Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
232 - A EletroestimulaYYo Como Tratamento Da DesativaYYo Dos Pontos Gatilhos
232 - A EletroestimulaYYo Como Tratamento Da DesativaYYo Dos Pontos Gatilhos
Resumo
A síndrome dolorosa miofascial e uma síndrome caracterizada pela presença de
pontos gatilhos que se apresentam na forma de nódulos, sendo a causa mais comum de
dor músculo esquelética, acometendo alem dos músculos, o tecido conectivo e as
fascias. Os padrões de irradiação da dor atingem dermatomo, miotomo, e esclerotomo.
Os pontos podem estar ativos, latentes ou desativados. Quando estão desativados,
causam dor apenas quando aplica se pressão ou quando os tecidos nos quais estão
localizados os pontos são estimulados. Quando ativos causam dor, podendo durar
dias, horas ou minutos.Seu diagnostico e feito através da historia clinica e um exame
físico detalhado. Seu tratamento consiste na inativação dos pontos gatilhos e
interrupção do ciclo dor-espasmo-dor, através da estimulação elétrica nervosa
transcutânea (TENS), um método não invasivo usado para alivio da dor pela
estimulação de nervos periféricos. Consiste na aplicação de eletrodos sobre a pele
limpa, com o objetivo de estimular fibras nervosas grossas A-alfa milenizada de
condução rápida.
1. Introdução
1
Pós-graduanda em Fisioterapia Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapia manual
2
Orientadora: Fisioterapeuta, especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e
Direito em Saúde.
2
sensorial na distribuição de dor referida esperada, banda muscular tensa palpável, ponto
dolorido na banda muscular e restrição de alguns graus de amplitude de movimento.
Os principais sinais e sintomas são a dor regional, dor irradiada e ou parestesias quando
se aplica pressão nos pontos gatilhos ativa, além da fraqueza da parte superior do dorso,
cefaléia e amplitude de movimento (ADM) diminuída o que geralmente se deve à
retração muscular.
O ponto gatilho (PG) pode ser caracterizado também como precursor de dor localizada
sobre um ponto de alta irritabilidade que se apresenta na forma de nódulo, em uma área
rígida do músculo estriado esquelético sendo sensível à palpação.
Os nódulos que tornam crônicos tendem a formar-se em pontos de gatilho, agindo como
estressores no organismo, causando espontaneamente irritação, dor ou sensação de
pressão ou ate mesmo queimação em outra região, denominada então área-alvo. A dor
pode durar dias horas, semanas ou meses. Os pontos gatilho e suas áreas-alvo percorrem
o mesmo trajeto nervoso e são conectados por meio do sistema nervoso autônomo.
A prevalência da SDM na população é difícil de ser determinada, pois os critérios de
diagnóstico são clínicos e dependem do achado de pontos gatilhos e de bandas de
tensão, sendo necessário que o profissional seja treinado para identificá-los.
O diagnóstico da depende exclusivamente da história clinica completa e de um
minucioso exame físico, pois nele e determinado a localização dos Pgs e os músculos
afetados.
O tratamento adequado abrange a combinação de métodos e terapias, incluindo formas
de alongamento muscular, liberação miofascial, analgesia, técnicas para aumentar o
relaxamento muscular como as massagens, e acupuntura nos PG. Inativação os pontos
gatilhos e interrompendo o ciclo vicioso dor-espasmo-dor.
2. Revisão Bibliográfica
O ponto gatilho (PG) pode ser caracterizado também como precursor de dor localizada
sobre um ponto de alta irritabilidade que se apresenta na forma de nódulo, em uma área
rígida do músculo estriado esquelético sendo sensível à palpação (ASCHER, 2008).
Os nódulos que se tornam crônicos podem transformar-se em pontos de gatilho, agindo
como estressores no organismo, causando espontaneamente irritação, dor ou sensação
de pressão ou ate mesmo queimação em outra região, denominada então área-alvo. A
dor pode durar dias horas, semanas ou meses. Os pontos gatilho e suas áreas-alvo
percorrem o mesmo trajeto nervoso e são conectados por meio do sistema nervoso
autônomo (CASSAR, 2001).
A palpação dos Pgs pode originar dor local e dor irradiada. Os padrões de irradiação da
dor atingem dermátomo, miótomo, esclerótomo, uma vez que decorre de um estado de
sensibilização segmentar espinhal, que bombardeia continuamente os gânglios
sensitivos com estímulos nociceptivos (AFONSO et al, 2009).
Segundo (TRAVELL e SIMONS, 2005) Para que possamos entender a origem dos
pontos gatilhos (Pgs) é necessário entender vários aspectos da estrutura e da função
muscular básica, que não são normalmente enfatizados.
Às vezes, os pontos de gatilho estão desativados e causam uma sensação de dor, apenas
quando é aplicada pressão ou quando os tecidos nos quais estão localizados são
manipulados. A intensidade e a área de expansão da dor referida estão correlacionadas
com o grau de atividade. Os pontos gatilhos são encontrados com maior freqüência em
músculos encurtados, mas também podem estar localizados em qualquer tecido. Em
algumas situações, o tecido cicatricial funciona como um ponto de gatilho. Se não for
detectado e tratado, pode causar sintomas reflexos em outras regiões. Essas alterações
localizam-se no tecido conjuntivo, ou mesmo nos órgãos e, portanto, podem estar
associadas a condições crônicas ou que não respondem ao tratamento. A área de tecido
cicatricial é palpada para a averiguação de aderências e presença de zonas
hipersensíveis, que são exacerbadas quando a pele é estirada (CASSAR, 2001).
Os músculos esqueléticos podem ampliar o tamanho muscular do corpo, representando
cerca de 40% do peso total. Eles são responsáveis pelo posicionamento e movimentação
do esqueleto e estão unidos aos ossos por tendões formados de colágeno
(SILVERTHORN, 2003).
Os pontos gatilhos (Pg) quando ativos manifestam na pessoa: dor, que pode ser caldal
ou cranial, durando minutos, horas ou dias, ocorre também uma sensibilidade
4
3. Fisiologia da dor
A dor é percebida conscientemente no cérebro no plano do tálamo. Na área supra
medular, as estruturas corticais e as estruturas do tronco cerebral estão envolvidas na
liberação das substâncias químicas endorfinas e serotonina. A transmissão da dor
6
4. Fisiopatologia
5. Etiologia
6. Epidemiologia
7. Tratamentos
8. Revisão anatômica
frouxo que reveste os órgãos viscerais internos. Por meio de pequenos e numerosos
canais circulatórios (GREENMAN, 2001).
9. Diagnostico
Segundo AGNES (2009), graças a grandes estudos e debates com profissionais envolvidos
com este recurso, tem se quebrado alguns tabus que tornavam restrito o uso do TENS,
muitos contra indicações passaram a ser consideradas precauções o que torna possível
seu uso e assim proporcionar resultados benéficos e mais seguros a diferentes
enfermidades e situações.
Uma aplicação prolongada pode levar a uma irritação local ou erupção alérgica na pele
por debaixo do eletrodo ou ao redor dele. Porem a possibilidade de reação alérgica
existe tanto aos eletrodos, quanto as fitas e o gel, sendo o maior problema da aplicação
do TENS (AGNES, 2009).
12
Pacientes com marcapasso, diabetes, grávidas ate o terceiro mês de gestação devem
evitar, principalmente na região abdominal, seios carotidos devido ao risco de
hipotensão aguda.
Os eletrotrodos também não devem ser colocados em regiões de diminuição ou perda de
sensibilidade, nem na região anterior do pescoço por conta de possível laringoespasmo,
devido à contração do músculo laríngeo (AGNES, 2004).
Metodologia
Este artigo compõe se em uma revisão bibliográfica, onde foram feito pesquisas entre o
mês de Junho de 2012 á agosto de 2013, em um período de 14 meses, no qual foram
feito consultas em livros e artigos científicos em sites da Scielo, Bireme dentre outros.
A busca foi realizada utilizando palavras chaves como estimulação elétrica, dor,
analgesia, pontos gatilhos e complicações. Logo após o material adquirido, foi realizada
a fundamentação teórica e a comparação de autores sobre o assunto.
Resultados e Discussão
Durante a pesquisa foi lido sobre a síndrome miofascial dolorosa e as propostas que o
TENS apresenta para o alivio da mesma. A síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma
das causas mais comuns de dor músculo-esquelética. É uma condição dolorosa
muscular regional, caracterizada pela ocorrência de bandas musculares tensas palpáveis,
nas quais se identificam áreas hipersensíveis gerando assim os pontos-gatilho (PG).
Estes, quando estimulados por palpação digital, geram dor localmente, à distância ou
referida. Acomete músculos, tecidos conjuntivos e fáscias, principalmente na região
cervical, cintura escapular e lombar. A dor e a incapacidade gerada pela SDM pode ser
bastante significativa para o paciente, alterando principalmente sua qualidade de visa,
pois freqüentemente esses pacientes que apresentam a SDM fazem uso de numerosos
medicamentos e podem apresentar recorrência da dor após um tratamento mal
idealizado. Basicamente, o tratamento consiste na inativação dos pontos-gatilho e
interrupção do ciclo vicioso dor-espasmo-dor. Sendo também imprescindível o
diagnóstico correto da localização de todos os pontos gatilhos (BRIOSCHI, 2007).
Uma das técnicas para o alivio da dor e a estimulação elétrica nervosa transcutânea
(tens), ela se constitui de uma modalidade terapêutica de fácil manejo, que não
apresenta efeitos colaterais ou interações com medicamentos, sendo utilizada para o
alívio da dor pela estimulação de nervos periféricos, utilizando-se de eletrodos em nível
de pele, estando baseada na liberação de opióides e na teoria do portão, ou também
denominada teoria das comportas medulares de Melzack e Wall. Acredita se que a
estimulação elétrica promove analgesia mediante a ativação das fibras táteis de diâmetro
largo (A-beta), sem ativar as fibras de menor diâmetro (A-delta e C). A utilização de
correntes elétricas terapêuticas constitui um dos vários recursos utilizados na
fisioterapia. Uma vez moduladas com parâmetros apropriados, estas correntes podem
atuar em diferentes condições, tais como: promover analgesia, contrações musculares,
melhoria do fluxo circulatório local, tonificação ou relaxamento muscular, bem como
incentivar a regeneração e a cicatrização de diversos tecidos corporais (MELO et al, 2006).
13
Conclusão
Este estudo buscou na literatura, fundamentos para que o profissional possa identificar
possíveis casos de pacientes apresentando a síndrome dolorosa miofascial. O objetivo
geral dessa revisão e aprofundar os conhecimentos sobre a eficácia na utilização da
estimulação elétrica na síndrome dolorosa miofascial. Esta síndrome é uma das causas
mais comuns de dor músculo-esquelética. É uma condição dolorosa muscular de origem
regional, caracterizada pela ocorrência de bandas musculares tensas palpáveis, nas quais
se identificam áreas hipersensíveis, onde localizam os chamados pontos-gatilho. Seu
diagnostico depende do achado desses pontos, que ocasionam dor em uma área ou em
varias áreas do corpo. Tem-se em vista a necessidade de se ter profissionais treinados
para identificá-la, pois não existem exames laboratoriais precisos que possam identificar
com precisão a síndrome, por isso uma boa avaliação e de suma importância. Um
programa terapêutico adequado deve obedecer a um modelo interdisciplinar para
controle da dor e reabilitação física, psíquica e social do paciente. Basicamente o
tratamento da SDM consiste na inativação dos pontos-gatilho e interrupção do ciclo
vicioso dor-espasmo-dor. Por isso, é imprescindível o diagnóstico correto da localização
de todos os pontos gatilhos, uma vez que, a perpetuação destes pontos, se não tratados,
podem recidiva a doença.
O principal objetivo do tratamento e aliviar a dor causada pelos pontos gatilhos, tendo
em vista que a ela pode ser irradiada ou não. Porem os pacientes que possuem a
síndrome também apresentam encurtamento muscular e conseqüentemente uma postura
alterada, ocasionando assim um encurtamento muscular, músculos tensionados
alterando assim sua qualidade de vida. Neste trabalho foram apresentadas as técnicas
mais utilizadas para o tratamento da síndrome dolorosa miofascial, dentre eles estão a
cinesioterapia, onde trabalha se a conscientização corporal e alongamento da
musculatura encurtada, a massagem que atua diminuindo o desconforto causado pele
patologia, a acupuntura onde e aplicada diretamente sobre os pontos gatilhos, e por fim
a TENS que e um recurso fisioterapeutico utilizado para o controle da dor, tendo poucos
efeitos colaterais, poucas contra indicações, com fácil aplicação e boa eficácia. Aplicada
por um equipamento que emite uma corrente elétrica na superfície da pele, promovendo
assim uma analgesia.
14
Referências bibliográficas
BARBOSA L.A; Pena, Rodrigo; Ishikawa M Neli. Estimulação elétrica transcutânea do nervo
(TENS) na dor ontológica. Revisão de literatura. Revista Brasileira de cancerologia, 2008. Disponível
em: WWW.inca.gov.br/rbc/n_54/v02/pdf/revisão_7_pag_1939199.pdf acessado dia 26/08/13
BRIOSCHI Marcos Leal; YENG lin Tchia; HIROSE Elda Matilde P; COLMAN Daniel; SILVA
Francisco M. R. Silva; TEIXEIRA Manoel J. Documentação da síndrome dolorosa miofascial por
imagem infravermelha. Artigo de Revisão. Acta Fisiatr 2007.
Disponível em: http://www.abml-medicinalegal.org.br/departamentos/docs_termo/Sindrome-dolorosa-
miofascial.pdf. acessado em 18/08/13
CARNEIRO, Norton Moritz. O manejo das síndromes dolorosas miofasciais. 2004. Disponível em;
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302004000300022&script=sci_arttext. Acessado dia
13/08/13
CASSAR, Mario Paul. Manual de massagem terapêutica. São Paulo; Manole, 2000. Disponível em;
http://www.4shared.com/document/kde7b0_4/Manual_de_Massagem_Teraputica_.htm acessado em
13/07/13
DIAS Marcus Vinícius Mercês dos S; NEVES Robson da Fonseca. Tratamento da Sindorme Dolorosa
miofascial; Revisão de literatura. Em diálogos possíveis janeiro/junho 2008 www.
fsba.edu.br/dialogospossiveis. acesado em 13/07/13
GANN, Nancy. Ortopedia: guia de consulta rápida para fisioterapia. Distúrbios, testes e estratégias
de reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
JUNQUEIRA, Luiz; CARNEIRO, José. Histologia básica. 10ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2004.
KISNER Carolyn; LYNN Allen C. Exercícios terapêuticos: Fundamentos e pratica. 4° Ed São Paulo;
Manole, 2005.
MELO de Paula G; MOLINERO de Paula VR; Dias RO; Mattei K; Estimulação elétrica trasncutânea
no pós operatório de cesariana. Revista brasileira de fisioterapia Vl 10, N °2, São Carlos, 2006.
Disponível em: WWW.scielo.br/scielo.plp?pid=s1413-
35551006000200013&sculpt=sci_abstract&tlng=pt acessado em 26/08/13
ROCKWELL, Pámela G.; ÁLVAREZ, David J. American family physician: trigger points, diagnosis
and management. Disponível em: <http://www.aafp.org/afp/20020215/653.html>. Acessado em: 10 dez.
2012.
ROBERTSON Val; WARD Alex; LOW John; REED, Ann. Eletroterapia explicada- princípios e
prática. Rio de janeiro: Elsevier, 2009.
ROSSI, Daniela Augusta Gonçalves; MAENO, Maria; SALERNO, Vera; FULLER, Ricardo. Lesões por
esforços repetitivos (LER), distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), dor
relacionada ao trabalho, protocolos de atenção integral à saúde do trabalhador de complexidade
diferenciada.Brasília/DF. 2006.
REIS M.C.R; Salles M; Licurci MGB; Fagundes AA. Efeito da acupuntura no alivio da dor de pontos
gatilhos miofasciais hipersensíveis dos músculos trapézio e Romboide e sua ação sobre a
variabilidade da frequecia cardíaca. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011
Disponível em; http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0009_0406_02.pdf
SCOPEL, Evânea; ALENCAR, Márcia; CRUZ, Roberto Moraes. Medidas de avaliação da dor. 2007.
Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd105/ medidas-de-avaliacao-da-dor.htm>. Acessado em:
03 set. 2012.
SANTOS Ronan V. C; Nascimento José Diego S; Vasconcelos Danilo. A; Maia Maria R.A; Vitorino
Myrella S: Pontos gatilhos miofascial; Artigo de Revisão, 2012. Disponível em:www.facena.com.br\up-
contest\uploada\2010\11\Pontos-gatilho-miofasciais_com-coreções-dos-autores.1411.12-Pronto.pdf
acessado em 13\07\13
SILVERTHORN, Andrew. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 2ed. São Paulo: Manole,
2003.
TRAVELL, Janet; SIMONS, David G.; SIMONS, Lois S. Dor e disfunção miofascial: manual dos
pontos-gatilhos. 2ed. Vl.1, Porto Alegre: Artmed, 2005.
YENG Lin Tchia, Helena Hideko Seguchi Kaziyama; Manoel Jacobsen Teixeira. Síndrome dolorosa
miofascial. Rev. Med. São Paulo, 80 ed. esp. pt.1, 2001. Disponivel em:
http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS
&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=344022&indexSearch=ID acessado em; 31/08/13.
16
WWW.cristalia.com.br (Revista dor músculo esquelética fascículo 04, 2010) acessado dia 27/08/13