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DESEMPENHO ECONÔMICO

Desempenho da economia brasileira e do setor de transporte

O Produto Interno Bruto Dessa forma, para que o pelo crescimento de 12,5%
(PIB) do setor de transporte, volume anual de serviços em 2017, ano de supersafra
armazenagem e correios de transporte de cargas de grãos. Em 2018, o PIB
cresceu 2,2% em 2018, em e passageiros no Brasil da agropecuária foi 10,3%
relação ao ano anterior, retorne aos níveis pré- maior que o registrado
o dobro da economia crise, ainda é necessário em 2014. Já a produção
em geral. Considerando um crescimento de 7,0% industrial caiu, em média,
os últimos quatro anos, da produção. No caso da 2,6% a.a. nos últimos
acumulou queda de 9,7% no economia em geral, para quatro anos (10,0% entre
período 2015-2016 (-4,3% retornar ao nível de 2014, a 2015 e 2018). Para retornar
e -5,6%, respectivamente) produção de bens e serviços aos níveis de 2014, o PIB
e subiu 3,4% no biênio no Brasil tem que avançar da indústria ainda precisa
2017-2018 (1,2% e 2,2%, 4,8%. acumular um avanço de
respectivamente), resultando Dos três grandes setores 11,2%. O setor de serviços,
em uma retração média de produtivos da economia por sua vez, retraiu-se a
1,7% a.a., ou 6,6% entre 2015 brasileira, apenas a um ritmo médio de 0,8%
e 2018. Esse resultado é pior agropecuária avançou no a.a. no último quadriênio, o
que o da economia nacional, último quadriênio, a uma que exige um crescimento
que caiu, em média, 1,2% a.a. taxa média de 2,5% a.a. de 3,3% para retornar aos
ou 4,6% no acumulado do (ou de 10,3% no período), níveis pré-crise.
período (Gráficos 1 e 2). explicada principalmente

Gráfico 1 – Variação percentual média anual do PIB, por setor, por quadriênio – Brasil – 1999 a 2018 - % a.a.
5,6

6,0
4,7
4,6
4,6

5,0
4,0

3,8

4,0
3,5

3,5
3,3

3,0
2,9

2,7

2,6
2,5

3,0
2,5

2,3
2,3

2,3
% a.a.

2,0
1,4
1,2

1,0

1,0
0,0
-1,0
-0,8
-1,2

-2,0
-1,7

-3,0
-2,6

Transporte,
Total Agropecuária Indústria Serviços armazenagem e correio
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018

Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Nacionais (SCN) do IBGE.
Gráfico 2 – Variação anual do PIB, por setor - Brasil - 2014 a 2018 - % a.a.
15,0

12,5
10,0
% a.a.

5,0

3,3
2,8

2,2
1,5
1,3
0,5

1,1
1,1

0,6

1,0

1,2
0,5
0,1
0,0

-0,5
-1,5

-2,3
-2,7
-3,3
-3,5

-5,0

-4,3
-4,6
-5,2

-5,6
-5,8
-10,0
Total Agropecuária Indústria Serviços Transporte,
armazenagem e correio
2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Nacionais (SCN) do IBGE.

Além da análise sob o equipamentos etc.), que cresceu 1,4% em 2017 e 1,8%
ponto de vista da oferta - retrocedeu, em média, em 2018. Já o consumo do
dos setores produtivos -, é 6,4% a.a., ou 23,2% entre governo diminuiu a uma taxa
possível olhar a composição 2015 e 2018 (Gráfico 3). média de 0,5% a.a. entre 2015
do PIB nacional pela ótica Vale destacar que, após e 2018 (2,1% no período), e
da demanda, ou seja, da retroceder quatro anos as importações diminuíram
destinação da produção. A seguidos, os investimentos 3,2% a.a. (12,3% nos quatros
produção brasileira de bens inverteram a tendência e anos considerados). Em 2018,
e serviços é destinada ao cresceram 4,1% em 2018 o consumo da administração
consumo das famílias, ao (Gráfico 4). pública ficou estagnado, e
consumo do governo, aos No mesmo período, o as importações cresceram
investimentos (formação de consumo das famílias caiu 8,5%. Já as exportações
capital fixo) ou ao comércio a uma taxa média de 1,0% foram o único componente
internacional. a.a. (3,9% no período). No positivo no último quadriênio,
Sob esse enfoque, verifica- entanto, também houve uma vez que avançaram, na
se que, no último quadriênio, reversão de tendência no média, 4,2% a.a. ou 18,0% no
a maior retração veio da último biênio: após cair acumulado do período.
demanda por investimentos 3,2% em 2015 e 3,9% em
(bens de capital, máquinas, 2016, o consumo das famílias

Gráfico 3 – Variação média anual do PIB sob a ótica da demanda, por quadriênio e por componente - Brasil - 1999 a 2018
- % a.a.1
20,0
14,6

15,0
9,9
9,8

8,6
8,5

10,0
5,9
4,6
% a.a.

4,2
3,5

3,6
3,5

3,2

5,0
3,2
3,3

2,8
2,3

2,3

2,0

2,2

2,0
1,6

1,7

1,4

0,0
-0,5
-1,0
-1,2

-1,2

-5,0
-3,2
-4,2
-6,4

-10,0
Total Consumo Consumo da Investimento Exportação de Importação
das famílias administração pública bens e serviços de bens e serviços (-)
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Nacionais (SCN) do IBGE.

______________________
1. O setor “Investimento” refere-se à Formação Bruta de Capital Fixo.

2
Gráfico 4 – Variação média anual do PIB sob a ótica da demanda, por componente - Brasil - 2014 a 2018 - % a.a.2

8,5
10,0

6,8
5,2

5,0
5,0

4,1

4,1
2,3

1,9
1,4

0,9
0,8
0,2
0
0,0
% a.a.

-0,9
-1,4

-1,6

-2,3
-2,5
-3,2

-5,0
-3,9

-4,2
-10,0

-10,3
-12,1
-15,0

-13,9

-14,2
Consumo das famílias Consumo da administração Investimento Exportação de bens e Importação de bens e
pública serviços serviços (-)
2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Nacionais (SCN) do IBGE.

Decomposição do PIB do transporte


Por região

A divisão do PIB do de 20163. Em 2016, a região nacional bruta e 12,0% da


transporte por grandes Sudeste respondeu por renda do transporte em
regiões e por Unidade da 52,4% do PIB do Brasil e por 2016. Já a região Centro-
Federação é observada no 59,6% do PIB do transporte. Oeste representou 10,4% da
Sistema de Contas Regionais Em seguida, vêm a região produção nacional e 7,9% do
(SCR), também publicado Sul com 17,1% do PIB total e PIB do transporte. Por fim, a
pelo Instituto Brasileiro 16,6% do PIB do transporte região Norte contribuiu com
de Geografia e Estatística e a região Nordeste, que 5,6% do PIB total e 3,9% do
(IBGE), cuja última edição é produziu 14,6% da renda PIB do transporte.

Gráfico 5 – Composição do PIB total e do PIB do transporte, por região – Brasil – 2002, 2008, 2014 e 2016 - %

PIB total PIB do transporte


100% 100%
4,8% 5,2% 5,5% 5,6% 3,7% 4,1% 4,0% 3,9%
7,1% 6,2% 6,5% 7,9%
90% 8,9% 9,2% 5,5% 5,6% 90%

80% 80%
11,6% 12,0% 11,2% 12,0%
13,5% 13,5% 14,3% 14,6%
70% 70%
17,2% 16,2% 15,5%
16,6%
16,4% 16,2%
60% 16,4% 17,1% 60%

50% 50%

40% 40%

30% 56,5% 56,0% 54,2% 52,4% 30% 60,4% 61,4% 62,8% 59,6%
20% 20%

10% 10%

0% 0%

Sudeste Sul Nordeste Centro-Oeste Norte Sudeste Sul Nordeste Centro-Oeste Norte

Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE.
______________________
2. O setor “Investimento” refere-se à Formação Bruta de Capital Fixo.
3. A previsão para divulgação dos dados de 2017 é novembro de 2019.

3
Portanto, as regiões nacional. No mesmo período, no setor de transporte,
Sudeste e Sul são a produção econômica das que também teve melhor
responsáveis por mais de regiões Norte e Centro-Oeste desempenho nessas regiões
dois terços do PIB do Brasil e cresceu pouco mais de 60,0%, do que no eixo Sul-Sudeste.
do transporte. Contudo, vale enquanto na região Nordeste No Norte, o crescimento
notar que, entre 2002 e 2016, o crescimento foi de 42,4%. do PIB do transporte entre
as regiões Norte, Nordeste Na região Sudeste, o avanço 2002 e 2016 foi de 67,8%;
e Centro-Oeste cresceram foi de 34,1%, e na região Sul, no Nordeste, de 47,4%; no
mais rapidamente que o de 32,1% (Gráfico 6). Centro-Oeste, 41,7%. Já
eixo Sul-Sudeste. Entre O crescimento mais acelerado nas regiões Sul e Sudeste,
2002 e 2016, o PIB do Brasil da economia como um todo os avanços foram de 39,7%
cresceu 38,5%; e o PIB do nas regiões Norte, Nordeste e 23,4%, respectivamente
transporte, 31,6%, na média e Centro-Oeste refletiu-se (Gráfico 7).

Gráfico 6 – Evolução da série encadeada do volume do PIB total – Brasil e Regiões – 2002 a 2016 – Número-Índice
(2002=100)

180

170

160

150

140 nordeste

130 sudeste

120

110

100

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Brasil 100,0 101,2 107,0 110,2 114,2 120,9 126,5 126,4 135,2 140,3 142,5 146,6 147,3 142,7 138,5

Norte 100,0 105,6 115,6 121,5 127,3 132,0 136,4 136,5 149,7 159,0 163,4 168,0 172,5 168,8 161,8

Nordeste 100,0 101,6 108,2 112,0 116,8 122,0 128,2 129,6 137,4 142,8 146,2 150,2 153,9 148,9 142,4

Sudeste 100,0 99,9 105,2 109,0 113,1 119,9 126,1 125,5 134,2 138,6 140,7 143,3 142,7 138,0 134,1

Sul 100,0 102,9 107,8 107,2 110,3 117,5 120,6 119,2 128,0 133,1 132,1 140,1 139,8 134,8 132,1

Centro-Oeste 100,0 103,4 109,9 114,4 118,0 125,8 132,3 135,4 144,3 150,7 157,1 163,3 167,1 164,0 160,1

Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE.

4
Gráfico 7 – Evolução da série encadeada do volume do PIB do transporte – Brasil e Regiões – 2002 a 2016 – Número -
Índice (2002=100)

180

170

160

150

140

130

120

110

100
90

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Brasil 100,0 97,8 103,1 106,8 109,5 115,0 123,7 118,3 131,6 137,2 140,0 143,7 145,8 139,5 131,6

Norte 100,0 95,7 106,0 114,5 122,5 130,1 136,3 132,7 154,6 165,8 172,3 172,3 177,6 173,5 167,8

Nordeste 100,0 96,9 105,6 108,8 112,2 119,4 130,7 123,9 139,1 147,8 155,9 158,8 169,1 163,6 147,4

Sudeste 100,0 97,6 101,1 105,0 107,8 112,1 120,0 114,7 127,0 132,0 133,5 136,1 136,6 130,6 123,4

Sul 100,0 100,0 107,1 110,1 110,0 119,7 128,8 123,3 136,9 142,1 143,0 150,0 151,7 143,1 139,7

Centro-Oeste 100,0 96,5 104,9 106,4 110,5 113,9 125,7 120,9 133,7 138,7 146,8 155,9 160,5 154,4 141,7

Fonte: Elaboração CNT com dados do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE.

Por segmento do transporte


Com o intuito de analisar setor. Contudo, como a PAS Em 2016, as atividades
a contribuição de cada levanta informações apenas de transporte terrestre
segmento no PIB do setor de empresas formais, o responderam por 57,8%
de transporte, recorreu-se à valor adicionado observado do PIB do setor (Tabela 1),
Pesquisa Anual de Serviços nela é menor que o valor seguidas dos serviços de
(PAS) do IBGE, que tem como adicionado total pelo setor armazenamento e atividades
objetivo retratar a realidade de transporte (o PIB do auxiliares (24,9%), correio
econômica desse setor no transporte) calculado no e outras atividades de
Brasil e suas transformações âmbito das Contas Nacionais, entrega (7,1%), transporte
no tempo. A PAS levanta pois não leva em conta, por aéreo (5,7%) e transporte
informações referentes a exemplo, o valor do trabalho aquaviário (4,5%). No
receitas, despesas, pessoal dos transportadores segmento terrestre, o maior
ocupado, salários, valor autônomos4. Mas a peso vem do transporte
adicionado, entre outras, e correlação entre esses dois rodoviário de cargas (27,4%
sua última versão disponível valores é perfeita, de modo do PIB do transporte), que
refere-se ao ano de 2016. que é razoável utilizar os é seguido pelo rodoviário
O PIB calculado pela dados da PAS para decompor de passageiros (18,2%),
PAS para os segmentos o PIB do transporte por dutoviário (6,5%) e
do transporte é referência segmento, considerando as ferroviário e metroferroviário
para o cálculo do PIB do limitações mencionadas. (5,7%).
______________________
4. O valor adicionado calculado pela PAS representa 90% do valor adicionado calculado pelo Sistema de Contas Nacionais. O
valor adicionado (ou o PIB) calculado no âmbito das Contas Nacionais é feito com ajustes metodológicos, que incluem a análise
e o tratamento dos elementos do consumo intermediário e estimativas para a produção de autônomos e unidades produtivas da
economia informal.

5
Tabela 1 – Evolução da decomposição do PIB do setor de transporte, armazenagem e correio – Brasil – 2007 a 2016 - %5

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Transporte, armazenagem e
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
correio
Transporte terrestre 59,0% 59,5% 59,2% 59,1% 57,6% 60,0% 59,7% 62,0% 59,0% 57,8%
Transporte ferroviário e
6,1% 6,8% 5,8% 4,9% 4,8% 4,7% 4,7% 4,5% 5,0% 5,7%
metroviário
Transporte rodoviário 49,6% 49,2% 49,3% 50,1% 47,3% 49,4% 48,8% 51,8% 47,6% 45,6%
Transporte rodoviário de
22,2% 21,2% 21,2% 20,0% 19,7% 19,1% 18,6% 17,2% 18,5% 18,2%
passageiros

Transporte rodoviário de
27,4% 28,0% 28,1% 30,0% 27,6% 30,3% 30,3% 34,6% 29,1% 27,4%
cargas
Transporte dutoviário 3,4% 3,5% 4,0% 4,0% 5,5% 5,9% 6,1% 5,7% 6,4% 6,5%
Transporte aquaviário 3,1% 2,8% 2,9% 3,3% 2,9% 3,2% 3,5% 3,5% 4,3% 4,5%
Transporte aéreo 4,6% 4,8% 5,7% 5,8% 6,7% 5,2% 5,6% 5,3% 6,0% 5,7%
Armazenamento e atividades
23,2% 23,5% 23,2% 23,1% 24,4% 24,3% 24,4% 22,9% 24,0% 24,9%
auxiliares ao transporte

Correios e outras atividades de


10,0% 9,5% 9,1% 8,7% 8,4% 7,3% 6,8% 6,3% 6,6% 7,1%
entrega

Fonte: Elaboração CNT com dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE.

Estrutura do mercado transportador6


No ano de 2016, segundo região Norte abrigou 1,3% As atividades de
dados da PAS, havia 195 das empresas e 3,4% do armazenamento e serviços
mil empresas atuantes no faturamento, pessoal ocupado auxiliares aos transportes,
setor de transporte no Brasil e salários. A região Nordeste que responderam por 24,9%
que empregavam cerca de abrigou 8,5% das empresas do PIB em 2016 e 13,5%
2,5 milhões de pessoas7 e e 12,4% dos trabalhadores, das empresas, geraram,
geraram uma receita de R$ enquanto a região Centro- no mesmo ano, 21,0% do
450,36 bilhões. Ademais, Oeste respondeu por 7,8% faturamento e empregaram
pagaram R$ 81,95 bilhões de das empresas e 7,2% do 17,6% dos trabalhadores,
salários, em valores da época pessoal ocupado no setor de pagando 19,8% dos salários
(Tabela 2). transporte. do setor de transporte. Já o
As regiões Sul e Sudeste, A análise por segmento item “Outros transportes”,
que, como mostrado mostra que o transporte que inclui os serviços de
anteriormente, respondem rodoviário, que representou transporte ferroviário,
por cerca de 60,0% do PIB 45,6% do PIB do setor (Tabela metroferroviário, aquaviário
do transporte no Brasil, 1), respondeu, em 2016, e aéreo, embora abranja
abrigaram, em 2016, 82,4% das por 81,3% das empresas; apenas 0,7% das empresas,
empresas; empregaram 76,9% empregou 68,2% do pessoal emprega 6,6% do pessoal
dos trabalhadores do setor; ocupado; e foi responsável ocupado, pagando 16,0% dos
geraram 77,5% da receita; e por gerar 51,3% da receita de salários e gerando 22,3% do
pagaram 79,8% dos salários serviços e pagar 54,8% dos faturamento do setor.
e demais remunerações salários dos trabalhadores do
do setor. No mesmo ano, a transporte (Tabela 3).
______________________
5. É importante registrar que, ainda que os valores monetários guardem uma relação com o volume transportado, essa divisão
não reflete necessariamente a matriz de transporte.
6. Os dados desta seção foram levantados segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS).
7. Os dados de pessoal ocupado da RAIS em 2016 (2,34 milhões) diferem ligeiramente do número de pessoas ocupadas em
31/12/2016 divulgado pela PAS, uma vez que: a) a PAS é uma pesquisa amostral, enquanto a RAIS é censitária; e b) o cadastro
básico de seleção da PAS do ano de 2016 refere-se à situação das empresas informada na RAIS do ano de 2015.

6
Tabela 2 – Participação das Grandes Regiões no setor de transporte, armazenagem e correios, por variáveis selecionadas –
Brasil – 2016

Número de Salários, retiradas e


Brasil e Grandes Pessoal ocupado em Receita bruta de
empresas outras remunerações
Regiões 31/12 (Pessoas) serviços (Mil Reais)
(Unidades) (Mil Reais)
Brasil 195.584 2.512.236 450.360.290 81.951.640
Região Centro-Oeste 15.281 180.755 41.513.933 5.696.318
Região Nordeste 16.675 312.565 44.219.053 8.440.540
Região Norte 2.449 85.864 15.552.086 2.451.916
Região Sudeste 104.870 1.456.800 272.780.740 51.629.575
Região Sul 56.309 476.252 76.294.478 13.733.291
Brasil 100% 100% 100% 100%
Região Centro-Oeste 7,8% 7,2% 9,2% 7,0%
Região Nordeste 8,5% 12,4% 9,8% 10,3%
Região Norte 1,3% 3,4% 3,5% 3,0%
Região Sudeste 53,6% 58,0% 60,6% 63,0%

Região Sul 28,8% 19,0% 16,9% 16,8%

Fonte: Elaboração CNT com dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE.

Tabela 3 – Participação dos segmentos de transporte no desempenho total do setor de transporte, armazenagem e
correios, por variáveis selecionadas e Região – Brasil – 2016

Brasil, Grandes
Número de Salários, retiradas e
Regiões e segmen- Pessoal ocupado em Receita bruta de
empresas outras remunerações
tos do setor de 31/12 (Pessoas) serviços (Mil Reais)
(Unidades) (Mil Reais)
transporte
Brasil 195.584 2.512.236 450.360.290 81.951.640
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte ro-
81,3% 68,2% 51,3% 54,8%
doviário
4.2 Outros transportes 0,7% 6,6% 22,3% 16,0%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 13,5% 17,6% 21,0% 19,8%
transportes
4.4 Correio e outras
4,5% 7,5% 5,4% 9,4%
atividades de entrega

7
Região Centro-Oeste 15.281 180.755 41.513.933 5.696.318
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte
83,6% 71,0% 61,8% 56,2%
rodoviário
4.2 Outros transportes 0,7% 4,1% 23,5% 7,0%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 11,9% 13,7% 9,9% 15,7%
transportes
4.4 Correio e outras
3,8% 11,1% 4,7% 21,1%
atividades de entrega
Região Nordeste 16.675 312.565 44.219.053 8.440.540
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte
79,7% 70,0% 53,1% 56,4%
rodoviário
4.2 Outros transportes 1,5% 5,4% 25,7% 11,6%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 14,3% 15,5% 17,5% 18,7%
transportes
4.4 Correio e outras
4,5% 9,1% 3,8% 13,3%
atividades de entrega
Região Norte 2.449 85.864 15.552.086 2.451.916
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte
61,2% 61,6% 41,4% 49,5%
rodoviário
4.2 Outros transportes 9,4% 14,0% 41,5% 17,6%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 22,4% 15,8% 14,4% 20,4%
transportes
4.4 Correio e outras
6,9% 8,6% 2,8% 12,4%
atividades de entrega
Região Sudeste 104.870 1.456.800 272.780.740 51.629.575
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte
79,4% 65,4% 46,0% 51,1%
rodoviário
4.2 Outros transportes 0,5% 8,0% 24,3% 20,2%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 15,0% 19,5% 23,6% 21,1%
transportes
4.4 Correio e outras
5,2% 7,1% 6,2% 7,5%
atividades de entrega

8
Região Sul 56.309 476.252 76.294.478 13.733.291
4. Transportes,
serviços auxiliares aos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
transportes e correio
4.1 Transporte
85,7% 75,9% 65,6% 68,2%
rodoviário
4.2 Outros transportes 0,4% 2,6% 9,0% 6,2%
4.3 Armazenamento e
serviços auxiliares aos 10,6% 15,0% 20,9% 17,0%
transportes
4.4 Correio e outras
3,2% 6,5% 4,5% 8,6%
atividades de entrega

Fonte: Elaboração CNT com dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE.

Movimentação e produção de serviços de frete e carretos


Rodoviário
Em 2018, principalmente Entre 2015 e 2018, o fluxo A análise por Unidade da
em função da paralisação de total de veículos nas rodovias Federação, que compreende
maio, o fluxo total de veículos concessionadas brasileiras os estados de São Paulo,
nas rodovias pedagiadas caiu, em média, 1,4% a.a. Paraná e Rio de Janeiro,
caiu 1,9% na comparação (Gráfico 9). A retração mostra que, neste último,
com 2017 (Gráfico 8), dada no fluxo de veículos foi o impacto da recessão
a retração de 2,7% do fluxo mais significativa no fluxo econômica foi maior. O fluxo
de veículos leves e a relativa de veículos pesados, que de veículos pesados nas
estabilidade (aumento de diminuiu, em média, 2,8% a.a. rodovias cariocas caiu a uma
apenas 0,3%) do fluxo de nos últimos quatro anos. Para taxa de 6,0% a.a. entre 2015
pesados8 , segundo o Índice que o fluxo de veículos nas e 2018, resultado tanto de
da Associação Brasileira de rodovias brasileiras retorne uma diminuição da atividade
Concessionárias de Rodovias aos níveis pré-crise (2014), é econômica do estado como do
(ABCR). Cumpre destacar necessário avanço de 5,6%. No aumento do roubo de cargas.
que o índice ABCR9 é um caso do fluxo de veículos leves, Já no Paraná, a diminuição
indicador que se correlaciona o crescimento acumulado média foi de 0,7% a.a. e, em
com outros indicadores necessário para retornar aos São Paulo, a queda, no mesmo
econômicos relevantes, como níveis de 2014 é de 3,6% e, no período, foi de 2,4% a.a.
o PIB (Gráfico 10). caso dos pesados, de 14,9%.
Gráfico 8 – Variação média anual do Índice ABCR, por categoria de veículo e por quadriênio – Brasil – 1999 a 2018 - % a.a..

7,0%
5,7%
5,0%

6,0%
5,5%
4,6%

5,0%
1,6%

4,0%
3,1%

0,3%

4,3%
2,2%

2,2%

3,0%
1,3%

2,0%
1,0%
0,0%
-1,0%
-0,6%

-0,9%

-1,4%

-2,0%
-3,0%
-2,8%

-4,0%
Leves Pesados Total
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018

Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
______________________
8. O segmento rodoviário é preponderante na matriz de transporte brasileira, pois movimenta mais de 60,0% das cargas no país.
9. O Índice da ABCR é calculado com base no fluxo total de veículos que passam pelas praças pedagiadas das rodovias sob concessão
privada (composto atualmente pelas informações das praças de 51 concessionárias). Embora seja um índice que reflete o fluxo

9
Gráfico 9 – Variação média anual do Índice ABCR, por categoria de veículo e por quadriênio – São Paulo, Paraná e Rio de
Janeiro – 1999 a 2018 - % “a.a.”.
10

8,1%

6,8%
6,2%

5,9%
8
5,2%

4,7%

5,1%

5,1%

4,8%
4,4%

4,3%
4,2%

4,2%

3,8%
6

3,7%
3,6%

3,5%
3,5%
3,2%

2,3%

2,2%
2,0%
4

1,7%
1,6%
1,7%
1,6%

1,4%
0,9%
0,7%
0,5%

0,4%
2
0

0,0%
0,0%
-0,2%

-0,2%

-0,4%
-0,8%

-0,8%

-0,7%
-2

-2,0%

-2,2%
-2,4%

-2,9%
-4

-3,3%
-6

-6,0%
-8
-10
Leves Pesados Total Leves Pesados Total Leves Pesados Total
São Paulo Paraná Rio de Janeiro

1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018

Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).

Gráfico 10 – Variação média anual do PIB e do fluxo de veículos em rodovias pedagiadas, por categoria de veículo e por
quadriênio – Brasil - % “a.a.”.

7
5,7%

5,0%
6
4,6%

4,6%

5
3,5%
3,1%

4
2,3%

2,2%

2,2%
2,3%

3
1,3%

2
%a.a.

1
0
-1
-0,6%

-0,9%
-1,2%
-2
-3 -2,8%

-4
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
PIB Total Pesados Leves
Fonte: Elaboração CNT com dados do IBGE e da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).

Ferroviário de cargas

Em 2018, o segmento Entre 2015 e 2018, ao aumentou, em média, 7,3%


ferroviário de cargas mesmo tempo em que a a.a. no período (Gráfico 11).
no Brasil bateu recorde economia brasileira e o Assim, entre 2014 e 2018, a
de movimentação e de transporte rodoviário de quantidade de mercadorias
produção ferroviária10. No cargas diminuíram seus transportadas pelo modal
ano, foram movimentadas ritmos de produção, a ferroviário aumentou 22,5%,
569,8 milhões de toneladas movimentação de cargas e a produção ferroviária,
úteis de mercadorias (TU) nas ferrovias brasileiras 32,6%.
(alta de 5,7% em relação como um todo, medida em Contudo, o crescimento
a 2017), produzindo um toneladas úteis (TU), subiu da movimentação e da
total de 407,3 bilhões de a uma taxa média de 5,2% produção ferroviária não
toneladas quilômetro-útil a.a., enquanto a produção foi generalizado. Entre as
(TKU) (alta de 8,5% em ferroviária, calculada em 13 ferrovias brasileiras, seis
relação à 2017). toneladas-quilômetro-útil, diminuíram a movimentação
______________________
10. O indicador TKU (toneladas quilômetro-úteis) é definido como a quantidade de toneladas úteis transportadas multiplicadas pela
quilometragem percorrida pelas mesmas. O indicador TU (toneladas úteis) é definido como sendo o total de carga movimentada na
malha no transporte remunerado.

10
no último quadriênio: Estrada minerais (minério de ferro, que carrega principalmente
de Ferro Vitória a Minas carvão mineral) e commodities minério de ferro, teve
(EFVM), Ferrovia Teresa agrícolas (soja, milho, açúcar) aumento de 86,95 milhões de
Cristina (FTC), Ferrovia para os portos, que, em sua TU no período.
Transnordestina Logística maioria, são exportados. O A concessão da Ferrovia
(FTL), MRS Logística (MRS), minério de ferro é o principal Norte-Sul Trecho Central
Rumo Malha Oeste (RMO) e deles. Nos últimos quatro (FNSTC), que aconteceu
Rumo Malha Paulista (RMP). A anos, a movimentação média em 30 de março deste ano,
produção ferroviária caiu em desse produto foi de 408,1 irá adicionar 1,50 mil km à
cinco delas, com a ressalva milhões de toneladas por ano, malha nacional. É uma ferrovia
de que, na FTL, embora a ou 77,6% do total. Em seguida, com vocação, principalmente,
movimentação tenha caído aparecem soja (4,4% do total para o transporte de grãos,
no período (-1,0% a.a., em no período 2015-2018), milho que possui saída para o arco
média), a distância média (2,8%) e açúcar (2,5%)11. norte por meio da EFC, e para
aumentou, e isso fez com Há também concentração o sul por intermédio da RMP.
que a produção ferroviária da movimentação em As projeções apontam que a
apresentasse um crescimento algumas ferrovias. Em 2018, FNSTC irá movimentar cerca
médio de 0,3% a.a. entre três concessionárias que de 22,0 milhões de toneladas
2015 e 2018 (Gráfico 14). A administram apenas 12,4% em 2050.
mesma situação aconteceu da extensão da malha férrea Por fim, destaca-se que a
com a RMP (diminuição de nacional responderam por movimentação de contêineres
-0,8% a.a. em TU e aumento 81,8% da movimentação e pelos trilhos brasileiros é
médio de 6,3% a.a. em TKU) 78,0% da produção total: crescente. Segundo a ANTF,
e o contrário com a RMS Estrada de Ferro Carajás desde 1996, a movimentação
(aumento de 1,1% a.a. em TU (EFC) (36,0% e 45,3%, de contêineres nas ferrovias
e diminuição de 0,5% a.a. em respectivamente), MRS brasileiras cresceu cerca de
TKU). (24,0% e 15,7%) e EFVM 130 vezes. Em 2017, foram
A produção ferroviária (21,8% e 17,1%). Vale notar que transportados nas ferrovias
no Brasil é concentrada a movimentação de cargas mais de 442 mil TEUs (unidade
em poucos produtos. Os entre 2014 e 2018 aumentou equivalente a um contêiner
transportadores ferroviários em 104,81 milhões de TU, de 20 pés). Em 2018, esse
movimentam, principalmente, sendo que somente a EFC, número cresceu 15,0%12.

Gráfico 11 – Evolução da Movimentação e da Produção Ferroviária, por quadriênio – Brasil – 2007 a 2018 - TU, TKU e %.

Movimentação Ferroviária Produção Ferroviária


600,0 8,0% 400,0 10,0%
Variação média anual (%a.a.)

Variação média anual (%a.a.)

526,0 7,0% 364,0 9,0%


350,0
500,0 8,0%
455,8 6,0% 299,3
414,0 300,0 7,3% 7,0%
Bilhões de TKU
Milhões de TU

400,0 261,8
5,2% 5,0% 250,0 6,0%
300,0 4,0% 200,0 5,0%
3,0% 150,0 3,9% 4,0%
200,0 2,8%
3,0%
2,0% 100,0 2,5%
1,7% 2,0%
100,0
1,0% 50,0 1,0%
0,0 0,0% 0,0 0,0%
2007-2010 2011- 2014 2015-2018 2007-2010 2011- 2014 2015-2018

Movimentação Ferroviária Média (Milhões de TU) Produção Ferroviária (Bilhões de TKU)


Variação média anual (%a.a) da movimentação (TU) Variação média anual (%a.a) da produção (TKU)

Fonte: Elaboração CNT com dados do IBGE e da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).

______________________
11. Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), mais de 95,0% dos minérios chegam aos portos por
ferrovia, 40,0% das commodities agrícolas e 45,0% do açúcar. ANTF, 2017. Maior valor em TKU da história. Postado em 03/03/2018 e
disponível em https://www.antf.org.br/releases/mais-eficiencia-mais-tku/.
12. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05/transporte-de-conteineres-por-trilhos-aumenta-15-no-brasil.shtml

11
Gráfico 12 – Variação média anual da movimentação férrea (TU), por ferrovia e por quadriênio – Brasil – 2007 a 2018 – % a.a.
30,0%

21,4%
19,0%
17,3%
14,8%
20,0%

12,3%
11,6%
10,0%
9,6%

9,3%
8,8%

7,2%
7,1%

6,0%
4,8%
10,0%
3,2%

3,3%
3,1%

3,1%
0,0%

0,2%

0,0%
1,1%
0,1%
% a.a.

0,0%

-0,4%

-0,4%

-0,8%
-1,0%
-1,1%

-2,7%
-4,6%
-5,5%

-5,1%
-6,8%

-6,3%
-10,0%

-7,3%
-20,0%
-25,3%

-30,0%

EFC EFPO EFVM FCA FTC FTL MRS RMN RMO RMP RMS FNSTN
2007-2010 2011- 2014 2015-2018

Nota: Estrada de Ferro Carajás (EFC); Estrada de Ferro Paraná-Oeste (EFPO); EFVM (Estrada de Ferro Vitória-Minas);
Ferrovia Centro Atlântica (FCA); Ferrovia Norte-Sul Trecho Central (FNSTC); Ferrovia Norte-Sul Trecho Norte (FNSTN);
Ferrovia Teresa Cristina (FTC); Ferrovia Transnordestina Logística (FTL); MRS Logística (MRS); Rumo Malha Oeste (RMO);
Rumo Malha Paulista (RMP); Rumo Malha Oeste (RMO).
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Gráfico 13 – Variação média anual da produção férrea (TKU), por ferrovia e por quadriênio – Brasil – 2007 a 2018 – % a.a.

23,9%
23,3%
30,0%
18,4%

15,7%
15,3%

13,8%

20,0%
11,9%
11,7%

11,4%
7,6%
7,4%

6,3%
5,6%
4,4%

4,8%
4,5%

10,0%
3,4%

2,9%
1,8%
0,3%
0,0%

0,3%

0,0%
% a.a.

0,0%
-0,3%

-0,5%
-0,6%
-0,3%
-1,0%

-1,3%
-3,9%

-4,2%
-4,6%
-6,5%

-10,0%
-12,8%
-13,8%

-20,0%
-27,8%

-30,0%

EFC EFPO EFVM FCA FTC FTL MRS RMN RMO RMP RMS FNSTN
2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Aquaviário
As estatísticas de atingiram 777,18 milhões Cerca de três quartos da
movimentação portuária de toneladas, enquanto as movimentação portuária no
e transporte de cargas em desembarcadas somaram país é fruto do transporte
vias aquáticas com origem 341,96 milhões de toneladas, aquaviário de longo curso
e/ou destino em portos ambas também as maiores (73,6% da movimentação
organizados e terminais de da série. A movimentação em 2018), sendo que as
uso privado (TUP) brasileiros nos terminais privados, que exportações representam
mostram que, em 2018, a representa cerca de dois 81,9% desse total. Ou seja,
movimentação alcançou terços da movimentação 60,3% da movimentação
1,12 bilhão de toneladas, total no Brasil, cresceu 3,0% portuária brasileira em
aumento de 2,9% em relação entre 2017 e 2018, enquanto 2018 foi explicada pelas
a 2017 e recorde histórico. que nos portos públicos o exportações, principalmente
As cargas embarcadas aumento foi de 2,6%. de commodities agrícolas e

12
minerais. Vale ressaltar que as 2016, e elevação de 9,3% sólidos são preponderantes
exportações realizadas pelos em 2017 e de 0,4% em 2018, (63,4% da movimentação
portos brasileiros cresceram acumulando queda de 7,8% média entre 2015 e 2018)
quase que ininterruptamente nos últimos quatro anos. e ganharam relevância no
nos últimos 20 anos, com Com esses resultados, período, crescendo 2,4 vezes
exceção do ano de 2009 no último quadriênio, a (representaram 53,9% da
(-3,1%), em que houve a movimentação média de movimentação média no
eclosão da crise financeira cargas nos portos e terminais período 1999-2002). Contudo,
mundial, e em 2016 (-0,5%). brasileiros alcançou 1,05 nos últimos 20 anos, a
Nos últimos quatro anos bilhão de toneladas (Tabela movimentação de contêineres
(2015-2018), o aumento do 9), valor 14,3% maior que a foi a que mais aumentou
embarque de mercadorias média do período 2011-2014. entre os tipos de cargas, pois
para transporte aquaviário Nos últimos quatro anos, a passou de uma movimentação
de longo curso (exportações) navegação de longo curso média de 28,31 milhões de
subiu 22,2%. Já o respondeu por 74,1% da toneladas entre 1999 e 2002
desembarque de mercadorias movimentação total, seguida para 105,26 milhões no último
da navegação de longo da navegação de cabotagem, quadriênio (aumento de 3,7
curso (importações) retraiu- que representou 20,8% do vezes).
se no período: redução de todo. A análise por tipo de
11,3% em 2015 e de 5,3% em carga mostra que os granéis

Tabela 4 – Movimentação de cargas pelo modal aquaviário, por sentido, tipo de navegação, tipo de carga e quadriênio –
Brasil – 1999 a 2018 – Milhões de toneladas.13

Período 1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011-2014 2015-2018


Cargas Movimentadas 488,90 633,44 774,03 922,51 1.054,52
Embarcadas 306,47 432,21 528,48 615,36 730,80
Sentido
Desembarcadas 182,43 201,23 245,55 307,15 323,73
Longo Curso 336,75 456,18 570,19 681,46 781,49
Cabotagem 132,85 151,99 171,99 201,75 219,35
Tipo de Navegação
Navegação Interior, apoio marítimo
19,29 25,27 31,85 39,30 53,68
e portuário
Importação 84,88 89,06 112,43 150,42 144,02
Longo Curso
Exportação 251,87 367,12 457,76 531,04 637,47
Carga Conteinerizada 28,31 52,61 70,21 92,56 105,26
Carga Geral 53,40 87,89 90,54 45,11 52,08
Tipo de Carga
Granel Líquido e Gasoso 156,73 166,92 199,52 220,35 228,68
Granel Sólido 278,76 465,43 465,43 564,49 668,50

Fonte: Elaboração CNT com dados da ANTAQ.

______________________
13 Representa as quantidades movimentadas de carga nos portos organizados e nas demais instalações portuárias.

13
Gráfico 14 – Movimentação de cargas, por tipo de navegação e média do quadriênio – Brasil – 1999 a 2018 - % da
movimentação total.
100% 4% 4% 4% 4% 5%

80% 27% 24% 22% 22% 21%


% da movimentação total

60%

40% 69% 56,0% 72% 74% 74% 74%

20%

0%
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Longo Curso Cabotagem Navegação Interior, apoio marítimo e portuário

Fonte: Elaboração CNT com dados da ANTAQ.

Gráfico 15 – Movimentação de cargas no longo curso, embarque (exportação) e desembarque (importação), por média
do quadriênio – Brasil – 1999 a 2018 - % da movimentação total.

100%
% da movimentação de longo curso

80%

60% 74,8% 80,5% 80,3% 77,9% 81,6%

40%

20%

25,2% 19,5% 19,7% 22,1% 18,4%


0%
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
Importação Exportação

Fonte: Elaboração CNT com dados da ANTAQ.

Gráfico 16 – Movimentação de cargas nos portos e terminais, por tipo de carga e média do quadriênio – Brasil – 1999 a
2018 - % da movimentação total.

100%

90%

80%
% da movimentação total

70% 53,9% 55,2% 56,4% 61,2% 63,4%

60%

50%

40%

30% 30,3% 24,3% 24,2%


23,9% 21,7%
20%
12,8% 11,0% 4,9% 4,9%
10% 10,3%
7,7% 8,5% 10,0% 10,0%
0% 5,5%
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011-2014 2015-2018
Carga Conteinerizada Carga Geral Granel Líquido e Gasoso Granel Sólido

Fonte: Elaboração CNT com dados da ANTAQ.

14
Aeroviário
Mercado doméstico

Em 2018, houve aumento 2,7 vezes, por isso a taxa ficarem estagnados entre
de 4,4% da demanda por de aproveitamento das 2010 e 2015, caíram durante
voos domésticos em relação a aeronaves elevou-se. Entre a crise econômica. Porém,
2017, observada pelo número 2015 e 2016, a queda do RPK acompanhando o aumento
de passageiros transportados em voos domésticos foi de do RPK, voltaram a crescer
por quilômetro (RPK), que 5,7%, mas, no ano seguinte, nos dois últimos anos. Em
alcançou 95,94 bilhões, voltou a subir para, então, 2018, foram consumidos 3,6
maior valor da série histórica. registrar o mencionado bilhões de litros de querosene
A oferta de assentos por recorde da série em 2018. de aviação pelas empresas
quilômetro (ASK), por sua vez, A análise do quadriênio brasileiras atuando em voos
aumentou 4,6% e registrou 2015-2018 revela que a domésticos (aumento de 3,3%
117,96 bilhões, ocasionando média anual de passageiros- em relação a 2017), como
uma queda ligeira do grau km transportados em voos consequência de 822,4 mil
de ocupação das aeronaves, domésticos foi de 92,8 bilhões decolagens e 749,4 milhões
que chegou a 81,3% no ano e a oferta de assentos-km foi de km voados (Gráfico 18). No
passado (Gráfico 17). Entre de 115,06 bilhões, resultando último quadriênio, a média
2003 e 2015, o RPK aumentou em uma taxa média de de decolagens anual foi de
3,6 vezes, passando de aproveitamento dos voos de 852,78 mil, e a distância
26,03 para 94,37 bilhões de 80,7% no período. média voada anual ficou em
passageiros-km, enquanto, O consumo de combustível, 752,57 milhões de km.
no mesmo período, o ASK número de decolagens, horas
aumentou em menor grau, e distância voadas, após

Gráfico 17 – Evolução da demanda (RPK) e da oferta (ASK) do transporte aéreo no mercado doméstico – Brasil – 2000 a
2018.

160
Bilhões de passageiros - Km e assentos - km

90% 160
Bilhões de passageiros - Km e assentos - km

80%
140 80%
140 70%
70%
120 120 60%
60%
100 100
50% 50%
RPK/ASK

RPK/ASK

80 40% 80 40%

60 30% 60 30%

40 20% 40 20%

20 10% 20 10%
0 0% 0 0%
2018
2014

2016
2012
2000

2008
2004

2006

2010
2002

2000-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018

RPK (bilhões de passageiros-km)


RPK (bilhões de passageiros-km)
ASK (bilhões de assentos-km)
ASK (bilhões de assentos-km)
Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK)
Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK)

Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

15
Gráfico 18 – Evolução do consumo de combustível, número de decolagens, horas e distância voadas do mercado
doméstico – Brasil – 2000 a 2018.

Decolagens (mil) e Distância voada (milhões de km)


Decolagens (mil) e Distância voada (milhões de km)
4,5 1200 4,5 1200
Bilhão de litros e milhão de horas voadas

Bilhão de litros e milhão de horas voadas


4,0 4,0
1000 1000
3,5 3,5

3,0 800 3,0 800

2,5 2,5
600 600
2,0 2,0

1,5 400 1,5 400

1,0 1,0
200 200
0,5 0,5

0 0 0
0
2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

2014

2016

2018
2000-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018

RPK (bilhões de passageiros-km) Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK) RPK (bilhões de passageiros-km) Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK)
ASK (bilhões de assentos-km) Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK) ASK (bilhões de assentos-km) Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK)

Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Mercado internacional

A demanda por voos As taxas de aproveitamento No último quadriênio (2015-


internacionais, medida em das aeronaves em voos 2018), o número médio de
número de passageiros internacionais mantém-se em passageiros transportados
transportados por km, torno de 80,0% há quase uma por km em voos internacionais
cresceu 9,4% em 2018 em década, sem grandes variações. que saíram ou chegaram ao
relação a 2017, enquanto Entre 2003 e 2015, o RPK em Brasil foi de 132,03 bilhões e
a oferta de assentos por voos internacionais que decolam o número de assentos, 161,91
km em voos internacionais ou pousam no Brasil aumentou bilhões (aproveitamento de
avançou 12,4%. O número 2,5 vezes, praticamente a 81,54%).
de passageiros pagantes mesma taxa de aumento do Destaca-se que, em 2018,
em voos internacionais, em ASK (2,4). Entre 2015 e 2016, o número de decolagens,
2018, foi de 23,99 milhões, houve queda na demanda por a distância percorrida e o
o maior valor da série, voos internacionais (-3,6%), número de horas voadas
assim como o número de mas, assim como ocorreu no em voos internacionais
decolagens (151,7 mil), que mercado doméstico, voltou a cresceram significativamente
cresceu 11,7% em relação ao subir logo no ano seguinte para, em relação a 2017: 11,7%, 11,5%
ano anterior e também foi então, registrar o maior valor da e 19,3%, respectivamente.
recorde histórico. série em 2018.

Gráfico 19 – Evolução da demanda (RPK) e da oferta (ASK) do transporte aéreo no mercado internacional – Brasil – 2000
a 2018.
Decolagens (mil) e Distância voada (milhões de km)

200 90% 180 84%


Bilhões de passageiros - Km e assentos - Km

Bilhões de passageiros - Km e assentos - Km

180 80% 160 82%


160 80%
70% 140 78%
140
60% 120 76%
120
50% 100 74%
100
DRPK/ASK

40% 80 72%
80
70%
30% 60
60 68%
20% 40
40 66%
20 10% 20 64%
0 0 0 62%
2000-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
2018
2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

2014

2016

RPK (bilhões de passageiros-km) ASK (bilhões de assentos-km) RPK (bilhões de passageiros-km) ASK (bilhões de assentos-km)
Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK) Taxa de Aproveitamento (RPK/ASK)

Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

16
Gráfico 20 – Evolução do consumo de combustível, número de decolagens, horas e distância voadas do mercado
internacional – Brasil – 2000 a 201814.

Decolagens (Mil) e Distância voada (milhões de Km)


Decolagens (Mil) e Distância voada (milhões de Km)
0,50 800 180 84%
0,45 700 160 82%
0,40 80%
140

Horas voadas (milhão)


Horas voadas (milhão)

600 78%
0,35
120 76%
0,30 500
100 74%
0,25 400
80 72%
0,20
300 70%
60
0,15 68%
200 40
0,10 66%
0,05 100 20 64%
0,00 0 0 62%
2000-2002 2003-2006 2007-2010 2011- 2014 2015-2018
2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

2014

2016

2018

Horas Voadas (milhão) Distância voada (Milhões de KM - eixo esq.) Horas Voadas (milhão) Distância voada (Milhões de KM - eixo esq.)
Decolagens (mil - eixo esq.) Decolagens (mil - eixo esq.)

Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Taxa de Emprego (Total Transporte)

No final de 2018, 93,0 no Brasil e 12,2 milhões taxa de desemprego no país


milhões de pessoas se estavam em busca de encerrasse o ano em 11,6%.
encontravam trabalhando emprego, fazendo com que a

Gráfico 21 – Evolução da população ocupada e desocupada e da taxa de desemprego do mercado de trabalho nacional –
Brasil – 4º trim/2012 a 4º trim/2018 - mil pessoas e %.

100.000 14,0%
90.306 91.881 92.875 92.245 92.108 93.002
90.262
90.000
12,0% 11,8% 11,6% 12,0%
80.000

70.000 10,0%
9,0%
60.000
8,0%
50.000 6,9%
6,2% 6,5%
6,0%
40.000

30.000 4,0%
20.000
12.342 12.311 12.195 2,0%
10.000 9.073
6.653 6.052 6.452
0 0,0%
4o trimestre 4o trimestre 4o trimestre 4o trimestre 4o trimestre 4o trimestre 4o trimestre
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
População Ocupada População Desocupada Taxa de desempredo (%)

Fonte: Elaboração CNT com dados da PNAD Contínua Trimestral do IBGE.

______________________
14. A ANAC apresenta dados de consumo de combustível apenas para as empresas aéreas brasileiras. Por esse motivo, essa informação
não consta na análise do mercado aeroviário internacional.

17
Empregos Formais

Por três anos consecutivos, de pessoas declararam terrestre, uma vez que emprega
o setor de transporte fechou trabalhar no setor de dois de cada três trabalhadores
postos de trabalho formais transporte, armazenagem e formais que atuam na área de
(210,7 mil no período de 2015 correios (de acordo com os transporte no Brasil (67,3%
a 2017). Nos anos de 2015 e dados da Pesquisa Nacional em 2018). Por isso, a maior
2016, todos os segmentos do por Amostra de Domicílios), variação absoluta do estoque
transporte fecharam postos e 2,34 milhões possuíam de empregos formais, em 2018,
formais de trabalho (Gráfico carteira assinada (de acordo ocorreu no segmento terrestre
23)15. com os dados da RAIS e do (23,1 mil postos de trabalho).
Contudo, em 2018, a CAGED), a estimativa é que Em seguida, está o segmento
tendência reverteu-se e 2,41 milhões de trabalhadores de armazenagem e atividades
foram criadas 29,4 mil vagas do setor não possuam carteira auxiliares, que assina 17,9% das
no ano (Gráfico 22). Com assinada. São empregadores, carteiras dos trabalhadores do
esse resultado, o estoque trabalhadores por conta transporte e gerou 10,6 mil
de empregos com carteira própria (autônomos) ou vagas formais em 2018.
assinada no setor de empregados do setor sem Por fim, destaca-se o
transporte, armazenagem e carteira de trabalho assinada. desempenho negativo do
correios alcançou 2,34 milhões Como apresentado setor aéreo, que, há quatro
no final de 2018 de acordo com anteriormente, na análise da anos (2015-2018), demite mais
os dados da RAIS e do CAGED, PAS, o transporte terrestre é do que contrata trabalhadores
valor 7,2% inferior ao pico da o maior empregador do setor com carteira assinada: passou
série histórica, registrado no (70,7% dos empregos formais de 71,73 mil trabalhadores no
ano de 2014 (2,52 milhões). em 2018 segundo o CAGED). final de 2014 para 62,71 mil no
Vale notar que, como no E o transporte rodoviário é o final de 2018.
final de 2018, 4,75 milhões principal ramo do transporte

Gráfico 22 – Evolução do saldo de movimentação anual de empregos formais do setor de transporte – Brasil – 2007 a
2018 – número de vagas.

200.000
178.782
159.045
150.000
121.050
Saldo de vagas formais

107.445
100.000 95.325 96.130
86.462
71.324
50.000
29.433
0

-50.000 -30.419

-68.011
-100.000
-112.332
-150.000
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: Elaboração CNT com dados da RAIS e do CAGED.

______________________
15. Para avaliação da evolução dos postos formais de trabalho no setor de transporte, utilizaram-se dados da Relação Anual de
Informações Sociais (RAIS) até 2016 e do Cadastro de Empregados e Desempregados (CAGED).

18
Gráfico 23 – Variação interanual do estoque de empregos formais no setor de transporte, por segmento – Brasil – 2014 a
2018 - %.

6,0%
4,4%

3,6%
3,2%

2,9%

4,0%

2,6%
1,5%

1,4%
-1,0%

-0,9%

1,3%
2,0%

0,0%

-0,5%
-1,1%
-1,2%

-1,3%
-1,3%
-2,0%

-1,5%
-2,0%
-2,1%

-2,1%
-2,4%
-2,7%

-4,0%

-4,0%
-3,7%
-4,4%

-4,6%
-4,8%
-4,7%

-4,9%

-5,2%
-6,0%
-6,8%

-8,0%

Transporte Terrestre Transporte Aquaviário Transporte Aéreo Armazenamento e Atividades Auxiliares Correio e Outras Total

Fonte: Elaboração CNT com dados da RAIS e do CAGED.

Inflação do setor

Em 2018, enquanto a O resultado foi puxado segundo o IPCA, 16,92% no


inflação brasileira ficou em pelo aumento do preço dos ano passado 17, e das tarifas de
3,75%, abaixo do centro da combustíveis, de 6,17% no ano, trem, que aumentaram 11,13%.
meta de 4,5% estabelecida explicado pela alta da gasolina Ademais, dentre os serviços
pelo Conselho Monetário (7,24%), do diesel (6,61%) e do de transporte, destaca-se a
Nacional (CMN) para gás veicular (22,18%), e também variação nas passagens de
201816, o grupo Transporte, das tarifas do transporte ônibus, que tiveram reajustes
que contempla os preços público, que registrou alta de autorizados e registraram
do transporte público, 6,78% em 2018. incremento de 6,32% no
de veículos próprios e Destaca-se o aumento de segmento urbano, de 3,98% no
combustíveis, teve alta de preço das passagens aéreas, intermunicipal e de 8,47% no
4,19%17. que subiram, em média, interestadual.

______________________
16. A meta de inflação para o ano de 2019 é de 4,25%. Para 2010, 4,0% e; para 2021, 3,75%.
17. Os gastos mensais das famílias brasileiras com transporte público, veículo próprio e combustíveis – subgrupos do grupo Transporte
do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – consomem, em média, 18,5% da renda domiciliar (considerando os pesos de
dezembro de 2018), divididos da seguinte forma: 4,7% com transporte público (sendo 2,7% com ônibus urbano), 7,9% com veículo
próprio e 5,9% com combustíveis.
18. Cumpre destacar que a metodologia do IBGE não é a ideal.

19
Tabela 5 – Evolução da inflação medida pelo IPCA, por segmento – Brasil – 2012 a 2018 - % a.a.

Descrição 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018


IPCA (Índice geral) 5,84 5,91 6,41 10,67 6,29 2,95 3,75
1. Alimentação e bebidas 9,86 8,48 8,03 12,03 8,62 -1,87 4,04
2. Habitação 6,79 3,40 8,80 18,31 2,85 6,26 4,72
3. Artigos de residência 0,84 7,12 5,49 5,36 3,41 -1,48 3,74
4. Vestuário 5,79 5,38 3,63 4,46 3,55 2,88 0,61
5. Transportes 0,48 3,29 3,75 10,16 4,22 4,10 4,19
5.1. Transporte público 7,72 2,29 4,73 9,15 7,78 3,78 6,78
Ônibus urbano 5,26 0,02 3,85 15,09 9,34 4,04 6,32
Táxi 4,42 2,55 6,24 7,24 7,06 0,41 2,13
Trem 3,12 0,00 1,87 12,39 8,45 2,50 11,13
Ônibus intermunicipal 6,35 3,50 5,10 11,95 11,78 6,84 3,98
Ônibus interestadual 5,74 6,38 2,68 11,42 7,66 -0,36 8,47
Passagem aérea 26,00 7,42 7,79 -15,23 -4,88 3,09 16,92
Metrô 3,39 0,01 2,40 13,69 9,14 1,25 3,86
Transporte hidroviário -0,29 38,38 -0,18 -0,03 2,74 -14,08 1,71
Transporte escolar 4,71 9,50 7,08 7,49 7,48 3,92 3,37
5.2. Veículo próprio -2,31 2,31 3,68 4,60 2,91 1,30 1,34
Automóvel novo -5,71 3,52 4,62 4,84 0,48 -0,84 0,95
Emplacamento e licença 1,29 -3,39 3,07 3,60 9,86 4,29 5,23
Seguro voluntário de veículo 7,78 -0,50 2,79 -0,51 5,13 7,19 -8,86
Multa 1,84 5,24 0,00 0,00 68,31 0,00 0,00
Óleo lubrificante 4,58 2,33 7,96 8,09 2,02 0,87 2,12
Acessórios e peças 3,67 4,09 3,30 5,88 2,93 0,83 0,48
Pneu 2,55 4,18 -1,08 6,41 -0,79 0,55 0,87
Conserto de automóvel 5,00 7,03 8,59 11,03 5,05 2,66 3,22
Estacionamento 9,11 13,75 8,57 4,26 2,47 1,31 0,73
Pedágio 5,54 1,99 3,89 6,40 7,72 3,51 2,10
Lubrificação e lavagem 7,29 10,09 3,08 12,43 1,10 4,41 -1,83
Automóvel usado -10,68 -2,42 -2,10 -2,46 -4,46 0,17 -0,53
Pintura de veículo 4,62 5,09 7,42 7,59 1,43 5,71 -0,43
Aluguel de veículo -2,40 6,25 3,34 -0,50 -3,79 -2,25 36,81
Motocicleta -2,59 1,00 -0,06 0,73 8,62 1,89 0,16
5.3. Combustíveis (veículos) -0,72 6,12 2,94 21,43 3,25 8,86 6,17
Gasolina -0,41 6,53 2,89 20,10 2,54 10,32 7,24
Etanol -3,84 3,62 1,97 29,63 6,66 3,18 -0,40
Óleo diesel 6,30 15,63 6,84 13,34 2,21 8,35 6,61
Gás veicular 7,89 1,98 7,23 15,40 0,56 8,19 22,18
6. Saúde e cuidados pessoais 5,95 6,95 6,97 9,23 11,04 6,52 3,95
7. Despesas pessoais 10,17 8,39 8,31 9,50 8,00 4,39 2,98
8. Educação 7,78 7,94 8,45 9,25 8,86 7,11 5,32
9. Comunicação 0,77 1,50 -1,52 2,11 1,27 1,76 -0,09

Fonte: Elaboração CNT com dados do IBGE.

20
Fornecedores de equipamentos e insumos
Mercado automobilístico
Durante a crise econômica, de licenciamentos de e do setor de transporte
conforme mostrado autoveículos (automóveis, em específico, a tendência
anteriormente, houve uma veículos comerciais leves, reverteu-se, uma vez que
diminuição drástica na caminhões e ônibus), caiu houve aumento de 12,3% no
demanda pelos serviços 45,6% entre 2013 (3,76 número de licenciamentos,
de transporte rodoviário milhões de unidades) e 2016 seguido de nova alta de 13,0%
no Brasil, o que ocasionou, (2,05 milhões de veículos). em 2018.
consequentemente, uma Nesse período, a procura Em razão da menor procura
redução, por parte dos reduziu-se tanto para os por veículos novos durante
transportadores, do ritmo modelos nacionais (-41,9%), a recessão econômica, a
de expansão e renovação da que respondem, em média, indústria automobilista
frota nacional de veículos. por mais de 80,0% dos nacional reduziu o ritmo
A demanda por veículos licenciamentos anuais, quanto de produção em 41,4%
para renovação e expansão para os importados (-61,3%). entre 2013 (3,71 milhões de
da frota rodoviária, Em 2017, com a recuperação unidades) e 2016 (2,17 milhões
medida pelo número anual da economia como um todo de veículos) (Gráfico 24).

Gráfico 24 – Evolução da produção de autoveículos – Brasil – 2000 a 2018 - unidades.

4,00
3,71
3,38
3,50 3,08 3,42 3,40
3,05 3,15
2,83
3,00 2,40 2,88
2,74

2,50 2,12 2,36 2,42


1,68 2,18
2,00
1,61 1,63
1,67
1,50

1,00

0,50
0,00
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Autoveículos
Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).

Em 2017, inicia-se a na comparação com 2016, mais de 80,0% da produção


recuperação do setor, com explicada pelo crescimento total de autoveículos no Brasil
a produção de 2,74 milhões de 28,3% da fabricação de (Gráfico 25).
de unidades, alta de 25,7% automóveis, que representam

Gráfico 25 – Evolução da produção de automóveis – Brasil – 2000 a 2018 - unidades.

3,00 2,95
2,68 2,76
2,57 2,63
2,50 2,50 2,50
2,36 2,39
2,31

1,98 2,03 2,01


2,00
1,78 1,80

1,50 1,38 1,38 1,43


1,30

1,00

0,50

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Automóveis

Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).

21
Em 2018, houve novo seguido de comerciais leves de 37,3% na produção de
crescimento na comparação (26,5%), caminhões (23,3%) caminhões, de 10,4% na
interanual, embora mais e automóveis (21,8%). de ônibus e de 9,0% na de
modesto, de 5,2%. A explicação A crise foi mais severa nas comerciais leves. Em 2018,
dessa desaceleração está fábricas de comerciais leves, a produção de caminhões
na queda das exportações ônibus e caminhões. Em 2016, cresceu 27,1%, a de ônibus
que, após subirem 48,3% a produção de caminhões no 38,2% e a de comerciais leves
em 2017, caíram 17,9% em Brasil (60,48 mil unidades) foi 10,2%, mas, mesmo assim,
2018, explicada em grande apenas um terço da registrada ainda são, respectivamente,
parte pela crise econômica na em 2013 (187,00 mil unidades) 56,4%, 70,4% e 67,6% das
Argentina. (Gráfico 26), enquanto a registradas no ano de 2013.
A produção voltada para produção de ônibus caiu Assim, entre 2015 e 2018,
o mercado interno, por sua 53,9% (Gráfico 27) e a de a produção média anual de
vez, registrou alta de 18,7% comerciais leves, 43,7% no autoveículos no Brasil foi de
em 2017 e de 14,2% em 2018. mesmo período (passando de 2,55 milhões, 25,3% inferior
Em 2018, 21,8% da produção 530,90 mil para 298,70 mil e à produção média anual do
nacional de autoveículos foi de 40,55 mil para 18,70 mil quadriênio imediatamente
exportada. No ano, o tipo unidades, respectivamente). anterior (Tabela 6).
com maior coeficiente de Também em 2017, iniciou-se
exportação foi ônibus (31,9%), a recuperação com aumento

Gráfico 26 – Evolução da produção de caminhões – Brasil – 2000 a 2018 - unidades.

250,00
223,60

200,00 189,93 187,00


163,76
150,00 139,97
133,74 133,40
112,92 120,99
104,79 103,30 105,53
100,00
77,25 77,79 83,04
71,11 74,06
68,35 60,48
50,00

0,00
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Caminhões

Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).

Gráfico 27 – Evolução da produção de ônibus – Brasil – 2000 a 2018 - unidades.

50.000 49.369

40.531 40.554
40.000 38.202
36.635
35.008
32.937
29.412 30.022
30.000 29.366 28.536
24.479 25.008
21.303 21.946 21.450 21.498
20.643
20.000 18.705

10.000

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ônibus

Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).

22
Tabela 6 – Evolução da produção anual média de autoveículos, por categoria de veículo e por quadriênio – Brasil – 2003 a
2018 - unidades.

2003-2006 2007-2010 2011-2014 2015-2018

Autoveículos 2.142.436 3.083.497 3.419.919 2.553.104

Automóveis 1.803.191 2.527.578 2.712.685 2.125.084

Comerciais Leves 212.481 367.873 496.367 324.894

Caminhões 99.699 152.106 170.993 80.781

Ônibus 27.066 35.941 39.874 22.346

Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).

Produção de equipamentos ferroviários


O modal ferroviário tem produção de locomotivas de carros de passageiros 355
importantes encadeamentos foi de 64 unidades em 2018, unidades (Gráfico 29).
com as indústrias 21,0% menor que o ano No início do ano, foi
fornecedoras de material anterior e o terceiro ano realizada a concessão da
rodante. A produção de de queda na produção. Já Ferrovia Norte-Sul e há
equipamentos ferroviários a produção de carros de previsão de novas concessões
no Brasil vem caindo nos passageiros alcançou 312 nos próximos anos, fatos
últimos anos. Em 2018, foram unidades, mesmo montante que deverão impulsionar a
produzidos 2.566 vagões, de 2017. indústria de material rodante
número 10,8% menor que o Nos últimos quatro anos ferroviário no Brasil.
registrado em 2017. Há quatro (2015-2018), a produção
anos, cai a produção de média anual de vagões foi
vagões no Brasil, conforme de 3,5 mil unidades, de
mostra o Gráfico 28. A locomotivas 96 unidades e

Gráfico 28 – Evolução da produção da indústria brasileira de material rodante ferroviário – Brasil – 2014 a 2018 - unidades.

5.000
4.703 4.683

4.000 3.903

3.000 2.878
2.566

2.000

1.000
473
374 322 312 312
80 129 109 81 64
0
2014 2015 2016 2017 2018
Carros de passageiros Vagões Locomotivas

Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER).

23
Gráfico 29 – Evolução da produção média da indústria brasileira de material rodante ferroviário, por quadriênio – Brasil –
1999 a 2018 - unidades.

5.000
4.601
4.500

4.000 3.879

3.500 3.508

3.000
2.682
2.500
2.000
1.500

1.000 906

500 400 355


112 104 284
4 10 38 87 96
0
1999-2002 2003-2006 2007-2010 2007-2013 2015-2018
Carros de passageiros (eixo esq.) Vagões (eixo dir.) Locomotivas (eixo esq.)

Fonte: Elaboração CNT com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).

Embarcações
Navegação Interior

Em 2018, a frota de que dobrou no Brasil (era de maiores foram adicionadas à


embarcações nacionais 1.426 em 2010). frota nacional.
autorizada a atuar na O total da capacidade de A idade média da frota,
navegação interior no Brasil carga da frota destinada à nos últimos anos, tem
atingiu 3.149 unidades navegação interior, expressa oscilado entre 15 e 16 anos. O
(crescimento de 9,6% em em tonelagem de porte afretamento de embarcações
relação a 2017), sendo bruto (TPB), atingiu 3,45 estrangeiras, que foi de
2.504 (79,5%) destinadas à milhões de toneladas em pouco mais de cem unidades
navegação longitudinal de 2018. Nos últimos oito anos, entre 2015 e 2017, alcançou
carga19, 508 (16,1%) para o a capacidade da frota de apenas 35 embarcações em
transporte de travessia e navegação interior mais que 2018 (Gráfico 31). Ou seja,
151 (4,8%) para o transporte triplicou (era de 1,16 milhão embarcações estrangeiras
de passageiros e misto de TBP em 2010). Ou seja, a operando navegação interior
(Gráfico 30)20. Nos últimos quantidade de embarcações no Brasil, nos últimos anos,
nove anos, a quantidade de dobrou, e a capacidade não chegam a 5,0% da
embarcações autorizadas a de carga triplicou, o que frota brasileira no caso da
esses tipos de serviços mais significa que embarcações navegação interior.

______________________
19. Nos termos da ANTAQ, a navegação interior de percurso longitudinal é aquela realizada ao longo de rios, lagos e canais, entre
portos nacionais e entre o Brasil e os países vizinhos, quando integrem vias fluviais comuns.
20. Referência: 31/12/2018.

24
Gráfico 30 – Evolução da frota de bandeira brasileira de navegação interior, por tipo de serviço – Brasil – 2010 a 2018 -
unidades.

5.000
3.149
4.500
2.871
4.000 2.677
2.446 2.504
3.500
2.189
2.257
Unidades

3.000 1.933 2.115


1.703 1.947
2.500 1.725
1.426 1.508
2.000 1.518
1.328
1.500 1.150 1.176

1.000
500 380 424 465 508
289 314 350
225 258
0 118 128 148 155 151
74 86 101
32
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Frota Total Longitudinal de Carga Passageiros e Misto Transporte de Travessia

Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

Gráfico 31 – Evolução da capacidade da frota (TPB) e da idade média das embarcações da navegação interior – Brasil –
2010 a 2018 – milhões de TPB e anos.

5,00 16,6
16,2 15,8 15,8 15,9
15,8 15,3 15,0
15,2 15,1
4,00
3,45
Milhões de TPB

Média de idade
2,98
3,00 2,76 10,0
2,38
2,06
2,00 1,79
1,44 5,0
1,16 1,28
1,00

0,0 0,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Capacidade da Frota (milhões de TPB) Média de idade das embarcações

Nota: Tonelagem de Porte Bruto (TBP).


Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

Navegação Marítima

Em 2018, a frota marítima serviços aumentou 57,7% de 2,22 milhões de TBP


de bandeira brasileira (era de 1.546 em 2010). em 2010), e a idade média
autorizada foi de 2.438 O total da capacidade dessa frota tem oscilado
embarcações (queda de de carga da frota com entre 15 e 17 anos (Gráfico
4,1% em relação a 2017), bandeira brasileira destinada 33). O afretamento de
sendo 1.842 (75,6%) para à navegação marítima, embarcações estrangeiras
apoio portuário, 728 (29,9%) expressa em tonelagem de alcançou 9.761 embarcações
para apoio marítimo e 202 porte bruto (TPB), atingiu em 2018 (quatro vezes mais
(8,3%) para cabotagem e/ 4,33 milhões de toneladas que a frota marítima de
ou longo curso (Gráfico 32). em 2018. Nos últimos oito bandeira brasileira), sendo a
Nos últimos nove anos, a anos, a capacidade da frota maioria para transporte de
quantidade de embarcações de navegação marítima cabotagem (4.378).
autorizadas a esses tipos de praticamente dobrou (era

25
Gráfico 32 – Evolução da frota de bandeira brasileira de navegação marítima, por tipo de serviço – Brasil – 2010 a 2018 -
unidades.

3.000

2443 2540 2543


2.500
2294
2066 2098
2.000 1927
1917 1918
Unidades

1841
1689 1739
1546 1577
1.500 1558
1469
1304
1187
1.000

713 733 730


576 617 667
500 482 527
413
158 167 175 180 184 197 203 207
146
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Total Cabotagem/LC Apoio Marítimo Apoio Portuário

Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

Gráfico 33 – Evolução da capacidade da frota brasileira (TPB) e da idade média das embarcações da navegação marítima
– Brasil – 2010 a 2018 – milhões de TPB e anos.

5,00
17,9 17,8 15,0
17,3 17,0
16,5 16,5
15,9 15,9 15,8 16,0
4,00

Média de idade
4,36
Milhões de TPB

4,33
3,98 10,0
3,00 3,58
3,35
3,05 3,02
2,00 2,63
2,22 2,26 5,0

1,00

0,0
0,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Capacidade da Frota Cabotagem e Longo Curso em milhões de TPB (EBNs) Idade Média das embarcações

Nota: Tonelagem de Por te Bruto (TBP).


Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

Aeronaves

Em 2018, o número total aeronaves experimentais, não regular (táxi-aéreo), 635


de aeronaves registradas 10.342 (46,6%) para uso (2,9%) para transporte aéreo
no Registro Aeronáutico privado, 1.811 (8,2%) para público regular, doméstico ou
Brasileiro (RAB) foi de 22.189, instrução privada, 1.358 internacional e 2.382 (10,7%)
das quais 5.661 (25,5%) eram (6,1%) para transporte público para outros fins (Gráfico 34).

26
Gráfico 34 –Distribuição da frota brasileira de aeronaves, por categoria de registro – Brasil – 2018 - %.

11% Experimentais (PET/PEX)

8% 25% Privado (TPP)

3%
Transporte Público Não Regular - Táxi Aéreo (TPX)
6%
Transporte Aéreo Público Regular, Doméstico ou Internacional (TPR)

Instituição Privada (PRI)

47%
Outras categorias

Nota: Aeronave Pública Experimental (PEX); Aeronave Privada Experimental (PET); Aeronave Privada de Serviços Aéreos
Privados (TPP); Aeronave Privada de Serviços de Transporte Aéreo Público Não Regular - Táxi Aéreo (TPX); Aeronave
Privada de Serviços de Transporte Aéreo Público Regular (TPR); Aeronave Privada de Instrução (PRI).
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

O número de aeronaves 201521. Em 2009, primeiro ano na ANAC para esse serviço no
registradas para o transporte da série disponibilizada pela Brasil, número que caiu para
aéreo regular no Brasil ANAC, esse número era de 1.358 em 2018 (Gráfico 35).
vem caindo há três anos 571. Esse mesmo movimento Com a saída da Avianca
seguidos. Em 2018, havia acontece no segmento de do mercado brasileiro, é
635 aeronaves registradas táxi-aéreo, onde o número de factível esperar uma queda
para esse fim no âmbito da aeronaves registradas cai há ainda maior de aeronaves em
Agência Nacional da Aviação cinco anos. Em 2012, havia operação em 2019.
Civil (ANAC), ante 700 em 1.578 aeronaves registradas

Gráfico 35 – Evolução do número de aeronaves registradas no transporte aéreo público regular, mercados doméstico e
internacional – Brasil – 2009 a 2018 - unidades.

1.700
1.566 1.578 1.574 1.549 1.543
1.515 1.536
1.479
1.500 1.395 1.358
Número de aeronaves

1.300

1.100
666 679 685 694 700
621 650 643 635
571
900

700

500
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
______________________
21. Referência: 31 de dezembro de cada ano.

27
Combustíveis
Os combustíveis são o utiliza-se principalmente a entre 2011 e 2014 a demanda
principal insumo do setor gasolina e o etanol. média foi de 56,69 milhões
transportador. O diesel é Em linha com os resultados de m3. Contudo, há sinais de
utilizado no transporte do transporte terrestre, recuperação, embora lenta.
de cargas pelos modais o consumo de óleo diesel Após o consumo subir 0,9%
rodoviário e ferroviário e caiu no último quadriênio em 2017 na comparação
também no deslocamento em comparação com o interanual, em 2018 houve
rodoviário de passageiros por quadriênio imediatamente novo aumento, de 1,6%,
ônibus. No modal aeroviário, anterior (Gráfico 36)23. Entre chegando a 55,63 milhões de
a principal fonte de energia 2015 e 2018, o consumo m3 (7,3% menor que os 60,0
utilizada é o querosene de médio de óleo diesel no Brasil, milhões de m3 consumidos em
aviação (QAV22), enquanto no medido pelas vendas das 2014, recorde histórico) de
deslocamento por meio de distribuidoras, foi de 55,47 acordo com o Gráfico 37.
automóveis (como os táxis), milhões de m3, enquanto

Gráfico 36 – Evolução média das vendas internas de combustíveis no Brasil, por tipo de combustível e por quadriênio –
Brasil – 2000 a 2018 – milhões de m3.

60,00 56,69 55,47

50,00
44,96
Em milhões de m3

40,24 41,66
40,00 38,56
36,61

30,00
26,19
22,48 23,13
20,00
16,37
13,55
11,37
10,00 7,24
5,54 6,69
4,53 3,97 4,27 4,65

0,0
2000- 2002* 2003-2006 2007-2010 2011-2014 2015-2018
Querosene de Aviação (QVA) Gasolina C Etanol Hidratado Óleo Diesel

Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Gráfico 37 – Evolução das vendas internas de combustíveis anuais no Brasil, por tipo de combustível e por quadriênio –
Brasil – 2014 a 2018 – milhões de m3.

70,00

60,03
60,00 57,21
54,28 55,63
54,28
Em milhões de m3

50,00
44,36 44,15
41,14 43,02
40,00 38,35

30,00

20,00 17,86 19,38

12,99 14,59 13,64


10,00 7,47 7,36 7,16
6,76 6,69

0,0
2014 2015 2016 2017 2018
Querosene de Aviação (QVA) Gasolina C Etanol Hidratado Óleo Diesel
Fonte: Elaboração CNT com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

______________________
22. Ressalta-se que a gasolina de aviação é mais comum no transporte privado e ainda há aeronaves movidas a bioquerosene.
23. Embora o transporte rodoviário não seja o único usuário de diesel, é o consumidor principal.

28

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