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BOBBIO, Norberto. TEORIA GERAL DO DIREITO PDF
BOBBIO, Norberto. TEORIA GERAL DO DIREITO PDF
2011 | 96 |
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“A experiência jurídica é uma experiência normativa”
*Mestrando em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná; Especialista em Direito Ambi-
ental pela Universidade de Lisboa; Bacharel em Direito na área de Ciências Histórico-Jurídicas pela
Universidade de Lisboa; Pesquisador da CAPES.
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In: BOBBIO, Norberto, Teoria da norma jurídica, São Paulo, EDIPRO, 2001, Pág. 23.
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1. INTRODUÇÃO
tado. Entendendo o poder como a capacidade para ditar regras que vincu-
lam a totalidade de um grupo ao qual se dirigem, usando inclusivamente
da coação para fazê-las cumprir, facilmente identificamos o Estado Moder-
no como entidade congregadora desse expediente, com caráter de exclu-
sividade.
caraterizar enquanto tal, dessa forma, não tem sentido afirmar a primordia-
lidade da organização, na medida em que esta mesma vai buscar a sua
essência própria á normatividade que emana e que a vai consagrar. Con-
clui o autor pela inclusão na teoria da instituição, da teoria da normativida-
de do direito e saudando a primeira pelo seu contributo na mediação entre
uma teoria das normas juridicas para uma teoria do ordenamento jurídico.
3. A NORMA JURÍDICA
Por fim, a eficácia, diz respeito à norma na sua relação com os des-
tinatários da mesma, a questão que se coloca é saber se uma determinada
norma é ou não seguida e as razões advenientes, no caso de resposta ne-
gativa, é aqui colocado o “problema fenomenológico do direito”.
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Normas de direito natural podem ser justas, mas só serão válidas quando incorporadas num sistema
de direito positivo.
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A escravidão era injusta , mas era válida.
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A lei seca nos E.U.A..
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As regras de boa educação, são eficazes no sentido que aceites e aplicadas por todos mas para se-
rem válidas têm de ser incorporadas num sistema de direito objectivo
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Se a norma pode ser justa sem ser válida, também podemos dizer , a fortiore, que pode ser justa
sem ser eficaz
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O mesmo acerca da escravidão.
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Esta tripartição referida, foi desenvolvida por Del Vecchio no séc. XX e adotada até hoje, numa
abordagem atual, mas baseada na mesma metodologia V. Rescoe Pound e os conceitos de Jurispru-
dência analítica, jurisprudência crítica ou ética e jurisprudência sociológica.
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Bobbio entende que foi Hobbes quem melhor representou o ideal positivista, destacando a indife-
renciação entre entre validade e justiça da norma, nas suas palavras: “no estado de natureza não exis-
te direito válido, tampouco há justiça, e onde há justiça significa que há um sistema constituído de direi-
to positivo”
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A doutrina que representa esta corente, encontramos em Kantorowicz o expoente máximo do Movi-
mento do direito livre, cujo apanágio considerava a exaltação da livre criação normativa pelo juiz. Fran-
çois Gény, que advogava uma preterição da técnica jurídica no sentido desta representar uma subordi-
nação do direito técnico e um maior apego à ciência jurídica que tenha em consideração a realidade
social, tomando em linha de consideração o plano histórico e material. Eugen Erlich numa linha mais
relativa ao empirismo social, tomado em linha de conta pela análise da sociedade. Phillipp Heck, com a
defesa de uma “jurisprudência dos interesses” pela via de um melhor dirimir dos conflitos entre as par-
tes, por oposição é claro de um direito estatal rígido.
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- Imperatividade
- Heteronomia
- Autonomia
1. Conteúdo
Crítica de Bobbio:
2. Fim
Crítica de Bobbio:
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Assume este critério que é a entidade que emite a norma que lhe
confere a juridicidade. Neste caso, quem detém o poder soberano, na me-
dida em que estabelece a norma, lhe confere essa caraterística fundamen-
tal. Parte-se do pressuposto que uma norma é sempre uma expressão do
poder, nos termos do positivismo jurídico no qual não releva o escopo fina-
lístico material mas apenas uma confissão de fé no poder soberano que
inclusivamente decidirá sobre o que é a norma essencial para a conserva-
ção da sociedade.
Crítica de Bobbio:
Crítica de Bobbio:
5. Natureza da obrigação
Crítica de Bobbio:
Norma:
1. Sanção Moral
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2. Sanção Social
3. Sanção Jurídica
Interioridade
Não institucionalização
Externa
Institucionalizada
Certeza da reposta
Proporcionalidade
Imparcialidade
Que por sua vez vai gerar um aumento da eficácia das regras insti-
tucionais.
Querela doutrinária
1. Adesão espontânea
Crítica de Bobbio:
Crítica de Bobbio:
denamento normativo tomado no seu conjunto, razão pela qual, dizer que
a sanção organizada distingue o ordenamento jurídico de outro tipo de or-
denamento não implica que todas as normas desse sistema sejam sancio-
nadas.”
Caso das normas superiores na hierarquia normativa
o Aplicação sanção pressupõe um aparato coercitivo, pressu-
põe o poder.
o Conforme nos aproximamos da fonte de poder, diminui-se a
carga de autoridade entre quem estabelece a norma e quem a obedece.
o Questão lógica de não contradição entre o conceito de po-
der supremo
4. Processo ao infinito
4. CONCLUSÃO
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Quem governará os que nos governam?
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BIBLIOGRAFIA
FERRAZ JR., Tércio Sampaio, Teoria da norma jurídica. 2 Ed. São Paulo:
Editora Forense, 1986.