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I - Administração financeira
2. Marco legal - As Dioceses, estão sujeitas a diversas espécies normativas, aplicáveis na sua relação
com o mundo civil, inclusive as de âmbito municipal. Na esfera federal, destacam-se a Constituição
Federal, a Lei 10.406/2002 – Código Civil, a Lei 5.452/1943 – CLT e a Lei 8.212/1991 – Plano de
Custeio da Previdência Social.
4. Guarda da documentação - toda documentação deve ser guardada em local seguro, sob a
responsabilidade final do Bispo Diocesano. Documentos como procuração, DUT (Documento Único
de Transferência) dos veículos, escrituras públicas, etc. devem ser preservados e mantidas sob guarda
da área contábil ou mais especificamente do setor de patrimônio.
9. Controle dos bens - a instituição deve manter o controle de seus bens e de sua movimentação
financeira. Para tanto, será necessário contar com uma contabilidade confiável e eficiente.
O contrato celebrado com o escritório de contabilidade deve conter as clausulas, dentre outras,
que garantam toda a escrituração, todas as emissões das guias de recolhimentos sociais, assinatura
dos balancetes mensais, anuais e de encerramento de balanço.
Contador empregado - a instituição pode decidir por manter no seu quadro de pessoal,
profissionais habilitados junto ao Conselho de Contabilidade para fazer a contabilidade,
dispensando assim a contratação de escritório.
Movimentação financeira - toda e qualquer movimentação financeira deve ser feita pelo
tesoureiro, inclusive os recolhimentos sociais. A responsabilidade da emissão das guias de
recolhimentos sociais é do contador e a do recolhimento é do tesoureiro; não é aconselhável que
uma mesma pessoa exerça essas duas funções.
Relatórios contábeis - todos os relatórios da contabilidade devem ser conferidos e assinados pelo
contador. O contador deve encaminhar mensalmente ao administrador o balancete com a
conciliação bancária, para conferência e assinatura.
Prazo de entrega dos documentos - deve ser fixada data de entrega da documentação ao
contador, para escrituração e também fixar data de entrega do balancete com a conciliação
bancária ao Administrador, para as devidas conferências.
Validade fiscal dos documentos - os documentos terão de ter validade fiscal, exemplo: Nota
Fiscal, quando de instituição comercial ou industrial; recibo, quando de pessoa física ou instituição
sem fins lucrativos.
Responsabilidade pela guarda dos documentos - para os casos de Dioceses cujas paróquias
funcionam como filiais, ou seja, mesmo CNPJ com barra, os documentos devem ser guardados
com o Contador, com a Filial ou com a sede da Mitra. Caso a contabilidade seja descentralizada
por Paróquia, cada paróquia deve se responsabilizar pela sua escrita. Os recolhimentos federais
devem ser efetuados com o CNPJ da Mitra e os documentos devem ser guardados de maneira
centralizada, para atender a uma possível fiscalização.
Controle de remessa de documentos - devem manter um livro protocolo para entrega dos
documentos contábeis ao Contador ou à Mitra, no caso em que a contabilidade seja feita por
empregados.
10. Obras por empreitada ou por administração - quando a execução da obra é por empreitada,
deve-se celebrar contrato com a empreiteira e garantir que a mesma se responsabilize por toda a
execução dos serviços, pelo recolhimento dos encargos sociais, pelos sinistros e por pagamento de
penalidade pelo não cumprimento do prazo. Quando a obra for por administração, deve-se observar a
legislação específica e atentar para os recolhimentos sociais devidos, firmando contrato com o
administrador da obra.
11. Controle de caixa – o controle de caixa deve ser diário. O tesoureiro deve lançar, diariamente,
toda a movimentação do dia no livro caixa e emitir uma cópia anexando-a aos documentos para
entregar à contabilidade ou ao administrador. O Administrador ou o Contador deve verificar,
diariamente, se o saldo anterior do dia está igual ao saldo do dia anterior. Aconselha-se que seja feito o
balanço do caixa todo último dia útil do mês e em alguns dias incertos.
Aplicações financeiras - as aplicações financeiras devem ser feitas em bancos de primeira linha e
não é aconselhável manter todo o recurso da instituição num mesmo banco. As aplicações
financeiras devem ser feitas em aplicações seguras, evitando essas aplicações de risco, como
as de mercado de ações.
Emissão de cheques - os cheques devem ser emitidos sempre nominal e com cópia, para a
contabilidade.
Assinatura de cheques - as movimentações das contas correntes devem ser por duas pessoas.
Procurações - as procurações para movimentação bancária, ou mesmo para outros fins, devem ser
com destinação específica, com poderes para assinar, em conjunto. Sempre determinar
vencimento da procuração e não dar poderes para substabelecimento.
Acompanhamento das contas bancárias - faz-se necessário, periodicamente, levantar junto aos
bancos da praça todas as contas bancárias em nome da instituição.
II - Administração de pessoal
13. Departamento de pessoal - considerando que cada organização é movida pela soma do esforço de
seus empregados e que os recursos mais importantes sejam as pessoas, assim, a organização e a gestão
de pessoal ocupam uma posição chave no desempenho das atividades.
Plano de Cargos e Salários - para que os equilíbrios interno e externo sejam mantidos é
necessário o desenvolvimento criterioso de um Plano de Cargos e Salários.
Hora suplementar - concessão de hora extra somente para os casos de necessidades da instituição
e não deve ser continuada, sob pena de incorporação ao salário.
Pagamento de Côngruas - As Côngruas serão pagas somente aos religiosos(as). Nos casos de
prestação de serviços profissionais, mesmo que prestados por religioso(a), como
professores, deverão ser pagos salários e mantidos os registros empregatícios
correspondentes.
Prestação de serviço voluntário - qualquer pessoa pode prestar serviço voluntário à instituição
sem fins lucrativos, porém deve assinar o Termo de Prestação de Serviço Voluntário.
Pagamento por serviço voluntário - voluntário não pode receber pagamento pelos serviços
prestados, nem gratificação, ajuda ou doação pelos serviços prestados sob pena de se
caracterizar vínculo empregatício, ficando a instituição sujeita a encargos, penalidades e a
riscos desnecessários.
Ajuda de custos - voluntário pode receber ajuda de custos para ressarcimento das despesas com o
exercício dos serviços prestados. Essas despesas devem ser devidamente comprovadas.
Francisco Julho de Souza
Ecônomo da CNBB