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Farmacologia Geral
MÓDULO V - A
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
MÓDULO V-A
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Introdução
A modificação dos efeitos farmacológicos por interação entre fármacos pode ser no
sentido de aumentar ou diminuir a eficácia terapêutica, da mesma maneira pode acentuar
ou atenuar os efeitos indesejáveis. Podem aparecer também efeitos totalmente novos,
diferentes dos observados com quaisquer das drogas utilizadas isoladamente ou pode
não ocorrer nenhuma modificação no efeito final, apesar da cinética e do metabolismo de
uma ou ambas as drogas terem sido alterados.
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A incidência de interações medicamentosas oscila entre 3-5%, para pacientes em
uso de várias medicações, aumentando para 20% ou ainda mais, em doentes usando 10
a 20 drogas. Como o paciente internado recebe, em média, 6/8 drogas, vê-se aí a
importância do problema.
- Alimentos;
- Drogas (álcool, cigarro, maconha, cocaína);
- Solventes;
- Poluentes.
Por exemplo, a ingestão de alimentos pode afetar a absorção gastrintestinal de
muitos medicamentos, assim como algumas substâncias presentes no alimento podem
interagir com determinados fármacos. O álcool pode influenciar o metabolismo dos
medicamentos assim como potencializar a ação de outros depressores do Sistema
Nervoso.
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o Função Hepática: pode alterar o metabolismo das drogas;
o Idade: a dosagem dos fármacos deve ser ajustada para crianças e idosos;
Conceitos
- Tempo de meia vida plasmática – Tempo que a concentração da substância leva para
atingir a metade do seu valor;
- Droga – Qualquer substância que interaja com o organismo produzindo algum efeito;
Por exemplo:
A vitamina C se for obtida por meio dos alimentos é considerada um nutriente, mas
se for administrada na forma pura para correção de estados carências ou como
estimulante das defesas orgânicas é definida como um medicamento.
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- Farmacocinética-Como visto, é o que o organismo faz com droga. Compreende a
absorção, distribuição, metabolismo e a excreção da droga;
Cinética:
Ele é desintegrado pelo estômago, absorvido pelo intestino vai para a corrente
sangüínea onde é transportado até o local da inflamação.
Dinâmica:
Cinética:
Às vezes o efeito tóxico não é devido ao efeito colateral e sim ao efeito principal
como, por exemplo, casos de hemorragias devido ao uso de anticoagulante e casos de
coma hipoglicêmico com a insulina.
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falta de especificidade do medicamento uma vez que as maiorias das drogas são
seletivas, porém não totalmente específicas.
Para explicar isso nós podemos fazer uma analogia, imaginamos que você precise
consertar uma torneira na cozinha de sua casa e para isso você precise fechar o registro
de água. Se o registro for exclusivo para a torneira não terá problema, porém o registro
pode ser para a casa toda então toda a residência ficará sem água, e mais o registro pode
ser para todo o prédio ou quarteirão e então todos os seus vizinhos ficarão sem água.
Muitas vezes pode ocorrer que o efeito colateral passa a ser o efeito principal.
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voluntários do sexo masculino notaram que, quando estimulados sexualmente
apresentavam uma ereção mais duradoura que o normal.
- Biodisponibilidade: É a fração da droga não alterada que atinge seu local de ação
após a administração por qualquer via.
Um fármaco, por exemplo, que é absorvido pelo estômago e pelo intestino precisa
em primeiro lugar atravessar o fígado antes de atingir a circulação sistêmica. Se esse
fármaco for metabolizado no fígado ou eliminado na bile, parte da forma ativa será
inativada antes que possa atingir a circulação geral e ser distribuída para seus locais de
ação.
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Os pulmões funcionam como local de depuração de várias drogas e podem
diminuir a biodisponibilidade destes pelo efeito de primeira passagem, mesmo quando
esses medicamentos são administrados por vias parenterais como SC, IM, e IV exceto as
vias intra-arteriais.
Interações físico-químicas
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medicamentos. Como exemplo tem-se o aparecimento de coloração diferente, turvação
ou precipitação de uma solução, ao se misturar com outra na seringa de injeção.
Incompatibilidade Farmacêutica
- Alguns antineoplásicos, como a doxorrubicina devem ser protegidos da luz por serem
fotossensíveis e devem ser administrados em equipos escuros;
É importante ressaltar esta interação uma vez que esses agentes agem
sinergicamente contra diversos micróbios e com certa freqüência são prescritos
simultaneamente para o mesmo paciente.
- As tetraciclinas são agentes quelantes eficientes contra vários cátions com os quais
formam complexos pouco solúveis. Assim sendo, a absorção no trato intestinal é
prejudicada pelo leite e seus produtos derivados, assim como pela administração
concomitante de géis de Hidróxido de Al e sais de cálcio, magnésio ou ferro.
- Muitos fármacos não podem ser administrados por via oral porque são inativados pelo
pH ácido do estômago ou por enzimas digestivas. Ex: heparina, insulina, maioria das
penicilinas e cefalosporinas, etc.;
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- A colestiramina e o colestipol que são resinas trocadoras de íons (para eliminação de
sais biliares e redução de colesterol) complexos, uma série de medicamentos
(antidepressivos, neurolépticos, digitálicos, anticoagulantes) diminuindo a absorção.
- Uma interação muito utilizada no caso de intoxicações por via oral, é a administração de
carvão ativado que absorve outras drogas na sua superfície porosa e assim diminui a
absorção;
- EDTA cálcico dissódico é usado como agente quelante primariamente para tratar as
intoxicações por chumbo. Após a administração do CaNa2EDTA, o chumbo dos depósitos
dos tecidos moles desloca os íons de cálcio e forma o complexo PbNa2EDTA, que é
excretado na urina;
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- Desferroxamina é um agente quelante para tratar a intoxicação pelo Ferro. Após a
ingestão de quantidades excessivas de ferro, a concentração plasmática do ferro excede
a capacidade de ligação da transferrina, e o ferro livre é distribuído para dentro das
células, causando a ruptura das mitocôndrias. A desferroxamina não somente se liga ao
ferro circulante e aumenta a sua eliminação pela urina, mas pode também remover os
íons dos locais do interior dos hepatócitos.
Farmacocinética e as interações
Portanto, qualquer outra substância que interagir nestes processos vão influenciar
no tempo ou na intensidade de ação de um medicamento.
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As doses necessárias desses agentes para promover efeitos terapêuticos ótimos
diferem largamente entre os pacientes. Quando uma dose convencional é utilizada, pode
ser insuficiente para alguns, enquanto para outros pode ser excessiva, com manifestação
de toxicidade.
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- Ligação Tecidual
- Ligação nas Proteínas Plasmáticas
- Indução Enzimática
Metabolismo
- Inibição Enzimática
- Filtração Glomerular
Excreção - Reabsorção Tubular
- Secreção Tubular
Absorção gastrointestinal
Farmacodinâmica e as interações
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A farmacodinâmica está relacionada com os efeitos bioquímicos e fisiológicos das
drogas e o seu mecanismo de ação.
Quando a ligação da droga ao componente não leva a efeito algum, como no caso
da ligação dos medicamentos às albuminas, o componente não é denominado receptor.
Exemplos de Receptores
• Receptores inespecíficos:
Água: Os diuréticos osmóticos, como o manitol, não são reabsorvidos pelo rim e, portanto
retém água na luz do túbulo renal, que de outra forma seria reabsorvida. Portanto, eles
atuam sobre a água corporal ao produzirem diurese.
Os dextrans de alto peso molecular, quando injetados por via endovenosa, fazem
com que a água dos tecidos entre para a circulação expandindo a volemia.
Íons H+ ou OH-: drogas como o cloreto de amônio e bicarbonato de sódio usado para
acidificar e alcalinizar a urina atuam sobre os íons H+ ou OH-.
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Íons metálicos: podem ser considerados como receptores dos agentes quelantes.
Dimercaprol-Hg, Penicilamina-Cu (na doença de Wilson) e o EDTA-Pb.
• Receptores específicos:
A grande maioria das drogas atua sobre receptores específicos, com exceção de:
anestésicos, a maioria dos hipnóticos e sedativos; álcoois, drogas osmoticamente ativas,
drogas acidificantes e alcalinizantes e anti-sépticos.
Quando duas ou mais drogas atuam sobre o mesmo sistema de receptores. Por
exemplo, as interações entre agonista e antagonista adrenérgico.
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Uma droga pode alterar o meio interno normal, desse modo aumentando ou
diminuindo o efeito de outro fármaco. Um exemplo bem conhecido deste tipo de interação
é a intensificação dos efeitos tóxicos da digoxina como resultado de uma hipocalemia
induzida por diuréticos.
Essas interações são altamente previsíveis, uma vez que estão intimamente
relacionadas com a ação e o efeito das drogas no organismo.
Praticamente as associações medicamentosas são realizadas baseadas em interações
farmacodinâmicas que propiciam a terapêutica.
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• Alguns antibióticos (por exemplo, canamicina, gentamicina) potencializam o
bloqueio despolarizante produzido pela succinilcolina na junção neuromuscular;
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da acetilcolinesterase (neostigmina) para reverter os efeitos da atropina.
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• Metoprolol bloqueia os agonistas beta 1 adrenérgicos (cardíacos) como, por
exemplo, o isoproterenol;
Deve ser observado um intervalo mínimo de 14 dias entre a suspensão dos IMAO
e o início do tratamento com tricíclicos e vice-versa.
Outros receptores:
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Porém a biodisponibilidade da L-Dopa é significativamente diminuída pela ação da
Dopa Descarboxilase periférica, que transforma a L-Dopa em dopamina.
Portanto a Benserida e a Carbidopa inibidores da Dopa Descarboxilase são
associadas para possibilitar que uma quantidade maior de L-Dopa alcance o cérebro.
O que permite empregar uma dose menor de levodopa e, portanto, diminuir a
incidência de seus afeitos colaterais como náusea e vômitos. Convém observar que a
Benserida e a Carbidopa não atravessam para o SNC.
Entre Antibacterianos:
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pelo bloqueio da síntese de Vitamina K que é efetuada pela flora intestinal,
destruída por esses antibióticos.
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