


Ex: Fui eu o último que conseguiu a vaga. (concordância com o predicativo,
termo sublinhado)

Obs: Só para aprofundar: isso ocorre porque podemos considerar qualquer dos
núcleos como “antecedente” do “que”. Assim como nas expressões partitivas e
coeltivas com determinantes.

No caso de um predicativo do objeto, a concordância é feita normalmente


com o objeto:

Ex: Achei as aulas boas . (Achar é transitivo direto; “as aulas” é o objeto direto;
“boas” é uma qualidade atribuída a “aulas”, ou seja, é um predicativo do objeto

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“aulas”. A concordância é feita normalmente, pois “boas” é um adjetivo.)

Ex: Considerei fáceis as questões e os simulados. (“questões e simulados” é o objeto


direto do verbo “considerar”; “fáceis” é o predicativo desse objeto; por ser
adjetivo, concorda normalmente com os substantivos.)

14. (CESPE/UNB- DIPLOMATA 2004)


Atendendo-se às prescrições gramaticais, o segmento “Somos nós que as
fabricamos” poderia ser substituído por “Somos nós quem as fabrica”

Comentários:
O verbo concorda com o antecedente do “que”. Se o pronome relativo for “quem”,
o verbo deve preferencialmente concordar diretamente com o “quem” (quem
fabrica), e ficar na terceira pessoa, pois essa é a regra preferencial. Esse foi o
caso da substituição correta sugerida pela banca.
Ressalto que também é possível o verbo concordar com o antecedente do
“quem”: somos nós quem as fabricamos. Questão correta.

15. (CESPE/UNB- Médico da PM de Sergipe 2006)


Na passagem “Por que não fui eu que criei a Microsoft?” (l.12-13), o segundo
“que” pode ser corretamente substituído por quem, sem modificações das
formas verbais.
Comentários:
Essa assertiva foi considerada incorreta pela banca, por afirmar que não haveria
modificações na forma verbal. O correto seria seguir a regra preferencial de o
verbo concordar com o “quem” e ficar na 3º pessoa: não fui eu quem criou a
Microsoft. Nessa prova o CESPE/UNB se posicionou no sentido de só aceitar a
regra preferencial. A ESAF, por outro lado, na prova de Auditor da RFB/2012,
aceitou também a regra não preferencial (eu quem criei). Questão incorreta.

16. (CESPE/UNB TCE SC 2016)

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Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A2BBB, julgue o


item subsequente.
A coesão e a correção gramatical do trecho “e à redução do risco de
atitudes que violem os princípios éticos” (l. 20 e 21) seriam mantidas
caso a forma verbal “violem” fosse flexionada no singular, passando,
então, a concordância a restringir-se ao termo “risco”.

Comentários:

A banca indaga se é possível a concordância abaixo.


...redução do risco de atitudes que violem viole os princípios éticos

A substituição está errada! Quando houver o pronome “que”, o verbo concorda


com o antecedente dele, ou seja, com atitudes. Até mesmo pelo sentido:
quem viola o princípio ético é a atitude, não é o risco.

redução do risco de atitudes que viole violem os princípios éticos

Fique atento à concordância do “que”. Questão incorreta.

17. (FGV- MPE RJ/Analista Processual/2016) adaptada.


“Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os
centros comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria
dos habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos
salários”.
A afirmativa sobre os componentes sublinhados nesse segmento do texto 1
está inadequada: a forma verbal sofrem deveria ser substituída pela
forma correta sofre

Comentários:
Questão maldosa. Apesar de haver uma expressão partitiva, há um pronome
relativo “que”, logo, o verbo “sofrer” deve concordar com o
antecedente do “que”, ou seja, com a palavra “habitantes”. Assim, está
correta a redação no plural “sofrem”.
Rigorosamente, essa forma não deveria ser substituída por “sofre”, até “poderia”,
mas não há obrigatoriedade, pois expressões partitivas admitem concordância com
o sujeito ou com o determinante. Então, o “que” poderia retomar um ou outro
núcleo. Ainda que não houvesse o “que”, seria facultativo flexionar o verbo
no singular ou no plural. Portanto, a banca diz que está inadequada a assertiva
e está mesmo. Questão correta.

Concordância com sujeito oracional:


Em diversas ocasiões na língua, o sujeito do verbo é uma oração. Ela será
chamada de subordinada substantiva subjetiva justamente por exercer essa

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função de sujeito. Ela pode ser substituída pelo pronome ISTO, e, por essa
razão, leva a concordância para o singular.

Ex: É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.


Sujeito
(isto)

Ex: Parece que dizes te amo Maria.


Sujeito
(isto)

Ex: Convém que digas a verdade ao advogado.


Sujeito
(isto)
Ex: Coube a elas resolver o problema.
Sujeito
(isto)

18. (FCC - ATE (SEFAZ PI)/2015)- Adaptada.


Está inteiramente correta a redação deste livre comentário sobre o texto

“Por vezes, é possível atribuir às palavras de uma frase simples, ou


mesmo banal, um sentido outro, que elas acabam por sugerir aos imaginosos.”

Comentários:

O que é possível?

Atribuir às palavras de uma simples frase, ou mesmo banal, um sentido


outro, que elas acabam por sugerir aos imaginosos.

Por vezes, é possível ISTO

O item está inteiramente correto, apenas traz um sujeito formado por uma
oração subordinada subjetiva (funciona como sujeito). Questão correta.

19. (FCC- TRT- 14ª - Oficial de Justiça- 2016) - Adaptada.


As exigências quanto à concordância verbal estão plenamente atendidas na
frase: Couberam às mulheres americanas, cansadas de se submeterem aos
machistas, travar duras lutas contra o assédio sexual e outras práticas que
as vitimam.

Comentários:

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O sujeito, quando é uma oração, mantém o verbo no singular.

O verbo caber, quando no sentido de assistir, competir, ser dever de alguém, é


transitivo indireto e traz um sujeito oracional. É o caso da questão:

Couberam às mulheres travar duras lutas contra o assédio sexual e outras


práticas que as vitimam

Organizando:

[travar duras lutas contra o assédio sexual e outras práticas que as vitimam]
couberam às mulheres
Objeto Indireto

[Isto] couberam às mulheres


suj Objeto Indireto

Sujeito no singular, verbo no plural. Questão incorreta.

Concordância com Nomes Próprios no plural:


A concordância do verbo segue o artigo.

Ex: Minas Gerais exporta leite para a Europa.


Ex: As Minas Gerais são um grande exportador.
Ex: Os Estados Unidos declararam guerra ao terror.
Ex: Estados Unidos é um país de consumo.

Para entender: a ausência do artigo indica que o termo foi utilizado de forma
neutra, genérica, sem ênfase no componente plural do nome. Por isso, é
considerada uma entidade única e leva o verbo para o singular.

Concordância com mais de um, menos de dois, cerca


de, menos de...
A concordância segue o numeral.

Ex: Mais de um cliente se queixou


Ex: Mais de dois clientes se queixaram
Ex: Menos de dois clientes se queixaram.
Ex: Cerca de mil pessoas se queixaram.

Observe que não há muita lógica semântica, é uma concordância puramente


sintática. Observe:

(Mais de um: dois ou mais clientes se queixou!!) e (Menos de dois: um se


queixaram).

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Concordância com pronomes de tratamento:


Os pronomes de tratamento concordam com a terceira pessoa, seguindo o padrão do
pronome “você”. Os adjetivos concordam com o sexo da pessoa a que se
refere o tratamento.

Ex: Vossa Excelência perdeu sua carteira? (não é vossa carteira!)


Ex: Senador, Vossa Senhoria está cansado! (não é cansada!)

A propósito, chamamos de silepse essa concordância que acontece não com o


que está explícito na frase, mas com o que está mentalmente subentendido,
com o que está oculto. Portanto, trata-se de uma concordância ideológica, que
ocorre com a ideia que o falante quer transmitir.

Concordância com a voz passiva.


Na passagem da voz ativa para a voz passiva, o que era objeto direto vira o
sujeito paciente.

Deve-se localizar o sujeito paciente e fazer a concordância do verbo com ele.

Ex: Casas são vendidas no Grajaú= Vendem-se casas no Grajaú


Ex: Casa é vendida no Grajaú= Vende-se casa no Grajaú

20. (CESPE/UNB- TRE PI 2016)


A identificação das bases eleitorais de um candidato é relevante na medida em que para elas se
direciona a maior parte da atividade desse candidato como político. A importância atribuída às
bases, no caso do Poder Executivo estadual, decorre do fato de que a sua manutenção significa
maiores possibilidades de conquistar uma reeleição. A verificação da concentração ou da
dispersão geográfica da votação no estado para o candidato eleito é importante para identificar
as localidades onde ele possui ou não força política.
Para o entendimento da concentração da votação em determinado lugar, é necessário abordar a
teoria do contextualismo geográfico, segundo a qual o comportamento dos eleitores é
influenciado pelo ambiente sociogeográfico — seja pelas redes de interação social existentes,
seja pela semelhança de experiências às quais os habitantes de uma região estão submetidos.
Segundo essa linha de pensamento, a política não pode ser compreendida desconsiderando-se o
contexto no qual ocorre e as condições em que se encontram os indivíduos. Em oposição a essa
perspectiva está a teoria da escolha racional, que considera o indivíduo o ator racional que
procura maximizar seus benefícios agindo de acordo com seu interesse individual.
Assim, entende-se que os indivíduos são mais afetados por questões próximas à sua realidade
do que por questões gerais como a ideologia, estando as pessoas com realidades semelhantes
— o que é mais comum quando vivem próximas geograficamente — predispostas, no cenário
eleitoral, a votar também de modo semelhante. Em suma, deve-se atentar para o fato de que a
existência de referências comuns entre os indivíduos pode interferir em sua ação política,
direcionando-a em um mesmo sentido. Esse compartilhamento de referências pode advir tanto
da interação social entre os indivíduos quanto do pertencimento a determinado contexto
geográfico.

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Ainda com relação aos aspectos linguísticos do texto Geografia eleitoral e


manutenção do poder:..., assinale a opção correta.
A) A formal verbal “ocorre” (R.18) foi empregada de forma
impessoal no texto.
B) A forma verbal “pode” (R.30) está flexionada no singular por
concordar com “o fato” (R.29).
C) O trecho “tanto da interação social entre os indivíduos quanto do
pertencimento a determinado contexto geográfico” (R. 32 a 34) exerce
função de adjunto adverbial na oração em que ocorre.
D) O trecho “a maior parte da atividade desse candidato como político” (R.
2 e 3) exerce a função de complemento da forma verbal “direciona” (R.2).
E) O termo “A importância atribuída às bases” (R.4) funciona como
sujeito da forma verbal “decorre” (R.5).

Comentários:

a) Errado. A forma ocorre foi empregada de forma pessoal e por isso concorda
em número e pessoa com seu sujeito, política.

b) Errado. Está flexionada por concordar com existência.

c) Errado. O verbo Advir é intransitivo. Mas, nesse caso, tem sentido de originar
de, e, portanto, tem complemento com preposição. O trecho em questão é um
objeto indireto.

d) Errado. Exerce função de sujeito. “a maior parte da atividade desse candidato


como político” se direciona (é direcionada) para elas (bases eleitorais).

e) Certo. A importância atribuída às bases, no caso do Poder Executivo estadual, decorre


do fato de que a sua manutenção significa maiores possibilidades de conquistar uma reeleição.

Concordância com verbos ter e vir e seus derivados:


Os verbos ter, vir e seus derivados (manter, deter, entreter, advir, provir),
quando na terceira pessoa do plural, devem trazer um acento diferencial de
número: Eles têm/vêm/mantêm/provêm. Lembre-se que esses verbos
derivados, se estiverem na terceira pessoa do singular, são acentuados
também, por serem oxítonas com terminação “em”.

Ex: Ele mantém um orfanato.

Ex: Eles mantêm um orfanato.

Ex: Ele e ela mantêm uma ONG, mas não sabem de onde provêm os recursos.

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O detalhe que a banca gosta de explorar é a


concordância desses verbos na voz passiva sintética.

Ex: ONGs são mantidas por doações X ONGs mantêm-se por doações.

Voz Passiva analítica Voz Passiva sintética

21. (FCC- AUDITOR TCE AM/2015) ADAPTADA


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em: É de conhecimento geral que Angola detêm laços
históricos e culturais profundos com o Brasil, que, se levado em conta,
trará impactos sobre nossa brasilidade e maturidade para lidarmos com a
nossa própria diversidade cultural.

Comentários:

Veja o erro: Angola detêm detém laços. Sujeito no singular e verbo no plural.
Questão incorreta.

22. (IBFC- MGS – TÉCNICO CONTÁBIL/2016)


No sexto parágrafo, tem-se “há casas com lareira que se mantêm frias.”.
Nesse fragmento, percebe-se que o acento da forma verbal em destaque
deve-se à concordância com a seguinte palavra:
a) “há”
b) “casas”
c) “lareira”
d) “frias”

Comentários:

O acento diferencial em “têm” marca o plural. O sujeito só poderia ser


uma palavra no plural. Quem se mantêm frias? As casas.

Gabarito Letra b.

Concordância com infinitivos:


O infinitivo pessoal é aquele que é flexionado para concordar com uma pessoa,
o agente daquele verbo está claro. Já o infinitivo impessoal não é flexionado,
não concorda com pessoa nenhuma, pois não está claro o sujeito: Viver é
perigoso. (quem vive? O agente é indeterminado, por isso o infinitivo fica
invariável).

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Dessa forma, quando não há um sujeito explícito, a flexão do infinitivo pode


indicar o agente, pela flexão e concordância com a pessoa do sujeito:
Ex: Está na hora de fazer a cama. (Não se sabe quem fará a cama. Ação
genérica, com agente indeterminado.)
Ex: Está na hora de fazermos a cama. (Nós faremos a cama, foco no agente,
acentuado pela concordância.)
Ex: Comprei o bolo para comer. (Eu comer sozinho? Todo mundo comer?)
Ex: Comprei o bolo para comermos. (Nós comeremos o bolo, foco no agente,
acentuado pela concordância.)
No entanto, se o sujeito for claro e único, vai ser inevitável a concordância
com ele.
Ex: Faço isso para ela não me julgar um fracassado. (observe que não é
possível grafar: ela não me julgarem...)
Ex: Faço isso para eles não me julgarem um fracassado. (observe que não é
possível grafar: eles não me julgar...)
Por isso, a flexão pode acabar com ambiguidades, pois revela de fato quem é o
agente daquele verbo.
—Beleza, Felipe. O que é essencial para a prova? Devo flexionar ou não? É
livre a escolha? Bem, há algumas regras rígidas e, nos demais, casos, não há
obrigatoriedade.
Segundo alguns gramáticos de renome, como Celso Cunha, basicamente,
flexionamos o infinitivo para dar ênfase ao agente, concordando com ele; ou
não flexionamos, quando a intenção é dar foco na ação em si, deixando-a
genérica. Então, nesses casos, se houver um possível sujeito no plural, é
possível o infinitivo estar em forma de singular ou plural.
Ex: É importante estudar (foco na ação, o sujeito não
aparece.) Ex: É importante estudarmos (foco no sujeito—nós.)
Por outro lado, nas locuções verbais, o infinitivo deve ficar
invariável, pois a flexão vai estar no outro verbo. Essa é a regra principal!
Ex: Devo continuar estudando para o concurso.
Ex: Vocês poderiam ter dito antes.
Ex: Tornou a faltar água no bairro.
Ex: A notícia acabou de passar na televisão.
Também deve ficar invariável quando o pronome oblíquo átono “o” for
sujeito desse infinitivo, com os verbos causativos (deixar, fazer, mandar) e
sensitivos (ver, ouvir, sentir)
Ex: Mandei-os sair
Ex: Deixei-os entrar
Ex: Ela não os fez desistir.

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Se em vez do pronome, tivermos um substantivo plural, a flexão volta a ser


opcional: Mandei os meninos sair/saírem.
Essas duas regras acima são fundamentais, pois não dependem de intenção de
quem escreve. São regras rígidas. Revisem esse quadro!
Em outros casos, de modo geral, após as preposições sem, de, a, para ou em, o
infinitivo pode ou não ser flexionado. Contudo, as gramáticas preveem algumas
regras preferenciais:
O infinitivo deve ser impessoal, sem concordância com um sujeito explícito,
em locuções preposicionadas com “de” ou “para”, quando complementos de
adjetivos ou substantivos. Veja os exemplos:
Ex: Com sua explicação, as soluções são fáceis de enxergar.
Ex: Brasileiros têm propensão a comprar mesmo na crise.

23. (ESAF- ANAC- Técnico Administrativo/2016)


Assinale se o trecho está inteiramente correto quanto às regras de concordância e
regência da modalidade escrita formal da língua portuguesa.

Essa atitude é também fundamental no planejamento do setor, como no


caso dos estudos de demanda por aeroportos, por exemplo, que
atualmente não pode prescindirem da variável preço

Comentários:
Veja o problema, sujeito no plural e verbo no singular. Além disso, na locução
verbal, é o verbo auxiliar que se flexiona para concordar com o sujeito:
estudos de demanda por aeroportos, por exemplo, que atualmente não pode
prescindirem podeM prescindir
Questão incorreta.

24. (ESAF- Analista de Finanças e Controle- STN/2013)


O imposto é invisível, mas não é leve. Muitas pessoas, por ser isentas do imposto
de renda, pensam que não pagam tributos
Provoca-se incorreção gramatical ao fazer a substituição de “ser isentas”
por serem isentas.

Comentários:
Ambas as formas estão corretas. Na forma sugerida pela banca “por serem
isentas”, o infinitivo se flexionou para concordar com “pessoas” e enfatizar o
agente. No texto original, por outro lado, ficou invariável para dar foco ao
verbo. A substituição é perfeitamente possível. Questão incorreta.

25. (CESPE/UNB-Diplomata/2011)
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto se os infinitivos

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flexionados fossem substituídos pelas respectivas formas do infinitivo não


flexionado no segmento “Ficamos a observar o jardim, as gotas a evaporarem,
as lesmas a prepararem os corpos para novas caminhadas. O recomeçar das
coisas.”

Comentários:
Os verbos foram flexionados para darem “ênfase” ao sujeito. Isso depende
da intenção do autor. A forma não flexionada também é correta: as gotas a
evaporar, as lesmas a preparar.
Aproveito também para lembrar que a expressão “a+infinitivo” tem valor
de gerúndio, com aspecto de ação contínua: o menino ficava cantando/a cantar.
Questão correta.

26. (CESPE/UNB-Auditor de Contas Públicas/CGE PB/2008)


Nessa acepção, razão e verdade deixam de ser valores absolutos para se
transformarem em valores temporariamente válidos.
É obrigatório o emprego do infinitivo flexionado “transformarem” (L.8),
por que seria gramaticalmente incorreto seu emprego na forma não-flexionada:
transformar.

Comentários:
Na primeira ocorrência, o infinitivo ficou no singular por tratar-se de locução
verbal (deixou de ser).
Na segunda ocorrência, poderíamos não flexionar, deixando a ação mais
genérica, sem foco no sujeito do verbo: para se transformar.
Esse é o erro do item, dizer que a forma flexionada é obrigatória. Poderíamos
flexionar ou não. Esse não é um dos casos rígidos que estudamos. Questão
incorreta.

Muita atenção agora a essa próxima regra, já que os verbos haver e existir
são muitíssimo cobrados, são questões fáceis. Não vacile!

Concordância com Haver, Existir e equivalentes:


O verbo haver, com sentido de existir, é impessoal, não tem sujeito e, por
isso, permanece sempre na terceira pessoa do singular: Há. O verbo haver tem
apenas objeto.

Por outro lado, o verbo existir é pessoal, tem sujeito e se flexiona para
concordar em número e pessoa com ele. O mesmo vale para outros sinônimos
de haver, como ocorrer e acontecer.

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Ex: Há dias que faz chuva, dias que faz sol e há dias que tanto faz.

Ex: Existem pessoas que só dizem não. (O verbo existir é intransitivo. O termo
sublinhado é seu sujeito)

Ex: Houve vários incidentes estranhos no evento. (vários incidentes é objeto;


observe que o verbo haver permanece no singular; mesmo com objeto no plural.)

Ex: Ocorreram vários incidentes estranhos no evento. (vários incidentes é


sujeito, por isso, obriga a concordância do verbo no plural.)

Essa regra também vale para outros casos de verbos impessoais, indicando
fenômenos da natureza e passagem do tempo.

Ex: Choveu torrencialmente nas últimas noites. (chover não tem agente!)

Ex: Faz dois anos que terminei a graduação. (“Fazem 2 anos” é errado!)

Obs: Em sentido figurado, um verbo que indica fenômeno da natureza passa a concordar
com seu sujeito:

Ex: Choveram críticas ao trabalho.

Ex: Hoje eu amanheci de mau humor!

Ex: De manhã escureço


De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo. Vinícius de Morais

Concordância na locução verbal:


Em regra, nas locuções verbais (verbo auxiliar+verbo principal), o verbo auxiliar
se flexiona e o principal fica invariável, no singular.

No entanto, o verbo haver, com sentido de existir, “contamina” a


concordância do verbo auxiliar, fazendo-o ficar impessoal também. Veja:

Ex: Deve haver 15 anos que não estudo isso.

Ex: Devem existir várias soluções para esse problema.

Isso vale também para os outros verbos impessoais, como “fazer”.


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27. (CESPE/UNB-SEDF/2017)
A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente
desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas,
um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de
educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma 22
melhor redistribuição da renda nacional.
O verbo haver foi empregado como sinônimo de existir. Embora esses
verbos tenham sentido semelhante, a substituição de um pelo outro no texto
modificaria as relações sintáticas entre o verbo e o termo “um pressuposto”
Comentários:
Haver e existir são sinônimos. No entanto, o verbo “haver” é impessoal, não tem
sujeito, apenas objeto. O verbo “existir”, ao contrário, é intransitivo e pessoal,
isto é, não tem objeto mas tem sujeito. Portanto, a relação sintática muda
totalmente quando trocamos um pelo outro, pois o que era objeto vira sujeito:

há, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto (objeto direto)


existe, entre nossas crenças pedagógicas, um pressuposto (sujeito)

A função sintática de “um pressuposto” de fato mudou. Questão correta.

28. (FCC- AUDITOR TCE AM/-2015) ADAPTADA


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em: O intuito era podermos, no contexto brasileiro,
construirmos novas narrativas para extrapolarmos categorias arcaicas de
se pensarem a África, fundando, assim, diferentes modos de ver.

Comentários:

Nas locuções verbais, só o verbo auxiliar varia. Na questão, o auxiliar e o


principal foram flexionados, gerando erro:
O intuito era podermos, no contexto brasileiro, construirmos
construir. Questão incorreta.
29. (FCC – TRT - 9ª REGIÃO/ANALISTA-APOIO ESP/2016)
Consideradas as normas de concordância verbal, a frase em que estão
plenamente respeitadas é: Devem haver explicações para a escultura de
Picasso, embora de reconhecido valor artístico, não ter sido reunida com
frequência.

Comentários:
O verbo haver “contamina” o verbo que vem junto dele numa locução
verbal, fazendo com que esse verbo auxiliar também fique no singular.
Questão incorreta.

Fique atento a outros sentidos do verbo haver, quando ele será um


verbo pessoal, conjugado normalmente:

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No sentido de ter/dever:

Ex: Ele há de ser um policial/ Eles hão de ser heróis.

Ex: Todos haverão de ser aprovados/Hei de vencer a banca no dia da prova.

No sentido de comportar-se, proceder, sair-se:

Ex: Meus filhos se houveram bem na casa da vó.

No sentido de ajustar contas, entender-se:

Ex: Se ele não for aprovado, vai se haver comigo.

No sentido de pensar, achar conveniente, julgar:

Ex: Assim, houveram por bem pedir o divórcio.

Obs: Outro verbo impessoal campeão de incidência em prova é o verbo tratar-


se. Seu sujeito não aparece.

Ex: Trata-se de doenças endêmicas, não há muito o que se fazer.

Não confunda a expressão impessoal e invariável Trata-se “de”, com a


voz passiva do verbo tratar, que é transitivo direto.

Ex: Trata-se de pessoas que não querem de fato estudar. (tem preposição: sujeito
indeterminado)
Ex: Tratam-se diversas doenças cardiovasculares aqui. (Voz passiva: doenças são
tratadas)

30. (Vunesp- TJM SP/2017)


A concordância está de acordo com a norma-padrão da língua na frase:
a) Muito antes de haver história, já existia seres humanos.
b) Animais bastante similares aos humanos modernos podiam ser encontrado
por volta de 2,5 milhões de anos atrás.
c) Na África Oriental de 2 milhões de anos atrás, certas características humanas
familiares poderiam ser muito bem observadas.
d) Esses humanos arcaicos competiam por status e poder, assim como ocorriam
com os chimpanzés, os babuínos e os elefantes.
e) Eles próprios não havia de suspeitar que seus descendentes um dia viajariam
à Lua.

Comentários:

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a) Muito antes de haver história, já existia existiam seres humanos. (o


verbo existir deve concordar com o sujeito.)
b) Animais bastante similares aos humanos modernos podiam ser encontrado
encontrados por volta de 2,5 milhões de anos atrás. (o particípio da voz
passiva concorda normalmente com o substantivo, como um adjetivo,)
c) Na África Oriental de 2 milhões de anos atrás, certas características humanas
familiares poderiam ser muito bem observadas. (alternativa perfeita!)
d) Esses humanos arcaicos competiam por status e poder, assim como
ocorriam ocorria com os chimpanzés, os babuínos e os elefantes. (aqui,
“ocorria” é impessoal, não varia, pois não tem sujeito.)
e) Eles próprios não havia haviam de suspeitar que seus descendentes um dia
viajariam à Lua. (aqui, o verbo haver não está sendo usado como impessoal:
“haviam de” tem sentido de “deviam”. Logo, deve concordar com “eles”.)
Gabarito letra C.

31. (FCC – TRF 3ªREGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO /2016)


A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: Na frase "Hão de se
garantir as condições necessárias à conservação das obras de arte", o
verbo "haver" deveria estar no singular, uma vez que é impessoal.

Comentários:
Cuidado, esse não é o caso de verbo “haver” impessoal com sentido de
“existir”. No caso em tela, “hão de garantir” tem sentido de “devem
garantir”, “tem que garantir”. Questão incorreta.

32. (FCC – TRF 3ªREGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO /2016)


A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: Em "Existe
atualmente, no Brasil, cerca de 60 museus", a concordância está correta,
uma vez que o núcleo do sujeito é "cerca".

Comentários:
O verbo “existir” é pessoal, tem sujeito e se flexiona para concordar com ele.
Quem existe? A cerca? Isso é uma fazenda rs? Na verdade, a concordância deve ser
feita com “60 museus”, no plural: “existem”. Grave esta regra: Em expressões
de quantidade aproximada, como “cerca de” e “perto de”, deve-se fazer a
concordância com o numeral: “Existem atualmente, no Brasil, cerca de
60 museus”. Questão incorreta.

33. (CESPE/UNB – FUNPRESP-2016) – Adaptada.


“Mas ele nunca errava, e já nem havia mais o que errar, uma vez que não
havia mais dúvidas”
A forma verbal “havia”, em “não havia mais dúvidas”, poderia ser
corretamente substituída por existia.

Comentários:

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O verbo haver não tem sujeito, então não varia. Existia é verbo pessoal, por isso,
deve concordar em número e pessoa com seu sujeito. A redação correta
deveria ser “não existiam mais dúvidas”. Questão incorreta.

34. (CESPE/UNB - Cont (MTE)/2014) – Adaptada.


Há ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do brasileiro. Entre
eles, destacam-se o conceito de que, para ser investidor, é preciso ter muito
dinheiro disponível e a ideia de que os produtos existentes no mercado financeiro
são muito complexos.
Julgue o item subsequente, referente às ideias e aos aspectos linguísticos
do texto acima.
A forma verbal “Há” poderia ser substituída por Existe sem que
houvesse prejuízo para a correção gramatical do período.

Comentários:
O verbo haver com sentido de existir é impessoal, sempre fica na terceira
pessoa do singular. O verbo existir é pessoal e deve fazer concordância em
número e pessoa. Se fizermos a substituição sugerida, teremos: existe ainda
outros mitos>outros mitos existe.
Vejam que há erro claro de concordância, sujeito no plural, verbo no singular.
Questão incorreta.

35. (CESPE - Ag Adm (PF)/2014) Adaptada.


Pôde-se constatar que, em outras partes do mundo, fenômenos sociais
semelhantes também ocorreram. Lá como cá, diferentes tipos de ação
atingiram todo o grupo social, gerando vítimas e danos materiais. Nem
sempre a intervenção das forças do Estado foi suficiente para evitar
prejuízos.

Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações).

Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue o item.


Sem prejuízo para o sentido e a correção gramatical do texto, o trecho
“Pôde-se constatar (...) ocorreram.” poderia ser assim reescrito:
Supôs-se que também ocorreu, em outros países do mundo, movimentos
sociais análogos.

Comentários:
Ocorrer segue a regra de existir, não é impessoal. O sujeito é movimentos,
então o verbo vem obrigatoriamente no plural. Questão incorreta.

36. (FCC - TRT - 14ª- Oficial de Justiça- 2016)- Adaptada.


As exigências quanto à concordância verbal estão plenamente atendidas na
frase: É comum que aos homens ocorra estar no exercício de um direito
quando, em suas práticas amorosas, impõem às mulheres o que as
humilha e as desonra.

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Comentários:
O que é comum?
É comum [que aos homens ocorra estar no exercício de um direito]
É comum [isto] > [isto] É comum
Até aqui, tudo bem. Temos um sujeito oracional e está com o verbo no singular:
“é”.
Agora, vamos verificar a concordância interna da oração que faz papel de sujeito.
Atenção: o verbo “ocorrer” também pode ter o sentido de aparecer à memória
ou ao pensamento. Nesse caso, é verbo transitivo indireto e normalmente tem
um sujeito oracional, por exemplo, “não me ocorreu te convidar para ir”.
No caso da questão, o sujeito do verbo ocorrer é de fato uma oração:
O que ocorre aos homens? estar no exercício de um direito.

estar no exercício de um direito ocorre aos homens.


Sujeito Verbo Objeto Indireto

Moral da história: há dois sujeitos oracionais e ambos estão no singular, como


manda a gramática. Questão correta.

37. (CESPE - ACE (TC-DF)/2014)- Adaptada.


Empossado na prefeitura carioca, Negrão de Lima arregalou os olhos quando
os técnicos em urbanismo informaram-lhe que havia oito milhões de ratos
na cidade. Perguntou: “Como é que vocês contaram?”
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos gramaticais e ideias
desenvolvidas no texto acima.
Uma forma correta de reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal
“quando” (l.1) é a seguinte: ao ser informado pelos técnicos em
urbanismo que existia oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro.

Comentários:
Vamos testar: no lugar de havia 8 milhões de ratos:
existia oito milhões de ratos...> oito milhões de ratos existia
Ao mudar para o verbo existir, que não é impessoal como o verbo haver, se
tornou obrigatória a concordância no plural: “existiam”. Questão incorreta.

38. (CESGRANRIO- UNIRIO- PEDAGOGO/2016)


A concordância verbal está plenamente adequada à norma-padrão no seguinte
período:
a) Fazem 15 anos que o escritor encontrou o engraxate.
b) Deve haver muitos engraxates pelos aeroportos do Rio.
c) Deseja melhores oportunidades de trabalho os brasileiros.

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d) Muitos de nós quer viver sob condições melhores.


e) Cada um de nós devem ter consciência do seu valor.

Comentários:
a) Fazem Faz 15 anos que o escritor encontrou o engraxate.
O verbo fazer, com sentido de tempo, é impessoal e fica no singular. Questão
incorreta.
b) Deve haver muitos engraxates pelos aeroportos do Rio.
O verbo haver impessoal contamina o seu auxiliar na locução verbal, fazendo
que ele também fique no singular. Questão correta.
c) DesejaM melhores oportunidades de trabalho os brasileiros.
Os brasileiros desejaM melhores oportunidades. Questão incorreta. d)
Muitos de nós quer quereM viver sob condições melhores.
“muitos” e “nós” estão no plural. Não há como concordar no singular.
Questão incorreta.
e) Cada um de nós devem deve ter consciência do seu valor.
Cada um é singular. Questão incorreta. Gabarito Letra b.
39. (MPE SC-Promotor de Justiça/2016)
“Deve haver muitas pessoas interessadas neste parecer.”

A locução verbal Deve haver poderia ser substituída por Devem existir e a
frase continuaria gramaticalmente correta.

Comentários:
Na locução verbal (verbo auxiliar+verbo principal), o verbo “haver” contamina
seu auxiliar, mantendo-o também no singular. Se o verbo for “existir”, que é
pessoal, o auxiliar se flexiona normalmente e concorda com o sujeito. Questão
correta.

40. (FCC- AUDITOR TCE AM/-2015) ADAPTADA


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em: Tratam-se de regiões praticamente inexploradas pelas
pesquisas acadêmicas recentes, apesar de ali haverem ocorrido alguns dos
principais episódios para o desenvolvimento econômico da Angola
contemporânea.

Comentários:
Grave uma regra importante: a expressão “trata-se de” é invariável,
deve ficar no singular.
Gravou? Agora vamos à explicação gramatical desse fato.

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Ela não varia porque o que vem depois dela não é o sujeito, é o objeto indireto.
É uma expressão de sujeito indeterminado.
“Trata-se” é um verbo transitivo indireto, impessoal, pois não tem sujeito
expresso. Ele vem acompanhado da preposição “de”. Verbos transitivos indiretos
não admitem voz passiva, então esse “se” é um índice de indeterminação do
sujeito.
Não confunda com a voz passiva, pois se “trata -se” fosse voz passiva, o sujeito
estaria acompanhado da preposição “de”, o que não é permitido pela gramática.
Se um termo está preposicionado, não pode ser o sujeito. Questão incorreta.

Concordância com o sujeito composto


O sujeito composto é aquele que tem mais de um núcleo.
1 2
EX: João e Maria correram no parque.
(Sujeito) (Verbo)

O sujeito, sintaticamente, é um só. Porém, é chamado de sujeito composto, pois há dois


núcleos, dois agentes para a ação. João e Maria equivale a “eles”, terceira
pessoa do plural, por isso, a concordância do verbo deve ser na 3ª p. do plural.

Veja a diferença do sujeito simples que já tínhamos


estudado: Ex: Mudaram as estações, nada mudou.
(Verbo) (Sujeito)

Regra geral:
Se o sujeito composto for anteposto ao verbo, a concordância com os dois
núcleos, no plural, se torna mandatória.

Ex: A planta e a flor morreram.

Caso tenhamos o sujeito posposto ao verbo, em geral, é facultativa a


concordância com o núcleo mais próximo (atrativa) ou com o total (plural).

Ex: Morreu a planta e a flor. (concordância atrativa)

Ex: Morreram a planta e a flor. (concordância gramatical ou total)

Ex: Morreu a planta e as flores. (concordância atrativa)

Ex: Morreram a planta e as flores. (concordância gramatical ou total)

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Ex: Morreram as plantas e a flor. (concordância atrativa)

41. (FCC – TRF 3ª- TÉCNICO INFORMÁTICA /2016) Adaptada

A frase cuja redação está inteiramente correta é: Londres e Barcelona


estão entre as cidades que mais destaca-se em termos de inteligência, com
avançados centros de operação de dados.

Comentários:
Temos um sujeito composto, com dois núcleos: Londres e Barcelona estão
entre as cidades... Até aqui tudo bem, o verbo concorda no plural porque o
sujeito está anteposto (anterior) ao verbo. O erro está no próximo verbo:
Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais destaca-se se destacaM
em termos de inteligência. Questão incorreta.

42. (FCC- TRT 20ª - Técnico Judiciário- dezembro/2016)


“Afinal, a literatura de cordel é excelente para a transformação da sociedade em
uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade.”

... uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade.

A respeito do verbo sublinhado acima, afirma -se corretamente: pode ser


substituído pela forma “existam”, sem prejuízo para a correção.

Comentários:
A regra cobrada é simples: Se o sujeito composto está posposto ao verbo,
este pode flexionar-se para concordar com o núcleo mais próximo ou com o
sujeito todo, no plural. Em outras palavras, se o verbo veio antes do sujeito
composto, há duas possibilidades de concordância. Questão correta.

43. (CESPE/UNB –DIPLOMATA 2016) – Adaptada –


Acerca das relações semântico-sintáticas e do vocabulário do texto II,
julgue (C ou E) o item seguinte.
Na oração que inicia o segundo parágrafo: “Torna a trazer o assunto à
baila o aparecimento e grande vendagem de Maíra, romance de Darcy
Ribeiro.” o verbo concorda com o primeiro núcleo do sujeito posposto,
concordância verbal abonada pela gramática normativa.

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Comentários:

O sujeito é composto e está depois do verbo “torna”, então pode concordar com o
núcleo mais próximo (concordância atrativa) ou com os dois núcleos, no plural.
No caso da questão, o autor optou por concordar com o núcleo mais próximo,
“o aparecimento”. Essa opção é “abonada”, ou seja, é considerada válida pela
gramática.

Não custa lembrar que, se o sujeito composto for anteposto ao verbo, a


concordância tem que ser a gramatical/total, ou seja, com os dois núcleos, no
plural. Questão correta.

44. (FCC- AUDITOR TCE AM/-2015) ADAPTADA


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em: É sabido que o desconhecimento e a quase ausência de
conteúdos curriculares sobre a África e as culturas africanas no Brasil
contribui para a disseminação da intolerância e dos conflitos raciais.

Comentários:

O sujeito é composto e está anteposto ao verbo, que terá que concordar com os
dois núcleos, no plural:
1 2
o desconhecimento e a quase ausência de conteúdos curriculares sobre a
África e as culturas africanas no Brasil contribui contribuEM

O desconhecimento e a ausência contribuem. Questão incorreta.

45. (CESPE/UNB IBAMA 2013) – Adaptada –


Em 1985, foi criado o Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e, em
1989, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA), originado da fusão da SEMA com a Superintendência do Desenvolvimento da
Pesca e com o IBDF. Em 1999, a questão ambiental passou a ser tratada no âmbito de
uma secretaria especial da Presidência da República, e, em 1992, ano da Conferência
das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de
Janeiro, foi finalmente criado o Ministério do Meio Ambiente.

Julgue o item, relativo à tipologia e às ideias do texto acima, bem como às


estruturas nele empregadas.
A locução verbal “foi criado”, empregada no singular para concordar com o
núcleo do sujeito mais próximo a ela — “o Ministério do Desenvolvimento
Urbano e Meio Ambiente” —, poderia ser corretamente substituída por foram
criados, caso em que passaria a concordar com ambos os núcleos do
sujeito composto da oração.

Comentários:

Questão meio Ninja!!! A regra apresentada para a concordância do sujeito


composto está correta. Mas não temos um sujeito composto, e, sim, dois sujeitos

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simples e um verbo subentendido por uma figura de linguagem chamada


Zeugma. Dois órgãos diferentes foram criados em anos diferentes. Observem:

Em 1985, foi criado o Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente

e, em 1989, (foi criado) o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos


Naturais Renováveis (IBAMA)

Se fizéssemos a substituição que a banca propõe teríamos:

Em 1985, foram criados o Ministério... e, em 1989, o Instituto... Isso geraria


um problema semântico, pois estaríamos dizendo que ambos foram criados no
mesmo ano, além de gerar um período todo truncado, com problemas de
pontuação. Questão incorreta.

46. (CESPE - AIE (MPOG)/Área I/2012)- Adaptada.


“O aumento da população, o crescimento econômico e a sofisticação das
relações sociais requerem mais serviços públicos, de maior qualidade e
crescente complexidade...”
Julgue o próximo item, a respeito da organização das ideias e das
estruturas linguísticas do texto acima.
A flexão de plural em "requerem" justifica-se pelo emprego do plural em
"relações sociais".

Comentários:
Primeira ação: marcar o verbo e procurar seu sujeito. Quem “requerem”? O
1 2 3
aumento da população, o crescimento econômico e a sofisticação das relações
sociais. Temos aqui um sujeito composto, com 3 núcleos. A concordância é com
a terceira pessoa do plural, ELES, e o verbo concorda com os 3 núcleos, não com as
“relações sociais”, que nem sequer pratica ação nenhuma, sendo um adjunto
adnominal do nome sofisticação. Questão incorreta.

47. (CESPE - TJ TRE RJ/Administrativa/2012) – Adaptada.


Sempre se soube que um dos principais entraves ao crescimento do Brasil é o
gargalo educacional. Novas pesquisas, porém, revelam que o problema é muito
mais grave do que se supunha. A mais recente, elaborada pelo Instituto Paulo
Montenegro e pela ONG Ação Educativa, mostrou que 38% dos estudantes do
ensino superior no país simplesmente "não dominam habilidades básicas de
leitura e escrita".
Julgue o item que se segue, relativo às ideias e às estruturas linguísticas
do texto acima.
A forma verbal "mostrou" está no singular porque concorda com a
expressão "Instituto Paulo Montenegro".

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Comentários:
Vamos “farejar” o verbo. Quem mostrou? Foi a mais recente. Mais recente o quê?
Pesquisa. Eliminando a distância entre o verbo e seu sujeito, teremos:

A mais recente (entre novas pesquisas) ....mostrou que 38%...


Sujeito Verbo

O verbo está no singular para concordar com pesquisa, não com instituto.
Questão incorreta.

48. (CESPE - Auditor de Controle Externo/2010) Adaptada.


O modelo linguístico comum admite variações individuais, até certo ponto. Mas,
quando essa individualização vai longe demais, a língua perde sua função de meio de
comunicação dentro do grupo. Entre outros exemplos, citemos a formação da
consciência moral, das modalidades de controle de pulsões e afetos numa dada
civilização, ou o dinheiro e o tempo. A cada um deles correspondem maneiras pessoais
de agir e sentir, um habitus social que o indivíduo compartilha com outros e que se
integra na estrutura de sua personalidade.
No que se refere à organização das ideias e à estrutura do texto acima,
julgue o item.
Na linha 10, a flexão de plural em "correspondem" mostra que, pela
concordância, se estabelece a coesão com "maneiras"; mas seria
igualmente correto e coerente estabelecer a coesão com "cada um",
enfatizando este termo pelo uso do verbo no singular: corresponde.

Comentários:
Vamos colocar a frase na ordem direta: Maneiras sociais de agir e sentir...
correspondem a cada um deles. Se fizermos a substituição que a banca propõe,
teremos erro de concordância, sujeito no plural e verbo no singular: “maneiras
corresponde”. Questão incorreta.

Agora vamos ver as regrinhas mais cobradas, num primeiro momento, com o
sujeito composto vindo antes do verbo, ou seja, anteposto ao verbo.

Núcleos unidos por coordenação:


Se os núcleos estiverem coordenados, o verbo fica no plural:

Ex: Carro, casa e comida vão subir de preço.

Se os núcleos forem palavras sinônimas, a concordância pode ser atrativa,


com o núcleo mais próximo; ou pode ser total, com o verbo no plural.

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  Ex: Carinho e afeto são essenciais ao casamento.


 Ex: Carinho e afeto é essencial ao casamento.

Quando os núcleos forem infinitivos antônimos, formando um sujeito


oracional composto, o verbo concordará na terceira pessoa do plural.

  Ex: Viver e morrer devem ser uma realidade conhecida.


 Ex: Gastar ou poupar se alternam e minhas prioridades.

Se esses infinitivos vierem modificados por um artigo, isso significa que são
substantivados, o que nos leva para a regra básica de concordância no plural,
com ambos os núcleos.
Ex: O viver e o morrer devem ser uma realidade conhecida.
Por outro lado, se esses que formam um sujeito oracional não forem
infinitivos antônimos, segue-se a do sujeito oracional, que é a concordância
regra geral no singular.
Ex: Comer, rezar e amar se tornou meu lema.
49. (Comperve/Contador/2014)
Ensinar e aprender trata-se de um processo relacional que vai além dos métodos
e das tecnologias. Diz essencialmente respeito a relações humanas. Não é
entretenimento ou diversão. Tampouco é sofrimento. Envolve escutar, avaliar,
refletir e praticar. Pode ser penoso, às vezes, mas deve sempre recompensar
estudantes e professores. Pode usar novos métodos e novas tecnologias, mas
depende essencialmente da construção de um palco para interação coletiva.
Se substituíssemos a expressão em destaque pelo verbo ser, este seria
flexionado no
a) plural, porque o sujeito é composto por duas palavras de sentidos
diferentes.
b) plural, porque o sujeito é composto por dois verbos no infinitivo, sem
determinantes e com oposição de sentidos.
c) singular, porque o sujeito é composto por duas palavras de sentidos
opostos.
d) singular, porque o sujeito é composto por dois verbos no infinitivo,
sem determinantes e sem oposição de sentidos..

Comentários:
A expressão “trata-se de” é impessoal, não se flexiona, por isso está no singular.
Há dois núcleos infinitivos: “ensinar” e “aprender”. A banca pergunta
se o verbo “ser” vai para o singular ou plural e por quê.
Ora, os infinitivos não são antônimos nem estão determinados (com artigo,
pronome, numeral...), casos que demandam concordância no plural. Portanto,
seguem a regra geral: ficam no singular.

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Ressalto aqui que “aprender” não é antônimo de “ensinar”. Se voc ê fizer um


curso e não aprender nada, você não vai poder dizer que “em vez de aprender, você
ensinou”. Você terá que dizer que “desaprendeu”. Cuidado com isso. Verbos
correlatos não são necessariamente antônimos. Gabarito letra D.

Verbos que indiquem ações reflexivas:


Se os verbos são reflexivos, isso significa que ambos os núcleos praticam e
sofrem a ação, o que leva o verbo para o plural para concordar com eles.

Ex: Abraçaram-se o leão e o cordeiro.

Ex: Os estagiários se digladiavam.

Concordância com palavras em


gradação:
O sujeito composto por palavras em gradação também é um caso de sujeito com
núcleos coordenados, por isso, concorda no singular, com o mais próximo, ou no
plural, com o sujeito inteiro. O mesmo ocorre se as palavras forem sinônimas.

Ex: Para mim, um minuto, um ano, um século ainda parece/parecem pouco.

Concordância com sujeito composto formado por


pessoas diferentes:
Pessoas diferentes, como Eu, tu e Ele, Você e eu, Ele e Ela, levam o verbo
para a primeira do plural, pois Eu+tu+Ele= Nós; Ela e Eu= Nós; Ele e Ela=
Eles. Isso ocorre porque há a presença da primeira pessoa entre os núcleos,
gerando semanticamente um sujeito “nós”.

Ex: Eu, tu e ele vamos resolver isso juntos.

nós

Ex: Ela e eu fomos feitos um para o outro.

nós

Ex: Ele e eu temos alergia.

nós

Porém, no caso de Tu+Ele, a concordância pode ser com a segunda pessoa do


plural (vós) ou com a terceira (eles). Isso ocorre porque não há a presença da

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primeira pessoa (eu) entre os núcleos, não sendo possível formar semanticamente o
sentido de “nós”. Havendo “tu” e “ele” entre os núcleos, também não se pode
pensar no sentido de “nós”, que é inclusivo da pessoa que
fala.
Ex: Tu e ele serão aprovados. (vocês serão aprovados)

Ex: Tu e ele sereis aprovados. (vós sereis aprovados)

Concordância com termos coesivos resumidores:


Ao final de enumerações, é comum usarmos um termo de coesão, um aposto
resumidor ou recapitulador daquela lista. Os mais comuns são termos como
tudo, nada, isso, cada um, nenhum, todos. Nesse caso, a concordância
segue a regra normal, concorda com o termo resumitivo, no singular.

Ex: “Seu rosto, seu cheiro, seu gosto, tudo que não me deixa em paz...”

Ex: Alimentação, gasolina, aluguéis, nada vai ficar mais barato.

Núcleos unidos pela preposição “com”:


Nesse caso, teremos dois casos de concordância, um mais sintático, outro mais
semântico. Se a preposição com indicar inclusão dos núcleos na ação, a
concordância é feita no plural, pois terá sentido aditivo (sentido de “E”).

Ex: Eu com meu amigo instalamos o roteador.


Ex: Ela com o os primos formavam uma banda completa.

Num segundo caso, mesmo que semanticamente se entenda que mais de uma
pessoa está praticando a ação, se a preposição com estiver isolada, entre
vírgulas, o sujeito estará sozinho e no singular, então a concordância será
também no singular. A presença dessas vírgulas impede a concordância, pois
entenderemos que esse termo deslocado é um adjunto adverbial de
companhia e deve ser capaz de ser retirado sem prejuízo da concordância.

Ex: Elaborou o presidente, com seus ministros, um plano de emergência.

Veja na ordem direta: O presidente, com seus ministros, elaborou um plano...

Obs: Contrariamente a essa lógica, as expressões “bem como”, “assim como”,


“tanto quanto”, admitem a concordância com o primeiro termo do sujeito
composto ou a concordância total, no plural.

Ex: Tanto ele quanto ela estuda/estudam muito.

Ex: O gato, assim como o cão, ama/amam o dono.

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Núcleos unidos pela conjunção “Nem”:


Assim como no caso acima, nem significa uma adição (Nem= e não), e,
portanto, deve haver concordância no plural.

Ex: Nem eu nem ela sabemos cantar o hino (nós não sabemos cantar o hino)

No caso do sujeito posposto ao verbo, as duas possibilidades são aceitas,


havendo preferência pelo singular.

Ex: Não faltava motivação nem disciplina naquele modo de estudar.

Porém, em alguns casos, o nem pode ter sentido de exclusão, em contextos em


que só um poderia praticar aquela ação; nesse caso concorda no singular.
Nesse caso, “nem” funciona exatamente como a conjunção “ou”.

Ex: Nem o radical nem o conservador será eleito para aquele cargo.

Núcleos unidos pela conjunção “ou”:


Para o “ou” aditivo ou inclusivo, ou quando unir palavras antônimas, a regra
é a mesma do “nem”, e o verbo se flexiona no plural.

Ex: O arquiteto ou o engenheiro não saberão consertar isso. (ambos saberão)

Ex: O gênio e o idiota aprenderão a lição igualmente. (ambos aprenderão)

Quando “ou” indicar uma situação excludente, uma retificação ou um caso de


sinonímia, o verbo vai ficar no singular, já que só teremos um núcleo
praticando a ação.

Ex: Ou o conservador ou o radical será eleito presidente. (só um será)

Ex: O homem ou homo sapiens descobriu o fogo cedo demais. (retificação)

Ex: A inteligência ou a dedicação predomina no sucesso. (só uma pode


predominar)

OBS: A regra do “nem” segue a mesma lógica do “ou”. Inclusão-


Plural/Exclusão-Singular.

50. (CESPE - AA (ANATEL)/Administração/2014)


A solicitação de portabilidade ou a demonstração da intenção de trocar os
serviços pelos oferecidos por uma concorrente que ofereça condições
melhores têm-se mostrado boas estratégias, visto que as empresas
comumente dispõem de vantagens para não perder seus consumidores.
Considerando as ideias e estruturas do texto, julgue o item seguinte.

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O emprego da forma verbal “têm”, na 3.a pessoa do plural, justifica-se


pela concordância com sujeito composto unido pela conjunção “ou”, de valor
inclusivo.

Comentários:

Quando os núcleos do sujeito composto forem unidos por ou com sentido de inclusão
ou adição, o verbo deve ir para o plural. No caso do “ou” exclusivo, deve
vir no singular, pois a semântica nos diz que só um núcleo praticará de fato a
ação. No caso da questão, tanto a “solicitação de portabilidade” quanto a
“demonstração da intenção de trocar os serviços” são estratégias que se
mostraram boas. Questão correta.

Concordância com outros termos aditivos:


Conforme as regras acima, quando os núcleos tiverem uma relação de adição
entre si, a concordância deve ser feita no plural, conforme defende a maioria
dos gramáticos.

Ex: Não só o álcool como o tabaco são inimigos da saúde.

Porém, embora não preferencial, é possível também a concordância com o


termo mais próximo (atrativa).

Ex: Tanto a disciplina quanto a concentração é fundamental ao estudo.

Concordância do verbo ser.


O verbo ser é um verbo de ligação, liga o sujeito ao seu predicativo, que é uma
especificação desse sujeito, de forma bem semelhante aos adjuntos, que
especificam os núcleos do sujeito sem um verbo de ligação (VL).

Ex: Vandercleverson é engenheiro.


Sujeito VL Predicativo

Ex: Ele é engenheiro.


Sujeito VL Predicativo

O problema surge quando temos sujeito e predicativo do sujeito em número e


pessoa diferentes.

Ex: Vandercleverson é prejuízos mensais garantidos.


Sujeito VL Predicativo

Para os casos acima, como pronomes retos e sujeito “pessoa”, o verbo


ser concorda normalmente com o sujeito. Porém, também é admitida a
concordância com o particípio.

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Se tivermos sujeito representado pelos pronomes tudo, nada, isso, aquilo, ou


tivermos sujeito “coisa”, teremos a possibilidade de concordar com o sujeito ou
com o predicativo do sujeito, conforme os exemplos abaixo:

Ex: Nem tudo são alegrias/ Nem tudo é alegrias

Ex: Seu lema era os provérbios hindus/Seu lema eram os provérbios hindus.

51. (FCC- AUDITOR FISCAL-SEFAZ PIAUÍ-2015)


“Não fosse pelas informações descuidadas de segunda ou terceira mão
colhidas por viajantes ou funcionários em postos remotos, estes espaços
brancos teriam sido bem mais vastos do que de fato o eram.”
A frase acima respeita as orientações da gramática normativa no que se
refere à concordância verbal e nominal, assim como ocorre com a seguinte
frase:
a) Se não fosse, naquela época, as ações de certos viajantes, muito do que
se sabe hoje permaneceria incógnito.
b) Fosse qual fossem as informações prestadas por andarilhos, tiveram
todas sua utilidade para o conhecimento do mundo do século XVIII.
c) Fossem quais fosse as intenções dos informantes, o fato é que aquilo que
notificaram recebeu registro, ainda que as notícias fossem descuidadas.
d) Caso fosse registrado com mais rigor as informações dos caçadores, e
também se elas fossem mais detalhadas, talvez mais se soubesse hoje
sobre o conhecimento da época acerca dos rios da África.
e) Quaisquer que fossem as circunstâncias, mais favoráveis, ou menos
favoráveis, cada habitante sempre enfrentava algo do mistério sobre as
cadeias de montanhas que lhe eram próximas.

Comentários:

Vamos jogar uma lupa nos sujeitos e nos verbos...

a) Se não fosse FOSSEM, naquela época, as ações de certos viajantes...Errada.

b) Fosse FOSSEM qual quais fossem as informações. Errada.

c) Fossem quais fosse FOSSEM as intenções. Errada.

d) Caso fosse FOSSEM registrado registradAS com mais rigor as informações. Errada.

e)...fossem as circunstâncias...; ... cada habitante sempre enfrentava...


Tudo concordando direitinho em número e pessoa. Correta. Gabarito Letra E.

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Se o sujeito for “que” ou “quem”, como


pronomes interrogativos.
O verbo ser concorda com o predicativo!

Ex: Quem foram os vikings?

Ex: Que são ativos imobilizados?

Tempo e distância:
O verbo ser concorda com o predicativo!

Ex: Está quente hoje.

Ex: É meio dia.

Ex: Acorda, são 9 horas!

Ex: Da sua casa para a minha são poucos metros.

Quantidade, distância indicados com as


palavras tudo, nada, muito, pouco, mais,
menos, bastante, suficiente...
O verbo ser concorda no Singular!

Ex: Cem dias é suficiente para ler isso, 300 dias é muito.

Ex: Dois rounds é pouco para nocauteá-lo, é menos do que preciso.

Para datas, há duas concordâncias corretas:

Hoje são 10 de março ou Hoje é 10 de março.


52. (MPE SC-Promotor de Justiça/2016)
Observe as frases abaixo.
a) “Tudo isso são inverdades”, disse o promotor.
b) Hoje são 20 de junho.
c) Os culpados pela elaboração do trabalho somos sempre nós.
Todas as frases estão corretas, pois a concordância do verbo ser pode
ocorrer entre o verbo e o predicativo do sujeito.

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Comentários:
Se tivermos sujeito representado pelos pronomes tudo, nada, isso, aquilo,
teremos a possibilidade de concordar com o sujeito ou com o predicativo. No caso
das datas também há dupla possibilidade: hoje são/é 20 de junho. Na letra c, também
seria possível “os culpados são sempre nós”, concordando com o sujeito.
Em suma, nos casos acima, a concordância pode ser feita com o sujeito ou com
o predicativo. Questão correta.

53. (COMPASS-PREFEITURA DE CARPINA-2016)


A concordância verbal está correta em todas as alternativas, exceto em:
a) Qual de vós apoiará essa atitude?
b) Campinas são uma cidade encantadora.
c) Mais de um já me avisou do acidente ocorrido na estrada.
d) Um conselho, uma palavra amiga era suficiente para acalmá-lo.
e) As nuvens pareciam chorar.

Comentários:
a) Em expressões como “qual de vós”, “algum de nós”, a concordância
poderá ser feita no singular ou no plural. Questão correta.
b) Em nomes próprios no plural, como Estados Unidos, Minas Gerais, o verbo
concorda no singular. Se houve determinante, como um artigo, aí o verbo
concordará com ele: Estados Unidos é grande potência/Os Estados Unidos são
grande potência. “Campinas” está sem determinante, então o verbo deveria
concordar no singular. Questão incorreta.
c) Em expressões como “mais de um”, “menos de dois”, o verbo
concorda com o numeral. Questão correta.
d) Em núcleos com palavras sinônimas ou palavras em gradação, o verbo pode
concordar no singular (concordância atrativa) ou no plural (concordância total
com todos os núcleos). Questão correta.
e) Numa locução verbal com o verbo parecer, apenas o auxiliar (pareciam) se
flexiona, para concordar com o sujeito (nuvens). Questão correta. Letra b.
54. (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO- ENFERMEIRO-2016)
De acordo com a norma padrão da língua, está correta a concordância do verbo
no segmento “... a maioria dos sobreviventes se adaptara a suas novas
vidas com muito mais sucesso...”. É também correta a concordância do
verbo na seguinte frase:
a) Quantos de nós teriam sobrevivido nas mesmas cirscunstâncias?
b) Quem haveria de ser aqueles refugiados?
c) Mais de cem pessoas respondeu afirmativamente à pergunta.
d) Os Estados Unidos recebeu muitos judeus após a guerra.

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Comentários:
a) Em expressões como “qual de vós”, “quantos de nós”, “alguns de
nós”, a concordância poderá ser feita com o pronome indefinido (alguns,
muitos)/interrogativo (qual, quem) ou com nós/vós. Questão correta.
b) O verbo haver em “haveria de ser” tem sentido de “ter/dever”; então não é
impessoal e deve concordar com seu sujeito “aqueles refugiados”, no plural.
Questão incorreta.

c) Mais de cem pessoas é plural, não há nenhuma palavra no singular em toda


a expressão para justificar um verbo no singular. Questão incorreta.

d) Nomes próprios no plural concordam no plural quando tem determinante “Os


Estados Unidos”. Se não houvesse esse artigo, o verbo ficaria no singular.
Questão incorreta. Gabarito letra a.

Concordância Nominal

Os determinantes do substantivo (termos que se referem a ele) devem


concordar com ele em gênero e número, conforme observamos nesse esquema.
Sujeito Predicado nominal

Aquelas duas belas mulheres são candidatas a Miss Universo.


Pronome Numeral Adjetivo Substantivo VL Adjetivo
(predicativo)

Parece simples demais essa regra geral, né? Mas cai em prova, vejamos:

55. (Cesgranrio- ANP 2016)


Considere-se esta passagem do Texto I: “Mas essa viagem diária me
tornava uma criança completa de alegria." (l. 31-32)
Há um desvio de concordância na seguinte reescritura desse trecho do
Texto I:
a) Mas essas viagens diárias enchiam de alegria aquela criança.
b) Como me tornava uma criança completa de alegria essa viagem diária!
c) Mas essas viagens diárias me tornavam uma criança completa de alegria.
d) Essa viagem diária me tornava uma criança, completo de alegria.
e) Eu me tornava uma criança completa de alegria por causa dessa
viagem diária.

Comentários:
Observe o problema da letra D: ” Essa viagem diária me tornava uma criança,
completo de alegria.”. O adjetivo completo se refere a criança, então deveria

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concordar com o feminino, assim como o artigo, “uma criança...completa


de alegria”. Questão incorreta.

Porém, há algumas exceções que devemos saber, vamos a elas:

Um adjetivo se referindo a dois ou mais


substantivos:
Concordarão com o mais próximo (concordância atrativa) ou com todos os
substantivos (concordância total ou gramatical), salvo quando o adjetivo
estiver anteposto aos substantivos, caso em que só se admite
concordância com o termo mais próximo.

Ex: Tenho alunos e alunas dedicadas.

Ex: Tenho alunos e alunas dedicados.

Ex: Consumi bons vinhos, comidas e livros.

Ex: Consumi boa comida, vinhos e livros.

Particípios:
O particípio funciona como um adjetivo, ou seja, concorda em gênero e
número com substantivo. Porém, se estiver em locução verbal (verbo
auxiliar+verbo principal), permanece invariável:

Ex: José Aldo e Anderson Silva foram nocauteados.


Ex: Quando tocou o sinal, eu já tinha resolvido as questões.

Advérbios x Adjetivos:
Às vezes uma mesma palavra pode ter duas classes gramaticais. Quando se
referir ao um verbo, adjetivo ou outro advérbio, temos um advérbio; quando se
referir a um substantivo ou qualquer palavra de valor substantivo, temos um
adjetivo.

Paguei caro pela moto X Comprei aquela moto cara


Ando meio desligado X Comprei meio metro de pedra.
Fica junto ao muro X Juntos venceremos.
Gosto muito deles X Gosto de muitos amigos

Obs: Bastante, quando pronome indefinido adjetivo, concorda com o


substantivo. Funciona como a palavra “muito”.
Estudo bastante X Estudo bastantes matérias.

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Estudo muito X Estudo muitas matérias.

Substantivos com valor contextual de adjetivo:


Muitas vezes os substantivos são usados para qualificar, funcionando como
adjetivos impróprios. Nesse caso, não vão ser flexionados como adjetivos, vão
permanecer invariáveis.

Ex: Estou com umas dores de cabeça monstro.

Ex: A Alemanha realizava ataques surpresa contra os soviéticos.

Ex: Comprei várias camisas laranja.

Mais...possível
Nas expressões superlativas com mais e possível a concordância é feita com
o artigo.

Ex: As questões são as mais ambíguas possíveis.

Ex: Estude o mais cedo possível.

Ex: Os materiais em PDF são os mais atualizados possíveis.

É bom, é necessário, é proibido (e expressões


similares):
As expressões acima são invariáveis, mas, se vierem com artigo, o adjetivo
concordará com ele.

Ex: É necessário disciplina

Ex: Cafeína é bom para os nervos. Ex:

A cafeína é boa para os nervos. Ex: É

proibida a presença de animais.

Ex: É proibido fumar. (* O verbo fica no singular porque o sujeito é oração!)

56. (FCC – TRF 3ª- TÉCNICO INFORMÁTICA /2016) Adaptada


A frase cuja redação está inteiramente correta é: São necessários viabilizar
projetos de cidades inteligentes, amparados em políticas públicas que
salvaguardam os dados abertos dos cidadãos.

Comentários:

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A banca insere um sujeito oracional gigante, cheio de palavras no meio, para


afastar bastante o verbo do sujeito.
Vamos colocar em ordem: Viabilizar projetos de cidades inteligentes, amparados em políticas públicas
que salvaguardam os dados abertos dos cidadãos São necessários é necessário.

Ou seja: Viabilizar é necessário. Questão incorreta.

Anexo e apenso:
Anexo e apenso são adjetivos e concordam em gênero e número com o termo
substantivo a que se referem. As expressões “em anexo” e “em apenso” são
invariáveis.

Ex: Seguem anexas (ou em anexo) as planilhas.

Ex: Segue anexo (ou em anexo) o documento.

Ex: Os demonstrativos estão apensados ao processo.

Ex: Os demonstrativos estão em apenso.

桶 GRAVE: “em apenso”; “menos” e “alerta” são invariáveis.


Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso – Quite (variáveis)

57. (SAAEB- Engenheiro de Segurança 2016)


Quanto à concordância nominal, preencha as lacunas das frases e assinale
a alternativa CORRETA:

Era talvez meio-dia e ………………….. quando fora achado.


Decepção é ………………………… para fortalecer o sentimento de realidade.
Apesar da superpopulação do alojamento, havia quartos ………………………..
para os homens.
Os documentos dos alunos seguiram………………………. às fichas de inscrição.

As fisionomias dos homens eram as mais desoladas …………………………..


naquele momento.
a) meia – bom – bastantes – anexos – possíveis.
b) meio – bom – bastantes – anexo – possível.
c) meia – boa – bastante – anexo – possível.

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d) meio – boa – bastante – anexos – possível.

Comentários:

Meia é adjetivo e concorda com hora, no feminino. Decepção não está


determinado por um artigo, aparece como substantivo genérico, sendo então
invariável. Bastantes pode ser advérbio, mas aqui é adjetivo e se refere ao
substantivo quartos, concordando com ele. Anexos também é adjetivo e
concorda com documentos. Expressões superlativas com mais...possível
concordam com o artigo e, consequentemente, com o substantivo. As mais
desoladas possíveis. Gabarito letra a.

Tal e qual:
Tal concorda com o antecedente e qual com o termo seguinte:

Ex: Esses funcionários são tais quais os patrões.

Ex: Esse funcionário é tal quais os patrões.

Ex: Esse funcionário é tal qual o patrão

Ex: Esses funcionários são tais qual o patrão.

58. (CESPE - TJ STJ/Administrativa/2015)

Consta do preâmbulo da Constituição Federal que a justiça é um dos valores


supremos da sociedade, tal qual a harmonia social e a liberdade. Nos demais
artigos da Carta Magna, esse termo costuma vir associado à ideia de justiça
social. Assim, o primeiro inciso do artigo terceiro da Constituição estabelece que
a construção de uma sociedade que seja justa é um objetivo fundamental da
República Federativa do Brasil. Ao circunscrever a justiça no espaço da
sociedade, o texto constitucional estabelece, em síntese, que a promoção da
justiça na sociedade é um fim do Estado brasileiro.

Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto A justiça social


como norma constitucional, julgue o seguinte item.
Na linha 1, sem prejuízo para a correção gramatical, a expressão “tal qual”
poderia ser flexionada no plural, para concordar com “valores supremos”.

Comentários:

Analisemos essa sentença:

...a justiça é um dos valores supremos da sociedade, tal qual a harmonia


social e a liberdade.

Como vimos, o “tal” com concorda com seu antecedente (a justiça), e o “qual”
concorda com o termo que o sucede (a harmonia). Também poderíamos ter uma

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concordância total, no plural, com os núcleos a harmonia social e a liberdade:


1 2
“tal quais a harmonia e a liberdade ”; porém, não é possível “qual” concordar
com “valores supremos”, pois esse termo vem antes dele, não depois. Errado.

59. (Prefeitura Lauro Muller-FAEPESUL/-2016)


Em somente uma das alternativas abaixo a concordância nominal NÃO está
de acordo com as regras nominais. Indique-o.
a) Cumprimento de menos horas extras.
b) Ponto de vista e argumentação sensatos.
c) Documentos anexos ao processo.
d) Leitura de bastante livros.
e) Crimes de leso-patriotismo.

Comentários:
Apesar de não ser comum aos ouvidos, “bastante”, quando se refere a um
substantivo, é pronome indefinido, indicando quantidade vaga, como “muitos”.
Nesse caso, ele concorda normalmente com o substantivo: bastantes livros.

A palavra “bastante” fica invariável quando se refere a um verbo: ele


estuda bastante. Gabarito letra d.

60. (Prefeitura Nova Veneza- Psicólogo- FAEPESUL/-2016)


Sobre as regras da concordância nominal nas frases:
I. Pediu trezentos gramas de salsicha importada.
II. Havia ainda bastantes frascos contaminados sobre a mesa do laboratório.
III. Elas parecem mesmas interessadas em resolver os conflitos entre o
grupo de funcionários.
IV. Eu, felizmente, já estou quites com o imposto de renda.

Sobre essas frases, podemos afirmar que:


a) apenas I e II estão corretas.
b) apenas II e IV estão corretas.
c) apenas a frase I está correta.
d) todas estão corretas.
e) todas estão incorretas. Comentários:

Comentários:

I- “grama”, com sentido de peso, é palavra masculina, então o numeral


também deve ir para o masculino. Correta.

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II- “bastantes” com sentido de quantidade equivale a “muitos”, tem que


concordar em número com o substantivo: “bastantes frascos”. Correta.

III- “Mesmo” , nesse caso, é advérbio e se refere a parecer. Então deve ficar invariável. A
grafia correta seria: Elas parecem “mesmo”, com sentido de parecem “muito”,
“realmente”, “mesmo” varia quando é adjetivo, ou seja, quando tem sentido de
“igual ou semelhante”: temos as mesmas roupas. Questão
incorreta.

IV- O problema é que "quite" é adjetivo. E, como adjetivo, deve concordar em


número (singular ou plural) com a palavra à qual se liga. Eu estou quite, ele
está quite, nós estamos quites. Questão incorreta. Gabarito letra A.

61. IDECAN/INCA/Analista em Ciência e Tecnologia /2017


Solidariedade
[...] Não tenho dúvida alguma em afirmar que Karl Marx foi uma
personalidade excepcional, tanto por sua inteligência como por sua
generosidade, pois dedicou a sua vida à luta por um mundo menos injusto.
Graças a homens como ele, as relações de capital e trabalho – que, na
época, eram simplesmente selvagens – mudaram, alcançando as conquistas
que as caracterizam hoje. Marx contribuiu para mudar a sociedade humana,
muito embora o seu sonho da sociedade proletária se tenha frustrado.
De acordo com o fragmento acima, julgue o item:
As formas destacadas em “mudaram, alcançando as conquistas que as
caracterizam hoje.” (2º§) estão corretas gramaticalmente de acordo com a
concordância estabelecida com o mesmo vocábulo.

Comentários
Sim, o sujeito de “mudaram” é feminino e plural “relações de capital e trabalho”,
por isso, o pronome oblíquo “as” também concorda em gênero e número. Questão
correta.

62. IDECAN/Câmara de Aracruz/Analista em TI/2016


O estudo constatou que cerca de 92% da população mundial vivem em
áreas com qualidade do ar inferior aos padrões recomendados.

A concordância da forma verbal “vivem” em “[...] 92% da população


mundial vivem em áreas com qualidade do ar inferior [...]” (7º§) leia
as variações a seguir.
I. “92% da população mundial vive em áreas com qualidade do ar inferior.”

II. “Os 92% da população mundial vivem em áreas com qualidade


do ar inferior.”
III. “Esses 92% da população mundial vive em áreas com
qualidade do ar inferior.”

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São admitidas as variações apresentadas, considerando a


concordância normal ou figurada
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.

Comentários
A regra cobrada foi a seguinte: em expressões formadas de numeral + adjunto,
há possibilidade de concordar com o núcleo do sujeito ou com o núcleo do
adjunto. Porém, se o númeral também vier acompanhado de algum
determinante, como um artigo ou pronome, a concordância vai ser feita com
esse artigo ou pronome. Veja:

No exemplo dos partitivos, geralmente é uma expressão preposicionada, com


de/da(s)/do(s)+conjunto, como em “metade dos brasileiros”. Mas pode ser
qualquer termo que acompanhe o substantivo, como artigos e pronomes:

Ex: Os 20% do eleitorado ficaram revoltados.

“os” e “do eleitorado” são determinantes (adjuntos) do núcleo 20%. Nesse caso,
o verbo vai ficar só no plural, para concordar com o artigo “os”. Se não houvesse
o artigo, haveria possibilidade de concordar também com “eleitorado”.

Ex: Aquele milhão de brasileiros ficou revoltado.

“aquele” e “de brasileiros” são determinantes (adjuntos) no núcleo Milhão. Nesse


caso, o verbo vai ficar só no singular, para concordar com o pronome “aqueles”.
Se não houvesse o pronome, haveria possibilidade de concordar também com
“brasileiros”.

Portanto, no item III, somente se admite a concordância no plural (vivem), pois


o numeral está antecedido por um pronome “ESSES”. Gabarito B.

63. IDECAN/UFPB/Técnico em Segurança do Trabalho/2016


“Há anos pesquisadores africanos notaram que o padrão de
disseminação do zika em macacos selvagens acompanhava o do
chikungunya, entre os mesmos animais.” (5º§) Assinale a
alternativa em que o uso do verbo haver no singular se justifica
pelo mesmo motivo do trecho anterior.
a) O zika foi identificado há tempos em Uganda.
b) Haverá mudanças no combate ao Aedes aegypti.
c) Em Pernambuco há muitos casos de microcefalia.

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d) O agente havia combatido muitos focos do mosquito transmissor.

Comentários
Em “há anos”, temos o verbo “haver” impessoal, com sentido de tempo
decorrido. O mesmo ocorre em “há tempos”. Gabarito A.
Em B e C, o verbo “haver” tem sentido de “existir” e na letra D, funciona como
verbo auxiliar de uma locução de voz passiva.

64. IDECAN/SEARH – RN/Professor /2016


Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para
nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.
Considere o trecho “[...] e como filhos são uma surpresa para nós,
descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.” (5º§)
julgue o item abaixo:
a) A forma verbal “são” prejudica a compreensão textual tendo
em vista a expressão no singular “uma surpresa”.
b) Uma alternativa de construção , mantendo o sentido original, para “que
ele falava das duas esperanças” é “que se falavam das duas esperanças”.
c) Caso o termo “ele” fosse omitido, a forma verbal “falava” seria
empregada, obrigatoriamente, no plural; tendo em vista seu antecedente.
d) Uma possibilidade de reescrita em que há correção gramatical,
desconsiderando alteração de sentido, seria: “... e como filho é
surpresas para nós...”

Comentários

De modo geral, o verbo “ser” admite concordância com o sujeito ou com o


predicativo a depender de quem se quer enfatizar. Vamos ver os detalhes antes
de comentar a questão.

O verbo ser é um verbo de ligação, liga o sujeito ao seu predicativo, que é uma
especificação desse sujeito, de forma bem semelhante aos adjuntos, que
especificam os núcleos do sujeito sem um verbo de ligação (VL).

Ex: Vandercleverson é engenheiro.


Sujeito VL Predicativo

Ex: Ele é engenheiro.


Sujeito VL Predicativo

O problema surge quando temos sujeito e predicativo do sujeito em número e


pessoa diferentes.

Ex: Vandercleverson é prejuízos mensais garantidos.


Sujeito VL Predicativo

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Para os casos acima, como pronomes retos e sujeito “pessoa”, o verbo


ser concorda normalmente com o sujeito. Porém, pode concordar com o
predicativo (são prejuízos...)

Se tivermos sujeito representado pelos pronomes tudo, nada, isso, aquilo, ou


tivermos sujeito “coisa”, teremos a possibilidade de concordar com o sujeito ou
com o predicativo do sujeito, conforme os exemplos abaixo:

Ex: Nem tudo são alegrias/ Nem tudo é alegrias

Ex: Seu lema era os provérbios hindus/Seu lema eram os provérbios hindus.

Vamos à questão:
a) O verbo “são” está no plural porque o sujeito também é plural:
“filhos”. Não há erro ou prejuízo algum. Incorreta.
b) O verbo foi para o plural e o sujeito estava no singular. Por si só, isso já mudaria o
sentido, pois o sujeito não poderia ser o mesmo. Além disso, “Falava de” mostra
que o verbo está sendo utilizado como trasitivo indireto. Portanto,
não temos voz passiva, então não há sujeito para levar o verbo para o plural.
Temos caso de sujeito indeterminado e o verbo fica no singular. Incorreta.
c) Não necessariamente, poderia ficar no singular para concordar com “filho”.
Ademais, a omissão do sujeito não faria que ele deixasse de ser sujeito.
Incorreta.
d) “Filho” é sujeito no singular, então o verbo ser concorda com ele no singular.
Há uma tendência a concordar com o particípio plural, mas a regra geral é o
verbo concordar com o sujeito pessoa: filho é supresas. Correta. Gabarito D.

65. IDECAN/Prefeitura Rio Novo do Sul – ES/Contador/2015


Acerca do trecho “O conhecimento de nosso próprio rosto surge
muito depois do encontro com o rosto do outro." (4º§), considere
as afirmativas a seguir e assinale a correta.
a) A omissão de “O conhecimento de" permite a substituição de
“surge" por sua forma nominal.
b) O acréscimo de “e a apreciação" após “conhecimento" exige a
substituição da forma verbal “surge" por “surgem".
c) A substituição da forma verbal “surge" por “surgiria" não altera a
semântica textual, tendo em vista o emprego da expressão “muito depois".
d) Ao substituir “nosso próprio rosto" por “nossos próprios rostos", o
verbo deverá ser flexionado no plural para que a concordância seja preservada.

Comentários
a) A banca não diz qual forma nominal (surgir, surgindo, surgido?). Além disso,
omitindo “o conhecimento de”, o sujeito poderia ser “nosso rosto”:
nosso próprio rosto surge...?”. Incorreto.

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b) Sim, pois teríamos sujeito composto antes do verbo, o que o levaria para o
plural. Veja como ficaria: o conhecimento e apreciação de nosso próprio rosto
surgem... Correto.
c) Altera sim, “surge” dá ideia de certeza, por estar no presente do
indicativo. O futuro do pretérito “surgiria” dá ideia de dúvida. Incorreto.
d) O núcleo do sujeito continuaria sendo “o conhecimento”, então variar o
complemento de “conhecimento” não afetaria a concordância. Incorreta.
Gabarito B

66. IDECAN/INMETRO/Assistente/Informática/ 2015


Nas frases relacionadas, assinale a concordância verbal INCORRETA.
a) Elaborou-se novas leis.
b) Vossa Excelência é generoso.
c) Mais de uma pessoa comprou o livro.
d) As crianças e seus pais foram ao supermercado.
e) A maioria das pessoas observou aquela propaganda.

Comentários
a) Leis foram elaboradas=elaboraram-se leis. Incorreta.
b) O verbo concorda na terceira pessoa com pronomes de tratamento, isto é,
“você é” em vez de “vós sois”. Correta.
c) Temos sujeito composto antes do verbo, que deve então ir ao plural. Correto.
d) O verbo concordou com o núcleo do adjunto adnominal (pessoas). Poderia
também concordar com o núcleo do sujeito (maioria).
Gabarito A

67. IDECAN/Prefeitura de Rio Pomba – MG/Procurador/2015


Crônica da vida que passa
Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a
tristeza da celebridade.
A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É
um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a
uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as
criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto ┽nas
praças. O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam se de
vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo
o seu traje; e aquelas suas mínimas┽ações – ridiculamente humanas às
vezes – que ele quereria invisíveis, côa as a lente da celebridade para
espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se
enfastia. É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade.
Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição.
Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e as

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enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave


do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que
seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que
é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter
à obscuridade. A celebridade é irreparável. Dela como do tempo, ninguém
torna atrás ou se desdiz.
E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também┽. Todo┽ o homem
que merece ser célebre sabe que não vale┽a pena sê lo. Deixar se ser célebre
é uma fraqueza, uma concessão ao baixo instinto, feminino ou selvagem, de
querer dar nas vistas e nos ouvidos.
Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem┽┽de
gênio desconhecido”┽ é o mais belo de todos os destinos, torna se me
inegável; parece me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos
destinos.
(PESSOA, Fernando┽. Páginas íntimas e de autointerpretação. Lisboa:
Edições Ática, [s.d.]. p. 66 67.)
Considerando a adequação da concordância à variedade padrão do idioma,
indique a opção em que a substituição do termo em destaque pelo vocábulo

┽ verbal.
a) “[...] sabe que não vale a pena sê lo." (4º§) – esforços

b) “[...] é sempre como se fosse excessivo o seu traje; [...]" (2º§)


– aparência ┽
c) “[...] côa as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes
[...]" (2º§) – olhares
d) “[...] com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que
gesticulam e falam alto nas praças." (2º§) – mais de uma pessoa

Comentários
O enunciado é um pouco confuso, mas basicamente a banca quer que
troquemos o termo destacado pelo sugerido. Se eles estiverem em número
diferente, a troca vai causar erro de concordância, exceto se tivermos um caso
de dupla possibilidade.
Nas letras A e C, a banca sugere troca de um sujeito singular por um plural,
sem alterar o verbo. Então, haverá erro de concordância.
Na letra D, sabemos que a expressão “mais de um” leva o verbo para o singular.
Como o verbo original está no plural, não será possível a concordância.
Na letra B, “traje” e “aparência” estão ambos em mesmo número e
pessoa, então a troca não afetaria o verbo. Gabarito B.

68. IDECAN/DETRAN-RO/Analista em Trânsito/2014


Pedro trabalha no DETRAN e quer pedir um documento ao chefe para ler.
Então ele dirá:
I. Chefe, preciso do documento para mim ler.

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OU
II. Chefe, preciso do documento para eu ler.

A respeito das frases anteriores, assinale a afirmação correta:


a) A frase I está certa, pois “mim” é objeto direito de “preciso”.
b) A frase II está certa, pois “para” exige o pronome do caso reto “eu”.
c) A frase I está certa, pois a preposição “para” exige o pronome
oblíquo “mim”.
d) A frase II está certa, pois o sujeito de “ler” deve ser o pronome
do caso reto “eu”.
e) Ambas as frases estão corretas, pois a preposição “para” pode
exigir tanto a forma “mim” quanto a “eu”.

Comentários
“Mim” é pronome oblíquo e não pode ser sujeito do verbo “ler”. O
pronome reto “eu” é quem deveria estar no papel de sujeito. Gabarito D

69. IDECAN/CNEN/Analista de TI/2014


Considerando os aspectos da concordância verbal, indique a reescrita
adequada de acordo com a norma padrão para o trecho “o texto inicial foi
atualizado 71 vezes por repórteres e editores" (3º§).
a) Repórteres e editores atualizaram o texto inicial 71 vezes.
b) Repórteres e editores atualizam-se o texto inicial 71 vezes.
c) O texto inicial atualiza-se 71 vezes por repórteres e editores
d) O texto inicial, foram atualizadas 71 vezes, por repórteres e editores.
e) Foram atualizadas 71 vezes, o texto inicial, por repórteres e editores.

Comentários
Para resolver rápido a questão, pense: se a oração está na voz passiva, o agente da
passiva “por repórteres e editores” virará sujeito na voz ativa. Pois bem,
“repórteres e editores” é sujeito composto e deve então levar o verbo para o
plural: “repórteres e editores atualizaram o texto inicial 71 vezes”. Gabarito A.

70. IDECAN/COREN-MA/Enfermeiro Fiscal/2013


Considere o excerto: "A língua portuguesa é ambígua em alguns casos. No
dicionário Houaiss, por exemplo, a palavra relaxado caracteriza tanto os indivíduos
descontraídos quanto aqueles negligentes. E até por causa desse encontro de
significados muita gente crê piamente que a displicência é sinônimo de calmaria."
Ao fazer a adequação do texto à norma padrão, a concordância do verbo
destacado é feita com
a) "língua".
b) "palavra".

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c) "encontro".
d) "dicionário".
e) "indivíduos".

Comentários
Questão de mero reconhecimento do sujeito. Quem ou o quê caracteriza os
indivíduos como descontraídos? A “palavra” é quem caracteriza. Gabarito B.

71. IDECAN/Lemeprev – SP/Procurador/2012


No trecho “O tempo encarregou-se de mostrar o contrário...”, se o
sujeito fosse substituído por “nós”, realizando as demais alterações
necessárias, a forma verbal destacada seria substituída por
a) encarregamos.
b) encarregaríamos.
c) encarregássemos.
d) encarregaria.
e) encarregaste.

Comentários
Questão de concordância com o pronome correspondente: o tempo (ele)
encarregou-se>> nós nos encarregamos
Só na letra A foi mantido o tempo presente do indicativo. Os outros verbos
estão em outros tempos verbais. Gabarito A.

72. IDECAN/TRE-RS/Técnico Judiciário/2010


A frase em que a concordância está em total conformidade com o padrão
culto escrito é:
a) Tratam-se, na verdade, de questões irrelevantes, com que não se deve
desperdiçar cartuchos.
b) Sempre me pareceu digno de consideração, pelo menos até o mês
passado, as incessantes investidas deles contra atentados à humanidade
dos presos.
c) As últimas notícias sobre a tensa negociação parece comprovar que, se
fosse respeitado efetivamente as regras internacionais, tudo seria mais fácil.
d) Os objetos encontrados na caixa de material altamente inflável era
digna de especial atenção, visto que permitia a pressuposição de que
alguém os queria destruir.
e) Os arrazoados empolados a cuja pertinência ele sempre fez restrição o
impediram de reconhecer que o pressuposto dos raciocínios desenvolvidos
nos autos era questionável.

Comentários

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a) a expressão “trata-se de” é impessoal e indica sujeito


indeterminado. Logo, fica no singular. Incorreto.
b) a forma correta, j á organizada, é: “as incessantes investidas...sempre
me pareceram dignas”. Incorreto.
c) A forma correta é : As últimas notícias sobre a tensa negociação parecem
comprovar... Incorreto.
d) A forma correta é: Os objetos encontrados na caixa de material altamente
inflável eram dignas de especial atenção
e) Item perfeito. Vejamos os termos em concordância:
Os arrazoados empolados a cuja pertinência ele sempre fez restrição o
impediram de reconhecer que o pressuposto dos raciocínios desenvolvidos
nos autos era questionável
Gabarito E

73. IDECAN/FUNTELPA/Administrador/2010
“... e que a ferramenta vem se consolidando como instrumento
necessário...” Se pluralizarmos essa frase a forma verbal “vem” ficará:
a) vêem
b) vinham
c) vieram
d) vêm
e) venham

Comentários
Questão bem simples. Os verbos “ter” e “vir” recebem acento diferencial
indicativo de plural: ele vem/tem>>> eles vêm/têm. A banca também
respeitou o tempo presente do indicativo.
A forma “veem” não é acentuada e representa a terceira pessoa do verbo “ver”.

Em B, C e E, os tempos verbais foram modificados.


Gabarito D

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Resumo

Sujeito simples: concorda com o núcleo. Cuidado com a distância entre


sujeito e verbo. Começe pelo verbo e trace uma seta até o sujeito.
Coletivos ou partitivos especificados: Essa é a regra para expressões como: a
maioria de, a minoria de, uma porção de, um bando de, um grande número de
+ determinante (termo preposicionado que modifica, especifica o substantivo
coletivo ou partitivo).
1 2
Concordam com o núcleo do sujeito (parte) ou do adjunto adnominal
(determinante), termo determinante ligado a ele. Tanto faz. É Facultativo.

Ex: A metade dos servidores públicos entrou/entraram em greve

Ex: A matilha de lobos atravessou/atravessaram a montanha.

Numerais/porcentagens+determinante: o verbo concorda com o próprio


numeral ou com o determinante. Se o numeral vier determinado, a
concordância tem que ser feita com ele.

Ex: 20% do eleitorado ficou revoltado.


Ex: 20% do eleitorado ficaram revoltados.

Ex: 1 milhão de torcedores assistiram a Copa do Mundo.


Ex: 1 milhão de torcedores assistiu a Copa do Mundo.

Ex: Os 20% do eleitorado ficaram revoltados.


“os” e “do eleitorado” são determinantes (adjuntos) do núcleo 20%.

Ex: Aquele milhão de brasileiros ficou revoltado.

Mais de um, menos de dois, cerca de, menos de... A concordância segue o
numeral.

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Mais de um cliente se queixou / Mais de dois clientes se queixaram


Menos de dois clientes se queixaram/ Cerca de mil pessoas se queixaram.
Se o numeral for decimal não determinado, teremos a concordância
obrigatória no plural somente a partir do número dois:

Ex: 1,5 milhão foi gasto. (sem determinante, concorda com o numeral)

Ex: 1,5 milhão de dólares foi gasto.


com determinante, singular
ou
plural
Ex: 1,5 milhão de dólares foram gastos.

Ex: Seu 1,99 m de altura intimida; os 2,20m dele intimidam mais ainda.

Sujeito Composto: Anteposto> Concordância Gramatical/Total(plural)


Posposto> Concordância Gramatical/Total OU + próximo

Mário e Heber Viajaram/Viajaram Mário e Heber/Viajou Mário e Heber

Sujeito indeterminado: Verbo no Singular> PIS (VTI/VI +SE) : Vive-se bem


aqui. Trabalha-se muito.

Núcleos Unidos por “ou” e “nem”:


Excludente>Singular: Mário ou Heber será o primeiro lugar.
Inclusivo>Plural: Mário ou Heber serão classificados.

Oração sem sujeito: (Não tem sujeito, não há flexão: verbo no singular)
Fenômenos naturais:Choveu muito/Amanheceu Nublado/Faz calor em Teresina
Tempo decorrido: Faz 6 meses que não viajo/Vai para 2 anos que não fumo/Há
6 meses não saio. Verbos ficam no singular.
Verbo haver com sentido de existir (singular)> Trocou por sinônimo
(ocorrer/acontecer/existir), o verbo sinônimo concorda com o sujeito.
Há vários livros ali/Haverá novos conflitos/existem livros/ocorrerão novos
conflitos Poderá haver conflitos (na locução com haver, auxiliar fica no
singular também).

Sujeito oracional: (Verbo na 3ªP.singular> orações substantivas subjetivas,


iniciadas por “QUE” e substituíveis por [ISTO]; muitas vezes reduzidas de
infinitivo)

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Verbos Importantes (sujeito é oração):

Ocorrer: Jamais me ocorre desistir.


Faltar: Faltava abandonar a velha escola.
Convir: Adiar oportunidades não convém.
Bastar: [ISTO] Bastaria que estudasse e ele seria aprovado
Caber: Cabe à polícia inibir esses crimes.
Importar: Não me importa que eu tente mil vezes
Custar: Custou a ela pedir desculpas ao avô.

Núcleos do sujeito são infinitivos: Verbo no Singular: Comer, rezar e amar


se tornou meu lema.
Haverá plural quando os núcleos do sujeito do infinitivo vierem determinados ou
forem antônimos: "O errar e o assumir dependem do caráter" (determinados
pelo “o”)/ "Dormir e acordar constituem características humanas" (antônimos).

Na locução verbal, o infinitivo não varia, quem varia é o verbo auxiliar: Eles
pareciam estar famintos/eles deixaram de comer/começaram a trabalhar.
O infinitivo também não varia quando o sujeito desse infinitivo for um pronome
oblíquo: mandei-o entrar/não o vi sair/deixe-as entrar.
De modo geral, nos outros casos, poderá variar para dar ênfase ao sujeito
(Vivermos bem é fundamental/Por gostarem de frio, eles continuam no sul) ou
ficar invariável, deixando a ação genérica (Viver bem é fudamental/ Por gostar
de frio, eles continuam no sul)

Que/Quem: Em sujeitos modificados por pronome relativo “que”, o


verbo deve concordar com o antecedente do “que”.

Fui eu que convidei você para a festa./ Fomos nós que convidamos você para a
festa.

Em sujeitos modificados por pronome relativo “quem”, o verbo deve


concordar com o próprio “quem”.

Ex: Fui eu quem convidou você para a festa.

Porém, também é possível concordar com o antecedente do “quem”,


geralmente um pronome reto (eu, ele, nós...).

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Fui eu quem recitei o poema durante a aula.


Pronomes de tratamento: verbo concorda com a terceira pessoa, seguindo o
padrão do pronome “você”. Os adjetivos concordam com o sexo da pessoa a que
se refere o tratamento.

Ex: Vossa Excelência perdeu sua carteira? (não é vossa carteira!)


Ex: Senador, Vossa Senhoria está cansado! (não é cansada!)

Termos coesivos resumidores: (tudo, nada, isso, cada um, nenhum). A


concordância segue a regra normal, concorda com o termo resumitivo, no
singular.
Ex: “Seu rosto, seu cheiro, seu gosto, tudo que não me deixa em paz...”

Voz passiva: Deve-se localizar o sujeito paciente fazer-se a concordância do


verbo com ele.
Ex: Casas são vendidas no Grajaú= Vendem-se casas no Grajaú (suj.pac=casas)
Ex: Casa é vendida no Grajaú= Vende-se casa no Grajaú (suj.pac=casa)

Um adjetivo se referindo a dois ou mais substantivos: Concordarão com o


mais próximo (concordância atrativa) ou com todos os substantivos
(concordância total ou gramatical), salvo quando o adjetivo estiver
anteposto aos substantivos, caso em que só se admite concordância com
o termo mais próximo.
Ex: Tenho alunos e alunas dedicadas/Tenho alunos e alunas dedicados.
Ex: Consumi bons vinhos, comidas e livros/Consumi boa comida, vinhos e livros.

Tal e Qual: Tal concorda com o antecedente e qual com o termo seguinte:
Ex: Esses funcionários são tais quais os patrões/Esse funcionário é tal quais os
patrões.

É bom, é necessário, é proibido (SER+Adjetivo): As expressões acima são


invariáveis, mas, se vierem com artigo, o adjetivo concordará com ele.
É necessário disciplina/Cafeína é bom para os nervos
A cafeína é boa para os nervos./É proibida a presença de animais.

Mais...possível: Nas expressões superlativas com mais e possível a


concordância é feita com o artigo.
As questões são as mais ambíguas possíveis/Estude o mais cedo possível.
“em apenso”; “menos” e “alerta” são invariáveis.
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso – Quite (variáveis)

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Lista de Questões

1. (FCC- ELETROSUL - 2016)- adaptada.

Uma frase escrita com clareza, correção e em conformidade com o texto é:


Há quinze anos, o Google tornou acessível o conteúdo, de dicionários e
enciclopédias, para que se tornassem de fácil acesso à todos que
consultam-lhe.

2. (FCC- ELETROSUL - 2016)- adaptada.


Uma frase escrita com clareza, correção e em conformidade com o texto é:
Embora o saber não deva ser multiplicado, porém dividido, são louvável as
iniciativas daqueles que se empenham de compartilhar, aos outros, sua
sabedoria.

3. (CESPE/UNB TCE PA 2016)- adaptada.

Em relação aos elementos linguísticos do texto CB8A1AAA, julgue o item a


seguir.
A forma verbal “manifestarem” ( .23) está flexionada no plural para
concordar com “as pessoas” ( .22).

4. (CESPE/UNB DPU 2016)- adaptada.


No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou
justiça gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O
surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica
então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas
contendas — já dava início a situações em que constantemente as partes
se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das
demandas.
Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal
“dava” (R.6) fosse flexionada no plural, escrevendo-se davam.

5. (FCC – TRF 3ªREGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO /2016)


A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: Na frase "A maioria
das pessoas não frequentam o museu", o verbo encontra-se no plural por
concordar com "pessoas", ainda que pudesse, no singular, concordar com
"maioria".

6. (CESPE/UNB- SEDF/2017)

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Em “A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente


desses grupos socioeconômicos”, a forma verbal “chegam” poderia ser
corretamente flexionada no singular. Nesse caso, o pronome “que” retomaria o
núcleo do sujeito da oração principal.

7. (CESPE/UNB- Anvisa- Dezembro/2016)


Ao combater a febre amarela, Oswaldo Cruz enfrentou vários problemas. Grande
parte dos médicos e da população acreditava que a doença se transmitia pelo
contato com roupas, 4 suor, sangue e secreções de doentes.

A forma verbal “acreditava” (R.3) está flexionada no singular para concordar


com a palavra “parte” (R.2), mas poderia ser substituída sem prejuízo à
correção gramatical pela forma verbal acreditavam, que estabeleceria
concordância com o termo composto “dos médicos e da população” (R.2).

8. (PREFEITURA SG- BIO RIO/ Analista Contabilidade-2016)


“Um grupo de crianças está ajoelhado”.
A afirmação inadequada sobre a concordância dos termos nesse segmento é:
o sujeito “um grupo de crianças” permite uma dupla possibilidade de
concordância.

9. (FCC – TRF 3ªREGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO /2016)


A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: Em "A aquisição de
novas obras devem trazer benefícios a todos os frequentadores", a
concordância está correta por se tratar de expressão partitiva.

10. (CESPE - Aud Gov (CGE PI)/Geral/2015) Adaptada-


Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático,
me pareceu um pouco estranho. Por que a maior parte das pessoas comia
com ar religioso e contrito?
Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto , julgue o item a
seguir.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “comia”
(l.6) poderia ser flexionada no plural.

11. (FCC – TRT SC /2013)


As normas de concordância estão plenamente respeitadas na frase: A
maior parte das ondas sonoras que perpassa o nosso caminho (celulares,
rádios, TVs etc.) é inaudível para os ouvidos humanos.

12. (COPESE-UFPI- Agente Prefeitura Timon/ MA/2016)


Considerando as relações de concordância verbal presentes no texto, é
CORRETO afirmar: Na oração "a maioria das pessoas não sabem deste

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problema", o verbo continuaria no plural se o sujeito fosse apenas "a


maioria".

13. (CESPE/UNB AJ TRE GO 2015)


Em 1894, na primeira eleição para presidente da República, votaram 2,2%
da população. Tudo indica que, apesar de a República ter abolido o critério
censitário e adotado o voto direto, a participação popular continuou sendo
muito baixa em virtude, principalmente, da proibição do voto dos
analfabetos e das mulheres.
Julgue o item que se segue, acerca das estruturas linguísticas do texto I.
O trecho “votaram 2,2% da população” (l. 10) poderia, sem
prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, ser reescrito da seguinte
forma: 2,2% da população votou.

14. (CESPE/UNB- DIPLOMATA 2004)


Atendendo-se às prescrições gramaticais, o segmento “Somos nós que as
fabricamos” poderia ser substituído por “Somos nós quem as fabrica”

Comentários:
O verbo concorda com o antecedente do “que”. Se o pronome relativo for “quem”,
o verbo deve preferencialmente concordar diretamente com o “quem”, e fica na
terceira pessoa, pois essa é a regra preferencial. Esse foi o caso da substituição
correta sugerida pela banca. Ressalto que também é possível o verbo concordar
com o antecedente do “quem”. Questão correta.

15. (CESPE/UNB- Médico da PM de Sergipe 2006)


Na passagem “Por que não fui eu que criei a Microsoft?” (l.12-13), o segundo
“que”
pode ser corretamente substituído por quem, sem modificações das formas
verbais.

16. (CESPE/UNB TCE SC 2016)- adaptada.

Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A2BBB, julgue o


item subsequente.
A coesão e a correção gramatical do trecho “e à redução do risco de atitudes
que violem os princípios éticos” (l. 20 e 21) seriam mantidas caso a forma

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verbal “violem” fosse flexionada no singular, passando, então, a


concordância a restringir-se ao termo “risco”.

17. (FGV- MPE RJ/Analista Processual-2016) adaptada.


“Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os
centros comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria
dos habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos
salários”.
A afirmativa sobre os componentes sublinhados nesse segmento do texto 1
estã inadequada: a forma verbal sofrem deveria ser substituída pela forma
correta sofre

18. (FCC - ATE (SEFAZ PI)/2015)- Adaptada.


Está inteiramente correta a redação deste livre comentário sobre o texto

“Por vezes, é possível atribuir às palavras de uma frase simples, ou mesmo


banal, um sentido outro, que elas acabam por sugerir aos imaginosos.”

19. (FCC- TRT- 14ª - Oficial de Justiça- 2016)- Adaptada.


As exigências quanto à concordância verbal estão plenamente atendidas na
frase: Couberam às mulheres americanas, cansadas de se submeterem aos
machistas, travar duras lutas contra o assédio sexual e outras práticas que
as vitimam.

20. (CESPE/UNB- TRE PI 2016)


A identificação das bases eleitorais de um candidato é relevante na medida em que para elas se
direciona a maior parte da atividade desse candidato como político. A importância atribuída às
bases, no caso do Poder Executivo estadual, decorre do fato de que a sua manutenção significa
maiores possibilidades de conquistar uma reeleição. A verificação da concentração ou da
dispersão geográfica da votação no estado para o candidato eleito é importante para identificar
as localidades onde ele possui ou não força política.
Para o entendimento da concentração da votação em determinado lugar, é necessário abordar a
teoria do contextualismo geográfico, segundo a qual o comportamento dos eleitores é
influenciado pelo ambiente sociogeográfico — seja pelas redes de interação social existentes,
seja pela semelhança de experiências às quais os habitantes de uma região estão submetidos.
Segundo essa linha de pensamento, a política não pode ser compreendida desconsiderando-se o
contexto no qual ocorre e as condições em que se encontram os indivíduos. Em oposição a essa
perspectiva está a teoria da escolha racional, que considera o indivíduo o ator racional que
procura maximizar seus benefícios agindo de acordo com seu interesse individual.
Assim, entende-se que os indivíduos são mais afetados por questões próximas à sua realidade
do que por questões gerais como a ideologia, estando as pessoas com realidades semelhantes
— o que é mais comum quando vivem próximas geograficamente — predispostas, no cenário
eleitoral, a votar também de modo semelhante. Em suma, deve-se atentar para o fato de que a
existência de referências comuns entre os indivíduos pode interferir em sua ação política,
direcionando-a em um mesmo sentido. Esse compartilhamento de referências pode advir tanto
da interação social entre os indivíduos quanto do pertencimento a determinado contexto
geográfico.

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Ainda com relação aos aspectos linguísticos do texto Geografia eleitoral e


manutenção do poder:..., assinale a opção correta.
A) A formal verbal “ocorre” (R.18) foi empregada de forma
impessoal no texto.
B) A forma verbal “pode” (R.30) está flexionada no singular por
concordar com “o fato” (R.29).
C) O trecho “tanto da interação social entre os indivíduos quanto do
pertencimento a determinado contexto geográfico” (R. 32 a 34) exerce
função de adjunto adverbial na oração em que ocorre.
D) O trecho “a maior parte da atividade desse candidato como político” (R.
2 e 3) exerce a função de complemento da forma verbal “direciona” (R.2).
E) O termo “A importância atribuída às bases” (R.4) funciona como
sujeito da forma verbal “decorre” (R.5).

21. (FCC- AUDITOR TCE AM/-2015) ADAPTADA


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em: É de conhecimento geral que Angola detêm laços
históricos e culturais profundos com o Brasil, que, se levado em conta,
trará impactos sobre nossa brasilidade e maturidade para lidarmos com a
nossa própria diversidade cultural.

22. (IBFC- MGS – TÉCNICO CONTÁBIL/2016)


No sexto parágrafo, tem-se “há casas com lareira que se mantêm frias.”.
Nesse fragmento, percebe-se que o acento da forma verbal em destaque
deve-se à concordância com a seguinte palavra:
a) “há”
b) “casas”
c) “lareira”
d) “frias”

23. (ESAF- ANAC- Técnico Administrativo/2016)


Assinale se o trecho está inteiramente correto quanto às regras de concordância e
regência da modalidade escrita formal da língua portuguesa.

Essa atitude é também fundamental no planejamento do setor, como no


caso dos estudos de demanda por aeroportos, por exemplo, que atualmente
não pode prescindirem da variável preço

24. (ESAF- Analista de Finanças e Controle- STN/2013)


O imposto é invisível, mas não é leve. Muitas pessoas, por ser isentas do imposto
de renda, pensam que não pagam tributos –
Provoca-se incorreção gramatical ao fazer a substituição de “ser
isentas” por serem isentas.

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25. (CESPE/UNB-Diplomata/2011)
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto se os
infinitivos flexionados fossem substituídos pelas respectivas formas do
infinitivo não flexionado no segmento “Ficamos a observar o jardim, as gotas
a evaporarem, as lesmas a prepararem os corpos para novas caminhadas. O
recomeçar das coisas.”

26. (CESPE/UNB-Auditor de Contas Públicas/CGE PB/2008)


Nessa acepção, razão e verdade deixam de ser valores absolutos para se
transformarem em valores temporariamente válidos.
É obrigatório o emprego do infinitivo flexionado “transformarem” (L.8),
por que seria gramaticalmente incorreto seu emprego na forma não-flexionada:
transformar.

27. (CESPE/UNB-SEDF/2017)
A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente
desses grupos socioeconômicos. E há, entre nossas crenças pedagógicas,
um pressuposto de que cabe à escola pública contribuir, pela oferta de
educação de qualidade, para favorecer, mesmo que indiretamente, uma 22
melhor redistribuição da renda nacional.
O verbo haver foi empregado como sinônimo de existir. Embora esses
verbos tenham sentido semelhante, a substituição de um pelo outro no texto
modificaria as relações sintáticas entre o verbo e o termo “um pressuposto”
28. (FCC- AUDITOR TCE AM/-2015) ADAPTADA
As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em: O intuito era podermos, no contexto brasileiro,
construirmos novas narrativas para extrapolarmos categorias arcaicas de
se pensarem a África, fundando, assim, diferentes modos de ver.

29. (FCC – TRT - 9ª REGIÃO/ANALISTA-APOIO ESP/2016)


Consideradas as normas de concordância verbal, a frase em que estão
plenamente respeitadas é: Devem haver explicações para a escultura de
Picasso, embora de reconhecido valor artístico, não ter sido reunida com
frequência.

30. (Vunesp- TJM SP/2017)


A concordância está de acordo com a norma-padrão da língua na frase:
a) Muito antes de haver história, já existia seres humanos.
b) Animais bastante similares aos humanos modernos podiam ser encontrado
por volta de 2,5 milhões de anos atrás.
c) Na África Oriental de 2 milhões de anos atrás, certas características humanas
familiares poderiam ser muito bem observadas.
d) Esses humanos arcaicos competiam por status e poder, assim como ocorriam
com os chimpanzés, os babuínos e os elefantes.

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e) Eles próprios não havia de suspeitar que seus descendentes um dia viajariam
à Lua.
31. (FCC – TRF 3ªREGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO /2016)
A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: Na frase "Hão de se
garantir as condições necessárias à conservação das obras de arte", o
verbo "haver" deveria estar no singular, uma vez que é impessoal.

32. (FCC – TRF 3ªREGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO /2016)


A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: Em "Existe
atualmente, no Brasil, cerca de 60 museus", a concordância está correta,
uma vez que o núcleo do sujeito é "cerca".

33. (CESPE/UNB – FUNPRESP-FEV 2016) – Adaptada.


“Mas ele nunca errava, e já nem havia mais o que errar, uma vez que não
havia mais dúvidas”
A forma verbal “havia”, em “não havia mais dúvidas”, poderia ser
corretamente substituída por existia.

34. (CESPE/UNB - Cont (MTE)/2014) – Adaptada.


Há ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do brasileiro. Entre
eles, destacam-se o conceito de que, para ser investidor, é preciso ter muito
dinheiro disponível e a ideia de que os produtos existentes no mercado financeiro
são muito complexos.
Julgue o item subsequente, referente às ideias e aos aspectos linguísticos
do texto acima.
A forma verbal “Há” poderia ser substituída por Existe sem que
houvesse prejuízo para a correção gramatical do período.

35. (CESPE - Ag Adm (PF)/2014) Adaptada.

Pôde-se constatar que, em outras partes do mundo, fenômenos sociais


semelhantes também ocorreram. Lá como cá, diferentes tipos de ação
atingiram todo o grupo social, gerando vítimas e danos materiais. Nem
sempre a intervenção das forças do Estado foi suficiente para evitar
prejuízos.

Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações).

Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue o item.


Sem prejuízo para o sentido e a correção gramatical do texto, o trecho
“Pôde-se constatar (...) ocorreram.” poderia ser assim reescrito:
Supôs-se que também ocorreu, em outros países do mundo, movimentos
sociais análogos.

36. (FCC - TRT - 14ª- Oficial de Justiça- 2016)- Adaptada.

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As exigências quanto à concordância verbal estão plenamente atendidas na


frase: É comum que aos homens ocorra estar no exercício de um direito
quando, em suas práticas amorosas, impõem às mulheres o que as
humilha e as desonra.

37. (CESPE - ACE (TC-DF)/2014)- Adaptada.


Empossado na prefeitura carioca, Negrão de Lima arregalou os olhos quando
os técnicos em urbanismo informaram-lhe que havia oito milhões de ratos
na cidade. Perguntou: “Como é que vocês contaram?”
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos gramaticais e ideias
desenvolvidas no texto acima.
Uma forma correta de reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal
“quando” (l.1) é a seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo
que existia oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro.

38. (CESGRANRIO- UNIRIO- PEDAGOGO/2016)


A concordância verbal está plenamente adequada à norma-padrão no seguinte
período:
a) Fazem 15 anos que o escritor encontrou o engraxate.
b) Deve haver muitos engraxates pelos aeroportos do Rio.
c) Deseja melhores oportunidades de trabalho os brasileiros.
d) Muitos de nós quer viver sob condições melhores.
e) Cada um de nós devem ter consciência do seu valor.

39. (MPE SC-Promotor de Justiça/2016)


“Deve haver muitas pessoas interessadas neste parecer.”

A locução verbal Deve haver poderia ser substituída por Devem existir e a
frase continuaria gramaticalmente correta.

40. (FCC- AUDITOR TCE AM/-2015) ADAPTADA


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em: Tratam-se de regiões praticamente inexploradas pelas
pesquisas acadêmicas recentes, apesar de ali haverem ocorrido alguns dos
principais episódios para o desenvolvimento econômico da Angola
contemporânea.

41. (FCC – TRF 3ª- TÉCNICO INFORMÁTICA /2016) Adaptada

A frase cuja redação está inteiramente correta é: Londres e Barcelona


estão entre as cidades que mais destaca-se em termos de inteligência, com
avançados centros de operação de dados.

42. (FCC- TRT 20ª - Técnico Judiciário/2016)

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“Afinal, a literatura de cordel é excelente para a transformação da sociedade em


uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade.”

... uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade.

A respeito do verbo sublinhado acima, afirma -se corretamente: pode ser


substituído pela forma “existam”, sem prejuízo para a correção.

43. (CESPE/UNB –DIPLOMATA 2016) – Adaptada –


Acerca das relações semântico-sintáticas e do vocabulário do texto II,
julgue (C ou E) o item seguinte.
Na oração que inicia o segundo parágrafo: “Torna a trazer o assunto à
baila o aparecimento e grande vendagem de Maíra, romance de Darcy
Ribeiro.” o verbo concorda com o primeiro núcleo do sujeito posposto,
concordância verbal abonada pela gramática normativa.

44. (FCC- AUDITOR TCE AM/-2015) ADAPTADA


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em: É sabido que o desconhecimento e a quase ausência de
conteúdos curriculares sobre a África e as culturas africanas no Brasil
contribui para a disseminação da intolerância e dos conflitos raciais..

45. (CESPE/UNB IBAMA 2013) – Adaptada –

Em 1985, foi criado o Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e, em


1989, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA), originado da fusão da SEMA com a Superintendência do Desenvolvimento da
Pesca e com o IBDF. Em 1999, a questão ambiental passou a ser tratada no âmbito de
uma secretaria especial da Presidência da República, e, em 1992, ano da Conferência
das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de
Janeiro, foi finalmente criado o Ministério do Meio Ambiente.

Julgue o item, relativo à tipologia e às ideias do texto acima, bem como às


estruturas nele empregadas.
A locução verbal “foi criado”, empregada no singular para concordar com
o núcleo do sujeito mais próximo a ela — “o Ministério do Desenvolvimento
Urbano e Meio Ambiente” —, poderia ser corretamente substituída por foram
criados, caso em que passaria a concordar com ambos os núcleos do
sujeito composto da oração.

46. (CESPE - AIE (MPOG)/Área I/2012)- Adaptada.


“O aumento da população, o crescimento econômico e a sofisticação das
relações sociais requerem mais serviços públicos, de maior qualidade e
crescente complexidade...”
Julgue o próximo item, a respeito da organização das ideias e das
estruturas linguísticas do texto acima.

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A flexão de plural em "requerem" justifica-se pelo emprego do plural em


"relações sociais".

47. (CESPE - TJ TRE RJ/Administrativa/2012) – Adaptada.


Sempre se soube que um dos principais entraves ao crescimento do Brasil é o
gargalo educacional. Novas pesquisas, porém, revelam que o problema é muito
mais grave do que se supunha. A mais recente, elaborada pelo Instituto Paulo
Montenegro e pela ONG Ação Educativa, mostrou que 38% dos estudantes do
ensino superior no país simplesmente "não dominam habilidades básicas de
leitura e escrita".
Julgue o item que se segue, relativo às ideias e às estruturas linguísticas
do texto acima.
A forma verbal "mostrou" está no singular porque concorda com a
expressão "Instituto Paulo Montenegro".
48. (CESPE - Auditor de Controle Externo/2010) Adaptada.
O modelo linguístico comum admite variações individuais, até certo ponto. Mas,
quando essa individualização vai longe demais, a língua perde sua função de meio de
comunicação dentro do grupo. Entre outros exemplos, citemos a formação da
consciência moral, das modalidades de controle de pulsões e afetos numa dada
civilização, ou o dinheiro e o tempo. A cada um deles correspondem maneiras pessoais
de agir e sentir, um habitus social que o indivíduo compartilha com outros e que se
integra na estrutura de sua personalidade.
No que se refere à organização das ideias e à estrutura do texto acima,
julgue o item.
Na linha 10, a flexão de plural em "correspondem" mostra que, pela
concordância, se estabelece a coesão com "maneiras"; mas seria
igualmente correto e coerente estabelecer a coesão com "cada um",
enfatizando este termo pelo uso do verbo no singular: corresponde.

49. (Comperve/Contador/2014)
Ensinar e aprender trata-se de um processo relacional que vai além dos
métodos e das tecnologias. Diz essencialmente respeito a relações
humanas. Não é entretenimento ou diversão. Tampouco é sofrimento.
Envolve escutar, avaliar, refletir e praticar. Pode ser penoso, às vezes, mas
deve sempre recompensar estudantes e professores. Pode usar novos
métodos e novas tecnologias, mas depende essencialmente da construção
de um palco para interação coletiva.
Se substituíssemos a expressão em destaque pelo verbo ser, este seria
flexionado no
a) plural, porque o sujeito é composto por duas palavras de sentidos
diferentes.
b) plural, porque o sujeito é composto por dois verbos no infinitivo, sem
determinantes e com oposição de sentidos.
c) singular, porque o sujeito é composto por duas palavras de sentidos
opostos.

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d) singular, porque o sujeito é composto por dois verbos no infinitivo,


sem determinantes e sem oposição de sentidos.

50. (CESPE - AA (ANATEL)/Administração/2014)


A solicitação de portabilidade ou a demonstração da intenção de trocar os
serviços pelos oferecidos por uma concorrente que ofereça condições
melhores têm-se mostrado boas estratégias, visto que as empresas
comumente dispõem de vantagens para não perder seus consumidores.
Considerando as ideias e estruturas do texto, julgue o item seguinte.
O emprego da forma verbal “têm”, na 3.a pessoa do plural, justifica-se
pela concordância com sujeito composto unido pela conjunção “ou”, de valor
inclusivo.

51. (FCC- AUDITOR FISCAL-SEFAZ PIAUÍ-2015)


“Não fosse pelas informações descuidadas de segunda ou terceira mão
colhidas por viajantes ou funcionários em postos remotos, estes espaços
brancos teriam sido bem mais vastos do que de fato o eram.”
A frase acima respeita as orientações da gramática normativa no que se
refere à concordância verbal e nominal, assim como ocorre com a seguinte
frase:
a) Se não fosse, naquela época, as ações de certos viajantes, muito do que
se sabe hoje permaneceria incógnito.
b) Fosse qual fossem as informações prestadas por andarilhos, tiveram
todas sua utilidade para o conhecimento do mundo do século XVIII.
c) Fossem quais fosse as intenções dos informantes, o fato é que aquilo que
notificaram recebeu registro, ainda que as notícias fossem descuidadas.
d) Caso fosse registrado com mais rigor as informações dos caçadores, e
também se elas fossem mais detalhadas, talvez mais se soubesse hoje
sobre o conhecimento da época acerca dos rios da África.
e) Quaisquer que fossem as circunstâncias, mais favoráveis, ou menos
favoráveis, cada habitante sempre enfrentava algo do mistério sobre as
cadeias de montanhas que lhe eram próximas.

52. (MPE SC-Promotor de Justiça/2016)


Observe as frases abaixo.
a) “Tudo isso são inverdades”, disse o promotor.
b) Hoje são 20 de junho.
c) Os culpados pela elaboração do trabalho somos sempre nós.
Todas as frases estão corretas, pois a concordância do verbo ser pode
ocorrer entre o verbo e o predicativo do sujeito.

53. (COMPASS-PREFEITURA DE CARPINA-2016)


A concordância verbal está correta em todas as alternativas, exceto em:

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a) Qual de vós apoiará essa atitude?


b) Campinas são uma cidade encantadora.
c) Mais de um já me avisou do acidente ocorrido na estrada.
d) Um conselho, uma palavra amiga era suficiente para acalmá-lo.
e) As nuvens pareciam chorar.

54. (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO- ENFERMEIRO-2016)


De acordo com a norma padrão da língua, está correta a concordância do verbo
no segmento “... a maioria dos sobreviventes se adaptara a suas novas
vidas com muito mais sucesso...”. É também correta a concordância do
verbo na seguinte frase:
a) Quantos de nós teriam sobrevivido nas mesmas cirscunstâncias?
b) Quem haveria de ser aqueles refugiados?
c) Mais de cem pessoas respondeu afirmativamente à pergunta.
d) Os Estados Unidos recebeu muitos judeus após a guerra.

55. (Cesgranrio- ANP 2016)


Considere-se esta passagem do Texto I: “Mas essa viagem diária me
tornava uma criança completa de alegria." (l. 31-32)
Há um desvio de concordância na seguinte reescritura desse trecho do
Texto I:
a) Mas essas viagens diárias enchiam de alegria aquela criança.
b) Como me tornava uma criança completa de alegria essa viagem diária!
c) Mas essas viagens diárias me tornavam uma criança completa de alegria.
d) Essa viagem diária me tornava uma criança, completo de alegria.
e) Eu me tornava uma criança completa de alegria por causa dessa
viagem diária.
56. (FCC – TRF 3ª- TÉCNICO INFORMÁTICA /2016) Adaptada

A frase cuja redação está inteiramente correta é: São necessários viabilizar


projetos de cidades inteligentes, amparados em políticas públicas que
salvaguardam os dados abertos dos cidadãos.
57. (SAAEB- Engenheiro de Segurança 2016)
Quanto à concordância nominal, preencha as lacunas das frases e assinale
a alternativa CORRETA:

Era talvez meio-dia e ………………….. quando fora achado.


Decepção é ………………………… para fortalecer o sentimento de realidade.

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Apesar da superpopulação do alojamento, havia quartos ………………………..


para os homens.
Os documentos dos alunos seguiram………………………. às fichas de inscrição.
As fisionomias dos homens eram as mais desoladas …………………………..
naquele momento.
a) meia – bom – bastantes – anexos – possíveis.
b) meio – bom – bastantes – anexo – possível.
c) meia – boa – bastante – anexo – possível.
d) meio – boa – bastante – anexos – possível.

58. (CESPE - TJ STJ/Administrativa/2015)


Consta do preâmbulo da Constituição Federal que a justiça é um dos valores
supremos da sociedade, tal qual a harmonia social e a liberdade. Nos demais
artigos da Carta Magna, esse termo costuma vir associado à ideia de justiça
social. Assim, o primeiro inciso do artigo terceiro da Constituição estabelece
que a construção de uma sociedade que seja justa é um objetivo fundamental
da República Federativa do Brasil. Ao circunscrever a justiça no espaço da
sociedade, o texto constitucional estabelece, em síntese, que a promoção da
justiça na sociedade é um fim do Estado brasileiro.
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto A justiça social
como norma constitucional, julgue o seguinte item.
Na linha 1, sem prejuízo para a correção gramatical, a expressão “tal qual”
poderia ser flexionada no plural, para concordar com “valores supremos”.

59. (Prefeitura Lauro Muller-FAEPESUL/-2016)


Em somente uma das alternativas abaixo a concordância nominal NÃO está
de acordo com as regras nominais. Indique-o.
a) Cumprimento de menos horas extras.
b) Ponto de vista e argumentação sensatos.
c) Documentos anexos ao processo.
d) Leitura de bastante livros.
e) Crimes de leso-patriotismo. Comentários:

60. (Prefeitura Nova Veneza- Psicólogo- FAEPESUL/-2016)


Sobre as regras da concordância nominal nas frases:
I. Pediu trezentos gramas de salsicha importada.
II. Havia ainda bastantes frascos contaminados sobre a mesa do laboratório.
III. Elas parecem mesmas interessadas em resolver os conflitos entre o
grupo de funcionários.
IV. Eu, felizmente, já estou quites com o imposto de renda.

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Sobre essas frases, podemos afirmar que:


a) apenas I e II estão corretas.
b) apenas II e IV estão corretas.
c) apenas a frase I está correta.
d) todas estão corretas.
e) todas estão incorretas.
61. IDECAN/INCA/Analista em Ciência e Tecnologia/2017
Solidariedade
[...] Não tenho dúvida alguma em afirmar que Karl Marx foi uma
personalidade excepcional, tanto por sua inteligência como por sua
generosidade, pois dedicou a sua vida à luta por um mundo menos injusto.
Graças a homens como ele, as relações de capital e trabalho – que, na
época, eram simplesmente selvagens – mudaram, alcançando as conquistas
que as caracterizam hoje. Marx contribuiu para mudar a sociedade humana,
muito embora o seu sonho da sociedade proletária se tenha frustrado.
De acordo com o fragmento acima, julgue o item:
As formas destacadas em “mudaram, alcançando as conquistas que as
caracterizam hoje.” (2º§) estão corretas gramaticalmente de acordo com a
concordância estabelecida com o mesmo vocábulo.

62. IDECAN/Câmara de Aracruz/Analista em TI/2016


O estudo constatou que cerca de 92% da população mundial vivem em
áreas com qualidade do ar inferior aos padrões recomendados.

A concordância da forma verbal “vivem” em “[...] 92% da população


mundial vivem em áreas com qualidade do ar inferior [...]” (7º§) leia
as variações a seguir.
I. “92% da população mundial vive em áreas com qualidade do ar inferior.”

II. “Os 92% da população mundial vivem em áreas com qualidade


do ar inferior.”
III. “Esses 92% da população mundial vive em áreas com
qualidade do ar inferior.”
São admitidas as variações apresentadas, considerando a
concordância normal ou figurada
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.

63. IDECAN/UFPB/Técnico em Segurança do Trabalho/2016

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“Há anos pesquisadores africanos notaram que o padrão de


disseminação do zika em macacos selvagens acompanhava o do
chikungunya, entre os mesmos animais.” (5º§) Assinale a
alternativa em que o uso do verbo haver no singular se justifica
pelo mesmo motivo do trecho anterior.
a) O zika foi identificado há tempos em Uganda.
b) Haverá mudanças no combate ao Aedes aegypti.
c) Em Pernambuco há muitos casos de microcefalia.
d) O agente havia combatido muitos focos do mosquito transmissor.

64. IDECAN/SEARH – RN/Professor/2016


Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para
nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.
Considere o trecho “[...] e como filhos são uma surpresa para nós,
descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.” (5º§)
julgue o item abaixo:
a) A forma verbal “são” prejudica a compreensão textual tendo
em vista a expressão no singular “uma surpresa”.
b) Uma alternativa de construção , mantendo o sentido original, para “que
ele falava das duas esperanças” é “que se falavam das duas esperanças”.
c) Caso o termo “ele” fosse omitido, a forma verbal “falava” seria
empregada, obrigatoriamente, no plural; tendo em vista seu antecedente.
d) Uma possibilidade de reescrita em que há correção gramatical,
desconsiderando alteração de sentido, seria: “... e como filho é
surpresas para nós...”

65. IDECAN/Prefeitura Rio Novo do Sul – ES/Contador/2015


Acerca do trecho “O conhecimento de nosso próprio rosto surge
muito depois do encontro com o rosto do outro." (4º§), considere
as afirmativas a seguir e assinale a correta.
a) A omissão de “O conhecimento de" permite a substituição de
“surge" por sua forma nominal.
b) O acréscimo de “e a apreciação" após “conhecimento" exige a
substituição da forma verbal “surge" por “surgem".
c) A substituição da forma verbal “surge" por “surgiria" não altera a
semântica textual, tendo em vista o emprego da expressão “muito depois".
d) Ao substituir “nosso próprio rosto" por “nossos próprios rostos", o
verbo deverá ser flexionado no plural para que a concordância seja preservada.

66. IDECAN/INMETRO/Assistente/Informática/ 2015


Nas frases relacionadas, assinale a concordância verbal INCORRETA.
a) Elaborou-se novas leis.

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b) Vossa Excelência é generoso.


c) Mais de uma pessoa comprou o livro.
d) As crianças e seus pais foram ao supermercado.
e) A maioria das pessoas observou aquela propaganda.

67. IDECAN/Prefeitura de Rio Pomba – MG/Procurador/2015


Crônica da vida que passa
Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a
tristeza da celebridade.
A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É
um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a
uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as
criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto ┽nas
praças. O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam se de
vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo
o seu traje; e aquelas suas mínimas┽ações – ridiculamente humanas às
vezes – que ele quereria invisíveis, côa as a lente da celebridade para
espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se
enfastia. É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade.
Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição.
Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e as
enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave
do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que
seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que
é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter
à obscuridade. A celebridade é irreparável. Dela como do tempo, ninguém
torna atrás ou se desdiz.
E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também┽. Todo┽ o homem
que merece ser célebre sabe que não vale┽a pena sê lo. Deixar se ser célebre
é uma fraqueza, uma concessão ao baixo instinto, feminino ou selvagem, de
querer dar nas vistas e nos ouvidos.
Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem┽┽de
gênio desconhecido”┽ é o mais belo de todos os destinos, torna se me
inegável; parece me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos
destinos.
(PESSOA, Fernando┽. Páginas íntimas e de autointerpretação. Lisboa:
Edições Ática, [s.d.]. p. 66 67.)
Considerando a adequação da concordância à variedade padrão do idioma,
indique a opção em que a substituição do termo em destaque pelo vocábulo

┽ verbal.
a) “[...] sabe que não vale a pena sê lo." (4º§) – esforços
b) “[...] é sempre como se fosse excessivo o seu traje; [...]" (2º§)
– aparência

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c) “[...] côa as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes


[...]" (2º§) – olhares
d) “[...] com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que
gesticulam e falam alto nas praças." (2º§) – mais de uma pessoa

68. IDECAN/DETRAN-RO/Analista em Trânsito/2014


Pedro trabalha no DETRAN e quer pedir um documento ao chefe para ler.
Então ele dirá:
I. Chefe, preciso do documento para mim ler.
OU
II. Chefe, preciso do documento para eu ler.

A respeito das frases anteriores, assinale a afirmação correta:


a) A frase I está certa, pois “mim” é objeto direito de “preciso”.
b) A frase II está certa, pois “para” exige o pronome do caso reto “eu”.
c) A frase I está certa, pois a preposição “para” exige o pronome
oblíquo “mim”.
d) A frase II está certa, pois o sujeito de “ler” deve ser o pronome
do caso reto “eu”.
e) Ambas as frases estão corretas, pois a preposição “para” pode
exigir tanto a forma “mim” quanto a “eu”.

69. IDECAN/CNEN/Analista de TI/2014


Considerando os aspectos da concordância verbal, indique a reescrita
adequada de acordo com a norma padrão para o trecho “o texto inicial foi
atualizado 71 vezes por repórteres e editores" (3º§).
a) Repórteres e editores atualizaram o texto inicial 71 vezes.
b) Repórteres e editores atualizam-se o texto inicial 71 vezes.
c) O texto inicial atualiza-se 71 vezes por repórteres e editores
d) O texto inicial, foram atualizadas 71 vezes, por repórteres e editores.
e) Foram atualizadas 71 vezes, o texto inicial, por repórteres e editores.

70. IDECAN/COREN-MA/Enfermeiro Fiscal/2013


Considere o excerto: "A língua portuguesa é ambígua em alguns casos. No
dicionário Houaiss, por exemplo, a palavra relaxado caracteriza tanto os indivíduos
descontraídos quanto aqueles negligentes. E até por causa desse encontro de
significados muita gente crê piamente que a displicência é sinônimo de calmaria."
Ao fazer a adequação do texto à norma padrão, a concordância do verbo
destacado é feita com
a) "língua".
b) "palavra".

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c) "encontro".
d) "dicionário".
e) "indivíduos".

71. IDECAN/Lemeprev – SP/Procurador/2012


No trecho “O tempo encarregou-se de mostrar o contrário...”, se o
sujeito fosse substituído por “nós”, realizando as demais alterações
necessárias, a forma verbal destacada seria substituída por
a) encarregamos.
b) encarregaríamos.
c) encarregássemos.
d) encarregaria.
e) encarregaste.

72. IDECAN/TRE-RS/Técnico Judiciário/2010


A frase em que a concordância está em total conformidade com o padrão
culto escrito é:
a) Tratam-se, na verdade, de questões irrelevantes, com que não se deve
desperdiçar cartuchos.
b) Sempre me pareceu digno de consideração, pelo menos até o mês
passado, as incessantes investidas deles contra atentados à humanidade
dos presos.
c) As últimas notícias sobre a tensa negociação parece comprovar que, se
fosse respeitado efetivamente as regras internacionais, tudo seria mais fácil.
d) Os objetos encontrados na caixa de material altamente inflável era
digna de especial atenção, visto que permitia a pressuposição de que
alguém os queria destruir.
e) Os arrazoados empolados a cuja pertinência ele sempre fez restrição o
impediram de reconhecer que o pressuposto dos raciocínios desenvolvidos
nos autos era questionável.

73. IDECAN/FUNTELPA/Administrador/2010
“... e que a ferramenta vem se consolidando como instrumento
necessário...” Se pluralizarmos essa frase a forma verbal “vem” ficará:
a) vêem
b) vinham
c) vieram
d) vêm
e) venham

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Gabaritos

1. INCORRETA 26. INCORRETA 51. CORRETA


2. INCORRETA 27. CORRETA 52. CORRETA
3. CORRETA 28. INCORRETA 53. LETRA B
4. INCORRETA 29. INCORRETA 54. LETRA A
5. CORRETA 30. LETRA C 55. INCORRETA
6. CORRETA 31. INCORRETA 56. INCORRETA
7. CORRETA 32. INCORRETA 57. LETRA A
8. CORRETA 33. INCORRETA 58. INCORRETA
9. CORRETA 34. INCORRETA 59. LETRA D
10. CORRETA 35. INCORRETA 60. LETRA A
11. CORRETA 36. CORRETA 61. CORRETA
12. INCORRETA 37. INCORRETA 62. LETRA B
13. CORRETA 38. LETRA B 63. LETRA A
14. CORRETA 39. CORRETA 64. LETRA D
15. INCORRETA 40. INCORRETA 65. LETRA B
16. INCORRETA 41. INCORRETA 66. LETRA A
17. CORRETA 42. CORRETA 67. LETRA B
18. CORRETA 43. CORRETA 68. LETRA D
19. INCORRETA 44. INCORRETA 69. LETRA A
20. LETRA E 45. INCORRETA 70. LETRA B
21. INCORRETA 46. INCORRETA 71. LETRA A
22. LETRA B 47. INCORRETA 72. LETRA E
23. INCORRETA 48. INCORRETA 73. LETRA D
24. INCORRETA 49. CORRETA
25. CORRETA 50. CORRETA

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