Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Produto Interno Bruto Dessa forma, para que o pelo crescimento de 12,5%
(PIB) do setor de transporte, volume anual de serviços em 2017, ano de supersafra
armazenagem e correios de transporte de cargas de grãos. Em 2018, o PIB
cresceu 2,2% em 2018, em e passageiros no Brasil da agropecuária foi 10,3%
relação ao ano anterior, retorne aos níveis pré- maior que o registrado
o dobro da economia crise, ainda é necessário em 2014. Já a produção
em geral. Considerando um crescimento de 7,0% industrial caiu, em média,
os últimos quatro anos, da produção. No caso da 2,6% a.a. nos últimos
acumulou queda de 9,7% no economia em geral, para quatro anos (10,0% entre
período 2015-2016 (-4,3% retornar ao nível de 2014, a 2015 e 2018). Para retornar
e -5,6%, respectivamente) produção de bens e serviços aos níveis de 2014, o PIB
e subiu 3,4% no biênio no Brasil tem que avançar da indústria ainda precisa
2017-2018 (1,2% e 2,2%, 4,8%. acumular um avanço de
respectivamente), resultando Dos três grandes setores 11,2%. O setor de serviços,
em uma retração média de produtivos da economia por sua vez, retraiu-se a
1,7% a.a., ou 6,6% entre 2015 brasileira, apenas a um ritmo médio de 0,8%
e 2018. Esse resultado é pior agropecuária avançou no a.a. no último quadriênio, o
que o da economia nacional, último quadriênio, a uma que exige um crescimento
que caiu, em média, 1,2% a.a. taxa média de 2,5% a.a. de 3,3% para retornar aos
ou 4,6% no acumulado do (ou de 10,3% no período), níveis pré-crise.
período (Gráficos 1 e 2). explicada principalmente
Gráfico 1 – Variação percentual média anual do PIB, por setor, por quadriênio – Brasil – 1999 a 2018 - % a.a.
5,6
6,0
4,7
4,6
4,6
5,0
4,0
3,8
4,0
3,5
3,5
3,3
3,0
2,9
2,7
2,6
2,5
3,0
2,5
2,3
2,3
2,3
% a.a.
2,0
1,4
1,2
1,0
1,0
0,0
-1,0
-0,8
-1,2
-2,0
-1,7
-3,0
-2,6
Transporte,
Total Agropecuária Indústria Serviços armazenagem e correio
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Nacionais (SCN) do IBGE.
Gráfico 2 – Variação anual do PIB, por setor - Brasil - 2014 a 2018 - % a.a.
15,0
12,5
10,0
% a.a.
5,0
3,3
2,8
2,2
1,5
1,3
0,5
1,1
1,1
0,6
1,0
1,2
0,5
0,1
0,0
-0,5
-1,5
-2,3
-2,7
-3,3
-3,5
-5,0
-4,3
-4,6
-5,2
-5,6
-5,8
-10,0
Total Agropecuária Indústria Serviços Transporte,
armazenagem e correio
2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Nacionais (SCN) do IBGE.
Além da análise sob o equipamentos etc.), que cresceu 1,4% em 2017 e 1,8%
ponto de vista da oferta - retrocedeu, em média, em 2018. Já o consumo do
dos setores produtivos -, é 6,4% a.a., ou 23,2% entre governo diminuiu a uma taxa
possível olhar a composição 2015 e 2018 (Gráfico 3). média de 0,5% a.a. entre 2015
do PIB nacional pela ótica Vale destacar que, após e 2018 (2,1% no período), e
da demanda, ou seja, da retroceder quatro anos as importações diminuíram
destinação da produção. A seguidos, os investimentos 3,2% a.a. (12,3% nos quatros
produção brasileira de bens inverteram a tendência e anos considerados). Em 2018,
e serviços é destinada ao cresceram 4,1% em 2018 o consumo da administração
consumo das famílias, ao (Gráfico 4). pública ficou estagnado, e
consumo do governo, aos No mesmo período, o as importações cresceram
investimentos (formação de consumo das famílias caiu 8,5%. Já as exportações
capital fixo) ou ao comércio a uma taxa média de 1,0% foram o único componente
internacional. a.a. (3,9% no período). No positivo no último quadriênio,
Sob esse enfoque, verifica- entanto, também houve uma vez que avançaram, na
se que, no último quadriênio, reversão de tendência no média, 4,2% a.a. ou 18,0% no
a maior retração veio da último biênio: após cair acumulado do período.
demanda por investimentos 3,2% em 2015 e 3,9% em
(bens de capital, máquinas, 2016, o consumo das famílias
Gráfico 3 – Variação média anual do PIB sob a ótica da demanda, por quadriênio e por componente - Brasil - 1999 a 2018
- % a.a.1
20,0
14,6
15,0
9,9
9,8
8,6
8,5
10,0
5,9
4,6
% a.a.
4,2
3,5
3,6
3,5
3,2
5,0
3,2
3,3
2,8
2,3
2,3
2,0
2,2
2,0
1,6
1,7
1,4
0,0
-0,5
-1,0
-1,2
-1,2
-5,0
-3,2
-4,2
-6,4
-10,0
Total Consumo Consumo da Investimento Exportação de Importação
das famílias administração pública bens e serviços de bens e serviços (-)
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Nacionais (SCN) do IBGE.
______________________
1. O setor “Investimento” refere-se à Formação Bruta de Capital Fixo.
2
Gráfico 4 – Variação média anual do PIB sob a ótica da demanda, por componente - Brasil - 2014 a 2018 - % a.a.2
8,5
10,0
6,8
5,2
5,0
5,0
4,1
4,1
2,3
1,9
1,4
0,9
0,8
0,2
0
0,0
% a.a.
-0,9
-1,4
-1,6
-2,3
-2,5
-3,2
-5,0
-3,9
-4,2
-10,0
-10,3
-12,1
-15,0
-13,9
-14,2
Consumo das famílias Consumo da administração Investimento Exportação de bens e Importação de bens e
pública serviços serviços (-)
2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Nacionais (SCN) do IBGE.
Gráfico 5 – Composição do PIB total e do PIB do transporte, por região – Brasil – 2002, 2008, 2014 e 2016 - %
80% 80%
11,6% 12,0% 11,2% 12,0%
13,5% 13,5% 14,3% 14,6%
70% 70%
17,2% 16,2% 15,5%
16,6%
16,4% 16,2%
60% 16,4% 17,1% 60%
50% 50%
40% 40%
30% 56,5% 56,0% 54,2% 52,4% 30% 60,4% 61,4% 62,8% 59,6%
20% 20%
10% 10%
0% 0%
Sudeste Sul Nordeste Centro-Oeste Norte Sudeste Sul Nordeste Centro-Oeste Norte
Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE.
______________________
2. O setor “Investimento” refere-se à Formação Bruta de Capital Fixo.
3. A previsão para divulgação dos dados de 2017 é novembro de 2019.
3
Portanto, as regiões nacional. No mesmo período, no setor de transporte,
Sudeste e Sul são a produção econômica das que também teve melhor
responsáveis por mais de regiões Norte e Centro-Oeste desempenho nessas regiões
dois terços do PIB do Brasil e cresceu pouco mais de 60,0%, do que no eixo Sul-Sudeste.
do transporte. Contudo, vale enquanto na região Nordeste No Norte, o crescimento
notar que, entre 2002 e 2016, o crescimento foi de 42,4%. do PIB do transporte entre
as regiões Norte, Nordeste Na região Sudeste, o avanço 2002 e 2016 foi de 67,8%;
e Centro-Oeste cresceram foi de 34,1%, e na região Sul, no Nordeste, de 47,4%; no
mais rapidamente que o de 32,1% (Gráfico 6). Centro-Oeste, 41,7%. Já
eixo Sul-Sudeste. Entre O crescimento mais acelerado nas regiões Sul e Sudeste,
2002 e 2016, o PIB do Brasil da economia como um todo os avanços foram de 39,7%
cresceu 38,5%; e o PIB do nas regiões Norte, Nordeste e 23,4%, respectivamente
transporte, 31,6%, na média e Centro-Oeste refletiu-se (Gráfico 7).
Gráfico 6 – Evolução da série encadeada do volume do PIB total – Brasil e Regiões – 2002 a 2016 – Número-Índice
(2002=100)
180
170
160
150
140 nordeste
130 sudeste
120
110
100
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Brasil 100,0 101,2 107,0 110,2 114,2 120,9 126,5 126,4 135,2 140,3 142,5 146,6 147,3 142,7 138,5
Norte 100,0 105,6 115,6 121,5 127,3 132,0 136,4 136,5 149,7 159,0 163,4 168,0 172,5 168,8 161,8
Nordeste 100,0 101,6 108,2 112,0 116,8 122,0 128,2 129,6 137,4 142,8 146,2 150,2 153,9 148,9 142,4
Sudeste 100,0 99,9 105,2 109,0 113,1 119,9 126,1 125,5 134,2 138,6 140,7 143,3 142,7 138,0 134,1
Sul 100,0 102,9 107,8 107,2 110,3 117,5 120,6 119,2 128,0 133,1 132,1 140,1 139,8 134,8 132,1
Centro-Oeste 100,0 103,4 109,9 114,4 118,0 125,8 132,3 135,4 144,3 150,7 157,1 163,3 167,1 164,0 160,1
Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE.
4
Gráfico 7 – Evolução da série encadeada do volume do PIB do transporte – Brasil e Regiões – 2002 a 2016 – Número -
Índice (2002=100)
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Brasil 100,0 97,8 103,1 106,8 109,5 115,0 123,7 118,3 131,6 137,2 140,0 143,7 145,8 139,5 131,6
Norte 100,0 95,7 106,0 114,5 122,5 130,1 136,3 132,7 154,6 165,8 172,3 172,3 177,6 173,5 167,8
Nordeste 100,0 96,9 105,6 108,8 112,2 119,4 130,7 123,9 139,1 147,8 155,9 158,8 169,1 163,6 147,4
Sudeste 100,0 97,6 101,1 105,0 107,8 112,1 120,0 114,7 127,0 132,0 133,5 136,1 136,6 130,6 123,4
Sul 100,0 100,0 107,1 110,1 110,0 119,7 128,8 123,3 136,9 142,1 143,0 150,0 151,7 143,1 139,7
Centro-Oeste 100,0 96,5 104,9 106,4 110,5 113,9 125,7 120,9 133,7 138,7 146,8 155,9 160,5 154,4 141,7
Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE.
5
Tabela 1 – Evolução da decomposição do PIB do setor de transporte, armazenagem e correio – Brasil – 2007 a 2016 - %5
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Transporte, armazenagem e
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
correio
Transporte terrestre 59,0% 59,5% 59,2% 59,1% 57,6% 60,0% 59,7% 62,0% 59,0% 57,8%
Transporte ferroviário e
6,1% 6,8% 5,8% 4,9% 4,8% 4,7% 4,7% 4,5% 5,0% 5,7%
metroviário
Transporte rodoviário 49,6% 49,2% 49,3% 50,1% 47,3% 49,4% 48,8% 51,8% 47,6% 45,6%
Transporte rodoviário de
22,2% 21,2% 21,2% 20,0% 19,7% 19,1% 18,6% 17,2% 18,5% 18,2%
passageiros
Transporte rodoviário de
27,4% 28,0% 28,1% 30,0% 27,6% 30,3% 30,3% 34,6% 29,1% 27,4%
cargas
Transporte dutoviário 3,4% 3,5% 4,0% 4,0% 5,5% 5,9% 6,1% 5,7% 6,4% 6,5%
Transporte aquaviário 3,1% 2,8% 2,9% 3,3% 2,9% 3,2% 3,5% 3,5% 4,3% 4,5%
Transporte aéreo 4,6% 4,8% 5,7% 5,8% 6,7% 5,2% 5,6% 5,3% 6,0% 5,7%
Armazenamento e atividades
23,2% 23,5% 23,2% 23,1% 24,4% 24,3% 24,4% 22,9% 24,0% 24,9%
auxiliares ao transporte
Fonte: Elaboração CNT com dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE.
6
Tabela 2 – Participação das Grandes Regiões no setor de transporte, armazenagem e correios, por variáveis selecionadas –
Brasil – 2016
Fonte: Elaboração CNT com dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE.
Tabela 3 – Participação dos segmentos de transporte no desempenho total do setor de transporte, armazenagem e
correios, por variáveis selecionadas e Região – Brasil – 2016
Brasil, Grandes
Número de Salários, retiradas e
Regiões e segmen- Pessoal ocupado em Receita bruta de
empresas outras remunerações
tos do setor de 31/12 (Pessoas) serviços (Mil Reais)
(Unidades) (Mil Reais)
transporte
Brasil 195.584 2.512.236 450.360.290 81.951.640
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte ro-
81,3% 68,2% 51,3% 54,8%
doviário
4.2 Outros transportes 0,7% 6,6% 22,3% 16,0%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 13,5% 17,6% 21,0% 19,8%
transportes
4.4 Correio e outras
4,5% 7,5% 5,4% 9,4%
atividades de entrega
7
Região Centro-Oeste 15.281 180.755 41.513.933 5.696.318
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte
83,6% 71,0% 61,8% 56,2%
rodoviário
4.2 Outros transportes 0,7% 4,1% 23,5% 7,0%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 11,9% 13,7% 9,9% 15,7%
transportes
4.4 Correio e outras
3,8% 11,1% 4,7% 21,1%
atividades de entrega
Região Nordeste 16.675 312.565 44.219.053 8.440.540
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte
79,7% 70,0% 53,1% 56,4%
rodoviário
4.2 Outros transportes 1,5% 5,4% 25,7% 11,6%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 14,3% 15,5% 17,5% 18,7%
transportes
4.4 Correio e outras
4,5% 9,1% 3,8% 13,3%
atividades de entrega
Região Norte 2.449 85.864 15.552.086 2.451.916
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte
61,2% 61,6% 41,4% 49,5%
rodoviário
4.2 Outros transportes 9,4% 14,0% 41,5% 17,6%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 22,4% 15,8% 14,4% 20,4%
transportes
4.4 Correio e outras
6,9% 8,6% 2,8% 12,4%
atividades de entrega
Região Sudeste 104.870 1.456.800 272.780.740 51.629.575
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte
79,4% 65,4% 46,0% 51,1%
rodoviário
4.2 Outros transportes 0,5% 8,0% 24,3% 20,2%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 15,0% 19,5% 23,6% 21,1%
transportes
4.4 Correio e outras
5,2% 7,1% 6,2% 7,5%
atividades de entrega
8
Região Sul 56.309 476.252 76.294.478 13.733.291
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte
85,7% 75,9% 65,6% 68,2%
rodoviário
4.2 Outros transportes 0,4% 2,6% 9,0% 6,2%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 10,6% 15,0% 20,9% 17,0%
transportes
4.4 Correio e outras
3,2% 6,5% 4,5% 8,6%
atividades de entrega
Fonte: Elaboração CNT com dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE.
7,0%
5,7%
5,0%
6,0%
5,5%
4,6%
5,0%
1,6%
4,0%
3,1%
0,3%
4,3%
2,2%
2,2%
3,0%
1,3%
2,0%
1,0%
0,0%
-1,0%
-0,6%
-0,9%
-1,4%
-2,0%
-3,0%
-2,8%
-4,0%
Leves Pesados Total
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
______________________
8. O segmento rodoviário é preponderante na matriz de transporte brasileira, pois movimenta mais de 60,0% das cargas no país.
9. O Índice da ABCR é calculado com base no fluxo total de veículos que passam pelas praças pedagiadas das rodovias sob concessão
privada (composto atualmente pelas informações das praças de 51 concessionárias). Embora seja um índice que reflete o fluxo
9
Gráfico 9 – Variação média anual do Índice ABCR, por categoria de veículo e por quadriênio – São Paulo, Paraná e Rio de
Janeiro – 1999 a 2018 - % “a.a.”.
10
8,1%
6,8%
6,2%
5,9%
8
5,2%
4,7%
5,1%
5,1%
4,8%
4,4%
4,3%
4,2%
4,2%
3,8%
6
3,7%
3,6%
3,5%
3,5%
3,2%
2,3%
2,2%
2,0%
4
1,7%
1,6%
1,7%
1,6%
1,4%
0,9%
0,7%
0,5%
0,4%
2
0
0,0%
0,0%
-0,2%
-0,2%
-0,4%
-0,8%
-0,8%
-0,7%
-2
-2,0%
-2,2%
-2,4%
-2,9%
-4
-3,3%
-6
-6,0%
-8
-10
Leves Pesados Total Leves Pesados Total Leves Pesados Total
São Paulo Paraná Rio de Janeiro
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Gráfico 10 – Variação média anual do PIB e do fluxo de veículos em rodovias pedagiadas, por categoria de veículo e por
quadriênio – Brasil - % “a.a.”.
7
5,7%
5,0%
6
4,6%
4,6%
5
3,5%
3,1%
4
2,3%
2,2%
2,2%
2,3%
3
1,3%
2
%a.a.
1
0
-1
-0,6%
-0,9%
-1,2%
-2
-3 -2,8%
-4
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
PIB Total Pesados Leves
Fonte: Elaboração CNT com dados do IBGE e da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Ferroviário de cargas
10
no último quadriênio: Estrada minerais (minério de ferro, que carrega principalmente
de Ferro Vitória a Minas carvão mineral) e commodities minério de ferro, teve
(EFVM), Ferrovia Teresa agrícolas (soja, milho, açúcar) aumento de 86,95 milhões de
Cristina (FTC), Ferrovia para os portos, que, em sua TU no período.
Transnordestina Logística maioria, são exportados. O A concessão da Ferrovia
(FTL), MRS Logística (MRS), minério de ferro é o principal Norte-Sul Trecho Central
Rumo Malha Oeste (RMO) e deles. Nos últimos quatro (FNSTC), que aconteceu
Rumo Malha Paulista (RMP). A anos, a movimentação média em 30 de março deste ano,
produção ferroviária caiu em desse produto foi de 408,1 irá adicionar 1,50 mil km à
cinco delas, com a ressalva milhões de toneladas por ano, malha nacional. É uma ferrovia
de que, na FTL, embora a ou 77,6% do total. Em seguida, com vocação, principalmente,
movimentação tenha caído aparecem soja (4,4% do total para o transporte de grãos,
no período (-1,0% a.a., em no período 2015-2018), milho que possui saída para o arco
média), a distância média (2,8%) e açúcar (2,5%)11. norte por meio da EFC, e para
aumentou, e isso fez com Há também concentração o sul por intermédio da RMP.
que a produção ferroviária da movimentação em As projeções apontam que a
apresentasse um crescimento algumas ferrovias. Em 2018, FNSTC irá movimentar cerca
médio de 0,3% a.a. entre três concessionárias que de 22,0 milhões de toneladas
2015 e 2018 (Gráfico 14). A administram apenas 12,4% em 2050.
mesma situação aconteceu da extensão da malha férrea Por fim, destaca-se que a
com a RMP (diminuição de nacional responderam por movimentação de contêineres
-0,8% a.a. em TU e aumento 81,8% da movimentação e pelos trilhos brasileiros é
médio de 6,3% a.a. em TKU) 78,0% da produção total: crescente. Segundo a ANTF,
e o contrário com a RMS Estrada de Ferro Carajás desde 1996, a movimentação
(aumento de 1,1% a.a. em TU (EFC) (36,0% e 45,3%, de contêineres nas ferrovias
e diminuição de 0,5% a.a. em respectivamente), MRS brasileiras cresceu cerca de
TKU). (24,0% e 15,7%) e EFVM 130 vezes. Em 2017, foram
A produção ferroviária (21,8% e 17,1%). Vale notar que transportados nas ferrovias
no Brasil é concentrada a movimentação de cargas mais de 442 mil TEUs (unidade
em poucos produtos. Os entre 2014 e 2018 aumentou equivalente a um contêiner
transportadores ferroviários em 104,81 milhões de TU, de 20 pés). Em 2018, esse
movimentam, principalmente, sendo que somente a EFC, número cresceu 15,0%12.
Gráfico 11 – Evolução da Movimentação e da Produção Ferroviária, por quadriênio – Brasil – 2007 a 2018 - TU, TKU e %.
400,0 261,8
5,2% 5,0% 250,0 6,0%
300,0 4,0% 200,0 5,0%
3,0% 150,0 3,9% 4,0%
200,0 2,8%
3,0%
2,0% 100,0 2,5%
1,7% 2,0%
100,0
1,0% 50,0 1,0%
0,0 0,0% 0,0 0,0%
2007-2010 2011- 2014 2015-2018 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Fonte: Elaboração CNT com dados do IBGE e da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
______________________
11. Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), mais de 95,0% dos minérios chegam aos portos por
ferrovia, 40,0% das commodities agrícolas e 45,0% do açúcar. ANTF, 2017. Maior valor em TKU da história. Postado em 03/03/2018 e
disponível em https://www.antf.org.br/releases/mais-eficiencia-mais-tku/.
12. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05/transporte-de-conteineres-por-trilhos-aumenta-15-no-brasil.shtml
11
Gráfico 12 – Variação média anual da movimentação férrea (TU), por ferrovia e por quadriênio – Brasil – 2007 a 2018 – % a.a.
30,0%
21,4%
19,0%
17,3%
14,8%
20,0%
12,3%
11,6%
10,0%
9,6%
9,3%
8,8%
7,2%
7,1%
6,0%
4,8%
10,0%
3,2%
3,3%
3,1%
3,1%
0,0%
0,2%
0,0%
1,1%
0,1%
% a.a.
0,0%
-0,4%
-0,4%
-0,8%
-1,0%
-1,1%
-2,7%
-4,6%
-5,5%
-5,1%
-6,8%
-6,3%
-10,0%
-7,3%
-20,0%
-25,3%
-30,0%
EFC EFPO EFVM FCA FTC FTL MRS RMN RMO RMP RMS FNSTN
2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Nota: Estrada de Ferro Carajás (EFC); Estrada de Ferro Paraná-Oeste (EFPO); EFVM (Estrada de Ferro Vitória-Minas);
Ferrovia Centro Atlântica (FCA); Ferrovia Norte-Sul Trecho Central (FNSTC); Ferrovia Norte-Sul Trecho Norte (FNSTN);
Ferrovia Teresa Cristina (FTC); Ferrovia Transnordestina Logística (FTL); MRS Logística (MRS); Rumo Malha Oeste (RMO);
Rumo Malha Paulista (RMP); Rumo Malha Oeste (RMO).
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Gráfico 13 – Variação média anual da produção férrea (TKU), por ferrovia e por quadriênio – Brasil – 2007 a 2018 – % a.a.
23,9%
23,3%
30,0%
18,4%
15,7%
15,3%
13,8%
20,0%
11,9%
11,7%
11,4%
7,6%
7,4%
6,3%
5,6%
4,4%
4,8%
4,5%
10,0%
3,4%
2,9%
1,8%
0,3%
0,0%
0,3%
0,0%
% a.a.
0,0%
-0,3%
-0,5%
-0,6%
-0,3%
-1,0%
-1,3%
-3,9%
-4,2%
-4,6%
-6,5%
-10,0%
-12,8%
-13,8%
-20,0%
-27,8%
-30,0%
EFC EFPO EFVM FCA FTC FTL MRS RMN RMO RMP RMS FNSTN
2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Aquaviário
As estatísticas de atingiram 777,18 milhões Cerca de três quartos da
movimentação portuária de toneladas, enquanto as movimentação portuária no
e transporte de cargas em desembarcadas somaram país é fruto do transporte
vias aquáticas com origem 341,96 milhões de toneladas, aquaviário de longo curso
e/ou destino em portos ambas também as maiores (73,6% da movimentação
organizados e terminais de da série. A movimentação em 2018), sendo que as
uso privado (TUP) brasileiros nos terminais privados, que exportações representam
mostram que, em 2018, a representa cerca de dois 81,9% desse total. Ou seja,
movimentação alcançou terços da movimentação 60,3% da movimentação
1,12 bilhão de toneladas, total no Brasil, cresceu 3,0% portuária brasileira em
aumento de 2,9% em relação entre 2017 e 2018, enquanto 2018 foi explicada pelas
a 2017 e recorde histórico. que nos portos públicos o exportações, principalmente
As cargas embarcadas aumento foi de 2,6%. de commodities agrícolas e
12
minerais. Vale ressaltar que as 2016, e elevação de 9,3% sólidos são preponderantes
exportações realizadas pelos em 2017 e de 0,4% em 2018, (63,4% da movimentação
portos brasileiros cresceram acumulando queda de 7,8% média entre 2015 e 2018)
quase que ininterruptamente nos últimos quatro anos. e ganharam relevância no
nos últimos 20 anos, com Com esses resultados, período, crescendo 2,4 vezes
exceção do ano de 2009 no último quadriênio, a (representaram 53,9% da
(-3,1%), em que houve a movimentação média de movimentação média no
eclosão da crise financeira cargas nos portos e terminais período 1999-2002). Contudo,
mundial, e em 2016 (-0,5%). brasileiros alcançou 1,05 nos últimos 20 anos, a
Nos últimos quatro anos bilhão de toneladas (Tabela movimentação de contêineres
(2015-2018), o aumento do 9), valor 14,3% maior que a foi a que mais aumentou
embarque de mercadorias média do período 2011-2014. entre os tipos de cargas, pois
para transporte aquaviário Nos últimos quatro anos, a passou de uma movimentação
de longo curso (exportações) navegação de longo curso média de 28,31 milhões de
subiu 22,2%. Já o respondeu por 74,1% da toneladas entre 1999 e 2002
desembarque de mercadorias movimentação total, seguida para 105,26 milhões no último
da navegação de longo da navegação de cabotagem, quadriênio (aumento de 3,7
curso (importações) retraiu- que representou 20,8% do vezes).
se no período: redução de todo. A análise por tipo de
11,3% em 2015 e de 5,3% em carga mostra que os granéis
Tabela 4 – Movimentação de cargas pelo modal aquaviário, por sentido, tipo de navegação, tipo de carga e quadriênio –
Brasil – 1999 a 2018 – Milhões de toneladas.13
______________________
13 Representa as quantidades movimentadas de carga nos portos organizados e nas demais instalações portuárias.
13
Gráfico 14 – Movimentação de cargas, por tipo de navegação e média do quadriênio – Brasil – 1999 a 2018 - % da
movimentação total.
100% 4% 4% 4% 4% 5%
60%
20%
0%
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Longo Curso Cabotagem Navegação Interior, apoio marítimo e portuário
Gráfico 15 – Movimentação de cargas no longo curso, embarque (exportação) e desembarque (importação), por média
do quadriênio – Brasil – 1999 a 2018 - % da movimentação total.
100%
% da movimentação de longo curso
80%
40%
20%
Gráfico 16 – Movimentação de cargas nos portos e terminais, por tipo de carga e média do quadriênio – Brasil – 1999 a
2018 - % da movimentação total.
100%
90%
80%
% da movimentação total
60%
50%
40%
14
Aeroviário
Mercado doméstico
Em 2018, houve aumento 2,7 vezes, por isso a taxa ficarem estagnados entre
de 4,4% da demanda por de aproveitamento das 2010 e 2015, caíram durante
voos domésticos em relação a aeronaves elevou-se. Entre a crise econômica. Porém,
2017, observada pelo número 2015 e 2016, a queda do RPK acompanhando o aumento
de passageiros transportados em voos domésticos foi de do RPK, voltaram a crescer
por quilômetro (RPK), que 5,7%, mas, no ano seguinte, nos dois últimos anos. Em
alcançou 95,94 bilhões, voltou a subir para, então, 2018, foram consumidos 3,6
maior valor da série histórica. registrar o mencionado bilhões de litros de querosene
A oferta de assentos por recorde da série em 2018. de aviação pelas empresas
quilômetro (ASK), por sua vez, A análise do quadriênio brasileiras atuando em voos
aumentou 4,6% e registrou 2015-2018 revela que a domésticos (aumento de 3,3%
117,96 bilhões, ocasionando média anual de passageiros- em relação a 2017), como
uma queda ligeira do grau km transportados em voos consequência de 822,4 mil
de ocupação das aeronaves, domésticos foi de 92,8 bilhões decolagens e 749,4 milhões
que chegou a 81,3% no ano e a oferta de assentos-km foi de km voados (Gráfico 18). No
passado (Gráfico 17). Entre de 115,06 bilhões, resultando último quadriênio, a média
2003 e 2015, o RPK aumentou em uma taxa média de de decolagens anual foi de
3,6 vezes, passando de aproveitamento dos voos de 852,78 mil, e a distância
26,03 para 94,37 bilhões de 80,7% no período. média voada anual ficou em
passageiros-km, enquanto, O consumo de combustível, 752,57 milhões de km.
no mesmo período, o ASK número de decolagens, horas
aumentou em menor grau, e distância voadas, após
Gráfico 17 – Evolução da demanda (RPK) e da oferta (ASK) do transporte aéreo no mercado doméstico – Brasil – 2000 a
2018.
160
Bilhões de passageiros - Km e assentos - km
90% 160
Bilhões de passageiros - Km e assentos - km
80%
140 80%
140 70%
70%
120 120 60%
60%
100 100
50% 50%
RPK/ASK
RPK/ASK
80 40% 80 40%
60 30% 60 30%
40 20% 40 20%
20 10% 20 10%
0 0% 0 0%
2018
2014
2016
2012
2000
2008
2004
2006
2010
2002
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
15
Gráfico 18 – Evolução do consumo de combustível, número de decolagens, horas e distância voadas do mercado
doméstico – Brasil – 2000 a 2018.
2,5 2,5
600 600
2,0 2,0
1,0 1,0
200 200
0,5 0,5
0 0 0
0
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
2018
2000-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
RPK (bilhões de passageiros-km) Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK) RPK (bilhões de passageiros-km) Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK)
ASK (bilhões de assentos-km) Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK) ASK (bilhões de assentos-km) Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK)
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Mercado internacional
Gráfico 19 – Evolução da demanda (RPK) e da oferta (ASK) do transporte aéreo no mercado internacional – Brasil – 2000
a 2018.
Decolagens (mil) e Distância voada (milhões de km)
40% 80 72%
80
70%
30% 60
60 68%
20% 40
40 66%
20 10% 20 64%
0 0 0 62%
2000-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
2018
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
RPK (bilhões de passageiros-km) ASK (bilhões de assentos-km) RPK (bilhões de passageiros-km) ASK (bilhões de assentos-km)
Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK) Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK)
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
16
Gráfico 20 – Evolução do consumo de combustível, número de decolagens, horas e distância voadas do mercado
internacional – Brasil – 2000 a 201814.
600 78%
0,35
120 76%
0,30 500
100 74%
0,25 400
80 72%
0,20
300 70%
60
0,15 68%
200 40
0,10 66%
0,05 100 20 64%
0,00 0 0 62%
2000-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
2018
Horas Voadas (milhão) Distância voada (Milhões de KM - eixo esq.) Horas Voadas (milhão) Distância voada (Milhões de KM - eixo esq.)
Decolagens (mil - eixo esq.) Decolagens (mil - eixo esq.)
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Gráfico 21 – Evolução da população ocupada e desocupada e da taxa de desemprego do mercado de trabalho nacional –
Brasil – 4º trim/2012 a 4º trim/2018 - mil pessoas e %.
100.000 14,0%
90.306 91.881 92.875 92.245 92.108 93.002
90.262
90.000
12,0% 11,8% 11,6% 12,0%
80.000
70.000 10,0%
9,0%
60.000
8,0%
50.000 6,9%
6,2% 6,5%
6,0%
40.000
30.000 4,0%
20.000
12.342 12.311 12.195 2,0%
10.000 9.073
6.653 6.052 6.452
0 0,0%
4o trimestre 4o trimestre 4o trimestre 4o trimestre 4o trimestre 4o trimestre 4o trimestre
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
População Ocupada População Desocupada Taxa de desempredo (%)
______________________
14. A ANAC apresenta dados de consumo de combustível apenas para as empresas aéreas brasileiras. Por esse motivo, essa informação
não consta na análise do mercado aeroviário internacional.
17
Empregos Formais
Por três anos consecutivos, de pessoas declararam terrestre, uma vez que emprega
o setor de transporte fechou trabalhar no setor de dois de cada três trabalhadores
postos de trabalho formais transporte, armazenagem e formais que atuam na área de
(210,7 mil no período de 2015 correios (de acordo com os transporte no Brasil (67,3%
a 2017). Nos anos de 2015 e dados da Pesquisa Nacional em 2018). Por isso, a maior
2016, todos os segmentos do por Amostra de Domicílios), variação absoluta do estoque
transporte fecharam postos e 2,34 milhões possuíam de empregos formais, em 2018,
formais de trabalho (Gráfico carteira assinada (de acordo ocorreu no segmento terrestre
23)15. com os dados da RAIS e do (23,1 mil postos de trabalho).
Contudo, em 2018, a CAGED), a estimativa é que Em seguida, está o segmento
tendência reverteu-se e 2,41 milhões de trabalhadores de armazenagem e atividades
foram criadas 29,4 mil vagas do setor não possuam carteira auxiliares, que assina 17,9% das
no ano (Gráfico 22). Com assinada. São empregadores, carteiras dos trabalhadores do
esse resultado, o estoque trabalhadores por conta transporte e gerou 10,6 mil
de empregos com carteira própria (autônomos) ou vagas formais em 2018.
assinada no setor de empregados do setor sem Por fim, destaca-se o
transporte, armazenagem e carteira de trabalho assinada. desempenho negativo do
correios alcançou 2,34 milhões Como apresentado setor aéreo, que, há quatro
no final de 2018 de acordo com anteriormente, na análise da anos (2015-2018), demite mais
os dados da RAIS e do CAGED, PAS, o transporte terrestre é do que contrata trabalhadores
valor 7,2% inferior ao pico da o maior empregador do setor com carteira assinada: passou
série histórica, registrado no (70,7% dos empregos formais de 71,73 mil trabalhadores no
ano de 2014 (2,52 milhões). em 2018 segundo o CAGED). final de 2014 para 62,71 mil no
Vale notar que, como no E o transporte rodoviário é o final de 2018.
final de 2018, 4,75 milhões principal ramo do transporte
Gráfico 22 – Evolução do saldo de movimentação anual de empregos formais do setor de transporte – Brasil – 2007 a
2018 – número de vagas.
200.000
178.782
159.045
150.000
121.050
Saldo de vagas formais
107.445
100.000 95.325 96.130
86.462
71.324
50.000
29.433
0
-50.000 -30.419
-68.011
-100.000
-112.332
-150.000
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
______________________
15. Para avaliação da evolução dos postos formais de trabalho no setor de transporte, utilizaram-se dados da Relação Anual de
Informações Sociais (RAIS) até 2016 e do Cadastro de Empregados e Desempregados (CAGED).
18
Gráfico 23 – Variação interanual do estoque de empregos formais no setor de transporte, por segmento – Brasil – 2014 a
2018 - %.
6,0%
4,4%
3,6%
3,2%
2,9%
4,0%
2,6%
1,5%
1,4%
-1,0%
-0,9%
1,3%
2,0%
0,0%
-0,5%
-1,1%
-1,2%
-1,3%
-1,3%
-2,0%
-1,5%
-2,0%
-2,1%
-2,1%
-2,4%
-2,7%
-4,0%
-4,0%
-3,7%
-4,4%
-4,6%
-4,8%
-4,7%
-4,9%
-5,2%
-6,0%
-6,8%
-8,0%
Transporte Terrestre Transporte Aquaviário Transporte Aéreo Armazenamento e Atividades Auxiliares Correio e Outras Total
Inflação do setor
______________________
16. A meta de inflação para o ano de 2019 é de 4,25%. Para 2010, 4,0% e; para 2021, 3,75%.
17. Os gastos mensais das famílias brasileiras com transporte público, veículo próprio e combustíveis – subgrupos do grupo Transporte
do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – consomem, em média, 18,5% da renda domiciliar (considerando os pesos de
dezembro de 2018), divididos da seguinte forma: 4,7% com transporte público (sendo 2,7% com ônibus urbano), 7,9% com veículo
próprio e 5,9% com combustíveis.
18. Cumpre destacar que a metodologia do IBGE não é a ideal.
19
Tabela 5 – Evolução da inflação medida pelo IPCA, por segmento – Brasil – 2012 a 2018 - % a.a.
20
Fornecedores de equipamentos e insumos
Mercado automobilístico
Durante a crise econômica, de licenciamentos de e do setor de transporte
conforme mostrado autoveículos (automóveis, em específico, a tendência
anteriormente, houve uma veículos comerciais leves, reverteu-se, uma vez que
diminuição drástica na caminhões e ônibus), caiu houve aumento de 12,3% no
demanda pelos serviços 45,6% entre 2013 (3,76 número de licenciamentos,
de transporte rodoviário milhões de unidades) e 2016 seguido de nova alta de 13,0%
no Brasil, o que ocasionou, (2,05 milhões de veículos). em 2018.
consequentemente, uma Nesse período, a procura Em razão da menor procura
redução, por parte dos reduziu-se tanto para os por veículos novos durante
transportadores, do ritmo modelos nacionais (-41,9%), a recessão econômica, a
de expansão e renovação da que respondem, em média, indústria automobilista
frota nacional de veículos. por mais de 80,0% dos nacional reduziu o ritmo
A demanda por veículos licenciamentos anuais, quanto de produção em 41,4%
para renovação e expansão para os importados (-61,3%). entre 2013 (3,71 milhões de
da frota rodoviária, Em 2017, com a recuperação unidades) e 2016 (2,17 milhões
medida pelo número anual da economia como um todo de veículos) (Gráfico 24).
4,00
3,71
3,38
3,50 3,08 3,42 3,40
3,05 3,15
2,83
3,00 2,40 2,88
2,74
1,00
0,50
0,00
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Autoveículos
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).
3,00 2,95
2,68 2,76
2,57 2,63
2,50 2,50 2,50
2,36 2,39
2,31
1,00
0,50
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Automóveis
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).
21
Em 2018, houve novo seguido de comerciais leves de 37,3% na produção de
crescimento na comparação (26,5%), caminhões (23,3%) caminhões, de 10,4% na
interanual, embora mais e automóveis (21,8%). de ônibus e de 9,0% na de
modesto, de 5,2%. A explicação A crise foi mais severa nas comerciais leves. Em 2018,
dessa desaceleração está fábricas de comerciais leves, a produção de caminhões
na queda das exportações ônibus e caminhões. Em 2016, cresceu 27,1%, a de ônibus
que, após subirem 48,3% a produção de caminhões no 38,2% e a de comerciais leves
em 2017, caíram 17,9% em Brasil (60,48 mil unidades) foi 10,2%, mas, mesmo assim,
2018, explicada em grande apenas um terço da registrada ainda são, respectivamente,
parte pela crise econômica na em 2013 (187,00 mil unidades) 56,4%, 70,4% e 67,6% das
Argentina. (Gráfico 26), enquanto a registradas no ano de 2013.
A produção voltada para produção de ônibus caiu Assim, entre 2015 e 2018,
o mercado interno, por sua 53,9% (Gráfico 27) e a de a produção média anual de
vez, registrou alta de 18,7% comerciais leves, 43,7% no autoveículos no Brasil foi de
em 2017 e de 14,2% em 2018. mesmo período (passando de 2,55 milhões, 25,3% inferior
Em 2018, 21,8% da produção 530,90 mil para 298,70 mil e à produção média anual do
nacional de autoveículos foi de 40,55 mil para 18,70 mil quadriênio imediatamente
exportada. No ano, o tipo unidades, respectivamente). anterior (Tabela 6).
com maior coeficiente de Também em 2017, iniciou-se
exportação foi ônibus (31,9%), a recuperação com aumento
250,00
223,60
0,00
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Caminhões
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).
50.000 49.369
40.531 40.554
40.000 38.202
36.635
35.008
32.937
29.412 30.022
30.000 29.366 28.536
24.479 25.008
21.303 21.946 21.450 21.498
20.643
20.000 18.705
10.000
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ônibus
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).
22
Tabela 6 – Evolução da produção anual média de autoveículos, por categoria de veículo e por quadriênio – Brasil – 2003 a
2018 - unidades.
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).
Gráfico 28 – Evolução da produção da indústria brasileira de material rodante ferroviário – Brasil – 2014 a 2018 - unidades.
5.000
4.703 4.683
4.000 3.903
3.000 2.878
2.566
2.000
1.000
473
374 322 312 312
80 129 109 81 64
0
2014 2015 2016 2017 2018
Carros de passageiros Vagões Locomotivas
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER).
23
Gráfico 29 – Evolução da produção média da indústria brasileira de material rodante ferroviário, por quadriênio – Brasil –
1999 a 2018 - unidades.
5.000
4.601
4.500
4.000 3.879
3.500 3.508
3.000
2.682
2.500
2.000
1.500
1.000 906
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).
Embarcações
Navegação Interior
______________________
19. Nos termos da ANTAQ, a navegação interior de percurso longitudinal é aquela realizada ao longo de rios, lagos e canais, entre
portos nacionais e entre o Brasil e os países vizinhos, quando integrem vias fluviais comuns.
20. Referência: 31/12/2018.
24
Gráfico 30 – Evolução da frota de bandeira brasileira de navegação interior, por tipo de serviço – Brasil – 2010 a 2018 -
unidades.
5.000
3.149
4.500
2.871
4.000 2.677
2.446 2.504
3.500
2.189
2.257
Unidades
1.000
500 380 424 465 508
289 314 350
225 258
0 118 128 148 155 151
74 86 101
32
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Frota Total Longitudinal de Carga Passageiros e Misto Transporte de Travessia
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
Gráfico 31 – Evolução da capacidade da frota (TPB) e da idade média das embarcações da navegação interior – Brasil –
2010 a 2018 – milhões de TPB e anos.
5,00 16,6
16,2 15,8 15,8 15,9
15,8 15,3 15,0
15,2 15,1
4,00
3,45
Milhões de TPB
Média de idade
2,98
3,00 2,76 10,0
2,38
2,06
2,00 1,79
1,44 5,0
1,16 1,28
1,00
0,0 0,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Capacidade da Frota (milhões de TPB) Média de idade das embarcações
Navegação Marítima
25
Gráfico 32 – Evolução da frota de bandeira brasileira de navegação marítima, por tipo de serviço – Brasil – 2010 a 2018 -
unidades.
3.000
1841
1689 1739
1546 1577
1.500 1558
1469
1304
1187
1.000
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
Gráfico 33 – Evolução da capacidade da frota brasileira (TPB) e da idade média das embarcações da navegação marítima
– Brasil – 2010 a 2018 – milhões de TPB e anos.
5,00
17,9 17,8 15,0
17,3 17,0
16,5 16,5
15,9 15,9 15,8 16,0
4,00
Média de idade
4,36
Milhões de TPB
4,33
3,98 10,0
3,00 3,58
3,35
3,05 3,02
2,00 2,63
2,22 2,26 5,0
1,00
0,0
0,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Capacidade da Frota Cabotagem e Longo Curso em milhões de TPB (EBNs) Idade Média das embarcações
Aeronaves
26
Gráfico 34 –Distribuição da frota brasileira de aeronaves, por categoria de registro – Brasil – 2018 - %.
3%
Transporte Público Não Regular - Táxi Aéreo (TPX)
6%
Transporte Aéreo Público Regular, Doméstico ou Internacional (TPR)
47%
Outras categorias
Nota: Aeronave Pública Experimental (PEX); Aeronave Privada Experimental (PET); Aeronave Privada de Serviços Aéreos
Privados (TPP); Aeronave Privada de Serviços de Transporte Aéreo Público Não Regular - Táxi Aéreo (TPX); Aeronave
Privada de Serviços de Transporte Aéreo Público Regular (TPR); Aeronave Privada de Instrução (PRI).
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O número de aeronaves 201521. Em 2009, primeiro ano na ANAC para esse serviço no
registradas para o transporte da série disponibilizada pela Brasil, número que caiu para
aéreo regular no Brasil ANAC, esse número era de 1.358 em 2018 (Gráfico 35).
vem caindo há três anos 571. Esse mesmo movimento Com a saída da Avianca
seguidos. Em 2018, havia acontece no segmento de do mercado brasileiro, é
635 aeronaves registradas táxi-aéreo, onde o número de factível esperar uma queda
para esse fim no âmbito da aeronaves registradas cai há ainda maior de aeronaves em
Agência Nacional da Aviação cinco anos. Em 2012, havia operação em 2019.
Civil (ANAC), ante 700 em 1.578 aeronaves registradas
Gráfico 35 – Evolução do número de aeronaves registradas no transporte aéreo público regular, mercados doméstico e
internacional – Brasil – 2009 a 2018 - unidades.
1.700
1.566 1.578 1.574 1.549 1.543
1.515 1.536
1.479
1.500 1.395 1.358
Número de aeronaves
1.300
1.100
666 679 685 694 700
621 650 643 635
571
900
700
500
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
______________________
21. Referência: 31 de dezembro de cada ano.
27
Combustíveis
Os combustíveis são o utiliza-se principalmente a entre 2011 e 2014 a demanda
principal insumo do setor gasolina e o etanol. média foi de 56,69 milhões
transportador. O diesel é Em linha com os resultados de m3. Contudo, há sinais de
utilizado no transporte do transporte terrestre, recuperação, embora lenta.
de cargas pelos modais o consumo de óleo diesel Após o consumo subir 0,9%
rodoviário e ferroviário e caiu no último quadriênio em 2017 na comparação
também no deslocamento em comparação com o interanual, em 2018 houve
rodoviário de passageiros por quadriênio imediatamente novo aumento, de 1,6%,
ônibus. No modal aeroviário, anterior (Gráfico 36)23. Entre chegando a 55,63 milhões de
a principal fonte de energia 2015 e 2018, o consumo m3 (7,3% menor que os 60,0
utilizada é o querosene de médio de óleo diesel no Brasil, milhões de m3 consumidos em
aviação (QAV22), enquanto no medido pelas vendas das 2014, recorde histórico) de
deslocamento por meio de distribuidoras, foi de 55,47 acordo com o Gráfico 37.
automóveis (como os táxis), milhões de m3, enquanto
Gráfico 36 – Evolução média das vendas internas de combustíveis no Brasil, por tipo de combustível e por quadriênio –
Brasil – 2000 a 2018 – milhões de m3.
50,00
44,96
Em milhões de m3
40,24 41,66
40,00 38,56
36,61
30,00
26,19
22,48 23,13
20,00
16,37
13,55
11,37
10,00 7,24
5,54 6,69
4,53 3,97 4,27 4,65
0,0
2000- 2002* 2003-2006 2007-2010 2011-2014 2015-2018
Querosene de Aviação (QVA) Gasolina C Etanol Hidratado Óleo Diesel
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Gráfico 37 – Evolução das vendas internas de combustíveis anuais no Brasil, por tipo de combustível e por quadriênio –
Brasil – 2014 a 2018 – milhões de m3.
70,00
60,03
60,00 57,21
54,28 55,63
54,28
Em milhões de m3
50,00
44,36 44,15
41,14 43,02
40,00 38,35
30,00
0,0
2014 2015 2016 2017 2018
Querosene de Aviação (QVA) Gasolina C Etanol Hidratado Óleo Diesel
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
______________________
22. Ressalta-se que a gasolina de aviação é mais comum no transporte privado e ainda há aeronaves movidas a bioquerosene.
23. Embora o transporte rodoviário não seja o único usuário de diesel, é o consumidor principal.
28