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NORMA JURÍDICA

É de fundamental importância no Direito: ponto culminante de seu processo de elaboração, e ponto


de partida da dogmática jurídica.
As normas ou regras jurídicas estão para o Direito de um povo, assim como as células para um
organismo vivo.
O Direito deve ser prático, orientando-se através de normas de condutas interindividuais. Assim, é
necessário que se indique ao Homem a fórmula da justiça que satisfaça a sociedade em determinado
momento histórico.

Conceito: “Norma jurídica é a conduta exigida ou o modelo imposto de organização social”.


(Paulo Nader)
“O que efetivamente caracteriza uma norma jurídica, de qualquer espécie, é o fato de ser uma
estrutura proposital enunciativa de uma forma de organização ou de conduta, que deve ser seguida
de maneira objetiva e obrigatória.” (Miguel Reale)

Há diferença entre norma jurídica e lei, uma vez que a primeira pode se manifestar também através
do direito costumeiro, e em alguns países, pela jurisprudência.

INSTITUTO JURÍDICO: É a reunião de normas jurídicas afins, que rege um tipo de relação social
ou interesse e que se identifica pelo fim que procura realizar.

ESTRUTURA LÓGICA DA NORMA JURÍDICA

- Kelsen:
a) Norma secundária: “Dado ñP, deve ser S” – Dada a não prestação, deve ser aplicada a sanção.
Estabelece uma sanção para a hipótese de violação do dever jurídico.
b) Norma primária: Dado Ft, deve ser P. Define o dever jurídico em face de uma determinada
situação de fato.

- Carlos Cossio: Endonorma X Perinorma.

- Paulo Nader: Estrutura uma, na qual a sanção se integra. Se A é, B deve ser, sob pena de S.

CARACTERES DA NORMA JURÍDICA:

1 – Bilateralidade: O Direito sempre existe vinculando duas ou mais pessoas, atribuindo poder
(direito subjetivo) a uma parte e impondo dever (jurídico) à outra.

2 – Generalidade: Norma jurídica é preceito de ordem geral, que obriga a todos que se acham em
igual situação jurídica – princípio da isonomia.

3 – Abstratividade: Visando atingir o maior número de situações, e norma jurídica é abstrata,


regulando os casos dentro de seu denominador comum, ou seja, como ocorrem via de regra.

4 – Imperatividade: O caráter imperativo da norma significa imposição de vontade e não mero


aconselhamento.

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