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O capítulo mais famoso e mais utilizado do método de Beringer é o primeiro, dedicado aos
estudos para os cinco dedos.
O próprio autor aconselha o estudo dos exercícios dessa primeira seção com três tipos de
toque: legato, com staccato de punho e com staccato de dedos. De execução fácil para
pianistas formados, essas três formas de estudo do exercício podem ser extremamente
cansativas para o estudante, causando tensionamento de músculos e, além de muito
cansaço, dor. Uma sugestão para o domínio desses exercícios é seguir os mesmos
procedimentos adotados em relação ao estudo dos exercícios de Hanon:
• Sempre toque com as mãos arredondadas e evite que o 5º dedo “deite” sobre as
teclas. Todos os dedos devem tocar as teclas com a polpa, com exceção do polegar,
que trabalha lateralmente. Evite também que o pulso descanse sobre a régua inferior
do teclado;
• Leia o exercício lentamente, verificando a mecânica da fórmula proposta (qual dedo
vem depois de qual dedo?). Se preciso for, estude as mãos separadamente;
• Utilize um metrônomo para o estudo. Inicie em 60 BPM e pratique até que se sinta
confortável e todas as notas estejam sendo tocadas de maneira homogênea por
todos os dedos;
• Aumente a velocidade do metrônomo para 68 BPM e repita o processo. Quando
estiver seguro, aumente gradativamente a velocidade do metrônomo, de 4 em 4
BPM (92, 96, 100, 104 etc.) a cada execução. Se não conseguir realizar o exercício
em determinada velocidade – seja por dor, cansaço ou erros de dedilhado -, pare e
descanse. Toque uma música mais leve, ou algo que já domine, e retome o exercício
no dia seguinte, descansado, iniciando o processo novamente, no mesmo exercício,
a partir de 60 BPM. Se as orientações foram seguidas corretamente, o estudante
notará que conseguirá, a cada dia, atingir maiores velocidades, sem dor ou cansaço.
Mas lembre-se: para correr uma maratona, um atleta deve começar com o primeiro
passo até que consiga completar o percurso. Não vale começar do quilômetro 40!
Além dessas orientações, vale a pena lembrar que, diferentemente de Hanon, Beringer
propõe o uso de teclas pretas e a passagem por diversas tonalidades. O uso do 1º dedo em
teclas pretas (evitado ao máximo por algumas escolas) é comum e seu posicionamento deve
ser analisado com cautela: não se deve tocar com a polpa, mas com a lateral do dedo, em
movimento de alavanca descendente, paralelo à ação dos outros dedos.