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Sujeito administrativo / Característica do contrato – objeto / Tem que ter incidência do Direito Público
Permite também o acréscimo de 50% no caso de reforma de prédio ou equipamento. Art. 65, § 1º.
Qual a diferença entre o fato do príncipe e fato da administração? O fato do príncipe não tem
relação nenhuma com contrato, na medida geral, ele repercute de maneira indireta, gerando
um desequilíbrio econômico. O fato da administração não, ela é a execução do próprio
contrato, a inadimplência do estado gera esse desequilíbrio.
(3) Álea econômica: teoria da imprevisão – É a mesma do artigo 478 do CC. Autoriza o reequilíbrio
econômico do contrato em virtude de prejuízos ao particular decorrentes de fatos imprevistos e
inevitáveis, estando à vontade das partes o reequilíbrio econômico financeiro do contrato.
Piracicaba, 19 de março de 2019
A morte natural dos contratos é a execução voluntária de seu objeto. Existem 3 formas de rescisão do contrato
administrativo sem que se tenha essa execução natural. A Lei 8666 aponta 3 espécies:
Rescisão dos contratos administrativos
(1) Unilateral
Ocorre por ato exclusivo da administração pública. Só a adm. pode colocar fim ao contrato de forma
unilateral. Não há necessidade de ação judicial em virtude da autoexecutoriedade dos atos
administrativos.
A administração tem que ajuizar no judiciário para colocar fim ao contrato administrativo? Não, ela faz
por ato próprio.
É uma cláusula de privilégio.
(2) Amigável
Ocorre quando a administração e o particular contratado rescindem o contrato de modo consensual,
desde que devidamente fundamentado pela administração.
O objeto do contrato é sempre o interesse público, ainda que haja uma rescisão amigável, a adm. precisa
justificar o motivo do fim do contrato. Nesse caso, não há indenização.
(3) Judicial
Ocorre por iniciativa exclusiva do particular contratado, nas hipóteses de inadimplemento da
administração.
Se a adm. não paga o particular em 60 dias, o mesmo não pode ajuizar uma ação por rescisão, devido
aos 90 dias determinados pela lei. Em caso de inadimplemento de desocupação de uma obra, o particular
pode ingressar com a ação de rescisão.
Obs.: rescisão quando há culpa ao contratado e quando não há culpa imputada ao contratado.
Espécies de contrato administrativo (05)
A Lei 13.303 afastou da incidência dos contratos que são formalizados pelas estatais, a aplicação da Lei 8666, ela
estabelece agora o regime de direito privado. O objetivo do legislador foi principalmente reduzir o custo do contrato e
aumentar a eficiência da contratação das estatais (seja estatal que presta algum serviço público, ou estatal que presta
alguma atividade econômica, a lei 8666 não terá aplicação com relação aos contratos das estatais).
01 – Contratos de obras são aqueles que tem por objeto a reforma ou construção pelo bem público. O regime de execução
se dá por empreitada ou tarefa. A empreitada pode ser global, quando relativa à execução integral da obra.
Contrato de preço unitário, quando se contrata unidades de execução da obra.
Exemplo: construção de uma estrada, o contrato traz a previsão por quilômetro construído em determinado estado,
pagamento por quilômetro construído; no hospital a construção é por leitos; a empreitada integral envolve a execução da
obra concomitante à execução de serviços necessários ao funcionamento da repartição.
A execução global envolve a entrega do prédio com serviços funcionando (ex.: água); a execução integral envolverá a
prestação de serviços (ex.: no contrato há a previsão do prédio, do servidor, de redes de apoio, internet funcionando,
serviços de telefonia internos e outros, necessários ao funcionamento do que se pretende.
Por tarefa: diz respeito às pequenas reformas ou construções. Ex.: abriu uma nova vara na JT, é necessário fazer uma
reforma pequena.
A Lei 8666 exige a apresentação de um projeto básico / memorial descritivo.
02- Contratos de serviços tem por objeto a execução de serviços para a adm., prevalece o fazer.
Esses serviços podes ser comuns ou técnico-profissionais (art. 13); terceirização de atividades; (Lei 12.232/2010 –
publicidade).
03- Contratos de fornecimento ou compras tem por objeto a aquisição de bens pela adm. Cuida de produtos.
Ex.: aquisição de carteira, gás, computador, água. Pode ser integral, parcelado, contínuo.
04- Contratos de concessão
Concessão de serviços públicos – pode ser uma concessão comum, prevista na Lei 8987/95 e remunerada mediante tarifa.
Concessão administrativa – é aquela que é remunerada exclusivamente pela administração, que utiliza por serviços do
contratado. É espécie de PPP (parceria público-privada, Lei 11079/2004)
Patrocinada – é aquela remunerada mediante tarifa, mais contraprestação do poder público. Também é espécie de PPP.
05- Alienações e locações – o Estado também é parte do contrato de alienações e locações.
O Estado pode ser locatário ou locador.
Piracicaba, 22 de março de 2019
Licitação
Licitação pode ser conceituado como o procedimento adm. vinculado por meio do qual a adm. pública, resguardado o
princípio da igualdade escolhe a melhor proposta para firmar um contrato administrativo.
Procedimento adm. vinculado Administração Pública Princípio da Igualdade
Melhor Proposta Contrato
Concessionária de serviço público precisa licitar para contratar a execução de algum serviço?
Não. A adm. só vai interferir, se a concessionária não cumprir com o estabelecido em contrato, quando a execução do
serviço público é de má qualidade
Fundamento: O art. 37, XXI CF estabelece como regra o princípio da obrigatoriedade da licitação.
A competência é concorrente, cabendo à União editar normas gerais (art. 22 – competência privativa). Estado e município
editam normas específicas.
Ex.: No âmbito federal, o pregão é modalidade obrigatória. O município pode estabelecer a concorrência, como única
modalidade licitatória. O que o município não pode é inovar, ou seja, estabelecer um novo procedimento licitatório, que
não seja previsto em norma geral, mas dentro de sua competência, pode editar normas específicas para o município.
Estatal não é mais submetida à Lei 8.666/93, a lei foi alterada para que as mesmas consigam atuar no mercado de forma
mais flexível. Estatal precisa de licitação, mas o procedimento é diferenciado. Estatal se aproxima do modelo jurídico das
empresas privadas.
Ex.: Na adm. Publica, não é necessário realizar licitação até R$ 8.000,00. Nas estatais, o limite é de R$ 50.000,00. Se é
serviço de engenharia, a inexigibilidade é de R$ 100.000,00. O regime das estatais é de direito privado.
Indicação do professor: conjur.com.br
Princípios (Art. 3º da Lei 8.666/93)
Princípio da Igualdade ou indistinção
Determina que a licitação não estabeleça diferenciações impertinentes ou irrelevantes à execução do contrato, como modo
de assegurar uma igualdade de oportunidade a todos que pretendem contratar com a administração pública.
Admite-se apenas as diferenciações expressamente consignadas em lei.
Não pode a licitação estabelecer diferenciação entre empresa nacional ou estrangeira / a licitação não pode levar em
consideração o local, domicílio da empresa que se pretende contratar / nos slides: as 4 exceções
Em algumas hipóteses há preferência das nacionais / se há empate, dá-se preferência a empresa nacional
Princípio da Legalidade (formalismo procedimental)
Significa que a administração deve seguir rigorosamente a lei e as regras do edital.
Em qualquer negócio jurídico vigora a forma e a exceção, na licitação, a forma é a regra.
Princípio da Impessoalidade (competitividade)
Decorre da igualdade e tem por objetivo assegurar a competitividade.
Princípio da Moralidade e Probidade
Significa que o gestor deve agir com probidade em todas as fases do procedimento licitatório.
Princípio da Publicidade
Significa que a licitação deve viabilizar a publicidade dos seus atos, sobretudo da publicação do edital. Quanto maior o
valor da contratação, maior a exigência legal para a publicidade dos atos.
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório (inalterabilidade do edital)
Segundo A. L. M., o “edital é a lei da licitação”, ou seja, vincula o administrador e o particular interessado.
Desde que motivada por razões de interesse público, é permitida a alteração do edital, cabendo à administração, contudo,
divulgar a alteração pelo mesmo meio de divulgação do edital, inclusive com o restabelecimento dos prazos.
A adm. pode rescindir o contrato por razões de interesse público. Quem ganha a licitação, não tem direito subjetivo de
contratar com a administração, tem mera expectativa de contratar com o interesse público. A adm. pode revogar o edital,
desde que dê publicidade ao edital e devolva o prazo.
Princípio do Julgamento Objetivo (vedação à oferta de vantagens)
Significa que, na medida do possível, deve ser afastado qualquer critério subjetivo para escolha da proposta.
Normalmente o critério utilizado é o de menor preço. Tem também, melhor técnica e preço, melhor técnica e maior lance
ou oferta (em caso de leilão).
É proibida a chamada oferta de vantagens, como a vinculação de uma proposta à melhor proposta.
Ex.: A minha proposta é 5% menor do que a melhor proposta que foi apresentada.
Princípio da Adjudicação Compulsória
Significa que o vencedor do certame terá no caso de efetiva contratação, direito à execução do objeto contratado.
Não há direito adquirido, no entanto à efetiva contratação.
Ou seja, ganhou a licitação, a mesma foi homologada, a homologação não gera direito subjetivo à contratação, há uma
mera expectativa de direito. Uma vez resolvido contratar, a adjudicação é compulsória/obrigatória.
Dentre outros, Di Pietro insere mais 2 princípios basilares da licitação:
1º Da ampla defesa, assegurando ao particular o direito de participar e de recorrer dos atos praticados no curso da
licitação
2º Da licitação sustentável, pois a licitação deve levar em consideração a preservação de valores ambientais, incluindo a
proteção ao patrimônio histórico cultural.
Licitação (continuação)
Administração é quem mais contrata, estima-se que 16% dos contratos firmados no Brasil é pela Administração Pública,
pois estado, municípios e a união precisam contratar para que as suas atividades sejam realizadas / Procedimento exigido
para que a Administração contrate. Lei 8666/93, artigo mais importante é 3º / Tem 2 objetivos principais: assegurar a
proposta mais vantajosa para a adm., buscar o princípio da isonomia àqueles que pretendem contratar com a adm. pública
/ Também tem por atribuição a preservação pelo MA e desenvolvimento sustentável.
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
+ 3 Específicos da Adm.
Inexigibilidade e Dispensa da Licitação
Ambas são exceções ao Princípio da Obrigatoriedade da Licitação.
INEXIGIBILIDADE DISPENSA
Há de haver a impossibilidade de licitar. Na dispensa, a licitação é possível, mas não se apresenta
como o melhor caminho.
Para a doutrina, a inviabilidade da licitação é lógica, não é Ex.: Calamidade Pública - a cidade ficou inundada e a
possível realizar o certame (concurso) prefeitura precisa comprar alimento, remédio, colchões.
Ex.: só tenho 1 fornecedor: SEM PARAR / escolher o melhor Como é urgente, a licitação é possível devido ao interesse
cantor para um show, pois cada qual tem seu gosto público, mas não se apresenta como melhor caminho, pois
musical, ou seja, o objeto da licitação não permite. demoraria cerca de um mês. A compra é realizada por
meio da dispensa.
O rol do artigo 25 é meramente exemplificativo. O rol do artigo 24 é exaustivo / taxativo / numerus clausus
/ apertus
Em todas as hipóteses há dever de fundamentar. Há dever de fundamentar, salvo quando o valor for
fundamento da dispensa.
Orientação do professor: ler artigo 24 e identificar as 4 hipóteses – artigo 24 está salvo no fim da matéria.
Em razão da pessoa - A contratação de outro ente da administração para a execução de um serviço, como o
serviço de imprensa oficial. Ex.: o Estado quando vai contratar a impressa oficial para publicar o Diário Oficial
do Estado, há uma dispensa, ou seja, não precisa de licitação para executar uma atividade que é do próprio
Estado.
Licitação dispensada – É aquela prevista no artigo 17 e que desautoriza a realização de licitação (por força de lei).
Aqui é proibida a licitação / Não é inexigibilidade, pois era possível fazer e não se faz / não é causa de
dispensa, ou seja, a licitação poderia ser realizada, mas por causa de interesse público não será realizada / O
ato é vinculado.
O tipo de licitação diz respeito ao critério utilizado para a escolha da melhor proposta.
Menor preço – Aquele que oferece o menor preço para a adm. ganha. Ex.: compram uma caneta ruim, só por
conta do menor preço. Você utiliza 2 vezes e ela para de funcionar.
Melhor técnica – Ex.: trabalho predominantemente intelectual, não apenas intelectual, se envolver
funcionamento tecnológico, você pode empregar.
Técnica e preço – Ex.: a comissão de licitação escolhe as melhores técnicas e depois verifica valores, mesclando
assim, as duas.
Maior lance ou oferta – Ex.: Ocorre no leilão (espécie de licitação).
Obs. 1 - Bens e serviços de informática, em regra, deverão utilizar técnica e preço.
Obs. 2 - Na modalidade concurso, o critério será sempre de melhor trabalho técnico, científico ou artístico. Ex. Concurso
para escolha da melhor redação do Ensino Médio tratando de “x” assunto / O projeto arquitetônico de uma área
considerada histórica no município, melhor projeto ganha.
O pregão utilizará sempre o critério de menor lance / preço.
Observações:
Obs. 1 – Nas contratações em que ocorre fracionamento do objeto, deve ser utilizada a modalidade referente ao valor total
da obra ou serviço.
Ex.: Obra de engenharia no valor de R$ 4.000.000,00 fracionadas em 4 etapas de R$ 1.000.000,00. A Lei diz que não
posso usar 4 tomadas de preço, devo levar em conta 4 ocorrências, considerando o valor total para licitação, não o valor
fracionado.
Obs. 2 – É sempre permitida a utilização da modalidade mais rigorosa.
Ex.: Contratação de uma obra de R$ 150.000,00, posso utilizar a concorrência? Sim, pois é sempre permitida a modalidade
mais rigorosa.
O convite e a tomada de preço, não.
O município pode utilizar como única modalidade licitatória a concorrência.
Está violando a Lei 866/93? Não viola a lei 8.666, está violando a eficiência.
Obs. 3 – Dispensa pelo valor. (Lembrar as hipóteses de dispensa de valor – 10% da modalidade convite)
Para obra e serviços, R$ 17.600,00, para serviços de engenharia, R$ 33.000,00.
Concorrência
Concorrência é a modalidade licitatória utilizada para a contratação de objetos de grande vulto econômico. Aplicam-se os
princípios da ampla publicidade e da universalidade.
Objeto de grande vulto tem que ter uma ampla publicidade, também universalidade. Quando o objeto for superior a R$
176.000.000,00 é exigida audiência pública para debater a contratação do objeto.
Na concorrência, você pode chamar qualquer um. A Lei 8666/93 fala que tem que ser publicado no Diário Oficial da União
e do Estado, vai depender de quem contrata, mesmo que seja município, tem que publicar no Diário Oficial do Estado e no
jornal da imprensa local (chamada da licitação).
Aqui é público, ainda que o particular nunca tenha contratado com a adm. ele pode participar do procedimento licitatório,
pois é amplo, universal.
Quanto maior o número de interessados, presume-se que é melhor, pois a adm. terá uma possibilidade mais eficaz de
escolher a proposta.
Há intervalo mínimo em relação aos prazos, publicação do edital e apresentação da proposta, convocando todos a
participarem da licitação e a entrega da documentação relativa à licitação com a proposta e os documentos necessários,
pois o prazo irá variar bastante.
Convite
Modalidade de licitação para objetos de menor vulto econômico por meio da qual a Adm. convida o nº mínimo de 3
fornecedores, cadastrados ou não com instrumento convocatório afixado em local próprio. (Ex. local próprio: mural e site
da prefeitura)
Somente podem aderir à licitação na modalidade convite os fornecedores cadastrados; devem apresentar a proposta com
antecedência de 24 horas da apresentação das propostas.
Ex.: contratação para manutenção de ar condicionado no Fórum; pode ser contratado pela modalidade convite, abrindo
mão da licitação.
A partir do momento que envia a carta convite, deve fixar tal informação em mural/ site. Quem não tem um cadastro no
SICAF não pode participar.
Valor é até R$ 176.000,00 / É fechada essa licitação / Não tem a publicação de edital, é por meio da carta convite.
O convite é direcionado à 3 empresas, cadastradas ou não. Quem não tem o cadastro na esfera federal (SICAF) não pode
aderir a essa modalidade de licitação. Aqui, pode participar quem estiver cadastrado. Professor deu uma explicação
confusa, pois ele está sendo contraditório ao que disse. Site que explica bem a matéria:
https://triunfolegis.jusbrasil.com.br/artigos/402375533/modalidades-de-licitacao-convite
A proposta deve ser apresentada no prazo de 24h antes da apresentação das propostas, diferente da tomada de preço que
apresenta o requerimento de registro, no convite é apresentada a proposta.
Intervalo de expedição é de 5 dias úteis.
No caso de não comparecerem os 3 convidados, a lei determina que, em regra, a adm. convide outros fornecedores. No
entanto, o TCU e a própria lei 8666/93 admitem a contratação nesses casos quando demonstrado que não terão novos
interessados no local de contratação.
O convite pode ser feito tanto para quem está cadastrado, quanto para quem não está cadastrado. Os “não cadastrados”
são localizados por meio de pesquisa.
Concurso
É a modalidade utilizada para a escolha do melhor trabalho técnico, científico ou artístico. Ex.: projeto arquitetônico para
determinada cidade.
Institui prêmio ou remuneração ao vencedor.
Leilão
É a modalidade utilizada para a venda de bens móveis inservíveis; móveis de valor módico; produtos legalmente
apreendidos ou penhorados ou imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou dação.
Exemplo de dação: modalidade de pagamento. Ex.: você vai na padaria e não tem troco, eles dão bala. Dação em
pagamento: você fala para a Fazenda que não tem um milhão para pagamento da dívida, mas tem um imóvel nesse valor.
Exemplo de produto legalmente apreendido ou penhorado: como a receita precisa promover a alienação para reverter ao
erário, fazendo por meio de leilão.
Exemplo de imóvel oriundo por meio de procedimento judicial – numa execução fiscal a fazenda vai e penhora o imóvel, a
dívida não é paga. O imóvel é vendido por meio de leilão para que o valor seja revertido.
O critério é sempre maior preço ou oferta.
Consulta
É a modalidade utilizada exclusivamente no âmbito das agências reguladoras para a contratação de bens e serviços não
comuns. É regulada por ato normativo da própria agência. Para quem quiser ler: art. 37 e seguintes da lei 9986/2000.
Por que a consulta foi instituída?
Porque a Lei 8666 não atendia a realidade de agência reguladora. Ex.: ANATEL está relacionada diretamente à questão da
tecnologia, então, se ela precisa contratar algum serviço que não seja comum, e sim específico da agência reguladora, ela
pode se valer da consulta.
Uma agência reguladora (ANVISA) pode contratar para a área de vigilância?
Não pode, deve contratar vinculado, ou seja, apenas para sua área de atuação.
Pregão
Modalidade amplamente utilizada para a contratação de bens e serviços comuns. É a modalidade obrigatória no âmbito
federal, preferencialmente por meio eletrônico.
O pregão eletrônico é aberto, fixa-se o prazo para participação e no dia da abertura tem um horário agendado para
apresentação das propostas. Se escolhe as 3 melhores propostas
Há a possibilidade de lances sucessivos, onde acaba virando um leilão. Há a possibilidade do leiloeiro negociar.
Sem dúvidas, é a modalidade mais utilizada. É utilizada para todos os valores.
Não há limite de valor no pregão.
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Piracicaba, 02 de abril de 2019
No pregão, se verifica a inversão das fases da licitação, pois a fase de julgamento ou classificação precede a fase de
habilitação.
Na concorrência, caso determinada empresa seja desabilitada, não atenda a documentação exigida, é desclassificada.
Dessa decisão, cabe recurso. Assim, se a mesma for recorrer, fica suspensa a apreciação das propostas. Acaba atrasando o
procedimento licitatório. Por essa fase de habilitação ser antes da apresentação das propostas, acaba atrasando o
procedimento licitatório.
No pregão não acontece isso. Publicado o edital e apresentados os envelopes relativos à habilitação e as propostas, a
primeira fase é de julgamento das propostas, só depois que adm. vai verificar se a empresa vencedora preenche os
requisitos da habilitação.
O pregão é muito utilizado, estima-se que em aproximadamente 90% dos serviços da adm.
A fase de julgamento no pregão, é dividida em 2 etapas, na primeira, o pregoeiro verifica a melhor proposta e aquelas de
até 10% do seu valor, que corresponde ao menor preço (critério do pregão).
Obs.: Caso não tenham pelo menos 3 propostas com diferença de 10%, o pregoeiro selecionará as 3 melhores propostas.
Na segunda etapa, será oportunizada aos escolhidos a possibilidade de apresentarem lances sucessivos.
Obs.: uma vez selecionada a melhor proposta, ainda assim o pregoeiro deverá reunir esforços para que a proposta seja
melhorada.
Somente depois da escolha da proposta vencedora, é que se dará início à fase de habilitação.
Fases da concorrência
A primeira fase de uma licitação é a chamada fase interna, por meio da qual a adm. formaliza o procedimento licitatório,
identificando seu objeto, elaborando o edital, identificando os recursos que serão utilizados, dentre outras medidas.
Nessa primeira fase (interna), não é conferida a publicidade que é própria ao procedimento licitatório. O procedimento é
instaurado, ganha um número no âmbito da administração, atualmente esse procedimento é eletrônico, segue para uma
consultoria que irá elaborar o edital, é feita uma pesquisa no mercado relativa ao valor do objeto que se pretende contratar
e é necessária a identificação do orçamento que será utilizado.
Hoje, pela lei orçamentária, todos os órgãos públicos têm uma delimitação do valor que podem gastar em determinado
exercício financeiro, ou seja, a conta tem que fechar.
1ª fase: interna (supra explicado) / 2ª fase: externa (abaixo explicado)
A fase externa se divide em 5 etapas:
1ª) instrumento convocatório (art. 40) - Se formaliza por meio da publicação do edital, que é considerado a Lei da
Concorrência e da Tomada de preços, já que, no Convite, inexiste edital.
A Lei 8666/93 diz que deve ser publicado no edital. Se a contratação é por órgão federal, Diário Oficial da União. Se a
contratação é realizada pelo estado ou município, Diário Oficial do Estado. O edital tem que ter publicação na imprensa e
no jornal local.
Professor pesquisou essa questão, se a ausência de publicação gera nulidade no procedimento licitatório. Alguns
precedentes no STJ disseram que a falta de publicação em jornal local gera mera irregularidade, a anulação só se dá se
alguém for prejudicado (comprovado), deixando de participar por esse motivo.
2ª) Habilitação (art. 27) - A adm. analisa toda a documentação prevista no edital para viabilizar a execução do objeto
contratado. As empresas poderão ser desabilitadas, cabendo recurso da decisão no prazo de 5 dias úteis.
A empresa interessada apresenta 2 envelopes para a comissão de licitação, o primeiro envelope diz respeito à
documentação (demonstram que a empresa reúne condição técnica e jurídica para execução do objeto). O segundo
envelope diz respeito às propostas/objeto da licitação.
Documentação para habilitação jurídica: contrato social, inscrição JUCESP e demais que comprovam a existência da
empresa.
Documentos da regularidade fiscal trabalhista: certidão negativa de débitos, certidão positiva com efeito de negativa, por
alteração da lei 8666 começou a se exigir a certidão negativa de débitos trabalhista.
Qualificação técnica (ex.: se é engenheiro, inscrição junto ao CREA)
Qualificação econômico financeira (garantia do contrato de até 1%), pode exigir que a empresa contratada tenha em
patrimônio líquido até 10% do objeto contratado. Ou seja, tem que demonstrar qualificação econômico-financeira.
Outro documento muito exigido é a certidão de inexistência de falência e concordata.
3ª) Classificação ou Julgamento – Nessa fase, é escolhida a melhor proposta conforme o tipo de licitação. São
desclassificadas as propostas consideradas inexequíveis e aquelas contrárias às cláusulas do edital.
O princípio aplicado é do julgamento objetivo, inclusive para assegurar oportunidade igual a todos.
Inexequível – valor muito reduzido, inferior à 70% do valor de mercado encontrado pela adm. pública na fase interna.
Proposta indireta ou vinculada – é proibida.
4ª) Homologação – Nessa fase, a autoridade superior atesta a regularidade do procedimento licitatório.
Ou seja, quem foi classificado, fica com mera expectativa de direito.
Homologação é uma entre 4 hipóteses que se apresentam para o gestor. O concurso público também tem a fase de
homologação.
Hipóteses:
1ª - Identificando mera irregularidade, pedir para comissão de licitação praticar algum ato para suprir a irregularidade.
2ª - Identificando uma irregularidade insanável, anular o procedimento licitatório.
3ª - Revogar por razões de interesse público por razões supervenientes.
4ª - Homologação.
5ª) Adjudicação – Nessa fase, a adm. atribui ao vencedor do certame (concurso) o objeto da licitação. Não confundir
adjudicação com assinatura do contrato.
A doutrina não é pacífica, parte diz que a adjudicação não traz o direito do vencedor do certame a realizar o contrato, e a
outra parte, que prevalece, diz que o vencedor tem mera expectativa de contrato.
Curiosidade: no pregão, primeiro vem a adjudicação, depois o ato de homologação.